Nabucodonosor era um dos grandes conquistadores da história
antiga. Numa série de batalhas, ele venceu os assírios, o povo que dominara a
Mesopotâmia durante os séculos anteriores. Defendeu-se contra os egípcios e
estabeleceu as fronteiras de um império extenso e próspero. Conseguiu dominar a
pequena, mas importante terra que conhecemos hoje como a Palestina, uma região
por onde passavam as principais rotas comerciais entre a Ásia e a África.
Passou por Jerusalém em 605 a.C. e levou os jovens mais inteligentes e nobres
para a Babilônia, onde seriam educados na sabedoria babilônica e teriam
oportunidades de até participar do governo do império. Daniel foi um desses
jovens.
Daniel ainda muito jovem foi levado para Babilônia como
cativo. Em terra estranha ele serviu fielmente a Deus. Levou uma vida imaculada
em meio ao paganismo, idolatria e ocultismo da corte oriental babilônica. Ele
foi levado para Babilônia na primeira leva de exilados de Judá, em
Em duas ocasiões distintas, o Senhor revela ao profeta
Daniel, tipo logicamente as figuras dos quatro últimos impérios mundiais; no
capítulo 2 e capítulo 7.
Daniel por duas vezes teve visões e revelações proféticas na
Babilônia. São estas visões que nos trazem luz aos acontecimentos que dar-se-ão
no tempo do fim. Através da interpretação destas visões, nos situamos
profeticamente e historicamente, podemos assim sentir o peso da
responsabilidade de estarmos preparados para quando o fim chegar.
Nestas visões está predito o futuro do mundo gentílico na
era dos “últimos dias” (Dn 2.28).
Isto alcança os tempos da vinda de Jesus e o estabelecimento do Milênio. A
matéria profética deste assunto é tão importante que vem repetida no capítulo
7. Uma das diferenças é que no capítulo
I. O SONHO DO REI NABUCODOSOR - Daniel capítulo 2.
Duas visões panorâmicas de Daniel apresentam a soberania de
Deus sobre a história. Nabucodonosor teve a primeira (Dn 2.1) e Daniel, a
segunda (Dn 7.1-14). Em cada uma delas, quatro reinos do mundo são
apresentados.
Ela veio através de um sonho ao rei Nabucodonosor que na
época do profeta Daniel, foi o governante do império no Oriente Médio. No sonho
o rei via uma grande estátua com certas peculiaridades e neste artigo vamos
entender quais os seus significados bem como ter uma ideia do que ela tem a dizer
sobre o futuro da humanidade. Caso tenha interesse em saber mais sobre toda a
história, leia todo o livro de Daniel.
1. A crise provocada pelo sonho. Certa noite, o rei Nabucodonosor teve um sonho, uma grande revelação. Ao levantar-se pela manhã esqueceu o que havia sonhado, e seu espírito ficou grandemente perturbado. Então o rei mandou chamar os sábios do palácio: os magos, astrólogos, encantadores, e os caldeus, para revelar ao rei qual tinha sido o seu sonho. Mas, nenhum desses adivinhos e místicos puderam revelar (trazer conhecido) ao rei, o que ele havia sonhado. Jamais alguém poderia revelar sem ajuda divina. Nem mesmo o sonhador ou o próprio Lúcifer saberia, pois ele não é onisciente para saber os mistérios de Deus.
Porém, Nabucodonosor vendo que não podiam trazer conhecido o
seu sonho, fez um decreto ordenando a morte de todos os magos, sábios e
encantadores. O profeta Daniel e seus três amigos, Ananias, Misael e Azarias,
sendo jovens e recém-formados, não foram chamados pelo rei juntamente com os outros
sábios, mas o decreto da matança também os incluía.
Daniel, avisado sobre o decreto, prudentemente foi pedir ao rei que desse-lhe um tempo para que pudesse dar a interpretação do sonho. E em seguida foi para sua casa e comunicou o fato aos seus três amigos, que juntos em oração pediram misericórdia ao Senhor Deus, a fim de não perecerem com os demais sábios. Sendo Jeová um Deus compassivo e misericordioso para com seus servos, revelou o sonho do rei ao profeta Daniel numa visão de noite. Após o Senhor Deus ter revelado o sonho do rei ao profeta Daniel, ele O louvou grandemente (Dn 2.20-22).
2. Daniel na presença do rei (Dn 2.25-30). Posto na presença do rei, este jovem judeu declarou as visões que o rei havia tido em sua cama, exatamente como elas aconteceram. Esta primeira visão, embora não tenha sido dada primariamente a Daniel, foi interpretada exclusivamente por ele, e estão registrados em seu livro. Isto causou uma grande surpresa no coração do rei, pois era exatamente o que havia sonhado alguns dias anteriores a este encontro.
II. DANIEL REVELOU E INTERPRETOU O SONHO (Dn 2.36-43).
O resumo:
A cabeça da estátua – de ouro – a Babilônia.
O peito e os braços – de prata – Medos-Persas.
O ventre e as coxas – de cobre – a Grécia.
As pernas – de ferro – Roma.
Os pés – em parte de ferro e em parte de barro – um reino
mundial dividido: império dividido.
Na enorme estátua do sonho do rei, está predita a história
das nações dos “tempos dos gentios”, começando por Nabucodonosor até a vinda de
Jesus em glória.
Esta visão revela, em caráter profético, como dar-se-ão
os acontecimentos sociais e políticos concernentes aos grandes reinos, impérios
e confederações de países no mundo contemporâneo a Daniel, no período posterior
aquele e no futuro (nossos dias).
Prosseguindo, vemos Daniel descrevendo o relato da
interpretação do tal sonho. E a interpretação, que segundo ele é fiel, pois ela
cumpre-se na íntegra na história da humanidade que são os quatro últimos
impérios mundiais.
1. Cabeça de ouro, o
reino Babilônico (
O Império Babilônico representa o começo, o início dos tempos dos
gentios. Sobre a expressão “tempos dos gentios” (Lc 21.24).
Babilônia nos dias
de Nabucodosor, detinha a hegemonia mundial, após ter derrotado a Assíria, em
Depois da morte de
Nabucodonosor, encontramos entre os seus sucessores o rei Nabonido (556-
A cabeça de ouro é a Babilônia,
o reino do conquistador Nabucodonosor (Daniel 2.37-38).
2. O peito e os braços de prata, o reino Medo-Persa. “E depois de ti, se levantará outro reino, inferior ao teu” (2.32-39). Representa a coligação do Império Medo-Persa, o segundo Império mundial.
Para identificar os próximos
dois, consideramos uma visão de Daniel no finalzinho do domínio babilônico,
relatada no capítulo 8. Nesta visão, Deus mostrou-lhe mais detalhes sobre os
próximos dois reinos, e os identificou como a Média-Pérsia (8.20) e a Grécia
(8.21). Ligando as duas profecias, percebemos que a parte de prata representa
Média-Pérsia, o reino que venceu a Babilônia em
3. O ventre e as coxas de cobre, o reino Grego. “E um terceiro reino, de metal, o qual terá domínio sobre toda a terra.” (2.32-39).
Aqui Daniel não traz os pormenores deste império. Mas no
capítulo 7, sim. Trata-se do terceiro império mundial, a Grécia. O império que conquistou um território enorme no quarto
século a.C.
4. As duas pernas de ferro, o reino Romano. “E o quarto reino será forte como ferro; pois, como o ferro esmiúça e quebra tudo, como o ferro quebra todas as coisas, ele esmiuçará e quebrantará” (Dn 2.40).
As pernas são a parte mais longa do corpo, o que
indica a extensão do domínio romano. As duas pernas correspondem a divisão do
Império Romano em Ocidental e Oriental, ocorrido em 395 d.C.
O reino de ferro teve início cerca de 170 a.C. e dominou o
mundo numa amplitude que nenhum império dantes o fizera.
4.2. Os dez dedos dos pés na imagem (2.41-42). São dez reinos, como forma de expressão final do Império Romano, que aparecerá no governo do Anticristo e do falso profeta, no fim dos dias.
São dez reinos, como forma ou
expressão final do Império Romano, nos últimos dias da presente dispensação,
como se vê no versículo 44: “Mas, nos dias destes reis...”
Esses dez reis correspondem aos
dez chifres do quarto animal de Daniel 7.24 e aos dez chifres da besta de
Apocalipse 13.1 e 17.3.
Trata-se de um poder político
que existiu, e que no presente momento não existe, mas que voltará a existir
segundo a palavra profética (“era e não é e está para emergir” - Ap 17.8).
4.3. Os pés, em parte de ferro, em parte de barro (2.33,41-43).
Ferro e barro não se misturam!
Isto revela que neste tempo do fim não haverá “nações unidas”.
O ferro é o governo ditatorial,
totalitário que hoje cada vez mais aumenta em todos os continentes (v. 40).
O barro é o governo do povo,
democrático, republicano. O barro é formado de partículas soltas, o que indica
governo do povo, como se apresenta o regime democrático.
Já o ferro é formado de blocos
compactos, indicando poder centralizado.
Temos hoje no mundo estas duas
formas de governo.
Vemos assim pela Palavra de
Deus que a última forma de governo na terra não será o comunismo total, como
eles apregoam.
4.4. A crescente inferioridade dos metais na estátua profética (2.32,33).
A escala decrescente dos valores dos metais na estátua
profética (2.32-33). Ouro,
prata, bronze, ferro com barro, mostra a degradação da raça humana, na área
moral, social e política, basta vermos as notícias mundiais para comprovarmos a
imoralidade, corrupção e injustiças que fazem parte da humanidade sem Deus. É o que nos assegura esta profecia.
Conforme o pensar deste mundo
(inclusive a filosofia comunista), a cabeça devia ser de barro e os pés de
ouro. Ao contrário, a cabeça é que é de ouro e os pés de barro!
A imagem de Nabucodonosor é uma
descrição bíblica da degeneração da raça humana alienada de Deus.
Os dez dedos dos pés são dez reinos que nos últimos dias entregarão o governo mundial ao Anticristo o oitavo reino.
Pr. Elias Ribas
Assembleia de Deus
Blumenau SC
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