TEXTO ÁUREO
“Todas as
coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são
lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.” (1ª Co 6.12).
VERDADE PRÁTICA
As redes
sociais são um fenômeno que integra a sociedade, porém, os relacionamentos
virtuais não podem substituir a relação interpessoal, principalmente, a
comunhão cristã.
LEITURA
BÍBLICA
Provérbios 4.10-15: “Ouve, filho meu, e aceita as minhas palavras, e se multiplicarão os
anos da tua vida. 11 No caminho da sabedoria te ensinei, e por veredas de
retidão te fiz andar. 12 Por elas andando, não se embaraçarão os teus passos; e
se correres não tropeçarás. 13 Apega-te à instrução e não a largues; guarda-a,
porque ela é a tua vida. 14 Não entres pela vereda dos ímpios, nem andes no
caminho dos maus. 15 Evita-o; não passes por ele; desvia-te dele e passa de
largo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
– Apresentar
uma perspectiva bíblica da política;
– Compreender
que a separação do Estado da Igreja é uma herança protestante;
– Mostrar
como o cristão deve lidar com a política.
INTRODUÇÃO
Devido ao
avanço tecnológico, várias mudanças ocorreram na sociedade. A rede mundial de
computadores, conhecida como Internet, conecta o mundo todo. Com o surgimento
das redes sociais tudo o que acontece é divulgado e comentado instantaneamente.
As informações são transmitidas com rapidez surpreendente; mas em
contrapartida, vivemos um estágio em que as pessoas se relacionam mais virtual
que presencialmente. Nesta lição, veremos o conceito e o perigo das redes
sociais, bem como o desafio de a igreja evangelizar as pessoas por meio das
novas tecnologias.
I. REDES SOCIAIS
1. O que é a rede social?
A expressão é
usada para uma aplicação da rede mundial de computadores (web), cuja finalidade
é conectar e integrar pessoas. Os que aderem a um site de relacionamentos podem
conectar-se entre si, criar um perfil, adicionar amigos e conhecidos, enviar
mensagens, fazer depoimentos, trocar informações, fotos e vídeos, além de
estabelecer vínculos. A rede social moderna surgiu no início do século XXI e
viabilizou aos usuários o encontro de amigos do passado e a ampliação do
círculo social.
2. Uma oportunidade para o Evangelho.
A Bíblia
mostra que o ser humano é por natureza um ser social e gregário (Gn 1.28,29).
Tal sociabilidade também se manifesta intensamente na rede social, sendo, por
isso mesmo, uma grande e rica oportunidade para se pregar o Evangelho. Uma vez
que temos, da parte do Senhor Jesus Cristo, a ordem de levar o Evangelho por
todo o mundo (Mt 28.19,20), os contatos que a rede social proporcionam devem
ser ocasiões de discipular pessoas, momentos de se falar do amor de Deus bem
como oferecer consolo com base na Palavra do Senhor aos desesperançados.
3. O uso da Rede Social.
Como tudo na
Internet, bem como nas tecnologias da informação, as redes sociais apresentam
não apenas benefícios, mas também podem trazer danos para seus usuários.
Lamentavelmente, não são poucos os que dizem professar o nome de Cristo, mas
não o honram com seu perfil na rede social. Uns a utilizam como uma fonte de
ostentação, outros se envolvem em discussões intermináveis que nenhuma
edificação traz. A Bíblia, porém, nos recomenda que devemos evitar tais
discussões (Tt 3.9). Tendo “a mente de Cristo” (1Co 2.16b) e cientes de que
“todas as coisas” nos “são lícitas”, devemos viver o princípio de não permitir
que nenhuma delas nos domine (1Co 6.12). Mais do que nunca, devemos usar de
discernimento nesse mundo virtual, avaliando todas as coisas sob a ótica
cristã.
As redes
sociais são um fenômeno do nosso tempo, mas precisam ser utilizadas com
sabedoria.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Você
consegue imaginar, na atualidade, uma pessoa que não esteja conectada ao
Whatsapp, Facebook, Twitter ou instagram? Não conseguimos nem idealizar, pois
nunca o acesso as redes sociais foi tão amplo. Entretanto quando o assunto é
redes sociais, em geral os crentes ficam preocupados e es opiniões se dividem
quanto ao seu uso. Alguns até creem que é pecado. Outros questionam:
O cristão pode utilizar as redes sociais?
Você não vai
encontrar na Bíblia nenhum texto bíblico que fale a respeito deste assunto,
pois é uma atividade da vida moderna. Por não conhecerem o universo online,
muitas pessoas acabam tendo um excesso de zelo, preocupação e enxergam somente
os aspectos negativos do mundo virtual.
Houve um
tempo que o rádio também foi muito criticado, e algumas igrejas, proibiam seus
membros de ouvi-lo. Tudo que é novo assusta, contudo como cristãos devemos
evitar todo e qualquer radicalismo, pois o crente deve ser prudente,
equilibrado em suas atitudes, palavras e até ponto de vista em relação ao uso
das redes sociais não é diferente; precisamos utilizá-las com sabedoria,
prudência e equilíbrio. A cada dia o número de brasileiros online vem aumentado
e grande parte deste número é de crentes e que frequentam a Escola Dominical.
A questão a
ser discutida Hoje pelos professores e alunos da Escola Dominical é mais ampla:
Como as pessoas estão se comportando nas redes sociais? Como você se comporta?
O problema não são as redes sociais, mas como as pessoas se comportam nelas.
Para o
cristão, todas as coisas são lícitas, mas nem tudo é proveitoso ou edificante
(1ª Co 10.23; 16.12). Devemos fazer uso do universo online com prudência e
discernimento; sejamos cuidadosos e tenhamos limites. Michael Palmer, no livro
Panorama do Pensamento Cristão, diz que os cristãos que veem a cultura de mídia
de entretenimento têm de aprender a ler essas imagens e rejeitar as que são
incompatíveis com os padrões cristãos e a Escritura’. Esse é o problema. Muitos
crentes não conseguem fazer essa leitura. Precisam ser ensinados a fazer isso.
Será que você faz essa leitura? Ou você ingere tudo sem questionamento? (BUENO,
Telma. Adolescentes Vencedores: Vivendo em Sociedade, 1.ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2015, p. 45).
II. O PERIGO DA RELAÇÃO DESCARTÁVEL E AS NOVAS
TECNOLOCIAS
A velocidade
da informação e a efemeridade nos relacionamentos virtuais têm provocado sérios
danos às relações sociais.
1. A distorção da felicidade.
A Palavra de
Deus nos adverte quanto aos que vivem uma vida de dissimulação e se ufanam de
si mesmos (Is 5.20,21). A Bíblia mostra que esse é um caminho perigoso. Nas
redes sociais, em geral, as pessoas publicam uma vida perfeita e um mundo
repleto do felicidades. As redes estimulam a prática narcisista, ou seja, o
indivíduo que admira exageradamente a própria imagem e que nutre uma paixão
excessiva por si mesmo – a Bíblia condena essa atitude (Mc 12.30,31). Essas
pessoas tendem 6 buscar uma felicidade fútil, em meio a fotos montadas e a
sorrisos falsos. Muitas vezes é uma vida de “faz de conta”. Apresentam o que
não ê verdadeiro. A Palavra de Deus não compactua com tal prática (Fp 4.8).
2. O isolamento e a solidão.
Na década de
1990 pesquisadores chamaram atenção para o mal social denominado de “paradoxo
da internet. Trata-se da contradição de alguém ler vários relacionamentos
virtuais o, ao mesmo tempo, a ausência de contato humano. Estudos recentes
demonstram quanto maior a frequência no uso da Internet, aumenta o sentimento
de solidão, problema acentuado pelas redes sociais – a Bíblia mostra a
importância do companheirismo (Lc 10.1). O ser humano está sendo integrado à
tecnologia, mas tratado como se fosse uma máquina. Essa falta de equilíbrio tem
desencadeado crises emocionais, ansiedades e isolamentos. É uma “bolha” em que
a realidade dá lugar à fantasia, como acontecia nos dias do profeta Jeremias
(Jr 6.14).
3. Relações sociais efémeras.
Segundo um
sociólogo polonês, a sociedade vive um momento de frouxidão nas relações
sociais. Ele chama este fenómeno social de “modernidade Líquida”. Os tempos são
“líquidos” porque tudo muda tão rapidamente e nada é feito para durar, para ser
“sólido” (Sl 90.9). Nas redes sociais, com apenas um clique é possível
bloquear, deletar ou excluir as pessoas. E com outro clique, podemos aceitar,
comentar e curtir as atividades de outras pessoas. Esse fenómeno representa um
declínio das sólidas relações humanas, uma vez que por meio das tecnologias, a
amizade, o amor e o respeito entre as pessoas são facilmente descartáveis. A
vida de fato passa a ser vaidade de vaidades (Ec 1.2).
4. A falsa sensação de privacidade.
Diversos
usuários das redes sociais iludem-se com a sensação de privacidade e ficam
expostos a toda espécie de constrangimentos. Comentários pessoais, sentimentos
de foro íntimo; fotos e vídeos comprometedores saem da área do privado e se
tornam públicos. Essa sensação de privacidade também favorece a prática do
pecado virai (algo que se espalha rápido como um vírus) (Mt 24.12). Pode ser
desde a reprodução e a retransmissão de pornografia até a divulgação de
notícias falsas e difamatórias. A Palavra de Deus nos instrui a fugir dessas
coisas (2 Tm 2.22; Pv 16.28).
SÍNTESE DO TÓPICO II
As novas
tecnologias aproximam as pessoas, mas também podem tornar os relacionamentos
descartáveis.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Que somos
seres sociáveis não temos dúvida, mas o desejo de socialização é um projeto de
Deus que talvez não seja tão conhecido. Essa premissa está inserida em Gênesis
1.27,28, quando no relato da criação Deus disse ao casal progenitor que
crescesse e se multiplicasse.
[…] Mas a
última descoberta que vem arrebanhando milhares de pessoas à solidão, é a www ponto
com, a Internet através da rede mundial dos computadores.
Horas e horas
são gastas diante do aparelho, privando as pessoas de se comunicar com seus
familiares. Mas o problema da Internet é que ela oferece uma suposta
comunicação – que nem de perto substitui a versatilidade de uma conversa cara a
cara – mas, que tern gerado sérios transtornos com sites eróticos, salas de
bate-papo entre aventureiros sexuais (sexo virtual) e outras tantas coisas
nocivas à vida natural do ser humano.
O homem acaba
sendo globalizado com o mundo e alienado localmente de si mesmo e do convívio
familiar. É a inversão de valores como disse o Senhor Jesus Cristo em Mateus
16.26: “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua
alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?”.
Portanto, a
estratificação social não é à vontade de Deus para a humanidade, pois
inequivocamente as evidências bíblicas mostram que Deus nos criou para O
adora-lo, e não há possibilidade de isso acontecer se não desfrutarmos de comunhão
uns com os outros (Mt 5.23,24), ou seja, é impossível ser cristão antes de
sermos completamente humanos, isto é relacionais” (CARVALHO, César Moisés,
Marketing para a Escola Dominical: Como atrair, conquistar e manter alunos na
Escola Dominical. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp.34,35).
III. A REDE SOCIAL A SERVIÇO DO REINO DE DEUS
A Igreja de
Cristo precisa estar consciente quanto ao potencial das redes sociais e deve
usá-la na propagação do Reino de Deus.
1. O bom testemunho nas redes sociais.
Cristo
ensinou que o cristão é a luz do mundo (Mt 5.14). Que essa luz deve
resplandecer por meio das boas obras a fim de glorificar o nosso Pai que está
nos céus (Mt 5.16). Desse modo, para o bom testemunho nas redes sociais o
cristão não deve postar comentários negativos ou fazer pré-julgamento das
pessoas. Deve tomar todo o cuidado, tendo a precaução com as fotos e os vídeos
que publicar (seja vídeos ou fotos pessoais ou de terceiros). É importantíssimo
avaliar o conteúdo, a coerência, o vocabulário e a ética cristã das mensagens
antes de postar, comentar ou curtir em sua rede.
2. O uso correto da evangelização.
A Internet é
uma grande aliada na divulgação do Evangelho, porém alguns cuidados são
necessários para não tornar a mensagem inócua. As postagens não podem ser
grandes e os vídeos não podem ser demorados. A mensagem precisa ser clara,
concisa e objetiva (Hb 2.1,2). Antes de compartilhar qualquer conteúdo com os
amigos, devemos analisar a veracidade bíblica daquela mensagem e seu teor
teológico-doutrinário. Em lugar de postagens com frases de efeito, ou de
autoajuda e de confissões positivas, devem-se priorizar os versículos bíblicos.
Ao reproduzir áudios e vídeos devemos verificar se não existe algo que possa
causar escândalos. Também não se deve atacar a ninguém, apenas anunciar e
confessar a Cristo (1ª Co 1.23,24).
CONCLUSÃO. Estatísticas
indicam que mais de um terço da população mundial está conectada à web e
interage por meio de redes sociais. Diante desses fatos a igreja precisa
instruir seus membros no uso das novas tecnologias e buscar métodos de
evangelização por meio das redes sociais. Para tanto, dizem as Escrituras
“antes, rejeitamos as coisas que, por vergonha, se ocultam, não andando com
astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à
consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade”
(2ª Co 4.2).
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