Efésios 4.11-16 “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, 12- Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; 13- Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo,14- Para que não sejamos mais 15- meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.16- Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,17- Do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.”
INTRODUÇÃO. Neste estudo
veremos alguns assuntos relacionados ao ministério bíblico. Enquanto Jesus
esteve entre nós Ele exerceu um ministério, isto é, um serviço. Ele mesmo
deixou isso bem claro quando declarou que tinha vindo ao mundo para servir as
pessoas e não para ser servido (Mt 20.28). Esse é um princípio fundamental que
devemos levar em consideração ao refletirmos sobre a pessoa bendita do
Salvador. Desde a época de Jesus, e ainda hoje, muitas pessoas acham que ser
ministro, ter um ministério, é possuir um conjunto de regalias que as fazem
melhor que os outros; enquanto que de fato, um ministro é um servo.
No texto básico, o apóstolo Paulo pede aos
irmãos na condição de prisioneiro de Cristo, e não na condição de apóstolo (Ef
1.3). Paulo era prisioneiro de Cristo por causa dos gentios, e ele utiliza esta
condição para convencer os irmãos gentios a obedecerem às suas determinações.
Após trazer à lembrança dos cristãos a
nova condição em Cristo (Ef 2.5-6), Paulo pede a eles que se portem de forma
digna daquilo que haviam recebido.
Os cristãos foram chamados através do evangelho para assumirem uma nova posição em Cristo. Esta nova posição alcançada após aceitar o chamado do evangelho é denominada de vocação.
I. O SIGNIFICADO DA PALAVRA MINISTRO
“Assim, pois, importa que os homens nos
considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. Além
disso requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel.” (1ª Co 4.1-2).
O termo “ministros” é a tradução do grego hupêretas. Conforme o Dicionário VINE (2003, p. 791,
CPAD), significa literalmente “remador” (da fileira de baixo) (formado de hupo, “debaixo de”, e eretes, “remador”). A palavra hupêretas, significa, literalmente,
“remador inferior” ou “remador subordinado”.
O segundo termo em destaque no versículo acima é
“despenseiro”. Conforme VINE, idem, p. 800), traduzido do grego oikonómos, “denotava primariamente o
“administrador de uma casa ou propriedade” (formado de oikos “casa”, e nemo, “arranjar, organizar”), “mordomo”, que
normalmente era um escravo ou liberto (Lc 12.42; 16.1,3,8; 1ª Co 4.2).
Será que os que buscam ser reconhecidos
como ministros disso ou daquilo, estão dispostos a descer ao andar de baixo?
Estariam dispostos a ser reconhecidos, não como a elite do culto ou da igreja,
mas como aqueles aos quais o Senhor escolheu para humilhá-los para o bem da
igreja? Somente os que assumem a posição de servos e não de senhores da igreja,
que trocam o estrelismo pelo serviço anônimo e desinteressado é que são, de
fato, ministros de Cristo.
Os dons ministeriais são dadivas do Senhor
para o serviço espiritual na Igreja. Às vezes esses dons também são chamados de
“dons de ofício”, “dons de serviço” ou “dons de liderança”.
No texto de sua Carta aos Efésios, Paulo escreve que os dons ministeriais são resultantes da obra redentora de Cristo, incluindo sua humilhação e exaltação.
II. DONS MIMISTERIAIS
1. A organização dos ministérios. Atos 6.4 “Mas nós
perseveraremos na oração e no ministério da palavra.”
Em razão do crescente número de conversos, os apóstolos não mais tiveram condições de atender devidamente às demandas sociais da Igreja (At 4.4; 6.1). Era necessário organizar o ministério cotidiano. Se de início não havia necessitado algum, agora já apareciam as queixas de um segmento muito importante da irmandade: os gregos. Eram estes, segundo podemos depreender, israelitas provenientes da Diáspora. A Igreja em Jerusalém sentia, agora, as dores do crescimento. Somente as Igrejas que não crescem são poupadas de tais desconfortos. Como está o trabalho de assistência social de sua igreja? Todos estão sendo socorridos? O ideal é que, em nosso meio, ninguém seja esquecido (At 4.34).
Nesta organização inicial da igreja do Novo Testamento, dois ministérios estão listados: o ministério da palavra e oração (v. 4) e o ministério de satisfazer as necessidades físicas do povo, tal como servir à mesa (o diaconato). [Bíblia de Genebra].
Os dons ministeriais são dádivas do Senhor
para o serviço espiritual na Igreja. Às vezes esses dons também são chamados de
“dons de ofício”, “dons de serviço” ou “dons de liderança”. A lista clássica
dos dons ministeriais é aquela registrada pelo apóstolo Paulo em sua Carta aos
Efésios na qual ele menciona os apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e
mestres (4.11).
Os 5 dons ministeriais que Paulo escreve neste versículo, são resultados da obra redentora de Cristo, incluindo Sua humilhação e exaltação. Nesse sentido, o apóstolo escreve que após sua humilhação, Cristo “subiu acima de todos os céus, para encher todas as coisas. “E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres” (Ef 4.11).
Os
dons ministeriais são dadivas do Senhor para o serviço espiritual na Igreja. Às
vezes esses dons também são chamados de “dons de ofício”, “dons de serviço” ou
“dons de liderança”.
Ministério é usar o que Deus me deu para
servi-lo e para suprir as necessidades dos outros. Quando alguém é escolhido e enviado a uma missão
especial como representante autorizado de quem o envia.
Ministério é serviço. (Ef 4.7-8 Rm 12.6-8
1ª Co 12.4-5 Êx 31.2-5 At 13.2 Hb 6.10 Mt 25.35-40).São Dons doados por Cristo
a Igreja com o propósito de trabalhar juntos gerando:
1. Preparação do Povo de Deus ao trabalho
cristão;
2. Para o crescimento e desenvolvimento
espiritual do corpo de Cristo (Ef 4-11-16).
3. Capacitados a revelar a vontade de
Deus, encorajar e exortar;
4. Proclamam com ousadia a mensagem da
salvação em Cristo;
5. Capacitados para instrução e ensino da
Palavra de Deus;
6. Guiar, cuidar, tratar o rebanho local, ver além do rebanho.
2. Dons relacionados ao serviço cristão. Em Romanos 12 o apóstolo Paulo admoesta a igreja, lembrando-a de que o membro do Corpo de Cristo não pode se achar autossuficiente. Assim como um membro do corpo humano depende dos outros para exercer a sua função, na igreja necessitamos uns dos outros para o fortalecimento da nossa vida espiritual e comunhão em Cristo. Por isso, a categoria de dons apresentada em Romanos 12 traz a ideia da manutenção dessa comunhão dos santos, pois ao falarmos de serviços, subentende-se que quem serve está prestando um serviço para alguém. Observe os dons de serviço listados por Paulo em Romanos: Ministério (ofício diaconal), exortação (encorajamento), repartir, presidir e exercer misericórdia. Note que esses dons estão relacionados com uma ação em prol do outro, do próximo. Portanto, se você tem um dom, deve usá-lo em benefício da Igreja de Cristo na Terra.
3. Acerca dos dons ministeriais. A Epístola de Paulo aos Efésios classifica os dons ministeriais assim: Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores (4.11). Os propósitos de o Senhor concedê-los à Igreja, segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, são, em primeiro lugar, capacitar o povo de Deus para o serviço cristão; em segundo, promover o crescimento da igreja local; terceiro, desenvolver a vida espiritual dos discípulos de Jesus (4.12-16). O Senhor deu a sua Igreja ministros para servi-la com zelo e amor (1ª Pe 5.2,3). O ensino do Novo Testamento acerca do exercício ministerial está ligado a concepção evangélica de serviço (Mt 20.20-28; Jo 13.1-11), jamais à perspectiva centralizadora e sacerdotal do Antigo Testamento.
Nenhum membro do corpo de Cristo é autossuficiente, dependemos de Cristo, assim como dependemos uns dos outros. Para que a Igreja, o corpo de Cristo, seja edificada pelos dons ministeriais é necessário que eles sejam utilizados para o benefício de todos.
III. OS CINCO MINISTÉRIO PARA IGREJA
Deus oferece os recursos para vivermos o crescimento em unidade. Deus não pede a unidade sem nos oferecer os recursos necessários para tê-la. Deus nos equipou para construir e manter uma igreja unida, pois Jesus subiu aos céus e concedeu a graça (Ef 4.7-8). Depois de mostrar a sua submissão, cumprindo a missão que o Pai lhe deu dando exemplo do Ministério (Fp 2.5-11). Ele concedeu servos para edificar o corpo de Cristo. (Ef 4.11-12).
1.
Apóstolos. “E ele mesmo deu uns para apóstolos...”
A palavra
apóstolo traduz o grego apostolos, que significa “mensageiro” ou “enviado”.
O grego deriva do verbo apostellein, que significa “enviar”, “remeter”,
ou num sentido mais específico, “enviar com propósito particular”.
A Septuaginta
utiliza o grego apostolos para traduzir o hebraico shalah e seus
termos derivados. Já no Novo Testamento, esse mesmo termo grego aparece mais de
oitenta vezes, principalmente nos escritos de Lucas e Paulo.
A palavra
“apóstolo” também é aplicada ao próprio Senhor Jesus. O objetivo é indicar que
Ele é o enviado por Deus como Salvador de seu povo (Hb 3.1-6). Cristo foi
enviado para testemunhar do Pai, para fazer as suas obras e a sua vontade, e
revelá-lo ao mundo (cf. Jo 3.34; 5.37-47; 6.38; 7.28,29; 8.42).
No sentido mais
amplo, o termo apóstolo simplesmente preserva o significado primário de “enviado”
ou “mensageiro”. Por exemplo: nesse sentido a palavra apóstolo indica certas
pessoas que foram designadas a representar, de alguma forma, a causa de Cristo.
É assim que Barnabé, Silas, Apolo, Timóteo, Epafrodito, Andrônico e Júnias, por
exemplo, são chamados de “apóstolos”.
Nesses casos, tais pessoas são denominadas como apóstolos porque elas eram comissionadas e enviadas pela Igreja para desempenhar alguma tarefa na obra de Deus. Muitas vezes essa tarefa era servir literalmente de mensageiros ou representantes da liderança Cristã. Em outras palavras, nesses casos o termo “apóstolo” está designando uma função e não uma posição.
2. Profetas.
“... e outros para
profetas....”. Profeta (do hebr. Navi, do grego: πρoφήτης, prophétes ou profétés,
feminino profetisa), é aquele que fala por alguém; porta voz, atalaia. No
Antigo Testamento, a pessoa era devidamente vocacionada e autorizada por Deus
para falar por Deus e em lugar de Deus (Ez 2.1-10).
O ofício profético teve como
característica principal o da revelação progressiva do plano de Deus para com o
homem. O profeta era o porta-voz de Deus, aquele que revelava o desconhecido à
humanidade, o propósito divino para a restauração do homem. Neste sentido, o
ofício profético durou até João (Mt 11.13), pois, com a vinda de Cristo, o
próprio Deus Se revelou ao homem, de forma plena e integral (Hb1.1).
No Novo Testamento o ministério profético,
por sua vez, foi instituído por Cristo (Ef 4.7,11), para a Igreja, com o
propósito de ser o porta-voz de Deus não mais para a revelação do plano de Deus
ao homem, mas para trazer mensagens divinas ao Seu povo no sentido de encorajar
o povo a se manter fiel à Palavra e para nos fazer lembrar as promessas
contidas nas Escrituras. No Novo Testamento, o profeta não irá acrescer nada do
que foi revelado e se completou no ministério de Cristo, mas trará informações
e palavras que confirmam o que já foi revelado. Ao vermos os profetas do Novo
Testamento, sempre verificamos o propósito divino de manter os crentes firmes e
certos de que o Senhor está no controle de todas as coisas, para o fim de velar
sobre a Sua Palavra para a cumprir. É o que se vê em At 11.28 e 21.11.
O profeta era um mestre incontestável
quando sob inspiração do Espírito Santo. Porta-voz oficial da divindade, sua
missão era preservar o conhecimento divino e manifestar a vontade do único e
Verdadeiro Deus. No Novo Testamento são aqueles que entregaram revelações
diretas de Deus (1ª Co. 14), preanunciando as ações do Senhor e reforçando o
que Ele já havia dito nas Escrituras.
Ministerialmente, o obreiro portador desse
dom é um proclamador de verdades inspiradas. Sua mensagem pode servir como
inspiração de doutrinas (Ef 4.11-12) ou ainda exortação, consolação e
edificação (1ª Co 14.3-4). A mensagem do profeta tem por objetivo, em primeiro
lugar, o arrependimento. Por isso, todo profeta exerce o dom de exortação, como
Barnabé, cujo nome significa “filho de exortação” (At 4.36).
Havia na Igreja primitiva muitos profetas
(At 12.1a), como Pedro, cujas mensagens apresentavam aspectos proféticos (At
2.14-40; 3.12-26; 4.8-12; 10.34-44), Paulo (At 13.1,16-41), Judas, Silas e
João.
Os profetas transmitem a mensagem de Deus, cuja principal motivação está voltada à vida espiritual e à pureza da Igreja, com o objetivo de trazer aos homens a revelação eterna das Sagradas Escrituras (Ef 1.17). O ministério dos portadores desse dom é mais voltado ao despertamento e ao arrependimento espiritual (Os 6.1a, 3). Suas mensagens são alertas contra o pecado, visando sempre à exortação, à edificação e à consolação, tanto dos membros como da liderança.
3. Evangelistas.
A palavra “evangelista” é um substantivo presente no Novo Testamento
derivado do verbo grego euangelizomai, que significa “trazer
boas-novas”, “anunciar boas-novas” ou, basicamente, “evangelizar”, “pregar o
evangelho”. No Antigo Testamento, o termo equivalente seria o hebraico
mebasser, utilizado, por exemplo, no livro do Profeta Isaías (40.9; 41.27;
52.7), denotando o mensageiro portador de boas-novas. Já no Novo Testamento,
esse verbo é bastante comum, sendo aplicado a Deus (Gl 3:8), a nosso Senhor (Lc
20.1), aos Apóstolos em suas viagens missionárias, bem como aos cristãos comuns
da Igreja (At 8.4).
A palavra
evangelista provém da palavra grega εὐάγγελος “evangelhos, e no Latim como evangelium,
que significa “boas novas” ou “boas notícias” e que também serve de base para o
nome dos quatro primeiros livros do Novo Testamento bíblico chamados “Evangelhos”.
Pelos relatos
bíblicos aprendemos que, tanto os apóstolos quanto os outros membros que haviam
sido separados para o ministério em ofícios específicos, desempenhavam também a
obra de evangelista. Na verdade, em diversos textos no Novo Testamento podemos
notar que muitos cristãos realizavam essa tarefa sagrada, de acordo com a
oportunidade que lhes era conferida. O mesmo serve hoje para nós, pois temos o
dever de anunciar as obras daquele que nos chamou das trevas para a Sua
maravilhosa luz (1ª Pe 2.9). Entretanto, embora num sentido geral todo cristão
verdadeiro seja um evangelista, o texto citado na Epístola aos Efésios deixa
claro que havia pessoas que eram chamadas e capacitadas pelo Espírito Santo
especialmente para essa tarefa, ou seja, era um dom distinto dentro da Igreja
para o serviço da própria Igreja, já que é um dom de Cristo para ela.
Depois, ao longo
da História da Igreja, o termo “evangelista” também passou a ser aplicado para
designar os escritores dos quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João),
pois registraram o Evangelho de Cristo.
A função dos evangelistas é evangelizar pessoas, cooperando com o Senhor para que elas creiam e tornem-se membros do Corpo de Cristo (Ef 2.8,9). Os evangelistas também podem ensinar outros cristãos a compartilharem sua fé de forma eficaz.
4. Pastores. No Novo Testamento a palavra Pastor, como designação dum ofício
ministerial, é encontrada uma só vez, em Efésios 4.11, e vem da palavra grega “poimen”,
que significa: apascentador, guarda, aquele que conduz um rebanho ao pasto,
sustentador.
Várias
referências no Novo Testamento mostram claramente que os presbíteros não se
distinguem dos bispos ou pastores, como oficiais ou ministros das igrejas.
Dependendo da versão das Escrituras que estivermos usando, as palavras
“Presbíteros”, “Bispos”, e “Pastor”, eram usadas em referência à mesma pessoa.
O termo Presbítero (ou Ancião) se refere especificamente à dignidade e
prestígio do Pastor e Ministro, enquanto que bispo chama a atenção para o tipo
de função que esse mesmo exerce. Por exemplo, em Atos 20, os oficiais da Igreja
em Éfeso são chamados tanto de “Presbítero” (v. 17), como de “Bispos” (v. 28).
O mesmo acontece em 1ª Pe 5.1,2, onde os “Presbíteros” tem a função de
Pastorear o rebanho de Deus. Portanto a palavra Pastor é a forma mais comum de
designação dos Bispos e Presbíteros. Nenhuma das três palavras têm a ver com o
desenvolvimento hierárquico do assunto ocorrido na Igreja na Igreja a partir do
Século II.
A palavra pastor
no Grego original seria poimén. Pastor, é na verdade, aquele que
apascenta. Apascentar significa, conduzir a paz (pacificador) ou a pastos.
Neste caso, é aquele que cuida, alimenta e protege as ovelhas de bestas feras,
como lobos devoradores. No protestantismo é o responsável por cuidar do rebanho
de cristãos e entregá-los a Cristo quando voltar!
Face a excelência da função do pastor e do que ele representa dentro do reino de Deus, devemos considerar o seguinte:
4.1. Jesus é o “Grande Pastor” (Hb 13.20), o “Supremo Pastor” (Pe 5.4). Só Ele resume em si todo o ministério pastoral (Jo 10.11). Mas antes da sua vinda, (no Antigo Testamento), bem como após Sua ascensão, Ele o delegou a seus ministros.
4.2.
Os três oficiais da Igreja. 1ª Timóteo 3.1 “Esta é uma palavra fiel: se alguém
deseja o episcopado, excelente obra deseja.”
Na discussão sobre como se portar na casa de Deus, Paulo se volta agora para o líder. Há dois oficiais na igreja, segundo as Escrituras: o bispo (gr. episkopos), pastor, ministro ou presbítero e o diácono (gr. diakonos). O pastor ou pregador do evangelho deve viver para o evangelho e do evangelho (1ª Co 9.14). É este o seu chamado.
Episcopado. Esta palavra grega se refere a uma pessoa que se encontra na posição de supervisionar uma congregação cristã. Em muitas passagens do Novo Testamento, as palavras gregas para bispo e presbítero são usadas de forma alternada como referência ao mesmo cargo (Tt 1.5-7).
4.3. Ministro algum é pastor por si mesmo ou por vontade do rebanho. Ele é pela graça, sob vocação e ordem do Senhor e supremo Pastor do rebanho (Ef 4.11).
4.4.
O Ministro pastoral. Exige não apenas coragem, mas também senso de
responsabilidade, de amor e paciência, de alegria e de abnegação, de ordem, de
humildade. Se este ministério for mal exercido, será a ruína da Igreja (Jo
10.12; Mt 18.12; Lc 15.6; Is 40.10; Ez 34.4; Pv 27.23;1ª Pe 5.2; Jo 10.3; 2 Pe
5.3; Is 13.14; Jr 50.6).
O pastor é responsável pela guarda e condução do rebanho às pastagens, devendo estar em prontidão para defendê-los contra os inimigos. Embora seja proibido de se enriquecer às custas do seu rebanho (1ª Pe 5.2), ele tem o direito de tirar do rebanho a sua subsistência (1ª Co 9.7).
4.5.
Os ofícios de um pastor. Na carta de Paulo aos
Romanos quando ele escreve a respeito dos da graça ele diz: “Se é ministério,
seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; Ou o que exorta, use
esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com
cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria. (Rm 12.7-8). Tratando-se ao
ministério de pastor ele claro em dizer: o que: o que exorta, use esse dom em
exortar...” e o que “...o que preside, com cuidado...”
A primeira
grande característica de um pastor de ovelhas segundo o coração de Deus, é que
ele tem a plena ciência de que não veio para ser servido, mas para servir e
dar/dedicar a sua vida à favor de seus irmãos.
O verdadeiro
pastor segundo o coração de Deus é aquele que segue fielmente o exemplo de
Cristo, o Sumo pastor, e que cuida do rebanho que Deus lhe confiou servindo-o
(Jo 10.11-15; At 20.28; Hb 13.7).
A. Exortar. A palavra grega para exortar é parakaléo, que significa “chamar para perto” sob forma de exortar, consolar e orar.
B. Presidir. A palavra grega para presidir residir προεδρεύω [a, + gen.] o juiz que preside. No dicionário português presidir é um verbo transitivo que significa: 1. Ocupar a presidência de; Governar; dirigir; 2. Ter a direção de; superintender; 3. Dirigir os debates de; 4. Ocupar o lugar de honra; 5. Guiar como chefe; comandar.
5.
Mestres - Doutores. A palavra grega para ensinar é “διδασκω” “didasko”
e Do latim insignare, que significa instruir sobre indicar assinalar,
marcar, mostrar algo a alguém que significa.
Existe um processo para alguém ser apto, capacitado para ensinar a Palavra: tem que estudar a mesma.
5.1.
Apto para o ensinar. A
menção do aspecto de ensinar dentre as tarefas do presbítero é importante dado
o problema vivido em Éfeso (5.17). A função de mestre deve estar
unida ao ministério do pastor. Paulo
diz a seu filho Timóteo que: “Convém, pois, que o bispo seja... apto para
ensinar.” 1ª Tm 3.2). E ele continua dizendo: “Ora, é
necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando
para com todos, apto para instruir, paciente.” “2ª Tm 2.24).
Deve-se lembrar também das responsabilidades pastorais dos presbíteros, o que inclui o ensino (At 20.28; 1ª Pe 5.1-4).
5.2. O exemplo de Jesus. Mateus 9.35-38 “E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas
sinagogas, pregando o evangelho do reino
e curando toda sorte de
doenças e enfermidades. 36 Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque
estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor. 37 E, então, se
dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores
são poucos. 38 Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a
sua seara”.
CONCLUSÃO
A unidade no corpo de Cristo é
muito útil para descrever a unidade na diversidade que existe na igreja. Ela
manifestou de forma visível no dia de Pentecostes, quando os crentes “estavam
todos reunidos no mesmo lugar” (At 2.1). A igreja é uma unidade na diversidade,
uma comunhão de fé, esperança e amor que une os crentes.
Conhecer os cinco ministérios é
fundamental para você descobrir o chamado que Deus tem para sua vida. Faz parte
da sua identidade de filho. Cada um de nós recebeu uma vocação para exercer
algo para o Reino independente da profissão que exerce.
Você consegue se enxergar em
algum desses ministérios? Que pessoas você encaixaria em algum desses
ministérios? O que você pode fazer para que as pessoas possam exercer esses
ministérios com mais eficácia e liberdade?
Pr. Elias Ribas
Assembleia de Deus
Blumenau - SC
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