TEOLOGIA EM FOCO

sábado, 10 de agosto de 2013

A MORTE E RESSURREIÇÃO DE LÁZARO - JOÃO CAPÍTULO 11.


Jesus soube primeiramente que Lázaro estava enfermo (Jo 11.3), mas passados alguns dias Jesus revelou aos discípulos que ele havia morrido. “Então, Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu” (Jo 11.14). Jesus foi o primeiro a saber da morte de Lázaro, confirmada depois por Marta, Maria, e pelos judeus ali presentes (Jo 11. 21, 32, 37).

Feitas essas considerações, passemos ao caso de Lázaro. Vejamos o relato bíblico, segundo o escritor João.

Quando Jesus chegou, já fazia quatro dias que Lázaro havia sido enterrado:

“Chegando Jesus, encontrou Lázaro já sepultado, havia quatro dias. Ora, Betânia estava cerca de quinze estádios perto de Jerusalém. Muitos dentre os judeus tinham vindo ter com Marta e Maria, para as consolar a respeito de seu irmão. Marta, quando soube que vinha Jesus, saiu ao seu encontro; Maria, porém, ficou sentada em casa. Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se estiveras aqui, não teria morrido meu irmão. Mas também sei que, mesmo agora, tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá. Declarou-lhe Jesus: Teu irmão há de ressurgir. Eu sei, replicou Marta, que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia. Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto? Sim, Senhor, respondeu ela, eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo. Tendo dito isto, retirou-se e chamou Maria, sua irmã, e lhe disse em particular: O Mestre chegou e te chama” (Jo 11.17-28).

Nesta passagem percebemos que Marta tinha fé de que Jesus era o Filho de Deus o Messias, porém ela não imaginava que Ele teria poder para ressuscitar seu irmão morto á quatro dias na sepultura.
Diante do túmulo de Lazaro, Jesus declarou á Marta irmã de Lázaro dizendo: “Teu irmão há de ressurgir. Eu sei, replicou Marta, que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia. Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11.23-25).

Dois pontos devem ser analisados no dialogo de Jesus com Marta: Primeiro, a declaração de Marta de que o irmão dela haveria de ressuscitar, segundo Marta falou da ressurreição do último dia e Jesus não rebateu sua afirmação, pois estava de acordo com o Seu ensino (João 5.28.29).

Allan Kardec trabalhou em cima de probabilidades ao afirmar que Lázaro fora enterrado vivo. Aliás, foi inadequado o uso do termo “enterrado”, que significa sob a terra. Pela descrição bíblica, o corpo foi colocado numa abertura na rocha (Jo 11.38), a exemplo do sepultamento de Jesus.

Os homens daquela época até poderiam se enganar, mas Jesus tinha certeza de que Lázaro estava morto. O relato bíblico contraria as conclusões de Allan Kardec. Vejam:

1.      “Então disse Jesus claramente: Lázaro está morto” (Jo 11.14).
Perdão pela redundância, mas se Jesus disse que Lázaro estava morto é porque Lázaro estava de fato morto. Quem além de Jesus poderia dar um diagnóstico preciso? Seria o caso de quase dois mil anos depois o Espiritismo apresentar versão diferente?

2.      Jesus disse a Marta: “Teu irmão há de ressuscitar” (v.23).
Ressuscitar significa voltar a viver. Kardec sabia disso ao dizer, como acima, “porém, houve na realidade cura, e não ressurreição, na acepção da palavra”. Jesus estava falando exatamente de ressurreição.

Quando Jesus afirma “Teu irmão há de ressurgir”, só uma pessoa que sabe o que está fazendo usa esse tom e Jesus ainda se mostra convicto ao afirmar: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto? (Jo 11.25-26).

“Nunca morrerá....” Ele não se refere a morte físcia, e sim a espiritual – a morte espiritual é e a separação eterna de Deus, após o juízo final (Ap 20.11-14).

Se fosse apenas uma letargia, por que Jesus enfatizou que a irmã de Lázaro “veria a glória de Deus”? (v. 40). Para curar um homem de letargia precisaria invocar a glória de Deus? Essa declaração, todavia, indicava que Marta estava prestes a presenciar um grande milagre. Além disso, a Bíblia registra que “o defunto saiu” do sepulcro (v. 44). Segundo o Dicionário Aurélio, defunto quer dizer “pessoa que morreu; morto”.
Agora ouçam o seguinte. Para o kardecismo, Jesus foi:

a. Um espírito muitíssimo evoluído que atingiu o mais elevado grau de perfeição.
b. “Um iniciador da mais pura, da mais sublime moral evangélico-cristã, que há de renovar o mundo, aproximar os homens e torná-los irmãos...”.
c. Um homem que veio ensinar a JUSTIÇA de Deus.
d. Um homem que veio ensinar TODAS AS VERDADES, porque “no Cristianismo se encontram todas as verdades”.
e. Jesus foi “A Segunda Revelação de Deus”; a Primeira, Moisés; a Terceira e última, o Espiritismo (O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, Introdução e cap.I).

Diante de tantas qualidades morais e espirituais atribuídas pelo Espiritismo a Jesus, não há como admitir que Ele tenha proferido alguma palavra mentirosa. Se mentiu em alguma coisa; se não levou a sério o Seu ensino; se ensinou alguma coisa errada, então nunca foi um “Bom Espírito”, um Espírito puro. Se não confiarmos na “Segunda Revelação de Deus”, como confiaríamos na “Terceira Revelação”, o Espiritismo?

Daí porque o Espiritismo deveria observar com muito cuidado as palavras de Jesus, tudo o que Ele disse, todas as verdades contidas no Seu Evangelho. Daí porque devemos também, nós evangélicos, em nossa conversa com os espíritas, fazê-los lembrar dessas premissas, do entusiasmo com que Kardec falou de Jesus e da imperiosa necessidade de levar em consideração tudo o que Ele falou.

Ora, quando o Espiritismo afirma que Lázaro não morreu, mas que sofrera uma síncope, e, por ignorância da época, fora enfaixado e colocado vivo no sepulcro, faz uma afirmação inconsequente.

Vejam mais o que escreveu o codificador da doutrina espírita sobre o assunto:

“A reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob o nome ressurreição... Criam eles que um homem que vivera podia reviver, sem saberem precisamente de que maneira o fato poderia dar-se. Designavam pelo termo ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente, chama de reencarnação. Com efeito, a ressurreição dá ideia de voltar à vida o corpo que já está morto, o que a Ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já se acham desde muito tempo dispersos e absorvidos. A reencarnação é a volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e que nada tem de comum com o antigo. A palavra ressurreição podia assim aplicar-se a Lázaro...” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, cap IV, item 4).

Concordo com Allan Kardec quando diz que a ressurreição dá ideia da recomposição corpo-espírito (“voltar à vida o corpo que está morto”).

A palavra de Jesus é incontestável. Ele declarou que Lázaro estava morto. Depois, já cheirando mal o cadáver, Ele o fez reviver. Logo, Lázaro ressuscitou. Jesus, o Filho de Deus, passou por cima da Ciência. A mesma coisa aconteceu quando caminhou sobre as águas, transformou água em vinho, multiplicou pães, fez reviver o filho da viúva de Naim e a filha de Jairo, curou paralíticos, cegos, leprosos.

O Espiritismo não pode admitir a ressurreição de Lázaro pelos seguintes motivos:
1. Admiti-la implicaria em aceitar também a ressurreição corporal de Jesus.
2. Em acatar as demais ressurreições bíblicas.
3. E em admitir a possibilidade de uma ressurreição coletiva na Segunda vinda de Jesus (1ª Ts 4.16-17). As evidências dessas ressurreições e a promessa de uma ressurreição coletiva na volta de Jesus colocam em xeque-mate a crença reencarnacionista, coluna vertebral do kardecismo. Na reencarnação o espírito volta em outros corpos; na ressurreição, o espírito retorna ao corpo original.

A ressurreição de Lázaro é o que há de mais claro na Bíblia, e tem uma história: Lázaro ficou enfermo; faleceu; foi colocado no jazigo, onde passou quatro dias; sua irmã Marta disse que o corpo estava em estado de decomposição, pois “já cheirava mal”. Além disso, temos o atestado de óbito ditas Jesus, que declarou com todas as letras: LÁZARO ESTÁ MORTO (Jo 11.14). A Bíblia diz que essa afirmação de Jesus foi de forma clara.

O inconsistente argumento segundo o qual Lázaro sofrera de um ataque epilético não pode prevalecer. Se válido tal raciocínio, deveríamos considerar que os judeus não faziam a menor diferença entre um corpo vivo e um corpo morto. Teríamos de negar as seguintes ressurreições e admitir que essas pessoas estavam vivas, e que, nos casos a seguir, Jesus, Elias, Eliseu, Pedro e Paulo ressuscitaram quem não havia morrido:


O filho da viúva de Serepta, ressuscitado pelo profeta Elias (1º Rs 17.19-22); o filho da sunamita, ressuscitado pelo profeta Eliseu (2º Rs 4.32-35); a filha de Jairo, por Jesus (Mc 5.21-23, 35-41); o filho da viúva de Naim, por Jesus (Lc 7.11-17); a discípula chamada Tabita, por Pedro (At 9.36-43); uma ressurreição coletiva logo após a morte de Jesus (Mt 27.52); a ressurreição do jovem Êutico, pelo apóstolo Paulo (At 20.9).

Pr. Elias Ribas
pr_eliasribas@yahoo.com.br

A MORTE E A RESSURREIÇÃO DE JESUS

     A vida de Jesus foi autêntica, real, quando comia, dormia, caminhava, falava, amava. Também o foi quando morreu. Sua morte foi plenamente humana. A morte não perdoou nada a Jesus (basta lermos os Evangelhos). Jesus foi morto por homens concretos (Mt 27, 20).

Ao terceiro dia, Jesus ressuscita dos mortos (Lc 24, 5-6). A Ressurreição de Jesus é verdadeiramente o maior dos alicerces da nossa fé em Cristo, estabelecida com os documentos do Novo Testamento, juntamente com a cruz pregada como parte essencial do mistério pascal. O túmulo vazio não constitui para todos um sinal essencial da ressurreição de Jesus. A sua descoberta pelos discípulos foi o primeiro passo rumo ao reconhecimento do fato da ressurreição (Lc 24, 5-6). As aparições do Ressuscitado às mulheres (Mc 16, 1; Lc 24, 1), aos apóstolos e discípulos (Lc 24, 9-10), tudo isso é para confirmar a fé de todos em Jesus; tornam-se, assim, as testemunhas do ressuscitado.

A Ressurreição de Cristo é diferente das ressurreições que ele operou em algumas pessoas (filha de Jairo, jovem de Naim e Lázaro). É essencialmente diferente. Em seu corpo ressuscitado, ele passa de um estado de morte para uma outra vida, para além do tempo e do espaço. Na ressurreição, o corpo de Jesus é repleto de poder do Espírito Santo; participando da vida divina no estado da sua Glória, de modo que Paulo pode chamar a Cristo de “o homem celeste” (1ª Co 15.35-50) A ressurreição é objeto de Fé enquanto intervenção transcendente do próprio Deus na criação da história. Nela, as três pessoas divinas agem ao mesmo tempo, juntas e manifestam sua originalidade própria. A morte e ressurreição de Cristo, é o fato fundamental do Cristianismo. Dele depende toda a nossa Fé (1ª Co 15.14-17), Jesus é o autor e consumador de nossa fé (Hb 12.2); Para nós, cristãos, é o centro de tudo, porque se ele em verdade ressuscitou, então nós o seguiremos e “em Cristo, todos receberão a vida” (1ª Co 15.22).

Podemos notar que a pós a Sua ressurreição, Jesus come com seus discípulos e demonstra que era Ele mesmo (Lc 24, 41-43; Jo 21, 12).

O testemunho das Escrituras quanto a pessoa de Cristo é que:
Os soldados testemunharam que Cristo estava morto (Jo 19.33).
José de Arimatéia e Nicodemos, sepultaram a Jesus (Jo 19.38-42).
Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana (Lc 24.6).

Mesmo após a ressurreição Ele ainda portava as marcas dos cravos nas mãos, para mostrar que Seu corpo, agora vivo, era o mesmo no qual sofrera a crucificação, porém, glorificado (Lc 24.39; Jo 20.27).


Quando, pois, os espíritas ensinam outros caminhos, opostos ao caminho que Jesus estabeleceu, não demonstram que os espíritos que os orientam sejam inimigos de Jesus, os espíritos quais a Bíblia chama de demônios? (2ª Co 11.14-15; Ef 6.10-12).

Pr. Elias Ribas
pr_eliasribas@yahoo.com.br

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

O ENSINO DE JESUS E O ESPIRITISMO


Alann Kardec declara que: “segundo definição dada por um espírito, ele era o médium de Deus”.

O apostolo João declara em sua carta dizendo: “Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora”.

Provar do grego “dokimazo”, significa: testar, examinar, verificar (ver se uma coisa é genuína ou não), reconhecer como genuíno depois de exame, aprovar, julgar valioso.

Ora, se a Bíblia nos dá o direito de examinar se o espírito é de Deus ou não, podemos então verificar os textos apontados de Alann Kardec e concluir que não somente os textos são falsos como também o próprio Alann Kardec é um falso profeta que tem se levantado no mundo.
Embora o espiritismo ensine que Jesus era um médium, é necessário refutar este conceito através dos ensinos do Senhor Jesus.

Kardec procura justificar a doutrina espírita da reencarnação afirmando que só mediante esse ensino é que se pode ter compreensão dos ensinos de Jesus exarados nos evangelhos e na própria Bíblia. Do contrário, fica tudo ininteligível e até irracional. Vejamos sua declaração:

“Muitos pontos do evangelho, da Bíblia e dos escritos sagrados em geral, são ininteligível, muitos mesmos se nos afiguram irracionais por falta de uma chave, para se lhe conhecer o verdadeiro sentido. Ora, essa chave se acha inteiramente no espiritismo, conforme conheceram aqueles que o estudam seriamente e que melhor o reconhecerão mais tarde”.

Jesus, porém, ensinou a unidade da vida terrestre, e não a pluralidade de vida. Em Lucas 23.39-43, vemos Jesus pregado na cruz entre dois ladrões. Os dois tinha sido maus, tanto é que um deles faz sua confissão ao companheiro de crimes, dizendo: “Respondendo-lhe, porém, o outro, repreendeu-o, dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez. E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.40-43).

Se a reencarnação, de fato, fosse verdadeira, Jesus não teria respondido desta maneira. Mas teria dito: “É bom que tu te arrependas, pois o arrependimento é o primeiro passo para tornar-te um espírito puro. Mas não é somente isto. Tu deves ter paciência contigo mesmo. E cada qual deve resgatar-se a si mesmo. Tu foste um criminoso nesta vida, e todo mal que tu realizaste contra outras pessoas, é uma divida contraída e que deverá ser paga. Mas como já está há um passo da morte, já não podes mais pagar, terás então, que voltar a esta terra, em novo corpo, para expiar e resgatar teus crimes”. Ao ladrão arrependido, Jesus disse: “...hoje estarás comigo no paraíso” (v. 43).

Jesus ensinou a existência de dois lugares finais e irreversíveis depois da morte, e não a reencarnação como meio de aperfeiçoamento. Não sobra lugar para a reencarnação.

Jesus ensinou a nossa redenção por meio de Sua morte na cruz, e não a redenção por esforço próprio.

Enquanto a Bíblia aponta nossa redenção por Jesus Cristo, por meio de Sua obra salvífica realizado em nosso favor no Calvário, o espiritismo anuncia: “Fora da caridade não existe Salvação”, que é o dogma central da doutrina espírita. Vejamos como Leon Denis se pronuncia a este respeito:

“Não, a missão de Cristo não era resgatar com o seu sangue os crimes da humanidade. O sangue, mesmo de um Deus, não seria capaz de resgatar ninguém. Cada qual deve resgatar-se a si mesmo, resgatar-se da ignorância e do mal. É o que os espíritos, aos milhares, afirmam em todos os pontos do mundo”.

A doutrina espírita, que consiste em apregoar que é necessário reencarnar sucessivamente muitas vezes na existência humana, até chegar a um aperfeiçoamento espiritual, também é a única que corresponde à ideia da justiça de Deus com respeito aos homens de condição moral inferior, a única que pode explicar o nosso futuro e fundamentar as nossas esperanças, pois oferece-nos o meio de resgatarmos os nossos erros através de novas provas. A razão assim nos diz, e é o que os espíritos ensinam.

Que espíritos são esses em todo o mundo que anunciam doutrina oposta à ensinada por Jesus? Os desígnios de Deus, era enviar o Seu Filho Jesus Cristo ao mundo para morrer pelos pecados da humanidade e desfazer as obras do diabo. E foi esta a missão de Jesus. Em Mateus 16.21-23, prescreve o seguinte relato: “Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar aos seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia. E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá. Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens”.

Satanás tinha sugerido a Pedro que Jesus jamais passasse pelo Calvário para redimir a humanidade pelo Seu sangue. E quando os espíritos sugeriram a Leon Denis que nem mesmo o sangue de um Deus poderia resgatar alguém, é de se notar que esses espíritos, aos quais se refere Leon Denis, certamente são os espíritos demoníacos que orientaram os escritores espíritas a partir do codificador Allan Kardec. E o apóstolo Paulo declara que não é de admirar que isso aconteça, porque esses espíritos satânicos se transfiguram em anjos de luz (2ª Co 11.14).

O evangelho segundo o espiritismo não é o evangelho de Jesus Cristo o Filho de Deus, mas é outro evangelho (Gl 1.8-9). O evangelho verdadeiro está prescrito por Paulo em 1ª Coríntios 15.3-4: “Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras”.

Essas palavras do apóstolo Paulo é uma repetição da profecia do profeta Isaías em relação à obra resgatadora de Jesus: “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is 53-4-5).


O texto de Isaías traz a mensagem central cristã. Nossa redenção por Cristo é a medula do evangelho, pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir, e dar a sua vida em resgate de muitos (Mt 20.28). O texto de João 3.16 é o tema central da Bíblia: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.

Jesus ensinou a ressurreição final de todos os homens. Ao contrário, o espiritismo ensina o estado final como espírito puro. Durante o ministério terreno, Jesus ressuscitou algumas pessoas mencionadas nos evangelhos e, paralelamente, ensinou a ressurreição dos mortos, apontando Sua ressurreição era a base para a ressurreição dos seus seguidores. E não só isso, mas ensinou também um dia de juízo final em que todos os mortos irão ressuscitar corporalmente. Falando de Sua própria ressurreição, Jesus afirmou dizendo: “Jesus lhes respondeu: Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei. Replicaram os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário, e tu, em três dias, o levantarás? Ele, porém, se referia ao santuário do seu corpo. Quando, pois, Jesus ressuscitou dentre os mortos, lembraram-se os seus discípulos de que ele dissera isto; e creram na Escritura e na palavra de Jesus” (Jo 2.19-22).


A Bíblia ensina que haverá duas ressurreições, uma para a vida eterna e outra para a condenação eterna. Nos ensinos de Jesus Ele diz: “Os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (Jo 5.29).

Pr. Elias Ribas
pr_eliasribas@yahoo.com.br

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

JOÃO BATISTA ERA O PROFETA ELIAS REENCARNADO?


 “Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR” (Ml 4.5) Aqui Deus afirma que enviará o profeta Elias a Israel antes que chegue o “grande e terrível” dia do Senhor.

“E, se o quereis reconhecer, ele mesmo é Elias, que estava para vir” (Mt 11.14) Aqui Deus afirma a respeito de João Batista “este é o Elias havia de vir...”.

Se analisarmos estes textos segundo a crença espírita, João Batista era Elias. Porém um dos princípios da hermenêutica mais conhecidos é aquele que diz que a Bíblia interpreta a si mesma. A Bíblia é um livro divino, e por isso não temos o direito de interpretar como bem queremos, mas de acordos com as interpretações da própria Bíblia. Portanto, somos impedidos de lançar mão de recursos alheios ao espírito bíblico para interpretar mesmo que seja o mais simples dos ensinos dela. A Bíblia mesma dá resposta as suas indagações.

Sobre João Batista o doutor Lucas diz: “Disse-lhe, porém, o anjo: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida; e Isabel, tua mulher, te dará à luz um filho, a quem darás o nome de João. E irá adiante do Senhor no espírito e poder de Elias, para converter o coração dos pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para o Senhor um povo preparado” (Lc 1.13, 17). Aqui um anjo diz a respeito de João.

Isto não quer dizer, em absoluto que João fosse Elias, mas que no seu ministério profético haveria peculiaridade do ministério de Elias. De fato, a Bíblia não trata de nenhum outro caso de dois homens tão parecidos como João Batista e Elias.

Analise do Texto:
1) João no espírito e virtude de Elias (Lc 1.17). Isto que dizer tão somente que João tinha um caráter como o de Elias: enérgico, positivo, zeloso e impetuoso...

2) João Batista era Elias ou não? O próprio João Batista responde, dizendo: “Não sou” (Jo 1.21).

3) Elias para reencarnar em João precisava ter morrido, pois sem morte não há reencarnação. No entanto Elias não morreu, mas foi arrebatado aos céus para não ver a morte: “Indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho” (2ª Rs 2.11).









4) Se Elias estivesse reencarnado em João, era este que deveria ter aparecido no monte da transfiguração e não Elias (Mt 17.3-4).


5) Segundo o espiritismo a reencarnação promove o aperfeiçoamento da pessoa, João não foi melhor que Elias foi arrebatado e João preso e morto decapitado.

6) Se houvesse reencarnação, o mundo teria sempre o mesmo número de habitantes desde sua criação, visto que na “reencarnação” não há multiplicação e sim apenas continuação da vida. Os espíritas se defendem e dizem haver habitantes em outros planetas. A ciência não comprova nada e se assim fosse seria de constituição diferente da nossa. E também não seria caso de reencarnação, mas de transfiguração.

Fica claro que a Bíblia não apóia a absurda teoria espírita da reencarnação.

Os traços de identificação de ministérios:


O aparecimento de Elias, em 1º Reis 17.1, assemelha-se ao de João Batista, como descrito em Mateus 3.1.

Elias repreende o rei Acabe rei de Israel, casando com Jezabel, mulher dos sidônios, uma mulher idólatra e ímpia (1º Rs 18.17,18). João Batista repreendeu o rei Herodes, por viver com a mulher de seu irmão (Mt 14.3-4).

Elias foi perseguido por Jezabel (1º Rs 19.2-3) e João Batista foi perseguido por Herodias, mulher de Herodes (Mt 14.6-8).

Pr. Elias Ribas

pr.eliasribas2013@gmail.com

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O ESPÍRITO SANTO E O ESPIRITISMO


Vejamos o que Allan Kardec disse sobre o Espírito Santo:

“Jesus promete outro Consolador: o Espírito de Verdade, que o mundo ainda não conhece, por não estar maduro para compreendê-lo, consolador que o Pai enviará para ensinar todas as coisas e para relembrar o que o Cristo há dito. O Espiritismo vem, na época predita, cumprir a promessa do Cristo: preside ao seu advento o Espírito de Verdade. Ele chama os homens à observância da lei: ensina todas as coisas fazendo compreender o que Jesus só disse por parábolas. O Espiritismo vem trazer a consolação suprema aos deserdados da terra. Assim, o Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança” (Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. VI, itens 3 e 4).

O que diz a Bíblia. Allan Kardec foi infeliz na interpretação acima. O Consolador prometido não pode ser uma religião ou um conjunto de práticas que incluem a comunicação com os mortos. Não pode ser e não é uma instituição orientada por entidades espirituais desconhecidas. O Consolador não são os espíritos do além. Se fosse, o Senhor Jesus certamente diria: “Enviarei os consoladores, aqueles que estarão sempre convosco, ensinando todas as coisas através de canalizadores que receberão o dom do Pai”. Mas Jesus disse:

“E rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre” (Jo 14.16). A palavra “outro”, traduzida do grego “allon”, significa “outro da mesma espécie”; e “consolador”, do grego “parakletos”, tem o sentido de “alguém chamado para ficar ao lado de outro para ajudá-lo”. Se o Consolador é o Espiritismo, os cristãos do mundo inteiro ainda não receberam essa promessa. Para recebê-la seria necessário aderirem ao Espiritismo, receberem os “passes” mediúnicos e se aprofundarem na leitura do Livro dos Espíritos? Em nenhum momento Jesus orientou seus seguidores para que buscassem instrução e consolo junto aos mortos. Ao contrário, Ele ensinou o caminho das Escrituras:

“Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” (Mt 22.29). “Examinai as Escrituras, porque pensais ter nela a vida eterna. São estas mesmas Escrituras que testificam de mim; contudo não quereis vir a mim para terdes vida” (Jo 5.39).

Pelo menos, quanto a mim, o Espiritismo não está ao meu lado para me ajudar em nada. O Senhor Jesus afirmou que quando Ele fosse, o Consolador viria (João 16.7). Teria Jesus atrasado o cumprimento de sua promessa por dezenove séculos, considerando-se a época do surgimento do Espiritismo como o conhecemos hoje? Jesus enviaria um espírito-guia para cada pessoa?

Jesus disse que “aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (Jo 14.26). O artigo definido “o” define (desculpe-me pelo óbvio). Logo, o Senhor Jesus, nessa passagem, diz que Espírito Santo e Consolador são a mesma Pessoa. O Senhor Jesus define, nomeia, estabelece, distingue, identifica. Nada nos leva a deduzir que o Consolador seja uma doutrina, um conjunto de doutrinas, uma religião, um ou vários espíritos desencarnados, bons ou maus.

O Consolador é o Espírito de Deus (Mt 3.16); o Espírito da Verdade (Jo 14.17); o Espírito da Profecia (Ap 19.10); Espírito de Vida (Rm 8.32); Espírito de Santidade (Rm 1.4); Espírito de Sabedoria, de Conselho, de Inteligência, de Poder (Is 11.2); Espírito do Senhor (Is 61.1); Espírito do Filho (Gl 4.6); Espírito Eterno (Hb 9.14); Espírito de Juízo (Is 4.4); Espírito de Graça (Zc 12.10). Seus atributos são os mesmos da Divindade: eternidade (Hb 9.14); onipresença (Sl 139.7-10); onipotência (Lc 1.35); onisciência (1ª Co 2.10). Identificar o Consolador com o Espiritismo é desejar igualar a criatura ao Criador. Os “espíritos” do Espiritismo são criaturas de Deus e, embora sejam imortais, não são eternos. A eternidade é atributo exclusivo da Divindade. O Consolador prometido é uma Pessoa da Trindade.

“Naqueles dias veio Jesus de Nazaré, na Galileia, e foi batizado por João no Jordão. Logo que saiu da água viu os céus abertos, e o Espírito que, como pomba, descia sobre ele. Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1.9-11). Aí temos Jesus (o Filho), o Espírito (o Espírito Santo) e a voz dos céus (o Pai). O Espiritismo por acaso teria descido sobre Jesus? O Cristianismo ensina que o Espírito Santo guia, reprova, pensa, fala, intercede, determina, capacita, vivifica, convence do pecado, nomeia e comissiona ministros, e habita com os santos. Logo, o Espírito Santo não é o Espiritismo, nem o Espiritismo é o nosso Consolador.

“Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1ª Co 3.16). O Espiritismo não habita nos homens. Os crentes não são templos do Espiritismo. Os “espíritos” possuem os corpos daqueles que a eles se entregam e lhes obedecem. O Espírito da Verdade não incorpora em corpos. Os “espíritos de verdade” do Espiritismo, estes sim, possuem os corpos dos canalizadores ou médiuns.

Ademais, a Bíblia nos ensina que Jesus Cristo foi concebido pelo Espírito Santo (Lc 1.35); foi ungido pelo Espírito Santo (At 10.38); guiado pelo Espírito Santo (Mt 4.1); foi cheio do Espírito Santo (Lc 4.1). Não se fala aqui em Bons Espíritos, Espíritos Puros ou Espiritismo. Allan Kardec falou de algo que ele desconhecia, porque o mundo não O conhece (Jo 14.17).

O Consolador na Igreja. Quem orienta e consola a Igreja de Cristo não são os mortos. Vejam as seguintes passagens: “Servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado” (At 13.2). “Passando pela Frigia e pela província da Galácia, foram impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia. Quando chegaram à Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não lho permitiu” (At 16.6-7). Quem orienta a Igreja de Cristo é o Espiritismo? É um conjunto de espíritos bons que falam através dos canalizadores?

Espiritismo Cristão. Pode-se admitir a existência de Espiritismo cristão? Podemos concordar com a afirmação de que Cristianismo e Espiritismo ensinam a mesma coisa? A resposta é não. Cristianismo e Espiritismo são incompatíveis. A mediunidade e a reencarnação não pertencem ao Cristianismo. O Cristianismo ensina a ressurreição corporal de Jesus; a Divindade de Jesus Cristo, o Filho de Deus; o perdão incondicional dos pecados para os que se arrependem e aceitam o senhorio de Jesus; o Juízo Final, a Ressurreição coletiva na volta de Jesus, a existência do Diabo, dos anjos decaídos e de um lugar de tormentos eternos. O Cristianismo ensina que o homem morre apenas uma vez (Hb 9.27) e que imediatamente após a morte ele segue para um lugar de paz, se morreu em Cristo, ou para um lugar de tormentos, se morreu sem Cristo. Nada disso ensina o Espiritismo. Logo, o Espiritismo não pode ser cristão. O simples fato de uma pessoa fazer obras de caridade não lhe assegura vida eterna (Ef 2.8-9).

Vejamos o que mais Jesus disse do Consolador:
“Quando ele viver, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Do pecado, porque não creem em mim; da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado” (Jo 16.8-11).

Kardec, em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, não se deteve no exame do texto acima. Não me consta que o Espiritismo convença alguma pessoa do pecado e a leve ao arrependimento. A tentativa de comunicação com os mortos, praticada pelo Espiritismo, é transgressão da lei de Deus: “Quando vos disserem: Consultai os médiuns e os feiticeiros, que chilreiam e murmuram entre dentes, respondei: “Acaso não consultará um povo a seu Deus”? Acaso, em favor dos vivos se consultarão os mortos?” (Is 8.19). O Cristianismo ensina que em Cristo recebemos perdão de nossos pecados e não precisaremos morrer várias vezes para atingir a perfeição.

Ao ladrão na cruz, que se mostrou arrependido, Jesus disse: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43). Em contradição, a questão 999 do Livro dos Espíritos, que “contém especialmente a doutrina ou teoria do Espiritismo”, ensina:

“O arrependimento sincero durante a vida basta para apagar as faltas e para encontrar graça perante Deus?” Resposta: “O arrependimento ajuda o Espírito a progredir, mas o passado deve ser expiado”. Questão 1002: “Que deve fazer aquele que, em artigo de morte, reconhece suas faltas, mas não tem tempo de repará-las? Bastará o arrependimento?” Resposta: “O arrependimento apressa a reabilitação, MAS NÃO ABSOLVE. Não tem à sua frente o futuro, que jamais se lhe fecha?”.

O ladrão não foi absolvido por Jesus? Ele teria que sofrer milhares de reencarnações, não obstante estivesse morando com Jesus no paraíso? Então qual a diferença entre o ladrão que não se arrependeu e o que se arrependeu? Vê-se que o perdão do Espiritismo é diferente do perdão pregado por Jesus. Não há perdão no Espiritismo. Como vimos na questão 1002 do Livro dos Espíritos, arrependa-se ou não o espírito, segundo a teoria da reencarnação, terá pela frente um mundo de incertezas, pois terá que viver muitas vidas e sofrer muitas mortes. Finalmente, o Espiritismo não convence o mundo do ato divino da redenção e da vitória do Cristo ressurreto, para derrota do príncipe deste mundo. No Espiritismo o futuro é incerto, “nunca se fecha”; é um caminhar rumo a uma perfeição que nunca chega. Realmente, não há absolvição para os espíritas.

O “batismo no Espírito Santo” também coloca freios à pretensão kardecista. Lembrem-se de que Allan Kardec disse que Jesus foi a segunda revelação de Deus. Leiam as palavras de Jesus:

“João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (At 1.5). Ora, os vários batismos da espécie que se seguiram, detalhadamente registrados em Atos dos Apóstolos, em nada se assemelham às práticas mediúnicas. Os dons espirituais dados pelo Consolador, muito antes do advento do Espiritismo, não guardam qualquer semelhança com as práticas de psicografia, adivinhação e evocação de entidades espirituais. Portanto, o Consolador é o Consolador, e o Espiritismo é o Espiritismo.


Se o espiritismo fosse real e verdadeiro Jesus deveria baixar nos centros de mediunidade. Porém, isso jamais acontecerá.

Pr. Elias Ribas
pr_eliasribas@yahoo.com.br

O PERIGO DA EVOCAÇÃO DOS MORTOS


O próprio codificador do espiritismo admite que há perigos na evocação. Mas ao mesmo tempo se manifesta dizendo não haver tantos perigos, e aconselha os praticantes a não se deixarem levar pelo medo.

Opiniões de alguns médicos que apontam o espiritismo como uma causa da loucura.

O Dr. Xavier de Oliveira, em sua obra Espiritismo e loucura, p. 221, fala o seguinte sobre O livro dos médiuns: “É a cocaína dos debilitados nervosos que se dão à prática do espiritismo. E com um agravante e mais: é barato, está ao alcance de todos, e, por isso mesmo, leva mais gente, muito mais, aos hospícios, do que a ‘poeira do diabo’, a ‘coca maravilhosa’. É o tóxico com que se envenenam, todos os dias, os débeis mentais, futuros hóspedes dos asilos de insanos”.

O Dr. João Teixeira Alves dirigiu a diversos médicos de grandes nomes uma carta com a seguinte pergunta: “Baseado nas suas observações, que ideia faz V. As. Do espiritismo com fator de loucura e outras perturbações nervosas?”

O Dr. Juliano Moreira, diretor do Hospício de Alienados do Rio de Janeiro, respondeu: “Tenho visto muitos casos de perturbações nervosas e mentais evidentemente despertadas por sessões espíritas”.

Kardec tenta explicar que não existe somente espíritos do mal, mas Deus permite que os bons espíritos venham nos dar bons conselhos.


Se Deus condena e proíbe a prática da mediunidade na Bíblia conforme o capítulo 18 Deuteronômio, como Ele poderá ir contra Sua própria Palavra? Em relação a este assunto, espíritos bons e maus, será que Kardec tem razão do que diz? Claro que não. Todos os espíritos que se manifestam nas sessões espíritas são espíritos enganadores.

Pr. Elias Ribas
pr_eliasribas@yahoo.com.br

segunda-feira, 29 de julho de 2013

O REI SAUL E A MÉDIUM DE EN-DOR


 A crônica de 1ª Sm 28.7-25 foi ditada por uma testemunha ocular: logo, por um dos servos de Saul que o acompanhara à necromante (7-8). Frequentemente, esses servos eram estrangeiros (21.7; 2ª Sm 23.25-39) e quase sempre supersticiosos, crentes no erro (v.7). Razão por que o seu estilo é tão convincente. Esta crônica que parte da história de Israel, pela determinação divina, entrou no Cânon Sagrado, para mostrar que um homem sem a direção de Deus perde a visão espiritual a ponto de fazer aquilo que ele próprio condenava.

Infelizmente, esta crônica é interpretada por muitos sob o mesmo ponto de vista de Saul. Devemos buscar a interpretação correta na Bíblia, que em si mesma, tem os argumentos corretos, para discernir as afirmações do servo de Saul. Antes, porém, vejamos a palavra médium no v. 6, que no hebraico é traduzido por “espírito adivinhador”, ou “espírito familiar” e no texto grego da Septuaginta por (engastrimuthos) “ventríloquo” (um de fala diferente), palavra usada que indica a espécie de pessoa usada por um desses “espíritos”.

Para podermos entender este embuste, precisamos fazer um exame textual analítico dentro das regras da hermenêutica bíblica. Vejamos pois:

1. O leitor deve primeiro fazer a leitura de todo o capítulo (28) e depois observar cuidadosamente cada detalhe.

2. Saul quando era fiel ao Senhor, perseguiu e afugentou os médiuns da terra provando com isso que Deus abomina tal prática:

“Respondeu-lhe a mulher: Bem sabes o que fez Saul, como eliminou da terra os médiuns e adivinhos; por que, pois, me armas cilada à minha vida, para me matares?”. (v. 9).

3. Quando Saul consultou a pitonisa ele já estava caído, reprovado por Deus e endemoniado (1º Sm 15.22, 23; 16.1, 14).

“De súbito, caiu Saul estendido por terra e foi tomado de grande medo por causa das palavras de Samuel” (1º Sm 28.20). Saul se encontrava perturbado, e, uma pessoa nesse estado é presa fácil do diabo.

“Então, disse Samuel: Por que, pois, a mim me perguntas, visto que o SENHOR te desamparou e se fez teu inimigo?” (v.16).

4. Note que o verso 5 diz que ele estava tomado de medo. Por quê? Por Deus o havia abandonado. O homem com medo é derrotado antes da guerra.

5. Saul só buscou a necromante depois que o Espírito de Deus se retirou dele. A sua horrível e prematura morte se deu por causa disso. Aqui vemos a confirmação, de que Deus não está neste negócio (1º Cr 10.13-14).

6. Argumento Exegético: O versículo 6 diz que o Senhor não lhe respondeu:

“Nem por sonho”. Quando analisamos do ponto de vista divino, o sonho é “uma revelação pessoal” de Deus ao homem que se processa por meio da palavra e expressão transmitida pela visão ou imagem (1ª Sm 3.1; Jó 33.14-16). Mas o Senhor não lhe respondeu, isto é, Deus não se manifestou.

“Nem por Urim”. Revelação pessoal; “nem por Urim”, revelação sacerdotal;

Algumas passagens das Escrituras falam destas duas pedras, “Urim e Turim” (Êx 28.30; Lv 8.8; Nm27.21 Dt 33.8; 1ª Sm 28.6).

Como Deus respondia por este método. Na passagem de Êxodo 28.30, Deus ordenou a Moisés colocar “no peito do Juízo Urim e Tumim” em “cima do coração de Arão”. Tem sido sugerido que o Urim e o Tumim eram dois objetos chatos: um lado de cada um desses objetos tinha por escrita a palavra “Urim” derivado de “arar”, que significa “luzes” e Tumim “ser perfeito”. O emprego destas pedras no peitoral do sacerdote era para saber: “como a vontade de Deus era revelada”. O Urim e o Tumim que então significa “luzes e perfeição”. Com esta idéia, o Urim e o Tumim passariam a ter um sentido de “fogo sinalizante”, uma espécie de semáforo. Três luzes deviam piscar ali:

A. A luz de cor amarela era sinal de atenção.
B. A luz cor vermelha era sinal de reprovação.
C. Luz de cor verde era sinal de aprovação divina. O método como isso ocorre, dá-se da seguinte forma:

O sacerdote consultava a vontade divina sobre esta ou aquela decisão necessária, olhando sempre para a luz amarela estacionada em cima do seu coração; segundo este modo de proceder, neste instante vinha a resposta da parte de Deus: sim ou não. O sim era revelado através da luz verde sobrenatural, enquanto que o não, se dava através da luz vermelha sobrenatural. No caso de Saul, nenhuma nem outra coisa se manifestou; portanto, Deus lhe não respondeu este método.

“Nem por profetas”. Revelação inspirada da parte de Deus em que Sua vontade era manifestada através de um homem ou mulher, santo capacitado por Deus para este fim. Mas a Bíblia também afirma que Deus não se manifestou por tal método. A sentença é sempre a mesma: “...o Senhor lhe não respondeu” (v.6).

7. Argumento escatológico. Seria impossível Samuel ter falado. Primeiro: porque se encontrava morto e estava no seio de Abraão segundo os ensinos de Jesus em Lucas 16.27-31. O profeta Samuel nunca desobedeceu a Deus. Era integro. Segundo este conceito, Samuel se encontrava no “seio de Abraão” ou “Paraíso”, conforme Lucas 16.22 e 2ª Coríntios 12.4. Na narrativa de Lucas (16.22), diz que o rico se encontrava num lugar “baixo” (Hades) e que Lazaro se encontrava num lugar “alto” (Paraíso). Segundo a Bíblia diz, o rico “...ergueu os olhos” para contemplar Lázaro (16.23). Assim, de acordo com o argumento lógico, não foi Samuel que apareceu ali, visto que o texto diz: “...subiu da terra” (cf. 1ª Sm 28.13-14). Ora, se fosse Samuel, então ele teria “descido do Paraíso” e não “subido da terra”.

8. A médium não afirma que era Samuel e sim “deuses” que subiam da terra (v. 13). Ou ela estava enganando Saul ou vendo demônios materializados conforme se chama hoje no espiritismo “visualizações”. Depois ela observa que não se trata de “deuses”, e sim “de um homem ancião” (28.14). Note que o texto diz que Saul “nada viu”, mas deduziu que seria Samuel baseando na descrição da necromante.

Os versos 20 e 21 do capítulo em foco dizem que Saul se encontrava perturbado, e apenas entendeu que era Samuel que falava (v.14). Certamente não foi Samuel.

9. Argumento contraditório. No capítulo 15.35 de 1ª Samuel Bíblia diz: “nunca mais viu Saul até o dia da sua morte, porém tinha pena de Saul”. Numa outra tradução mais correta seria: “nunca mais procurou Samuel a Saul”.

Mas quem falou através da necromante? Samuel era profeta de Deus e só poderia falar por inspiração, mas sendo morto como iria falar? Quem deveria falar deveria ser o próprio Deus, mas o Senhor não falou nem por Urim, nem por sonhos e nem por profetas. Se não foi o Senhor quem falou também não foi o profeta Samuel.

De acordo com a fidelidade das Escrituras, Samuel, o profeta, não podia subir ali naquela noite sombria. Durante sua vida aqui na terra ele foi obediente a Deus e agora, depois de morto jamais ele faria um só ato contrário à vontade de Deus, quando em vida declarou: “Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e culto a ídolos do lar” (1ª Sm 15.23).

A Bíblia é explicita com respeito à volta de um morto:
“Antes que eu vá para o lugar de que não voltarei” (Jó 10.21). “Tal como a nuvem se desfaz e passa, aquele que desce à sepultura jamais tornará a subir” (Jó 7.9).  E o salmista Davi acrescenta: “Porém, agora que é morta, por que jejuaria eu? Poderei eu fazê-la voltar? Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim” (2ª Sm 12.23). Aquilo que as Escrituras afirmam não pode ser anulado.

10. Argumento Ontológico: Do grego onthos, ser + logia, estudo racional. Então ontologia é o estudo do ser (ou metafísica geral). É a ciência do ser enquanto ser e dos caracteres que pertcem ao ser como tal. Este argumento baseia-se no versículo três do cap. 28 que está sendo estudado. Nele, Deus se identifica como Deus dos vivos e não dos mortos: de Abraão, Isaque, Jacó etc. “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? Ele não é Deus de mortos, e sim de vivos” (Mt 22.32; ref. Êx 3.15).

Nem um profeta ou santo de Deus perdeu a sua personalidade, integridade, ou superego. Seria Samuel o único a poluir-se indo contra a natureza do ser, contra Deus (vv.6) e contra a doutrina que ele mesmo pregava (1º Sm 15.23), quando em vida nunca o fez? Impossível.

11. Argumentos proféticos (Dt 18.22): As profecias devem ser julgadas “Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem” (1ª Co 14.29). E essas do pseudo-Samuel, não resiste ao exame. São ambíguas e imprecisas, justamente como as dos oráculos sibilinos e délficos.

“Samuel (?) disse a Saul: Porque me desinquietaste?” (1ª Sm 28.15). Em apocalipse 14.13, essa profecia do pseudo-Samuel é refutada quando diz “Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham”. Devemos observar bem a frase: “me desinquietaste” no texto, e depois, confronta-la no contexto: “...para que descansem”, e veja, que aqueles que partiram (como Samuel) em paz com Deus jamais seriam desinquietados por uma feiticeira.

A “bem-aventurança” de apocalipse 14.13 destina-se aqueles que viveram e morreram fielmente a Deus; E Samuel foi um deles, e jamais viria a poluir-se numa sessão espírita presidida por uma mulher cuja era reprovada por Deus e a sua Palavra (Lv 19.31; 20.27). Deus não se contradiz! Portanto, não foi Samuel que ali apareceu.

12. O embuste da médium.
“O SENHOR entregará também a Israel contigo nas mãos dos filisteus, e, amanhã, tu e teus filhos estareis comigo; e o acampamento de Israel o SENHOR entregará nas mãos dos filisteus” (1º Sm 28.19).

A. Saul não foi entregue nas mãos dos filisteus. A profecia é de estilo sibilino e sugeria que Saul viria a ser suplicado pelos filisteus. Mas o fato é que Saul se suicidou (1º Sm 31.11-13). Saul apenas passou pelas mãos dos filisteus (1ª Sm 31.8-10), e veio parar nas mãos dos homens de Jabes-Gileade (31.11-13). Infelizmente o pseudo-Samuel não podia prever este detalhe.

B. Não morreram todos os seus filhos “... tu e teus filhos”, como insinua essa outra profecia obscura: Morreram três filhos de Saul (1º Sm 31.2) e três filhos ficaram vivos: Is-bosete (2º Sm 2.8-10), Armoni e Mefobosete (não o filho de Jonas), mas sim de Saul (2º Sm 21.8).

C. A suposta profecia predissera que, no dia seguinte, morreria Saul e seus filhos. Saul não morreu no dia seguinte como declarara a necromante: “... amanhã, tu e teus filhos estareis comigo....”. Esta é uma profecia do tipo délfico, ambígua. Saul morreu cerca de 18 dias depois (1º Sm 30.1, 10, 13,17; 1º Cr 10.2, 4).

“Sucedeu, pois, que, chegando Davi e os seus homens, ao terceiro dia, a Ziclague, já os amalequitas tinham dado com ímpeto contra o Sul e Ziclague e a esta, ferido e queimado” (1º Sm 30.1).

Davi gastou na sua volta três dias, em que percorreu uns 120 Km. Havia uns três dias que ele estava fora de Ziclague. E gastou um dia com os preparativos para a nova expedição contra os amalequitas. Que somado são sete dias.

Davi ao saber que Ziclague havia sido tomada e suas mulheres levadas cativas, lamentou e chorou muito (1º Sm 30.4). Após Davi reanimado no Senhor (1º Sm 30.6), levantou buscou o sacerdote Abiatar para consultar o Senhor.

“Então, consultou Davi ao SENHOR, dizendo: Perseguirei eu o bando? Alcançá-lo-ei? Respondeu-lhe o SENHOR: Persegue-o, porque, de fato, o alcançarás e tudo libertarás” (1º Sm 30.7).

Partiu Davi com seiscentos homens (30.9), porém duzentos ficaram na caminhada, pois estavam exaustos. No caminho encontraram um homem egípcio:

“Acharam no campo um homem egípcio e o trouxeram a Davi; deram-lhe pão, e comeu, e deram-lhe a beber água. Deram-lhe também um pedaço de pasta de figos secos e dois cachos de passas, e comeu; recobrou, então, o alento, pois havia três dias e três noites que não comia pão, nem bebia água. Então, lhe perguntou Davi: De quem és tu e de onde vens? Respondeu o moço egípcio: Sou servo de um amalequita, e meu senhor me deixou aqui, porque adoeci há três dias” (1º Sm 30.11-13).

“... há três dias”, que os amalequitas haviam deixado o egípcio no caminho. Davi gastou cinco dias para alcançá-los. O ataque foi inesperado, noturno e terminou rapidamente. (30.17). Para cuidar dos prisioneiros e recolher o despojo de guerra levou mais um dia. Na volta levou mais uns oito dias. Até aqui são 17 dias desde que a necromante profetizou para Saul. Após dezoito dias os filisteus entraram em guerra contra Israel (31.1-6), que os venceram.

As evidências e os próprios textos bíblicos dizem que ninguém morreu no dia seguinte como falara o suposto Samuel naquela reunião.

C. Saul não foi para o mesmo lugar de Samuel: “... estareis comigo...” (1º Sm 28.19). Outra profecia délfica. Interpretar comigo por simples “alem” (hb sheool), é contradizer a Bíblia. Samuel estava no seio de Abraão, sentia isso e sabia da diferença que existia entre um salvo e um perdido. Jesus o Filho de Deus também sabia, e não disse ao ladrão da cruz: “... hoje estará comigo no “alem” (sheol), mas sim, no “Paraíso”. Logo, Samuel não podia ter dito a Saul, que este estaria no mesmo lugar que ele: no “seio de Abraão”. Se Samuel tivesse desobedecido a Deus (1º Sm 28.16-19), passaria para o inferno, para estar com Saul? Ou então, Saul, ainda que transgredido a Palavra de Deus e consultado a necromante, passou para o Paraíso, para estar com Samuel?”.

“Assim, morreu Saul por causa da sua transgressão cometida contra o SENHOR, por causa da palavra do SENHOR, que ele não guardara; e também porque interrogara e consultara uma necromante, e não ao SENHOR, que, por isso, o matou e transferiu o reino a Davi, filho de Jessé” (1º Cr 10.13-14).

As principais causas da derrota de Saul e seu fracasso, foram: 1) Transgressão contra Deus (1º Sm 13.8-14; 15.1-23). 2) Consulta a uma necromante (consulta de pseudos-mortos, 1º Sm 28.7-25). 3) Não consultou ao Senhor.

D. Quem respondeu Saul? A Bíblia fala de certos “espíritos”, sua natureza e seu poder (Êx 7.11, 22; 8.7; At 16.16-18; 2ª Co 11.14-15; Ef 6.12). São os anjos caídos de Apocalipse 12.4, 7-9 diz: “Com a cauda ele arrastou do céu a terça parte das estrelas e a jogou sobre a terra. 7 E houve guerra no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão e os seus anjos. 8 Mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar achou nos céus. 9 E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e satanás, que engana a todo mundo. Ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele”.

A Bíblia fala de dois tipos de anjos. Os bons (Sl 34.7; Mt 18.10 etc.) e os anjos maus que foram iludidos por Lúcifer.

Os dois tipos de anjos os bons e os maus que nos acompanham durante a nossa vida toda; anotam tudo e sabem tudo a nosso respeito.

Depois da morte o anjo bom leva o nosso livro-relatório , diante de Deus, pelo qual seremos julgados (Ap 20.12). Depois da morte o anjo a serviço de Lúcifer (anjo mau) assume a nossa identidade e representa-nos no mundo, através dos médiuns. Onde revela o nosso relatório com acerto e “autoridade”. É por isso que Paulo fala da luta que temos contra “as forças espirituais do mal” (Ef 6.12). E é pela mesma razão que Deus proíbe consultar aos “mortos” (Is 8.19-10), porque estes são falsos (Dt 18.10-14). Caso fossem espíritos humanos, provavelmente, Deus não proibiria a sua consulta, apenas regulamentaria o assunto para evitar abusos. Deus, porém proíbe o que que é dissimulação e falsidade.

13. Argumento Doutrinário: “Vendo a mulher a Samuel...” (v.12a).

Consultar os “espíritos familiares” é condenado pela Bíblia inteira. Fossem espíritos de pessoas, e Deus teria regulamentado essa prática, mas como não são, Deus o proibiu e condenou reiteradamente essa ação (cf. Lv 19.31; 20.7; Dt 18.10-12), e Deus não se contradiz (Tt 1.1).

Aceitado a profecia do pseudo-Samuel, cria-se uma nova doutrina que é a revelação divina mediante pessoas ímpias e polutas. E nesse caso, para serem aceitas as afirmações proféticas, como verdades divinas é necessário que sejam de absoluta precisão; o que não acontece no caso presente.

14. Então, quem são os espíritos que se manifestam através dos médiuns? Bíblia nos ensina que todos eles são espíritos enganadores, enviados por Satanás para enganar aos que não desejam receber o Evangelho da salvação: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1ª Pe 5.8). Segundo as Escrituras, Satanás, no seu afã de enganar, se apresenta sempre como um espírito bom: “E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz” (2ª Co 11.14). Jesus disse dele: “Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (Jo 8.44). O apóstolo Paulo, que recebeu o Evangelho não de homens (vivos ou mortos), mas diretamente por revelação de Jesus Cristo (Gl 1.11-12), faz a seguinte advertência: “Mas receio que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo. Se, na verdade, vindo alguém, prega outro Jesus que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente que não tendes recebido, ou evangelho diferente que não tendes abraçado, a esse, de boa mente, o tolerais” (2ª Co 11.3-4); “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência” (1ª Tm 4.1-2).

Concluo dizendo que toda doutrina espírita vem da falsa revelação dos espíritos que, como sabemos, são demônios, embora eles não creiam na existência dos mesmos, já por engodo dos próprios demônios. Os médiuns são geralmente anormais.

Grandes médicos brasileiros, como Dr. Xavier de Oliveira, Henrique Ruxo e R. Franco são unânimes em afirmar que o espiritismo é uma “fábrica de loucos porque começa desordenando o sistema nervoso originando anomalias e perturbações mentais”. Dr. Juliano Moreira, um famoso psiquiatra brasileiro costuma dizer: “até hoje não tive fortuna de ver um médium, principalmente os chamados videntes, que não fosse um neuropata”. Primeiro surgem as complicações nervosas, isto sem falar nos casos de homicídios e suicídios devido às “mensagens”.


O Espiritismo é uma grosseira imitação que Satanás, o pai da mentira. Tenta fazer para contrariar as obras de Deus. Isto aconteceu através dos mágicos do Egito. (Êx 7.9) e em muitas outras ocasiões, porém a verdade de Jesus sempre triunfará.

Pr. Elias Ribas

pr_eliasribas@yahoo.com.br