TEOLOGIA EM FOCO: janeiro 2021

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

A MISSÃO DO ANTICRISTO

 


A Sua missão será de implantar o domínio de Satanás em todo o mundo, a fim de que esteja transformado no Reino das Trevas. Eis suas missões:

1. Criar uma nova religião. “A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentiras” (2ª Ts 2.9).

Esta religião será montada para que Lúcifer seja adorado por todos os que desprezam a verdade, e apegam-se a mentira. Hoje ela já existe em forma de sincretismo religioso (Nova Era), satanista. Porém será implantada totalmente após o arrebatamento da Igreja e terá uma duração de sete anos.

O Anticristo não vai atuar enquanto aquele que detém permitir (2ª Ts 2.7), o Espírito Santo está formando a grande barreira contra a plena manifestação do Anticristo.

1.1. A Nova Era. A Nova Era é a religião do Anticristo, mascarada na Nova Ordem Mundial, com o propósito de desconstruir a imagem de Deus e Jesus Cristo na terra para criação de um governo único. Ela já vem sendo implantada por várias décadas.

A palavra “era” significa “época notável em que se estabelece uma nova ordem de coisas”. A razão porque se tem ouvido tanto sobre Nova Era fundamenta-se na crença de que os ciclos evolutivos são desenvolvidos através de diferentes eras astrológicas, cada uma com sua característica distinta.

A Nova Era é uma mistura de ideias extraídas de seitas orientais, judaísmo, cristianismo e ocultismo. Uma de suas principais finalidades é confundir a mente das pessoas para que se aproxime do Deus da Bíblia. Através de elementos místicos, tais como tarôs, pirâmides, cartas, búzios, e da crença em bruxas, duendes, fadas, e outros seres inventados pela mente humana (mundo secularizado), procurando confundir os homens quanto ao conhecimento do Verdadeiro Deus.

Nova Era é um movimento de âmbito mundial que procura criar um novo estado de coisas, visando uma unificação política, econômica e religiosa.

É a substituição da Era de Peixes (Cristianismo) pela Era de Aquário (Nova Era). A promessa do movimento é a paz e a segurança que redunde na felicidade para o homem.

A Nova Era é um movimento religioso, filosófico e político mundial. Tem este nome atraente para induzir os ignaros e incautos. As opressões por que passa a humanidade, decorrentes da corrupção, violência urbana, guerras, tragédias, injustiças sociais, desemprego, desarmonia crueldade, desmoronamento da família e decadência moral, leva todo o mundo a suspirar por uma nova era, um novo mundo melhor onde tais coisas não existiam.

A Nova Era garante que será o canal para a realização desse sonho universal. Não há dúvida que o movimento Nova Era, infiltrado como está nas religiões, na política, na imprensa, nas escolas, nos divertimentos, nos meios de comunicações de massa, na ciência, na literatura, na indústria, no esporte, na música, etc., é uma plataforma de ascensão do Anticristo, que desde mundo exercera o domínio, como preposto de Satanás quando a Igreja daqui sair.

“Podemos perceber que existe uma falsa paz, uma Nova Ordem Mundial e um governo ou religião mundial sob idolatria espiritual. Existe um ressurgimento das crenças e práticas da Babilônia, hoje. E isso foi predito no livro de Daniel e Apocalipse há milhares de anos. Jesus advertiu especificamente sobre isso”, escreveu Steven.

1.3. O que caracteriza a Nova Era. Uma busca de algo novo. Mesmo baseado em práticas ocultas e misteriosas antigas, o movimento Nova Era surgiu como algo novo e atraente. Num tempo em que as estruturas velhas, crenças tradicionais e diversos sistemas atuais são rejeitados, a Nova Era surge como uma nova possibilidade de um mundo melhor, uma nova era para toda a humanidade. O passado não interessa, todos querem um futuro melhor.

Mesmo baseado em práticas ocultas e misteriosas antigas, o movimento Nova Era surgiu como algo novo e atraente. Num tempo em que as estruturas velhas, crenças tradicionais e diversos sistemas atuais são rejeitados, a Nova Era surge como uma nova possibilidade de um mundo melhor, uma nova era para toda a humanidade. O passado não interessa, todos querem um futuro melhor.

A Nova Era ensina que o signo de Peixes tem caracterizado o mundo durante os últimos dois milênios o que corresponde com o tempo do Cristianismo no mundo. Agora a humanidade está passando para uma nova era, ou seja, neste milênio o sol nasceu no signo de Aquário. Este fato é interpretado como o fim do cristianismo - simbolizado por um peixe (a palavra grega peixe, ICHTYS, foi interpretada pelos primeiros cristãos como Jesus Cristo Filho de Deus, Salvador).

O signo de aquário, representado por uma figura que despeja água, é interpretado como um novo “derramamento de espírito”, uma fonte de nova luz para a humanidade. O aquário inicia algo completamente novo - uma era de iluminação, desenvolvimento espiritual e harmonia.

A Nova Era, principalmente no seu aspecto político, tem um salvador do mundo chamado Lord Maitréia, que não é outro senão o Anticristo de que nos previnem as Santas Escrituras. Ele fará com que o movimento religioso e filosófico dos dias atuais, enganosamente se preparem e conduza o mundo sem Deus para um governo central e unificado.

Um quadro desse falso messias agindo secretamente está em 2ª Ts 2.3-9 e 1ª Jo 4.3. Sua manifestação aberta aqui no mundo é vista em Apocalipse 13.1-8. Um estudo abalizado de todas as passagens bíblicas que tratam do assunto mostra que a manifestação desse Maitréia de Satanás terá lugar após a retirada sobrenatural dos salvos da terra, isto é, o arrebatamento da igreja.

2. Colocar-se no lugar de Deus.O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.” (2ª Ts 2.4).

Concretizar o que, desde que fora expulso do paraíso, o Diabo intenta fazer. O diabo colocar-se-á no lugar de Deus, a fim de que ele receba uma adoração que exclusiva do Todo poderoso. A resposta de Deus para todas estas maquinações do maligno está no Salmo 2; 2ª Ts 2.8; Ap 19.19-20.

O homem do pecado irá declarar-se divino e sentar-se no templo de Deus, agindo como se fosse um deus. Muitos líderes na história se consideraram deuses, e o Anticristo é a declaração final dessa blasfêmia. Ele não tolerará que ninguém, a não ser ele mesmo, seja adorado (Ap 13.6-8). Observe os contrastes entre o verdadeiro Deus e o Anticristo.

Embora muitos quisessem ser considerados deuses, o verdadeiro ser divino se fez homem, humilhou-se e nos redimiu por meio do derramamento de Seu próprio sangue (At 20.28; Fp 2.6-8). Aquele que merece toda adoração e louvor não ordena adoração, mas, em vez disso, veio a este mundo como servo. Em contrapartida, aquele que merece apenas desprezo se apresenta como deus.

O homem do pecado provavelmente permanecerá em um templo físico em Jerusalém para se declarar deus, o cumprimento final da abominação desoladora mencionada por Daniel (Dn 7.23; 9.26,27; 11.31,36,37; 12.11) e por Jesus (Mt 24.15; Mc 13.14). E possível que essas profecias já tenham parcialmente se cumprido quando Antíoco Epífanes ergueu um templo pagão a Zeus no templo em Jerusalém, em 167 a.C. (175— 164 a.C.), e quando Tito destruiu o templo em 70 d.C. Outros interpretam a referência de Paulo ao templo de Deus como uma referência à Igreja. Em outras palavras, o homem do pecado tentará desviar a verdadeira adoração da Igreja para si mesmo.

3. Oferecer uma economia fortemente centralizada. Através da qual forçará os habitantes da terra a aceitarem o sinal da besta (Ap 13.16-18).

Para o Anticristo ter um total controle econômico, obrigará a todos colocar o sinal, ou no nome da besta ou o número do homem, para que possam comprar e vender. Quem recusar aceitar será procurado e morto (Ap 13.5; Dn 11.44).

4. Destruir as bases da religião divina. Para que todos venham a crer nas suas mentiras. Este rei será grande: “E esse rei fará conforme sua vontade, e se levantará, e se engrandecerá sobre todo deus” (Dn 11.36).

5. Destruir os que se hão de se converter durante a Grande Tribulação. O Objetivo do Anticristo será de destruir da terra quaisquer testemunhos concernentes ao Deus Único e Verdadeiro e ao Seu Unigênito Filho (Ap 7.9-17; Ap 11.7-9).

Pr. Elias Ribas

 Bacharel em Teologia Seminário Gilgal – Cruz Alta RS.

Mestrado em Teologia – SEAMID – Cascavel PR.

Dr. Em Teologia - SEAMID – Cascavel PR.

Especialização em Apologética – ICP - São Paulo.

Grego e Hebraico - Faculdade Batista Pioneira – Ijuí RS.

Exegese Grego do Novo Testamento - Faculdade Batista Pioneira – Ijuí RS.


quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

ABOMINÁVEL DA DESOLAÇÃO


No sermão profético de Jesus começando com 24.15 Ele diz: “Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, entenda.”

1. O significado do termo. O termo “abominável” (hebraico toevah e siqqus) aparece mais de 100 vezes no Antigo Testamento e apenas algumas vezes no Novo Testamento. Uma abominação é normalmente um grande pecado, geralmente digno de morte.

Mas mais frequentemente em toda a Bíblia, “abominação” refere-se a graves violações da aliança, particularmente a idolatria (cf. Dt 7.25, 13.6-16, 17.2-5, 18.9-12, 27.15, 32 .16). Nos livros históricos, “abominação” sempre descreve a idolatria, frequentemente com sacrifício de crianças (1º Rs 11.7, 2º Rs 23.13). Nos livros dos profetas, a abominação também se refere à idolatria, incluindo Daniel 9 e 11. Daniel usa siqqus, um termo que sempre aparece em conexão com a idolatria.

2. Abominação da desolação de Daniel 11. Para entendermos as profecias de Jesus no Seu sermão profético é preciso analisar as profecias do profeta Daniel, pois quando Jesus usa o termo “abominável da desolação” Ele usa a frase semelhante no livro do profeta Daniel (9.27–11.31–12.11).

A interpretação de Daniel 11.31, é difícil e controversa, mas tem alguns pontos fixos, e a natureza da abominação que causa assolação é uma delas. Daniel 9.26-27 refere-se a um príncipe que destruirá a cidade (Jerusalém) junto com seu templo e sacrifícios, “e nas asas das abominações virá o assolador”. Dois capítulos depois, há outra referência a uma “abominação” em conexão com o templo:

“E braços serão colocados sobre ele, que profanarão o santuário e a fortaleza, e tirarão o sacrifício contínuo, estabelecendo abominação desoladora.” (Dn 11.31).

O profeta Daniel registrou com antecedência o que iria acontecer com os impérios e nações que disputam o controle da Terra Santa nos séculos vindouros. Ela descreve, em detalhes surpreendentes, os governantes e outros povos que viveram muito tempo depois da profecia de Daniel e vários séculos antes de Cristo.

Na maior parte da profecia estes reinos foram a Síria ao norte, governada pelos descendentes de Seleuco, um dos generais de Alexandre, o Grande, e o Egito no Sul, governado pelos descendentes de outro general de Alexandre, Ptolomeu.

O príncipe do exército (Dn 8.11), isto é, o próprio Deus, o Senhor dos Sabaoth, as hostes no céu e na terra, estrelas, anjos e ministros terrestres. Então, Daniel 8.25, “ele se levantará contra o Príncipe dos príncipes”; “Contra o Deus dos deuses” (Dn 11.36; compare Dn 7.8). Ele não apenas se opõe ao povo antigo de Deus, mas também ao próprio Deus.

3. O cumprimento da profecia. Precisamos entender na história da humanidade, que vários Anticristos já apareceram, porém, o pior está por vir, o Anticristo de apocalipse 13; a Bíblia registra que ele surgira das nações, e será um homem encarnado por Satanás.

Vejamos o que o Comentário Bíblico diz: Sobre Daniel 11.31 referindo a rei grego Antíoco.

No dia quinze do mês de Casleu do ano cento e quarenta e cinco, que corresponde a 168-167 a.C., “Antíoco profanou o santuário em Jerusalém levantando sobre o altar dos holocaustos a abominação da desolação”. Este parece ter sido um altar pagão, provavelmente com uma imagem representando o principal deus grego, Zeus, como 2º Macabeus 6.2 nos diz que Antíoco profanou o templo judeu e dedicou-o “a Júpiter Olímpico”. Afinal, para o pensamento grego o Deus dos hebreus simplesmente equiparava-se ao deus-chefe do panteão grego.

Nesta profecia Daniel 11.31, duas coisas deveriam acontecer:

“O Sacrifício diário”. Oferecido de manhã e à noite (Êx 29.38-39), foi tirado por Antíoco (1º Macabeus 1.20-50).

“O santuário…derrubado”. Embora roubado de seus tesouros, não foi estritamente “derrubado” por Antíoco. Para que uma realização mais completa seja futura. Antíoco tirou o sacrifício diário por alguns anos. Porém, os romanos, tiraram o sacrifico por muitas eras, e “derrubaram” o templo; mas, o Anticristo, na grande tribulação, fará isso novamente depois que os judeus em sua própria terra, ainda incrédulos, tiverem reconstruído o templo e restaurado o ritual Mosaico: Deus os entregou a ele “por motivo de transgressão”. (Dn 8.12), isto é, não possuir o culto tão prestado; e então a oposição do chifre à “verdade” é especialmente mencionada.

Deve-se observar também que a referência explícita de Jesus à obra do “abominável da desolação”, como ainda no futuro naquela época, torna claro que Antíoco Epifânio não cumpre essa profecia. É óbvio que não se encontra em Antíoco um cumprimento adequado de muitas especificações da profecia.

4. A destruição de Jerusalém. Tendo examinado o significado original de “abominação desoladora ” em Daniel, devemos agora nos voltar para Mateus 24.15-16. Estes versículos vêm no contexto do Discurso do Monte das Oliveiras, que começa com Jesus dizendo aos Seus discípulos que o templo será destruído (24.1-2). Os discípulos então pediram a Jesus que explicasse: “Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século?” (24.3).

Os discípulos provavelmente pensavam que estavam fazendo uma só pergunta. A queda de Jerusalém, o retorno de Jesus e o fim dos tempos eram um só evento complexo em suas mentes. Porém Jesus está referindo-se a 2 eventos vindouros.

Em Mateus 24.3-35, refere-se principalmente a eventos que levaram à queda de Jerusalém em 70 d.C. O segmento termina com Jesus prometendo “não passará esta geração sem que tudo isto aconteça” (24.34). Nas Escrituras, uma geração normalmente dura 40 anos, e Jerusalém e seu templo caíram dentro de 40 anos, conforme Jesus disse. Portanto, Sua previsão central foi cumprida em 70 d.C.

Esta profecia só faz sentido com referência à queda de Jerusalém. Não é possível que se aplique à volta de Jesus. De fato, o relato paralelo em Lucas 21 esclarece este ponto: “Quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos... fujam para os montes” (Lc 21.10-24).

Na sua profecia sobre a destruição de Jerusalém (Mc 13.14), deu Jesus aos Seus discípulos um sinal pelo qual eles saberiam quando estaria iminente o acontecimento, devendo então fugir, enquanto havia tempo.

Ao falar da iminente destruição de Jerusalém, que ocorreu em 70 d.C., Jesus identificou os exércitos romanos que cercariam a cidade como o “abominável da desolação de que falou o profeta Daniel” (Mt 24.15; Lc 21.20).

Tendo em vista o fato de Daniel 9.27 fazer parte da explicação do anjo sobre o conteúdo de 8.11 a 13, a conclusão natural é que Daniel 8.11-13 é uma profecia dupla (similar à de Mateus 24) que se aplica tanto ao sacrifício diário tirado por Antíoco, como à destruição do templo e de Jerusalém pelo General Tito.

5. O posterior cumprimento profético. Em Mateus 24.36, Jesus começa a falar exclusivamente “daquele dia” — ou seja, o último dia.

Jesus trata de sinais especiais que ocorrerão durante a Grande Tribulação (as expressões “Grande Aflição”, de 24.21, e “Grande Tribulação”, de Ap 7.14, são idênticas no grego). Tais sinais indicam que o fim dos tempos está muito próximo (24.15-29). São sinais conducentes à, e indicadores da volta de Cristo à terra, depois da tribulação (Mt 24.30,31; cf. Ap 19.11–20.4).

A profecia mais longa e mais precisa da Bíblia, Daniel 11, registrou com antecedência o que iria acontecer com os impérios e nações que disputam o controle da Terra Santa nos séculos vindouros. Ela descreve, em detalhes surpreendentes, os governantes e outros povos que viveram muito tempo depois da profecia de Daniel e vários séculos antes de Cristo.

Agora, com todo esse relato histórico, considere a advertência de Cristo sobre a abominação desoladora. Quando Ele a entregou, essa parte da profecia de Daniel não tinha sido cumprida há quase duzentos anos, como vimos? Certamente. Portanto, a profecia de Daniel, de acordo com Jesus, deve ter um cumprimento dual.

Jesus revelou-nos o tempo do cumprimento final desta profecia em Mateus 24 quando explicou o que aconteceria imediatamente em seguida: “Porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais. Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo [vivo]; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados” (Mt 24.21-22).

Isto lembra uma outra parte da profecia de Daniel, que diz que no tempo do fim “haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, livrar-se-á o teu povo... E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão...” (Dn 12.1-2). Portanto, este período terrível de tribulação ocorre no final dessa presente era, pouco antes do retorno de Cristo, quando Ele ressuscitará Seus fiéis seguidores (1ª Ts 4.15-16). Na verdade, Daniel disse que “desde o tempo em que o contínuo sacrifício for tirado e posta a abominação desoladora”, mil duzentos e noventa dias, pouco mais de três anos e meio, iriam transcorrer até que, de fato, a ressurreição de Daniel e o resto dos santos aconteceria (Dn 12.11, 13).

6. O Anticristo surgirá na Grande Tribulação. A “abominação da desolação” marcará o início da etapa final da tribulação, que culmina com a volta de Cristo à terra e o julgamento dos ímpios em Armagedom (24.21,29,30; ver Dn 9.27; Ap 19.11-21).

Se os santos da tribulação atentarem para o fator tempo desse evento (“Quando, pois, virdes”, 24.15), poderão saber com bastante aproximação quando terminará a tribulação, época em que Cristo voltará à terra (ver 24.33). O decurso de tempo entre esse evento e o fim dos tempos é mencionado quatro vezes nas Escrituras como sendo três anos e meio ou 1260 dias (cf. Dn 9.25-27; Ap 11.1,2; 12.6; 13.5-7). Por causa da grande expectativa da volta de Cristo (24.33), os santos daqueles dias devem acautelar-se quanto a informes afirmando que Cristo já voltou. Tais informes serão falsos (24.23-26). A “vinda do Filho do homem” depois da tribulação será visível e conhecida de todos os que viverem no mundo (24.27-30; Ap 1.7). Outro sinal que ocorrerá, então, será o dos falsos profetas que, a serviço de Satanás, farão “grandes sinais e prodígios” (24.24).

Jesus admoesta a todos os crentes a estarem especialmente alerta para discernir esses profetas, mestres e pregadores, que se declaram cristãos sendo falsos, porém apesar disso, operam milagres, curas, sinais e maravilhas e que demonstram ter grande sucesso nos seus ministérios. Ao mesmo tempo, torcerão e rejeitarão a verdade da Palavra de Deus (cf. Mt 7.15-22; Gl 1.8-9).

Pr. Elias Ribas Dr. em Teologia

Assembleia de Deus

Blumenau - SC

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

QUANDO APARECERÁ O ANTICRISTO

 


2ª Tessalonicenses 2.3-11 “Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, 4 - o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus. 5 - Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco? 6 - E, agora, vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado. 7 - Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que, agora, resiste até que do meio seja tirado; 8 - e, então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda; 9 - a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira, 10 - e com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. 11 - E, por isso. Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira.”

Antes do dia da Segunda Vinda de Jesus, haverá uma manifestação do grandioso e final Anticristo, o Anticristo que ainda “está para vir”. Na primeira epistola aos tessalonicenses, Paulo garantiu que os salvos em Jesus serão arrebatados para encontrar o Senhor nos ares e assim ficaram para sempre com Ele (1ª Ts 4.16-17). Este evento os livrará da ira futura de Deus sobre a Terra (1ª Ts 1.10; 5.9-10). Agora, porém, na segunda epístola aos tessalonicenses, os falsos mestres estavam ensinando que o Dia do Senhor (Dia de Cristo) já havia começado, e que a ira final de Deus estava sendo derramada sobre a Terra e por isto Paulo diz: “Que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto.” (2ª Ts 2.2).

1. Antes do dia do Senhor. Os tessalolinensses estavam perturbados por causa do ensino dos falsos mestres sobre o Dia do Senhor. Paulo lhes responde dizendo que o dia da ira de Deus ainda não havia chegado. Duas coisas assinalaram esta chegada:

“Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição” (2ª Ts 2.3).

Aqui, Paulo declara que dois eventos serão necessários para o início do “Dia do Senhor”, que são:

1.1. Haverá uma apostasia geral. Apostasia (em grego antigo απόστασις [apóstasis], “estar longe de”) tem o sentido de um afastamento definitivo e deliberado de alguma coisa, uma renúncia de sua anterior fé ou doutrinação. Ao contrário da crença popular, não se refere a um mero desvio ou um afastamento em relação à sua fé e à prática religiosa.

Mas, nas Escrituras, a palavra é usada para se referir à rebelião contra Deus. Portanto, alguns interpretam esse versículo como uma referência a um abandono geral da verdade. Essa apostasia rebelde prepararia o caminho para o Anticristo.

A apostasia chega ao auge, na rebelião total contra Deus e Sua Palavra; Deus envia uma influência enganadora sobre aqueles que não amam a verdade (2ª Ts 2.9-11).

1.2. “... e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição” (v. 3). Homem do pecado” é uma designação bíblica para o Anticristo conforme a teologia paulina no v. 3. Essa designação faz referência direta ao seu caráter maligno, profano e rebelde.

Algumas traduções trazem a designação “homem da iniquidade”. Obviamente tanto “homem do pecado” quanto “homem da iniquidade” são expressões equivalentes. A Bíblia diz que “o pecado é iniquidade”, ou seja, o pecado é transgressão da lei (cf. 1ª Jo 3.4).

Nesse sentido, ao designar o Anticristo como “o homem do pecado”, o apóstolo Paulo o descreve como um absoluto transgressor da Lei de Deus. Na verdade, a expressão “homem da iniquidade” significa que esse homem será a própria personificação da oposição às ordenanças de Deus.

Conforme o versículo em estudo, o personagem citado é realmente um homem, com as seguintes características: Para que tivesse tal destaque a ponto de ser citado em uma profecia bíblica, sua influência seria mundial.

Seria o idealizador de um modelo de doutrina política a nível mundial. Tal modelo político seria anti-Deus, anti-deuses e anti-religião e iria reprimir todo o tipo de práticas religiosas.

O homem do pecado levará o mundo à rebelião contra Deus ...com todo engano da injustiça para os que perecem (v. 10), realizará milagres por meio do poder de Satanás.

A apostasia chega ao auge, na rebelião total contra Deus e Sua Palavra; Deus envia uma influência enganadora sobre aqueles que não amam a verdade (2ª Ts 2.9-11).

Filho da perdição, por ser um judeu, filho de Israel, que traria ao mundo uma ideologia ateia de âmbito mundial, que perseguiria tanto o próprio Israel, a Igreja de Jesus, e todo o tipo de religião.

2. Exigirá adoração. “O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.” (2ª Ts 2.4).

No verso 4, Paulo declara que “o homem do pecado irá declarar-se divino e sentar-se no templo de Deus, agindo como se fosse um deus”. Muitos líderes na história se consideraram deuses, e o Anticristo é a declaração final dessa blasfêmia. Ele não tolerará que ninguém, a não ser ele mesmo, seja adorado (Ap 13.6-8).

O rabino Nachman Kahane, um rabino líder em Jerusalém, nascido em 1937, crê que um Templo será construído no monte do Templo enquanto ele ainda estiver vivo; e ele diz que tudo está pronto para que o Templo seja construído ainda hoje.

O cenário do final dos tempos na Palavra de Deus exige que um Templo Judeu esteja erigido quando o Anticristo governar o mundo. Ele o profanará e o povo judeu será forçado novamente a deixar o Templo porque se manterá fiel a Deus e se recusará a adorar o Anticristo (Dn 9.27).

O homem do pecado fara uma aliança com Israel, mas após os três anos e meio de falsa paz ira romper o tratado com o povo judeu, entrar no novo templo em Jerusalém para se declarar deus, e exigir adoração; o cumprimento final da abominação desoladora mencionada por Daniel (Dn 7.23; 9.26,27; 11.31,36,37; 12.11) e por Jesus (Mt 24.15; Mc 13.14). Em outras palavras, o homem do pecado tentará desviar a verdadeira adoração da Igreja para si mesmo.

4. “...não vos lembrais...” (v. 5). Paulo faz os tessalonicenses se lembrarem de seu ensino anterior sobre a segunda vinda de Jesus, confirmado em sua primeira carta para eles (1ª Ts 4.13-5.11). Ele lhes havia ensinado que não passariam pela noite do juízo que viria sobre o mundo no dia do Senhor nem seriam objetos da ira de Deus (1ª Ts 5.9).

Paulo declara, em seguida, que esses dois eventos não se cumprirão enquanto “um que, agora, resiste... seja tirado” (v. 7).

5. O que detém o aparecimento do Anticristo? “E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado.” (2ª Ts 2.6).

O Anticristo escatológico ainda não se manifestou porque sua aparição está sendo impedida por algo (2ª Ts 2.6) e por alguém (2ª Ts 2.7).

Algo está detendo “o homem do pecado”. Quando aquele que o detém for tirado do meio, começa o Dia do Senhor.

Este poder que detém não é identificado. Esta passagem é de difícil interpretação, e não convém fazer especulações sobre o que não está revelado claramente. Talvez seja a ordem civil estabelecida por Deus para conter o poder do mal (Rm 13.1-7). Uma vez que o versículo 7 se refere ao poder que detém como sendo uma pessoa. Os pais da igreja acreditavam que era Nero o imperador romano, a personificação da lei romana. Porém, Paulo começa seu discurso no verso 1 e 2, corrigindo a Igreja de tessalônica concernente a uma distorção acerca da segunda vinda de Jesus. Todavia, o apóstolo está trazendo a discussão de um assunto que ele já havia escrito na 1ª Tessalonicense 4.16-18, no qual Paulo fala do encontro com o Senhor nos ares. Portanto, ele está falando de um assunto escatológico que ainda não aconteceu, por isso não pode ser o imperador romano. O arrebatamento da Igreja mencionado por Paulo (1ª Ts 4.16-17), não aconteceu ainda, mas que em breve vai se realizar.

Convém observar que, em 2ª Tessalonicenses 2.6, Paulo refere-se ao repressor de modo neutro (“o que o detém”), enquanto em 2ª Tessalonicenses 2.7, usa o gênero masculino (“aquele que agora o detém”).

Quem o detém? Acredito fielmente que Paulo tem em vista a soma total do poder moral que existe na Igreja por meio da pessoa do Espírito Santo. Seja qual for o caso. O homem do pecado não poderá enquanto a igreja não for retirada da Terra.

A palavra grega kairós, traduzida por “ocasião oportuna”, revela-nos que o Anticristo só aparecerá no momento certo, ou seja, no momento determinado por Deus. Warren Wiersbe diz que assim como houve uma “plenitude do tempo” para a vinda de Cristo (Gl 4.4), também haverá uma “plenitude do tempo” para o surgimento do Anticristo e nada acontecerá fora do cronograma divino.

O que é esse algo? Quem é esse alguém? Agostinho era da opinião que é impossível definir esses elementos restringidores. Outros escritores pensam que Paulo está se referindo aqui ao Espírito Santo, uma vez que Ele pode ser descrito tanto no gênero masculino quanto no neutro (Jo 14.16,17; 16.13) e também Ele é apontado como Aquele que restringia as forças do mal no A.T. O estudioso Howard Marshall, por sua vez, é da opinião que Deus é quem está por trás da ação adiadora da manifestação do homem da iniquidade.

A maioria dos estudiosos, entende que o algo é a lei e que o alguém é aquele que faz a lei se cumprir. É por isso que o Anticristo vai surgir no período de grande apostasia, ou seja, da grande rebelião, quando os homens não suportarão leis, normas nem absolutos. Então, eles facilmente se entregarão ao homem da ilegalidade, o filho da perdição.

6. Já o mistério da injustiça opera. O detentor, o que resiste o “ministério da injustiça”, e então será tirado do meio: “Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora o retém até que do meio seja tirado.” (2ª Ts 2.7).

A sequência dos eventos será assim: no decurso de toda a época da igreja, “um ministério da injustiça” está em ação, o que nos faz lembrar que o fim está chegando; a maldade e a imoralidade tornar-se-á cada vez mais desenfreada à medida que a história chega ao fim.

O ministério da injustiça é uma atividade secreta dos poderes malignos no decurso da história da humanidade, preparando o caminho para apostasia e o “homem da iniquidade”.

Havia uma boa razão para explicar por que o homem do pecado não havia sido revelado. Aquele que o detinha naquele momento, provavelmente o Espírito de Deus, tinha de ser tirado do mundo. Deus tem restringido o pecado no mundo por meio do poder do Espírito Santo. O Espírito trabalha diretamente por meio da Palavra, de pessoas piedosas e de Seus santos anjos para fazer avançar o Reino de Deus e deter o mal.

A expressão seja tirado nesse versículo como uma referência ao arrebatamento, pois a Igreja não poderá existir sem a presença do Espírito. Portanto, a retirada da Igreja por meio do arrebatamento será, na verdade, a retirada de tudo o que detém o poder do pecado neste mundo.

7. A destruição do Anticristo. “E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda; A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira.” (2ª Ts 2.8-9).

Depois que Satanás e “o homem do pecado” realizarem sua obra de engano e maldade (vs. 9 e 10), serão aniquilados quando da vinda de Cristo em Glória, no fim da Grande Tribulação (ver Ap 19.20).

Embora seja revelado como alguém extremamente poderoso (Ap 13.7), o homem do pecado será destruído por Cristo e lançado no lago de fogo quando o Senhor vier (Ap 19.19,20). O poder, e sinais, e prodígios de mentira do iníquo serão ofuscados pela glória e esplendor de Cristo em Sua segunda vinda. É significativo observar que Satanás, a fim de promover sua mentira no final dos tempos e se passar como um deus, usará o mesmo tipo de poder, sinais e prodígios que o Espírito de Cristo usou no início dos tempos para autenticar a verdade sobre si mesmo como Deus (2ª Co 12.12; Hb 2.4). Porém, o seu fim já está decretado antes da fundação do mundo.

Pr. Elias Ribas

Dr. em Teologia

Assembleia de Deus

Blumenau - SC


terça-feira, 5 de janeiro de 2021

VIVENDO O NOVO DE DEUS

 


Isaias 43.18-19 “Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas.

Eis que faço uma coisa nova, agora sairá à luz; porventura não a percebeis? Eis que porei um caminho no deserto, e rios no ermo.”

Apocalipse 21.5 “E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.”

INTRODUÇÃO. Isaías, cujo nome significa “Iahveh ajuda” ou “Iahveh é auxílio” é filho de Amós exerceu o seu ministério no reino de Judá, ele profetizou durante quatro reis no 800 a.C. Isaías foi casado e teve dois filhos: Sear-Jasube e Maer-Salal-Hás-Baz.

O capítulo 6 do livro informa sobre o chamado de Isaías para tornar-se profeta através de uma visão do trono de Deus no templo, acompanhado por serafins, em que um desses seres angelicais teria voado até ele trazendo brasas vivas do altar para purificar seus lábios a fim de purificá-lo de seu pecado. Então, depois disto, Isaías ouve uma voz de Deus determinando que levasse ao povo sua mensagem.

“Não vos lembreis das coisas passadas”. Mas, embora a sua libertação anterior do Egito tenha sido em si uma obra gloriosa, da qual você sempre deve se lembrar e considerar; todavia, este outro trabalho, da sua libertação da Babilônia, e as bênçãos que se seguirão a ela, e particularmente a do envio do Messias, serão um favor tão transcendente que, em comparação, todas as suas libertações anteriores dificilmente são dignas de sua lembrança e consideração.

No texto que lemos, Deus diz ao Seu povo que Ele está fazendo uma coisa completamente nova. Deus está fazendo coisas novas todos os dias. A Bíblia cita três princípios práticos para você tomar posse e viver o novo de Deus.

Para viver o novo de Deus…

1. Esqueça o que se foi. “Esqueçam o que se foi; não vivam no passado.” (v. 18)

Não importa como foi o ano que você passou. Deus está fazendo uma coisa nova, mas só viveremos o novo de Deus se deixarmos definitivamente o velho para trás. Para começar uma nova história, a história antiga precisa ser encerrada. Tem gente que não experimenta o novo de Deus porque decide viver agarrado em questões do passado. Esqueça o que passou e encare o seu futuro com confiança. Os sonhos para o futuro são mais valiosos que a história passada. A Bíblia diz o seguinte:

“Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro.” (Jeremias 29.11).

Use o passado como plataforma de lançamento e não como cadeira de descanso. Mantenha os olhos na estrada e use o retrovisor apenas para evitar problemas! O futuro não é um tempo, é um lugar! Deus está esperando você tomar uma atitude. O filho pródigo estava comendo com os porcos, mas um dia ele tomou uma atitude e disse:

“Vou ter com meu pai”. “E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti.” (Lc 15.17,18)

A transformação do filho pródigo. Já o versículo 17 nos mostra o momento de seu arrependimento. Lemos que ele “caiu em si”. No originou seria algo como “recobrou seu senso” ou “quando voltou a si mesmo”.

Deus está esperando por você com algo novo! O apóstolo Paulo sabia o que era viver o novo de Deus, pois decidiu, de uma vez por todas, esquecer o seu passado e avançar para o seu futuro, pois tinha um alvo que precisava ser alcançado:

“Esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus.” (Fl 3.13-14).

Este texto nos diz que devemos esquecer o passado e avançar rumo ao novo, ao futuro. No ano 2020 vimos um vírus chamado corona vírus chegar ao mundo e levar muitas vidas fechar igrejas, e sem dúvidas foram negativos para a sociedade, porém não podemos ficar preso no passado, mas devemos avançar para o alvo e esquecer o passado, precisamos marchar para este novo ano que se inicia. O que você realmente precisa deixar no passado para não travar sua vida neste novo ano? Que mágoas, feridas, injustiças, decepções e tristezas precisam ser deixadas no passado? Você não pode mudar o seu passado, mas sua decisão quanto ao que fazer com ele hoje, isto você pode!

“O único inimigo que pode atrapalhar seu ano novo é você mesmo.”

Por isso, ESQUEÇA o que se foi. Olhe para frente e viva o Novo de Deus!

Para viver o novo de Deus…

2. Creia no que Ele está fazendo. “Vejam, estou fazendo uma coisa nova! Ela já está surgindo! Vocês não a reconhecem?…” (v. 19a)

O Senhor Deus está trabalhando em teu interior, mudando o que está errado, porém o vaso precisa se quebrar para que o novo de Deus entre em sua vida. Acreditar que o melhor de Deus está por vir é uma decisão pessoal. Ser otimista em relação ao presente e ao futuro diz muito sobre a sua fé! Coisas novas estão sendo criadas o tempo todo. Deus tem prazer em nos levar na sala do banquete, mas você precisa tomar uma atitude e deixar o Senhor te guiar por aguas tranquilas.

Não deixe morrer dentro de você a expectativa de que Deus está fazendo algo novo. Aquilo que Deus está fazendo nascer sobre sua vida é algo que vai mudar sua história de sua vida. Deus faz algo novo todos os dias, mas é sua a decisão de desfrutar daquilo que está disponível. Como disse um famoso escritor:

“Deus não começa nada que já não tenha terminado!”

Aquilo que é início de algo para nós, para Deus é obra concluída. Aquilo que Ele diz que está fazendo, Ele já fez. Já está disponível para você. Só falta você tomar posse. Você nunca poderá se apropriar daquilo que deixa para amanhã. O agora é a melhor época para se apropriar do novo de Deus. Não deixe para amanhã o que você pode começar a desfrutar hoje. Se não crermos que Jesus é Senhor e salvador de nossas vidas, seremos meros espectadores do seu sobrenatural na vida daqueles que decidiram crer em suas promessas.

“Quem anda com Deus sempre tem algo novo para desfrutar.”

Para viver o novo de Deus…

3. Confie que Ele lhe dará um amanhã abundante. “… Até no deserto vou abrir um caminho e riachos no ermo.” (v. 19b)

O texto diz que Deus vai abrir caminhos no deserto e riachos em lugares abandonados. É promessa daquele que nunca falhou, nunca falha e nunca falhará. Deus estava dizendo ao povo para confiar que Ele lhe daria um amanhã com abundância. Se Deus está abrindo caminhos no deserto e criando um rio em lugares abandonados, mergulhe nele. Deixe a correnteza levá-lo ao seu destino profético. Lá você vai experimentar coisas sobrenaturais. Saia da escassez, da sequidão, e experimente uma coisa nova que Deus está fazendo em sua vida a partir de hoje!

“Não tenha medo de deixar sua zona de conforto para mergulhar nas águas da fé.”

A fé traz o céu à terra. A fé faz o sobrenatural de Deus tornar-se natural entre os homens. A fé, e somente a fé, é capaz de perceber as coisas novas que Deus está fazendo todos os dias! Deus é capaz de transformar as áreas desérticas da sua vida em campos de bênção e abundância. Deus pode tomar uma vida seca e inútil e transformá-la em uma vida cheia de significados e propósitos. Por isso, hoje, Deus está nos desafiando a confiar que suas promessas trarão um amanhã com abundância, repleto de realidades espirituais nunca antes experimentadas por nós! É tempo de mudar de posição. Mudanças são necessárias. Mudanças geram crescimento. Confie que Deus lhe dará um amanhã exponencial! O próprio Jesus afirmou o seguinte:

“Disse Jesus: Tudo é possível àquele que crê.” (Marcos 9.23).

CONCLUSÃO. Às vezes as coisas dão errado em nossas vidas porque fazemos tudo do nosso jeito e então passamos a esperar pelo novo de Deus, por um novo que mude as coisas ao nosso redor e não dentro de nós! O novo de Deus começa em mim e em você e depois é refletido nas situações em que vivemos, nas pessoas que nos relacionamos, nas oportunidades que surgem.

Viva o novo de Deus.