TEOLOGIA EM FOCO: novembro 2023

sexta-feira, 17 de novembro de 2023

TRÊS TEORIAS CONCERNENTE A VOLTA DE JESUS A ESTA TERRA

 


A algum tempo tem despertado a minha atenção para as profecias bíblicas relacionadas com o fim dos tempos.

O renascimento da nação de Israel tem a ver com datas, previsões e cumprimentos. Sei que há quem ache que datas e números não têm qualquer relevância bíblica, mas o estudo aprofundado das Sagradas Escrituras conduzirá facilmente a uma opinião diferente.

Não sou numerólogo e nem cabalista, longe disso, apenas um servo do Deus vivo, mas algumas datas me deixam curioso com relação do fim. Especular sobre datas pode ser perigoso, contudo, isso não nos impede de estarmos atentos aos sinais, pois acredito que estamos a caminho dos momentos finais da história humana, ou pelo menos desta presente dispensação, ou época.

Devo deixar claro que são teorias e não doutrinas bíblicas. 

1ª Teoria. Comparando o tempo decorrido de Adão e Eva até os dias atuais. 

Deus criou o homem e todas as coisas na Terra em 6 seis dias.

1º dia - A luz.

2º dia - O céu.

3º dia - Terra seca e vegetação.

4º dia - Corpos celestes (sol, lua, estrelas).

5º dia - Animais aquáticos e aves.

6º dia - Animais terrestres e o ser humano.

7º dia Deus descansou. Deus abençoou o sétimo dia e o instituiu como dia de descanso (Gênesis 2.2-3). 

1. O segredo do número sete. O número sete é um número bíblico. Deus usa alguns padrões para revelar Sua vontade. Algumas vezes Ele os faz de maneira explícitas. Mas algumas vezes Ele se vale figuras, de tipos e de segredos que nós precisamos estudar e nos aprofundar para compreendermos. Uma das maneiras que Deus revela é que há um padrão no ciclo de sete. Sete na Bíblia é o número de Deus. 

2. As sete dispensações.

Há uma doutrina histórica chamada dispensação, onde os teólogos dividem em sete, ou seja, as sete dispensações.

1. A dispensação da inocência – antes do pecado.

2. A dispensação da consciência – após a consumação do pecado por Adão e Eva.

3. A dispensação do governo humano – após o dilúvio.

4. A dispensação patriarcal - A partir de Abraão.

5. A dispensação da Lei - A partir de Moisés.

6. A dispensação da graça - a partir de Cristo.

7. A dispensação do milênio - O reinado de Cristo por mil anos. 

3. A cronologia da Terra. É interessante observar a contagem do tempo na Bíblia:

·         De Adão até Abraão, podemos contar aproximadamente 2 mil anos.

·         De Abraão até a morte de Jesus (com aproximadamente 33 anos de idade), mais 2 mil anos.

·         De Jesus Cristo até os dias de hoje, quase 2 mil anos. Isso já somam 6 mil anos.

A ideia de que o mundo atual duraria 6 mil anos, e no sétimo é do Senhor; o ano em que Ele vai reinar por mil anos sobre a Terra e é um tema presente por alguns estudiosos da Bíblia.

Muitos acreditam que isto não é uma coincidência. Teólogos que defendem esse posicionamento argumentavam que, da mesma forma que tudo foi criado em 6 dias, de acordo com o relato de Gn 1, assim também a criação, em seu estado atual, deve existir durante 6 mil anos, com um dia significando um período de mil anos, tomando como base os textos de Salmos 90.4 e 2ª Pedro 3.8, onde a Bíblia diz que 1 dia é como 1000 anos e 10000 anos como um dia para o Senhor. Passados seis mil anos, de acordo com eles, ocorreria a Segunda Vinda de Cristo, que marcaria o término do mundo tal como nós o conhecemos e o início de uma nova era.

Comparando aos dias da criação, onde Deus trabalhou seis dias e descanso no sétimo, entende-se que ao completar sexto milênio haverá um descanso na Terra, isto é, o reinado milenar de Cristo nessa Terra (Ap 20).

Nos três primeiros versículos de Ap 20, vemos Satanás sendo acorrentado e mantido preso por mil anos. Mas nos versículos 4 a 6 desse capítulo, mostram os fiéis participando da “primeira ressurreição” e reinando com Cristo por mil anos.

Com base nessa teoria estamos as portas dos acontecimentos apocalípticos. Os sinais do fim nos mostram que tudo está se cumprindo, faltando agora o aparecimento dos Anticristo (2ª Ts 2.3-12; Ap 6.1 e 2).

Para muitos rabinos nós estamos chegando no final dos seis mil anos (2ª Pe 3.8-10). Se nós interpretarmos na ótica de Pedro que diz: “mil anos é como um dia e um dia como mil anos” nós estamos no fim dos 6 mil anos e o sétimo é o governo de Messias. E após o reinado de Cristo virá o Grande Trono Branco e a destruição da Terra.

Depois da destruição desta Terra no final do sétimo milênio o Senhor fará tudo novo: “Novo Céus e Nova Terra. 

2ª Teoria. A parábola da figueira. Mt 24.32-34 “Ainda lhes propôs uma parábola, dizendo: Vede a figueira e todas as árvores. Quando começarem a brotar, vendo-o sabeis, por vós mesmos, que o verão está próximo. 32- Assim também vós, quando virdes acontecer essas coisas, sabei que o Reino de Deus está perto. 34- Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam.” 

Jesus usou está parábola para ensinar Seus discípulos a olharem para o tempo, assim saberem se o dia da Sua volta está próximo.

A figueira que representa Israel, brotou quando foi reconhecida como nação, e recebeu de volta a sua terra, no dia 14 de maio de 1948 cumprindo com a profecia de Isaías: “Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisas semelhantes? Poder-se-ia nascer uma terra em um só dia? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos” (Is 66.8).

A história nos conta que no ano 70 o General Tito, comandou uma legião de soldados romanos, os quais destruíram a cidade de Jerusalém, colocando os judeus para fugirem de suas terras. Desde aquele dia os judeus permaneceram um período de, aproximadamente 19 séculos longe de sua pátria. Mas, no final da 2ª Guerra Mundial, a ONU resolve estabelecer o patrimônio regional de cada nação destruída pela guerra. Em 1947, o diplomata brasileiro Oswaldo Aranha inaugurou a Assembleia Geral da ONU e teve papel determinante na condução do Comitê̂ Especial que discutiu a divisão da Palestina. Ao final da Assembleia, 33 países, inclusive o Brasil, votaram a favor da partilha da Palestina em dois territórios: um para os judeus, com 53% do total, outro para os árabes, com 47%. E, no dia 14 de maio de 1948, Israel foi contado como nação livre, dando o direito de cada judeu espalhado pelas nações de voltarem como sendo o último dos sinais da volta do Senhor Jesus. 

Comparando a idade de uma geração. “...e não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam.”

O maior sinal da volta de Jesus a esse mundo, é saber que a figueira brotou. Israel é o relógio de Deus na Terra. Essa expressão “relógio de Deus no mundo” é usada por muitos cristãos que vivem antenados no que acontece com o Estado Israelense. O renascimento da nação de e os constantes conflitos que ocorrem nesse território ganham visão escatológicos e são vistos como o cumprimento das profecias bíblicas acerca do fim dos tempos e o retorno de Cristo.

Nas Escrituras Sagradas, uma geração varia de 40 a 100 anos (Gn 15.13; Nm 32.13; Sl 90.10; Mt 1.17; At 7.6).

Tomando por base o Salmos 90.10, “Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando.”

Talvez a linguagem fosse melhor traduzida: “Os dias de nossos anos! Neles estão setenta anos;” ou, eles somam setenta anos. Assim, o salmista é representado refletindo sobre a vida humana nos dias que constituem os anos de vida; fixando seu pensamento naqueles dias e anos, e tomando a soma deles.

A expressão idiomática “os dias de nossa vida” refere-se a nossa idade, isto é, a uma geração, isto é, 70 anos.

Em 14/05/2018, Israel completou 70 anos depois da criação do seu estado (o tempo de uma geração bíblica conforme Sl 90.10. Isso mostra que tudo já tem se cumprido para a volta de Jesus a essa Terra. 

Porque Jesus ainda não voltou. “...pela sua robustez, chegam a oitenta anos...”. Setenta ou oitenta anos deve representar o tempo de vida de uma geração.

Dez anos a mais para uma geração, ou seja, podendo chegar aos 80 anos, conforme Jesus nos adverte dizendo: “E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram. Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.” (Mt 25.5,6).

Jesus nos adverte que o Noivo vai tardar um pouquinho, porém a meia noite será o horário exato para chegada do Noivo, onde o Espírito Santo vai gritar: “Aí vem o esposo...”.

Meia noite é quando o céu está mais escuro, isso nos remete a trevas, dificuldades, falta de esperança. Isso era assim com o povo no Egito, eram escravos e já estavam perdendo a esperança de sua realidade mudar.

O aposto Paulo traz uma advertência para aqueles que estão no sono da negligência: “Por isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá. (Efésios 5.14).

Note que todas adormeceram, todavia, 5 delas estavam com suas lamparinas cheia de azeito (símbolo da comunhão com o Espírito Santo) e 5 delas estava acabando o azeite de suas lamparinas, não puderam entrar nas Bodas do Cordeiro.

A vontade de Deus é que vigiemos e esperemos Seu retorno, porque a data e hora exata do retorno do Senhor são desconhecidas por qualquer um de nós. Portanto, “Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe” indica que ninguém sabe a hora e a data exata em que o Filho do homem descerá do céu para arrebatar Sua Igreja. Portanto, o tempo em que vivemos é o tempo de se preparar, orar, se humilhar e buscar a face do Senhor, e ter a intimidade com o Espirito Santo é que faz a diferença.

Fique atento, em Lucas 21.34-36, o Senhor Jesus nos adverte, sobre o fato de estarmos prontos a todo o momento. Mesmo sendo capazes de perceber a vida de Jesus pelos sinais, é possível ficarmos envolvidos com as coisas terrenas, que alguns de nós não estarão para quando sua chegada se tornar um fato. (v. 34).

Para o povo de Deus, familiarizado com as Escrituras, nada parece estranho nem admirável, quando vemos trevas, angústias e dificuldades, pois sabemos, pela Bíblia, que estas coisas anunciam a vinda iminente de Jesus. 

3ª Teoria. Está relacionada com a morte de Cristo.

É impossível determinar com certeza data do nascimento de Jesus, embora historiadores concordem que poderia ter ocorrido por volta do ano 4 a.C. A única fonte que os historiadores têm para reconstruir sua vida são os evangelhos, escritos décadas depois de sua morte.

Marcos afirma que Jesus nasceu durante o reinado de Herodes, o Grande, que reinou na Judéia do ano 37 ao ano 4 a.C. Conforme o Evangelho de Mateus, Jesus deve ter nascido em 4, a 7 a.C.”. Portanto, o nascimento de Cristo deve ter ocorrido antes dessa data. Considerando essa data, Jesus nasceu antes de Seu nascimento, isto é, Ele já deviria ter Seus 4 a 7 anos de idade.

Lucas afirma que Herodes Antipas era o governador da Galileia (Lc 3.1). Nesse mesmo período o governo da Judeia estava sob a responsabilidade de Pôncio Pilatos, que governou do ano 25 ao 37, visto que Arquelau já havia sido deposto.

Herodes é mencionado mais uma vez com destaque por ocasião do julgamento de Jesus. Depois de ser preso, Jesus compareceu perante Pilatos. O governador romano da Judeia, por sua vez, se aproveitou da presença de Herodes em Jerusalém e o enviou a ele (Lc 23.7).

O Evangelho de Mateus afirma que Jesus nasceu no tempo de Herodes, o Grande, que morreu em 4 A.C.", Portanto, o nascimento de Cristo deve ter ocorrido antes dessa data. Outros Evangelhos e fontes históricas sugerem datas que variam de 7 A.C. a 7 D.C., embora a maioria dos historiadores aceitem 4 A.C. Isso significa que o ano 1996 foi provavelmente o verdadeiro ano 2000 no calendário Anno Domini de Dionísio.

O historiador romano, Tácito, fala da morte na cruz de uma pessoa que era chamada de Messias sob o reinado de Tibério pelo governador Pôncio Pilatos. “Estas datas são especialmente úteis para os historiadores”, explica Savage. “O imperador Tibério governou Roma entre 14 e 37 d.C., sabemos que Jesus nasceu entre 7 e 4 a.C. no final do reinado de Herodes. Sabendo que viveu 30 anos, podemos datar sua morte entre os anos 26 e 28”.

Segundo o pesquisador da Universidade de Saint Louis (EUA), Douglas Boin, ele diz: “Jesus foi executado na província romana da Judeia pelo prefeito da província, Pôncio Pilatos. Inclusive a data, provavelmente em torno de 28 depois de Cristo.

Na páscoa do ano 30, é a provável data da morte de Jesus Cristo. Indícios de sua existência foram registrados pelo historiador judeu Flavius Josephus e depois pelos romanos Tácito, Suetônio e Plínio.

Segundo o Dr. Russel Shedd, Cristo morreu em 29/30 d.C.

São datas diferentes, porém, muito próximas em que os relatos históricos e bíblicos que provavelmente Jesus morreu entre o ano 26 a 30. d.C., sendo assim nessa data estaremos completando 2 mil anos da crucificação de Jesus. 

CONCLUSÃO

Eu entendo que essas datas são importantes para os nossos dias, pois estão relacionadas com o raciocínio formulados no estudo e comparado com tempo presente, nos deixa em alerta, pois estão relacionadas com os sinais em evidência da eminente volta de Jesus para arrebatar Sua Igreja.

Na primeira teoria, comparando os 6 seis dias da criação até nossos dias, isto é, o tempo decorrido de Adão e Eva até hoje, completam-se 6 mil anos aproximadamente. E o sétimo, o descanso, será o governo milenar nessa Terra. 

A segunda teoria, comparando a parábola da figueira e a idade de uma geração. Considerando que a figueira brotou no ano de 1948, (quando Israel foi reconhecido como nação), completou 70 anos em 1918, completando assim uma geração (cf. Sl 90.10), podendo chegar aos 80, (que são os enfados e canseira – refere-se as tribulações que Israel está enfrentado hoje). Assim os 70 anos de uma geração (2018) mais 10 anos, igual a 80, conclui-se que a soma fecha em 2028.

A terceira teoria está relacionada com a e morte Jesus no ano 26/30, a.C., e que aproximadamente nessa data (no ano 26/30), completam-se 2 mil anos.

Mais uma vez venho dizer que não estou marcando nenhuma data para o retorno de Cristo a esse mundo, e que são teoria que em estudos cheguei a essas conclusões.

A Bíblia diz que não podemos saber quando o Senhor voltará (Mateus 25.13). Mas as Escrituras também dizem claramente que podemos saber a época da volta do Senhor (1ª Tes 5.2-6). A volta d'Ele não deveria surpreender os que O conhecem e a Sua Palavra, pois eles têm o Espírito Santo para dar-lhes entendimento da natureza dos tempos. Portanto, pelos sinais em evidência, entendo que a nossa geração será a última para o arrebatamento a Igreja.

Todavia sabemos que a figueira já brotou “...e está perto o verão e quando virdes acontecer essas coisas, sabei que o Reino de Deus está perto” (Mt 24.32-33). Portanto, é um tempo de refletirmos e estarmos em alerta, pois o Senhor Jesus antes de voltar ao Pai nos advertiu dizendo: “Orai e vigiai” (Mc 13.37; 13:18; 14.38), “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir.” (Mt 25.13). 

Deus vos abençoe.

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau - SC

 

 

 

sábado, 11 de novembro de 2023

A PARABOLA DA FIGUEIRA

 


Israel é o mais forte e claro prenúncio do eminente retorno de Cristo. Os três momentos escatológicos mais importantes na vida do povo escolhido são:

1. O renascimento de Israel como nação soberana.

2. A retomada de Jerusalém como capital única e indivisível de Israel.

3. A reconstrução do santo templo como lugar de adoração por excelência da nação judaica. 

I. A DESTRUIÇÃO DE JERUSALÉM 

1. Senhor Jesus tenha “chorado sobre Jerusalém” e também aludido à destruição da cidade.

Lc 19.41,44 “E, quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela.42- Dizendo: Ah! se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas agora isto está encoberto aos teus olhos. 43- Porque dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão, e te estreitarão de todos os lados. 44- E te derrubarão, a ti e aos teus filhos que dentro de ti estiverem, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, pois que não conheceste o tempo da tua visitação.”

A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, poucos dias antes da páscoa judaica. Naquele dia, Jesus entrou em Jerusalém montado em um jumentinho emprestado, um que nunca tinha sido montado antes. Os discípulos colocaram as suas vestes sobre o jumento para que Jesus pudesse montá-lo, e as multidões saíram para recebê-lo, colocando diante dele os seus mantos e os ramos de palmeiras. Em meio a toda a alegria e a todas as aclamações da multidão, para receber Jesus, o coração do Redentor do mundo foi desviado dos sinais de regozijo para as misérias que viriam sobre um povo culpado.

Chorou sobre ela. Jesus sentiu profunda tristeza por sua resistência à Palavra de Deus ao prever o desastre que em breve enfrentaria. 

2. O tempo da destruição. Jesus sabia que tantas pessoas de Israel o tinham rejeitado que a nação sofreria um julgamento, na forma da terrível destruição que se abateria sobre Jerusalém no ano 70 d.C. A destruição esta que também abrangeria o santuário, como deixa claro o Senhor quando indagado por Seus discípulos a respeito do templo, naquela mesma semana em que haveria de ser crucificado, tendo sido esta a declaração que deu o início ao Seu sermão escatológico (Mt 24.1,2; Mc 13.1,2; Lc 21.5,6).

Assim, por causa da rejeição de Cristo por Israel, a cidade de Jerusalém e o templo foram destruídos, o que ocorreu em 70 d.C., quando o general Tito, filho do imperador Vespasiano e ele próprio sucessor de seu pai, invadiu Jerusalém e destruiu totalmente a cidade e o templo, como é descrito com riqueza de detalhes pelo historiador judeu Flávio Josefo, testemunha ocular deste evento. 

3. Jerusalém no século XX. Os otomanos dominaram Jerusalém durante 400 anos, e esse domínio só teve fim com a Primeira Guerra Mundial. Durante esse conflito, os otomanos estiveram presentes na Tríplice Aliança e lutaram ao lado da Alemanha. O conflito estendeu-se de 1914 a 1918 e foi encerrado com a derrota da Tríplice Aliança.

Com a derrota otomana, seu império foi dissolvido, e a Palestina foi ocupada pelos britânicos entre 1917 e 1920. A partir de 1920, a ocupação dos britânicos oficializou-se como domínio, então, surgiu a Palestina Britânica. O atual conflito entre palestinos (árabes) e israelenses surgiu nesse momento.

O conflito iniciou-se porque os britânicos prometeram tanto a judeus quanto aos palestinos que um Estado nacional seria criado naquela região. Esse compromisso tornou-se um problema, uma vez que ambos queriam formar um Estado nacional no mesmo local e não aceitavam negociação.

Com isso, os judeus começaram a organizar-se em defesa da criação de seu Estado na Palestina. Além disso, milhares de judeus começaram a mudar-se para a Palestina e a estabelecer-se em cidades da região. Com isso, a população judia em Jerusalém saltou de 6 mil pessoas, em 1850, para mais de 34 mil, em 1923. 

II. ISRAEL – A FIGUEIRA 

1. O símbolo da figueira. “Ainda lhes propôs uma parábola, dizendo: Vede a figueira e todas as árvores. Quando começarem a brotar, vendo-o sabeis, por vós mesmos, que o verão está próximo. Assim também vós, quando virdes acontecer essas coisas, sabei que o Reino de Deus está perto. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam.” (Mt 24.32-34).

Jesus usou está parábola para ensinar Seus discípulos a olharem para o tempo, assim saberem se o dia da sua volta está próximo.

A figueira e as demais árvores foram empregadas para ilustrar a parábola da escatologia. Vendo-as frutificar, é possível afirmar, sem perigo de engano, que o verão se aproxima.

Israel é simbolizado na Bíblia a três plantas: videira, oliveira e figueira (cf. Joel 1.7; Oseias 9.10). Não é sem razão que a figueira aparece nos primórdios da Bíblia (Gn 3.7). Duas parábolas de Jesus ocupam-se dela (Lc 13.6; 21.29), e mais o incidente da maldição da figueira perto de Betânia (Mc 11.12-21).

Esta parábola da figueira encerra o “discurso escatológico” que encontramos nos três Evangelhos sinóticos, seguindo-se as advertências sobre a necessidade de vigiar e orar. Depois da descrição da violência característica dos poderes deste mundo, é confirmada a presença do Reino de Deus entre nós, como escatologia já realizada. 

2. O renascimento de Israel como nação soberana. Jesus usou está parábola para ensinar Seus discípulos a olharem para o tempo, assim saberem se o dia da sua volta está próximo.

A figueira que representa Israel, brotou quando foi reconhecida como nação, e recebeu de volta a sua terra, no dia 14 de maio de 1948 cumprindo com a profecia de Isaías: “Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisas semelhantes? Poder-se-ia nascer uma terra em um só dia? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos” (Is 66.8).

A história nos conta que no ano 70 o General Tito, comandou uma legião de soldados romanos, os quais destruíram a cidade de Jerusalém, colocando os judeus para fugirem de suas terras. Desde aquele dia os judeus permaneceram um período de, aproximadamente 19 séculos longe de sua pátria. Mas, no final da 2ª Guerra Mundial, a ONU resolve estabelecer o patrimônio regional de cada nação destruída pela guerra. Em 1947, o diplomata brasileiro Oswaldo Aranha inaugurou a Assembleia Geral da ONU e teve papel determinante na condução do Comitê̂ Especial que discutiu a divisão da Palestina. Ao final da Assembleia, 33 países, inclusive o Brasil, votaram a favor da partilha da Palestina em dois territórios: um para os judeus, com 53% do total, outro para os árabes, com 47%. E, no dia 14 de maio de 1948, Israel foi contado como nação livre, dando o direito de cada judeu espalhado pelas nações de voltarem como sendo o último dos sinais da volta do Senhor Jesus.

À volta dos judeus à terra de seus ancestrais foi um dos maiores milagres de todos os tempos.

Ezequiel 36.24 “E vos tomarei dentre as nações, e vos congregarei de todas as terras, e vos trarei para a vossa terra.”

Após 19 séculos, com a criação do moderno Estado de Israel, milhares de judeus dispersos pelo mundo, saíram de 120 nações para formar o seu país e assim cumprir o que está escrito na Bíblia. 

3. A retomada de Jerusalém como capital de Israel. O fato mais extraordinário ocorrido durante a guerra dos seis dias, em junho de 1967, não foi a derrota infligida pelo exército de Israel as nações árabes. E, sim, a reconquista de Jerusalém que, desde que fora destruída pelo General Tito, 70 d.C., vinha sendo pisoteada pelos gentios. Cumprindo-se a profecia de Jesus: “E cairão a fio da espada e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem” (Lc 21.24).

O tempo dos gentios (calendário profético para as nações), que teve início em 568 a.C., começa chegar ao fim. 

4. “Vede a figueira e todas as árvores” (Lc 21.29). A figueira como já vimos representa Israel, mas as outras árvores quem são? As outras árvores são os países árabes que também foram reconhecidos como nação nestes últimos anos. O único país que ainda falta ser reconhecido como nação para cumprir esta profecia de Jesus são os palestinos, que aguardam que a ONU o reconheça como nação e lhes de um território. 

5. A última geração. “...que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam.” (V. 34).

A palavra geração no grego é genea que significa “raça”. Portanto, é imperativo ver “esta geração” como se referindo à geração com a qual os eventos do retorno de Jesus (parusia) ocorrerão. Então essencialmente o que Jesus está dizendo é que, quando os eventos do fim dos tempos começarem, eles vão acontecer rapidamente, no prazo máximo de uma geração.

O maior sinal da volta de Jesus a esse mundo, é saber que a figueira brotou. Israel é o relógio de Deus na terra. Essa expressão “relógio de Deus no mundo” é usada por muitos cristãos que vivem antenados no que acontece com o Estado Israelense. O renascimento da nação de e os constantes conflitos que ocorrem nesse território ganham visão escatológicos e são vistos como o cumprimento das profecias bíblicas acerca do fim dos tempos e o retorno de Cristo.

Em 1948, a figueira começou a brota, mas, em 1967, na guerra dos 6 dias, Israel reconquista de Jerusalém que e após quase 2000 mil anos tendo sido “pisada pelos gentios”, JERUSALÉM volta às mãos dos judeus, tornando-se a capital eterna, e indivisível.

Agora que estes sinais foram cumpridos, Israel voltou à sua terra, Jerusalém voltou à soberania de Israel, que sinal indicará em que horas proféticas estamos?

Tomando por base o Salmos 90.10, “Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando.”

Dentro deste contexto histórico faço uma teoria, comparando uma geração conforme o salmista é de 70 anos e por sua força poderá chagar aos 80 anos!

Contado o tempo de 1948 até os 2018, conclui que a soma é de 70 anos, “e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos...”, isto é, pomos entender que a soma de mais 10 anos é igual a 2028.

Não estou marcando data, pois já disse que apenas uma teoria. Pelos sinais em evidência, podemos afirmar que estamos nos últimos dias nesta terra. Não sabemos o dia e a hora, Jesus mesmo declarou que: “Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai.” (Mateus 24.24).

O versículo diz, “Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe”, o que significa que a hora e o dia do retorno do Senhor são desconhecidos. Em outras palavras, a hora específica do retorno do Senhor não é conhecida por ninguém, mas os sinais nos revelam que Ele está voltado.

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau-SC