TEOLOGIA EM FOCO: DANIEL ORA POR UM DESPERTAMENTO

segunda-feira, 29 de junho de 2020

DANIEL ORA POR UM DESPERTAMENTO




LEITURA BÍBLICA
Daniel 9.1-3 “No ano primeiro de Dario, filho de Assuero, da linhagem dos medos, o qual foi constituído rei sobre o reino dos caldeus, 2 - No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número dos anos, de que falara o SENHOR ao profeta Jeremias, em que haviam de cumprir-se as desolações de Jerusalém, era de setenta anos. 3 - E eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, e saco e cinza.”

Daniel 6.10 “Daniel, pois, quando soube que o edito estava assinado, entrou em sua casa (ora havia no seu quarto janelas abertas do lado de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fazer.”

Daniel 2.17-19 “Então Daniel foi para a sua casa, e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros; 18 - Para que pedissem misericórdia ao Deus do céu, sobre este mistério, a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem, juntamente com o restante dos sábios de Babilônia. 19 - Então foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; então Daniel louvou o Deus do céu.”

Neemias 1.1-11 “As palavras de Neemias, filho de Hacalias. E sucedeu no mês de Quislev, no ano vigésimo, estando eu em Susã, a fortaleza, 2 - Que veio Hanani, um de meus irmãos, ele e alguns de Judá; e perguntei-lhes pelos judeus que escaparam, e que restaram do cativeiro, e acerca de Jerusalém. 3 - E disseram-me: Os restantes, que ficaram do cativeiro, lá na província estão em grande miséria e desprezo; e o muro de Jerusalém fendido e as suas portas queimadas a fogo. 4 - E sucedeu que, ouvindo eu estas palavras, assentei-me e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus. 5 -  E disse: Ah! Senhor Deus dos céus, Deus grande e terrível! Que guarda a aliança e a benignidade para com aqueles que o amam e guardam os seus mandamentos; 6 - Estejam, pois, atentos os teus ouvidos e os teus olhos abertos, para ouvires a oração do teu servo, que eu hoje faço perante ti, dia e noite, pelos filhos de Israel, teus servos; e faço confissão pelos pecados dos filhos de Israel, que temos cometido contra ti; também eu e a casa de meu pai temos pecado. 7 - De todo nos corrompemos contra ti, e não guardamos os mandamentos, nem os estatutos, nem os juízos, que ordenaste a Moisés, teu servo. 8 - Lembra-te, pois, da palavra que ordenaste a Moisés, teu servo, dizendo: Vós transgredireis, e eu vos espalharei entre os povos. 9 - E vós vos convertereis a mim, e guardareis os meus mandamentos, e os cumprireis; então, ainda que os vossos rejeitados estejam na extremidade do céu, de lá os ajuntarei e os trarei ao lugar que tenho escolhido para ali fazer habitar o meu nome. 10 - Eles são teus servos e o teu povo que resgataste com a tua grande força e com a tua forte mão. 11 - Ah! Senhor, estejam, pois, atentos os teus ouvidos à oração do teu servo, e à oração dos teus servos que desejam temer o teu nome; e faze prosperar hoje o teu servo, e dá-lhe graça perante este homem. Então era eu copeiro do rei.”

Esdras 1.1-5 “NO primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do SENHOR, pela boca de Jeremias), despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo: 2 - Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR Deus dos céus me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá. 3 - Quem há entre vós, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém, que está em Judá, e edifique a casa do SENHOR Deus de Israel (ele é o Deus) que está em Jerusalém. 4 - E todo aquele que ficar atrás em algum lugar em que andar peregrinando, os homens do seu lugar o ajudarão com prata, com ouro, com bens, e com gados, além das dádivas voluntárias para a casa de Deus, que está em Jerusalém. 5 - Então se levantaram os chefes dos pais de Judá e Benjamim, e os sacerdotes e os levitas, com todos aqueles cujo espírito Deus despertou, para subirem a edificar a casa do SENHOR, que está em Jerusalém.”

INTRODUÇÃO
Na lição de hoje, vamos estudar sobre “Os Princípios Divinos em Tempos de Crise: A reconstrução de Jerusalém e o Avivamento Espiritual como Exemplos para os nossos dias, um assunto que não pode ser negligenciado e muito menos esquecido pela Igreja do Senhor, principalmente nos dias em que a perseguição sutil vem, deforma crescente, abatendo sobre nós. Sempre que o povo de Deus passava por momentos difíceis, o despertamento mostrara-se o melhor caminho para a vitória dos servos de Deus sobre os seus inimigos.

Os crentes fiéis brilham como a Luz (Mt 5.15) e resplandecem no meio de uma geração corrompida e perversa (Fp 2.15). Assim era Daniel. Quando no ano 606 a.C. foi levado cativo para a Babilônia (Dn 1.1-4,6), era ainda muito jovem, tinha cerca de 15 anos. Muitos anos depois, Daniel gozava de elevado conceito no reino da Babilônia.

I. CONTEXTO HISTÓRICO

O significado do nome Daniel. “Deus é meu  Juiz”.

Daniel era judeu, de uma família nobre. Quando os babilônios dominaram a cidade de Jerusalém em 605 a.C., ele e alguns outros jovens foram levados ao cativeiro. O rei da Babilônia mandou que os mais capazes dos jovens judeus fossem preparados para servir no seu palácio. Daniel e três companheiros, Hananias, Misael e Azarias, foram entre os jovens escolhidos. Daniel foi profeta que se destacou entre os 3 jovens no cativeiro na Babilônia, onde ocupou alta posição no governo.

“Daniel foi um jovem hebreu da classe nobre, levado cativo à Babilônia por Nabucodonosor, rei do império. Acerca de sua genealogia não sabemos muita coisa, apenas aquilo que é depreendido do livro que traz seu nome. Não era sacerdote, como Jeremias e Ezequiel, mas era, como Isaías, da tribo de Judá e provavelmente da Casa Real (cf. 1.3-6), isto é, da descendência de Davi.

As informações relatadas na Bíblia sugerem que Daniel teria passado o resto da sua vida naquela mesma região. Ele passou por várias provações e permaneceu em posições importantes até o fim do império babilônico, que caiu aos medo-persas em 539 a.C. Daniel, então velho, ainda serviu por alguns anos no governo do novo império. Foi neste período que ele se mostrou fiel na sua provação mais conhecida, sobrevivendo uma noite na cova dos leões.

Devido à sua fidelidade e determinação de fazer a vontade de Deus, Daniel foi chamado de “homem muito amado” e foi usado pelo Senhor para revelar aos seus servos algumas das mensagens mais importantes do Antigo Testamento. Agora, vamos observar a determinação deste servo de Deus.

O livro de Daniel foi escrito em tempos de perseguição e sofrimento. Por meio de histórias e de visões, o autor procura explicar aos judeus as razões por que eles estão sendo perseguidos e também os anima a continuarem fiéis a Deus.

O livro se divide em duas partes.
A primeira parte vai dos capítulos 1-6 conta histórias a respeito de Daniel e dos seus companheiros.

A segunda parte vai dos capítulos 7-12 relata visões de vários impérios que aparecem e depois desaparecem.

Elas mostram que os perseguidores serão derrotados e que a vitória final será do povo judeu.

I. DANIEL FOI DESPERTADO PARA ORAR

1. O que significa a palavra oração. A terminologia da oração é rica e variada na Bíblia Sagrada. O termo geral hebraico é tepilla, de uma forma do verbo palal; o termo grego é proseuche, onde o passivo médio é proseuchomai. A ideia básica da palavra hebraica é a intercessão, e da palavra grega é o voto, mas essa etimologia não é mais o determinante de seu significado. As duas palavras podem ser usadas de forma abrangente para qualquer tipo de solicitação, intercessão ou ação de graças.

Oração é um diálogo, é falar com Deus, uma conversa, um pedido, um agradecimento, ato religioso que visa a ativar uma ligação com o Pai, uma manifestação de reconhecimento ou, ainda, um ato de louvor diante de um ser transcendente ou divino. A oração pode ser individual ou comunitária e ser feita em público ou em particular. A oração é descrita como o ato de “invocar o nome do Senhor” desde os dias de Sete (Gn 4.26) até a época em que o ‘Senhor’ se revelou como o Salvador, Jesus Cristo (Jl 2.32, com Rm 10.9,12,13).

1.1. Por que devemos orar? Devemos orar porque a oração nos aproxima de Deus, nos fortalece e nos prepara para enfrentar as dificuldades da vida. A oração é a arma mais poderosa do crente. Orar é muito importante para a vida espiritual.

1.2. O que significa orar sem cessar? 1ª Tessalonicenses 5.17 “Orai sem cessar.”
Orar sem cessar significa ter sempre o coração voltado para Deus e para as coisas de Deus. Orar cria intimidade com Deus e ajuda em todas as situações da vida. Orar sem cessar é estar sempre consciente da presença de Deus e convidá-lo a participar de sua vida

1.3. Os cristãos identificam se com aqueles que invocam seu nome (1ª Co 1.2). Outras expressões do AT são ‘suplicar’ ou ‘procurar o favor’ de Jeová (pi’el de hala, literalmente ‘tornar-se agradável à sua face’), ‘curvar-se em adoração’ (shaha), ’aproximar-se’ (nagash), ‘ver’ ou ‘encontrar’ para suplicar (paga’), ’implorar’ (zaaq) para reparar uma falta, ‘pedir’ (shoal), ‘suplicar’ (athar) ou ‘comparecer perante a face do Senhor’. Além de proseuchomoai, os autores do NT usam os termos ‘implorar’ (deomai), ’solicitar’ (aiteo) ou simplesmente ‘pedir’ (erotao) quando se referem à oração. Ao contrário de proseuchomai, essas palavras não são caracteristicamente ‘religiosas’ e podem denotar pedidos dirigidos tanto aos homens quanto a Deus. Entre as palavras mais específicas para oração estão entygkano (interceder), proskyneo (adorar), e eucharisteo (dar graças)” [Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. p. 1419-20].

2. Daniel vivia uma vida consagrada a Deus. “No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número dos anos, de que falara o SENHOR ao profeta Jeremias, em que haviam de cumprir-se as desolações de Jerusalém, era de setenta anos. 3 - E eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, e saco e cinza.” (Vs. 2-3).

2.1. Daniel um homem que estudava as Sagradas Escrituras.
Ao ler o profeta Jeremias (Jr 29.10), ele observou que os 70 anos de cativeiro na Babilônia estavam para findar. Todavia, ainda não era possível notar qualquer sinal de que alguma coisa estivesse acontecendo na direção de uma mudança radical (Dn 9.2).

Assim, Daniel começou a orar com jejum, cobrindo-se de saco e cinza, em sinal de profunda tristeza (Dn 9.1-3) e orou com perseverança.

Isto dava-lhe condições de orar.
A Bíblia diz: “A oração dos retos é o seu contentamento” (Pv 15.8) e Ele escutará a oração dos justos” (Pv 15 29).
Daniel não se misturou com o paganismo, e vivia conforme sua consciência, no temor do Senhor.
Daniel é considerado como um exemplo e um modelo para os crentes de todos os tempos (Dn 1.8).

3. A estatura espiritual de Daniel capacitava-o para enfrentar verdadeiros combates em oração.
A oração e a Palavra são nossas armas de combate.
Muitos cientes não conseguem servir de ajuda decisiva com as suas orações, porque nunca chegaram a experimentar o que significa combater em oração, o que significa perseverar firmemente em oração (Rm 12.12; Gl 1.30; Cl 2.1). Somente “visitam”, de vez em quando, culto de oração. Daniel, porém, tinha por hábito orar três vezes ao dia (Dn 6.10). Quando sua própria vida, bem como a de seus amigos e a de todos os sábios da Babilônia, estava em perigo, Daniel alcançou o livramento e a vitória através da oração (Dn 2.18-20). Daniel era experiente na vida de oração.

4. Coincidindo com o período de oração de Daniel, profundas mudanças estavam para acontecer na Babilônia. O reino da Babilônia estava em guerra com medos e persas. O rei da Babilônia era na época Nabonido. Seu filho Belsazar estava na capital, a cidade da Babilônia, cuidando dos assuntos administrativos do governo. Belsazar organizou uma festa para seus grandes. Estando já embriagado, mandou trazer os vasos sagrados que o rei Nabucodonosor havia trazido do Templo de Deus em Jerusalém, e havia colocado no templo pagão da Babilônia. Ele e todos os seus convidados beberam vinho nestes vasos santos (Dn 5.2-4).

Houve então uma intervenção divina. O rei viu que dedos de mão de homem escreviam na parede, defronte do castiçal (Dn 55). Acabou-se a alegria da festa. Os joelhos do rei tremiam. Sábios e astrólogos não puderam interpretar a mensagem escrita na parede. Finalmente Daniel foi introduzido na festa (Dn 5.13) e interpretou o texto escrito na parede. Entre outras coisas, estava escrito: “Dividido foi o teu reino, e deu-se aos medos e aos persas” (Dn 5.28).

“Naquela mesma noite, foi morto Belsazar, rei dos caldeus” (Dn 5-30).

Daniel foi um profeta de Deus cujos temas são de alcance muito vasto. Vaticinou acontecimentos que ainda vão surgir na história do Planeta, os quais estamos estudando à luz do contexto do seu próprio Livro. Ele, naquela corte, ganhou muita celebridade, O primeiro acontecimento peto qual obteve influência na corte babilônica foi a interpretação que deu ao sonho do rei. Ele foi, realmente, um homem escolhido por Deus para tão grande tarefa espiritual” [SILVA, Severino Pedro. Daniel Versículo por Versículo: As visões para esses últimos dias. 28ª imp., Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p. 12].

II. A RESPOSTA ÀS ORAÇÕES DE DANIEL

Daniel havia orado, lembrando-se da promessa de Deus registrada pelo profeta jeremias: “Vos visitarei e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando-vos a trazer a este lugar” (Jr 29.10).

Com a queda do reino babilônico, e com o início do governo do rei Ciro, as coisas evoluíram com muita rapidez, deixando todos surpreendidos e admirados.

1. A Bíblia relata o que realmente aconteceu. “No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do SENHOR, por boca de Jeremias), despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo: Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR, Deus dos céus, me deu todos os reinos da terra; e ele me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá. Quem há entre vós, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém, que é em Judá, e edifique a Casa do SENHOR, Deus de Israel; ele é o Deus que habita em Jerusalém” (Ed 1.1-3).

2. Conforme esta declaração de Ciro, estava cumprida a promessa Divina dada através do profeta Jeremias. Mas tudo foi como diz a Bíblia: “Tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos” (Ef 3.20).

Vejamos, pois, o que estava para acontecer:

2.1. Todos os Judeus seriam liberados para voltarem a Judá, caso quisessem (Ed 1.3).

2.2. Receberam permissão para reedificar o templo.

2.3. Todas as despesas da construção do Templo poderiam ser tiradas dos tributos de além do rio.
2.4. Os vasos sagrados devem ser entregues aos cuidados de Zorobabel, nomeado governador dos judeus pelo rei Ciro, para serem transportados de volta para Jerusalém (Ed 1.7).

III. O RESULTADO DE UM DESPERTAMENTO PROVENIENTE DE DEUS

1.O rei Ciro foi despertado em seu espírito. “Despertou o Senhor o espírito do rei Ciro” (Ed 1.1). Talvez por meio de seu contato com Daniel é que Ciro veio a conhecer a Deus, e talvez até mesmo o adorasse. Ciro teve uma experiência pessoal com Deus no seu coração, e passou a compreender as realidades de Deus que ele antes ignorava.

1.1. Ciro passou a ver a Deus como o SENHOR DOS CÉUS (Ed 1.2).

O grande rei Nabucodonosor demorou a aprender esta lição (Dn 4.30-37). Cada despertamento verdadeiro faz com que o homem veja a majestade de Deus, sentindo a sua própria pequenez, o seu pecado e a sua baixeza. Saulo assolava, perseguia, fazia e desfazia, mas quando se encontrou Jesus, no caminho de Damasco, caiu por terra e apenas pôde perguntar: “Quem es Senhor?” (At 9.5). A Bíblia diz que ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor se não for pelo Espírito Santo (1ª Co 12.3).

1.2. Ciro teve uma experiência com Deus, que é Santo.

Os vasos sagrados haviam sido roubados do Templo de Jerusalém, por Nabucodonosor, e guardados no templo pagão da Babilônia (2º Cr 36.18). Ciro era, agora, o responsável por eles, e mesmo sendo esses vasos muito valiosos, ele queria voluntariamente devolvê-los (Ed 1.7-11)

Assim acontece sempre em cada despertamento verdadeiro. Quando Zaqueu teve seu encontro com Jesus, quis devolver o que havia ganho com usura (Lc 19.8).

2. O rei Ciro recebeu bênçãos espirituais. O profeta Isaías, 200 anos antes, profetizou acerca de Ciro chamando-o de “ungido do Senhor” (Is 45.1). Isso nos permite entender que o Espírito Santo deve ter-lhe proporcionado alguma bênção espiritual. Cada Despertamento traz bênçãos para o coração do crente.

SUBSÍDIO HISTÓRICO

“[…] Ciro, um general de inteligência estratégica admirável, passou parte de sua vida desferindo ataques-relâmpago contra vários adversários, tanto próximos quanto distantes. Com a experiência de guerra, Ciro cercou Babilônia, tornando-a praticamente sem resistência em 539.

O rei Nabonido tinha o hábito de ausentar-se da capital, e fazia-o até mesmo ou especialmente) nas comemorações de Ano Novo, quando como de costume participava dos rituais tradicionais. Suas ausências eram cada vez mais frequentes e demoradas, de forma que o real governo da cidade estava na mão de seu filho Belsazar. Foi este desafortunado vice-rei que presenciou o colapso da nação com a chegada de Gubaru, o comandante persa e governador de Gutium. Parece que Belsazar morreu durante ou pouco depois do conflito, enquanto seu pai Nabonido foi capturado e em seguida solto condicionalmente. Duas semanas depois, Ciro marchou triunfantemente pela cidade e celebrou com alegria a derrota de seu rival, tornando-se o senhor absoluto do oriente.

Ciro pôs em prática uma política beneficente, permitindo a todos os exilados o retorno para suas terras. Os judeus, é claro, também estavam incluídos, e viram neste decreto a bênção de Deus, como cumprimento da palavra profética, Para eles, esta libertação não era menos significativa que aquela do êxodo sob a liderança de Moisés. Na verdade, a linguagem dos profetas, por exemplo Isaías 40 – 66, está repleta de imagens do êxodo. É verdade que a maioria dos judeus da dispersão preferiu permanecer em suas casas, especialmente os que moravam em Babilônia, mas aqueles que tinham seus olhos voltados para o propósito eterno de Deus viram no cativeiro um instrumento de correção. E o retorno à pátria era o sinal de que ainda tinham um papel redentor a desempenhar” [MERRIL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: o reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD 2007, pp. 503,04].

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