2ª
Pedro 2.12:
“Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem
presos e mortos, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção”.
VERDADE
PRÁTICA
O ensino da Palavra de Deus, de modo
cuidadoso, pode evitar que a corrupção domine os corações dos salvos.
LEITURA
BÍBLICA
2ª
Timóteo 3.1-4,14-16:
“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; 2
porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos,
blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, 3 sem afeto
natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para
com os bons, 4 traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do
que amigos de Deus, 14 Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que
foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido. 15 E que, desde a tua
meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação,
pela fé que há em Cristo Jesus. 16 Toda Escritura divinamente inspirada é
proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em
justiça.”
Deus criou o homem bom e perfeito, mas
ele pecou. Como resultado da Queda veio a morte e toda a sorte de corrupção. Na
lição de hoje estudaremos a respeito dos pecados dos últimos dias. Sabemos que,
infelizmente, a humanidade afastada de Deus, vem a cada dia se tornando mais e
mais corrupta.
I.
OS TEMPOS TRABALHOSOS
1.
Nos últimos dias (v.1). Paulo inicia o capítulo três falando a respeito da
extrema corrupção dos últimos dias. O termo “últimos dias” não se refere
somente ao fim dos tempos escatológicos, mas faz referência ao ataque gnóstico
sobre a Igreja. O apóstolo mostra a Timóteo o grande desafio que é permanecer
fiel ao Senhor em tempos difíceis, quando os falsos mestres parecem se
multiplicar. Ele faz uma lista com as características dos falsos mestres,
homens sem Deus. Vejamos algumas:
1.1.
Amantes de si mesmos.
São homens que buscam os seus interesses em primeiro lugar, antes de
valorizarem os outros e a obra do Senhor. Eles não têm amor, pois o verdadeiro
amor “não busca seus interesses” (1ª Co 13.5).
1.2.
Avarentos.
São amantes do dinheiro, fruto do seu egoísmo. Hoje, há falsos obreiros, que só
pregam ou fazem a obra de Deus esperando receber bens materiais (1ª Tm 6.10).
1.3.
Presunçosos, soberbos. São homens cheios de orgulho, de arrogância, que se
julgam superiores aos outros. Sabemos que Deus abomina a altivez e
que a “soberba precede a ruína” (Pv 6.16,17).
1.4.
Blasfemos. Blasfêmia é ofensa verbal a Deus, porém, ela não se limita às
palavras.
Jesus ensinou que para a blasfêmia contra o Espírito Santo não haverá perdão
(Mt 12.31).
1.5.
Desobedientes a pais e mães e ingratos. São péssimos exemplos na família, pois
não honram seus pais e mães (cf. Êx 20.12). São ingratos com Deus, os pais, os
amigos, à igreja e todo ministério.
1.6.
Profanos e sem afeto natural. São homens que não sabem amar, por isso
não respeitam as coisas sagradas (Lv 19.8,12).
1.7.
Irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes e cruéis. Nunca estão
dispostos a perdoar e se reconciliarem. Cometem o crime de calúnia. Nas
igrejas, esse crime é ignorado. Raramente se pune um caluniador. Não sabem
conter-se, não tem autocontrole, nem domínio próprio. São pessoas impiedosas,
desumanas.
2.
Falsa aparência (v.5). Muitos vão à igreja, tem o linguajar de crente, se
vestem como crentes, porém suas atitudes não condizem com a Palavra de Deus.
Paulo adverte quanto a estes que querem viver apenas de aparência, enganando e
sendo enganados. Porém, haverá um dia em que eles terão que prestar contas ao
Senhor. Estes podem enganar a liderança e os crentes, mas jamais enganam a
Deus. O Senhor conhece aqueles que são seus.
II.
PAULO, UM EXEMPLO DE OBREIRO EM TEMPOS DIFÍCEIS
1.
Um obreiro exemplar (v.10). Paulo exorta Timóteo a fim de que ele perseverasse
na sã doutrina e sempre procurasse pregar a Palavra de Deus em todas as
ocasiões. Como líder, Paulo era um exemplo a ser seguido pelos demais pastores
e por toda a igreja. Ele era um seguidor autêntico de Jesus, na proclamação do
evangelho e da doutrina de Cristo.
2.
Modo de viver.
Muitos exortam, ensinam e pregam com muita desenvoltura, todavia, na prática
não vivem aquilo que transmitem nos púlpitos. Paulo não somente ensinava, mas
sua vida era um testemunho vivo do poder transformador do Senhor Jesus Cristo.
Com toda autoridade, ele podia afirmar: “Sede também meus imitadores, irmãos, e
tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam” (Fp
3.17).
3.
Intenção, fé longanimidade e amor. A intenção de Paulo não era se
promover, mas promover o Evangelho de Cristo. Seu desejo era ganhar almas para
Cristo. Ele era um homem de fé, por isso, pôde suportar todos os embates,
combates e sofrimentos por que passou durante o seu ministério. A fé nos faz
vencer os embates do ministério. Ser longânimo é ter paciência para suportar os
fracos, os defeituosos, os problemáticos (Gl 5.22). O líder precisa cultivar
esse dom, especialmente o amor. Paulo não só falou e ensinou, mas deu exemplo
do que é ter amor. Na sua epístola de 1ª Coríntios, ele dedica o capítulo 13
inteiro para falar a respeito da suprema excelência do amor.
III.
O ENSINO DA PALAVRA DE DEUS EM TEMPOS DIFÍCEIS
1.
O valor do ensino bíblico. Na atualidade é imprescindível que os líderes
invistam recursos e tempo no ensino da Palavra de Deus. Somente o ensino
bíblico ortodoxo conduz o homem à santidade e à santificação (Sl 119.105; Rm
15.4; 1ª Co 4.17). O ensino da Palavra de Deus é instrução que leva o homem a
viver de modo justo e digno. Nesses tempos difíceis em que estamos vivendo
necessitamos de líderes dedicados ao estudo e ensino das Escrituras Sagradas.
2.
Combatendo o “espírito do Anticristo” com a Palavra de Deus. Vivemos tempos difíceis,
porém, sabemos que o Anticristo ainda não está no mundo, mas muito de seus
seguidores já se encontram em plena atividade, inclusive realizando sua obra
satânica de oposição a Cristo e a sua Igreja. Assevera-nos a Bíblia:
“Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também
agora muitos se têm feito anticristos [...]” (1ª Jo 2.18). Observe alguns dos
“instrumentos” utilizados por Satanás nesses últimos dias contra o rebanho do
Senhor:
2.1.
O relativismo.
O relativismo moral domina o pensamento na atualidade. Em nome de um falso
pluralismo, e do “respeito às diferenças”, o Diabo vem convencendo as pessoas
de que nada é errado, tudo é relativo.
2.2.
Leis infames.
Leis que criminalizam e preveem a prisão daqueles que usam textos da Bíblia
para falar contra o homossexualismo. Leis que querem legalizar o uso de drogas
e a prática do aborto. Leis que favorecem os criminosos de colarinho branco.
3.
A Palavra de Deus e seus referencias éticos. As leis de muitos países
favorecem a imoralidade e a falta de ética na sociedade. Muitas delas são estabelecidas
sob a égide de filosofias materialistas, relativistas e pluralistas. A Palavra
de Deus, todavia, trás em seu âmago referenciais éticos e morais para a plena
felicidade das famílias em qualquer civilização. Os que rejeitam esses
referenciais ficarão perdidos, inseguros, sem rumo e orientação. O resultado
disso é a tragédia moral que vem se abatendo, especialmente sobre a família, e
a sociedade como um todo.
CONCLUSÃO.
Vivemos tempos difíceis, por isso,
precisamos nos voltar para a Palavra de Deus. Ela é um guia seguro para
conduzir o crente neste mundo de trevas morais e espirituais. A Igreja do
Senhor Jesus é formada de pessoas que são “sal da terra” e “luz do mundo”.
Portanto, sejamos exemplo para esta sociedade pós-moderna.
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