TEOLOGIA EM FOCO: O CRISTO O DEUS ENCARNADO

quinta-feira, 14 de maio de 2020

O CRISTO O DEUS ENCARNADO



I. A PREEXISTÊNCIA DE CRISTO - ANTES DA CRIAÇÃO DO MUNDO

1. A doutrina da pessoa de Cristo (Cristologia) é crucial para a fé cristã. É básica para a soteriologia, pois, se nosso Senhor não era quem afirmava ser, então, seu sacrifício foi deficiente, não sendo suficiente para pagar pelos pecados da humanidade.

Quando o Senhor Jesus encarnado veio realizar a obra de redenção da humanidade, Deus tornou-se o Filho do homem, aparecendo-se e realizando a obra entre os homens. Ele não apenas abriu a Era da Graça, mas iniciou uma obra nova era na qual Deus veio pessoalmente ao mundo humano para viver entre os homens. Com grande adoração, o homem chamou o Senhor Jesus de Cristo, o Filho de Deus. Sim! Naquele tempo, o Espírito Santo também testemunhou que o Senhor Jesus é o Filho amado de Deus, e o Senhor Jesus chamou Deus de Pai celestial. Assim sendo, o homem acreditou que o Senhor Jesus era o Filho de Deus.

2. A Encarnação do Verbo tornou-se o “Principal pilar da fé cristã”. Afinal para crer e aceitar esse mistério só por meio da fé, (Papel principal da Doutrina de Cristo), provocar a fé veja: João disse: “Deus enviou seu Filho Unigênito para todo aquele que nele crer não pereça mais tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Jesus mesmo afirmou várias vezes o fator crer nele: “Quem crer em mim como diz as escrituras do seu interior correrão rios d’águas vivas” (Jo 7.38), O fator crer era a chave para se achegar a Deus (Jo 14.1). Veja bem! A fé que sig confiança crença, acreditar ou simplesmente crer! Era enfatizado, como alicerce, raiz, base e estrutura sólida (Hb 11.1). Sem ela é totalmente impossível agradar a Deus (v. 6). O justo vive por meio dela e por ela (Rm 1.17). Ela vem-nos por meio da pregação da palavra (Rm 10.17). A Palavra é o Próprio Cristo! Então é d’Ele que vem a nossa base de fé! Graças a Deus!

O mistério da encarnação de Cristo, pôs em movimento o “Plano da Salvação” arquitetado antes da fundação do mundo (Ef 1.1-6). Partindo da premissa que afirma ser Deus Onisciente, sabedor de tudo, passado, presente e futuro, sem precisar de subterfúgios ou meios de previsões! É notório que Ele sabia que o homem cairia, todavia Ele não impediu a queda, por que o homem precisava ser provado! Note Deus queria criaturas capazes de servi-lo, por amor! Enquanto Satanás regozijava com a queda do homem, Deus vê nela “A queda” tudo o que queria para nos provar seu amor e com isto dá uma lição a Satanás sem precisar mover um dedo, apenas um homem, um homem/ou mulher que estivesse disposto a aceitar o desfia da fé! Gloria a Deus!

O Mistério da encarnação nos revela o plano da salvação! Este acontecimento é o fato fundamental da fé Cristã, pois a encarnação do verbo reflete a união da natureza Divina com a Humana. Esse mistério revelado é o acontecimento mais mirabolante e envolvente do Cristianismo! Jesus encarnando nascendo da virgem como foi predito! Amem!

3. O significado da preexistência de Cristo. Significa que Jesus existia antes de nascer como homem, antes mesmo até da criação do tempo. É um conceito paralelo, mas distinto da “eternidade”.

2. A importância da doutrina da preexistência de Cristo. O maior testemunho da preexistência de Cristo vem dele mesmo, pois declara implicitamente e explicitamente a sua condição de existência antes da encarnação.

2.1. No nascimento. Se Cristo veio a existir em seu nascimento, Ele é apenas um homem comum, ou seja, nunca existiu. Porém, quando lemos o texto do profeta Isaías ele diz que o menino (que se refere a Jesus) e: “...Deus Forte, Pai da Eternidade...” (Is 9.6).

2.2. Na divindade. Se Cristo não era preexistente, então, não poderia ser Deus.
Fl 2.6 “Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus.”

Antes de ser gerado pelo Espírito Santo no ventre de sua mãe, Jesus já preexistia sendo parte da Trindade Divina.

2.3. Nas declarações. Se Cristo não era preexistente, ele mentiu a respeito de quem ele era e, consequentemente, possivelmente teria mentido também sobre outros assuntos.

3. As evidências da preexistência de Cristo.
3.1. Sua origem celestial. Jesus declara que desceu do céu, ou seja, Ele já existia antes de Seu nascimento.

Jo 3.13 “Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu.”

Jo 3.13, 31: “Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu. 31 - Aquele que vem de cima é sobre todos; aquele que vem da terra é da terra e fala da terra. Aquele que vem do céu é sobre todos. 38 - Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. 51 - Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo. 58 - Este é o pão que desceu do céu; não é o caso de vossos pais, que comeram o maná e morreram; quem comer este pão viverá para sempre. 62 - Que seria, pois, se vísseis subir o Filho do homem para onde primeiro estava?”

3.2. Ele afirma claramente que existia no céu antes da sua vinda a esta terra. Jesus declara que foi enviado, que desceu, isto implica em existência anterior à sua vinda: Jo 8.42 Disse-lhes, pois, Jesus: Se Deus fosse o vosso Pai, certamente me amaríeis, pois que eu saí, e vim de Deus; não vim de mim mesmo, mas ele me enviou.”

Jo 13.3 “Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus e ia para Deus.”

Jo 16.28 “Saí do Pai, e vim ao mundo; outra vez deixo o mundo, e vou para o Pai.”

3.2. Sua obra na criação. Cristo estava envolvido na obra da criação, sendo anterior a ela:

Jo 1.3 “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.”

Cl 1.16 “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele.”

Hb 1.2 “A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.”

3.3. Seu relacionamento com Deus. A Bíblia afirma que Jesus tem a mesma natureza de Deus e que possuiu a mesma glória do Pai antes de o mundo existir.

A. Natureza. Jo 10.30 “Eu e o Pai somos um.”
Fl 2.6 “Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus.”

B. Glória. Cristo afirma que já existia em glória antes da fundação do mundo.
Jo 17.5 “E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse. 24 - Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo.”

3.4. Seu relacionamento com João Batista. João Batista reconhece a existência de Jesus antes de ele vir a existir, mesmo tendo ele nascido antes do Jesus encarnado. Jo 1.15,30 “João testificou dele, e clamou, dizendo: Este era aquele de quem eu dizia: O que vem após mim é antes de mim, porque foi primeiro do que eu. 30 - Este é aquele do qual eu disse: Após mim vem um homem que é antes de mim, porque foi primeiro do que eu.”

II. A ETERNIDADE DO CRISTO PRÉ-ENCARNADO

1. O significado da eternidade de Cristo.
Jesus sempre existiu, eternamente. A eternidade e a preexistência andam sempre unidas, apesar de Ário ter afirmado a preexistência de Cristo e negado sua eternidade, ponto de vista defendido atualmente pelas Testemunhas de Jeová.

A palavra Pai da Eternidade referindo-se a Jesus (Is 9.6), mostra-nos que Ele é Eterno. A palavra Eterno no hebraico ["עלמּ" `olam], está relacionado a duas dimensões: “mundo físico e também ao tempo eterno.

Esta única palavra aparece na Bíblia, com variações, não menos que 437 vezes. Na língua hebraica, `olam (עלמּ) representa tanto a dimensão física quanto a dimensão do tempo - relacionando-se, especificamente, com sua propriedade “ilimitada”. Assim, `olam ( עלמּ ) significa, simplesmente, “mundo físico” (tudo o que existe), mas também fala de “tempo”, “eternidade” (relacionado ao tempo sem limites), ou o tempo decorrido desde o início dos tempos até a eternidade.

A palavra `olam (עלמּ) é derivada da raiz "עלמּ" `alam, que significa ocultar, esconder, ser escondido, ser ocultado, ser secreto. Na língua hebraica, essa raiz é origem de muitas palavras, todas com um senso comum: ser escondido, ocultado. Exemplos incluem "העלם" healem (esquecimento, desaparecimento), "תעלמה" ta`alummah (mistério, segredo), "להעלים" le-halim (esconder) e "להתעלם" le-hitalem (ignorar, agir como se algo é inexistente).

Olhando o sentido da palavra no seu significado mais concreto como era utilizado nos primórdios pelo povo hebreu, `olam (עלמּ) significa “além do horizonte”, apontando para algo distante e escondido, tanto físico quanto temporal, por isso a relação de `olam (עלמּ) com sua raiz `alam (עלמּ).

Você pode então justificadamente perguntar: Qual é a conexão entre “mundo” e “ocultação”? A resposta está escondida no clamor do profeta Isaías a Deus:

“Verdadeiramente, Tu és Deus que Se oculta (se esconde, misterioso), ó Deus de Israel, ó Salvador.” (Isaías 45.15)

O tema do Deus oculto é repetido inúmeras vezes na Bíblia. Por exemplo, quando Moisés pede a Deus “Mostre-me a Tua glória” (Êx 33.18), a resposta que ele recebe é:

“Disse mais o Senhor: Eis aqui um lugar junto a mim; aqui te porás sobre a penha. 22 - E acontecerá que, quando a minha glória passar, pôr-te-ei numa fenda da penha, e te cobrirei com a minha mão, até que eu haja passado. 23 - E, havendo eu tirado a minha mão, me verás pelas costas; mas a minha face não se verá.” (Êx 33.21-23).

A tradição judaica interpreta isso implicando que a presença de Deus pode ser evidenciada pelas coisas que já ocorreram no passado (“Tu Me verás pelas costas”), entretanto, a própria existência de Deus está escondida dos olhos. Isso é muitas vezes comparado com o fato de que se pode ver o corpo humano, em suas várias manifestações, mas não a alma e o espírito que reside dentro de cada um. Da mesma forma como no Tabernáculo de Moisés no deserto, onde o Pátio (que simboliza o corpo) poderia ser visto abertamente, mas o Lugar Santo (que representa a alma) e o Lugar Santíssimo (que representa o espírito), ficavam escondidos pelas várias coberturas e os véus do Santuário. Por isso o autor de Hebreus escreve que o caminho ao SENHOR foi por meio da destruição do véu (a cobertura que simboliza a carne ... nesse caso a carne de Jesus que escondia a Sua natureza divina) que esconde o Santuário:

“Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que Ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela Sua carne” (Hb 10.20).

O sentido e o uso da palavra `olam (עלמּ) agora se torna claro: o mundo inteiro é uma manifestação do oculto de Deus. Deus está no mundo, mas o mundo inteiro é também um testemunho do Deus que Se esconde (Is 45.15) e isso para que o homem sempre tenha que fazer uso da fé, porque ...

“... sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que se torna galardoador dos que O buscam.” (Hb 11.16).

O significado na palavra hebraica para “mundo” e “eternidade” agora torna-se óbvio: em uma única palavra, `olam (עלמּ), está descrito toda a criação que envolve o mundo físico e o tempo, percebidos na física moderna pela relação espaço-tempo que rege o universo, mas que também fala do Criador de todas as coisas e que Se esconde, que Se oculta para que o homem possa fazer uso de seu poder de escolha e busque ou não ter um relacionamento com aqu’Ele que o criou (Elohim Bara).

Este nome é traduzido em nossas Bíblias como “Deus Eterno”, embora pudesse ser traduzido como “Deus dos séculos ou gerações.” EL-OLAM é encontrado pela primeira vez em gênesis 21.33. EL-OLAM nos mostra que Deus é o Deus do tempo, tudo o que acontece está sob o controle de Deus. Ao longo da história da humanidade EL-OLAM tem se manifestado e revelado o seu propósito ao homem, sua máxima revelação e manifestação se encontra na pessoa de Seu Filho Jesus Cristo:

“Deus falou muitas vezes e de muitos modos anteriormente aos nossos pais, pelos profetas, nestes últimos dias nos tem falado pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.” (Hb 1.1-2). Jesus Cristo tem atributos eternos. Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente (Hb 13.8). Ele obteve para nós a redenção eterna (Hb 9.12).

2. A importância da doutrina da eternidade de Cristo.
Se a eternidade do Verbo é negada, então:
(a) Não existe Trindade.
(b) Cristo não possui divindade absoluta.
(c) Ele mentiu.

3. As evidências da eternidade de Cristo.
3.1. A essência de Cristo. Cristo é da mesma essência de Deus. Hb 1.3 “O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas.”

3.2. Os profetas. Os profetas anunciaram a eternidade de Cristo.
Isaías 9.6 “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.”

O cristianismo sempre entendeu que Deus é eterno (Rm 16.26). A eternidade, como característica do ser divino, trata da relação de Deus com o tempo.

Para melhor compreendermos a doutrina da criação faz-se necessário analisarmos os três conceitos que os gregos antigos tinham para tempo: kronos, kairós e Aion.

A. O tempo kronos: refere-se ao tempo cronológico, ou sequencial, tempo do calendário, do relógio, tempo que costuma nortear a vida terrena, é o tempo dos homens.

B. O tempo kairós: É uma antiga palavra grega que significa a um momento indeterminado no tempo, em que algo especial acontece, o tempo da oportunidade. É usada também em teologia para descrever a forma qualitativa do tempo, o “tempo de Deus”, enquanto chronos é de natureza quantitativa, o “tempo dos homens”.

C. O tempo Aeon: já era um tempo sagrado e eterno, sem uma medida precisa, um tempo da criatividade onde as horas não passam cronologicamente, também associado ao movimento circular dos astros, e que na teologia moderna corresponderia ao tempo de Deus.

Quando Jeová criou a terra não foi no tempo literal, mas o tempo kronos. No Salmo 90 está escrito: “Porque mil anos aos teus olhos são como o dia de ontem que passou, e como uma vigília da noite”. 
Em 2ª Pedro 3.8: “Amados, não ignoreis uma coisa: “um dia para o senhor é como mil anos e mil anos como um dia”

- Todavia, não havia sol e nem lua, e o universo estava sob tempo de Jeová (Aeon) e não do homem. Em “seis dias” em tempo remotos e sem haver ninguém presente para relatar o processo da operação.
Como resultado, toma-se a eternidade divina como significando que Deus é totalmente e completamente desvinculado e alheio a qualquer realidade temporal ou histórica. As consequências de uma ideia como essa permeiam e condicionam toda a concepção clássica da natureza e dos atos divinos.

Isaías 57.15 Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é Santo: Num alto e santo lugar habito; como também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos.

Mq 5.2 “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.”

3.3. Jesus declara que existia antes de Abraão - Jo 8.58-59 “Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou. 59 - Então pegaram em pedras para lhe atirarem; mas Jesus ocultou-se, e saiu do templo, passando pelo meio deles, e assim se retirou.”

Cristo afirmou Sua existência eterna. Porém, os judeus perguntam: “Ainda não tens cinquenta anos e viste Abraão?” Indicando claramente que o homem Jesus não tinha idade suficiente para fazer esta declaração, mas o Filho de Deus existia eternamente, o que equivalia a declarar-se Deus e, por isso, quiseram apedrejá-lo (Jo 8.56-59). A expressão “Eu sou” afirma sua eternidade e divindade.

3.4. A declaração de João. O evangelista João claramente afirmou a eternidade do verbo Jo 1.1 “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.”

3.5. A declaração do apóstolo Paulo – 1ª Timóteo 1.15-17: “Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. 16 - Mas por isso alcancei misericórdia, para que em mim, que sou o principal, Jesus Cristo mostrasse toda a sua longanimidade, para exemplo dos que haviam de crer nele para a vida eterna. 17 - Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus sábio, seja honra e glória para todo o sempre. Amém.”

V. 17 Rei eterno. Ao contrastar sua nova vida em Cristo com sua vida anterior de intolerância e ódio, Paulo prorrompe em uma gloriosa doxologia de gratidão (sobre semelhantes hinos de gratidão.

Esta atribuição de louvor é oferecida a Deus em vista da misericórdia que ele havia demonstrado a tão grande pecador. Além do mais, Deus se revelou como Salvador de uma maneira específica e pessoal, isto é, em Jesus Cristo o Filho de Deus. Em Sua sabedoria e decreto soberano, Deus fez de Cristo o único caminho pelo qual podemos conhecê-lo como Salvador. Ele não salva à parte de Jesus Cristo. Dessa forma, Jesus é a única esperança para a humanidade. Os não cristãos não têm nenhuma base para pensar que eles serão declarados justos diante do trono de Deus, ou para pensar que algo bom acontecerá a eles após a morte. Eles enganam a si mesmos quando se apegam aos seus falsos deuses e superstições, incluindo sua ciência e filosofia, e aqueles que confiam em suas boas obras não conseguirão nada melhor

Para o duplo testemunho que acabou de ser apresentado, a doxologia de louvor vem como o clímax e a fonte da profunda adoração e gratidão de Paulo. Deus Pai não foi mencionado no contexto, portanto esta doxologia dirigida a Deus possivelmente pode ser aceita como

dirigida a Cristo ou ao Deus Triúno.

Pr. Elias Ribas
Assembléia de Deus
Blumenaus SC

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