Dos três grupos que se
juntaram para formar o adventismo, o primeiro era liderado por Joseph Bates, e
observava o sábado como dia semanal de descanso. Contudo, a observância do
sábado como dia de repouso, tomou força quando a senhora Ellen White teve uma
“revelação”, após o fracasso das profecias falsas do senhor Guilherme Miller,
quando ela se arvorou em salvadora do sistema fracassado do adventismo. Afirma
ela ter sido levada por um “anjo ao Céu” na qual diz que Jesus descobriu a arca
do concerto e ela pôde ver dentro as tábuas da lei. Para sua surpresa, o quarto
mandamento estava no centro, rodeado de uma auréola de luz. Diz ter visto no
lugar santíssimo, a arca cujo alto e lados eram do mais puro ouro havendo em
cada extremo, um querubim e, entre eles, um incensário de ouro.
Diz ela: “Outra vez deve o
anjo o anjo destruidor passar pela Terra. Deve haver um sinal sobre o povo de
Deus, e esse sinal é a observância de Seu santo Sábado” (Testemunhos Seletos,
vol. II, p. 183).
Imagine o leitor que a
senhora White coloca o sábado semanal judaico em plano superior ao próprio
Deus! Porque os três primeiros mandamentos da lei dizem respeito aos deveres do
homem para com Deus são morais, de natureza transcendental a todos os demais,
ou outros falam das relações do homem para com seus semelhantes. Observe que os
três primeiros mandamentos prendem o homem ao dever de adorar exclusivamente a
Deus, cujo nome não deve ser profanado nem igualado a outro nome de qualquer
ser existente no Universo, visto que, Ele é o único Deus, o único ser que
merece adoração e louvor. (Is 42.8). Para essa visionária sabatista, porém, o
quarto mandamento semanal que trata da guarda do sábado semanal judaico, e que
diz respeito ao repouso físico para dar tempo ao israelita de exercer o pomposo
ritualismo do seu culto, está em posição superior aqueles que dizem respeito ao
próprio Deus e ao dever que temos de só a Deus adorar. O que podemos concluir
desta pseudo-revelação é: que a senhora Helen White e por extensão o adventismo,
tornaram o sábado num ídolo, ao proclamá-lo superior aos deveres do homem para
com Deus. A verdade é que a senhora White, querendo salvar o falso sistema
adventista idealizado por Guilherme Miller e, não encontrando apoio em qualquer
texto do Novo e nem do Velho Testamento, caiu na insensatez de julgar que a
única solução estava em introduzir no seu sistema a guarda da lei de Moisés e,
mais particularmente, a observância do repouso sabático israelita, e daí a sua
visão da vigência da lei, nos dias da graça.
E, como os seguidores de
Miller e ele próprio já vivessem dominados pelas “visões” da senhora White, foi
fácil aceitar mais esta, que ainda hoje encontra mentes surdas à revelação do
Espírito da graça, que aceitam, sem confrontação à luz do contexto bíblico.
Diz Helen White:
“Santificar o Sábado ao SENHOR importa em salvação eterna” (Testemunhos
Seletos,vol. III, p. 23).
Os sabatistas ensinam que
os cristãos devem observar o sábado como dia de repouso e não o domingo. Crê
que guardando o domingo aceitam a “marca da besta” sob o governo do anticristo.
Ellen White ensina que a observância do sábado é o selo de Deus; enquanto, que
o domingo será o selo do anticristo.
[...] A interpretação
sabatista do evangelho de Cristo é mais comprometedora do que possa parecer à
primeira vista: ela se choca violentamente com a doutrina da salvação pela
graça, tão magistralmente exposta nas páginas da Bíblia. É importante saber que
os sábados são ordenanças da lei e não da graça [Abraão de Almeida. Revista
Obreiro P. 30].
Nenhum ser humano,
seja gentio ou judeu, uma vez convertido a Jesus, tem qualquer obrigatoriedade
com a guarda do Sábado, visto ser ele um preceito da lei de Moisés, a qual
consistia em um concerto entre o Criador e Israel somente. Todavia, como Jesus
colocou o Velho Concerto de lado ao cumpri-lo totalmente, e ao estabelecer um
Novo Concerto, hoje, nem mesmo o judeu tem qualquer compromisso com a guarda do
Sábado, uma vez estando em Jesus.
Pr. Elias Ribas
Nenhum comentário:
Postar um comentário