TEOLOGIA EM FOCO: O QUE JESUS REALIZOU NA CRUZ DO CALVÁRIO

quinta-feira, 14 de maio de 2009

O QUE JESUS REALIZOU NA CRUZ DO CALVÁRIO

“E como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado” (Jo 3.14).

O verssículo acima Jesus faz uma antítopo (figura representada por outra; personagem tipificada no Novo Testamento), onde Ele compara-se a serpente levantada por Moisés no deserto.

Deus ordenou a Moisés que fizesse uma serpente e pendusse numa aste e todo aquele que fosse mordido por uma víbora (serpente) do deserto o e olhasse para a serpente na aste era salvo e curado.

A serpente é símbolo de maldição. Jesus nos ensina que Ele se tornaria maldito por nós sendo pendurado em uma cruz, para aqueles que fossem afetados pelo veneno da serpente (pecado) e olhassem para Ele, seriam salvos, curados e livres da maldição.

Era necessário que o Filho de Deus fosse morte numa cruz para cumprir os desígnios do Pai e para cumprir o que fora dito pelo profeta Isaías “Mas Ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades...” (Is 53.5).

Veremos o que Jesus realizou na cruz do Calvário em nosso favor.

I. Ele realizou a nossa salvação.
Salvação no gr. soxo – significa salvação, libertação e cura. Jesús veio a este mundo para nos salvar, libertar e curar as almas necesitadas. O que o apóstolo João viu testificou e escreveu na sua carta: “E vimos, e testificamos que o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo” (1ª Jo 4.14). Jesus, veio ao mundo com este propósito de salvar o homem, e livrá-lo de uma condenação eterna. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele” (Jo 3.16-17). Paulo declara: “Que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores dos quais eu sou o principal” (1ª Tm 1.15) No evangelho segundo Lucas Jesus diz: “Pois o Filho do homem veio buscar e salvar que se havia perdido” (Lc 19.10).

II. Ele realizou uma expiação perfeita.
“Expiar” implica cobrir as culpas, mediante um sacrifício exigido. A palavra é empregada 77 vezes no Antigo Testamento, sendo usada pela primeira vez em Êxodo 29.33 por Moisés. Na carta aos Hebreu 9.22 diz: “Quase todas as coisas, segundo a lei, se purificaram com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão”. Iaías 53.67 diz: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de nós todos. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a sua boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante seus tosquiadores, Ele não abriu a sua boca”. E no vv. 10 do mesmo capítulo esclarece ainda: “Quando der Ele a Sua alma como oferta pelo pecado”. Por isso o percussor João Batista João Batista O chama: “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Para a igreja em Éfeso Paulo diz: “Andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus em aroma suave”. (Ef 5.2). Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós, para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus”. (2ª Co 5.21). Isto nos diz que Cristo, o perfeito Filho de Deus, que nunca cometeu pecado, de acordo com a vontade do Pai, tomou sobre si toda a nossa culpa para que nós pudéssemos receber por intermédio dEle a justiça de Deus, como se essa fosse a nossa própria justiça. Este ato de reconciliação agradou em tudo o Pai.

III. Ele tornou a nossa purificação.
“Mas se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus purifica de todo o pecado” (1ª Jo 1.7). O pecado é uma transgressão ao nosso Deus, o pecado torna impura a nossa alma, mas segundo a nossa confissão e arrependimento, o sangue de Jesus nos purifica, limpa o que está sujo. Por isso João diz que Seu sangue nos lavou dos nossos pecados (Ap 1.5).

IV. Ele tornou nossa redenção.
Redenção do verbo “Redimir” quer dizer “comprar de volta”. Toda a humanidade se encontra “vendida à escravidão do pecado” (Rm 7.14) e ao jugo do diabo e precisa de um redentor que possa resgatá-la. O preço elevado de tal redenção é a morte.

Foi por isso que para nos resgatar, Jesus morreu em nosso lugar. A quem é devido o preço da redenção? Evidentemente não é Satanás. Ele simplesmente escraviza aqueles que escolhem uma vida de pecado. O preço do resgate é devido à santidade de Deus; e foi Deus, não Satanás quem aceitou o “pagamento” mediante o vicário sacrifício de Cristo. O resultado disso a derrota eterna de Satanás.

No evangelho de Jesus segundo Mateus, Jesus se declarou Redentor da humanidade quando disse que Sua missão era a de “... dar a Sua vida em resgate por muitos” (Mt 20.28). E na carta a Éfeso Paulo diz: “Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo as riquezas de sua graça” (Ef 1.7).

Redenção quer dizer resgate. Pelo precioso sangue de Jesus somos resgatados, tirados duma condenação, livres para uma vida abundante e cheia de benção.

Na carta do apóstolo São Pedro ele Pedro fala do preço da nossa redenção. “Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados... mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo” (1ª Pe 1.18-19). Só um ser imaculado (sem mancha) poderia redimir (resgatar) outro indivíduo pecador. Por morrer a mais desprezível morte segundo a lei judaica (Dt 21.22-23), morte de cruz. Cristo pode redimir todo o ser humano, até o mais pecaminoso que vier a crer nEle.

V. A nossa justificação.
“Sendo justificado gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos” (Rm 3.24-25). Jesus justificou perante o Pai a nossa culpa. Pagou o preço do nosso resgate e justificou pelo seu sangue. “Sendo justificado gratuitamente pela sua graça”. A Bíblia diz em 1ª Pe 1.18-19 “Sabendo que não foi com coisa corruptível, como prata ou ouro, que foste resgatado da vossa vã maneira de viver que por tradição recebeste dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado”. O preço pago para nos libertar e justificar, Jesus pagou em nosso resgate, ao derramar o seu sangue e dar sua vida por nós. Não precisa o homem fazer penitencia, acender vela, andar de joelhos ou coisa parecida. A Bíblia diz “Todas as nossas justiças são como trapo de imundícia” (Is 64.6). Só precisamos aceitar e crer no sacrifício de Jesus na cruz do Calvário, e obedecer a Sua Palavra, pois Jesus já pagou o porte para vida Eterna. Esta vida está a tua disposição é somente aceitar.

Ser justificado concernente a salvação, significa ser declarado justo, livre de pecados cometidos. Nossas tentativas de esconder ou cobrir nossos próprios pecados resultam tão inúteis como as folhas de uma figueira com que Adão e Eva tentaram cobrir sua nudez. Vale a pena lembrarmos que o Senhor proporcionou a Adão e Eva vestes de peles com que se cobrirem depois que eles lhe confessaram o pecado. Mais uma vez se nota o derramamento de sangue para satisfazer a santidade de Deus, violentada que fora pelo pecado. Resultam infrutíferas nossas tentativas de desculpar-nos ou esconder nossos pecados, pois estão patentes aos olhos de Deus. “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós”. (1ª Jo 1.8).

Quem nos justifica é Cristo. Se tivermos fé no seu sangue, Deus vê, ao olhar para nós, não as leis violadas em nosso coração, mas a propiciação através do sangue de Seu Filho. O sangue de Jesus se sobrepõe aos nossos pecados. Satisfeita a justiça de Deus, somos justificados mediante o divino sangue expiador, como se não tivéssemos cometido nenhum pecado. Aleluia! Podemos então cantar como o salmista. “Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniqüidades. Pois quanto o céu se alteia acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem. Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões” (Sl 103.10-12).

Quem é capaz de medir ou calcular a grande misericórdia de Deus? Ela nos proporciona o único agente digno de servir como propiciação de nossos pecados – SANGUE DE CRISTO. Ó maravilha do poder do sangue do Cordeiro. Como nos lembra 1ª João 2.2 “Ele é propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro”.

VI. Ele é nossa reconciliação.
“Reconciliar” significa harmonizar as relações interrompidas entre duas pessoas, promovendo o mútuo entendimento e restaurando a comunicação entre ambos. “E pela cruz reconciliou ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades” (Ef 2.16). Na cruz do Calvário Jesus reconciliou o homem com Deus, restabeleceu a amizade que outrora fora perdida; é por isso que em João 15.15 Jesus nos chama de amigos. Jesus veio reconciliar com Deus não os justos, mas os pecadores e necessitados.

“Mas Deus prova o Seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo Seu sangue, seremos por Ele salvos da ira. Porque se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do Seu Filho, muito mais, estando já reconciliados seremos salvos pela Sua vida; e não isto apenas, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem acabamos agora de receber a reconciliação!”. (Rm 5.8-11). Antes de aceitarmos a Cristo como nosso Redentor, éramos chamados inimigos de Deus, mas quando aceitamos como único salavdor crendo e obedecendo a Sua Palavra, nos tornamos filhos de Deus por adoção, (conforme Jo 1.12).

Aos Corintios Paulo diz: “Tudo provém de Deus que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava com Cristo, reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra de reconciliação. De sorte que somos embaixadores de Cristo, como se Deus exportasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que nos reconcilieis com Deus” (2ª Co 5.18-21).

VII. Ele é a nossa propiciação.
Aquele que oferece sacrifício em nosso favor. Cristo foi dado por Deus Pai como propiciação pelos pecados daqueles que tivessem fé no seu sangue derramado; lemos em Rm 3.24-26 “Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixando impune os pecados anteriormente cometidos, tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para Ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus”.

VIII. Ele é a nossa paz.
“E que, havendo por Ele feito a paz pelo seu sangue da sua cruz” (Cl 1.20). “Sendo pois justificado pela fé, temos paz com Deus, por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1). O profeta Isaías explique que: “O castigo que nos traz a paz estava sobre Ele” (Is 53.5).

Ele é nossa saúde. O profeta messianico escreve: “E pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is 53.5). Na cruz do Calvário Jesus levou todas as nossas dores, angustias e enfermidade. Não existe um Deus tão bondoso como este. Tome posse da cura e quando o mal te rodear clame pelo nome de Jesus, pois só Ele pode te curar te abençoar e salvar a tua alma.

Ele é a nossa santificação. Hb 13.12 diz: “E por isso também Jesus veio ao mundo para santificar o povo pelo seu próprio sangue”.

Santificação é o ato de ser separado do mundo (sagrado). Se Jesus não tivesse morrido na cruz em nosso favor, jamais o homem poderia se tornar santo, separado para Deus.
Santificação pelo sangue: É a limpeza do homem interior, mediante aceitação da Palavra de Deus. “Vós já estais limpos pela palabra…” (Jo 15.3). A Palavra limpa, santifica e nos mostra o verdadeiro caminho para o céu.

Não temos Palavra para explicar sobre a grande obra que Jesus realizou na cruz do Calvário em nosso favor. Ele morreu para este propósito: “reconciliar, justificar, redemir, purificar, santificar, e também para nos dar: paz, saúde e a salvação Eterna.

Deus é um Pai que nos faltam palabras para explicar este amor imenssuravel. Poderiamos chamar de paizinho pela intimidade que temos com Ele. Pois, Ele não se importa quando o chamamos assim porque somos Seus filhinhos.

Talvez você ainda pergunte: “o que eu preciso para desfrutar de todas estas benção?” Tudo se resume em duas palavras: CRER no Senhor Jesus e OBEDECER a Sua Palabra será salvo tu e tua casa. Amem!

Pr. Elias Ribas

3 comentários:

  1. Pastor o seu modo de interpretação é otimo, me ajudou muito. obrigado. Josiel Martins, Cametá-Pará.

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  2. GLORIA DEUS PASTOR POR ESTAR PALAVRA.NÃO PARE DE PUBLICAR ESTES ESTUDOS, QUE SÃO MUITO EDIFICANTE PRA NOSSAS VIDAS.QUE DEUS CONTINUA ABENÇOANDO O SENHOR.

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  3. MUITO RICA ESTE ESTUDO GOSTEI DE VERDADE POSSO USUFLUIR PASTOR?

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