TEOLOGIA EM FOCO: 2009

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

2ª TROMBETA - APOCALIPSE


“O segundo anjo tocou a trombeta, e uma como que grande montanha ardendo em chamas foi atirada ao mar, cuja terça parte se tornou em sangue, e morreu a terça parte da criação que tinha vida, existente no mar, e foi destruída a terça parte das embarcações” (Ap 8.8-9).

Isso pode ser um meteorito ardendo em fogo cai sobre o mar e mata a terça parte da vida marinha e destói muitas embarcações.
Quando cair:
A. A água do mar torna-se sangue.
B. Morrerá a terça parte dos peixes.
C. Haverá acidentes marítimos.
D. Isto agravará ainda mais a crise de fome (Ez 4.16-17).
E. Com o apodrecimento da água iniciará uma crise, e a água será vendida por alto preço (Is 19.5).
F. Os jovens desmaiarão de sede (Am 8.13).

Astrônomos europeus e norte-americanos detectaram no final do ano passado um meteoro gigante em rota de colisão com a terra. Sem dúvida, trata-se de uma notícia assustadora que deverá mobilizar, desde já, as atenções dos estudiosos. Um asteróide pode aproximar-se de maneira perigosa da Terra em 2036 e a Organização das Nações Unidas (ONU) deve assumir a responsabilidade por uma missão espacial para desviá-lo, disse um grupo de astronautas, cientistas e engenheiros. Astrônomos estão monitorando um asteróide chamado Apophis, que tem uma chance em 45 mil de atingir a Terra no dia 13 de abril de 2036. O único consolo – se isso pode ser considerado consolo – é que o choque contra a superfície da Terra está previsto para o ano de 2036. Acontece que, em termos astronômicos, esse tempo é curtíssimo. Cumpre aos cientistas e aos governos iniciar imediatamente o estudo do fenômeno, analisando todas as hipóteses. O Debate estará acompanhando o assunto, colocando à disposição dos seus leitores as últimas informações o que pode ser a maior catástrofe de todos os tempos na História da Humanidade.

Apophis (destruidor em grego) como foi batizado pelos cientistas, foi descoberto em 2004, e segundo informações em diversos jornais e sites de todo o mundo esta chamando a atenção de estudiosos de todo o mundo, pois segundo estudos caso ocorra um choque com o planeta Terra, a liberação de energia seria equivalente a 100.000 vezes a energia liberada pela bomba atômica de Hiroshima, o que seria um evento similar ao que acabou aniquilando os dinossauros, levantando uma grande nuvem de poeira que cobriria os céus por anos, impedindo assim a vida no planeta.

A Nasa estuda o envio de uma missão para colocar um radiotransmissor em um asteróide, com o objetivo de rastrear a órbita do corpo celeste, que tem remotas possibilidades de atingir a Terra em 2036. Os especialistas estimam que a probabilidade de um impacto do asteróide chamado Apophis, de 300 metros de diâmetro, é de apenas uma entre 5.500. Mas, caso ocorra, pode provocar uma catástrofe maior que o tsunami do sudeste asiático em dezembro de 2004.

No Jornal Zero Hora do Rio Grande do Sul de 18 de Julho de 2005, trouxe uma reportagem com relação à Astronomia com o título 2004 MN4.

Em 19 de junho de 2004, Observatório de Kitt Peak, no Arizona, os astrônomos Roy Tucker, David Tholen, e fabrício Bernardi, descobrem um asteróide com órbita rasante á Terra. O objeto recebe a designação 2004 Mn4.

Em 23 de Dezembro de 2004 o asteróide é visto em diferentes parte do mundo. Na véspera do Natal, laboratório de Propulsão a Jato, Passadena, Califórnia, divulgam que as chances de colisão com a Terra são bem mairores.

Em 28 de Dezembro, Space Watch Telescope, Kitt Peak, Arizona , anunciam a descoberta de cinco imagens do asteróide, com uma previsão do Asteróide passar bem próximo a terra no ano de 2029.

Em 4 de Fevereiro de 2005, Radiotelescópio de Arecibo, Porto Rico, Lance Benner, Jon Giorgini, Mike Nolari e Steve Ostro publicaram suas observações em ondas de rádio realizadas nos últimos dias de Janeiro, concluindo que a separação mínima entre a Terra e o asteróide em 2029 seria de apenas 30 mil quilômetros acima da superfície terrestre. Mesmo que a distância mínima de 30 mil quilômetros em 2009 seja, de fato, atingida, ainda há riscos de o asteróide ser perturbando por um efeito de ressonância gravitacional conhecido como “buraco de fechadura”, que poderia arremessa-lo direto para um choque com nosso planeta.

Se o asteróide colidisse com a terra poderia devastar uma região do tamanho do Estado norte americano do Texas, numa explosão equivalente a de 850 megatons de TNT, cerca de 15 vezes mais poderosa do que a maior bomba de hidrogênio já testada.

Os cientistas dizem que se este asteróide 2004 MN4, não colidir com a Terra terá outro o cometa Catalina, cujo núcleo mede um quilometro de diâmetro. Em 11 de junho 2085 ele terá a chance em 30 mil de colidir com a Terra. A possibilidade de um impacto catastrófico com a Terra no futuro é de 100%.

Os cientistas apenas confirmam o que a Bíblia diz no livro de Apocalipse: “O segundo anjo tocou a trombeta, e uma como que grande montanha ardendo em chamas foi atirada ao mar, cuja terça parte se tornou em sangue. E morreu a terça parte da criação que tinha vida, existente no mar, e foi destruída a terça parte das embarcações” (Ap 8.8-9).

Pr. Elias Ribas

E-mail: pr_eliasribas@yahoo.com.br

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

DAVI E SUA EQUIPE DE LIDERANÇA

Texto Áureo:º Sm. 22.2 – Leitura Bíblica em Classe: 1º Cr. 1.10-12,20,22,24,25.Objetivo: Mostrar que o trabalho em equipe é um princípio básico da liderança eficaz, inclusive na causa do Senhor.

INTRODUÇÃO

Em alguns contextos a liderança tem sido amplamente questionada. Na lição de hoje veremos que esse é um princípio bíblico. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento Deus levantou homens e mulheres para liderar e guiar Seu povo. Davi é um dos mais contundentes exemplos de liderança. Por esse motivo, analisaremos, na aula de hoje, aspectos da sua atuação perante a equipe de liderados. Ao final, atentaremos para alguns princípios gerais da liderança cristã.

1. O PRINCÍPIO BÍBLICO DA LIDERANÇA

A fim de cumprir seus propósitos Deus estabeleceu o princípio da liderança. Quando passeamos pelas páginas da Bíblia, constatamos essa veracidade. Em Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, lemos a respeito de José, o homem que Deus escolheu como líder no Egito (Gn. 37-45). Durante o cativeiro egípcio, Deus separou Moisés para retirar o povo daquela condição e guia-los pelo deserto (Êx. 2-17). Para a consolidação da conquista da Terra Prometida, Josué desempenhou um papel fundamental (Js. 2-8). Durante o cativeiro babilônico, Ester, uma mulher de coragem, cumpriu os desígnios de Deus para a preservação do povo israelita (Et. 4). Após o cativeiro de Judá, Neemias, mais um líder guiado por Deus, cumpriu a missão de restaurar a cidade destruída (Nm. 1-6). No Novo Testamento, Paulo e Pedro foram colunas fundamentais na liderança da igreja primitiva, tanto na plantação quanto na consolidação de igrejas (At. 14-21; J. 21).

2. O ESTILO DE LIDERANÇA DE DAVI.

Davi é um exemplo bíblico de liderança competente. A competência de Davi estava respaldada na diligência de buscar fazer sempre a vontade de Deus, na sua lealdade tanto aos seus líderes quanto aos liderados e na disposição de atribuir toda glória a Deus. Quando decidiu construir um templo para o Senhor, Davi preparou o material que seria necessário (1º Cr. 22.14). Mas como não coube a ele essa construção, e sim ao seu filho Salomão, tratou de lhe dar as devidas instruções para que tudo fosse feito com prudência e entendimento e de forma organizada (1º Cr. 22.12-15). O estilo de liderança de Davi pautava-se no planejamento, no prognóstico do que deveria ser feito. Com Davi aprendemos a evitar as improvisações desnecessárias que possam comprometer o andamento do trabalho. O planejamento é um dos princípios basilares da condução das atividades, para tanto, faz-se necessário planejar a curto e longo prazo, sem deixar de confiar, primeiramente, no Senhor. Planejar somente não é suficiente, é preciso também coordenar a execução do projeto, identificar os objetivos, o tempo, o lugar, as pessoas envolvidas, os métodos a serem utilizados e o material disponível. Mesmo assim, é provável que existam obstáculos, e, quando eles vierem, como Davi, é recomendável que se confie na direção do Espírito Santo. Manter uma atitude de flexibilidade em relação ao planejado também evita os “engessamentos” que desgastam a liderança do projeto. Em linhas gerais, o estilo de liderança de Davi, bastante aplicável nos dias atuais, preza pela dependência em Deus, e principalmente, por atitudes de humildade, que não busca a glória própria, antes tributa todo louvor a Deus.

3. PRINCÍPIOS PARA A LIDERANÇA CRISTÃ.

A liderança, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, é exercitada a partir dos planos que Deus definiu. Por isso, para ser líder, é preciso confiar e depender de Deus e não nos méritos pessoais, ainda que esses não sejam descartados. Todos os líderes escolhidos por Deus estiverem no centro dos seus planos e apresentaram as seguintes características: 1) empatia – capacidade de ver as coisas do ponto de vista dos outros (Lc. 6.31; 1ª Pe. 3.8; Gl. 6.2); 2) alvos – estabelece metas e se esforça para alcançá-los (Fp. 3.14; Ef. 3.1) 3) competência – faz bem o seu trabalho (Pv. 12.27; 22.29); 4) atuação em equipe – senso de grupo, capacidade de trabalhar com as pessoas (1ª Co. 12; Ef. 4); 5) estabilidade emocional – confia em Deus em todas as circunstâncias e não se deixa abalar pelas adversidades (Ef. 4.31; II Tm. 4.5); 6) partilha a liderança – não é centralizador, divide as atribuições com outros (Ef. 5.21; Fp. 4.1-3); e 7) confiável – as pessoas podem depender dele (Lc. 9.62; 1ª Co. 15.58).

CONCLUSÃO. O exercício da liderança bíblica não é centralizado no homem, mas em Deus. Os que quiserem ser líderes segundo o coração de Deus precisam atentar para a Sua palavra. Para tanto, enquanto líderes, é preciso ter cuidado para não seguir o caminho de Saul: vaidade, inveja, perseguição, auto-glorificação, populismo, desobediência, espiritualidade aparente e ganância pelo poder. O estilo de liderança de Davi, deferentemente daquele, glorifica a Deus: obediência, temor a Deus, respeito, temor, fidelidade, espiritualidade, sinceridade e misericórdia. Davi é um bom exemplo de liderança, mas se quisermos um modelo perfeito, é só atentar para Jesus, pois nEle encontramos o fundamento maior da liderança cristã: O AMOR.

BIBLIOGRAFIABALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

A IGREJA E O MODERNISMO


É de se observar uma incontrolável proliferação de religiões nos últimos dias da igreja do Senhor sobre a face da terra. Essas religiões tendem a gerar no homem moderno, necessidades espirituais confusas com relação ao tipo de divindade que cultua e a forma como deve cultuar. Vemos como o apóstolo Paulo esboça a simplicidade da cruz de tal maneira que constrange os sábios e inteligentes (I Coríntios 1.18,19). Para o apóstolo, que não se desviava nem para a direita e nem para a esquerda, o evangelho não é uma questão de inteligência ou ignorância, mas de sabedoria provinda de Deus (I Coríntios 1.23; 2.4).

No evangelho moderno, o homem deixa a sabedoria divina e busca na sua própria sabedoria, a resposta à sua necessidade de Deus (1ª Co 1.6,7,14,15). Em resumo, a religiosidade do homem moderno não é outra coisa senão a divinização do homem e a humanização de Deus (Rm 1.21,23,25).

Li, recentemente, que o homem em razão do modernismo, mesmo que seja um estudioso da Palavra, apoia-se em quatro fundamentos: "fé na razão, fé no desenvolvimento tecnológico, fé na ciência como substituta da religião e fé na auto-suficiência humana". O homem moderno pode ser enquadrado no Salmo 53.1-6.

Rubens Muzio, em sua obra O DNA da Liderança Cristã (Ed. Mundo Cristão), afirma que "Os evangélicos brasileiros como esponjas secas, apropriaram-se de mecanismos científicos, realistas, empíricos e lógicos da modernidade e da pós-modernidade para conquistar credibilidade diante da cultura moderna. As lideranças estão de olho nos resultados. Os cultos tornaram-se 'shows' e copiam-se modelos importados de outros países. Nesse contexto, a igreja brasileira carece de identidade e de firmeza nas Escrituras Sagradas. Vê-se um Cristianismo sem compromisso".

É lamentável afirmar que o crescimento das igrejas, muitas vezes resulta de situações subumanas em que a opção pela fé não passa de um mecanismo de fuga, e não de um autêntico chamado para participar do Evangelho de Cristo. O crescimento da igreja deve se apoiar em três características pronunciadas pelo líder Josué, quando repetiu o concerto para o povo: "temor, sinceridade e verdade" (Josué 24.14).

Muitas igrejas estão buscando novos meios de ministração para se fazerem atraentes. Algumas transformaram-se em autêntico lugar de entretenimento. Não é possível atribuir-se crescimento espiritual autêntico e nem identidade de povo de Deus. É um verdadeiro movimento jovem para agradar a jovem, ficando os anciãos, homens de fé e de oração, esquecidos e menosprezados, servindo apenas para porteiros ou recepcionistas, ou guardadores de automóveis no pátio da igreja. Não se vê qualquer semelhança com aquele evangelho pregado por Filipe em Samaria, com poder nas palavras, provas e sinais (Atos 8.5-8). E quando umas poucas igrejas assim procedem, são acusadas de praticarem charlatanice. Estamos do lado do farisaísmo e não nos damos em conta.

O cristianismo deve apresentar Deus como a Verdade Absoluta (2ª Co 13.8). Assuntos divinos passam a ser analisados com subjetividade e sem uma norma bíblica (Gl 1.8; 2ª Pe 1.20,21). A fé de alguns cristãos tornou-se "fé na fé" e não fé em Deus (Mt 7.7; 2ª Ts 1.11). O imediatismo exige de Deus resposta à uma fé pedinte. As orações tornam-se instrumento de realização da pura satisfação humana (Lc 22.42; Tg 4.3,4,7-10). Vê-se a oração como uma "magia" para alcançar bênçãos e deixou de ser um elemento essencial para comunhão e rendição à vontade de Deus (Mt 6.5,8). As pregações tornam-se puras propostas de "barganhas" com Deus (Sl 50.8-14,23); 2ª Co 2.17). O templo perde o referencial de lugar de comunhão com os santos e adoração coletiva e é visto apenas como apontador de números de membresia. Chamam de crescimento ao que se pode denominar de "inchaço". O crescimento de uma igreja pode ser visto como o resultado de uma movimentação comum entre crentes insatisfeitos em outras igrejas ou denominações.

Tem predominado um verdadeiro pragmatismo, uma prática que entende que, se está gerando resultados satisfatórios e imediatos, pode ser considerada como certa e digna de crédito. Biblicamente falando, nem tudo o que dá resultado é certo. A preocupação com os resultados não pode ser medida pela ação do homem, pois quem dá o crescimento de Sua obra é Deus (At 2.47; 1ª Co 3.6,7). Muitas igrejas estão aderindo a certos métodos de crescimento sem nem sequer passá-los pelo crivo da revelação bíblica. Julgam que, se o que estão fazendo está dando certo, certamente Deus está aprovando.

Modernamente, viver o Evangelho de Cristo diante das exigências da religião, é um desafio para os bons cristãos. Diante deste desafio, o verdadeiro cristão para permanecer na fé, tem que ter visão, discernimento bíblico e espiritual e aprofundar-se no cristianismo que busca pelo equilíbrio.

Eliezer de Andrade

 

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

CARTA À IGREJA DE LAODICÉIA

 “Ao anjo da Igreja em Laodicéia escreve: Estas coisas, o princípio da criação de Deus. Conheço as tuas obras , que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente. Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca. Pois dizes: Estou rico e abastardo e não preciso de coisa alguma, nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifestada a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. Eis que estou à porta e bato (falo); se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz ás igrejas” (Ap 3.14-21).

Nome de uma cidade que antes se chamava Dióspolis, cidade de Zeus, melhorada e ampliada por Antíoco II, que lhe pôs o nome em honra de sua mulher Laodice. Era cidade principal da Frígida Pacatiana da Ásia Menor, e estava situada um pouco ao sul de colossos. Estava a 160 Km de Éfeso, e 80 Km de Filadélfia.

Uma das cidades mais ricas da Ásia; Possuía fábrica de panos e de vestuários de lã escura, produto de ovelhas criadas nas suas vizinhanças.

Tinha uma escola de medicina onde se produzia um ungüento que cura os problemas dos olhos.
Pelo ano 65 da era cristã, Laodicéia foi destruída por um terremoto. Os habitantes de Laodicéia reconstruíram a cidade á sua custa, sem auxílio do governo romano.

I. O princípio da criação (v. 14): Refere-se a Jesus: “No princípio era o verbo, e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele, nada do que foi feito se fez” (Jo 1.1-2).

II. Conheço as tuas obras (v. 15): O homem jamais consegue esconder-se do olhar de Deus. Diz o Salmo 139.7-8 “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a mina cama no mais profundo abismo, lá estás também”.

Deus vê todas as coisas e sabe todas as coisas que praticamos. Não temos como esconder.

III. Nem és frio, nem quente (v. 15): Refere-se aquelas pessoas que vem a igreja, mas não querem compromisso e nem responsabilidade com o Reino de Deus. Eles acham que estar dentro de uma igreja é o suficiente, ou seja, eles acham que a igreja lhe garante a salvação.

IV. Vomitar-te (v. 16): Perto de Laodicéia havias fontes de água mineral morna e emétrica, que o viajante sedento rejeitaria com nojo (ânsia de vomito). Este é o desgosto que Cristo sente para com uma igreja espiritual morna. Qualquer outra condição espiritual seria mais promissora.

V. Estou rico (v. 17): Esta igreja era cristã, mas havia se corrompido através das riquezas.
A igreja local da cidade era rica, acomodada e prevalecente da soberba e das riquezas.

A cidade era próspera o povo era rico materialmente, não tinha falta de nada. Havia industria, e um centro bancário, mas Jesus diz: “Não sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu”.

O orgulho de Laodicéia através de suas riquezas (seu centro bancário, seus oftalmologistas,  seus colírios, suas fabricas de tecidos) serviram para dar visão e decadência espiritual. Jesus não está condenando as riquezas, mas o orgulho e o amor pelas riquezas materiais.

A igreja de Laodicéia precisava desesperadamente da graça que regenera, das vestes da justiça de Cristo e de olhos do coração iluminados pelo Espírito Santo.

VI. Ouro refinado pelo fogo (v. 18): Simboliza a verdadeira riqueza celestial, sem mácula (pecado); representa a verdadeira santidade (a separação do mal).
Simboliza a nossa vida limpa pelo fogo da Palavra de Deus.

VII. Colírio para ungires os olhos (v. 18): A cidade tinha os melhores oftalmologistas do mundo, os melhores colírios, mas Jesus aconselha que compres colírio para ungires os olhos. Tinham o colírio material, mas não tinha unção do Espírito Santo. Sem está unção o cristão não vê espiritualmente se não só materialmente.

Jesus refere-se ao colírio espiritual para que o homem veja a verdade. Jo 8.32, 36 “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. 36 Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”. Quando o povo não conhece a verdade está cego, nu e desgraçado. Anda em caminhos errantes.

Tinham um centro bancário, mas Jesus chama de pobres.
Tinham as melhores roupas, mas Jesus chama de nu.
Tinham os melhores colírios, mas Jesus chama de cegos.
Tinham tudo, mas Jesus chama de infeliz e miseráveis.

VIII. Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te (v. 19).
Cristo chama atenção desta igreja ao arrependimento. E para que isto aconteça, Ele disciplina, ensina, aconselha, fala, para que todos venham ao arrependimento.

IX. Eis que estou a porta e Falo (v. 20).
A Palavra “fala” no gr. é Lego – Eu digo, eu falo. Aqui Jesus demonstra o profundo amor que Ele tem pelos Seus filhos. Ele está em nossos corações todos os dias a falar. Ele fala de muitas maneiras conosco; através de Sua Palavra, através de sonhos e revelações; e muitas vezes Ele usa alguém para falar conosco.

Na igreja de Laodicéia Cristo estava para o lado de fora. Por causa do orgulho o Senhor se retirou. Ele habita na humildade, por que Ele é humilde.

Aqueles que estão com a porta fechada podem abrir e desfrutar de uma íntima compaixão com o Senhor. O fato de Ele esperar pela abertura da porta mostra o paradoxo da graça e responsabilidade pessoal.

Aquele que ouvir a voz do mestre e abrir o seu coração, então Ele entra para cear e para morar. O nosso corpo é o templo do Espírito Santo, e quando abrimos o nosso coração, Ele habita em nós (faz morada) e somos ricamente abençoados por Ele, nesta vida e na vida eterna.

X. Vencedores (v. 21).
São aqueles que ouviram sua voz e abriram seus corações, ou seja, obedeceram Sua Palavra e cumpriram Seus ensinamentos. Para esses Ele diz: “... dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono”.

XI. Ouça o que o Espírito diz ás igrejas (22).
Ouça e não te faças de surdo, escute a voz terna de Jesus e abra o seu coração para que Ele faça morada. Escute ouça o que o “Espírito diz as igrejas”.

Pr. Elias Ribas
Igreja Evangeléica Assembléia de Deus

sábado, 15 de agosto de 2009

O MORDOMO INFIEL


“Disse Jesus também aos discípulos: Havia um homem rico que tinha um administrador; e este lhe foi denunciado como quem estava a defraudar os seus bens. Então, mandando-o chamar, lhe disse: Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, porque já não podes mais continuar nela. Disse o administrador consigo mesmo: Que farei, pois o meu senhor me tira a administração? Trabalhar na terra não posso; também de mendigar tenho vergonha. Eu sei o que farei, para que, quando for demitido da administração, me recebam em suas casas. Tendo chamado cada um dos devedores do seu senhor, disse ao primeiro: Quanto deves ao meu patrão? Respondeu ele: Cem cados de azeite. Então, disse: Toma a tua conta, assenta-te depressa e escreve cinqüenta. Depois, perguntou a outro: Tu, quanto deves? Respondeu ele: Cem coros de trigo. Disse-lhe: Toma a tua conta e escreve oitenta. E elogiou o senhor o administrador infiel porque se houvera atiladamente, porque os filhos do mundo são mais hábeis na sua própria geração do que os filhos da luz. E eu vos recomendo: das riquezas de origem iníqua fazei amigos; para que, quando aquelas vos faltarem, esses amigos vos recebam nos tabernáculos eternos. Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito. Se, pois, não vos tornastes fiéis na aplicação das riquezas de origem injusta, quem vos confiará a verdadeira riqueza? Se não vos tornastes fiéis na aplicação do alheio, quem vos dará o que é vosso? Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas” (Lc 16.1-13).

O mordomo infiel tem sido a mais discutido de todas as personagens das parábolas. Para orientar a nossa interpretação, devemos notar o seguinte:

Administrador. (do gr. oikonomos), um administrador, gerente, superintendente; para quem o chefe da casa ou proprietário tinha confiado a administração dos seus afazeres; o superintendente das finanças. Aqui representado pelo pecador.

Defraudou. No gr. é traduzido como dissipou os bens do seu senhor.

Bens: (gr. grhuparchonta), possessões, mercadoria, bens, propriedade.

O patrão do administrador ao saber da sua desonestidade, o chama para que preste conta da sua administração, e, para que possa despedi-lo por ter agido com infidelidade no serviço.

O administrador infiel ao saber que seria despedido age com sutileza e astúcia: “Trabalhar na terra não posso; também de mendigar tenho vergonha. Eu sei o que farei, para que, quando for demitido da administração, me recebam em suas casas”.

“Tendo chamado cada um dos devedores do seu senhor, disse ao primeiro: Quanto deves ao meu patrão? Respondeu ele: Cem cados de azeite. Então, disse: Toma a tua conta, assenta-te depressa e escreve cinqüenta. Depois, perguntou a outro: Tu, quanto deves? Respondeu ele: Cem coros de trigo. Disse-lhe: Toma a tua conta e escreve oitenta”  (vv.5-7).

Cados e coros O cado media 40 litros e coros media 525 litros.

"E elogiou o senhor o administrador infiel porque se houvera atiladamente, porque os filhos do mundo são mais hábeis na sua própria geração do que os filhos da luz".

Ele não foi louvado por Deus, mas pelo Seu patrão. Jamais Deus iria elogia um pecador infiel e astuto. Note-se que o administrador mostrou-se prudente e prevenido com respeito ao seu futuro financeiro, pois trabalhar não podia e mendigar tinha vergonha.  O que ei de fazer? "Eu sei o que farei, para que, quando for demitido da administração, me recebam em suas casas".

O mordomo infiel chamou os devedores e diminui as dívidas que  tinham com o seu patrão, com isso ele ficou com créditos em seu favor.

Porém o crente deve tomar esse exemplo no sentido espiritual, ou seja, o futuro espiritual. Por isso Jesus diz: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).

O Dr. Bullinger oferece-nos a seguinte tradução concernente ao verso 9: “E eu, porventura, digo-vos Fazei amigos pelas riquezas da injustiça, para que quando necessitardes (ou quando elas acabarem) vos recebam nos tabernáculo eternos?”

O Dr. Screggie diz: “Muito podemos aprender com os homens deste mundo. As realidades do pecador são bem positivas: cama, alimento, dinheiro; crendo em tais coisas, ele vive para elas. Será que o crente no eterno como o descrente crê nas coisas presentes? Este mordomo cuidou do seu futuro material. Tinha sido infiel, e preparou-se para o que ia acontecer no porvir. E a nós têm sido confiadas maiores riquezas por um maior Senhor. Não terreno de dar contas? Bênção futura pode resultar do bom emprego das oportunidades atuais (v. 9). Há pequenas provas de grandes princípios (v.10-12). Nossa fidelidade em coisas pequenas revela nosso caráter, e a fidelidade é filha da lealdade (v. 13)”.

O Dr. Goodman escreve: “Nosso Senhor condena o mordomo como injusto (v.8), mas note-se este ensino: se um homem injusto emprega dinheiro para providenciar o futuro, muito mais devem os filhos a luz ser igual prevenidos para o futuro celestial. Porventura os maus devem ser mais prudentes do que os bons?”

Nesse princípio o Senhor apresenta quatro lições:

1) Fazer amigos por meio das riquezas iníqua. Esta palavra no grego "Adikia" não indica a falta de ética individual, mas refere-se ao dinheiro perecível deste mundo. Fazer o bem, investir no reino de Deus e ganhar com elas gratidão e amor. Algum dia, na vossa necessidade, aqueles que assim foram servidos vos receberão em “tabernáculos eternos”, isto é, no seu permanente amor e gratidão.

2) A fidelidade no mínimo resultaria na fidelidade em tudo.

3) No caso de não sermos fiéis no uso de nosso dinheiro que chamamos nosso, como poderemos esperar que Deus nos dê as riquezas verdadeiras? (v.11). O dinheiro é o nível mais baixo da riqueza; o mais elevado é o caráter: ser encarregado do evangelho; ser designado despenseiro da multiforme graça de Deus (1ª Co 4.1; 1ª Pe 4.10). Deus escolhe seus despenseiros da maior riqueza de entre aqueles que servem fielmente.

4) Não podemos servir a dois senhores”. O infiel emprega o seu dinheiro naquilo que é mau, mas o justo aplica o seu dinheiro naquilo que bom e no reino de Deus!

A palavra grega “mammonas” Traduzida Mamom (v.13), é o nome de uma divindade siríaca, deus das riquezas.

O mordomo chama os devedores do seu senhor para verificar a situação de cada um e cancela uma parte da dívida de cada um, embora o tenha feito por um motivo injusto também fê-lo no próprio interesse.

Entendemos que a diferença cancelada fosse um acréscimo que o próprio mordomo havia exigido, e que, com o cancelamento, ele acertou as respectivas contas entre os devedores e o dono, ganhando ainda gratidão daqueles.

Conclui que era o excesso que exigira, que dispensou, e assim ele ajustou as contas com o patrão, ao mesmo tempo que ganhou crédito com os devedores. Mas isto introduz muito que é suposição; e não parece que ele esperava endireitar a conta. A sabedoria com que ele tirou partido daquilo que tinha nas mãos, é evidente.

É triste ler que os fariseus avarentos zombaram deste ensino precioso, em vez de o praticarem (vv. 14-18). E hoje muitos que não são fariseus ocupam-se com curiosas especulações referentes ao mordomo infiel, em vez de obedecerem aos quatros ensinos (apontados pelo Dr Goodman) que os mais simples podem entender.

Pr. Elias Ribas

segunda-feira, 13 de julho de 2009

A ORAÇÃO DE JABEZ


“Foi Jabez mais ilustre do que seus irmãos; sua mãe chamou-lhe Jabez, dizendo: Porque com dores o dei à luz. Jabez invocou o Deus de Israel, dizendo: Oh! Tomara que me abençoes e me alargues as fronteiras, que seja comigo a tua mão e me preserves do mal, de modo que não me sobrevenha aflição! E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido” (1ª Cr 4.9-10).


Quase ninguém gosta de ler o livro de Crônicas. É um livro onde conta as genealogias e descendência do povo de Deus. Mas dentro desta genealogia Deus deixou registrado e incrusta esta pérola na Bíblia que é a oração de Jabez., que na minha concepção é a mais bela oração. Uma oração que serve para todos nós fazer.

A Bíblia não fala mais sobre a vida de Jabez apenas estes dois versículos. Existe outro nome, mas é de uma cidade em Judá aparentemente próxima a Belém. Jabez Gileade.
A Bíblia só fala da vida de Jabez somente nestes versículos.

I. O SIGNIFICADO DO NOME
Jabes no hebraico Ya‘bets procedente de uma raiz não utilizada e significando “afligir”, “pesar”, “com dores dei a luz”; “aquele que causa dor”.

II. POR QUE ESTE NOME
A Bíblia diz que a mãe sofreu muito para dar a luz a este menino. Talvez nasceu contrária a natureza física e por isso ela deu este nome.

III. JABEZ UM NOME NEGATIVO
1. Jabes tinha um nome carregado de negativismo e pessimismo.
2. Um menino que nasceu sobre o estigma da dor do sofrimento.
3. Um menino que nasceu fadado ao fracasso, destinado ao insucesso.
4. Jabez era um jovem que não tinha esperança, um jovem discriminado, um jovem que não tinha mais saída e perspectiva de vida.
6. Jabes poderia se conformar com todos os tipos de sofrimentos.
7. Jabes poderia dizer: Eu não vou ser ninguém na tribo de Judá.
* Hoje existem muitas pessoas que estão como Jabes; fracassados, derrotados, tristes e amaldiçoados.
8. Jabez tinha outros irmãos. A Bíblia diz que ele era o mais ilustre do que todos os seus irmãos (v. 4).

IV. QUAL A ATITUDE QUE JABEZ TOMOU
Jabez tinha tudo para ser um fracassado um derrotado, a própria mãe colocou um nome negativo “com dores dei a luz”.

Mas um dia aquele menino cresceu e já era jovem. Mas ele não se conformou com aquela situação de dor pelo nome que carregava.
Para Jabez não tinha mais saída. Mas o que fez Jabez:

1. Invocou o Deus de Israel.
Invocar no hb. ‘qara’, que significa: [chamar, clamar, recitar, ler, gritar, proclamar].
Quando o homem se volta para Deus e invoca [chama] pelo Seu nome, situações turbulentas da nossa vida começa a mudar.

V. A ORAÇÃO DE JABEZ CONTÉM QUATRO PEDIDOS
1. Peço que me abençoe. Abençoar no hb. [barak].
Talvez o diabo já tenha te dito: “Acabou tudo para você”.
Eu quero te dizer que ele é o pai da mentira. Jesus diz: que o ladrão vem senão para roubar matar e destruir, mas eu vim para que tenham vida e vida com abundância (Jo 10.10).
A tua benção Jesus já conquistou lá na Cruz do Calvário.
Com a morte de Jesus, Ele nos deu: salvação, perdão, cura física, emocional, benção na família, no cônjuge, e vida eterna.

No evangelho de Jesus segundo João diz: “Quem crê em minha ainda que estejas morto viverá”.

A Bíblia relata mais de oito mil benção para Seu povo.
A benção esta na mão de Deus e Ele não muda. Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente!
Hoje existem muitas pessoas correndo atrás das bênçãos, mas a Bíblia diz as do Senhor nos seguiram. Basta sermos fiel e cumprir a Sua Palavra.
Precisamos estar na presenaça de Deus e somente a Ele:
“Que o Senhor me abençoe”.

Eu sei de igrejas que fazem como Balaão, estão vendendo benção. Fizeram Deus de um comerciante. Toma lá da cá. Tudo gira em torno do dinheiro. Como se Deus fosse um negociante.
Tem movimento vendendo óleo de Israel, terra de Jerusalém, água do Jordão, etc.
Jabez não negociou com Deus, apenas chegou diante de Deus e pediu: Eu quero que o Senhor me abençoe.

2. Que alargues as minhas fronteiras.
No hb. [rabah]. (Piel) alargar, aumentar, tornar-se muitos - (referindo-se a pessoas, animais, objetos).
Amplie minhas fronteiras.
Precisamos crescer em tudo:
Na igreja, no ministério, na família, na sociedade.
Jabez era um homem de visão. Amplie meus territórios Senhor.
Procure crescer, não se acomode.
Só quem cresce que trabalha:

Isaías 54.2 diz: “Alarga o espaço da tua tenda; estenda-se o toldo da tua habitação, e não o impeças; alonga as tuas cordas e firma bem as tuas estacas”.

1. Amplia, estenda, alargues e firma bem as tuas estacas.
Existem muitos ventos contrários que muitas vezes batem em nossa tenda, mas se não firmarmos bem as estacas da nossa tenda ela vai cair.

Onde eu posso firmar minhas estacas:
Na oração, na Palavra e no principal fundamento que é Cristo.

2. Que tua mão seja comigo.
A mão Deus é nossa proteção.

“O que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente” (Sl 91.1).

Debaixo da mão de Deus é estar na dependência de Deus, na provisão de Deus, na benção de Deus. É estar guardado pelo todo poderoso.

Quando estamos debaixo da mão de Deus temos visão, projeto, sabedoria, graça.
O segredo do crescimento é estar debaixo da mão do El-Schadai.
Veja o pedido ousado de Moisés para o Senhor Deus: “A minha presença irá contigo, e eu te darei descanso. Então, lhe disse Moisés: Se a tua presença não vai comigo, não nos faças subir deste lugar” (Êxodo 33.14-15).

Jamais chegaremos lugar algum sem a presença de Deus. No deserto a nuvem era a presença de Deus durante o dia e a noite como fogo.
Hoje o Espírito Santo é a presença real de Deus na vida do crente.

3. E me preserves do mal.
Quando Jabez viu Deus lhe abençoando, as suas fronteiras estavam aumentando e mão de Deus estava sobre ele, então Jabez compreendeu que o inimigo iria começar atacar. Por isso ele fez este último pedido dizendo: “e me preserves do mal”.

Quando Deus começa a te abençoar e alargar as tuas fronteiraras, o diabo fica feroz porque ele não gosta de perder terreno. Por isso ele envia os vendavais para derrubar a tua tenda.
Por isso Jesus na oração do Pai nosso Jesus diz: Me guarde do mal, ou seja, me preserve do mal; livra me da tentação, do mal, do pecado.

Jamais iremos receber as as bençãso do Senhor Deus num estilo ou a conjuctura religiosa, mas o caminho para recebermos as bençãos do Pai celeste depende de inteiramente de nossa intimidade através da santificação, fidelidade, oração persistente e como estamos louvando e adorando Seu nome. Através da oração temos livre acesso ao Pai. Por isso o verdo 10 diz: “E Deus lhe concedeu o que tinha pedido” (v. 10) e ele se tronou “…o mais ilustre do que todos os seus irmãos” (v. 4).

Pr. Elias Ribas
Igreja Ev. Assembléia de Deus
Blumenau - SC

terça-feira, 23 de junho de 2009

ANDAR COM JESUS


At 4.13 “Ao verem a intrepidez de Pedro e João sabendo que eram homens iletrados e incultos, admirarem-se; e reconheceram que haviam eles estado com Jesus”.

Introdução: Pedro e João, eram dois pescador que Jesus escolheu para Seus discípulos. Eram homens iletrados leigos, em comparação aos doutores da Lei da época. O homem pode ser iletrado, mas quando ele tem um encontro com o Senhor Jesus e anda com Ele acontecem coisas tremendas na sua vida.

Com quem tu andas: Há um provérbio popular que diz: “Me diz com quem tu andas e te direi quem és”. Uma companhia pode ser boa, como também pode ser má. O cristão deve saber escolher seus amigos e companheiros para ter uma vida salutar. Mas a melhor companhia nesta vida é andar com Jesus. Mas quais as características de um homem poder andar com Jesus?

I. APRENDEMOS A HUMILDADE Mt 11.28 Jesus diz: “Tomai sobre vós o meu jogo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma”. 1ª Pe 5.5b “Porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes”.

A humildade deve estar dentro do coração e deve ser uma caracteristicas de um verdadeiro cristão. Vejamos o que aocntece ocom aqueles que possuem este atributo:

A. São olhadas por Deus: Sl 138.6 “Ainda que o Senhor é excelso, atenta para a humildade; mas ao soberbo conhece-o de longe”. Is 66.2 diz o Senhor: “É para este que olharei: para o humilde e contrito de espírito, o que trema da minha palavra”.

B. São ouvidas por Deus: Sl 9.12 diz o salmista Davi “...e lembra-se dele, não se esquece do clamor dos aflitos”.

C. Estão na presença de Deus: Is 61.1 “O Espírito do Senhor Jeová está sobre mim, porque o Senhor me ungiu, para pregar boas novas aos mansos: enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar a liberdade aos cativos e abertura da prisão aos presos”.

D. São bem-aventurados: Mt 5.3 “Bem-aventurados os pobres de Espírito, porque deles é o reino dos céus”. Pv 16.19 “Melhor é ser humilde de espírito com os mansos, do que repartir o desposo com os soberbos”.

E. São exaltados por Deus: Mt 18.4 “Portanto, aquele que se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no reino de Deus. Porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes”. Tg 4.6 “Deus resiste aos soberbos...”

F. São grandes no Reino de Deus: Mt 18.4 “Portanto, aquele que se tornar humilde como este menino, este é o maior no reino de Deus”.

G. São honrados: Pv 29.23 “A soberba do homem o abaterá, mas o humilde de espírito obterá honra”.
H. São sábios: Pv 11.2 “Vindo à soberba, virá também afronta; mas com os humildes está a sabedoria”.I. Fazem parte do povo de Deus: Sf 3.12 “Mas deixarei no meio de ti um povo humilde e pobre, e eles confiarão no nome do Senhor”.

II. ELE TRANFORMA SUA VIDA.
Pedro era bravo, cortou a orelha do filho do sacerdote; Negou Jesus por três vezes, mas no dia do pentecostes em At 2, diz que todos foram cheio do Espírito Santo e como um vento veemente impetuoso e como línguas repartidas de fogo desceram sobre cada um deles. A vida deles foram transformadas e todos falavam novas línguas. Na primeira pregação de Pedro se converteram quase três mil almas ao Senhor. Isto é andar com Jesus.

III. RECEBE PODER
At 1.8 “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra”.

IV. TEM QUE NEGAR A SI MESMO
Mt 16.24 “Então, disse a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue, tome a sua cruz e siga-me”. Lc 9.23 “Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome sua cruz e siga-me”.

V. SOMOS ILUMINADOS POR JESUS
Jo 8.12 Jesus diz: “Eu sou a luz do mundo quem me segue não andaras em trevas, pelo contrário, terás a luz da vida”.Jesus é a luz a força, e quem estiver com está ligado nele e tem a iluminação Dele. Em Mt 5.14 Jesus diz: “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte”. Fl 2.15 Paulo diz: “Para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo”.

VI. ELE NOS CAPACITA
Mt 11.29 Jesus diz: “Tomai sobre vós o meu jogo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma”. 1ª Pe 3.18 “Antes crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A Ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno”.

VII. SOMOS IMORTALIZADOS
Teu nome está escrito no livro da vida. Jo 6.47, 54 “Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna”. 54 “Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia”. Jo 8.51 “Em verdade em verdade vos digo: Se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente” Jo 11.25, 26 Disse lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida,. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá. E tudo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês tu isto?

Conclusão: É glorioso e muito maravilhoso andar com Cristo, pois nEle apreendemos a humildade, somos iluminados, recebemos capacitação, recebemos poder e somos imortalizados, ou seja, vamos receber a vida eterna. Ele transforma nossa vida numa nova criatura.

Pr. Elias Ribas

sexta-feira, 12 de junho de 2009

JESUS CRISTO É A PEDRA PRINCIPAL


Mt 16.18-19 Também Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus: o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.

Foi com referência a esta solene assembleia que Jesus disse: “Edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.

INTRODUÇÃO. Jesus Cristo é a pedra basilar da Igreja, que está edificada por meio dos ensinamentos dos apóstolos e do testemunho dos profetas.

“Sobre esta pedra edificarei a minha igreja”. Na primeira leitura do texto se depreende que o apóstolo Pedro seria a pedra fundamental sobre a qual a igreja haveria de ser erguida, porém, como toda a Bíblia depõe contra esta primeira leitura, certo é que este é o caso de uma análise na regra da hermenêutica, pois o apóstolo Pedro não era a pedra fundamental (pedra de esquina), antes o próprio Cristo, como o próprio apóstolo atesta em uma de suas epístolas. Jesus refere-se a Si como Pedra Principal, e Rocha não a Pedro.

I. O SIGNIFICADO DA PALAVRA PEDRO E CEFAZ

1. O significado da palavra Pedro. A palavra Pedro no grego é um substantivo masculino, “Petros”, que significa pedra pequena e móvel, ou fragmento de rocha. Pedra no grego é um substantivo feminino, “Petra” que é Rocha Grande e Firme.

2. O significado de Cefas é “pedra”. Cefas é o outro nome pelo do qual o apostolo Pedro é chamado na Escritura (Jo 1.42; 1ª Co 1.12; Gl 2.9; etc.).

No texto bíblico do Novo Testamento em português, o nome Cefas traduz a transliteração grega Kephas do aramaico Kepa, uma palavra que significa “pedra” ou “rocha”.

A Bíblia registra que o nome Cefas foi dado ao apóstolo Pedro pelo próprio Senhor Jesus Cristo. Na verdade, o nome hebraico de Pedro era Simão, provavelmente uma variação do nome hebraico Simeão que vem de uma raiz cujo significado é “ouvir”.

O texto bíblico diz que quando o apóstolo André levou o seu irmão Simão até Jesus, o nosso Senhor olhou para ele e disse: “Tu és Simão, filho de Jonas; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro). (João 1.42). Portanto, Pedro ou Cefas tem o mesmo significado que é pedra pequena ou rocha.

II. PEDRO É A PEDRA REPRESENTATIVA, PORQUE OUTROS APÓSTOLOS TAMBÉM O SÃO

Várias interpretações se têm dado ao vocábulo “pedra” registrado no versículo 18 do cap. 16 de Mateus.

Os romanistas, por exemplo, costumam afirmar que a pedra é o próprio Pedro, sobre o qual é edificada a Igreja de Cristo. O Novo Testamento se opõe a esse gravíssimo erro. Pedro é apenas uma das pedras do fundamento. Jesus é a Rocha e Pedra de esquina do Cristianismo.

1. Oficio profético dado por Jesus a Pedro. “...e sobre esta pedra edificarei a minha igreja...” Essa atribuição de um novo nome a Simão estava diretamente relacionada à grande obra que Deus haveria de realizar em sua vida. Ao dizer que Simão seria chamado Cefas, Jesus agiu em seu ofício profético, ou seja, olhando para o futuro o Senhor Jesus Cristo viu a grande transformação que ocorreria em Simão. Essa transformação seria tão profunda que o impulsivo Simão se tornaria uma rocha sólida, e ficaria conhecido por toda a história como Cefas; especialmente pela forma grega desse nome, Petros, isto é, “Pedro”.

Isso quer dizer que quando Jesus deu a Simão o nome Cefas, Ele estava predizendo o que a graça divina haveria de realizar no coração e na vida daquele discípulo (Hendriksen, 1953).

2. Os apóstolos e profetas são fundamentos. Ef 2.20 “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo Ele mesmo, Cristo Jesus, a Pedra Angular”.

3. Todos os cristãos são “pedras vivas”. 1ª Pe 2.4-8 “E, chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa.”

4. Pedro apenas é um líder proeminente entre os apóstolos. Lucas 22.24-27 “E houve também entre eles contenda, sobre qual deles parecia ser o maior. 23- E ele lhes disse: Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores. 24- Mas não sereis vós assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve. 25- Pois qual é maior: quem está à mesa, ou quem serve? Porventura não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve.”

Qual deles deveria ser o maior. Os apóstolos, em comum com os judeus em geral, supunham que o Messias viria como um príncipe temporal, e à maneira de outros príncipes da terra – é claro, que ele teria oficiais de seu governo, ministros de estado, etc. O argumento deles foi fundamentado nessa expectativa, e eles estavam disputando qual deles deveria ser levado ao mais alto cargo. Eles já tiveram uma disputa semelhante. Ver Mateus 18.1; Mateus 20.20-28. Nada pode ser mais humilhante do que o fato de os discípulos terem tido “tais” contendas, e em tal tempo e lugar. Que, assim como Jesus estava contemplando sua própria morte e trabalhando para prepará-los para isso, eles deveriam se esforçar e disputar cargos e posições, mostra quão profundamente está o amor pelo poder; como a ambição encontrará seu caminho nos lugares mais secretos e sagrados; e como até os discípulos do manso e humilde Jesus são às vezes atuados por esse sentimento mais baixo e perverso.

5. Pedro foi mandado, enviado por outros apóstolos, e obedeceu. “Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João (At 8.14).

Chegando lá os apóstolos oraram para que as pessoas recebessem o Espírito Santo, pois isso não havia acontecido ainda.

6. Pedro não é vigário de Cristo na terra. 1ª Pe 5.1 “Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar.”

“...que sou também presbítero...”. Pedro se via no mesmo patamar que o resto dos presbíteros. Participante é a palavra-chave da epístola aos Hebreus (Hb 3.1,14). Ela nos mostra que faremos parte do Reino de Cristo quando Ele voltar (Rm 8.17; Ap 2.26-28; 5.9,10). Pedro já sentia que em parte estava participando da glória que um dia ele experimentaria totalmente.

7. O Espírito Santo é o Vigário de Cristo na terra. João 14.16,17 “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; 17- O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós. 26- Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.”

III. JESUS É QUEM EDIFICA A IGREJA

1. Qual é a identidade da verdadeira Igreja apresentada por Jesus? Quais suas principais características? Quem é seu fundador? A verdadeira Igreja do Senhor não conhece outro legislador além de Cristo e descobre que seu gozo mais elevado na terra consiste em saber sua vontade e fazê-la. Sua maior glória no futuro será tornar-se semelhante a seu Senhor (1ª Jo 3.1-3). Vestida da justiça de Cristo, cheia de seu amor, revestida de seu Espírito e cumprindo sua vontade, a Igreja eleva os seus olhos ao céu, esperando a volta daquEle a quem ama (1ª Ts 1.9,10).

2. É Jesus quem edifica a igreja. Ele disse “Eu edificarei a minha igreja...” Nenhum líder espiritual tem capacidade ou talentoso para edificar a Igreja. Às vezes fico impressionado com alguns que dizem que Pedro é o líder da Igreja. Deveríamos ficar impressionados/as com Jesus. É ele quem edifica a Igreja.

3. A Igreja pertence a Jesus. Ele disse “a minha igreja”. Logo, se for minha ou sua, então não é igreja. Se for igreja, pertence a Jesus. Lembre-se de que foi Jesus que morreu pela igreja, não foi o pastor, bispo ou papa!

4. Jesus é a Cabeça da igreja. Efésios 5.23 “Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo.”

Efésios 1.20-23 “Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus. 21- Acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro; 22- E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, 23- Que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.”

O apóstolo Paulo afirmou que a igreja pertence a Deus e que ela está sujeita a Cristo, sendo a igreja o seu corpo. O apóstolo Paulo demonstrou que faz parte do corpo de Cristo na condição de servo.

“Á igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso.” (1º Coríntios 1.2).

IV. JESUS É PEDRA PRINCIPAL

1. O que significa Pedra angular principal. No grego é akrogoniaios. Pedra angular da fundação.

2. A pedra é Cristo. Na resposta de Jesus (v. 1 8), podemos ver que Ele próprio é a pedra sobre a qual a Igreja está assentada. Quando Ele disse: “Tu és Pedro”, usou a palavra petros que quer dizer “pedrinha” ou “fragmento de pedra”, que pode ser removida. De fato, Pedro demonstrou certa fragilidade, em sua personalidade. Numa ocasião, deixou-se usar pelo inimigo (Mc 8.33); num momento crucial, negou Jesus três vezes (Mt 26.69-75). Por isso, quando Jesus disse: “sobre esta pedra edificarei a minha igreja”, Ele utilizou a palavra petra que tem o significado de rocha inamovível, e não petros que é “fragmento”.

3. Jesus é pedra angular. Lucas, o médico amado, registrou um discurso do apóstolo Pedro em que é demonstrado que Jesus é a pedra angular:

“Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” (At 4.11 -12).

Na arquitetura antiga, a construção de um edifício requeria uma pedra angular. Ela é traduzida como a “pedra mais importante” ou “pedra principal”. Ela era posta no canto do prédio para sustentar o alicerce, firmar e unir toda a estrutura e manter as paredes em linha certa. Para que se tenha uma ideia dessa dimensão, em uma das escavações no local do templo em Jerusalém, foi encontrado um monólito com cerca de 12 metros de comprimento.

A pedra angular é o elemento essencial que dá existência àquilo que se chama de fundamento da construção.

No cristianismo, a Pedra Angular é simbolicamente representada por Jesus Cristo, o filho de Deus. Em diversas passagens da Bíblia Sagrada há referências sobre a pedra angular.

No Livro dos Salmos, capítulo 118, versículo 22, há uma metáfora sobre os construtores (a nação judaica) rejeitarem o mais importante elemento na construção do templo espiritual (Jesus Cristo, o Messias), conforme se lê: “A pedra que os edificadores rejeitaram, essa foi posta como pedra angular”. A Pedra Angular escolhida por Deus para edificar a Igreja, conforme a planta divina, foi Jesus Cristo.

Portanto, uma pedra angular na construção de um edifício é a base sólida que ele necessita para conseguir chegar à altura programada, sem cair. Para um cristão, Jesus Cristo é essa base fundamental na qual se assenta toda a construção da Igreja, formada por todos aqueles que acreditam na Palavra de Deus.

4. Jesus a pedra Viva. Quando surge uma dúvida, o melhor é perguntar à pessoa envolvida. Pedro, quem é a Pedra?” Ele (Cristo).

“E, chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa. 5- Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo. 6- Por isso também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido. 7- E assim para vòs, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, a pedra que os edificadores reprovaram, essa foi a principal da esquina. 8- E uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, para aqueles que tropeçam na palavra, sendo desobedientes; para o que também foram destinados.” (1ª Pd 2.4-8).

Por falta de beleza ou tamanho, ela foi deixada de lado ou considerada imprópria como pedra angular. Isso representa o Senhor Jesus, proposto aos judeus como fundamento ou pedra angular sobre a qual construir a igreja, mas rejeitado por eles – os construtores – por causa de sua falta de beleza ou beleza; isto é, do que eles consideravam agradável ou desejável (Isaías 53.2-3).

5. A Pedra que os construtores rejeitaram. Lucas 20.17 “Mas ele, olhando para eles, disse: Que é isto, pois, que está escrito? A pedra, que os edificadores reprovaram, essa foi feita cabeça da esquina.”

Jesus Cristo nosso Senhor e salvador, é a ‘pedra viva’ conforme citou o apóstolo Pedro e conforme escreveu o salmista Davi: “A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a pedra angular” (Sl 118.22). Embora os homens tenham reprovado a Cristo, a pedra viva aprovada por Deus, para Deus Ele é a pedra eleita e preciosa.

Jesus mesmo diz nos Seu evangelho que Ele é a pedra principal. Mt 21.42 “Nunca leste nas Escrituras; A pedra que os edificadores rejeitaram, essa se tornou a Pedra Angular; o Senhor fez isto, e é maravilhoso aos nossos olhos”.

A pedra. A figura é tirada da construção de uma casa. A principal pedra para o tamanho e a beleza é a que geralmente é colocada como a pedra angular.

6. Na tipologia no Velho Testamento. 1ª Co 10.4 “E beberam todos da Pedra espiritual que os seguia e a Pedra era Cristo”.

A rocha da qual saiu água para matar a sede dos israelitas (Êx 17.6; Nm 20.7-11; Sl 78.15-16). Alguns mestres judeus diziam que essa rocha acompanhou o povo durante as viagens pelo deserto. Segundo Paulo, a rocha era espiritual, ou seja, foi através dela que Deus preservou a vida de seu povo. Nesse sentido, era a presença do próprio Cristo entre o povo de Deus daquele tempo.

7. Jesus é a pedra vaticinada pelo profeta Isaias. Is 28.16 “Portanto assim diz o Senhor Deus: Vede, assentai em Sião uma pedra, uma já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme e fundada; aquele que crer não será confundido.”

Isaías era também chamado profeta Messiânico, porque o alvo de suas profecias era o Messias, aquele tão aguardado pelo povo de Israel.

Colocar uma pedra angular em Sião significa que seu reino seria fundado em uma rocha e estaria seguro em meio a todas as tempestades que pudessem cair sobre ela.

O Targum (do Hebraico תרגום, no plural targumim) são as traduções, comentários em aramaico da Bíblia hebraica (Tanakh), processa isso: “Eu nomeio em Sião um rei, um rei forte, poderoso e terrível. Que a passagem diante de nós se refere ao Messias, não há dúvida. Ou seja, eu ponho uma base firme que nada pode mover. Eu a construo sobre uma rocha para que as tempestades e tempestades da calamidade não possam varrê-la: “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha” (Mt 7.24-25).

Romanos 9.33 “Como está escrito: Eis que eu ponho em Sião uma pedra de tropeço, e uma ROCHA de escândalo.”

De acordo com a passagem de Isaías, a pedra não serve somente como tropeço. Trata-se também de “uma pedra aprovada, uma preciosa pedra angular, solidamente assentada”, a saber, sobre Sião. O apóstolo Paulo continua dizendo aos Romanos 10.11 “Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido.”

Jesus Cristo mesmo vai dizer que que ouve e pratica as Suas Palavras serão comparados aquele que construiu a casa sobre a Rocha e vindo o vento e a tempestade não puderam destruí-la. (Mt 7.24-25).

E embora muitos tenha falhado e caído ao querem impor suas próprias ideias aos textos bíblico, o que não é permitido, ao examinarmos as Escrituras e mesmo como nossas limitações humanas vejo uma única mensagem cruzando de Genesis ao Apocalipse: Jesus Cristo, a Pedra Principal, Pedra Angular, Pedra de Tropeço e uma Rocha.

Daí a necessidade de conhecermos as Escrituras mais e mais.

V. JESUS É O FUNDAMENTO DA IGREJA

Coríntios 3.11 “Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele. 11- Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.”

Paulo se comparou a um prudente construtor. Trabalhava como um experiente e habilidoso mestre de obras, distribuindo as tarefas a cada operário. Mas a obra que realizava tinha o fundamento certo. Só existe um fundamento sobre o qual se pode erigir o edifício espiritual – Jesus Cristo (cf. 1ª Pe 2.4-8). Cada obreiro, porém, é responsável quanto ao modo como realiza a obra.

Jesus é o fundamento da Igreja somente por Ele é que o mundo deve ser salvo (At 4.10-12).

VI. JESUS É A BASE DA CONSTRUÇÃO

1. A edificação. Ef 2.20 “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo Ele mesmo, Cristo Jesus, a Pedra Angular”.

O apóstolo Paulo ilustra a maneira pela qual os efésios e todos os outros cristãos são admitidos à honra de serem concidadãos dos santos e da casa de Deus. Eles são construídos sobre o fundamento – eles são baseados na doutrina dos apóstolos e profetas. Assim, somos habilitados a distinguir entre uma igreja verdadeira e uma igreja falsa. Isso é da maior importância; pois a tendência ao erro é sempre forte e as consequências do erro são perigosas ao extremo. Nenhuma igreja se vangloria do nome mais alto do que aquelas que têm um título falso e vazio; como pode ser visto em nossos próprios tempos. Para nos proteger do erro, é assinalada a marca de uma igreja verdadeira.

Veja que o texto fala que fomos edificados sobre o Fundamento dos Apóstolos e Profetas. Ou quando vejo isso vejo a história da humanidade ser escrita e vivida para que o Propósito Eterno de Deus de salvar o homem se cumpra.

A nomeação de Jesus de Nazaré para ser o fundamento da Igreja é provada por milagre e profecia como obra de Deus.

O próprio Cristo, a única Fundação verdadeira, foi o grande assunto de seu ministério e a fonte de sua vida. Como um com Ele e Seus companheiros de trabalho, eles também, em um sentido secundário, são chamados de “fundamentos” (Ap 21.14). Os “profetas” estão unidos a eles de perto; pois a expressão é aqui não “fundamentos dos apóstolos e dos profetas”, mas “fundamentos dos apóstolos e profetas”.

O fundamento é um só, logo, os responsáveis por revelar este fundamento são uma unidade (TAYLOR, 2000, p. 203-204), são os agentes divinos da revelação do evangelho, que trata de Jesus, a pedra de esquina, a pedra angular ou a pedra fundamental.

Os Profetas já anunciavam a necessidade de nos voltarmos para Deus, de nos arrependermos e de nos mantermos firmes com o Senhor.

O Apóstolos. Que nos transmitiram a mensagem e o Evangelho de Jesus Cristo. Retratados no NT.

Essa referência também se adequa exatamente à conexão. A estabilidade do reino de Deus na terra repousa sobre o Messias. Deus havia decidido mandá-lo; e, consequentemente, em meio a todas as agitações e revoluções que poderiam ocorrer entre seu povo antigo, essa promessa era certa, e certa que Ele viria e que sua igreja seria preservada.

VII. O REINADO DE CRISTO JESUS

Daniel 2.44,45 “Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre. Da maneira que viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro; o grande Deus fez saber ao rei o que há de ser depois disto. Certo é o sonho, e fiel a sua interpretação.

1. O sonho de Nabucodonosor. Nabucodonosor viu, em seu sonho, uma Pedra vindo do céu e atingindo a estátua nos pés. Mas o que ela representa? O Reino de Deus, através de Jesus Cristo, que será implantado em breve, cuja capital será Jerusalém. Em várias partes da Bíblia Jesus é comparado a uma Rocha, uma Pedra para edificação e proteção do seu povo, mas também para destruição dos seus inimigos.

2. Este reino é proveniente do céu. O versículo 34 diz: “Uma pedra foi cortada sem auxílio de mãos” No evangelho segundo Mateus 21.42-44, temos a explanação da profecia da Pedra, dada por Jesus, que é a própria Pedra. A Pedra rejeitada por Israel (At 4.11; Lc 19.14; 1ª Co 10; 1ª Pe 2.4; Ef 2.20).

A Pedra esmiuçará as nações (2.44): “aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó”. Isto é futuro, e refere-se ao Senhor Jesus na Sua vinda em glória, com os santos (a Igreja) e os anjos para esmiuçar (quebrar) as nações e estabelecer o seu reino.

O salmista já fazia suas predições dizendo: “Tu os esmigalharás com vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro. Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra servi ao Senhor com temor, e alegrai-vos com tremor” (Sl 2.9-11).

Uma montanha nada mais é do que barro e pedra sob diferentes formas. Isto fala de Jesus que nasceria como homem aqui na terra (Is 53.3), sem intervenção humana, isto é, sendo gerado pelo Espírito Santo, e não pelo homem. Algo idêntico ocorrerá quando o Reino de Deus for estabelecido aqui brevemente, ou seja, sem auxílio humano. Sua conquista não será efetuada por armas carnais: “E então será revelado o iníquo (Anticristo), a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor de sua vinda” (2ª Ts 2.8).

Quanto à expressão “sem o auxílio de mãos” quer dizer, sem o auxílio de mãos humanas (cf. Dn 8.25). A pedra bateu violentamente nos pés da estátua e esmiuçou-a. Quatro vezes está dito que a pedra esmiuçou a imagem (Dn 2.34, 40, 44, 45). Portanto, o mundo não findará convertido pela pregação do Evangelho, e sim destruído com violência sobrenatural na vinda de Jesus. Isto ocorrerá em Armagedom, no tempo do domínio mundial das nações confederadas sob o governo do Anticristo (Ap 17.11-13; 19.11-21).

A pedra que feriu a estátua nos pés, e em seguida destruiu a cabeça, o peito, o ventre e as pernas (2.34). Isto indica que todas as formas de governo representadas por estas partes da estátua, existirão sob a Besta, no futuro que será destruída por Cristo onde será implantado Seu governo por mil anos. Ainda que o Império do Anticristo se reerga, Cristo o destruirá. Nosso Senhor é Aquela pedra que, sem esforço humano, abateu-se sobre a estátua vista por Nabucodonosor.

Hoje a Nova Ordem Mundial está montando o palco para o Anticristo. Note que A estatuado sonho de Nabucodossor  começou como uma obra grandiosa e fina, e terminou em pó (2.35). A pedra começou com uma pedra diminuta, mas depois encheu o mundo inteiro: “encheu toda a terra”. Isto mostra a magnitude e poder de Cristo.

A profecia de Daniel afirma: “Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais fizeram-se como a pragana das eiras no estio, e o vento os levou, e não se podia achar nenhum vestígio deles; a pedra, porém, que feriu a estátua tornou-se uma grande montanha, e encheu toda a terra” (Dn 2.35).

Os reinos do mundo (e todos os seus súditos) serão destruídos e soprados para muito longe, porém o reino da Pedra (e seus súditos) encherão a terra e reinarão para sempre.

O rei Nabucodonosor viu esta Pedra em seu sonho. A Pedra caiu do céu, atingia a grande estátua nos pés e transformava tudo em pó. Isto representa a Segunda Vinda de Cristo para estabelecer o Seu Reino na terra, após julgar e destruir seus inimigos.

O rei Nabucodonosor ficou estarrecido ao ouvir do profeta Daniel as revelações contidas em seu sonho. Tudo cumpriu-se exatamente como Deus planejou. Cabe a cada pessoas receber a mensagem do Reino e permitir que Ele se estabeleça em Sua vida.

“Nos dias desses reis...”, isto é, na época da unificação deste reino dividido, no tempo de formação deste último império, em outras palavras: em nossa própria época. O nosso tempo é a formação do reino dos dedos da estátua. Isto já está acontecendo. Agora só falta a pedra.

Portanto, desde Babilônia, está sendo cumprido hoje e será justamente neste período que se levantará o Anticristo (6 é o número do homem rebelde). O 7.º período (O REINO DE JESUS CRISTO) está aproximando-se velozmente. A Profecia é perfeita e a Matemática de Deus também.

VII. A CHAVE DO REINO ESTÁ COM CRISTO

1. A chave segundo a hermenêutica bíblica. “E Eu te darei as chaves do Reino dos céus” (Mt 16.19). Este versículo é aplicado de maneira, similares. Primeiro: a chave é sinal de autoridade concedida aos apóstolos e a Igreja e não somente ao Pedro.

Neste versículo Jesus não está dando a Pedro a chave da igreja ou do reino dos céus, e sim, Jesus está lhe dando poder em Seu nome. Chave é sinal de autoridade”.

1.1. Todo poder emana no nome de Jesus. “É me dado todo o poder nos céus e na terra” (Mt 28.18). Todo o poder nos céus e na terra, está nas mãos d’Aquele que venceu o império da morte e do inferno e ressuscitou ao terceiro dia para glória de Deus Pai. Este poder Ele dá para aqueles que creiam em Seu nome.

“Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada, absolutamente, vos causará dano” (Lc 10.19). Serpentes no judaísmo simbolizam os demônios; esta autoridade é uma proteção contra o poder satânico.

1.2. Esta autoridade é concebida a todos os cristãos. “E estes sinais seguirão aos que crerem: E em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas. Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão aos mãos sobre os enfermos, e os curarão” (Mc 16.17).

Jesus não prometeu autoridade somente para os apóstolos. Todavia, Ele disse que os sinais seguirão aos que creem, e, em Seu nome receberão poder, autoridade (chave) para operar essas maravilhas.

“E estes, porém foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais, vida em seu nome” (Jo 20.31). “Na verdade, vos digo que aquele que crê em Mim também fará as obras que Eu faço, e as farás maiores do que estas, porque, Eu vou para meu Pai. 13- E tudo quanto pedires em meu nome Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho” (Jo 14.12-13).

A chave representa a mensagem e o poder do evangelho e do nome de Jesus diante do mundo pecador. Evangelho no gr. significa “as boas novas de salvação”.

Para os cristãos receberem a promessa e o revestimento de poder, era necessário ficar em Jerusalém, pois esta era a ordem de Cristo para Sua Igreja. “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.49). Antes de Jesus ser assunto ao céu repetiu a mesma ordenança aos Seus discípulos dizendo: “Porém, quando o Espírito Santo descer sobre vocês, vocês receberão poder e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judia e Samaria e até nos lugares mais distantes da terra” (At 1.8; NTLH).

No dia do pentecoste, 120 pessoas (a Igreja) estavam reunidos no mesmo lugar aguardando descida do Espírito Santo que era a promessa de Jesus.

“Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem” (At 2.1-4).

Ao descer o Espírito Santo no dia do pentecoste, a Igreja foi revestida do poder e da autoridade do Espírito Santo, para que em nome de Jesus fosse pregado o Evangelho de salvação a toda criatura. Sem este poder, eles não poderiam cumprir o “Ide de Jesus” (Mt 28.19-20).

Foi nesse poder que o apóstolo Paulo disse: “Mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus” (1ª Co 1.24).

Sem está chave deixada por Cristo nem os apóstolos poderiam usá-los. O apóstolo Pedro representa a essencial honra que lhe foi concedida: a de ser o primeiro a anunciar o Evangelho aos judeus (no pentecoste) e aos gentios (na casa de Cornélio), tendo sido o Espírito Santo dado do céu em cada uma dessas ocasiões. Pedro mesmo descreve seu privilégio assim: “Deus me elegeu dentre vós, para que os gentios ouvissem da minha boca a palavra do Evangelho, e cressem” (At 15.7). Assim ele anunciou o perdão de pecados a todos os que creem. Deus confirmou do céu o perdão que todos os seus servos podem declarar sobre a terra (v. 19; 18.18; Jo 20.23). Curou muitos enfermos e operou muitas maravilhas”.

Pedro e João foram os primeiros apóstolos a usarem autoridade do nome de Jesus: “Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho te dou. Em nome de Jesus Cristo, o nazareno, levanta-te e anda” (At 3.6).

Mediante a fé e o poder do nome de Jesus, a Igreja está autorizada a usar está poderosa arma contra as hóstias infernais da maldade.

2. O ministério da absolvição dos pecados “é o poder especial que Cristo. A interpretação mais coerente que se pode fazer desta questão é aquela que diz que qualquer ministro do evangelho, ao pregar, cria com isso circunstâncias que levam os pecados das pessoas a serem perdoados ou retidos. Ou seja, Jesus diz: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.” (Mc 16.15,16).

Assim sendo, todos os creem e são batizados, que exercem o sacerdócio geral, tornaram-se instrumentos de Cristo; porém, de alguma maneira, isso teve base no ministério original dos apóstolos. O perdão de pecados não pertence ao indivíduo, em si mesmo, mas Cristo outorga essa autoridade àqueles que observam seus ensinamentos, atuam na sua causa e pregam a Palavra de Deus. A aceitação ou rejeição dessa mensagem pelas pessoas que a ouvem é que determina o perdão ou ausência de perdão dos pecados.

A igreja tem a incumbência de pregar o evangelho aos perdidos e às pessoas que se arrependem e não os perdoar a quem não se arrepende”. Esse poder vem do Espírito Santo e não é exclusividade dos líderes da Igreja. João 16.7,8 “Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei. 8- E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.”

Do pecado porque ele revela ao mundo que o pior de todos os erros é rejeitar a Cristo. Sem Cristo não há oportunidade de salvação e nem esperança verdadeira. Da justiça porque somos pecadores e não há justiça real em nós. Se tornamos justos depois que o Espírito Santo aplica a justiça de Cristo em nós (Rm 4.25). Do juízo porque Cristo recebeu em nosso lugar o juízo devido e assim venceu a Satanás (1ª Jo 5.4).

3. O Batismo nos integra no sacerdócio geral. “Quem crer e for batizado será salvo...” Nele somos presenteados com o Espírito Santo e, portanto, empoderados para essa missão. Anunciar a graça de Deus é da competência de todo o cristão batizado. Afinal, somos justificados por graça, mediante a fé.

O batismo é uma ordenança clara de Jesus para todo aquele que n’Ele crê. O batismo é um ato público de fé.

“Esta é a razão porque não batizamos e nem tampouco validamos o batismo de crianças; é necessário crer primeiro e então se batizar. Obedecemos o princípio bíblico de consagrar os filhos ao Senhor, mas só os batizamos depois que puderem crer e professar sua fé.

O batismo segue a fé que nos leva à salvação, mas ele em si não é um meio de salvação. Que o diga aquele ladrão que foi crucificado com Cristo e a quem Jesus disse que estaria com ele ainda aquele dia no paraíso (Lc 23.39 a 43); ele somente creu e nem pôde ser batizado, mas não deixou de ser salvo por isto. O batismo, portanto, não salva, mas nem por isso deixa de ser importante e necessário; aquele ladrão não tinha condições de passar pelo batismo, mas alguém que crê deve obedecer à ordenança de Cristo e ser batizado, caso contrário estará em deliberada desobediência a Deus, o que poderá impedir-lhe de entrar para a vida eterna.” [Luciano Subirá. http://www.orvalho.com/ministerio/estudos-biblicos/o-batismo-nas-aguas-por-luciano-subira/ - Acesso dia 16/06/2021].

4. Quem tem a chave do Reino dos Céus. Jesus é quem vai responder está pergunta: “E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.” (Apocalipse 1.18).

A palavra traduzida por “inferno” no grego é “αδης” “hades” e se refere apropriadamente ao submundo; a morada dos espíritos, a região dos mortos.

Jesus é que tem a chave da morte e do inferno, em outras palavras da morada dos mortos. Aqui se fala do poder de Jesus sobre todas as coisas criadas e que Jesus tem o poder sobre a própria morte, que ele venceu pela ressurreição. Para todo o ser humano a morte parece ter poder amedrontador para o ser humano. O texto quer dizer que a vitória sobre a morte vem por Jesus e Dele vem a vida que dura para toda a eternidade. Se os seguidores de Cristo Jesus nele acreditarem, não terão mais motivos para temer nada, mesmo a morte que os perseguidores espalham nas comunidades. João 5.24 “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.”

Porque Jesus usou este termo figurativo? A imagem das chaves da morte, é expressão corrente nos escritos judaicos e encontramos nos textos targúmicos assim expressos: falam de um personagem glorioso que possui poder e exercita o domínio: mas o alcance deste domínio caracteriza o poder de Deus (conforme Doglio Claudio, Apocalisse, San Paolo Milano, pág.46). Ter as chaves do hades representava ter o poder sobre o mundo invisível. Era o termo mais adequado para que o Salvador deve representar a Si mesmo como tendo esta autoridade, como Ele próprio tinha sido ressuscitado dentre os mortos pela Sua própria força (cf. Jo 10.18), mostrando assim que o domínio sobre este mundo escuro foi confiado a Ele.

5. A chave é símbolo de Poder. “É me dado todo o poder nos céus e na terra. Todo o poder está nas mãos daquele que venceu o império da morte e dos infernos, e este poder Ele dá a qualquer um que com fé deseja usar o seu nome”. (Mt 28.18).

Todo poder é dado a mim no céu e na terra. O “Filho de Deus”, como “Criador”, tinha o direito original de todas as coisas, de controlá-las e eliminá-las. (Ver Jo 1.3; Cl 1.16-17; Hb 1.8). Mas o universo é colocado sob Ele mais particularmente como Mediador e Remidor de Seu povo; para que Ele possa reunir uma igreja e defender Seus escolhidos; para que Ele subjugue todos os seus inimigos e os derrube dos vencedores e mais do que dos vencedores (Ef 1.20-23; 1ª Co 15.25-27; Jo 5.22-23; Filemom 2.6-11. É com referência a isso, sem dúvida, que ele fala aqui poder ou autoridade comprometida com ele sobre todas as coisas, para que Ele possa resgatar, defender e salvar a igreja comprada com seu próprio sangue. Seu governo mediador se estende, portanto, ao mundo material, aos anjos, aos demônios, aos homens maus e ao seu próprio povo.

6. Este poder Ele deus a Sua Igreja. Mc 16.17 “E estes sinais seguirão aos que crerem: E em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas. 18- Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão às mãos sobre os enfermos, e os curarão.

A palavra “seguirão” aos que creem, está no Aoristo do grego, que significa continuo até os confins dos séculos. Portanto, Ele mandou ficar em Jerusalém: “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.49).  Com a finalidade de evangelizar o mundo perdido: Atos 1.8 “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.”

O texto escrito por Lucas foi pronunciado por Jesus entre sua ressurreição e sua ascensão. Jesus subiria para o céu e derramaria o seu Espírito sobre a igreja. A igreja não deveria sair para cumprir a grande comissão sem antes ser capacitada com poder. Mas no dia do pentecoste cumpriu-se a profecia de Jesus (At 2.1-5).

VIII. AS PORTAS DO INFERNO NÃO PREVALECERÃO

1. “...e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mt 16.18). É uma figura de linguagem que aponta para a morte, para a condenação. Jesus está falando aqui da Sua vitória sobre a morte. Sendo Ele um vitorioso, aqueles que O seguem também serão vitoriosos com Ele. Isso nos indica que apesar da morte física ser uma realidade que o pecado trouxe ao mundo, que os crentes em Jesus podem até ser mortos por perseguições do maligno (como de fato acontece muitas vezes), temos que a obra realizada por Jesus vence a morte em todos os sentidos: “Fiel é esta palavra: Se já morremos com ele, também viveremos com ele; se perseveramos, também com ele reinaremos; se o negamos, ele, por sua vez, nos negará;” (2ª Timóteo 2.11-12). Por isso, as portas do inferno (todo o poder da morte) não têm vitória definitiva contra os servos de Deus. Assim como Jesus, os servos do Senhor morrem fisicamente, mas não eternamente!

As portas do inferno representam Satanás e a totalidade do mal no mundo, lutando para destruir a igreja de Jesus Cristo.

Quando dizemos que a edificação da Igreja depende de levarmos o ataque até as portas do inferno, significa que somos nós que devemos nos mover, espiritualmente falando, através de orações e jejuns e, sobretudo, através da nossa adoração, que será sempre o nosso maior instrumento de batalha espiritual, e não apenas ficarmos na defensiva aguardando as investidas do inferno.

A bíblia declara que as portas do inferno não prevalecerão contra uma igreja que é ativa, e não omissa. Por isso, entendemos que devemos nos mover em direção a essas portas, e exercermos sobre elas o poder soberano de Cristo.

A igreja edificada por Cristo é vitoriosa. Não por méritos próprios, mas pelos méritos do Senhor Jesus! Ele a comprou com seu próprio sangue (At 20.28). Das mãos dele ninguém pode arrebatar os que fazem parte da Igreja verdadeira (Jo 10.29). Ele entregou a si mesmo para quitar a dívida do pecado (Gl 1.4). Todas essas verdades apontam para a realidade de que a Igreja fundamentada por Cristo, não pode ser derrotada nem pelo maligno, nem pela morte, nem por nada. Ainda que possa sofrer nesta terra, a Igreja de Cristo triunfa com Ele na vitória que Ele teve! É por isso que Apocalipse narra a derrota final de todos os inimigos: “Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo” (Ap 20.14). Apocalipse 20.10 também narra a derrota final do diabo!

CONCLUSÃO. Concluímos que Jesus é a Pedra Principal o fundamento de nossa vida, e que o Seu nome é uma chave poderosa para abrir as correntes e romper as cadeias que o diabo coloca sobre as pessoas; ele concede uma procuração para aqueles que fazem parte de Sua Igreja possam usar com ousadia. Amém.

O nome do senhor Jesus é uma chave poderosa que abre portas onde homem não pode abrir. Em Seu nome podemos abrir as correntes e romper as cadeias que o diabo coloca sobre as pessoas; Você como filho de Deus também pode usar está chave. Precisa apenas receber e crer neste maravilhoso nome. Ele concede uma procuração para eu e você, usar esse precioso nome. Jesus! Amém. Portanto devemos usar com fé e mediante Sua palavra.

Sobre a Cruz: Para o madeiro Jesus foi levado, por amor foi elevado aos olhos de todos e demonstrou mais uma vez a misericórdia. “A Cruz não foi uma eventualidade, mas uma necessidade.” Levado para o madeiro não ia para uma condenação, mas para uma construção, de nossa vida, de nossa fé.

Pr. Elias Ribas
Assembleia de Deus
Blumenau SC