Vejamos o que
Allan Kardec disse sobre o Espírito Santo:
“Jesus promete
outro Consolador: o Espírito de Verdade, que o mundo ainda não conhece, por não
estar maduro para compreendê-lo, consolador que o Pai enviará para ensinar
todas as coisas e para relembrar o que o Cristo há dito. O Espiritismo vem, na
época predita, cumprir a promessa do Cristo: preside ao seu advento o Espírito
de Verdade. Ele chama os homens à observância da lei: ensina todas as coisas
fazendo compreender o que Jesus só disse por parábolas. O Espiritismo vem
trazer a consolação suprema aos deserdados da terra. Assim, o Espiritismo
realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas,
fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que está na Terra;
atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela
esperança” (Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. VI, itens 3 e 4).
O que diz a Bíblia. Allan Kardec foi
infeliz na interpretação acima. O Consolador prometido não pode ser uma
religião ou um conjunto de práticas que incluem a comunicação com os mortos.
Não pode ser e não é uma instituição orientada por entidades espirituais
desconhecidas. O Consolador não são os espíritos do além. Se fosse, o Senhor
Jesus certamente diria: “Enviarei os consoladores, aqueles que estarão sempre
convosco, ensinando todas as coisas através de canalizadores que receberão o
dom do Pai”. Mas Jesus disse:
“E rogarei ao
Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre” (Jo
14.16). A palavra “outro”, traduzida do grego “allon”, significa “outro da
mesma espécie”; e “consolador”, do grego “parakletos”, tem o sentido de “alguém
chamado para ficar ao lado de outro para ajudá-lo”. Se o Consolador é o
Espiritismo, os cristãos do mundo inteiro ainda não receberam essa promessa.
Para recebê-la seria necessário aderirem ao Espiritismo, receberem os “passes”
mediúnicos e se aprofundarem na leitura do Livro dos Espíritos? Em nenhum
momento Jesus orientou seus seguidores para que buscassem instrução e consolo
junto aos mortos. Ao contrário, Ele ensinou o caminho das Escrituras:
“Errais, não
conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” (Mt 22.29). “Examinai as
Escrituras, porque pensais ter nela a vida eterna. São estas mesmas Escrituras
que testificam de mim; contudo não quereis vir a mim para terdes vida” (Jo
5.39).
Pelo menos,
quanto a mim, o Espiritismo não está ao meu lado para me ajudar em nada. O Senhor
Jesus afirmou que quando Ele fosse, o Consolador viria (João 16.7). Teria Jesus
atrasado o cumprimento de sua promessa por dezenove séculos, considerando-se a
época do surgimento do Espiritismo como o conhecemos hoje? Jesus enviaria um
espírito-guia para cada pessoa?
Jesus disse
que “aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos
ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (Jo
14.26). O artigo definido “o” define (desculpe-me pelo óbvio). Logo, o Senhor
Jesus, nessa passagem, diz que Espírito Santo e Consolador são a mesma Pessoa.
O Senhor Jesus define, nomeia, estabelece, distingue, identifica. Nada nos leva
a deduzir que o Consolador seja uma doutrina, um conjunto de doutrinas, uma
religião, um ou vários espíritos desencarnados, bons ou maus.
O Consolador é
o Espírito de Deus (Mt 3.16); o Espírito da Verdade (Jo 14.17); o Espírito da
Profecia (Ap 19.10); Espírito de Vida (Rm 8.32); Espírito de Santidade (Rm
1.4); Espírito de Sabedoria, de Conselho, de Inteligência, de Poder (Is 11.2);
Espírito do Senhor (Is 61.1); Espírito do Filho (Gl 4.6); Espírito Eterno (Hb
9.14); Espírito de Juízo (Is 4.4); Espírito de Graça (Zc 12.10). Seus atributos
são os mesmos da Divindade: eternidade (Hb 9.14); onipresença (Sl 139.7-10);
onipotência (Lc 1.35); onisciência (1ª Co 2.10). Identificar o Consolador com o
Espiritismo é desejar igualar a criatura ao Criador. Os “espíritos” do
Espiritismo são criaturas de Deus e, embora sejam imortais, não são eternos. A
eternidade é atributo exclusivo da Divindade. O Consolador prometido é uma
Pessoa da Trindade.
“Naqueles dias
veio Jesus de Nazaré, na Galileia, e foi batizado por João no Jordão. Logo que
saiu da água viu os céus abertos, e o Espírito que, como pomba, descia sobre
ele. Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me
comprazo” (Mc 1.9-11). Aí temos Jesus (o Filho), o Espírito (o Espírito Santo)
e a voz dos céus (o Pai). O Espiritismo por acaso teria descido sobre Jesus? O
Cristianismo ensina que o Espírito Santo guia, reprova, pensa, fala, intercede,
determina, capacita, vivifica, convence do pecado, nomeia e comissiona
ministros, e habita com os santos. Logo, o Espírito Santo não é o Espiritismo,
nem o Espiritismo é o nosso Consolador.
“Não sabeis
vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1ª Co
3.16). O Espiritismo não habita nos homens. Os crentes não são templos do
Espiritismo. Os “espíritos” possuem os corpos daqueles que a eles se entregam e
lhes obedecem. O Espírito da Verdade não incorpora em corpos. Os “espíritos
de verdade” do Espiritismo, estes sim, possuem os corpos dos canalizadores ou
médiuns.
Ademais, a
Bíblia nos ensina que Jesus Cristo foi concebido pelo Espírito Santo (Lc 1.35);
foi ungido pelo Espírito Santo (At 10.38); guiado pelo Espírito Santo (Mt 4.1);
foi cheio do Espírito Santo (Lc 4.1). Não se fala aqui em Bons Espíritos ,
Espíritos Puros ou Espiritismo. Allan Kardec falou de algo que ele desconhecia,
porque o mundo não O conhece (Jo 14.17).
O Consolador na Igreja. Quem orienta e
consola a Igreja de Cristo não são os mortos. Vejam as seguintes passagens:
“Servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a
Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado” (At 13.2). “Passando pela
Frigia e pela província da Galácia, foram impedidos pelo Espírito Santo de
anunciar a palavra na Ásia. Quando chegaram à Mísia, tentavam ir para Bitínia,
mas o Espírito de Jesus não lho permitiu” (At 16.6-7). Quem orienta a Igreja de
Cristo é o Espiritismo? É um conjunto de espíritos bons que falam através dos
canalizadores?
Espiritismo Cristão. Pode-se admitir a
existência de Espiritismo cristão? Podemos concordar com a afirmação de que
Cristianismo e Espiritismo ensinam a mesma coisa? A resposta é não.
Cristianismo e Espiritismo são incompatíveis. A mediunidade e a reencarnação
não pertencem ao Cristianismo. O Cristianismo ensina a ressurreição corporal de
Jesus; a Divindade de Jesus Cristo, o Filho de Deus; o perdão incondicional dos
pecados para os que se arrependem e aceitam o senhorio de Jesus; o Juízo Final,
a Ressurreição coletiva na volta de Jesus, a existência do Diabo, dos anjos
decaídos e de um lugar de tormentos eternos. O Cristianismo ensina que o homem
morre apenas uma vez (Hb 9.27) e que imediatamente após a morte ele segue para
um lugar de paz, se morreu em Cristo, ou para um lugar de tormentos, se morreu
sem Cristo. Nada disso ensina o Espiritismo. Logo, o Espiritismo não pode ser
cristão. O simples fato de uma pessoa fazer obras de caridade não lhe assegura
vida eterna (Ef 2.8-9).
Vejamos o que mais Jesus disse do
Consolador:
“Quando ele
viver, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Do pecado, porque
não creem em mim; da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; e
do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado” (Jo 16.8-11).
Kardec, em “O
Evangelho Segundo o Espiritismo”, não se deteve no exame do texto acima. Não me
consta que o Espiritismo convença alguma pessoa do pecado e a leve ao
arrependimento. A tentativa de comunicação com os mortos, praticada pelo
Espiritismo, é transgressão da lei de Deus: “Quando vos disserem: Consultai os
médiuns e os feiticeiros, que chilreiam e murmuram entre dentes, respondei:
“Acaso não consultará um povo a seu Deus”? Acaso, em favor dos vivos se
consultarão os mortos?” (Is 8.19). O Cristianismo ensina que em Cristo
recebemos perdão de nossos pecados e não precisaremos morrer várias vezes para
atingir a perfeição.
Ao ladrão na
cruz, que se mostrou arrependido, Jesus disse: “Em verdade te digo que hoje
estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43). Em contradição, a questão 999 do Livro
dos Espíritos, que “contém especialmente a doutrina ou teoria do Espiritismo”,
ensina:
“O
arrependimento sincero durante a vida basta para apagar as faltas e para
encontrar graça perante Deus?” Resposta: “O arrependimento ajuda o Espírito a
progredir, mas o passado deve ser expiado”. Questão 1002: “Que deve fazer
aquele que, em artigo de morte, reconhece suas faltas, mas não tem tempo de
repará-las? Bastará o arrependimento?” Resposta: “O arrependimento apressa a
reabilitação, MAS NÃO ABSOLVE. Não tem à sua frente o futuro, que jamais se lhe
fecha?”.
O ladrão não
foi absolvido por Jesus? Ele teria que sofrer milhares de reencarnações, não
obstante estivesse morando com Jesus no paraíso? Então qual a diferença entre o
ladrão que não se arrependeu e o que se arrependeu? Vê-se que o perdão do
Espiritismo é diferente do perdão pregado por Jesus. Não há perdão no
Espiritismo. Como vimos na questão 1002 do Livro dos Espíritos, arrependa-se ou
não o espírito, segundo a teoria da reencarnação, terá pela frente um mundo de
incertezas, pois terá que viver muitas vidas e sofrer muitas mortes. Finalmente,
o Espiritismo não convence o mundo do ato divino da redenção e da vitória do
Cristo ressurreto, para derrota do príncipe deste mundo. No Espiritismo o
futuro é incerto, “nunca se fecha”; é um caminhar rumo a uma perfeição que
nunca chega. Realmente, não há absolvição para os espíritas.
O “batismo no
Espírito Santo” também coloca freios à pretensão kardecista. Lembrem-se de que
Allan Kardec disse que Jesus foi a segunda revelação de Deus. Leiam as palavras
de Jesus:
“João batizou
com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois
destes dias” (At 1.5). Ora, os vários batismos da espécie que se seguiram,
detalhadamente registrados em Atos dos Apóstolos, em nada se assemelham às
práticas mediúnicas. Os dons espirituais dados pelo Consolador, muito antes do
advento do Espiritismo, não guardam qualquer semelhança com as práticas de
psicografia, adivinhação e evocação de entidades espirituais. Portanto, o
Consolador é o Consolador, e o Espiritismo é o Espiritismo.
Se o espiritismo fosse
real e verdadeiro Jesus deveria baixar nos centros de mediunidade. Porém, isso
jamais acontecerá.
Pr. Elias Ribas
pr_eliasribas@yahoo.com.br
EU CREIO NO BATISMO COM O ESPIRITO SANTO..SOMOS SELADOS PELO SENHOR..UM POVO SEPARADO DAS COISAS QUE NÃO AGRADA A CRISTO..O FALAR EM LÍNGUAS DOS ANJOS DIGAMOS, POIS ESTRANHA ,NÃO ACHO LEGAL, MAS É BÍBLICO..EM RELAÇÃO AO TEXTO .CONCORDO..ESPIRITISMO É DESCARTADO PARA QUEM CONHECE A BÍBLIA VERDADEIRAMENTE..
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