TEOLOGIA EM FOCO: junho 2020

segunda-feira, 29 de junho de 2020

DANIEL ORA POR UM DESPERTAMENTO




LEITURA BÍBLICA
Daniel 9.1-3 “No ano primeiro de Dario, filho de Assuero, da linhagem dos medos, o qual foi constituído rei sobre o reino dos caldeus, 2 - No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número dos anos, de que falara o SENHOR ao profeta Jeremias, em que haviam de cumprir-se as desolações de Jerusalém, era de setenta anos. 3 - E eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, e saco e cinza.”

Daniel 6.10 “Daniel, pois, quando soube que o edito estava assinado, entrou em sua casa (ora havia no seu quarto janelas abertas do lado de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fazer.”

Daniel 2.17-19 “Então Daniel foi para a sua casa, e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros; 18 - Para que pedissem misericórdia ao Deus do céu, sobre este mistério, a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem, juntamente com o restante dos sábios de Babilônia. 19 - Então foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; então Daniel louvou o Deus do céu.”

Neemias 1.1-11 “As palavras de Neemias, filho de Hacalias. E sucedeu no mês de Quislev, no ano vigésimo, estando eu em Susã, a fortaleza, 2 - Que veio Hanani, um de meus irmãos, ele e alguns de Judá; e perguntei-lhes pelos judeus que escaparam, e que restaram do cativeiro, e acerca de Jerusalém. 3 - E disseram-me: Os restantes, que ficaram do cativeiro, lá na província estão em grande miséria e desprezo; e o muro de Jerusalém fendido e as suas portas queimadas a fogo. 4 - E sucedeu que, ouvindo eu estas palavras, assentei-me e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus. 5 -  E disse: Ah! Senhor Deus dos céus, Deus grande e terrível! Que guarda a aliança e a benignidade para com aqueles que o amam e guardam os seus mandamentos; 6 - Estejam, pois, atentos os teus ouvidos e os teus olhos abertos, para ouvires a oração do teu servo, que eu hoje faço perante ti, dia e noite, pelos filhos de Israel, teus servos; e faço confissão pelos pecados dos filhos de Israel, que temos cometido contra ti; também eu e a casa de meu pai temos pecado. 7 - De todo nos corrompemos contra ti, e não guardamos os mandamentos, nem os estatutos, nem os juízos, que ordenaste a Moisés, teu servo. 8 - Lembra-te, pois, da palavra que ordenaste a Moisés, teu servo, dizendo: Vós transgredireis, e eu vos espalharei entre os povos. 9 - E vós vos convertereis a mim, e guardareis os meus mandamentos, e os cumprireis; então, ainda que os vossos rejeitados estejam na extremidade do céu, de lá os ajuntarei e os trarei ao lugar que tenho escolhido para ali fazer habitar o meu nome. 10 - Eles são teus servos e o teu povo que resgataste com a tua grande força e com a tua forte mão. 11 - Ah! Senhor, estejam, pois, atentos os teus ouvidos à oração do teu servo, e à oração dos teus servos que desejam temer o teu nome; e faze prosperar hoje o teu servo, e dá-lhe graça perante este homem. Então era eu copeiro do rei.”

Esdras 1.1-5 “NO primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do SENHOR, pela boca de Jeremias), despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo: 2 - Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR Deus dos céus me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá. 3 - Quem há entre vós, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém, que está em Judá, e edifique a casa do SENHOR Deus de Israel (ele é o Deus) que está em Jerusalém. 4 - E todo aquele que ficar atrás em algum lugar em que andar peregrinando, os homens do seu lugar o ajudarão com prata, com ouro, com bens, e com gados, além das dádivas voluntárias para a casa de Deus, que está em Jerusalém. 5 - Então se levantaram os chefes dos pais de Judá e Benjamim, e os sacerdotes e os levitas, com todos aqueles cujo espírito Deus despertou, para subirem a edificar a casa do SENHOR, que está em Jerusalém.”

INTRODUÇÃO
Na lição de hoje, vamos estudar sobre “Os Princípios Divinos em Tempos de Crise: A reconstrução de Jerusalém e o Avivamento Espiritual como Exemplos para os nossos dias, um assunto que não pode ser negligenciado e muito menos esquecido pela Igreja do Senhor, principalmente nos dias em que a perseguição sutil vem, deforma crescente, abatendo sobre nós. Sempre que o povo de Deus passava por momentos difíceis, o despertamento mostrara-se o melhor caminho para a vitória dos servos de Deus sobre os seus inimigos.

Os crentes fiéis brilham como a Luz (Mt 5.15) e resplandecem no meio de uma geração corrompida e perversa (Fp 2.15). Assim era Daniel. Quando no ano 606 a.C. foi levado cativo para a Babilônia (Dn 1.1-4,6), era ainda muito jovem, tinha cerca de 15 anos. Muitos anos depois, Daniel gozava de elevado conceito no reino da Babilônia.

I. CONTEXTO HISTÓRICO

O significado do nome Daniel. “Deus é meu  Juiz”.

Daniel era judeu, de uma família nobre. Quando os babilônios dominaram a cidade de Jerusalém em 605 a.C., ele e alguns outros jovens foram levados ao cativeiro. O rei da Babilônia mandou que os mais capazes dos jovens judeus fossem preparados para servir no seu palácio. Daniel e três companheiros, Hananias, Misael e Azarias, foram entre os jovens escolhidos. Daniel foi profeta que se destacou entre os 3 jovens no cativeiro na Babilônia, onde ocupou alta posição no governo.

“Daniel foi um jovem hebreu da classe nobre, levado cativo à Babilônia por Nabucodonosor, rei do império. Acerca de sua genealogia não sabemos muita coisa, apenas aquilo que é depreendido do livro que traz seu nome. Não era sacerdote, como Jeremias e Ezequiel, mas era, como Isaías, da tribo de Judá e provavelmente da Casa Real (cf. 1.3-6), isto é, da descendência de Davi.

As informações relatadas na Bíblia sugerem que Daniel teria passado o resto da sua vida naquela mesma região. Ele passou por várias provações e permaneceu em posições importantes até o fim do império babilônico, que caiu aos medo-persas em 539 a.C. Daniel, então velho, ainda serviu por alguns anos no governo do novo império. Foi neste período que ele se mostrou fiel na sua provação mais conhecida, sobrevivendo uma noite na cova dos leões.

Devido à sua fidelidade e determinação de fazer a vontade de Deus, Daniel foi chamado de “homem muito amado” e foi usado pelo Senhor para revelar aos seus servos algumas das mensagens mais importantes do Antigo Testamento. Agora, vamos observar a determinação deste servo de Deus.

O livro de Daniel foi escrito em tempos de perseguição e sofrimento. Por meio de histórias e de visões, o autor procura explicar aos judeus as razões por que eles estão sendo perseguidos e também os anima a continuarem fiéis a Deus.

O livro se divide em duas partes.
A primeira parte vai dos capítulos 1-6 conta histórias a respeito de Daniel e dos seus companheiros.

A segunda parte vai dos capítulos 7-12 relata visões de vários impérios que aparecem e depois desaparecem.

Elas mostram que os perseguidores serão derrotados e que a vitória final será do povo judeu.

I. DANIEL FOI DESPERTADO PARA ORAR

1. O que significa a palavra oração. A terminologia da oração é rica e variada na Bíblia Sagrada. O termo geral hebraico é tepilla, de uma forma do verbo palal; o termo grego é proseuche, onde o passivo médio é proseuchomai. A ideia básica da palavra hebraica é a intercessão, e da palavra grega é o voto, mas essa etimologia não é mais o determinante de seu significado. As duas palavras podem ser usadas de forma abrangente para qualquer tipo de solicitação, intercessão ou ação de graças.

Oração é um diálogo, é falar com Deus, uma conversa, um pedido, um agradecimento, ato religioso que visa a ativar uma ligação com o Pai, uma manifestação de reconhecimento ou, ainda, um ato de louvor diante de um ser transcendente ou divino. A oração pode ser individual ou comunitária e ser feita em público ou em particular. A oração é descrita como o ato de “invocar o nome do Senhor” desde os dias de Sete (Gn 4.26) até a época em que o ‘Senhor’ se revelou como o Salvador, Jesus Cristo (Jl 2.32, com Rm 10.9,12,13).

1.1. Por que devemos orar? Devemos orar porque a oração nos aproxima de Deus, nos fortalece e nos prepara para enfrentar as dificuldades da vida. A oração é a arma mais poderosa do crente. Orar é muito importante para a vida espiritual.

1.2. O que significa orar sem cessar? 1ª Tessalonicenses 5.17 “Orai sem cessar.”
Orar sem cessar significa ter sempre o coração voltado para Deus e para as coisas de Deus. Orar cria intimidade com Deus e ajuda em todas as situações da vida. Orar sem cessar é estar sempre consciente da presença de Deus e convidá-lo a participar de sua vida

1.3. Os cristãos identificam se com aqueles que invocam seu nome (1ª Co 1.2). Outras expressões do AT são ‘suplicar’ ou ‘procurar o favor’ de Jeová (pi’el de hala, literalmente ‘tornar-se agradável à sua face’), ‘curvar-se em adoração’ (shaha), ’aproximar-se’ (nagash), ‘ver’ ou ‘encontrar’ para suplicar (paga’), ’implorar’ (zaaq) para reparar uma falta, ‘pedir’ (shoal), ‘suplicar’ (athar) ou ‘comparecer perante a face do Senhor’. Além de proseuchomoai, os autores do NT usam os termos ‘implorar’ (deomai), ’solicitar’ (aiteo) ou simplesmente ‘pedir’ (erotao) quando se referem à oração. Ao contrário de proseuchomai, essas palavras não são caracteristicamente ‘religiosas’ e podem denotar pedidos dirigidos tanto aos homens quanto a Deus. Entre as palavras mais específicas para oração estão entygkano (interceder), proskyneo (adorar), e eucharisteo (dar graças)” [Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. p. 1419-20].

2. Daniel vivia uma vida consagrada a Deus. “No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número dos anos, de que falara o SENHOR ao profeta Jeremias, em que haviam de cumprir-se as desolações de Jerusalém, era de setenta anos. 3 - E eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, e saco e cinza.” (Vs. 2-3).

2.1. Daniel um homem que estudava as Sagradas Escrituras.
Ao ler o profeta Jeremias (Jr 29.10), ele observou que os 70 anos de cativeiro na Babilônia estavam para findar. Todavia, ainda não era possível notar qualquer sinal de que alguma coisa estivesse acontecendo na direção de uma mudança radical (Dn 9.2).

Assim, Daniel começou a orar com jejum, cobrindo-se de saco e cinza, em sinal de profunda tristeza (Dn 9.1-3) e orou com perseverança.

Isto dava-lhe condições de orar.
A Bíblia diz: “A oração dos retos é o seu contentamento” (Pv 15.8) e Ele escutará a oração dos justos” (Pv 15 29).
Daniel não se misturou com o paganismo, e vivia conforme sua consciência, no temor do Senhor.
Daniel é considerado como um exemplo e um modelo para os crentes de todos os tempos (Dn 1.8).

3. A estatura espiritual de Daniel capacitava-o para enfrentar verdadeiros combates em oração.
A oração e a Palavra são nossas armas de combate.
Muitos cientes não conseguem servir de ajuda decisiva com as suas orações, porque nunca chegaram a experimentar o que significa combater em oração, o que significa perseverar firmemente em oração (Rm 12.12; Gl 1.30; Cl 2.1). Somente “visitam”, de vez em quando, culto de oração. Daniel, porém, tinha por hábito orar três vezes ao dia (Dn 6.10). Quando sua própria vida, bem como a de seus amigos e a de todos os sábios da Babilônia, estava em perigo, Daniel alcançou o livramento e a vitória através da oração (Dn 2.18-20). Daniel era experiente na vida de oração.

4. Coincidindo com o período de oração de Daniel, profundas mudanças estavam para acontecer na Babilônia. O reino da Babilônia estava em guerra com medos e persas. O rei da Babilônia era na época Nabonido. Seu filho Belsazar estava na capital, a cidade da Babilônia, cuidando dos assuntos administrativos do governo. Belsazar organizou uma festa para seus grandes. Estando já embriagado, mandou trazer os vasos sagrados que o rei Nabucodonosor havia trazido do Templo de Deus em Jerusalém, e havia colocado no templo pagão da Babilônia. Ele e todos os seus convidados beberam vinho nestes vasos santos (Dn 5.2-4).

Houve então uma intervenção divina. O rei viu que dedos de mão de homem escreviam na parede, defronte do castiçal (Dn 55). Acabou-se a alegria da festa. Os joelhos do rei tremiam. Sábios e astrólogos não puderam interpretar a mensagem escrita na parede. Finalmente Daniel foi introduzido na festa (Dn 5.13) e interpretou o texto escrito na parede. Entre outras coisas, estava escrito: “Dividido foi o teu reino, e deu-se aos medos e aos persas” (Dn 5.28).

“Naquela mesma noite, foi morto Belsazar, rei dos caldeus” (Dn 5-30).

Daniel foi um profeta de Deus cujos temas são de alcance muito vasto. Vaticinou acontecimentos que ainda vão surgir na história do Planeta, os quais estamos estudando à luz do contexto do seu próprio Livro. Ele, naquela corte, ganhou muita celebridade, O primeiro acontecimento peto qual obteve influência na corte babilônica foi a interpretação que deu ao sonho do rei. Ele foi, realmente, um homem escolhido por Deus para tão grande tarefa espiritual” [SILVA, Severino Pedro. Daniel Versículo por Versículo: As visões para esses últimos dias. 28ª imp., Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p. 12].

II. A RESPOSTA ÀS ORAÇÕES DE DANIEL

Daniel havia orado, lembrando-se da promessa de Deus registrada pelo profeta jeremias: “Vos visitarei e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando-vos a trazer a este lugar” (Jr 29.10).

Com a queda do reino babilônico, e com o início do governo do rei Ciro, as coisas evoluíram com muita rapidez, deixando todos surpreendidos e admirados.

1. A Bíblia relata o que realmente aconteceu. “No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do SENHOR, por boca de Jeremias), despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo: Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR, Deus dos céus, me deu todos os reinos da terra; e ele me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá. Quem há entre vós, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém, que é em Judá, e edifique a Casa do SENHOR, Deus de Israel; ele é o Deus que habita em Jerusalém” (Ed 1.1-3).

2. Conforme esta declaração de Ciro, estava cumprida a promessa Divina dada através do profeta Jeremias. Mas tudo foi como diz a Bíblia: “Tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos” (Ef 3.20).

Vejamos, pois, o que estava para acontecer:

2.1. Todos os Judeus seriam liberados para voltarem a Judá, caso quisessem (Ed 1.3).

2.2. Receberam permissão para reedificar o templo.

2.3. Todas as despesas da construção do Templo poderiam ser tiradas dos tributos de além do rio.
2.4. Os vasos sagrados devem ser entregues aos cuidados de Zorobabel, nomeado governador dos judeus pelo rei Ciro, para serem transportados de volta para Jerusalém (Ed 1.7).

III. O RESULTADO DE UM DESPERTAMENTO PROVENIENTE DE DEUS

1.O rei Ciro foi despertado em seu espírito. “Despertou o Senhor o espírito do rei Ciro” (Ed 1.1). Talvez por meio de seu contato com Daniel é que Ciro veio a conhecer a Deus, e talvez até mesmo o adorasse. Ciro teve uma experiência pessoal com Deus no seu coração, e passou a compreender as realidades de Deus que ele antes ignorava.

1.1. Ciro passou a ver a Deus como o SENHOR DOS CÉUS (Ed 1.2).

O grande rei Nabucodonosor demorou a aprender esta lição (Dn 4.30-37). Cada despertamento verdadeiro faz com que o homem veja a majestade de Deus, sentindo a sua própria pequenez, o seu pecado e a sua baixeza. Saulo assolava, perseguia, fazia e desfazia, mas quando se encontrou Jesus, no caminho de Damasco, caiu por terra e apenas pôde perguntar: “Quem es Senhor?” (At 9.5). A Bíblia diz que ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor se não for pelo Espírito Santo (1ª Co 12.3).

1.2. Ciro teve uma experiência com Deus, que é Santo.

Os vasos sagrados haviam sido roubados do Templo de Jerusalém, por Nabucodonosor, e guardados no templo pagão da Babilônia (2º Cr 36.18). Ciro era, agora, o responsável por eles, e mesmo sendo esses vasos muito valiosos, ele queria voluntariamente devolvê-los (Ed 1.7-11)

Assim acontece sempre em cada despertamento verdadeiro. Quando Zaqueu teve seu encontro com Jesus, quis devolver o que havia ganho com usura (Lc 19.8).

2. O rei Ciro recebeu bênçãos espirituais. O profeta Isaías, 200 anos antes, profetizou acerca de Ciro chamando-o de “ungido do Senhor” (Is 45.1). Isso nos permite entender que o Espírito Santo deve ter-lhe proporcionado alguma bênção espiritual. Cada Despertamento traz bênçãos para o coração do crente.

SUBSÍDIO HISTÓRICO

“[…] Ciro, um general de inteligência estratégica admirável, passou parte de sua vida desferindo ataques-relâmpago contra vários adversários, tanto próximos quanto distantes. Com a experiência de guerra, Ciro cercou Babilônia, tornando-a praticamente sem resistência em 539.

O rei Nabonido tinha o hábito de ausentar-se da capital, e fazia-o até mesmo ou especialmente) nas comemorações de Ano Novo, quando como de costume participava dos rituais tradicionais. Suas ausências eram cada vez mais frequentes e demoradas, de forma que o real governo da cidade estava na mão de seu filho Belsazar. Foi este desafortunado vice-rei que presenciou o colapso da nação com a chegada de Gubaru, o comandante persa e governador de Gutium. Parece que Belsazar morreu durante ou pouco depois do conflito, enquanto seu pai Nabonido foi capturado e em seguida solto condicionalmente. Duas semanas depois, Ciro marchou triunfantemente pela cidade e celebrou com alegria a derrota de seu rival, tornando-se o senhor absoluto do oriente.

Ciro pôs em prática uma política beneficente, permitindo a todos os exilados o retorno para suas terras. Os judeus, é claro, também estavam incluídos, e viram neste decreto a bênção de Deus, como cumprimento da palavra profética, Para eles, esta libertação não era menos significativa que aquela do êxodo sob a liderança de Moisés. Na verdade, a linguagem dos profetas, por exemplo Isaías 40 – 66, está repleta de imagens do êxodo. É verdade que a maioria dos judeus da dispersão preferiu permanecer em suas casas, especialmente os que moravam em Babilônia, mas aqueles que tinham seus olhos voltados para o propósito eterno de Deus viram no cativeiro um instrumento de correção. E o retorno à pátria era o sinal de que ainda tinham um papel redentor a desempenhar” [MERRIL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: o reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD 2007, pp. 503,04].

DANIEL, NOSSO “CONTEMPORÂNEO”



LEITURA BÍBLICA

Daniel 1.2 “No ano terceiro do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei de Babilônia, a Jerusalém e a sitiou. 2 - E o Senhor entregou nas suas mãos a Jeoaquim, rei de Judá, e uma parte dos utensílios da Casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus, e pôs os utensílios na casa do tesouro do seu deus.”

Daniel 7.1 “No primeiro ano de Belsazar, rei de Babilônia, teve Daniel, na sua cama, um sonho e visões da sua cabeça; escreveu logo o sonho e relatou a suma das coisas.”

Daniel 12.4 “E tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará.”

INTRODUÇÃO
O livro do profeta Daniel é um dos preferidos das pessoas que gostam de estudar a escatologia bíblica. Aprendemos com Daniel não somente acerca de assuntos escatológicos, pois o seu testemunho é um exemplo de fidelidade a Deus e de integridade moral. Daniel viveu grande parte dos seus anos como exilado em uma sociedade idólatra, servindo a reis ímpios, todavia não se contaminou

Dada a importância do livro de Daniel, nós o estudaremos sob a perspectiva da escatologia bíblica. Indiscutivelmente, Daniel é um profeta bíblico que não ficou restrito ao passado. Ele é contemporâneo! O seu nome, a sua vida e obra são um exemplo de perseverança em Deus. Embora vivendo em circunstâncias adversas e numa cultura pagã, Daniel não perdeu a fé no Deus Altíssimo e o vínculo com o seu povo.

O capítulo 24 do Evangelho de Mateus revela um dos mais importantes discursos proféticos de Jesus. Ali, o Mestre de Nazaré cita o profeta Daniel (v.15). Conquanto as profecias de Jesus nos remetam ao contexto de Israel, as evidências proféticas descritas em Mateus 24 não se aplicam apenas à história do povo judeu, mas igualmente à todas as etapas da história humana como descrita no livro de Daniel.

I. A HISTÓRIA POR TRÁS DO LIVRO DE DANIEL

1. A formação histórica de Israel. A história do povo judeu começa com Abraão e Sara (Gn 12.1-3). Eles tiveram um filho chamado Isaque, o filho da promessa de Deus (Gn 15.4; 17.18; 21.1-3). Isaque, por sua vez, gerou dois filhos, Esaú e Jacó. Do segundo filho, Jacó, surgiu um clã de 12 filhos. O clã cresceu e multiplicou-se e, posteriormente mudou-se para o Egito. Ali a família de Jacó aumentou em número, tornando-se um povo altamente abundante em terra estrangeira. A partir de então, formou-se Israel, a futura nação projetada por Deus. Mas com o passar do tempo a família judaica perdeu as benesses que desfrutava nos anos do rei egípcio que respeitava a liderança e a história de José no Egito. Entretanto, através de uma intervenção divina, e sob a liderança de Moisés, os israelitas saíram do Egito e peregrinaram pelo deserto até a terra de Canaã por quarenta anos. A partir da libertação egípcia, Israel viveu sob a égide de um governo teocrático, isto é, governado diretamente por Deus e através de homens chamados por Ele para esta função.

2. O governo teocrático. Moisés morreu e o seu substituto foi Josué. Sob o seu comando, Israel conquistou a terra de Canaã e instituiu um governo em que a autoridade governamental vinha de Deus - a teocracia. Esse período perdurou aproximadamente trezentos anos, incluindo o período dos juízes. Foi um tempo difícil porque Israel afastou-se da direção divina e “cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos” (Jz 21.25).

3. O governo monárquico. O reino de Israel esteve sob a liderança de Saul, Davi e Salomão por cento e vinte anos. O rei Salomão morreu em 931 a.C. marcando assim a decadência política, moral e religiosa da monarquia. Roboão, o seu filho, assumiu o reino, mas acabou dividindo-o em dois: o do Norte e o do Sul.

O reino do Norte constituía-se de dez tribos. O do Sul, de apenas duas tribos, Judá e Benjamim. No ano de 722 a.C. o Império Assírio dominou o reino do Norte e subjugou o seu rei, os príncipes e todo o povo.

O reino do Sul teve momentos de glória, mas igualmente de calamidades. Constituído por alguns reis piedosos e outros ímpios, acabou por ser invadido pelo Império da Babilônia. Entre os anos 606 a.C. e 587 a.C., Nabucodonosor levou em cativeiro os nobres de Jerusalém: príncipes, intelectuais e homens de guerra, etc., deixando em Judá apenas os pobres e os deficientes. Toda esta história propiciou a intervenção divina na vida de Israel para preservação do projeto original de Deus.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

Subsídio Hermenêutico
“Uma correta interpretação de Daniel esclarece a revelação de que Deus tem um futuro para Israel. Um raciocínio crítico acerca da mensagem profética de Daniel cria uma concepção fictícia da importância do livro. Tamanho erro na interpretação exclui o significado das profecias e torna o livro de Daniel em um conto de fadas.

O livro de Daniel é a chave de todas as profecias bíblicas. Sem ele, remotas revelações escatológicas e seu escopo profético são inexplicáveis. As grandes profecias do Senhor, no discurso do monte das Oliveiras (Mt 24,25; Mc 13; Lc 21), bem como 2ª Tessalonicenses 2 e o livro de Apocalipse (ambos mencionam o Anticristo de Daniel 11), só podem ser compreendidas com a ajuda das profecias de Daniel” [LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2013, p. 175].

II. OS FATOS QUE PROPICIARAM O EXÍLIO NA BABILÔNIA

1. O contexto político do reino de Judá. Em 606 a.C. Nabucodonosor invadiu Jerusalém e, além da nobreza, tomou da cidade todos os utensílios do Templo: ouro, prata e pedras preciosas. Jeoaquim, rei de Judá, não resistiu e tornou-se tributário da Babilônia, perdendo o domínio do seu reino e também a confiança dos seus valentes. Entre os cativos expatriados para Babilônia estava o profeta Ezequiel (Ez 1.1-3). O exército de Nabucodonosor destruiu o Templo, saqueou Jerusalém e arrasou política, moral e espiritualmente o reino de Judá. Babilônia se impôs como império por mais de quatro décadas. Israel foi humilhado, passando de nação próspera à tributária da Babilônia!

2. Israel no exílio babilônico. Quando uma liderança perde a intimidade com Deus e, por consequência, a credibilidade entre os homens, como aconteceu com os últimos reis de Israel e de Judá, a tragédia espiritual e moral é inevitável. O cativeiro de 70 anos na Babilônia, profetizado por Jeremias, foi cabalmente cumprido (2º Cr 36.21). Por outro lado, Deus nos ensina a conhecer os seus desígnios. Foi no exílio babilônico que Israel aprendeu a conhecer a Deus e não aceitar outro deus em seu lugar. O cativeiro propiciou a volta do povo de Deus à comunhão com o Altíssimo.

A partir desse panorama histórico compreenderemos o livro do profeta Daniel. Para isto, precisamos igualmente conhecer os aspectos gerais e a importância do livro e da pessoa do chamado “profeta do cativeiro”.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

Subsídio Hermenêutico
“Uma correta interpretação do livro de Daniel

A fim de interpretar corretamente Daniel, duas premissas são relevantes:

(1) O livro é genuíno e foi escrito pelo profeta Daniel no século VI a.C. Muitos críticos afirmam que o livro de Daniel faz parte daquilo que conhecemos como literatura apocalíptica, que veio a surgir já no período helenístico. Eles sustentam que fraudes de autoria e data são comuns neste gênero literário. Tais suposições racionalistas são, contudo, inaceitáveis. A interpretação de qualquer livro considerado apocalíptico não exige uma hermenêutica específica ou sistemas interpretativos especiais. Mudar sua hermenêutica é separar a profecia bíblica de seu cumprimento histórico. É uma tentativa liberal de se considerar a profecia como mito ou fantasia.

(2) Uma interpretação precisa depende do fato de a profecia não ser apenas possível, mas também do fundamento dos verdadeiros e genuínos escritos bíblicos apocalípticos. As profecias levaram muitos supostos estudiosos a rejeitarem a genuinidade das visões de Daniel. Muitos críticos rejeitaram de forma cabal o que é claramente uma profecia predita. A única forma de explicarem a meticulosidade e a acurácia das profecias de Daniel é relegando-as a uma época posterior e a um outro autor” [LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2013, p. 175].

III. DANIEL, O AUTOR E O LIVRO

1. O homem Daniel. Há pouca informação histórica sobre a família de Daniel, senão a de que ele era da linhagem real de Israel (Dn 1.3). Levado para a Babilônia ainda muito jovem, Daniel destacava-se como um judeu inteligente e bem instruído. Ele possuía firmes convicções no Deus de Israel e era contemporâneo de dois importantes profetas da nação israelita: Jeremias e Ezequiel. Certamente esses profetas deixaram seus exemplos como legados para a vida do jovem Daniel. Em 597 a.C., Ezequiel havia sido levado para a Babilônia (Ez 43.6,7). Ali esse experiente profeta chega a citá-lo em seu livro, descrevendo Daniel como um homem de sabedoria e de justiça (Ez 14.14).

2. A importância do livro. O livro de Daniel possui dois conteúdos: o histórico e o profético. No plano geral da revelação divina, o livro de Daniel ocupa um lugar de suma importância. Do capítulo 1 ao 6 o conteúdo é histórico, e do 7 ao 12, profético.

O conteúdo histórico do livro contém experiências que revelam a soberania e o cuidado de Deus para com aqueles que lhe são fiéis. Já o conteúdo profético traz predições escatológicas, em sua maioria, ainda não cumpridas. Por este último conteúdo cremos na “contemporaneidade” de Daniel.

3. A autoria e as características do livro. Indiscutivelmente, foi o próprio Daniel quem escreveu o livro entre os anos 606 e 536 a.C. Ele iniciou sua obra escrevendo na Babilônia e, posteriormente, encerrou-a no palácio de Susã (Dn 8.2). O livro contém doze capítulos, majoritariamente escrito em hebraico, excetuando a seção 2.4 até 7.28, que foi escrita em dialeto aramaico.

Além de histórico, o livro de Daniel contém revelações proféticas cumpridas e outras que ainda vão se cumprir no futuro. São revelações concernentes ao povo de Israel e aos gentios. Deus revelou a Daniel o futuro das nações através da linguagem alegórica. Portanto, pode-se classificar o livro de Daniel como gênero apocalíptico porque desvenda o futuro do mundo trazendo esperança para o povo de Deus, pois ali, Israel é o ponto convergente dos fatos futuros.

CONCLUSÃO
O livro de Daniel nos mostra o compromisso de um homem que se dispõe a servir a Deus, mantendo a sua integridade moral e espiritual sem fazer concessões ao sistema idólatra e opressor da Babilônia. Aprendemos igualmente que a história humana não é casual, mas dirigida pelo Deus soberano, que faz todas as coisas contribuírem para o bem daqueles que amam ao Senhor.

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

O livro de Daniel foi (e talvez ainda seja) objeto de algumas controvérsias entre os teólogos. Não por acaso, um crente batista, Willian Miller (ou Guilherme Miller), no ano de 1831, através de uma série de cálculos, popularizou a interpretação de Daniel 8.14 cujo resultado previa a volta de Jesus em 22 de Outubro de 1844. Miller errou na interpretação e até hoje o nosso Senhor não veio!

Anteriores a Willian Miller, outros intérpretes chegaram às conclusões semelhantes: o Jesuíta Manuel Lacunza (1731-1801); o jurista mexicano, Gutierry de Rozas (1835); Adam Burwell, missionário canadense da sociedade para propagação do Evangelho (1835); R. Scott, padre anglicano e, em seguida, pastor Batista (1834); o missionário inglês, Joseph Wolff (1829). Por que um livro bíblico, a Palavra de Deus, traria tantas discrepâncias?

O problema não está na Bíblia, mas em quem a interpreta. Por isso, devemos considerar algumas informações ao iniciar o nosso estudo em Daniel:

Um relato histórico. O conceito conversador e tradicional de que o livro de Daniel é histórico e remonta os próprios dias do profeta era unânime até aparecer a crítica moderna da Bíblia. Ainda assim, não temos razões para mudar este conceito hoje.

O livro. O texto foi escrito em hebraico, entretanto, os capítulos da seção 2.4 a 7.28 foram redigidos em aramaico. Derivado da Caldeia, o aramaico era um idioma popular das relações internacionais do período imperial babilônico.

O Esboço. Este nos ajuda a compreender a unidade literária do livro de Daniel. A estrutura da obra bíblica consta assim: (I) História [1-6] e (II) Profecia [7-12].
1. História. Daniel na Babilônia; as duas imagens - o sonho e a estátua de Nabucodonosor [2 e 3]; Dois reis sob disciplina - o orgulho de Nabudonosor e a profanação de Belsazar [4 e 5]; O decreto de Dario [6].

2. Profecia. As duas visões dos animais-impérios - os quatro animais / o bode e o carneiro [7 e 8]; A explicação das duas profecias - os 70 anos de Jeremias e os acontecimentos dos Últimos tempos [9-12].

Propósito. Revelar o escape de Deus para o Seu povo, apesar das injustiças promovidas pelos impérios pagãos. O profeta Daniel mostra que o Senhor julgará os poderes políticos do mundo que institucionalizam a injustiça. Quando entendemos a unidade literária de Daniel os símbolos e as figuras apresentadas no livro tornam-se complementos do assunto central: a Soberania de Deus.
Integridade Moral e Espiritual. O legado do livro de Daniel para a Igreja hoje.

A BATALHA ESPIRITUAL E AS ARMAS DO CRENTE


LEITURA BÍBLICA

Efésios 6.10-20. “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. 11 - Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo; 12 - porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. 13 - Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. 14 - Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça, 15 - e calçados os pés na preparação do evangelho da paz; 16 - tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. 17 - Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus, 18 - orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos 19 - e por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho, 20 - pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar.


INTRODUÇÃO
Ao finalizar a Epístola aos Efésios, o apóstolo convoca a Igreja para lutar e resistir aos inevitáveis conflitos contra as forças espirituais da maldade. Nessa batalha, a fim de suportar os ataques e se manter firme na marcha contra o mal, os soldados de Cristo precisam revestir-se de toda a armadura de Deus. É o que veremos na presente lição.

Quanto ao assunto batalha espiritual, infelizmente, alguns subestimam por completo os ataques do Inimigo e suas ciladas. Já outros enaltecem o poder do Inimigo e se esquecem de que Cristo já o derrotou na cruz do Calvário e que nos deu poder contra as serpentes e escorpiões (Lc 10.19). Assim como os anjos estão a serviço de Deus e do seu povo, os demônios servem a Satanás, o seu chefe, cuja missão neste mundo é matar, roubar e destruir (Jo 10.10). Mas nunca podemos nos esquecer de que maior é o que está conosco, Jesus Cristo.

I. O PREPARO ESPIRITUAL DO CRENTE PARA A BATALHA

1. Fortalecidos no poder do Senhor. A expressão na forma passiva “fortalecei-vos no Senhor” (6.10a) indica que não temos poder em nós mesmos. Esse excelso poder nos é conferido pela comunhão com Deus, em Cristo, por meio do Espírito Santo (Jo 15.7; 1ª Jo 1.3). Por isso precisamos estar fortalecidos por meio da “renovação da mente” (4.23), da “vida em santidade” (4.24) e “ser cheio do Espírito” (5.18). A vitória não pode ser alcançada por outro meio. Conhecer as Escrituras sem a devida obediência e frequentar os cultos sem a genuína conversão não são suficientes. Não obstante, o poder de Deus está disponível aos fiéis para “pisar serpentes, e escorpiões, e toda a força do Inimigo” (Lc 10.19).

2. Vigilantes em toda a oração e súplica. Paulo enfatiza a necessidade de uma vida cristã permeada pela prática da oração. Não é possível entrar em combate sem a cobertura de tão preciosa arma espiritual (Lc 21.36). A expressão “orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito” (6.18) significa clamar pelo favor divino em qualquer circunstância e oportunidades. Esse clamor deve estar acompanhado de vigilância (Is 59.1,2), pois esta preserva o crente das astutas ciladas do Inimigo (Sl 124.7). Vigiemos em oração e súplica!

SUBSÍDIO BÍBLICO - TEOLÓGICO

“A exortação apostólica: ‘fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder’ (Ef 6.10) diz que os crentes devem buscar essa força não neles mesmos, mas no Senhor Jesus; por essa razão, o apóstolo Paulo emprega o verbo grego na voz passiva, endynamosthe, ‘sede dotados de força em,  sede fortalecidos’, do verbo endynamoo, ‘fortalecer em’. Esse poder não vem de nós mesmos, mas de uma força externa, do próprio Deus, Jesus disse: ‘sem mim nada podereis fazer’ (Jo 15.5). A combinação pleonástica, ‘força do seu poder’, dá mais relevo ao pensamento, uma expressão que Paulo já havia usado na epístola (1.19). Ele está falando sobre força e poder no campo espiritual, não sobre força física (2ª Co 10.4). O Senhor Jesus capacitou os cristãos, pelo Espírito Santo, para vencer todo o mal e toda a tentação interna, os desejos da carne, e toda a tentação externa, tudo aquilo que vem diretamente do poder das trevas. Essa capacitação envolve o discernimento para compreender as astúcias malignas (2ª Co 2.11) e também o poder sobre os demônios (Lc 10.17,19)”. [SOARES, Esequias; SOARES, Daniele. Batalha Espiritual: O Povo de Deus e a Guerra Contra as Potestades do Mal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2018, p. 29].

II. CONHECENDO O CAMPO DA BATALHA ESPIRITUAL

1. As astutas ciladas do Diabo. A expressão “ciladas do diabo” (6.11) indica as “armadilhas” articuladas perversamente pelo reino das trevas. O líder desse reino é identificado como diábolos, que significa “caluniador” e “acusador” (Mt 4.1; Jo 8.44; 1ª Pe 5.8). Tomado de fúria e por meio do espírito do erro, ele prepara laços com o propósito de destruir a Igreja de Cristo. Algumas de suas astúcias são:
(1) Confundir a mentira com a verdade (Gn 3.4,5).
(2) Deturpar as Escrituras (Mt 4.6).
(3) Dissimular e induzir a dissimulação (2ª Co 11.13,14).
(4) Fazer falsos sinais (2ª Ts 2.9).
(5) Fazer acusações (Ap 12.10).
(6) Semear incredulidade (2ªCo 4.4).
(7) Promover ideologias anticristãs (2ª Ts 2.3,4).

Diante desse quadro, o texto sagrado ordena: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus!”.

2. O conflito contra o reino das trevas. Paulo enfatiza que esse conflito não é “contra carne e sangue” (6.12). Não se trata de lutar contra o ser humano, mas contra o reino das trevas nas “regiões celestes”. Essas declarações indicam que a batalha não é física, mas travada no mundo espiritual. O conflito é contra as hostes que, debaixo da autoridade do Diabo, mantêm os homens na escuridão (1ª Jo 5.19). Nessa metáfora, fica claro que o cenário do campo de batalha do soldado é espiritual (6.11,12), ao mesmo que se revela a natureza pessoal do conflito, pois essa luta se dá tanto na área individual quanto na área coletiva da igreja (1ª Pe 5.8,9).

3. As agências das potestades do ar. Paulo identifica as forças do mal que marcham contra a Igreja como “principados, potestades, príncipes das trevas deste século e hostes espirituais da maldade” (6.12). Esses seres são caracterizados por três aspectos:

3.1. Eles são poderosos. Os títulos “principados e potestades” indicam poder, primazia e autoridade para agir; “príncipes das trevas” são líderes de anjos decaídos, que sob o comando do Diabo exercem domínio;

3.2. Eles são malignos. Esses agentes formam “as hostes espirituais da maldade”. Refere-se a demônios que empregam seu poder destrutivamente para o mal;

3.3. Eles são astutos. São cheios de sutilezas e maquinam a queda da Igreja.

Apesar desse imenso império do mal, a Igreja é exortada a não temer. Somos incentivados a lutar e, sobretudo, a vencer, pois o Senhor da Igreja está elevado ao nível “acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio” (1.21).

SUBSÍDIO BÍBLICO - TEOLÓGICO

“O apóstolo Paulo emprega skotos para se referir ao reino satânico. Ele especifica os principais agentes no reino das trevas e conclui dizendo que eles formam ‘as hostes espirituais da maldade’ (Ef 6.12). Essa expressão refere-se aos ‘espíritos malignos’, um termo presente no pensamento judaico e também no Novo Testamento. Essas hostes são comandantes do exército de Satanás: principado, potestades e dominadores deste mundo tenebroso, contra quem temos de lutar fortalecidos no Senhor e na força do seu poder e revestidos da armadura completa de Deus (Ef 6.10-11).

A expressão ‘lugares celestiais’ ou ‘regiões celestiais’ no presente contexto nos chama atenção, pois parece indicar o céu o lugar onde Cristo habita, a morada dos crentes. No entanto, o apóstolo escreve: ‘contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais’, termo que aparece cinco vezes em Efésios e em nenhum outro lugar no Novo Testamento (1.3,20; 2.6; 3.10; 6.12). No mundo antigo, as pessoas acreditavam que o céu tinha diferentes níveis ocupados por uma diversidade de seres espirituais. No nível mais elevado, habitava Deus com os seres mais puros. Ou seja, as ‘regiões celestiais’ podem significar onde Deus está ou onde estão os poderes espirituais. O sentido dessas palavras depende do contexto onde elas aparecem” [SOARES, Esequias; SOARES, Daniele. Batalha Espiritual: O Povo de Deus e a Guerra Contra as Potestades do Mal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2018, pp. 33,34].

III. AS ARMAS ESPIRITUAIS INDISPENSÁVEIS AO CRENTE

1. A armadura completa de Deus. A imagem que o apóstolo usa é a de uma linguagem retirada do contexto militar romano. A expressão “toda a armadura” traduz o termo grego panóplia, que significa “a armadura completa de um soldado fortemente armado” (6.11,13). Na Carta, a orientação não é para usar armas próprias, mas tomar o equipamento dado por Deus, resistir bravamente e marchar contra as potestades do ar.

2. As armas indispensáveis de defesa. Vejamos aqui uma lista de armas espirituais disponíveis aos soldados do Senhor:

2.1. Cingidos os vossos lombos com a verdade (v. 14). Retrata a peça usada para dar mobilidade ao soldado no combate. Nesse sentido, faz referência à verdade da doutrina de Cristo e à integridade do soldado (2ª Co 13.8).

2.2. Vestida a couraça da justiça (6.14). Trata-se de uma malha impenetrável de proteção aos órgãos vitais. Refere-se à justiça de Cristo e à retidão do soldado no campo de batalha (Rm 5.1; 2ª Co 6.7).

2.3. Calçados os pés na preparação do evangelho da paz (6.15). Confeccionada em couro, a “meia bota” tinha solas cravejadas para dar estabilidade. Refere-se à firmeza que o Evangelho proporciona e à prontidão do soldado em testemunhar de Cristo (Rm 1.16).

2.4. Tomando, sobretudo, o escudo da fé (6.16). Longo, retangular, feito de madeira e couro, o escudo protege o corpo inteiro dos dardos incendiários. Refere-se à fé inabalável em Deus, que detém a eficácia das calúnias, dúvidas e rebeliões disparadas pelo Diabo (Pv 30.5).

2.5. O capacete da salvação (6.17). Pesado, resistente e fabricado com bronze ou ferro, o capacete serve de proteção para a cabeça. Refere-se à certeza da salvação que já recebemos em Cristo e a convicção da plena salvação no último dia (1ª Ts 5.8,9).

3. A imprescindível arma ofensiva. Finalmente, “a espada do Espírito” (6.17), a única arma disponível tanto para a defesa quanto para o ataque. O termo grego para ela é machaira, identificada como espada curta. Isso significa que o combate é pessoal, o enfrentamento é diário e acontece “corpo a corpo”. A espada do Espírito é identificada como sendo a “Palavra de Deus” inspirada e penetrante (2ª Tm 3.16; Hb 4.12). Ela deve ser usada tanto para resistir às ciladas do Diabo (Mt 4.1-10) quanto para derrubar as fortalezas de Satanás (Mt 10.19,20; 2ª Co 10.4).

CONCLUSÃO
A vitória da Igreja de Cristo contra as forças do mal é garantida pela sobre-excelente grandeza do poder de Deus (1.19). Os ardis de Satanás não podem ser subestimados, porém, o reino das trevas não deve amedrontar o cristão. A Escritura convoca o salvo a combater e a vencer as potestades do ar, revestido com a armadura de Deus (6.11).

BAPTISTA, Douglas. Lições Bíblicas do 2° trimestre de 2020 – CPAD – RJ.

A LUTA DO CRENTE CHEIO DO ESPÍRITO SANTO


Leitura Bíblica
Ef 6.5-13 “Vós servos obedecer a vosso senhor segundo a carne com temor e tremor, na sinceridade do vosso coração como a Cristo, 6 - Não servindo a vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus; 7 - servindo de boa vontade como ao Senhor e não como aos homens, 8 - sabendo que cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer, seja servo, seja livre. 9 - E vós senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo também que o senhor deles e vosso estais no céu e que para com Ele não há acepção de pessoas! 10 - No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. 11 - Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo; 12 - Porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais, 13 - portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mal e, havendo feito tudo ficar firme.

INTRODUÇÃO
A conduta do crente estende-se à sua vida social, emocional e espiritual.

Tratamos em lições anteriores de assuntos como ministério, vida cristã e família. Nesta lição estudaremos as relações de trabalho e batalha espiritual.

I. A CONDUTA DO TRABALHADORES

1. A conduta dos empregados em relação aos patões (vs. 5-8).
A relação de serviço entre patrão e empregado é, antes de tudo, uma relação de submissão e obediência, pois o empregado precisa do patrão para sua subsistência.

Por outro lado, o patrão precisa dele para realizar o seu serviço. Essa relação deve ser natural.

Outro fator que deve merece a nossa apreciação é o espiritual. O caráter espiritual tem por objetivo ensinar o crente a que trabalhe com honestidade procurando cumprir seus deveres, porque fazendo assim, terá a benção de Deus.

Pois a expressão, “obedecei a vossos senhores segundo a carne”, significa afirmar que se trata de algo material, terreal.

1.1. Mas, a Bíblia declara que assim fazendo é “como a Cristo” (v. 6).

A expressão “com temor e tremor” não quer dizer que o empregado deve trabalhar com medo.

O sentido é trabalhar com responsabilidade e prontidão.

Quando Paulo fala em “sinceridade de coração” (v. 6). Significa que o trabalhador procura trabalhar com inteireza de coração.

Não faz nada que traia essa singeleza, mas faz tudo com “boa vontade”.

Ao procurar agradar o patrão, crente o crente deve fazê-lo sem trair sua fé, porque dessa forma está também fazendo a vontade de Deus.

1.2. “Servir de boa vontade como ao Senhor” (vs. 6-7).
O princípio que rege um bom empregado, é trabalhar com fidelidade em quaisquer circunstâncias na presença ou na ausência do patrão como o texto firma.

“Não servindo a vista”, “... servindo de boa vontade” (v.s. 6-7). Mesmo que não gostemos do trabalho que fazemos, somos submissos, devemos fazê-lo de boa vontade.

Nossa fidelidade aqui na terra nas coisas justas dessa vida nos tornam aptos para recebermos a recompensa do Senhor (v. 8).

2. A conduta dos patrões em relação aos seus empregados (v. 9).
Os direitos e privilégios, tanto do patrão como do empregado possuem características próprias.

Em relação a conduta dos patões, a Bíblia destaca aqui três características:

2.1. Reciprocidade (v. 9).
Reciprocidade é aquilo que é válido, em matéria de valor para duas pessoas.

Se o servo faz como “ao Senhor”, se serve “de coração sincero” e de “boa vontade” se serve procurando “fazer a vontade de Deus”, a Bíblia, então, ordena aos patrões, “e vós senhores com eles”.

2.2. Respeito (v. 9).
O crente verdadeiro ama a Cristo e respeita as pessoas. Dignidade e respeito devem reger as mentes tanto dos patrões como dos empregados.

Todo patrão tem o direito de exigir boa prestação de serviço de seus empregados, porém isto não significa tratamento perverso, desumano. Toda forma de intimidação, “deixando as ameaças, sabendo também que o Senhor deles, e vosso estás no céu,e para com ele não há acepção de pessoas”.

2.3. Igualdade (v. 9).
É lamentável dizer que entre os crentes ainda haja discriminação social, racial, cultural e religiosa.
De conduzirmos todas as pessoas da terra a Jesus Cristo, como Salvador e Senhor e mostrá-las que Cristo morreu por todos. No entanto no campo de trabalho, existem categorias distintas de atividades e responsabilidade, e as pessoas que assumem essas posições dentro de uma empresa, naturalmente recebem aquilo que é justo à posição e atividade que fazem.

Isto não é discriminação.

II. A CONDUTA DO CRENTE NA BATALHA ESPIRITUAL

A partir do v. 10; a Bíblia discorre sobre a batalha espiritual inevitável do crente contra as forças do mal.

Queiramos ou não a partir da queda do homem por seu pecado no Éden, iniciou-se uma batalha (Gn 3.15), indica a causa e a razão dessa batalha que começou na inimizade declarada entre a “antiga serpente”, o diabo, e “a semente da mulher”, Jesus.

O cumprimento desse conflito cósmico teve seu clímax no calvário,

Só podemos enfrentar e vencer esta batalha usando as armas espirituais providas por Deus, relatada aqui no texto bíblico.

É preciso estar preparado para esta batalha espiritual mediante os três elementos ensinados nos (vs. 10-11).

1. Fortalecimento (v. 10).
Na batalha espiritual só estão aptos para participar os que pertencem ao Senhor, por isso, o apostolo diz: “irmãos meus”, não se trata de um fortalecimento físico ou intelectual, mas é um fortalecimento, “na força do seu poder”. Em outras palavras, nenhum crente entra nesta batalha com armas materiais ou físicas.

É preciso estar cheio do poder do Espírito.

2. Conhecimento (v. 11).
Aos nossos ouvintes perguntaria: Que tem a ver conhecimento com armadura? Para termos a armadura de Deus, precisamos conhecer todo o equipamento dessa guerra espiritual.

Precisamos estar revestidos da armadura de Deus, e para ter todas as armas necessárias para um combate.

A armadura espiritual incompleta torna o crente vulnerável aos ataques satânicos.

3. Treinamento (v. 11).
Um soldado precisa ser forte, conhecer e treinar o suficiente para entrar na batalha.

A igreja de Cristo é o quartel-general onde os soldados são equipados, através do ensino sadio da Palavra de Deus (2ª Tm 3.16-17).

III. O CAMPO DE BATALHA ESPIRITUAL

Toda batalha tem seu campo de ação e envolve vários aspectos bélicos tais como o lugar, o inimigo e a estratégia e as armas de ataque e defesa.

1. O lugar de combate dessa batalha (v. 12).
O local não se limita a alguma área geográfica e terrena, mas abrange todo e qualquer lugar onde o reino de Deus esteja.

Onde estiver um crente fiel ali se torna um campo de batalha. Paulo diz que “não temos de lutar contra a carne e o sangue”.

É uma expressão que denota o tipo de batalha – não é humana, de homem contra o homem, mas é luta espiritual contra inimigos espirituais.

Adiante Paulo especifica que essa batalha ocorre “nos lugares celestiais” ou “regiões celestiais”.

Esta expressão refere-se a uma posição espiritual elevada, uma conquista de todo o crente verdadeiro.

2. Os inimigos da batalha (vs. 11-12).
Temos duas citações especiais que identificam nossos inimigos, o diabo (v. 11), e “as hostes espirituais da maldade” (v. 12).

Quem é o diabo? (Leiam Ez 28.12-17; Jo 12. 31; 2ª Co 4. 4).

As hostes espirituais da maldade incluem “principados, potestades e príncipes das trevas deste século”.

São classes de demônios, isto é, anjos caídos que realizam tarefa sobre o comando de satanás, o chefe, em várias Arias de atividades da vida humana.

3. As armas espirituais para a batalha (v. 13-17).
Paulo serviu-se da figura das armas de um soldado romano da sua época.

3.1. “O sinto da verdade” (v. 14). Servia para prender a couraça do soldado. “A verdade” é a representação de tudo que somos. Nossos vestidos de guerra são seguros com a verdade.

3.2. “A couraça da justiça”. Uma arma defensiva de proteção para o peito. A justiça une-se a verdade, e elas podem ser notadas pelos inimigos (Is 59.17; 1ª Ts 5.8).

3.3. “Calçados na preparação do Evangelho” (v. 15). Os quais são importantes no campo de batalha.

3.4. “Escudo da fé” (v. 16). Uma arma defensiva que fica presa no braço e impede que os dardos do inimigo alcancem o corpo do soldado.

3.5. “O capacete da salvação” (v. 17). Servia para proteger a cabeça, A nossa salvação é o capacete que protege nossa cabeça.

3.6. “A espada do Espírito” (v. 17). Uma arma ofensiva que deve estar sempre na mão e na  mente do crente.

4. A provisão para batalha (v.s. 18-20).

É a oração - a maior provisão do crente. A Palavra nos alerta que devemos orar em todo o tempo, não dando lugar nem tréguas ao diabo.

O crente deve orar incessantemente (Cl 4.2; 1ª Ts 5.17).

Devemos orar com suplica no Espírito (v. 18).

CONCLUINDO
No cap. 6. vs. 21 a 24; Paulo da as suas saudações finais aos efésios e espera que todos cresçam na presença de Deus. Da mesma forma, espera que os crentes na atualidade sejam vencedores no Senhor até o dia em que receberemos a coroa da vida eterna. Gloria a Deus e aleluia!!!


Amém, e amém muitas vezes glória, por termos concluído a apresentação de “A Carta de Paulo aos Gálatas”.