TEOLOGIA EM FOCO: A VINDA DE JESUS SEGUNDO DANIEL - CAPÍTULO VIII

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

A VINDA DE JESUS SEGUNDO DANIEL - CAPÍTULO VIII


Em meio à descrição dos reinos humanos e Seu poder, abruptamente Deus leva Daniel a ver o que realmente está acontecendo, enquanto os reinos da terra se sucedem: Ele está no seu santo monte, Ele está no trono.

“Continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e o Ancião de Dias se assentou; sua veste era branca como a neve, e os cabelos da cabeça, como a pura lã; o seu trono eram chamas de fogo, e suas rodas eram fogo ardente” (Dn 7.9).

1. “...foram postos uns tronos”. Esses tronos, no plural, indicam vários juízos aplicados nos dias da finas (Grande Tribulação). A partir do versículo 9, Daniel vê uma cena de juízo da parte de DEUS contra o quarto animal, ou seja, a quarta Besta que aparece na visão com um vislumbre escatológico para o anticristo (Dn 7. Deus não permitirá que estes opressivos reinos mundanos governem com injustiça para sempre. Ele estabeleceu um dia para julgamento. Quando este dia chegar, todos os governos do mundo e toda a opressão virá a um fim.

2. “Ancião de Dias”. É outra maneira de reconhecer que Deus é o Eterno, é aquele que Abraão reconhecia como “o Juiz de toda terra” (Gn 18.25). A descrição de Deus neste versículo também revela a Sua santidade (“Sua veste era branca como a neve”), Sua Majestade (“os cabelos da cabeça, como a pura lã) e a Sua justiça como fogo ardente (o seu trono eram chamas de fogo”).

As palavras hebraicas “atiz e yomin” que se traduz por “ancião de dias” é uma designação do ELOHIM o Todo poderoso como Juiz supremo, que derramará Seus juízos contra os reinos do mundo que tenham se associado com o Anticristo. Por isso, essa figura do “ancião de dias” é utilizada para identificar O ETERNO como aquele que tem autoridade e poder para julgar, especialmente, contra o personagem daquele “pequeno chifre” (Dn 7.8).

“Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído” (Dn 7.13-14).

3. “.... vinha nas nuvens um como o Filho do Homem ...” O Novo Testamento consagrou o uso desta expressão para se referir à Cristo. O próprio Jesus Cristo usou a passagem de Daniel para se referir a si próprio e ao dia de Sua segunda vinda: O Filho do homem virá nas nuvens. Daniel vira antecipadamente o Dia de Cristo e glória do Seu poder.

A expressão “Filho do Homem” é, antes de tudo, um título messiânico. A menção bíblica sobre este título não insinua que Jesus foi fruto de uma relação sexual entre José e Maria. José era pai legal e não biológico de Jesus. Nos lábios de Jesus, o título vai mais longe, identificando o Messias com a própria humanidade. O emprego da palavra “Filho” se caracteriza neste contexto como um hebraísmo, uma forma própria de expressão dos semitas que identifica as qualidades de uma pessoa. Por isso, uma série de expressões se empregada com a palavra “Filho”, como, por exemplo, “filhos do reino” (Mt 8.12); “filho da perdição” (Jo 17.12); “filhos da ressurreição” (Lc 20.36), e assim por diante.

Por meio do título “Filho do Homem”, o Filho de Deus se identificou com a humanidade de uma forma quase que completa, reservando-se somente Seu nascimento virginal e Sua vida imaculada.

Daniel conheceu o poder que o Filho do Homem recebeu do Pai (Ancião de Dias). Este ser majestoso apresenta-se diante de Deus Pai como uma pessoa separada e distinta dele, a fim de receber um reino eterno que jamais será dado a outros.

Precisamos nos lembrar de quem é aquele que hoje é o Senhor entronizado. A glória, o domínio, o reino.

4. “...o seu domínio é Eterno...”. O reino de Jesus não será destruído, mas permanecerá para sempre.

A visão que Deus deu a Daniel era assustadora no começo, mas depois reconfortante como ele percebeu que ela significava. É ainda mais reconfortante para nós que temos visto a maioria das previsões desta visão perfeitamente cumprido.

“E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão” (Dn 7.27).

É confortante saber que Deus está no controle. Deus tem um plano, e Seu plano continua a ser realizado, não importa como muitos tentam se opor. Jesus veio assim como os profetas anunciaram. Ele fez tudo que era necessário para pagar pelos nossos pecados. Ele viveu em nosso lugar, Ele morreu em nosso lugar, Ele ressuscitou dos mortos como as primícias de todos os que morreram, Ele subiu ao céu assentou a Destra de Deus Pai e quando o Pai lhe der o trono para julgar as nações, Ele voltará sobre as nuvens do céu pôr fim a este mundo que está infectado com o pecado.

Confiar nele. Permanecei firmes na fé, mesmo quando possa parecer que Deus não está no controle. Confiança que, quando Jesus aparecer nas nuvens do céu, Ele vai convidá-lo para viver no Seu reino de paz para todo o sempre, tudo por causa do que Ele fez por nós.

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau SC

3 comentários: