LEITURA
BÍBLICA
Efésios 5.21-33; 6.1-4
Efésios
5.21-33
“Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus. 22 - Vós, mulheres,
sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor; 23 - porque o marido é a cabeça da
mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador
do corpo. 24 - De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim
também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido. 25 - Vós, maridos, amai
vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por
ela, 26 - para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,
27 - para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem
coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. 28 - Assim devem os maridos amar
a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a
si mesmo. 29 - Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes, a
alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja; 30 - porque somos membros
do seu corpo. 31 - Por isso, deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua
mulher; e serão dois numa carne. 32 - Grande é este mistério; digo-o, porém, a
respeito de Cristo e da igreja. 33 - Assim também vós, cada um em particular
ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido.”
Efésios 6.1-4 “Vós, filhos, sede
obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. 2 - Honra a teu pai e a tua mãe, que é o
primeiro mandamento com promessa, 3 - para que te vá bem, e vivas muito tempo
sobre a terra. 4 - E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas
criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.”
INTRODUÇÃO
Na Bíblia, o relacionamento familiar é um
projeto divino que pressupõe o matrimônio monogâmico, heterossexual e
indissolúvel (Mt 19.4-6). No modelo divino, os membros da família são iguais,
porém, cada um desempenha papéis diferentes. Nesta lição, veremos a conduta
requerida por Deus para a família cristã.
A família é a principal instituição
planejada por Deus. O relacionamento familiar é um projeto divino que tem a
responsabilidade de glorificar a Deus e transmitir à sociedade o padrão moral e
espiritual da família, fundamentado na Palavra de Deus. Para tanto, a Bíblia
ressalta o papel dos pais e dos filhos no seio familiar. Tais papéis devem ser
exercidos em obediência à palavra divina a fim de que a família mantenha a
comunhão e a convivência de forma harmoniosa.
Mc
12.30-31 “Amarás,
pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo
o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E
o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Não há
outro mandamento maior do que estes.
O amor está presente em filmes, novelas,
canções, literaturas etc. Mas, será que todos sabem, de fato, o que é amor?
1. O
significado da palavra amor. De acordo com o léxico, o substantivo
amor, que vem do latim amore, significa:
1) Grande afeição de uma pessoa por outra.
2) Afeição, grande amizade, ligação
espiritual.
3) Carinho, simpatia.
4) O ser amado. (Dicionário Escolar da
Língua Portuguesa Michaelis, pág. 47). Porém, do ponto de vista bíblico, amor é
mais do que isso. Por isso, convido você a acompanhar comigo outras definições
do amor.
2. Na
cultura grega, o amor era visto sob quatro ângulos.
2.1.
Amor “eros”. Termo grego para
o amor sensual. Daí a palavra “erótico”. Esse é o amor físico, da carícia, da
relação sexual. Quando um rapaz diz para a namorada: “Estou apaixonado por
você!” Ele quer expressar o amor “eros”.
Por isso tal amor é também conhecido como paixão. Apesar de tudo isso, esse
amor é passageiro.
2.2.
Amor “fileo”. É o amor-amizade,
fraternal, social. Desse vocábulo grego (“fileo”)
temos algumas palavras derivadas, como Filadélfia (“fileo”, amor-amizade, e “adelfos”,
irmãos) que significa “amor entre irmãos” ou “amizade fraternal; Teófilo (“Teos”, Deus, e “I”, amizade ou amigo)
que quer dizer “amigo de Deus”; Filantropia (“fileo”, amizade, e “antropos”, homem) significa “amor humano”. Em
suma, se você possui boas amizades, logo o que está em evidência é o amor “fileo”.
2.3.
Amor “storgeo”. É o amor
conjugal, familiar, doméstico. Longe de ser interesseiro, esse amor é humilde,
objetivo e sacrificial. É o amor que une o marido à sua mulher bem como os pais
aos filhos. Logo, em um lar onde reina a harmonia, está em ação o amor “storgeo”.
4.
Amor “ágape”. Dos quatro, este
é o amor maior, pois tem origem no próprio Deus que é a revelação clara desse
amor (Jo 3.16; 1ª Jo 4.8-18; 1Co 13.1-13; Ef 5.25). Esse amor é incondicional.
Ou seja, não espera nada em
troca. Não preciso esperar que alguém me ame para amá-lo.
Aliás, com esse amor é possível amarmos até os nossos inimigos (Mt 5.44). Ele
também é infalível e eterno, como se pode ver em 1ª Coríntios 13.8,13.
É bom salientar que, todos os seres
humanos possuem, por natureza, os três tipos de amor já mencionados (“eros”, “fileo” e “storge”),
entretanto, o amor “ágape” só se adquire quando se nasce de novo, ou seja, ele
passa a operar na vida do homem, quando este se torna templo do Espírito Santo
(Gl 5.16-22).
A.
Com o amor “ágape” devemos amar a
Deus e ao próximo.
Mc
12.30-31 “Amarás,
pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo
o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E
o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Não há
outro mandamento maior do que estes.
Na Bíblia, o termo “ágape” ocorre com mais
frequência que os outros. Isso demonstra a importância desse amor!
Já, no versículo bíblico seguinte, o
apóstolo Paulo cita dois dos quatro tipos de amor:
1ª
Ts 4.9:
“Quanto, porém, ao amor fraternal (amor “fileo”,
no original “filadélfias”), não
necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus
que vos ameis” (“Ágape”) amei uns aos
outros).
O mesmo apóstolo também escreveu:
Rm12.10:
“Amai-vos
cordialmente uns aos outros com amor fraternal (no original, “filadelfia”), preferindo-vos em honra
uns aos outros.” Temos no primeiro versículo a junção do “fileo” e do “ágape”,
enquanto que, no segundo, a expressão “amor fraternal” é a tradução do grego “filadelfia”.
Amar é um sentimento que nunca deveria ser
extinto do ser humano, apesar de a Palavra de Deus afirmar que, “por se
multiplicar a iniquidade (o pecado), o amor (“ágape”) de muitos esfriará” (Mt 24.12 – grifo meu).
Ame sua esposa, seus filhos, seus pais,
seus irmãos, seus amigos e conhecidos, seus inimigos e, sobretudo, a Deus. Amar
faz bem para o corpo, para a alma e, principalmente, para o espírito.
Concluo com uma recomendação de Jesus: “O
meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei”
(Jo 15.12).
II.
A CONDUTA DO CRENTE COMO MARIDO
No capítulo cinco, Paulo enaltece o
matrimônio e o eleva ao mais alto patamar ao comparar o marido a Cristo, e a
esposa à Igreja. Neste tópico estudaremos a analogia referente ao marido.
1. O
papel do marido como líder da família. Na Bíblia, a ordem de autoridade é
observada do seguinte modo: Deus é a cabeça de Cristo; Cristo é a cabeça do
homem; e o homem é a cabeça da mulher (1ª Co 11.3). A relação dentro do lar é
explicada na frase “o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a
cabeça da igreja” (5.23). Ela mostra o modelo de relacionamento do casamento
cristão, isto é, o marido deve liderar a sua casa, do mesmo modo como Cristo
lidera a Igreja visando seu absoluto bem-estar (5.29).
Aqui, é necessário ressaltar uma questão
importante. O movimento feminista com viés neomarxista considera esse modelo de
família como um sistema opressor do homem contra a mulher. Ao contrário desse
falacioso discurso, nas Escrituras, o modelo cristão está fundado no amor e no
respeito mútuo (Jo 13.34,35).
2. O
amor como elemento primordial. O marido, além de liderar deve também amar
a sua esposa assim como Cristo amou a Igreja (5.25). Isso implica a prática de
sacrifício, como diz as Escrituras: “Cristo amou a igreja e a si mesmo se
entregou por ela” (5.25b). O amor de Cristo para com a Igreja foi altruísta e
incondicional (Rm 5.8). Assim, a Igreja foi atraída para Cristo por meio do
amor, e não por ameaças ou imposição autoritária (Jo 15.12,13). Desse modo, os
maridos devem também manter a união e a harmonia conjugal por meio do exercício
do “amor”.
3. O
cuidado do marido à esposa. A Escritura enfatiza que a esposa é parte
do marido ao declarar “quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo” (5.28b).
Acrescenta ainda que toda a pessoa mentalmente saudável cuida do próprio corpo
(5.29), o que significa que o marido deve dar atenção à sua mulher do mesmo
modo que atenta para consigo mesmo. Isso implica proteger a esposa e prover-lhe
uma vida digna. Essas ações de cuidado não se limitam apenas às provisões
materiais, mas igualmente, ao afeto, à consideração e à honra, dentre outras.
Tal demonstração de amor deve ser sincera tanto em público quanto em particular,
de modo permanente enquanto ambos viverem (Mt 19.6; Cl 3.19).
III.
A CONDUTA DA CRENTE COMO ESPOSA
De acordo com a analogia paulina em
relação ao matrimônio, a mulher casada é comparada à Igreja de Cristo. Nesse
ponto veremos a conduta requerida da esposa cristã.
1. O
conceito de submissão cristã. As Escrituras ensinam a sujeição de “uns
aos outros no temor de Deus” (5.21). Nessa perspectiva alguns exemplos de
submissão são apresentados: das esposas aos seus maridos (5.22); dos filhos aos
seus pais (6.1); dos servos aos seus senhores (6.5). No caso das esposas, a
submissão deve ser “assim como a igreja está sujeita a Cristo” (5.24).
Portanto, aqui não se trata de uma sujeição irracional ao domínio de alguém,
mas voluntária e de grata aceitação do amor e cuidado do marido. Por isso, nada
há de depreciativo nessa conduta, pois retrata o alto nível de relacionamento
entre Cristo e a sua amada Igreja.
2. A
condição da mulher cristã. Na cultura judaica a mulher ocupava posição secundária
e era parte da propriedade de um homem (Gn 31.14,15). Na sociedade grega as
mulheres eram tratadas como inferiores e as esposas eram escravizadas. No
Evangelho de Cristo as mulheres alçaram posição de dignidade igual aos homens
(Gl 3.28). Ao conversar com a mulher samaritana, Cristo quebrou paradigmas da
época e se opôs ao preconceito e a discriminação (Jo 4.9,10). Portanto, a
mulher cristã desfruta de plena liberdade em Cristo e não está sujeita a nenhum
sistema de escravidão (Gl 5.13).
3. A
reverência devida ao marido. O amor do marido para com a esposa deve
ser altruísta (5.25). Esse amor serve ao propósito divino de capacitar a esposa
a ser recíproca ao marido (5.22). O homem que assim se porta coopera para que a
esposa o reverencie (5.33). Essa reverência consiste em estima e respeito para
com o marido. Denota o sentimento que conduz a esposa a agir de modo a agradar
seu amado. Essa postura é demonstrada quando ela o apoia e o ajuda em sua
tarefa de liderar. Significa que a esposa participa das decisões em família,
porém, não procede como opositora nem desautoriza a autoridade de seu marido.
À esposa Deus delegou a tarefa de
respeitar a autoridade do lar conferida ao seu marido.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
“O verbo ‘sujeitar’ (hypotasso) reaparece em 5.24, onde Paulo diz que as esposas devem
se sujeitar a seu marido em tudo, assim como a Igreja se sujeita a Cristo. A
sujeição da Igreja a Cristo envolve lealdade, fidelidade, devoção, sinceridade,
pureza e amor. Essa questão da sujeição representa a essência dos ensinamentos
de Paulo às esposas, pois se trata do foco central de exortação em Colossenses
3.18: ‘Vós, mulheres, estai sujeitas a vosso próprio marido, como convém no
Senhor’. Todas as passagens do Novo Testamento a esse respeito empregam o mesmo
verbo hypotasso (Ef 5.22, 24; Cl
3.18; Tt 2.4,5; 1ª Pe 3.1). Paulo usa a voz média em grego para enfatizar o
aspecto voluntário da sujeição das esposas. Hypotasso denota ‘sujeição no
sentido de submeter-se voluntariamente em amor’ (BAGD, 848). Submeter-se aos
outros, ao invés de se impor, deveria ser uma característica geral do povo de
Deus (cf. Fp 2.3-8). Nos versos 22-24, Paulo define a natureza da sujeição das
esposas de quatro maneiras: ‘A vosso [próprio, idiois] marido’ (5.22; idiois
está em grego e não foi traduzido na NIV); ‘como ao Senhor’ (cf. Cl 3.18, ‘como
é apropriado no Senhor’); ‘porque o marido é a cabeça da mulher’ e ‘como a
igreja está sujeita a Cristo’ (5.24)” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger
(Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2. Rio de Janeiro:
CPAD, 2017, p.454).
IV.
A CONDUTA DO CRENTE COMO FILHO
1. A
responsabilidade dos pais. Os pais devem criar seus filhos na “doutrina e
admoestação do Senhor” (6.4b). A palavra “doutrina” ou “disciplina” (do grego paideia) significa orientação ou
treinamento para o desenvolvimento do caráter e pronta obediência das normas.
Já a palavra “admoestação”, do grego nouthesia,
quer dizer instrução ou advertência que faculta a distinção entre o mal e o
bem. Além dessas exortações, cabe aos pais estabelecer os parâmetros de conduta
e reagir contra a desobediência de seus filhos. Os critérios dessa educação
estão na Palavra de Deus (Pv 22.6). Por outro lado, os pais não devem abusar da
autoridade recebida, pois eles devem educar com brandura e amor, sem rigor
excessivo ou imposições injustas a fim de não incitar à ira de seus filhos
(6.4a).
2. A
conduta requerida dos filhos. O dever dos filhos é apresentado de forma
objetiva pelo apóstolo: “Vós, filhos sede obedientes a vossos pais” (6.1). A
explicação para essa postura é categórica: “Porque isto é justo” (6.1b). Ela
segue a ordem natural divinamente estabelecida, pois Deus deseja que os filhos
confiem na sabedoria de seus pais (Lc 2.51). Para ratificar esse ensino, o
apóstolo cita o quinto mandamento: “Honra a teu pai e a tua mãe” (6.2 cf. Êx
20.12). Assim, os filhos devem obedecer e honrar seus pais. Logo, obedecer
significa cumprir o que é ordenado; e honrar envolve amor, respeito e até mesmo
o sustento em caso de necessidade. Portanto, a obediência é devida enquanto os
filhos viverem sob a tutela dos pais e a honra é um dever para a vida toda.
3. O
mandamento com promessa. Aos filhos que obedecem e honram seus pais, uma
promessa dupla lhes é assegurada: “Para que te vá bem, e vivas muito tempo
sobre a terra” (6.3). Essas bênçãos incluem prosperidade exterior e vida longa.
Embora as dádivas espirituais estejam implícitas, a ênfase recai sobre os
benefícios materiais. Significa que ao obedecerem e honrarem a seus pais, os
filhos submetem-se ao arbítrio de Deus que, segundo o beneplácito da sua
vontade, os recompensa com benesses especiais.
Aos pais Deus delegou a responsabilidade
de educar e aos filhos o dever de obedecer e honrá-los.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
“Os filhos terão sua formação moral e
espiritual com base no modelo dos pais. Uma boa liderança dentro da família
abrange três dimensões da vida dos filhos. A primeira dimensão alcança os
filhos pela instrução, isto é, refere-se ao que dizemos para os nossos filhos.
A segunda dimensão é a influência, isto é, o que fazemos diante e para os
filhos. A terceira dimensão é a imagem do que os pais são e mostram para os
filhos no dia a dia. A obediência às vezes contraria a nossa natureza carnal.
Os pais devem desenvolver atitudes firmes, amáveis e pacientes para com os
filhos, para que eles aprendam que a obediência é para o bem deles. Obedecer é
um princípio divino estabelecido para um relacionamento sadio para as partes
dentro da família. Esse ponto deve ser ampliado no ensino para corrigir conceituações
erradas da educação dos filhos” (CABRAL, Elienai. Mordomia Cristã. 1ª ed. Rio
de Janeiro: CPAD, 2003, pp.171,172).
CONCLUSÃO
No modelo divino todos os membros da
família cumprem deveres específicos. O marido tem o dever de liderar e amar sua
esposa. A esposa o dever de submeter-se e respeitar a liderança de seu marido.
Aos pais o dever de educar seus filhos segundo as Escrituras. Aos filhos o
dever de obedecer e honrar seus pais. Assim, o amor, o respeito mútuo e a
prosperidade fazem parte da família que se porta conforme Deus planejou.
BAPTISTA, Douglas. Lições Bíblicas do 2°
trimestre de 2020 – CPAD – RJ.
A Palavra de Deus tem que ser entendida na prática de nossas vidas. E com relação à família, tão desestruturada e perdida hoje, podemos analisar algumas questões. Cristo ama Sua Igreja; e a Igreja está sujeita a Cristo? E os maridos, amam suas mulheres como Cristo ama a Igreja? Dá para se imaginar que este amor é tão grande, a ponto da mulher se sentir apoiada e guiada em equilíbrio, como verdadeiro significado da submissão? Ou a Palavra de Deus é usada para "ferir e abanar", como fazem os morcegos com suas vítimas? A mulher necessita da Força Interior e Exterior do Homem e o Homem necessita da doçura e complementariedade da mulher, como companheira de Jornada. Os filhos são consequências da existência ou não desse equilíbrio que só ocorre se o cristão expressar o Amor Ágape; caso contrário, não acontece a felicidade e a elevação de todos do núcleo familiar. O homem tem que revelar Orgulho de Sua Esposa e a Esposa expressar Honra ao Seu Marido em todas as coisas. Porém, esse Orgulho e essa Honra, não são provenientes nem da soberba nem de qualquer pecado humano e sim do que está ensinado na 1a Carta de Paulo Apóstolo aos Coríntios, capítulo 13. Nem mais nem menos. Nossa passagem pela Terra e nossa Vida em Família, só será agradável a Deus e aos homens, segundo uma perspectiva que vai além do natural e revela o sobrenatural de Deus, na submissão da Igreja a Cristo. Entretanto, o homem e a mulher que não conhecem o Caráter de Deus para aplicar em sua vida, não conhecem também a Vontade do Pai quando os enviou para uma missão em família. E então não serão nem líderes, nem apoiadores, nem orientadores dos filhos. Porque a obediência e o crescimento interno e externo dos filhos, dependem do fato de que eles percebam que os pais estão construindo na família, segurança, certeza de serem aceitos e amados, do jeito que são e do que vão vir a ser e que todos sonharem juntos. Como não conhecemos a Deus como O AMOR, nada sabemos Dele. Ele não é um Catálogo de Comportamentos, onde os egos de todos, aliviam seus muitos enganos. Ele é tudo o que podemos sonhar em equilíbrio para Ele, para nós, e para todos os seres. O corpo, a alma e o espírito, harmonizados, mudam o mundo inteiro, por meio da família. Uma família que tudo faz, tendo como referência uma vida que se perpetua eternamente, para o seu crescimento em todos os níveis que vive (infância, adolescência, juventude, vida adulta, estudo, trabalho, convivência em grupo dentro de casa e na vida afora), tem o entendimento desses valores eternos, porque se reconhecem como seres eternos. Nós somos a eternidade de Deus que mostra para nós sempre coisas grandiosas e realizadoras, para o agora e para o depois, no sempre. Para isso acontecer, é fundamental conhecer a Deus por meio de Sua Palavra e em Amizade Profunda com Ele, nas experiências de vida orientadas pela Sua Sabedoria que vai nos mostrar mistérios ainda desconhecidos.Isso nos torna um Ser que nem imaginamos que podemos ser. Deus é a Chave do Crescimento, da Realização e da Felicidade que buscamos e não sabemos onde está. Mas, se quisermos mesmo, TUDO ELE NOS ENSINARÁ para que o ser individual e familiar engajados no mundo, construam a forma de vida que Ele planejou para a nossa alegria, que é A ALEGRIA DELE SONHADA PARA NÓS.
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