TEOLOGIA EM FOCO

terça-feira, 13 de agosto de 2013

ESPIRITISMO


I.     HISTÓRICO

O espiritismo é, sem dúvida, o mais antigo engano religioso já surgido. Porém, sua forma moderna como hoje é conhecido, o seu surgimento se deve a duas jovens “Margaret e Kate Fox” de Hydeville, Estado de Nova York, em 1847.

Na França a figura principal dos espiritistas é Alan Kardec. Leon Hippolyte Rivail, nascido em Lion em 1804, filho de um advogado, tomou o pseudônino de Alan Kardec por acreditar ser ele a reencarnação de um poeta celta com esse nome. Disse ele ter recebido a missão de pregar uma nova religião o que começou a fazer em 30 de abril de 1856. Publicou o “Livro dos Espíritos” que ajudou muito na propagação do espiritismo, e também foi o fundador da revista espírita.

Homem dotado de inteligência e inigualável sagacidade, dotado de características físicas mentais de grande resistência, Allan Kardec, foi o apóstolo das novas idéias que haveriam de influir na organização do Espiritismo.

II.   A DIVISÃO DO ESPIRITISMO

Embora consideramos o Espiritismo igual em toda a sua maneira de ser, os próprios espíritas preferem admitir diferentes formas de Espiritismo. Assim, sendo para efeito de estudo, vamos dividir o Espiritismo da seguinte maneira:

1.   Espiritismo Comum.
a)      Quiromancia (Adivinhação pelo exame das linhas da mão)
b)      Cartomancia (adivinhação pela decifração de cartas de jogar);
c)      Grafologia (análise da escrita da pessoa);
d)     Hidromancia (tentativa de adivinhar por meio da água);
e)      Astrologia (previsão do futuro através da análise da posição dos astros no firmamento)

2.   Baixo espiritismo.
a)      Vodú (culto dos negros antilhanos e que se valem do ritual católico)
b)      Candomblé (religião dos negros iorubá, na Bahia);
c)      Umbanda (cultos afro-brasileiros)
d)     Quimbanda (ritual de macumba que se confunde com umbanda)
e)      Macumba (derivado do Candomblé com elementos de várias religiões indígenas, africanas e do catolicismo).

3.   Espiritismo científico.
a)        Ecletismo (sistema filosófico que não segue sistema algum, e que escolhe de cada parte aquela que lhe parece mais próxima da verdade)Z
b)        Esoterismo (atitude de espírito que preconiza que o ensinamento da vedasse deve reservar-se a um número restrito de iniciados);
c)      Teosofismo (conjunto de doutrinas religiosas-filosóficas iniciadas por Helena Petrovna, fanática adepta do Budismo e do Lamaísmo).

4.   Espiritismo Kardecista.
O espiritismo Kardecista é a classe de espiritismo usada no Brasil, e tem como principais teses, entre muitas outras, as seguintes:
b)   Possibilidade de comunicação com espíritos desencarnados.
c)   Crença na reencarnação.
d)   Crença de que ninguém pode impedir o homem de sofrer as conseqüências dos seus atos.
e)   A Crença na pluralidade dos mundos habitados.
f)   A caridade como virtude única, aplicada tanto aos vivos como aos mortos.
g)   Deus, embora exista, é um ser impessoal habitando um mundo longínquo.
h)   Mais perto dos homens estão os espíritos “Guias”.
i)    Jesus foi um médium e reformador judeu, nada mais que isto.

É preciso entender, que embora possuem linha de pensamentos e vínculos parecidos, suas formas, práticas e ritos são diferenciados. Mas atrás deste pensamento Espírita, está “um mentor” que age de muitas formas para atrair os incautos na sua sagacidade. E este “mentor se chama a “antiga serpente”. “E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos” (Ap 12.9).

III.  A VISÃO ESPÍRITA


Allan Kardec arroga ao espiritismo a condição de ser a terceira revelação que veio completar a revelação inicial dada a Moisés, com o Antigo Testamento, depois por meio de Jesus Cristo, com o Novo Testamento. Para Kardec, o espiritismo é a terceira revelação da lei de Deus, mas não tem a personificação, ou seja, não tem nenhuma individualidade, porque é fruto do ensino dado, não por um homem, mas pela consumação dos espíritos, que são vozes do céu, em todos os cantos da terra. Acreditam que o espiritismo é a verdadeira doutrina ensinada pó Jesus Cristo.

O espiritismo não é uma religião cristã. Se fosse Jesus desceria lá. São contrários aos ensinos bíblicos e aos ensinos de Jesus. Por isso eles são podem ser considerados cristãos.

Se o espiritismo ensina a mesma doutrina que o cristianismo, é de se esperar que os seus ensinos concordem com as palavras de Jesus Cristo e dos apóstolos. A melhor maneira de verificar esta afirmação é conferir o ensino do espiritismo com a Bíblia. Como Allan Kardec expressou que o espiritismo é uma revelação que procede de Deus, então essa revelação deve confirmar o que fora revelado pelas anteriores.
Para Kardec, a Bíblia não poderia ser considerada a Palavra de Deus, nem uma revelação sobrenatural. Com esta declaração do próprio codificador do espiritismo a respeito da Bíblia, verifica-se que o espiritismo ensina o oposto do cristianismo.

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2ª Tm 3.16-17).

Os espíritas, quando querem se passar cristãos, usam a Bíblia, citando-as como lhes convém para apoiar suas teorias espíritas. A Bíblia, então, não deixa de ser apenas obra de consulta. Para os espíritas, não faz diferença se ela é ou não a Palavra de Deus, desde que possam usá-la como desejam.

É incrível. Ao mesmo tempo em que alegam ser cristão, o espiritismo nega a Palavra de Deus. E a confusão vai mais longe ainda: ora os expositores e defensores do espiritismo apelam para a Bíblia em busca de apoio, ora negam firmemente que ela tenha valor de fé.

O Senhor Jesus e os apóstolos Pedro e Paulo afirmam repetida e veemente a inspiração divina das Escrituras, reconhecendo-as como a Palavra de Deus para a salvação da humanidade, infalível em seu conteúdo.

IV. ENSINAMENTOS SOBRE DEUS

A doutrina espírita sobre Deus é ambígua, ora assumindo aspecto de deísta, ora aspecto de panteísta, ora confundindo-se com o cristianismo.

No livro dos espíritos, Allan Kardec, explica o que é Deus dizendo: “Deus é a inteligência suprema, causa primaria de todas as coisas. Deus é eterno, infinito, imutável, imaterial, único, todo poderoso, soberanamente justo e bom”. Este conceito acerca de Deus e seus atributos, Kardec concorda com o cristianismo. Mas o fato de uma determinada religião ou seita ter pontos em comum com o cristianismo bíblico não é suficiente para que lhe seja conferido o título de cristã.

V.   DOUTRINAS ESPÍRITAS


    1.      A caridade como meio da salvação.
Creem na salvação pelos méritos pessoais. A Bíblia proclama que isso não é possível. Somos salvos pela graça, por causa das misericórdias divinas. “Pois pela graça de Deus vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem de vocês, mas é um presente dado por Deus” (Ef 2.8-9). A salvação não é o resultado dos esforços de vocês; portanto, ninguém pode se orgulhar de tê-la” (NTLH); em Tito 3.3-5: “Pois nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros. Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,” - RA; em Isaías 41.24: “ Eis que sois menos do que nada, e a vossa obra é menos do que nada; abominação é quem vos escolhe.” - RC; e em Isaías 64.6: “Todos nós nos tornamos impuros, todas as nossas boas ações são como trapos sujos. Somos como folhas secas; e os nossos pecados, como uma ventania, nos carregam para longe” (NTLH) Jesus é o único meio de salvação. Veja em Atos 4.12: “A salvação só pode ser conseguida por meio dele. Pois não há no mundo inteiro nenhum outro que Deus tenha dado aos seres humanos, por meio do qual possamos ser salvos” (NTLH).

2.      Reencarnação.
A reencarnação é a doutrina central do espiritismo. Destruída esta teoria, o Espiritismo não poderá sobreviver.

A palavra reencarnação é formada do prefixo re (repetir) e do verbo encarnar (tomar o corpo). “O sentido etimológico é tornar a tomar o corpo”.

Reencarnação: o espiritismo acredita na transmigração dos espíritos das pessoas que já morreram para outros que vão nascendo, em um ciclo constante de aperfeiçoamento.

Reencarnação segundo a afirmação de Allan Kardec, é um dogma. “A reencarnação fazia parte dos dogmas judaicos sob o nome de ressurreição” (Evangelho segundo o espiritismo – pg. 24). “A reencarnação é a volta da alma, ou espírito, à vida corporal, mas em outro corpo novamente formado para ele, nada tem de comum com o antigo”. (Evangelho segundo o espiritismo – pg. 25).

3.      Carma.
Paralelamente à doutrina da reencarnação, segue-se a doutrina do carma. Allan Kardec explica essa doutrina dizendo que toda a falta cometida, todo o mal praticado, é uma dívida contraída que deverá ser paga pelo próprio homem mediante o arrependimento, expiação (que é o sofrimento) e reparação (que são as boas obras).

Quanto ao arrependimento, a Bíblia afirma que o ladrão na cruz se arrependeu e ouviu Jesus a promessa de que aquele dia estaria com Ele no Paraíso: “E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.42-43). Nas palavras de Jesus Ele declrara: “Não eram, eu vo-lo afirmo; se, porém, não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis” (Lc 13.3).

4.      Expiação.
De acordo com os ensinos de Kardec, esta vida é uma expiação. Todo o sofrimento que o ser humano passa aqui nesta terra é justo, pois merecemos sofrer, ainda que seja por conta de outras encarnações.

Quando o homem pratica toda a sorte a maldade, causando dano ao seu semelhante, quer seja, furtar, roubar, matar, etc, são intrometos de justiça divina. Assim quando matamos, furtamos, estupramos, ou torturamos o nosso próximo, não fazemos nada de mal. Estamos a penas dando o que merece! Segundo os espíritas, Deus não pode permitir injustiça e nem desigualdade no mundo. Se permite é por merecem. Então, não há mal nenhum em fazer qualquer tipo de maldade para o nosso próximo. O furto é uma boa obra. De acordo com este ensino, quem faz outras pessoas sofrerem está fazendo um bem, e não um mal. E quem sofre o mal cometido por outra pessoa, merecia por conta de sua encarnação anterior.

Logo, pelas suas doutrinas espíritas, podemos e devemos praticar o mal. Quanto pior o mal que praticamos contra o nosso semelhante, maior será o benefício que eles hão de receber.

Pelos ensinos da Bíblia, quando praticamos o mal a uma pessoa, estamos fazendo um inocente sofrer. Mas pela doutrina espírita, a pessoa a quem pratica o mal contra merece todo o sofrimento.

Com respeito a esta doutrina, o espiritismo adotou a seguinte frase: “Fora da caridade não há salvação”.

As boas obras nunca salvam e nunca ajudarão a salvar. Paulo afirma em Efésios 2.8-10: 8 “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”.

Somos criados para as boas obras, e não pelas boas obras. E é por meio da fé em Cristo. Na carta aos Coríntios Paulo diz: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2ª Co 5.17).

As boas obras devem ser apenas a manifestação externa do amor que temos por Deus.
No evangelho segundo Mateus, a Bíblia relata uma doutrina concernente ao amor. Quando um fariseu intérprete da Lei, para experimentar Jesus, lhe pergunta: Mestre, qual é o grande mandamento na Lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Mt 22. 36-39).

A base do evangelho de Cristo é o amor, primeiro lugar a Deus e segundo lugar ao nosso próximo. Devemos amar a Deus acima de tudo e o nosso semelhante como a nós mesmo.

Se Jesus ensinou a amar, então porque os espíritas incentivam a maldade e o ódio contra seu semelhante? Seria esta a verdadeira religião?

Sobre a doutrina do amor vejamos o que Jesus diz?

“Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros” (João 13.34). “O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei” (João 15.12).

Já imaginamos se todos os seres.

O QUE OS ESCRITORES DA BÍBLIA DIZEM SOBRE ENCARNAÇÃO


A Bíblia jamais fez qualquer referência à palavra “reencarnação”, e, tampouco, confunde-a com a palavra “ressurreição”. Segundo o dicionário escolar da língua portuguesa, de Francisco da Silveira Bueno, “reencarnação” é o ato ou efeito de reencarnar, pluralidade de existência com um só espírito; enquanto que a palavra “ressurreição”, no grego, é “anástasis”, ou seja: levantar, erguer, surgir, sair de local ou de uma situação para outra.

Ressurreição do latim, “resurrectio”, que é o ato de ressurgir, voltar à vida, reanimar-se. Biblicamente, entende-se o termo “ressurreição” como o mesmo que ressurgir dos mortos. É a união do espírito e alma com o corpo ressurreto na vinda de Jesus Cristo (1ª Ts 4.16-17).

Quando Kardec define a volta da alma a outro corpo, com isso, difere da palavra ressurreição, que significa a volta da alma e do espírito ao próprio corpo. Ressurreição é uma doutrinabíblica ensinada por Jesus, e os evangelhos apresentam vários exemplos de pessoas ressuscitadas por Cristo, cujo o espírito retornou ao próprio corpo.

“Entretanto, ele, tomando-a pela mão, disse-lhe, em voz alta: Menina, levanta-te! Voltou-lhe o espírito, ela imediatamente se levantou, e ele mandou que lhe dessem de comer” (Lc 8.54-55).

A reencarnação é uma doutrina antibíblica, ensinada pelo hinduísmo, posteriormente, por Kardec, com pequenas diferenças. Enquanto Kardec admite o retorno da alma a outro corpo, que pode ser de sexo diferente, o hinduísmo, ensina o retorno do espírito aos irracionais.

Segundo a reencarnação a graça de Deus que restaura nos salvos a imagem de Deus é inútil, pois faz do homem seu próprio salvador, invalidando a obra redentora de Jesus.

A Bíblia diz que ao homem está ordenado morrer apenas uma vez, vindo depois disso o juízo (Hebreus 9.27): “Cada pessoa tem de morrer uma vez só e depois ser julgada por Deus” (NTLH). O texto não fala em morte indefinida de vezes, mas uma só vez.

E em Lucas 16.30-31: “Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão. Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os morto.”. “E disse ele: Vivendo ainda a criança, jejuei e chorei, porque dizia: Quem sabe se o SENHOR se compadecerá de mim, e viva a criança? Porém, agora que é morta, por que jejuaria eu agora? Poderei eu fazê-la mais voltar? Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim.” (2º Samuel 12.22-23 RC). Deus criou o homem para morrer uma só vez e depois o julgamento.

È evidente que a teoria ensinada por Alann Kardec não pode prevalecer, pois se baseia em conceitos de homens e não na Bíblia Sagrada que declara a ressurreição dos mortos.

Em toda a Bíblia são encontrados oito casos de ressurreição, sendo sete casos de restauração de vidas (isto é, ressurreição para tornar a morrer), e um de ressurreição no sentido pleno, final, o de Jesus. Esse foi diferente, porque foi uma ressurreição para nunca mais morrer, não somente pelo fato dEle ser Jesus o Filho de Deus, mas porque ao ressurgir Ele tornou-se o primeiro da real ressurreição (1ª Co 15.20-23).

Vamos citar apenas dois casos de pessoas que foram levantados dentre os mortos após quatro dias e três dias de sepultura: Lazaro e Jesus.

 COMUNICAÇÃO COM OS ESPÍRITOS DOS MORTOS

1. Invocação dos mortos. Reencarnação e invocação de mortos são as duas doutrinas centrais do espiritismo e de toda fraude espírita. Se ambas puderem serem removidas, o espiritismo ruirá irremediavelmente.

Aos hebreus que saíram do Egito e se aproximavam de Canaã, por intermédio de Moisés, disse o Senhor Deus:

“Quando entrares na terra que o SENHOR, teu Deus, te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR, teu Deus, os lança de diante de ti. Perfeito serás para com o SENHOR, teu Deus. Porque estas nações que hás de possuir ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém a ti o SENHOR, teu Deus, não permitiu tal coisa” (Dt 18.9-14).

Com base nestas palavras de Moisés, no seu livro O Céu e o Inferno, aduz Allan Kardec: “... Moisés devia, pois, por política, inspirar nos hebreus aversão a todos os costumes que pudessem ter semelhança e pontos de contato com o inimigo”.

2. Deus Condena a Invocação de Mortos. Alegar que Moisés se opunha aos costumes pagãos dos cananeus, simplesmente por razões políticas, como afirma Allan Kardec, é demonstração de ignorância quanto às Escrituras Sagradas.

A proibição divina de se consultar os mortos não prova que havia comunicação com eles. Prova apenas que havia consulta aos mortos, o que não significa comunicação real com eles. Era apenas uma tentativa de comunicação. Na prática de tais consultas aos mortos, sempre houve embuste, mistificação, mentira, farsa e manifestação de demônios. É o que acontece nas sessões espíritas, onde espíritos identificando-se com os nomes de pessoas amadas que faleceram. Alguns desses espíritos têm aparecido, identificando-se com os nomes de grandes homens, ministrando ensinos e até apresentando projetos éticos e humanitários, que terminam sempre em destroços. São espíritos que se prestam ao serviço do pai da mentira, Satanás.

O povo de Deus, porém possui a inigualável revelação de Deus pela Sua Palavra que orienta e disciplina a sua vida:

“Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva” (Is 8.19-29). “Não vos voltareis para os necromantes, nem para os adivinhos; não os procureis para serdes contaminados por eles. Eu sou o SENHOR, vosso Deus” (Lv 19.31).

“Qualquer homem ou mulher que invocar os espíritos dos mortos ou praticar feitiçarias deverá ser morto a pedradas. Essa pessoa será responsável pela sua própria morte” (Lv 20:27).

O testemunho geral das Escrituras é que os mortos, devido ao estado em que se encontram, não têm parte em nada do que se faz e acontece na terra. Vejas por exemplo o que disseram os grandes sapienses do Antigo Testamento, sobre o assunto.

Salomão: “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol” (Ec 9.5-6).

Davi: “Mostrarás tu prodígios aos mortos ou os finados se levantarão para te louvar?” (Sl 88.10).

Ezequias: “A sepultura não te pode louvar, nem a morte glorificar-te; não esperam em tua fidelidade os que descem à cova. Os vivos, somente os vivos, esses te louvam como hoje eu o faço; o pai fará notória aos filhos a tua fidelidade” (Is 38.18-19).

Jó: “Tal como a nuvem se desfaz e passa, aquele que desce à sepultura jamais tornará a subir. Nunca mais tornará à sua casa, nem o lugar onde habita o conhecerá jamais” (Jó 7.9-10).

Nenhum dos textos bíblicos citados até aqui contradiz com a doutrina da ressurreição dos mortos. “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno” (Daniel 12.2). Os citados textos mostram, sim que o homem após a morte, na sepultura, jamais poderá voltar a viver a vida de antes, e que na sepultura nada poderá fazer por si mesmo e muito menos pelos vivos.
A Bíblia sendo a Palavra do Criador jamais se contradiz: “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?” (Números 23:19). A Palavra é fiel e verdadeira e nela não engano, basta termos maturidade espiritual para entende-la.


A Bíblia nega a comunicação com os mortos, afirmando que é impossível que os mortos se comuniquem com os vivos. O que se passa na realidade é uma manifestação de demônios que personificam os mortos (Veja em Eclesiastes 9.4,5: “Mas, enquanto se vive neste mundo, existe alguma esperança; porque é melhor ser um cão vivo do que um leão morto. Sim, os vivos sabem que vão morrer, mas os mortos não sabem nada. Eles não vão receber mais nada e estão completamente esquecidos.” - NTLH; e em Isaías 8.19,20: “Algumas pessoas vão pedir que vocês consultem os adivinhos e os médiuns, que cochicham e falam baixinho. Essas pessoas dirão: “Precisamos receber mensagens dos espíritos, precisamos consultar os mortos em favor dos vivos!” Mas vocês respondam assim: “O que devemos fazer é consultar a lei e os ensinamentos de Deus. O que os médiuns dizem não tem nenhum valor.”” - NTLH. Veja também em Levítico 19.31: “Não procurem a ajuda dos que invocam os espíritos dos mortos e dos que adivinham o futuro. Isso é pecado e fará com que vocês fiquem impuros. Eu sou o SENHOR, o Deus de vocês.” - NTLH; e em Levítico 20.6: “Se alguém procurar a ajuda dos que invocam os espíritos dos mortos e dos que adivinham o futuro, eu ficarei contra essa pessoa por causa desse pecado e a expulsarei do meio do povo” - NTLH).

Pr. Elias Ribas

FONTE DE PESQUISA


1.      AIRTON EVANGELISTA DA COSTA. O Espiritismo e o Espírito Santo. Disponível: http://www.palavradaverdade.com/print2.php?codigo=2295 – Acesso DIA 10/01/2011.
2.      BÍBLIA EXPLICADA, S.E.McNair, 4ª Edição, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
3.      BÍBLIA PENTECOSTAL, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida, Edição 1995, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
4.      BÍBLIA SHEDD, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil – 2ª Edição, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, SP.
5.      BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida, 1995, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, SP.
6.      CLAUDIONOR CORRÊA DE ANDRADE, Dicionário Teológico, p. 286, 8ª Edição, Ed. CPAD, Rio de janeiro, RJ.
8.      DELVACYR BASTOS, seitas e heresias, Escola Teológica Filadélfia, Cascavel PR, Email - prdelvacyr@hotmail.com.
9.      ELIENAL CABRAL, lições bíblicas, 1º trimestre 2007, Ed. CPAD, Rio de Janeiro RJ.
10.  ELINALDO RENOVATO DE LIMA, lições bíblicas, 3º trimestre 2004, Ed. CPAD, Rio de Janeiro RJ.
11.  ELINALDO RENOVATO DE LIMA, lições bíblicas, 4º trimestre 1991, Ed. CPAD, Rio de Janeiro RJ.
12.  ELIEZER LIRA, lições bíblicas, 1º trimestre de 2006, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
13.  EZEQUIAS SOARES SILVA, lições bíblicas, 2º trimestre de 1997, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
14.   EZEQUIAS SOARES, lições bíblicas, 2ª trimestre de 2006, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
15.  FRANCISCO DA SILVEIRA BUENO, Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, 11 ª Edição, FAE, Rio de Janeiro RJ.
16.  JOSÉ ELIAS CROCE, Lições bíblicas, 1º trimestre 2000, Ed. Betel.
17.  JOHN LANDERS, Religiões mundiais, Juerp, Rio de Janeiro, 3ª Edição, 1994.
18.  PAULO MIGLIACCI ME, Cientista propõe fim do “culto a Darwin”, Seite -E:\EVOLUÇÃO.mht – acesso dia 22/02/2009.
19.  RAIMUNDO OLIVEIRA, Heresiologia – 2ª Edição – EETAD, São Paulo SP.
20.  RAIMUNDO OLIVEIRA, Lições Bíblicas, 1º Trimestre de 1986, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ.
21.  RAIMUNDO DE OLIVEIRA. Seitas e Heresias: Um Sinal do Fim dos Tempos. Rio de Janeiro: CPAD, 2002. Disponível: http://desmascarandoseitas.blogspot.com/2008_12_01_archive.html - acesso dia 10/01/2011. 

22.  RELIGIÕES MUNDIAIS, Seminário Teológico AMID, Cascavel, PR - e-mail: se.amid@hotmail.com
23.  SEITAS E HERESIAS, Escola de educação teológica Elohim, São Paulo, SP.
24.  SÉRIE APOLOGÉTICA, ICP, Volomes I ao VI, Instituto Cristã de Pesquisa, Site, www.icp.com.br
25.  SEITAS E HERESIAS, SEAMID, Cascavel – PR, se.amid@hotmail.com


sábado, 10 de agosto de 2013

A MORTE E RESSURREIÇÃO DE LÁZARO - JOÃO CAPÍTULO 11.


Jesus soube primeiramente que Lázaro estava enfermo (Jo 11.3), mas passados alguns dias Jesus revelou aos discípulos que ele havia morrido. “Então, Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu” (Jo 11.14). Jesus foi o primeiro a saber da morte de Lázaro, confirmada depois por Marta, Maria, e pelos judeus ali presentes (Jo 11. 21, 32, 37).

Feitas essas considerações, passemos ao caso de Lázaro. Vejamos o relato bíblico, segundo o escritor João.

Quando Jesus chegou, já fazia quatro dias que Lázaro havia sido enterrado:

“Chegando Jesus, encontrou Lázaro já sepultado, havia quatro dias. Ora, Betânia estava cerca de quinze estádios perto de Jerusalém. Muitos dentre os judeus tinham vindo ter com Marta e Maria, para as consolar a respeito de seu irmão. Marta, quando soube que vinha Jesus, saiu ao seu encontro; Maria, porém, ficou sentada em casa. Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se estiveras aqui, não teria morrido meu irmão. Mas também sei que, mesmo agora, tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá. Declarou-lhe Jesus: Teu irmão há de ressurgir. Eu sei, replicou Marta, que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia. Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto? Sim, Senhor, respondeu ela, eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo. Tendo dito isto, retirou-se e chamou Maria, sua irmã, e lhe disse em particular: O Mestre chegou e te chama” (Jo 11.17-28).

Nesta passagem percebemos que Marta tinha fé de que Jesus era o Filho de Deus o Messias, porém ela não imaginava que Ele teria poder para ressuscitar seu irmão morto á quatro dias na sepultura.
Diante do túmulo de Lazaro, Jesus declarou á Marta irmã de Lázaro dizendo: “Teu irmão há de ressurgir. Eu sei, replicou Marta, que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia. Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11.23-25).

Dois pontos devem ser analisados no dialogo de Jesus com Marta: Primeiro, a declaração de Marta de que o irmão dela haveria de ressuscitar, segundo Marta falou da ressurreição do último dia e Jesus não rebateu sua afirmação, pois estava de acordo com o Seu ensino (João 5.28.29).

Allan Kardec trabalhou em cima de probabilidades ao afirmar que Lázaro fora enterrado vivo. Aliás, foi inadequado o uso do termo “enterrado”, que significa sob a terra. Pela descrição bíblica, o corpo foi colocado numa abertura na rocha (Jo 11.38), a exemplo do sepultamento de Jesus.

Os homens daquela época até poderiam se enganar, mas Jesus tinha certeza de que Lázaro estava morto. O relato bíblico contraria as conclusões de Allan Kardec. Vejam:

1.      “Então disse Jesus claramente: Lázaro está morto” (Jo 11.14).
Perdão pela redundância, mas se Jesus disse que Lázaro estava morto é porque Lázaro estava de fato morto. Quem além de Jesus poderia dar um diagnóstico preciso? Seria o caso de quase dois mil anos depois o Espiritismo apresentar versão diferente?

2.      Jesus disse a Marta: “Teu irmão há de ressuscitar” (v.23).
Ressuscitar significa voltar a viver. Kardec sabia disso ao dizer, como acima, “porém, houve na realidade cura, e não ressurreição, na acepção da palavra”. Jesus estava falando exatamente de ressurreição.

Quando Jesus afirma “Teu irmão há de ressurgir”, só uma pessoa que sabe o que está fazendo usa esse tom e Jesus ainda se mostra convicto ao afirmar: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto? (Jo 11.25-26).

“Nunca morrerá....” Ele não se refere a morte físcia, e sim a espiritual – a morte espiritual é e a separação eterna de Deus, após o juízo final (Ap 20.11-14).

Se fosse apenas uma letargia, por que Jesus enfatizou que a irmã de Lázaro “veria a glória de Deus”? (v. 40). Para curar um homem de letargia precisaria invocar a glória de Deus? Essa declaração, todavia, indicava que Marta estava prestes a presenciar um grande milagre. Além disso, a Bíblia registra que “o defunto saiu” do sepulcro (v. 44). Segundo o Dicionário Aurélio, defunto quer dizer “pessoa que morreu; morto”.
Agora ouçam o seguinte. Para o kardecismo, Jesus foi:

a. Um espírito muitíssimo evoluído que atingiu o mais elevado grau de perfeição.
b. “Um iniciador da mais pura, da mais sublime moral evangélico-cristã, que há de renovar o mundo, aproximar os homens e torná-los irmãos...”.
c. Um homem que veio ensinar a JUSTIÇA de Deus.
d. Um homem que veio ensinar TODAS AS VERDADES, porque “no Cristianismo se encontram todas as verdades”.
e. Jesus foi “A Segunda Revelação de Deus”; a Primeira, Moisés; a Terceira e última, o Espiritismo (O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, Introdução e cap.I).

Diante de tantas qualidades morais e espirituais atribuídas pelo Espiritismo a Jesus, não há como admitir que Ele tenha proferido alguma palavra mentirosa. Se mentiu em alguma coisa; se não levou a sério o Seu ensino; se ensinou alguma coisa errada, então nunca foi um “Bom Espírito”, um Espírito puro. Se não confiarmos na “Segunda Revelação de Deus”, como confiaríamos na “Terceira Revelação”, o Espiritismo?

Daí porque o Espiritismo deveria observar com muito cuidado as palavras de Jesus, tudo o que Ele disse, todas as verdades contidas no Seu Evangelho. Daí porque devemos também, nós evangélicos, em nossa conversa com os espíritas, fazê-los lembrar dessas premissas, do entusiasmo com que Kardec falou de Jesus e da imperiosa necessidade de levar em consideração tudo o que Ele falou.

Ora, quando o Espiritismo afirma que Lázaro não morreu, mas que sofrera uma síncope, e, por ignorância da época, fora enfaixado e colocado vivo no sepulcro, faz uma afirmação inconsequente.

Vejam mais o que escreveu o codificador da doutrina espírita sobre o assunto:

“A reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob o nome ressurreição... Criam eles que um homem que vivera podia reviver, sem saberem precisamente de que maneira o fato poderia dar-se. Designavam pelo termo ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente, chama de reencarnação. Com efeito, a ressurreição dá ideia de voltar à vida o corpo que já está morto, o que a Ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já se acham desde muito tempo dispersos e absorvidos. A reencarnação é a volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e que nada tem de comum com o antigo. A palavra ressurreição podia assim aplicar-se a Lázaro...” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, cap IV, item 4).

Concordo com Allan Kardec quando diz que a ressurreição dá ideia da recomposição corpo-espírito (“voltar à vida o corpo que está morto”).

A palavra de Jesus é incontestável. Ele declarou que Lázaro estava morto. Depois, já cheirando mal o cadáver, Ele o fez reviver. Logo, Lázaro ressuscitou. Jesus, o Filho de Deus, passou por cima da Ciência. A mesma coisa aconteceu quando caminhou sobre as águas, transformou água em vinho, multiplicou pães, fez reviver o filho da viúva de Naim e a filha de Jairo, curou paralíticos, cegos, leprosos.

O Espiritismo não pode admitir a ressurreição de Lázaro pelos seguintes motivos:
1. Admiti-la implicaria em aceitar também a ressurreição corporal de Jesus.
2. Em acatar as demais ressurreições bíblicas.
3. E em admitir a possibilidade de uma ressurreição coletiva na Segunda vinda de Jesus (1ª Ts 4.16-17). As evidências dessas ressurreições e a promessa de uma ressurreição coletiva na volta de Jesus colocam em xeque-mate a crença reencarnacionista, coluna vertebral do kardecismo. Na reencarnação o espírito volta em outros corpos; na ressurreição, o espírito retorna ao corpo original.

A ressurreição de Lázaro é o que há de mais claro na Bíblia, e tem uma história: Lázaro ficou enfermo; faleceu; foi colocado no jazigo, onde passou quatro dias; sua irmã Marta disse que o corpo estava em estado de decomposição, pois “já cheirava mal”. Além disso, temos o atestado de óbito ditas Jesus, que declarou com todas as letras: LÁZARO ESTÁ MORTO (Jo 11.14). A Bíblia diz que essa afirmação de Jesus foi de forma clara.

O inconsistente argumento segundo o qual Lázaro sofrera de um ataque epilético não pode prevalecer. Se válido tal raciocínio, deveríamos considerar que os judeus não faziam a menor diferença entre um corpo vivo e um corpo morto. Teríamos de negar as seguintes ressurreições e admitir que essas pessoas estavam vivas, e que, nos casos a seguir, Jesus, Elias, Eliseu, Pedro e Paulo ressuscitaram quem não havia morrido:


O filho da viúva de Serepta, ressuscitado pelo profeta Elias (1º Rs 17.19-22); o filho da sunamita, ressuscitado pelo profeta Eliseu (2º Rs 4.32-35); a filha de Jairo, por Jesus (Mc 5.21-23, 35-41); o filho da viúva de Naim, por Jesus (Lc 7.11-17); a discípula chamada Tabita, por Pedro (At 9.36-43); uma ressurreição coletiva logo após a morte de Jesus (Mt 27.52); a ressurreição do jovem Êutico, pelo apóstolo Paulo (At 20.9).

Pr. Elias Ribas
pr_eliasribas@yahoo.com.br

A MORTE E A RESSURREIÇÃO DE JESUS

     A vida de Jesus foi autêntica, real, quando comia, dormia, caminhava, falava, amava. Também o foi quando morreu. Sua morte foi plenamente humana. A morte não perdoou nada a Jesus (basta lermos os Evangelhos). Jesus foi morto por homens concretos (Mt 27, 20).

Ao terceiro dia, Jesus ressuscita dos mortos (Lc 24, 5-6). A Ressurreição de Jesus é verdadeiramente o maior dos alicerces da nossa fé em Cristo, estabelecida com os documentos do Novo Testamento, juntamente com a cruz pregada como parte essencial do mistério pascal. O túmulo vazio não constitui para todos um sinal essencial da ressurreição de Jesus. A sua descoberta pelos discípulos foi o primeiro passo rumo ao reconhecimento do fato da ressurreição (Lc 24, 5-6). As aparições do Ressuscitado às mulheres (Mc 16, 1; Lc 24, 1), aos apóstolos e discípulos (Lc 24, 9-10), tudo isso é para confirmar a fé de todos em Jesus; tornam-se, assim, as testemunhas do ressuscitado.

A Ressurreição de Cristo é diferente das ressurreições que ele operou em algumas pessoas (filha de Jairo, jovem de Naim e Lázaro). É essencialmente diferente. Em seu corpo ressuscitado, ele passa de um estado de morte para uma outra vida, para além do tempo e do espaço. Na ressurreição, o corpo de Jesus é repleto de poder do Espírito Santo; participando da vida divina no estado da sua Glória, de modo que Paulo pode chamar a Cristo de “o homem celeste” (1ª Co 15.35-50) A ressurreição é objeto de Fé enquanto intervenção transcendente do próprio Deus na criação da história. Nela, as três pessoas divinas agem ao mesmo tempo, juntas e manifestam sua originalidade própria. A morte e ressurreição de Cristo, é o fato fundamental do Cristianismo. Dele depende toda a nossa Fé (1ª Co 15.14-17), Jesus é o autor e consumador de nossa fé (Hb 12.2); Para nós, cristãos, é o centro de tudo, porque se ele em verdade ressuscitou, então nós o seguiremos e “em Cristo, todos receberão a vida” (1ª Co 15.22).

Podemos notar que a pós a Sua ressurreição, Jesus come com seus discípulos e demonstra que era Ele mesmo (Lc 24, 41-43; Jo 21, 12).

O testemunho das Escrituras quanto a pessoa de Cristo é que:
Os soldados testemunharam que Cristo estava morto (Jo 19.33).
José de Arimatéia e Nicodemos, sepultaram a Jesus (Jo 19.38-42).
Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana (Lc 24.6).

Mesmo após a ressurreição Ele ainda portava as marcas dos cravos nas mãos, para mostrar que Seu corpo, agora vivo, era o mesmo no qual sofrera a crucificação, porém, glorificado (Lc 24.39; Jo 20.27).


Quando, pois, os espíritas ensinam outros caminhos, opostos ao caminho que Jesus estabeleceu, não demonstram que os espíritos que os orientam sejam inimigos de Jesus, os espíritos quais a Bíblia chama de demônios? (2ª Co 11.14-15; Ef 6.10-12).

Pr. Elias Ribas
pr_eliasribas@yahoo.com.br

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

O ENSINO DE JESUS E O ESPIRITISMO


Alann Kardec declara que: “segundo definição dada por um espírito, ele era o médium de Deus”.

O apostolo João declara em sua carta dizendo: “Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora”.

Provar do grego “dokimazo”, significa: testar, examinar, verificar (ver se uma coisa é genuína ou não), reconhecer como genuíno depois de exame, aprovar, julgar valioso.

Ora, se a Bíblia nos dá o direito de examinar se o espírito é de Deus ou não, podemos então verificar os textos apontados de Alann Kardec e concluir que não somente os textos são falsos como também o próprio Alann Kardec é um falso profeta que tem se levantado no mundo.
Embora o espiritismo ensine que Jesus era um médium, é necessário refutar este conceito através dos ensinos do Senhor Jesus.

Kardec procura justificar a doutrina espírita da reencarnação afirmando que só mediante esse ensino é que se pode ter compreensão dos ensinos de Jesus exarados nos evangelhos e na própria Bíblia. Do contrário, fica tudo ininteligível e até irracional. Vejamos sua declaração:

“Muitos pontos do evangelho, da Bíblia e dos escritos sagrados em geral, são ininteligível, muitos mesmos se nos afiguram irracionais por falta de uma chave, para se lhe conhecer o verdadeiro sentido. Ora, essa chave se acha inteiramente no espiritismo, conforme conheceram aqueles que o estudam seriamente e que melhor o reconhecerão mais tarde”.

Jesus, porém, ensinou a unidade da vida terrestre, e não a pluralidade de vida. Em Lucas 23.39-43, vemos Jesus pregado na cruz entre dois ladrões. Os dois tinha sido maus, tanto é que um deles faz sua confissão ao companheiro de crimes, dizendo: “Respondendo-lhe, porém, o outro, repreendeu-o, dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez. E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.40-43).

Se a reencarnação, de fato, fosse verdadeira, Jesus não teria respondido desta maneira. Mas teria dito: “É bom que tu te arrependas, pois o arrependimento é o primeiro passo para tornar-te um espírito puro. Mas não é somente isto. Tu deves ter paciência contigo mesmo. E cada qual deve resgatar-se a si mesmo. Tu foste um criminoso nesta vida, e todo mal que tu realizaste contra outras pessoas, é uma divida contraída e que deverá ser paga. Mas como já está há um passo da morte, já não podes mais pagar, terás então, que voltar a esta terra, em novo corpo, para expiar e resgatar teus crimes”. Ao ladrão arrependido, Jesus disse: “...hoje estarás comigo no paraíso” (v. 43).

Jesus ensinou a existência de dois lugares finais e irreversíveis depois da morte, e não a reencarnação como meio de aperfeiçoamento. Não sobra lugar para a reencarnação.

Jesus ensinou a nossa redenção por meio de Sua morte na cruz, e não a redenção por esforço próprio.

Enquanto a Bíblia aponta nossa redenção por Jesus Cristo, por meio de Sua obra salvífica realizado em nosso favor no Calvário, o espiritismo anuncia: “Fora da caridade não existe Salvação”, que é o dogma central da doutrina espírita. Vejamos como Leon Denis se pronuncia a este respeito:

“Não, a missão de Cristo não era resgatar com o seu sangue os crimes da humanidade. O sangue, mesmo de um Deus, não seria capaz de resgatar ninguém. Cada qual deve resgatar-se a si mesmo, resgatar-se da ignorância e do mal. É o que os espíritos, aos milhares, afirmam em todos os pontos do mundo”.

A doutrina espírita, que consiste em apregoar que é necessário reencarnar sucessivamente muitas vezes na existência humana, até chegar a um aperfeiçoamento espiritual, também é a única que corresponde à ideia da justiça de Deus com respeito aos homens de condição moral inferior, a única que pode explicar o nosso futuro e fundamentar as nossas esperanças, pois oferece-nos o meio de resgatarmos os nossos erros através de novas provas. A razão assim nos diz, e é o que os espíritos ensinam.

Que espíritos são esses em todo o mundo que anunciam doutrina oposta à ensinada por Jesus? Os desígnios de Deus, era enviar o Seu Filho Jesus Cristo ao mundo para morrer pelos pecados da humanidade e desfazer as obras do diabo. E foi esta a missão de Jesus. Em Mateus 16.21-23, prescreve o seguinte relato: “Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar aos seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia. E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá. Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens”.

Satanás tinha sugerido a Pedro que Jesus jamais passasse pelo Calvário para redimir a humanidade pelo Seu sangue. E quando os espíritos sugeriram a Leon Denis que nem mesmo o sangue de um Deus poderia resgatar alguém, é de se notar que esses espíritos, aos quais se refere Leon Denis, certamente são os espíritos demoníacos que orientaram os escritores espíritas a partir do codificador Allan Kardec. E o apóstolo Paulo declara que não é de admirar que isso aconteça, porque esses espíritos satânicos se transfiguram em anjos de luz (2ª Co 11.14).

O evangelho segundo o espiritismo não é o evangelho de Jesus Cristo o Filho de Deus, mas é outro evangelho (Gl 1.8-9). O evangelho verdadeiro está prescrito por Paulo em 1ª Coríntios 15.3-4: “Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras”.

Essas palavras do apóstolo Paulo é uma repetição da profecia do profeta Isaías em relação à obra resgatadora de Jesus: “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is 53-4-5).


O texto de Isaías traz a mensagem central cristã. Nossa redenção por Cristo é a medula do evangelho, pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir, e dar a sua vida em resgate de muitos (Mt 20.28). O texto de João 3.16 é o tema central da Bíblia: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.

Jesus ensinou a ressurreição final de todos os homens. Ao contrário, o espiritismo ensina o estado final como espírito puro. Durante o ministério terreno, Jesus ressuscitou algumas pessoas mencionadas nos evangelhos e, paralelamente, ensinou a ressurreição dos mortos, apontando Sua ressurreição era a base para a ressurreição dos seus seguidores. E não só isso, mas ensinou também um dia de juízo final em que todos os mortos irão ressuscitar corporalmente. Falando de Sua própria ressurreição, Jesus afirmou dizendo: “Jesus lhes respondeu: Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei. Replicaram os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário, e tu, em três dias, o levantarás? Ele, porém, se referia ao santuário do seu corpo. Quando, pois, Jesus ressuscitou dentre os mortos, lembraram-se os seus discípulos de que ele dissera isto; e creram na Escritura e na palavra de Jesus” (Jo 2.19-22).


A Bíblia ensina que haverá duas ressurreições, uma para a vida eterna e outra para a condenação eterna. Nos ensinos de Jesus Ele diz: “Os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (Jo 5.29).

Pr. Elias Ribas
pr_eliasribas@yahoo.com.br

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

JOÃO BATISTA ERA O PROFETA ELIAS REENCARNADO?


 “Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR” (Ml 4.5) Aqui Deus afirma que enviará o profeta Elias a Israel antes que chegue o “grande e terrível” dia do Senhor.

“E, se o quereis reconhecer, ele mesmo é Elias, que estava para vir” (Mt 11.14) Aqui Deus afirma a respeito de João Batista “este é o Elias havia de vir...”.

Se analisarmos estes textos segundo a crença espírita, João Batista era Elias. Porém um dos princípios da hermenêutica mais conhecidos é aquele que diz que a Bíblia interpreta a si mesma. A Bíblia é um livro divino, e por isso não temos o direito de interpretar como bem queremos, mas de acordos com as interpretações da própria Bíblia. Portanto, somos impedidos de lançar mão de recursos alheios ao espírito bíblico para interpretar mesmo que seja o mais simples dos ensinos dela. A Bíblia mesma dá resposta as suas indagações.

Sobre João Batista o doutor Lucas diz: “Disse-lhe, porém, o anjo: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida; e Isabel, tua mulher, te dará à luz um filho, a quem darás o nome de João. E irá adiante do Senhor no espírito e poder de Elias, para converter o coração dos pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para o Senhor um povo preparado” (Lc 1.13, 17). Aqui um anjo diz a respeito de João.

Isto não quer dizer, em absoluto que João fosse Elias, mas que no seu ministério profético haveria peculiaridade do ministério de Elias. De fato, a Bíblia não trata de nenhum outro caso de dois homens tão parecidos como João Batista e Elias.

Analise do Texto:
1) João no espírito e virtude de Elias (Lc 1.17). Isto que dizer tão somente que João tinha um caráter como o de Elias: enérgico, positivo, zeloso e impetuoso...

2) João Batista era Elias ou não? O próprio João Batista responde, dizendo: “Não sou” (Jo 1.21).

3) Elias para reencarnar em João precisava ter morrido, pois sem morte não há reencarnação. No entanto Elias não morreu, mas foi arrebatado aos céus para não ver a morte: “Indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho” (2ª Rs 2.11).









4) Se Elias estivesse reencarnado em João, era este que deveria ter aparecido no monte da transfiguração e não Elias (Mt 17.3-4).


5) Segundo o espiritismo a reencarnação promove o aperfeiçoamento da pessoa, João não foi melhor que Elias foi arrebatado e João preso e morto decapitado.

6) Se houvesse reencarnação, o mundo teria sempre o mesmo número de habitantes desde sua criação, visto que na “reencarnação” não há multiplicação e sim apenas continuação da vida. Os espíritas se defendem e dizem haver habitantes em outros planetas. A ciência não comprova nada e se assim fosse seria de constituição diferente da nossa. E também não seria caso de reencarnação, mas de transfiguração.

Fica claro que a Bíblia não apóia a absurda teoria espírita da reencarnação.

Os traços de identificação de ministérios:


O aparecimento de Elias, em 1º Reis 17.1, assemelha-se ao de João Batista, como descrito em Mateus 3.1.

Elias repreende o rei Acabe rei de Israel, casando com Jezabel, mulher dos sidônios, uma mulher idólatra e ímpia (1º Rs 18.17,18). João Batista repreendeu o rei Herodes, por viver com a mulher de seu irmão (Mt 14.3-4).

Elias foi perseguido por Jezabel (1º Rs 19.2-3) e João Batista foi perseguido por Herodias, mulher de Herodes (Mt 14.6-8).

Pr. Elias Ribas

pr.eliasribas2013@gmail.com

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O ESPÍRITO SANTO E O ESPIRITISMO


Vejamos o que Allan Kardec disse sobre o Espírito Santo:

“Jesus promete outro Consolador: o Espírito de Verdade, que o mundo ainda não conhece, por não estar maduro para compreendê-lo, consolador que o Pai enviará para ensinar todas as coisas e para relembrar o que o Cristo há dito. O Espiritismo vem, na época predita, cumprir a promessa do Cristo: preside ao seu advento o Espírito de Verdade. Ele chama os homens à observância da lei: ensina todas as coisas fazendo compreender o que Jesus só disse por parábolas. O Espiritismo vem trazer a consolação suprema aos deserdados da terra. Assim, o Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança” (Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. VI, itens 3 e 4).

O que diz a Bíblia. Allan Kardec foi infeliz na interpretação acima. O Consolador prometido não pode ser uma religião ou um conjunto de práticas que incluem a comunicação com os mortos. Não pode ser e não é uma instituição orientada por entidades espirituais desconhecidas. O Consolador não são os espíritos do além. Se fosse, o Senhor Jesus certamente diria: “Enviarei os consoladores, aqueles que estarão sempre convosco, ensinando todas as coisas através de canalizadores que receberão o dom do Pai”. Mas Jesus disse:

“E rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre” (Jo 14.16). A palavra “outro”, traduzida do grego “allon”, significa “outro da mesma espécie”; e “consolador”, do grego “parakletos”, tem o sentido de “alguém chamado para ficar ao lado de outro para ajudá-lo”. Se o Consolador é o Espiritismo, os cristãos do mundo inteiro ainda não receberam essa promessa. Para recebê-la seria necessário aderirem ao Espiritismo, receberem os “passes” mediúnicos e se aprofundarem na leitura do Livro dos Espíritos? Em nenhum momento Jesus orientou seus seguidores para que buscassem instrução e consolo junto aos mortos. Ao contrário, Ele ensinou o caminho das Escrituras:

“Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus” (Mt 22.29). “Examinai as Escrituras, porque pensais ter nela a vida eterna. São estas mesmas Escrituras que testificam de mim; contudo não quereis vir a mim para terdes vida” (Jo 5.39).

Pelo menos, quanto a mim, o Espiritismo não está ao meu lado para me ajudar em nada. O Senhor Jesus afirmou que quando Ele fosse, o Consolador viria (João 16.7). Teria Jesus atrasado o cumprimento de sua promessa por dezenove séculos, considerando-se a época do surgimento do Espiritismo como o conhecemos hoje? Jesus enviaria um espírito-guia para cada pessoa?

Jesus disse que “aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (Jo 14.26). O artigo definido “o” define (desculpe-me pelo óbvio). Logo, o Senhor Jesus, nessa passagem, diz que Espírito Santo e Consolador são a mesma Pessoa. O Senhor Jesus define, nomeia, estabelece, distingue, identifica. Nada nos leva a deduzir que o Consolador seja uma doutrina, um conjunto de doutrinas, uma religião, um ou vários espíritos desencarnados, bons ou maus.

O Consolador é o Espírito de Deus (Mt 3.16); o Espírito da Verdade (Jo 14.17); o Espírito da Profecia (Ap 19.10); Espírito de Vida (Rm 8.32); Espírito de Santidade (Rm 1.4); Espírito de Sabedoria, de Conselho, de Inteligência, de Poder (Is 11.2); Espírito do Senhor (Is 61.1); Espírito do Filho (Gl 4.6); Espírito Eterno (Hb 9.14); Espírito de Juízo (Is 4.4); Espírito de Graça (Zc 12.10). Seus atributos são os mesmos da Divindade: eternidade (Hb 9.14); onipresença (Sl 139.7-10); onipotência (Lc 1.35); onisciência (1ª Co 2.10). Identificar o Consolador com o Espiritismo é desejar igualar a criatura ao Criador. Os “espíritos” do Espiritismo são criaturas de Deus e, embora sejam imortais, não são eternos. A eternidade é atributo exclusivo da Divindade. O Consolador prometido é uma Pessoa da Trindade.

“Naqueles dias veio Jesus de Nazaré, na Galileia, e foi batizado por João no Jordão. Logo que saiu da água viu os céus abertos, e o Espírito que, como pomba, descia sobre ele. Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1.9-11). Aí temos Jesus (o Filho), o Espírito (o Espírito Santo) e a voz dos céus (o Pai). O Espiritismo por acaso teria descido sobre Jesus? O Cristianismo ensina que o Espírito Santo guia, reprova, pensa, fala, intercede, determina, capacita, vivifica, convence do pecado, nomeia e comissiona ministros, e habita com os santos. Logo, o Espírito Santo não é o Espiritismo, nem o Espiritismo é o nosso Consolador.

“Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1ª Co 3.16). O Espiritismo não habita nos homens. Os crentes não são templos do Espiritismo. Os “espíritos” possuem os corpos daqueles que a eles se entregam e lhes obedecem. O Espírito da Verdade não incorpora em corpos. Os “espíritos de verdade” do Espiritismo, estes sim, possuem os corpos dos canalizadores ou médiuns.

Ademais, a Bíblia nos ensina que Jesus Cristo foi concebido pelo Espírito Santo (Lc 1.35); foi ungido pelo Espírito Santo (At 10.38); guiado pelo Espírito Santo (Mt 4.1); foi cheio do Espírito Santo (Lc 4.1). Não se fala aqui em Bons Espíritos, Espíritos Puros ou Espiritismo. Allan Kardec falou de algo que ele desconhecia, porque o mundo não O conhece (Jo 14.17).

O Consolador na Igreja. Quem orienta e consola a Igreja de Cristo não são os mortos. Vejam as seguintes passagens: “Servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado” (At 13.2). “Passando pela Frigia e pela província da Galácia, foram impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia. Quando chegaram à Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não lho permitiu” (At 16.6-7). Quem orienta a Igreja de Cristo é o Espiritismo? É um conjunto de espíritos bons que falam através dos canalizadores?

Espiritismo Cristão. Pode-se admitir a existência de Espiritismo cristão? Podemos concordar com a afirmação de que Cristianismo e Espiritismo ensinam a mesma coisa? A resposta é não. Cristianismo e Espiritismo são incompatíveis. A mediunidade e a reencarnação não pertencem ao Cristianismo. O Cristianismo ensina a ressurreição corporal de Jesus; a Divindade de Jesus Cristo, o Filho de Deus; o perdão incondicional dos pecados para os que se arrependem e aceitam o senhorio de Jesus; o Juízo Final, a Ressurreição coletiva na volta de Jesus, a existência do Diabo, dos anjos decaídos e de um lugar de tormentos eternos. O Cristianismo ensina que o homem morre apenas uma vez (Hb 9.27) e que imediatamente após a morte ele segue para um lugar de paz, se morreu em Cristo, ou para um lugar de tormentos, se morreu sem Cristo. Nada disso ensina o Espiritismo. Logo, o Espiritismo não pode ser cristão. O simples fato de uma pessoa fazer obras de caridade não lhe assegura vida eterna (Ef 2.8-9).

Vejamos o que mais Jesus disse do Consolador:
“Quando ele viver, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Do pecado, porque não creem em mim; da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado” (Jo 16.8-11).

Kardec, em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, não se deteve no exame do texto acima. Não me consta que o Espiritismo convença alguma pessoa do pecado e a leve ao arrependimento. A tentativa de comunicação com os mortos, praticada pelo Espiritismo, é transgressão da lei de Deus: “Quando vos disserem: Consultai os médiuns e os feiticeiros, que chilreiam e murmuram entre dentes, respondei: “Acaso não consultará um povo a seu Deus”? Acaso, em favor dos vivos se consultarão os mortos?” (Is 8.19). O Cristianismo ensina que em Cristo recebemos perdão de nossos pecados e não precisaremos morrer várias vezes para atingir a perfeição.

Ao ladrão na cruz, que se mostrou arrependido, Jesus disse: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43). Em contradição, a questão 999 do Livro dos Espíritos, que “contém especialmente a doutrina ou teoria do Espiritismo”, ensina:

“O arrependimento sincero durante a vida basta para apagar as faltas e para encontrar graça perante Deus?” Resposta: “O arrependimento ajuda o Espírito a progredir, mas o passado deve ser expiado”. Questão 1002: “Que deve fazer aquele que, em artigo de morte, reconhece suas faltas, mas não tem tempo de repará-las? Bastará o arrependimento?” Resposta: “O arrependimento apressa a reabilitação, MAS NÃO ABSOLVE. Não tem à sua frente o futuro, que jamais se lhe fecha?”.

O ladrão não foi absolvido por Jesus? Ele teria que sofrer milhares de reencarnações, não obstante estivesse morando com Jesus no paraíso? Então qual a diferença entre o ladrão que não se arrependeu e o que se arrependeu? Vê-se que o perdão do Espiritismo é diferente do perdão pregado por Jesus. Não há perdão no Espiritismo. Como vimos na questão 1002 do Livro dos Espíritos, arrependa-se ou não o espírito, segundo a teoria da reencarnação, terá pela frente um mundo de incertezas, pois terá que viver muitas vidas e sofrer muitas mortes. Finalmente, o Espiritismo não convence o mundo do ato divino da redenção e da vitória do Cristo ressurreto, para derrota do príncipe deste mundo. No Espiritismo o futuro é incerto, “nunca se fecha”; é um caminhar rumo a uma perfeição que nunca chega. Realmente, não há absolvição para os espíritas.

O “batismo no Espírito Santo” também coloca freios à pretensão kardecista. Lembrem-se de que Allan Kardec disse que Jesus foi a segunda revelação de Deus. Leiam as palavras de Jesus:

“João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (At 1.5). Ora, os vários batismos da espécie que se seguiram, detalhadamente registrados em Atos dos Apóstolos, em nada se assemelham às práticas mediúnicas. Os dons espirituais dados pelo Consolador, muito antes do advento do Espiritismo, não guardam qualquer semelhança com as práticas de psicografia, adivinhação e evocação de entidades espirituais. Portanto, o Consolador é o Consolador, e o Espiritismo é o Espiritismo.


Se o espiritismo fosse real e verdadeiro Jesus deveria baixar nos centros de mediunidade. Porém, isso jamais acontecerá.

Pr. Elias Ribas
pr_eliasribas@yahoo.com.br

O PERIGO DA EVOCAÇÃO DOS MORTOS


O próprio codificador do espiritismo admite que há perigos na evocação. Mas ao mesmo tempo se manifesta dizendo não haver tantos perigos, e aconselha os praticantes a não se deixarem levar pelo medo.

Opiniões de alguns médicos que apontam o espiritismo como uma causa da loucura.

O Dr. Xavier de Oliveira, em sua obra Espiritismo e loucura, p. 221, fala o seguinte sobre O livro dos médiuns: “É a cocaína dos debilitados nervosos que se dão à prática do espiritismo. E com um agravante e mais: é barato, está ao alcance de todos, e, por isso mesmo, leva mais gente, muito mais, aos hospícios, do que a ‘poeira do diabo’, a ‘coca maravilhosa’. É o tóxico com que se envenenam, todos os dias, os débeis mentais, futuros hóspedes dos asilos de insanos”.

O Dr. João Teixeira Alves dirigiu a diversos médicos de grandes nomes uma carta com a seguinte pergunta: “Baseado nas suas observações, que ideia faz V. As. Do espiritismo com fator de loucura e outras perturbações nervosas?”

O Dr. Juliano Moreira, diretor do Hospício de Alienados do Rio de Janeiro, respondeu: “Tenho visto muitos casos de perturbações nervosas e mentais evidentemente despertadas por sessões espíritas”.

Kardec tenta explicar que não existe somente espíritos do mal, mas Deus permite que os bons espíritos venham nos dar bons conselhos.


Se Deus condena e proíbe a prática da mediunidade na Bíblia conforme o capítulo 18 Deuteronômio, como Ele poderá ir contra Sua própria Palavra? Em relação a este assunto, espíritos bons e maus, será que Kardec tem razão do que diz? Claro que não. Todos os espíritos que se manifestam nas sessões espíritas são espíritos enganadores.

Pr. Elias Ribas
pr_eliasribas@yahoo.com.br