TEOLOGIA EM FOCO: A FAMÍLIA É A PRINCIPAL INSTITUIÇÃO PLANEJADA POR DEUS

sexta-feira, 19 de junho de 2020

A FAMÍLIA É A PRINCIPAL INSTITUIÇÃO PLANEJADA POR DEUS


Leitura Bíblica Ef 5.22-28; 6.1-4
Ef 5.22-27 “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor; 23 - porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da Igreja sendo ele próprio o Salvador do corpo. 24 - De sorte que, assim como a Igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo a seu marido. 25 - Vós maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela. 26 - Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, 27 - para a apresentar a si mesmo Igreja gloriosa, sem macula, nem ruga, nem coisa semelhante, santa e sem defeito. 28 - Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama sua mulher ama a si mesmo.

Ef 6.1 “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor porque isto é justo. 2 - Honra a teu pai, e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, 3 - para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra. 4 - E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.”

INTRODUÇÃO
No mesmo capítulo da Bíblia que trata das verdades fundamentais, da vida cristã, estão os ensinos básicos sobre a família e suas relações no lar, Ef cap. 5, indiscutivelmente, o fortalecimento da família fortalecerá a Igreja como um todo.

Em Cristo nos tornamos uma família de Deus (Ef 2.19).

O texto destaca o princípio da submissão como um dever dentro das relações familiares entre os cônjuges e os filhos.

I. A CONDUTA DAS ESPOSAS

1.O princípio da sujeição (v. 22).

Em nosso tempo esse princípio tem sido deturpado, porque as mulheres conquistaram um espaço muito grande na sociedade.

Tem havido choque entre o ensino e a filosofia secular puramente humanista, alheia a Deus e a sua Palavra.

A distinção entre os dois está no fato de que o ensino bíblico tem sua base nos princípios divinos e o pensamento secular é totalmente humano, em que o mundo sem Deus dita os credos, leis e costumes.

Deus estabeleceu o princípio da autoridade dentro do lar.

As mulheres devem sujeição aos seus maridos, e estes devem ser sujeitos ao Senhor.

2. Sujeição e não escravidão.
A sujeição das esposas a seus maridos tem um sentido especial no Novo Testamento, Jesus em sua obra no Calvário, restaurou o lugar da mulher na sociedade.

No Antigo testamento havia muitas restrições, resultantes da maldição do pecado no princípio do mundo.

Por isso, a sujeição das mulheres aos seus maridos não pode ser interpretada como subserviência, humilhação e depreciação.

Ela deve ser feita de modo decente respeitador e com muito amor.

3. Dignidade, não igualdade.
A Bíblia define a posição da mulher em relação ao homem, e a coloca não em superioridade para que não haja crise de liderança dentro do lar.

A autoridade do homem sobre a mulher não significa inferiorizá-la, se esse homem e essa mulher são cristãos autênticos e conhecedores do que a Palavra ensina sobre a família.

A sujeição da mulher ao seu marido deve ser espontânea, porque deve ser baseada no amor dele para com ele e vice-versa.

Uma esposa cristã autêntica não tem o espírito do mundo do mundo que não compreende as coisas de Deus.

Por isso, sua sujeição é feita no Senhor que a dignifica e a valoriza diante do marido, dos filhos e da sociedade, e por sua vez, o marido sendo um servo de Deus, corresponde a essa sujeição dela.

4. Sujeição no Senhor (v. 22).
É bom que os maridos entendam que a sujeição de suas mulheres tem um sentido espiritual.

Não se trata primeiramente de uma sujeição física e moral em que a esposa tenha que satisfazer todas as vontades do marido. Essa ideia é machista e reprovada por Deus. Na criação o homem foi feito cabeça da mulher, isto é, o líder da família, o que também o que também não significa que a mulher não possa pensar, raciocinar, emitir opiniões sobre assunto do lar. A mulher foi tirada do lado do homem, e deve permanecer ao lado do homem; não debaixo de seus pés.

II. A CONDUTA DOS MARIDOS

Esta conduta do marido é baseada na mesma regra contida no texto bíblico, em apreço, que fala de Cristo e sua Igreja.

O amor é a expressão máxima desse relacionamento, marido-esposa.

A autoridade do marido dentro do lar, não é a do tipo senhor e escravo.

1. O marido deve amar sua esposa com um amor desprendido (v. 25).

O trabalho do amor de Cristo em benefício da Igreja é triplo:
a) Passado.
b) Presente e futuro.

1.1. Por amor Ele se entregou para remir a Igreja (v. 25).

1.2. Em amor ele está santificando a Igreja (v. 26).

1.3. Como recompensa de Seu sacrifício e trabalho de amor, Ele vai apresentar a Igreja a si mesmo em perfeição imaculada, uma perola de grande valor (v. 27; Mt 13.46).

2. O marido deve amar a esposa com um amor protetor (v. 26).
O versículo fala “para santificar”, isto é, separar e preservar para si mesmo e não permitir que coisas estranhas a envolva.

III. O EXEMPLO DE CRISTO PARA COM A IGREJA

Paulo faz uma metáfora com a esposa e a Igreja, para ilustrar a preocupação de C risto com os crentes.

1. Ele quer a Igreja purificada (v. 26).
Todos os vestígios da velha vida não podem mais fazer parte da vida da Igreja.

Lavagem com água é uma linguagem figurada que significa pureza espiritual.

O texto diz mais que essa lavagem é pela “palavra”, a palavra de Cristo, os seus ensinos. Sem dúvida, o poder da Palavra produz limpeza e purificação.

2. Ele quer a Igreja devidamente preparada (v. 27).

A Igreja está sendo revestida da glória de Cristo pelo ministério do Espírito Santo.

Antes, ela foi purificada e, agora, na vinda de Cristo se apresenta vestida de glória.

Na sua vinda, Cristo a quer devidamente preparada e gloriosa.

3. Ele quer a Igreja como uma esposa sem defeito (v. 27).
A glória da Igreja resulta da pureza que Cristo propiciou. “Sem mácula” desfaz a possibilidade de contaminação, isto é, sem nenhuma mancha capaz de empanar a glória da igreja, nem ruga, isto é, sem qualquer defeito, ou saliência, ou vinco na pele e nos seus vestidos.

A Igreja está sendo preparada pelo Espírito Santo para um dia encontrar o seu amado esposo celestial.

Ela tem de ser a esposa sem defeito, bela e gloriosa.

Diz ainda o versículo, “mas santa e irrepreensível.

4. Ele quer dar a Igreja seu total amor (v. 28).
Paulo faz uma analogia para ilustrar seu verdadeiro amor conjugal:

“Assim devem os maridos amar suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos”.

Assim como no casamento, os dois, homem e mulher formam uma só carne, o que revela o amor existente entre eles, também, Cristo ama sua Igreja, como se fosse uma só carne. A Igreja é o corpo de Cristo, por isso, Ele cuida desse corpo.

IV. A CONDUTA RELACIONAL ENTRE PAIS E FILHOS

A Bíblia é o manual por excelência da família.
Se seus santos ensinos forem obedecidos, a família terá paz, felicidade e bem-estar como um todo, e também cada um de seus membros.

1. O dever dos filhos (Ef 6.1).
Neste versículo duas palavras se destacam, as quais determinam uma relação sadia e abençoada da parte dos filhos para com os pais; obediência e honra.

1.1. Obediência.
A obediência dos filhos aos pais feita no Senhor só trará benefícios morais, físicos e espirituais para as duas partes.

A obediência é um dever morar dos filhos. Os filhos devem obedecer aos pais porque isto é justo aos olhos de Deus.

Na cultura moderna do mundo em que vivemos esse princípio é rechaçado, porque os pais, em nome de uma liberdade que mais escraviza do que liberta, perderam o controle sobre os filhos.

Os filhos que amam e respeitam os pais obedecem, porque possuem uma consciência cristã de responsabilidade para com Deus e para com os pais.

1.2. Honra.
Esta é a segunda palavra chave que determina uma relação sadia dos filhos para com os pais.

Nos vs. 2 e 3 está escrito: “Honra a teu pai e tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa para que te vá bem e viva muito tempo sobre a terra”.

Esse é um mandamento com promessa o qual tem sido na experiência de bons filhos, um modo de ser amplamente abençoado por Deus A desobediência desonra aos pais e consecutivamente a Deus. Por isso os filhos devem honrar aos pais mesmo que estes descordem deles em alguns princípios e Deus o abençoará copiosamente.

2. O dever dos pais para com os filhos (v. 4).
Naturalmente este dever aparece essencialmente no papel do pai, líder do lar; mas isso não impede e nem omite a importância da mãe.

Aliás, nos tempos atuais muitas mulheres têm exercido o papel de pais, Por causa da ausência deles dentro do lar. Portanto, cabe ao pai e a mãe a responsabilidade especial na educação dos filhos. Três coisas a Bíblia destacam aqui: criar, na doutrina e admoestação.

A palavra criar tem a ideia de correção.

A palavra “doutrina” refere-se a dar aos filhos uma conceituação das doutrinas da Bíblia, mas ao mesmo tempo ensinar-lhes os princípios ético, teológicos e morais.
A palavra “admoestação” envolve correção por parte dos pais quando os filhos erram, quando quebra princípios normatizadores do lar, da família.

CONCLUSÃO
O apóstolo Paulo ensinou em sua epístola aspectos práticos das relações existentes entre pais e filhos, e maridos e esposas.

Devemos seguir e cumprir a Palavra de Deus em todo o tempo, a despeito de todas as mudanças ocorridas na sociedade, pois fazendo assim, seremos abençoados.

Que o Senhor nosso Deus vos abençoe em tudo que temos apreendido até aqui!

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