LEITURA
BÍBLICA
Esdras
1.7
“No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do
SENHOR, por boca de Jeremias) despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da
Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito,
dizendo: 2 - Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR, Deus dos céus, me deu
todos os reinos da terra; e ele me encarregou de lhe edificar uma casa em
Jerusalém, que é em Judá. 3 - Quem há entre vós, de todo o seu povo, seja seu
Deus com ele, e suba a Jerusalém, que é em Judá, e edifique a casa do SENHOR,
Deus de Israel; ele é o Deus que habita em Jerusalém. 4 - E todo aquele que
ficar em alguns lugares em que andar peregrinando, os homens do seu lugar o
ajudarão com prata, e com ouro, e com fazenda, e com gados, afora as dádivas
voluntárias para a casa de Deus, que habita em Jerusalém. 5 - Então se
levantaram os chefes dos pais de Judá e Benjamim e os sacerdotes e os levitas,
com todos aqueles cujo espírito Deus despertou, para subirem a edificar a casa
do SENHOR, que está em Jerusalém. 6 - E todos os que habitavam nos arredores
lhes confortaram as mãos com objetos de prata, e com ouro, e com fazenda, e com
gados, e com coisas preciosas, afora tudo o que voluntariamente se deu. 7 -
Também o rei Ciro tirou os utensílios da Casa do SENHOR, que Nabucodonosor
tinha trazido de Jerusalém e que tinha posto na casa de seus deuses.”
Neemias
1.3
“As palavras de Neemias, filho de Hacalias. E sucedeu no mês de Quisleu, no ano
vigésimo, estando eu em Susã, a fortaleza, 2 - Que veio Hanani, um de meus
irmãos, ele e alguns de Judá; e perguntei-lhes pelos judeus que escaparam, e
que restaram do cativeiro, e acerca de Jerusalém. 3 - E disseram-me: Os
restantes, que restaram do cativeiro, lá na província estão em grande miséria e
desprezo, e o muro de Jerusalém fendido, e as suas portas queimadas a fogo.”
INTRODUÇÃO
Nesta lição iremos ver a origem do
despertamento espiritual e suas finalidades.
Ciro era o rei da Pérsia e, Dario era o
rei medos. Ambos haviam se unido para tomar o reino Babilônico.
O decreto de Ciro já estava lacrado. Os
judeus deveriam voltar à sua terra, reerguer os muros de Jerusalém e
reconstruir o Santo Templo. No entanto, a tarefa parecia bastante difícil. A
maioria dos judeus estava acomodada à vida na Babilônia e não estava disposta a
voltar à terra de Israel para executar o plano de reconstrução. Somente o
Espírito Santo poderia levantar homens necessários ao desempenho de semelhante
tarefa.
Foi exatamente isso o que aconteceu. O
Senhor suscitou homens que não se prendiam às coisas efêmeras desta vida, e
cuja visão estava na redenção da linhagem de Israel.
É de um despertamento semelhante que tanto
precisamos nesses tempos difíceis.
A submissão à vontade de Deus gera o
despertamento espiritual.
I. CONTESTO
HISTÓRICO
Quando os babilônios dominaram a cidade de
Jerusalém em 605 a.C., por Nabucodonossor, e alguns jovens foram levados ao
cativeiro. O rei da Babilônia mandou que os mais capazes dos jovens judeus
fossem preparados para servir no seu palácio. Daniel, Hananias, Misael e
Azarias, Neemias foram entre os jovens escolhidos. Daniel foi profeta que se
destacou entre os 3 jovens no cativeiro na Babilônia, onde ocupou alta posição
no governo. Mas no final do cativeiro Neemias foi usado e ousado para trazer o
povo de volta e reconstruir os muros de Jerusalém.
O livro de Neemias conta a história de
Neemias, um líder dos judeus que regressara a Jerusalém. Sob sua direção, foram
reconstruídos os muros de Jerusalém. Contudo, “Neemias não se contentou
simplesmente em erguer estruturas físicas, mas desejava também que seu povo
fosse edificado espiritualmente” e ajudou os judeus a “assumir o controle de
sua vida, suas terras e seu destino como o povo de Deus” (Modesto M. Amistad
Jr., “Wanted: Modern Nehemiahs” [Procura-se: Neemias Modernos], Ensign,
dezembro de 2002, pp. 45–46). Ele também foi um exemplo de muitas qualidades
nobres. “Ele era humilde, motivado, confiante na vontade de Deus, cheio de
iniciativa, dotado de grande fé, destemido, organizado, obediente e justo”
(Modesto M. Amistad Jr., “Wanted: Modern Nehemiahs” [Procura-se: Neemias
Modernos], p. 46). Ao estudar o livro de Neemias, os alunos terão não somente
um exemplo de liderança correta como vão aprender o valor de fortalecer-se
espiritualmente.
I. O
DESPERTAMENTO ESPIRITUAL EMANA DO PRÓPRIO DEUS
1. “No
primeiro ano de Ciro, […], despertou o Senhor o espírito de Ciro” (Ed 1.1). Deus despertou
Daniel para orar pelo futuro de seu povo. Todavia, não foram as orações de
Daniel e nem sua vida santificada que produziram o despertamento, mas foi o
próprio Deus que fez o milagre do despertamento de Ciro (Is 26.12; 1ª Co 12.6).
Deus usa instrumentos para cooperarem com Ele, mas o autor do despertamento é
Ele mesmo.
2. Por
isso, o despertamento é um mistério. As coisas humanas podem ser explicadas,
previstas e calculadas. Mas a operação do Espírito Santo é diferente. Jesus
disse: “O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem,
nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito” (Jo 3.18).
Nós, na verdade, podemos ver o resultado
do despertamento, e até mesmo sentir a operação “das virtudes do século futuro”
(Hb 6.5). Mas na verdade nada sabemos e nada entendemos do poder de Deus.
3. A
Vontade de Deus.
O conceito de ‘vontade’, quando aplicado a Deus na teologia e na Bíblia, nem
sempre tem a mesma conotação. Ele pode denotar toda a sua natureza moral
incluindo seus atributos, a faculdade de autodeterminação (Sl 115.3; Dn 4.35),
um plano pré-determinado como no caso de um decreto (Ef 1.9,10; Ap 4.11 etc.),
o poder para cumprir seus planos e propósitos (Pv 21.1; Rm 9.19; 2º Cr 20.6),
ou a regra da vida imposta sobre as criaturas racionais, isto é, a vontade
objetiva de Deus, que se pode guardar (Mt 7.21; Jo 4.34; 7.17; Rm 12.2).
3.1.
A vontade divina é a causa final de todas as coisas. Ela é absoluta e
imutável (Sl 33.11), não condicionada por nada além de si mesma. Todas as
coisas são sua consumação: a criação e a preservação (Sl 135.6; Jr 18.6; Ap
4.11); o governo (Pv 21.1; Dn 4.35); a eleição e a reprovação (Rm 9.15,16; Ef
1.5); a morte de Cristo (Lc 22.42; At 2.23); a salvação (Tg 1.18); a
santificação (Fp 2.13); os sofrimentos dos santos (1Pe 3.17); a existência, o
curso da vida e o fim do homem (At 18.21; Rm 15.32; Tg 4.15); e até mesmo os
menores detalhes da vida (Mt 10.29).
Uma vez que todas as coisas encontram sua
causa última na vontade de Deus, é usual distinguir entre os aspectos eficazes
e permissivos da vontade de Deus. O aspecto eficaz da sua vontade é cumprido de
forma causal ou ativa. Não é apenas aquilo que Deus consente, mas também aquilo
que Ele deseja. Por outro lado, o aspecto permissivo da vontade divina é aquele
que tem uma autorização para ocorrer através da intervenção não controlada de
criaturas racionais. A vontade de Deus é revelada ao homem de várias maneiras:
pela palavra falada (Êx 3.14-18; At 1.8); por meio de sonhos e visões (Gn
41.1-32; At 16.6-10); pelo mundo natural e pelos eventos históricos (Sl
89.9,10; Is 46.10,11; 53.10); no futuro reino de Deus (Ef 1.9, 10); e pelas
Sagradas Escrituras [cf. At 20.27; 1ª Pe 4.17, 19)” (Dicionário Bíblico
Wycliffe. RJ: CPAD, 2006. pp.2025,2026]
II.
AS FINALIDADES DO DESPERTAMENTO
1. A
restauração nacional de Israel. Deus, quando quer realizar seus
propósitos, pode incutir a sua vontade no espírito do homem. Foi assim que Ele
fez com Ciro. Embora fosse rei de uma nação idólatra, Ciro foi despertado por
Deus, o qual incutiu a Sua vontade no espírito dele, dominado pelas tradições e
pela idolatria, a fim de que ele cumprisse os desígnios divinos relativos ao
povo de Israel, conforme havia falado pela boca do profeta Isaías, cerca de 200
anos antes:
“Que digo de Ciro: É meu pastor, e
cumprirá tudo o que me apraz, dizendo também a Jerusalém: Tu serás edificada; e
ao templo: Tu serás fundado.” (Is 44.28).
“ Assim diz o SENHOR ao seu ungido, a
Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as nações diante de sua face, e
descingir os lombos dos reis, para abrir diante dele as portas, e as portas não
se fecharão. 2 - Eu irei adiante de ti, e endireitarei os caminhos tortuosos;
quebrarei as portas de bronze, e despedaçarei os ferrolhos de ferro. 3 - Dar-te-ei
os tesouros escondidos, e as riquezas encobertas, para que saibas que eu sou o
Senhor, o Deus de Israel, que te chama pelo teu nome. 4 - Por amor de meu servo
Jacó, e de Israel, meu eleito, eu te chamei pelo teu nome, pus o teu sobrenome,
ainda que não me conhecesses. 5 - Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim
não há Deus; eu te cingirei, ainda que tu não me conheças; 6 - Para que se
saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de mim não há outro;
eu sou o Senhor, e não há outro.” (45.1-6).
Quando o propósito de Deus chegou ao
conhecimento de Ciro, era um fato já aceito e aprovado por ele, e logo foi
consumado. Assim, logo no início do seu reinado, Ciro proclamou um édito
autorizando os judeus a retornarem a Jerusalém e edificarem a casa do Senhor
“em Jerusalém, que é em Judá” (Ed 1.2). Começava, assim, uma restauração
nacional do povo israelita.
2. A
restauração espiritual de Israel. Deus quer usar o homem como seu
instrumento. Todavia, só são usados aqueles que cooperam com Deus, aqueles que
seguem a orientação divina por livre-arbítrio. O homem é livre para obedecer,
ou não, à orientação divina. Por isso, nem todos os que experimentam um
despertamento adquirem o mesmo progresso espiritual, porque não abrem
igualmente seu coração para Deus, a fim de obedecer, à risca, à orientação
divina (Pv 23.26; Dt 6.5).
Durante o cativeiro, o povo israelita
havia assimilado muitos dos costumes dos babilônicos, porém havia aprendido a
lição concernente à vontade de Deus: não servir aos deuses das nações, não
adorar os ídolos. Antes do exílio, Israel estava espiritualmente enfermo dos
pés à cabeça (Is 1.2-6), mas agora havia sido curado da idolatria para sempre.
Para Israel, o sofrimento resultou no despertamento, e este, na sua restauração
espiritual. A finalidade principal de despertamento é sempre a restauração
espiritual do povo de Deus.
Cada despertamento tem por objetivo
principal a salvação e a restauração do homem. Encontramos sempre estes dois
polos: A GRAÇA E O PECADO. O Espírito Santo está sempre pronto para convencer o
mundo sobre “o pecado, a justiça e o juízo” (Jo 16.8,9).
2.1.
O Espírito Santo é sempre intolerante com o pecado. O Espírito Santo
convenceu Saulo de que havia pecado contra a pessoa de Jesus (At 9.4,5). Foi o
Espírito Santo que convenceu de pecado a mulher samaritana (Jo 4.16-19) e fez
Zaqueu confessar sua falta (Lc 19.8). O Espírito Santo torna manifesta as
coisas más (Ef 5.13,14). O profeta de lábios impuros sentiu que perecia na
presença da santidade de Deus (Is 6.5). O Espírito Santo faz com que os crentes
andem na luz (1ª Jo 1.7).
2.2.
Mas o Espírito Santo também aponta para Jesus como aqu’Ele que perdoa e salva
(1ª Jo 1.9; 2.1,2; Rm 3.25; 2Co 5.18-21). Este era o ensino nos dias dos
apóstolos e deve continuar sendo nos dias de hoje, pois a Palavra de Deus não
muda, e as nossas necessidades espirituais também não (At 13.38-41; 14.15-17;
17.26-31).
3.
Ciro autoriza o povo judeus voltar a sua pátria. A política de
Ciro beneficiou sensivelmente os judeus exilados em Babilônia, pois Ciro
conferiu a Yahweh o mesmo respeito
dado a Marduque e a outras
divindades. A consequência lógica de sua política foi o decreto que permitia
aos judeus o retorno à sua terra. Somente em um templo restaurado em Jerusalém Yahweh poderia agir efetivamente como o
Deus de Judá. Assim, em fiel obediência a Yahweh,
Ciro decidiu repatriar o povo judeu. Providenciou autorizações para que eles
voltassem e reconstruíssem a cidade e o templo para seu Deus” [MERRIL, Eugene
H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus
colocou entre as nações. 6ª Edição. RJ: CPAD, 2007, p. 509].
III.
DEUS CUMPRE AS SUAS PROMESSAS
1. A
fidelidade de Deus em suas promessas. Pelo despertamento que Ciro recebeu, Deus
cumpriu literalmente a sua Palavra em relação ao retorno de Judá a sua terra
(Jr 27.22), bem como a derrota da Babilônia diante do exército medo-persa, sob
o comando de Ciro da Pérsia (Jr 25.12; Is 44.28; 45.2-6).
2.
Deus renova suas promessas de bênçãos. Em cada despertamento, Deus vivifica e
renova suas promessas de bênçãos ao seu povo. O Espírito Santo revela as
riquezas escondidas em Cristo, isto é, as riquezas de glória que Cristo ganhou
na cruz do Calvário, para dar àqueles que O servem (Rm 9.23; Ef 1.18; 2.7; Fp
4.19; Cl 1.27).
O batismo no Espírito Santo é uma bênção
que faz parte de uma nova vida com Cristo (At 2.38; cf. Hb 6.1-3). No
despertamento que operava no tempo dos apóstolos, eles faziam questão de que
todos os convertidos recebessem esta maravilhosa unção do alto (At 8.14-17;
19.1-6). Os dons espirituais também fazem parte das bênçãos que Jesus deseja
dar por meio do despertamento (1ª Co 12.7-11). Deus ainda deseja despertar os
corações para ter fé renovada na cura do corpo, também resultado da morte
expiatória de Jesus (Is 53.3-5; Mt 8.14-17; Tg 5.14-17; Mc 16.17,18).
3.
Deus renova a fé dos abatidos. Pelo despertamento, Deus cria ambiente de
fé, de expectativa e de oração. O despertamento nasceu da oração, e só poderá
prosseguir se a chama da oração continuar acesa. No Antigo Testamento, o fogo
do altar de incenso não se podia deixar apagar (Êx 30.7,8). Do mesmo modo, Deus
quer que o fogo do Espírito Santo não se apague em nossos corações, mas, sim,
que continue aceso, hoje, como no Dia de Pentecoste. Todavia, isso só se pode
conseguir através da oração incessante, por parte de cada um de nós.
4. Promessa.
Embora
se refira ocasionalmente à palavra do homem, o uso característico da palavra
‘promessa’ nas Escrituras relaciona-se com o que Deus declara que fará
acontecer. Embora possamos inferir as promessas feitas entre o Pai e o Filho
antes da criação, a primeira grande promessa de Deus aos homens está em Gênesis
3.15 e inaugura uma sucessão que, em uma crescente clareza de detalhes desde
seu anúncio, fala sobre a vinda do Messias-Salvador.
A fidelidade é um dos atributos de Deus.
Ele é fiel para cumprir Suas promessas. O apóstolo Paulo vai dizer; “Se formos
infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo.” (2ª Tm 2.13).
Uma grande variedade de promessas está
mais ou menos ligada, de uma forma direta, a essa grande promessa central,
inclusive a nova aliança (Jr 31.31-34), o derramamento do Espírito (Jl
2.28ss.), a restauração de Israel (Dt 30.1-5) e, finalmente, o novo céu e a
nova terra (Is 65.17; 66.22).
Paulo demonstra que a ‘promessa de Deus’
tem a qualidade de uma aliança, porque cada palavra de Deus é segura e certa,
livre do legalismo e da dependência do esforço do homem (por exemplo, Rm
4.13-16; Gl 3.16-18; cf. Hb 11.40)” [Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD,
2006, p.1611].
IV.
O DESPERTAMENTO TORNA OS HOMENS OBEDIENTES À PALAVRA
1. O
que é um despertamento espiritual? Antes de mais nada, é um retorno à
vontade de Deus. Todas as vezes que os crentes voltam aos princípios das
Sagradas Escrituras, dá-se um despertamento espiritual. Foi assim nos tempos de
Josias e na época de Esdras.
João 6.63 Jesus diz: “O espírito é o que
vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos digo são espírito
e vida.”
E, o mesmo se verifica quando o povo de
Deus, hoje, predispõe-se a executar as tarefas que o Senhor lhes entrega. Mas o
que é necessário para se viver um grande despertamento espiritual?
Em
primeiro lugar, é necessário se voltar às Sagradas Escrituras e esposar todos
os seus princípios.
João 5.39 “Examinais as Escrituras,
porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam.”
2ª
Timóteo 2.15
“ “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se
envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.”
Oseias 6.3
“Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a
alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a
terra.”
Oseias 6.6
“Porque eu quero a misericórdia, e não o sacrifício; e o conhecimento de Deus,
mais do que os holocaustos.”
Neste
ponto, devem cair por terra as nossas conveniências e comodidades. Somente a vontade
de Deus é que interessa. Notemos que o grande avivamento de Josias começou
exatamente quando líderes do povo começaram a examinar detidamente as Sagradas
Escrituras. Doutra forma, continuariam no mesmo marasmo.
Em
segundo lugar, é necessário buscar com redobrado favor a presença de Cristo. Afirmou certa vez
um teólogo que a história se cala acerca dos avivamentos que começaram sem
oração. Quer nos tempos bíblicos, quer nos dias de hoje, não pode haver
avivamento sem oração. É um pressuposto básico do qual não podemos fugir.
Em terceiro lugar, não podemos perder o
nosso primeiro amor. A Igreja de Éfeso, por exemplo, sofria deste mal crônico.
Exteriormente, não poderia haver igreja tão ortodoxa doutrinariamente como
aquela. No entanto, estava longe do seu primeiro amor. E, se a força do nosso
amor não corresponde aos primórdios da nossa fé, carecemos rogar as
misericórdias do Senhor para que um novo despertamento espiritual venha renovar
o nosso amor.
1. O
culto que foi restabelecido em Jerusalém foi exatamente aquele que a lei de
Deus determinava (Ne 12.44-47). Não foram introduzidas novas formas de
culto, nem qualquer mistura de doutrinas babilônicas!
2. O
despertamento dado pelo Espírito Santo faz com que os crentes desejem
intensamente ser fiéis à Palavra de Deus.
Paulo escreveu: “Para que, em nós,
aprendais a não ir além do que está escrito” (1ª Co 4.6).
O crente despertado inclina-se a guardar
os estatutos de Deus até o fim (Sl 119.112). E esta forma de proceder, esta
atitude do crente, é uma das bases para a comunhão uns com os outros.
“Companheiro sou de todos os que te temem, e dos que guardam os teus preceitos”
(Sl 119.63).
Comentarista: Eurico Bergstén
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