TEOLOGIA EM FOCO: UM MENINO NOS NASCEU

quinta-feira, 7 de maio de 2020

UM MENINO NOS NASCEU



Estamos vivendo um tempo em que os “contestadores” estão por toda a parte… Contestar é lícito e é necessário para que vivamos uma vida saudável, porém a contestação deve ter bases e motivos para ocorrer. Contestar usando as tradições humanas de sua religião, sem a exegese bíblica, é desviar-se da verdade. Contestar apenas por contestar é um exercício de pura futilidade e pode levar estas pessoas a influenciarem aos menos preparados a deixarem sua fé original, justamente por não terem o conhecimento necessário.
Um dos textos que estão sendo contestados é este:

Isaías 9.6 “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.”

Sem dúvidas, esse verso do livro do Profeta Isaías é um dos mais lindos de toda a Bíblia sagrada. E tem revelações fortíssimas acerca da identidade do Messias Jesus Cristo. Todas essas descrições sobre este “menino”, são atributos divinos.

Por isso, gostaria de examinar cada um desses atributos do Senhor Jesus, tendo o auxílio da língua original em que foi escrito o livro do Profeta Isaías, o Hebraico Bíblico. Vamos mergulhar em porções mais profundas da palavra de Deus.

I. CONTEXTO HISTÓRICO

Aproximadamente 700 anos antes do nascimento do Senhor Jesus o profeta anuncia este evento único e sublime: “Porque um menino nos nasceu”. No verso 14 do capitulo 7, o profeta diz que este menino que nasceria de uma virgem seria o Emanuel, que segundo o evangelista Mateus é o Deus conosco (Mt 1.23).

Este texto refere-se ao tempo em que o profeta Isaías profetizava para Judá e os reis que ali estavam. O profeta nasce no ano de 765 a.c. e seu ministério começa no ano de 740 a.C., ou seja, ele deu início a seu ministério aproximadamente aos 25 anos. Segundo relatos históricos ele morreu aos 92 anos de idade, pela mão do rei Manassés. Isso nos informa que seu ministério durou nada menos do que 67 anos!

II. PORQUE UM MENINO NOS NASCEU

 
O texto de Isaías 9.6 começa com: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu”.

1. “Um menino nos nasceu...” Nasceu refere-se à humanidade do Filho, e deu, à Sua divindade. O nascimento de um menino que cumpriria a promessa feita a Adão e Eva (Gn 3.15), ainda no jardim do Éden, de que da semente da mulher nasceria o redentor.

Novo Testamento, somos presenteados por Deus, que manifestou de forma salvadora a Sua graça, dando-nos seu único Filho.

1.1. A grande luz do menino que nasceu. A importância da luz na Bíblia se dá pelo fato de simbolizar e estar ligada à vida e à felicidade. Por isso Deus é comparado à luz, pois dEle emana a vida e a felicidade (Tg 1.17). Nenhuma vida seria possível na Terra se não houvesse abundância de luz; nenhuma vida espiritual teriam as pessoas que conhecem a Deus se Ele não as alimentasse com sua luz poderosa. Desta forma se diz do Messias que virá, que Ele irradiará uma grande luz, iluminando os que andavam na escuridão (Is 9.2). Agora não haverá mais desorientação nem confusão, pois o Messias, o Cristo, já proporcionou abundante luz para os seus filhos, pois diante dessa luz há clareza no caminho (Jo 14.6). Aqueles que moravam em regiões de morte têm agora lugar permanente na vida abundante (Jo 5.24).

1.2. A imensa alegria (Is 9.3). Isaías compara a alegria que o Messias traria à mesma que havia na época das colheitas (dia de pagamento com aumento de salário) ou como num despojo de guerra em que conseguissem muitas riquezas. A vinda de Cristo à Terra representa uma boa nova, expressa nos Evangelhos, tão extraordinária que o anjo que apareceu aos pastores em muita glória, a ponto de eles ficarem aterrorizados, disse: “[...]vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo” (Lc 2.10). A alegria de Cristo consiste no fato de Ele ter poder para perdoar pecados, salvar, curar e batizar no Espírito Santo, mas além disso, estar com Cristo é estar com a fonte permanente de alegria. Assim, mesmo em meio a tribulações e angústias, podemos experimentar sua alegria em nossa alma.

1.3. A quebra do jugo (Is 9.4). Jugo designa na Bíblia uma peça de ferro ou madeira que era colocada no pescoço do boi para controlá-lo, ou seja, um instrumento de opressão e submissão. Não existe nada pior para o ser humano do que ser aprisionado por algum jugo. Existem muitas pessoas aprisionadas pelo pecado, por outras pessoas ou mesmo por situações da vida que as oprimem e subjugam, mas Cristo, o Messias, veio para estraçalhar qualquer jugo e tornar todos os que o reconhecem como Cristo completamente livres.

2. “...um filho se nos deu.”
A segunda palavra interessante desse verso é a parte “[um filho] se nos deu“, onde encontramos o verbo נִתַּן (nittan), que significa “foi dado” – o verbo, em Hebraico, está na construção (binyan) Nif’al, que está na voz passiva, na terceira pessoa do singular masculino.

Veja que tanto o original hebraico, quanto a tradução está na voz passiva do verbo. Ou seja, o filho foi dado – alguém deu o filho – a linguagem está mostrando que o nascimento de Jesus foi um presente, um ato de doação.

E o Evangelho de João no capitulo 3.16 completa a profecia de Isaías, revelando quem havia dado o menino, o filho de Deus, o Príncipe e Rei de Israel:
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).

II. O PRINCIPADO ESTÁ SOBRE OS SEUS OMBROS

Outra palavra interessante é הַמִּשְׂרָה (ha-misrah): Está acompanhado de um artigo definido, ou seja, é um nome definido. Esse substantivo é derivado inclusive da palavra que vem em seguida שָׂרַר (sarar), que significa “reinar, governar”. A tradução mais adequada seria “o reino, ou o governo está sobre Seus ombros“.

Há uma expressão idiomática muito forte em hebraico, que chama esse reino de Malchut haShamayim (lê-se malrut rachamáim), governo que Jesus traz sobre os Seus ombros. É um reino de arrependimento:

Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus” (Mt 4.17)

Além disso, o local onde Jesus nasceu é a cidade de Belém da Judéia, a mesma cidade do rei Davi. E Ele é filho de Davi, como prova a genealogia de Jesus, que Ele é o herdeiro do trono, é o legítimo rei de Israel.

III. E CHAMARÁ O SEU NOME MARAVILHOSO CONSELHEIRO

1. O significado do termo. Maravilhoso vem da palavra פֶּלֶא (pelê), que quer dizer “maravilha“, ou “milagre“. Diversos personagens bíblicos aprenderam que o nome do Eterno Deus é Maravilhoso.

E o anjo do Senhor lhe disse: Por que perguntas assim pelo meu nome, visto que é maravilhoso? (Juízes 13.18).

“E disse Manoá à sua mulher: Certamente morreremos, porquanto temos visto a Deus.” (Jz 13.22).
Maravilhoso significa “aquele que é cheio de maravilhas, que faz maravilhas“. Essa é uma excelente revelação sobre a natureza divina do “menino que nos nasceu, do filho que se nos deu”, pois é o mesmo que já fez e que faz “maravilhas”:

“Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu glorificado em santidade, admirável em louvores, realizando maravilhas?” (Êx 15.11).

Seu Nome será também chamado Maravilhoso Conselheiro, porque conselho e sabedoria andam juntas. Somente um sábio pode dar conselhos. E Ele é a sabedoria que o mundo não conheceu, pois, essa sabedoria é loucura para os que não creem.

Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação (1ª Co 1.21).

Isaías contempla o filho maravilhoso de Deus: um filho se nos deu… E o Seu Nome será maravilhoso. O profeta Isaías falou uma palavra que nunca havia sido pronunciada em relação ao ser humano. Esta palavra que é traduzida como maravilhoso é, na verdade, um termo que durante todo o escrito do Antigo Testamento somente é utilizada para descrever o Pai, porém aqui, ele usa a mesma palavra para descrever o Filho.

2.  próprio Messias em si seria uma maravilha sobrenatural. A palavra hebraica, aqui, para maravilhoso, é “pele”, a qual é usada exclusivamente a respeito de Deus, e nunca a respeito de seres humanos ou de obras humanas.

Jesus não trouxe os céus em seu favor com o propósito de privá-lo da terra, mas trouxe em si mesmo uma manifestação pessoal dos céus, através da influência que vinha da presença de Deus, para recolonizar a terra.

Isaías viu, em Jesus atributos que, até então, eram apenas associados à pessoa de Deus ou ao Espírito Santo. Tudo que Isaías conseguiu dizer foi que ele era: “MARAVILHOSO”.

Essa característica do verbo encarnado, descrita por Isaías, revela o Deus que é maravilhoso. O Deus que surpreende a mais ansiosa expectativa do ser humano por afeto, cuidado, carinho, atenção e acima de tudo, amor. E revela também o humano inspirado pela excelência altíssima de Deus, transformado, recriado como uma expressão do Pai e da sua excelência.

Até então, durante toda a Antiga Aliança, se o Deus maravilhoso foi visto, foi apenas como Deus, à parte do ser humano. Um Deus maravilhoso e um ser humano pecaminoso. Porém, Isaías ver o Deus maravilhoso que Jesus, na terra, o chamaria de Pai. E ver o homem maravilhoso, que Deus o chamaria de filho.

O Filho do homem Jesus, possuído da natureza que entrelaça Deus com o ser humano, e torna o ser humano, uma expressão humana da Divindade, da luz e perfeição do Deus Criador.

3. Cristo não anula a humanidade do ser humano. Em Cristo está a matéria-prima para a verdadeira humanidade que se constitui de recursos da personalidade e natureza do Pai, que é Divino. Isto Jesus demonstrou.

4. Jesus veio para ser aquele que nos ensina e aconselha. Ao longo de seu ministério, Jesus deu vários ensinamentos muito importantes e mostrou o caminho para uma vida com Deus. Jesus é nosso grande conselheiro, que guia a vida de todos que creem nele.

Jesus é Conselheiro, Jesus veio e revelou o plano de salvação, nos mostrou a vida eterna. Em todo tempo Ele nos dá a direção certa, nos aconselhando e dizendo o que fazer. Somente Ele tem as palavras de vida eterna.

Jesus é Maravilhoso, Seu caráter, suas atitudes, seus atos, suas obras, sua santidade demonstraram e ainda revelam a perfeição de Jesus, e tudo isto nos leva a adorá-lo. Os grandes milagres feitos revelam sua magnitude e poder, desde Seu nascimento Jesus viveu e cumpriu como homem todos as exigências que se devem cumprir em meio social, cultural e espiritual, e não há ninguém como Ele, Jesus é Maravilhoso.

IV. DEUS FORTE, PAI DA ETERNIDADE

1. O significado do termo. Aqui os termos são אֵל גִּבּוֹר El Gibor, “Deus forte”, e o termo “Pai da eternidade” é em hebraico אֲבִי עַד Avi-Ad, que significa “Pai Eterno”. Porque como temos procurado demonstrar nos estudos bíblicos sobre o nascimento de Jesus, que o Messias, o Jesus Cristo é o Eterno Deus que se fez carne. Jesus é o “Deus forte”, o “Pai Eterno”.

2. Deus Poderoso. Jesus é Deus! Ele tem todo o poder e toda a autoridade de Deus. Mas Deus decidiu vir à terra como um homem, para nos salvar. Essa é uma grande maravilha: Deus, em todo seu poder, nos ama tanto que veio a sofreu conosco. O próprio Deus levou nossos pecados na cruz.

Deus é Onipotente, ou seja, não existem limites para o seu poder. Deus forte também é uma forma de falar EL SHADAY, o Deus todo poderoso (Gn 17.1).

Jesus mostrou o seu poder quando operou milagres sobre coisas impossíveis aos homens. Chamar Jesus de Deus forte também confirma a Divindade de Cristo para não confundirmos ou esquecermos “que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser” (Hb 1.3), como o próprio Deus encarnado e “a imagem do Deus invisível” (Cl 1.15).

Jesus é Deus forte! Encontre aqui mais versículos sobre a divindade de Jesus:
Ap 1.18: “E aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno.”

Mt 28.18: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra”. Onipotente quer dizer todo poderoso. Para entender-se que Cristo é onipotente, necessário se faz que se tenha certeza de que Ele detém todo o poder no céu e na terra. Todavia Ele morreu e ressuscitou ao terceiro dia; a sua ressurreição é a maior prova de Seu poder.”

3. Como alguém pode ser Pai da Eternidade? Jesus é Pai da Eternidade! João 1.14 “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.”

Pessoas que negam a divindade de Jesus dizem que ele não é eterno, que passou a existir em algum momento. A apresentação comum de Jesus nas Escrituras como o Filho de Deus é compreendida por algumas pessoas como apoio a essa doutrina. Um filho nasce, ou seja, passa a existir depois do pai.
Porém a Sagrada Escritura diz que Jesus sempre existiu, nunca foi criado, Ele é Deus.

Uma explicação que parece coerente para alguns, seria o nascimento de Jesus em Belém há mais de 2.000 anos. Mas a investigação mais profunda das Escrituras mostra que o nascimento foi a maneira que Deus escolheu para a encarnação de uma pessoa que já existia. O próprio Jesus disse:

Jo 8.58 “Respondeu-lhes JESUS: Em verdade em verdade vos digo que antes que Abraão existisse eu sou.”
Eu sou no grego é “egó elmi”, este verbo está desprovido de tempo, não dá ideia de tempo. Com isso JESUS estava dizendo que era eterno, que sempre existiu. Se identificando assim com Jeová de êxodo 3.14.

“E tu Belém, Efrata, posto que pequena para estar entre os milhares de Judá, de ti, é que me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Miquéias 5.2).

“JESUS é o mesmo ontem, hoje e eternamente” (Hebreu 13.8).

Quem mais ousou ser chamado de Pai Eterno? Sabemos que há somente UM, e que a corresponde à natureza eterna de Jesus:

Isaías exalta mais um atributo de Jesus destacando Sua divindade, Jesus é eterno. Assim como o PAI, Jesus também é eterno. Jesus mesmo disse: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30). E o apóstolo João, logo no início do evangelho fez questão de comprovar:

“ No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 2 - Ele estava no princípio com Deus. 3 - Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez” (Jo 1.1-3).

A expressão hebraica em questão é ‘Avi·‛ádh’ - Av significa “pai” e ‘ádh (hádh) “indica ilimitado tempo futuro, sempiternidade ou eternidade”[1]. Assim, embora a Tradução do Novo Mundo verta por “Pai Eterno”, a nota de rodapé da Tradução do Novo Mundo das Escrituras com Referências (Revisão de 1986) explica: “Ou ‘Pai Para Sempre’. Hebr.: ’Avi·‛ádh.”

Jesus é Pai da Eternidade, eternamente Ele luta em nosso favor do seu povo, a Ele pertence o domínio pelos séculos dos séculos, a vida eterna pertence a Ele e somente através de Jesus podemos ser salvos.

Assim como Deus Jeová, Jesus também é eterno. Não houve um ponto na história em que foi criado. Novamente, Cristo não passou a existir depois de sua manifestação em carne. Somente algo que já existe pode ser manifestado e Cristo é tão eterno como Deus Jeová. Sempre existiram. Esta não é uma questão fácil para aqueles que ainda estão mortos em seus delitos e pecados porque na verdade é uma questão de fé e este tipo de fé, que leva o homem a olhar para Deus e crer que ele existe, crer em Seu Filho, não é inerente ao próprio homem. Antes, ela possui um autor e um consumador, como diz o autor de Hebreus: “Jesus, o autor e consumador da nossa fé.” A fé salvadora possui um autor e um consumador. Ela não nasce com o homem e, portanto, não é inerente ao próprio homem nem pode ser desenvolvida pelo homem natural.

Salmos 90.2 e 4 “Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus” “Pois mil anos, aos teus olhos, são como o dia de ontem que se foi e como a vigília da noite”

Jesus sempre existiu - Cl 1.17 “E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.”

Antes de ser gerado pelo Espírito Santo no ventre de sua mãe, Jesus já preexistia sendo parte da Trindade Divina - Fl 2.6 “Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,

Jesus estava na criação de tudo como o “verbo de Deus” Jo 1.1, 14 “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 14 - E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.”

Os Resultados Da Ressurreição. A ressurreição de Jesus também é uma prova de que sempre existiu para a eternidade.

Podemos destacar como resultado da ressurreição de Cristo: Ela comprova a divindade de Cristo (Rm 1.4). Ela é a garantia da nossa justificação (Rm 4.25). Ela fez de Cristo o nosso Sumo Sacerdote (Hb 7.22-25). A ressurreição de Cristo é a prova concreta de Deus de que haverá julgamento dos justos e dos ímpios (At 10.42; 17.31). Ela é a garantia de que nossos corpos também ressurgirão dentre os mortos (Jo 5.28-29; Rm 8.11; 1ª Co 15.20-23). A ressurreição de Cristo preparou o caminho para que Ele se assente no trono de Davi no reino vindouro (At 2.29-32).

O próprio Jesus, enquanto homem, afirmou ser Deus (Jo 10.30, Jo 14.9), demonstrou sua onipotência (Mt 8.13,26-27, Jo 2.7-9), sua onisciência (Mc 2.8, Mt 17.27, Jo 6.64) e declarou Sua eternidade (Jo 8.58, Ap 22.13 com Ap 1.8 ).

V. PRÍNCIPE DA PAZ

Aqui temos as palavras שַׂר שָׁלוֹם Sar Shalom, que podem ser traduzidas como “Príncipe da Paz”, ou “Rei da Paz”. O Seu reino é um reino de paz.

Do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto. Isaías 9:7

A paz do Seu reino não terá fim, e nós somos representantes desse reino, portanto, a paz tem que ser uma das características de um verdadeiro discípulo de Jesus.

“Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;” (Mt 5.9).

Jesus veio para restaurar nosso relacionamento com Deus. Quando pecamos, tornamo-nos inimigos de Deus, separados dele. Mas, através de seu sacrifício na cruz, Jesus nos oferece perdão e reconciliação com Deus. Assim, podemos ter paz com Deus e paz em nossas vidas.

Jesus é Deus vindo ao mundo para nos salvar, perdoar, ensinar e dar a vida eterna.

O profeta Isaías explique que: “O castigo que nos traz a paz estava sobre Ele” (Is 53.5).

João 14.27 “Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo.”

João 16.33 “Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflição; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo.”

Cl 1.20: “E que, havendo por Ele feito a paz pelo seu sangue da sua cruz”.

Rm 5.1: “Sendo, pois, justificado pela fé, temos paz com Deus, por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo”.

Efésios 2.13-14 “Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto. 15 - Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio.”

Em Isaías 9.2 “O povo que andava em trevas, viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz.”

Jesus veio nos mostrar a luz, antes andávamos perdidos e sem direção, Ele nos mostra o caminho que devemos andar, nos reconcilia ao Pai, antes Dele éramos destituídos da glória de Deus, presos sobre o pecado, mas Jesus veio para trazer perdão, o preço ele já pagou por todos os nossos pecados, e quando confessamos com nossos lábios Jesus e andamos com Ele, Deus quando nos olha já não vê nossos pecados Ele vê Jesus, e podemos entrar no santo dos santos e adorá-lo.

Isaías 9.4 “Porque tu quebraste o jugo da sua carga”. Não sei o jugo que você tem vivido, seja o jugo dos vícios, da prostituição, da mentira, não sei o que o diabo tem coloca sobre você, Jesus quebra e te liberta, Ele vai para libertar os cativos, da visão aos cegos, chega de ser escravo Jesus te dá uma nova vida, Eis que tudo se fez novo e nova criatura sou, Ele foi zombado, humilhado, machucado, suas mãos pregadas no madeiro, em nada murmurou por amor a você, morreu mas em Mateus 28.6 diz que Ele ressuscitou. Toma a decisão da sua vida, aceite Jesus como seu Senhor e Salvador, morra para o que tem te afligido e ressuscite para uma nova vida que Ele te dá hoje!

CONCLUSÃO.
Isaías 9.6-7 é um dos textos bíblicos mais importantes sobre a divindade de Cristo. Nessa passagem temos uma profecia que o Cristo, uma vez encarnado, e, vindo ao mundo, teria quatro títulos que o distinguiria como ser divino. “Porque um menino nos nasceu...e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade.’

Deus presenteou o mundo com o seu filho Amado, para que todo aquele que desejar responder a este amor, por meio da fé, alcance a justificação dos seus pecados e a vida eterna.

Pr. Elias Ribas
Dr. Em Teologia
Assembléia de Deus
Blumenau SC

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