TEOLOGIA EM FOCO: PARA COMEÇAR A ENTENDER O PROBLEMA DO ADVENTISMO

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

PARA COMEÇAR A ENTENDER O PROBLEMA DO ADVENTISMO





 “Mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou joio no meio do trigo, e retirou-se” (Mateus 13.25).

 Algumas palavras importantes antes de começarmos: 

Gostaria de deixar bem claro que todos os estudos sobre o adventismo que já tive oportunidade de escrever, jamais tiveram e jamais terão como alvo e objetivo ofender as pessoas. Há pessoas que amo, que ainda estão dentro do adventismo, pelas quais oro de contínuo, colocando-as incessantemente diante do Senhor. O que se discute aqui, afirmo, são as doutrinas, comparando-as aberta e sinceramente com a pureza da Palavra de DEUS.

 Mas faz-se necessário esclarecer alguns pontos antes de iniciarmos a compreender o problema do adventismo, seguindo o “fio da meada do movimento”.

 Vejamos:


 Primeiramente, o adventismo faz tudo parecer uma questão de obediência ao Senhorio de CRISTO. Chega a afirmar que seus fiéis são salvos em CRISTO pela graça e, por conta dessa salvação (provisória e potencial) são obrigados submeter-se à Lei Mosaica. Assim, o adventismo revoga para si a posição de substituto, ou de continuidade, para Israel.

 Mas a questão está além desse simples argumento. O adventismo repete as mesmas afirmações de outros movimentos tais como: Igreja dos Santos dos Últimos Dias, Testemunhas de Jeová, da Ciência Cristã, do Movimento Carismático Neopentecostal, do Espiritismo, e de todas as demais seitas.


 O adventismo se apresenta como um grupo cuja missão é restaurar a verdade perdida, encontrada e representada na pessoa de sua profetisa, a Sra. Ellen White. Então o movimento assume uma posição proselitista, buscando captar para suas fileiras os que puderem convencer, utilizando todos os artifícios que podem, com aquela superficialidade de palavras, ostentando muitas vezes linguajar e postura semelhante às dos verdadeiros crentes em JESUS CRISTO.


Em segundo lugar, o sábado cerimonial judaico hebdomadário está apenas na superfície. A guarda do sábado não é a doutrina mais importante e nem o âmago do adventismo. Ela não é a doutrina mais importante a ser investigada, embora seja de certa relevância. Há muito mais no porão do adventismo. E o que lá se encontra é tanto tenebroso quanto anticristão.

 A pregação da guarda do sábado, pelo movimento, é apenas consequência da sua Soterologia arminiana, semi-pelagiana. O sábado está na tona, mas se cavarmos mais fundo, logo encontraremos a Doutrina do Juízo Investigativo (ou Investigador), onde um pouco mais abaixo, bem nos alicerces da seita, nas escavações sérias de um diligente e sério pesquisador bíblico, encontraremos a Doutrina do Santuário.

 Tudo é na verdade derivado da ideia de que DEUS deu aos “Milleritas” (seguidores de Miller do século XIX), um esclarecimento revelador que não puderam entender de imediato. O adventismo não se arrependeu de tentar datar a volta de Cristo à terra em Outubro de 1844. Orgulha-se disso, na verdade, o adventismo!

 Mas de fato seu orgulhoso e pecaminoso passado “profético” foi não somente herético, mas totalmente desastroso. O adventismo foi então levado a encontrar outra explicação para este evidente fracasso “profético”. No adventismo se cumpre a profecia em forma de Parábola que CRISTO proferiu, pois sua doutrina foi semeada pelo diabo no mundo, como joio que atrapalha a verdadeira evangelização Bíblica e a verdadeira pregação da salvação pela Graça em CRISTO JESUS. Logo que embasou seu suposto desapontamento numa nova e milaborante teoria de que Cristo deveria complementar a salvação dos fiéis em um santuário celestial, todos os seus ensinos foram alavancados para o buraco profundo onde se meteu.
 Em terceiro lugar, para que DEUS tenha tempo de realizar o Juízo Investigativo, fez-se necessário a Doutrina do Sono da Alma, o que os levou à concepção holística para sua explicação da existência humana. Desprezam a doutrina bíblica da tricotomia. Logo não há inferno ou céu, sequer arrebatamento ou mesmo sofrimento eterno. O adventismo assume um alegorismo estranho à Teologia Cristã. Nesse ponto nasce o aniquilamento dos ímpios, a posição de Satanás como o bode Azazel como sendo ele, o próprio Lúcifer, a carregar os pecados dos homens no fim dos dias. Satanás é para o adventismo dessa maneira uma espécie de co-salvador.

 E, finalmente, se atualmente está ocorrendo um juízo investigativo da parte de DEUS, que avalia a obediência dos homens decididos a serem salvos, tal investigação deve estar embasada no que é mosaico, já que a Lei define um padrão de conduta e, se DEUS há de investigar condutas, logo se inclui o proceder moral da Lei, incluso o sábado hebdomadário e as leis de alimentação, mas estranhamente deixando ausente a circuncisão. Isto é pregar a salvação pelas obras! Por mais que afirme salvação pela graça o adventismo é contrário às Sagradas Escrituras!

Repito, o adventismo tem seu prédio estruturado em torno de seu começo desastroso e das previsões sem fundamento e falsas do advento de Cristo em 1843 e 1844, por Miller, Bates, Edson, e finalmente a Sra. White. Lembremos que a Sra. White profetizou continuamente a volta de Cristo para cada ano seguinte ao que viveu, até sua morte. Eles já tiveram muitos nomes e antes até se reuniam no domingo para os cultos. Suas reuniões iniciais eram semelhantes às dos pentecostais modernos, com muitas ênfases em sonhos e visões. Não eram diferentes, pois, dos neopentecostais modernos em geral.


 Portanto, não se deixe seduzir com o discurso do adventismo de que o sábado é selo de obediência servil para os “salvos” potenciais (que podem perder a salvação). Trata-se de um engodo! O sábado, para o adventismo, na verdade tem papel coadjuvante, uma tábua de salvação por mérito próprio, entrando em voga como um diferencial dos fiéis adventistas que serão submetidos ao suposto Juízo Investigativo de DEUS, embassando assim um evangelho mesclado de salvação pelas obras e falsas profecias. Para o adventismo, somente os que estão dentro do movimento, dentro das fileiras da “Igreja Remanescente” será salvo. Isso se forem fiéis. Os demais estão perdidos por rejeitarem os ensinos de Ellen White. È realmente isso Bíblico? Isso é realmente condizente com o Evangelho da Graça de CRISTO? Eis nosso sonoro NÃO!

 O selo de DEUS para os verdadeiros crentes, entretanto  é, segundo a PALAVRA DE DEUS o ESPIRITO SANTO de DEUS! Dado aos salvos no momento da conversão, do novo nascimento!

““Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa” (Efésios 1.13).

 “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção” (Efésios 4.30).

  Quanto mais próximos pretende o adventismo ficar da salvação pelas obras, mais fiel deve ser à reforma sabática e de saúde. Arminiano no seu âmago o adventismo crê também na perda da salvação e na necessidade de um complemento para o sacrifício de CRISTO através do auxílio pessoal de cada crente para a perseverança final ser efetiva.

 Com isso em mente, poderemos ver quão distantes da Bíblia estão as afirmações da Sra. White, do começo ao fim da sua desastrosa interpretação profética e revelações recebidas pelo “anjo escrivão”. E é baseado em um amontoado de supostas visões da Sra. White, que o adventismo prossegue sem certeza para seus fiéis entrarão ou não no céu, tendo todas as suas esperanças em poderem ser aprovados no juízo investigador de DEUS. E, como veremos, misturam um “mingau” de fantasias antibíblicas, à beira do ocultismo pagão, tão longe estão da realidade da Palavra de DEUS.

Autor: Pr Miguel Ângelo L Maciel (ex-adventista, salvo pela graça de DEUS – Ef 2.8-9)



Um comentário:

  1. Gostei muito amigo das suas explicações, antes de nois falarmos de algo, devemos saber do que falamos... bem isso ajudou muito.

    Fique na PAZ do SENHOR.

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