Leitura
Bíblica Ef 5.22-28; 6.1-4
Ef 5.22-27 “Vós, mulheres, sujeitai-vos a
vosso marido, como ao Senhor; 23 - porque o marido é a cabeça da mulher, como
também Cristo é a cabeça da Igreja sendo ele próprio o Salvador do corpo. 24 -
De sorte que, assim como a Igreja está sujeita a Cristo, assim também as
mulheres sejam em tudo a seu marido. 25 - Vós maridos, amai vossa mulher, como
também Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela. 26 - Para a
santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, 27 - para a
apresentar a si mesmo Igreja gloriosa, sem macula, nem ruga, nem coisa
semelhante, santa e sem defeito. 28 - Assim devem os maridos amar a sua própria
mulher como a seu próprio corpo. Quem ama sua mulher ama a si mesmo.
Ef 6.1 “Vós, filhos,
sede obedientes a vossos pais no Senhor porque isto é justo. 2 - Honra a teu
pai, e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, 3 - para que te vá
bem, e vivas muito tempo sobre a terra. 4 - E vós, pais, não provoqueis a ira a
vossos filhos, criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.”
INTRODUÇÃO
No mesmo capítulo da Bíblia que trata das
verdades fundamentais, da vida cristã, estão os ensinos básicos sobre a família
e suas relações no lar, Ef cap. 5, indiscutivelmente, o fortalecimento da
família fortalecerá a Igreja como um todo.
Em Cristo nos tornamos uma família de Deus
(Ef 2.19).
O texto destaca o princípio da submissão
como um dever dentro das relações familiares entre os cônjuges e os filhos.
I. A
CONDUTA DAS ESPOSAS
1.O princípio da sujeição (v. 22).
Em nosso tempo esse princípio tem sido
deturpado, porque as mulheres conquistaram um espaço muito grande na sociedade.
Tem havido choque entre o ensino e a
filosofia secular puramente humanista, alheia a Deus e a sua Palavra.
A distinção entre os dois está no fato de
que o ensino bíblico tem sua base nos princípios divinos e o pensamento secular
é totalmente humano, em que o mundo sem Deus dita os credos, leis e costumes.
Deus estabeleceu o princípio da autoridade
dentro do lar.
As mulheres devem sujeição aos seus
maridos, e estes devem ser sujeitos ao Senhor.
2. Sujeição
e não escravidão.
A sujeição das esposas a seus maridos tem
um sentido especial no Novo Testamento, Jesus em sua obra no Calvário,
restaurou o lugar da mulher na sociedade.
No Antigo testamento havia muitas
restrições, resultantes da maldição do pecado no princípio do mundo.
Por isso, a sujeição das mulheres aos seus
maridos não pode ser interpretada como subserviência, humilhação e depreciação.
Ela deve ser feita de modo decente
respeitador e com muito amor.
3. Dignidade,
não igualdade.
A Bíblia define a posição da mulher em
relação ao homem, e a coloca não em superioridade para que não haja crise de
liderança dentro do lar.
A autoridade do homem sobre a mulher não
significa inferiorizá-la, se esse homem e essa mulher são cristãos autênticos e
conhecedores do que a Palavra ensina sobre a família.
A sujeição da mulher ao seu marido deve
ser espontânea, porque deve ser baseada no amor dele para com ele e vice-versa.
Uma esposa cristã autêntica não tem o
espírito do mundo do mundo que não compreende as coisas de Deus.
Por isso, sua sujeição é feita no Senhor
que a dignifica e a valoriza diante do marido, dos filhos e da sociedade, e por
sua vez, o marido sendo um servo de Deus, corresponde a essa sujeição dela.
4.
Sujeição no Senhor (v. 22).
É bom que os maridos entendam que a
sujeição de suas mulheres tem um sentido espiritual.
Não se trata primeiramente de uma sujeição
física e moral em que a esposa tenha que satisfazer todas as vontades do marido.
Essa ideia é machista e reprovada por Deus. Na criação o homem foi feito cabeça
da mulher, isto é, o líder da família, o que também o que também não significa
que a mulher não possa pensar, raciocinar, emitir opiniões sobre assunto do
lar. A mulher foi tirada do lado do homem, e deve permanecer ao lado do homem;
não debaixo de seus pés.
II. A
CONDUTA DOS MARIDOS
Esta conduta do marido é baseada na mesma
regra contida no texto bíblico, em apreço, que fala de Cristo e sua Igreja.
O amor é a expressão máxima desse
relacionamento, marido-esposa.
A autoridade do marido dentro do lar, não
é a do tipo senhor e escravo.
1. O
marido deve amar sua esposa com um amor desprendido (v. 25).
O trabalho do amor de Cristo em benefício
da Igreja é triplo:
a) Passado.
b) Presente e futuro.
1.1. Por amor Ele se entregou para remir a
Igreja (v. 25).
1.2. Em amor ele está santificando a
Igreja (v. 26).
1.3. Como recompensa de Seu sacrifício e
trabalho de amor, Ele vai apresentar a Igreja a si mesmo em perfeição imaculada,
uma perola de grande valor (v. 27; Mt 13.46).
2. O
marido deve amar a esposa com um amor protetor (v. 26).
O versículo fala “para santificar”, isto
é, separar e preservar para si mesmo e não permitir que coisas estranhas a
envolva.
III.
O EXEMPLO DE CRISTO PARA COM A IGREJA
Paulo faz uma metáfora com a esposa e a
Igreja, para ilustrar a preocupação de C risto com os crentes.
1.
Ele quer a Igreja purificada (v. 26).
Todos os vestígios da velha vida não podem
mais fazer parte da vida da Igreja.
Lavagem com água é uma linguagem figurada
que significa pureza espiritual.
O texto diz mais que essa lavagem é pela
“palavra”, a palavra de Cristo, os seus ensinos. Sem dúvida, o poder da Palavra
produz limpeza e purificação.
2. Ele
quer a Igreja devidamente preparada (v. 27).
A Igreja está sendo revestida da glória de
Cristo pelo ministério do Espírito Santo.
Antes, ela foi purificada e, agora, na
vinda de Cristo se apresenta vestida de glória.
Na sua vinda, Cristo a quer devidamente
preparada e gloriosa.
3. Ele
quer a Igreja como uma esposa sem defeito (v. 27).
A glória da Igreja resulta da pureza que
Cristo propiciou. “Sem mácula” desfaz a possibilidade de contaminação, isto é,
sem nenhuma mancha capaz de empanar a glória da igreja, nem ruga, isto é, sem
qualquer defeito, ou saliência, ou vinco na pele e nos seus vestidos.
A Igreja está sendo preparada pelo
Espírito Santo para um dia encontrar o seu amado esposo celestial.
Ela tem de ser a esposa sem defeito, bela
e gloriosa.
Diz ainda o versículo, “mas santa e
irrepreensível.
4. Ele
quer dar a Igreja seu total amor (v. 28).
Paulo faz uma analogia para ilustrar seu
verdadeiro amor conjugal:
“Assim devem os maridos amar suas próprias
mulheres, como a seus próprios corpos”.
Assim como no casamento, os dois, homem e
mulher formam uma só carne, o que revela o amor existente entre eles, também,
Cristo ama sua Igreja, como se fosse uma só carne. A Igreja é o corpo de
Cristo, por isso, Ele cuida desse corpo.
IV. A
CONDUTA RELACIONAL ENTRE PAIS E FILHOS
A Bíblia é o manual por excelência da
família.
Se seus santos ensinos forem obedecidos, a
família terá paz, felicidade e bem-estar como um todo, e também cada um de seus
membros.
1. O
dever dos filhos (Ef 6.1).
Neste versículo duas palavras se destacam,
as quais determinam uma relação sadia e abençoada da parte dos filhos para com
os pais; obediência e honra.
1.1.
Obediência.
A obediência dos filhos aos pais feita no
Senhor só trará benefícios morais, físicos e espirituais para as duas partes.
A obediência é um dever morar dos filhos.
Os filhos devem obedecer aos pais porque isto é justo aos olhos de Deus.
Na cultura moderna do mundo em que vivemos
esse princípio é rechaçado, porque os pais, em nome de uma liberdade que mais
escraviza do que liberta, perderam o controle sobre os filhos.
Os filhos que amam e respeitam os pais
obedecem, porque possuem uma consciência cristã de responsabilidade para com
Deus e para com os pais.
1.2.
Honra.
Esta é a segunda palavra chave que determina
uma relação sadia dos filhos para com os pais.
Nos vs. 2 e 3 está escrito: “Honra a teu pai e tua mãe, que é o
primeiro mandamento com promessa para que te vá bem e viva muito tempo sobre a
terra”.
Esse é um mandamento com promessa o qual
tem sido na experiência de bons filhos, um modo de ser amplamente abençoado por
Deus A desobediência desonra aos pais e consecutivamente a Deus. Por isso os
filhos devem honrar aos pais mesmo que estes descordem deles em alguns
princípios e Deus o abençoará copiosamente.
2. O
dever dos pais para com os filhos (v. 4).
Naturalmente este dever aparece
essencialmente no papel do pai, líder do lar; mas isso não impede e nem omite a
importância da mãe.
Aliás, nos tempos atuais muitas mulheres
têm exercido o papel de pais, Por causa da ausência deles dentro do lar.
Portanto, cabe ao pai e a mãe a responsabilidade especial na educação dos
filhos. Três coisas a Bíblia destacam aqui: criar, na doutrina e admoestação.
A palavra criar tem a ideia de correção.
A palavra “doutrina” refere-se a dar aos
filhos uma conceituação das doutrinas da Bíblia, mas ao mesmo tempo
ensinar-lhes os princípios ético, teológicos e morais.
A palavra “admoestação” envolve correção
por parte dos pais quando os filhos erram, quando quebra princípios
normatizadores do lar, da família.
CONCLUSÃO
O apóstolo Paulo ensinou em sua epístola
aspectos práticos das relações existentes entre pais e filhos, e maridos e
esposas.
Devemos seguir e cumprir a Palavra de Deus
em todo o tempo, a despeito de todas as mudanças ocorridas na sociedade, pois
fazendo assim, seremos abençoados.
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