I.
INTRODUÇÃO
A
Congregação Cristã no Brasil é vista por alguns como uma seita, por outros como
um movimento contraditório.
Nem
todas as doutrinas e práticas desta religião estão erradas. Podemos afirmar que
está entre aquelas seitas que possuem mais compatibilidade com os ensinos
bíblicos e seríamos injustos se ignorássemos seus pontos positivos. Porém, seus
deslizes são perigosos e merecem uma acareação bíblica para que sejam bem
esclarecidos e nunca aceitemos nenhuma de suas heresias.
Nosso
objetivo nesta lição é demonstrar o caráter sectarista e exclusivistas desta
igreja, fato que nos impede a tratá-los no mínimo como um movimento
contraditório; pois suas doutrinas são fundamentadas em versículos isolados, e
mal interpretados, das Escrituras. Além disso, seus membros vêem as demais
igrejas como seitas.
II.
FUNDO HISTÓRICO
Luis
Francescon, nascido em 29 de março de 1866 de 1866, na comarca de Cavasso
Nuevo, província de Unide, Itália, imigrou para os E.U.A. e começou ter conhecimento
do Evangelho através da pregação do irmão Miguel Nardi. Em 1891, tornou-se
cristão e no ano seguinte, ele e o grupo evangelizado pelo irmão Nardi e
algumas famílias da igreja Valdense fundaram a primeira igreja Presbiteriana
Italiana.
1. Uma experiência
com o batismo.
Conforme
o próprio relato de Luis Francesco, após três anos e meio freqüentando a igreja
Presbiteriana Italiana, enquanto lia o trecho bíblico de Colossense 2.12, ouviu
duas vezes as seguintes palavras: “Tu não obedeceste a este mandamento”. A
partir daí, inicia o questionamento do batismo por aspersão praticado por
aquela igreja. Com Jesus aprendemos a forma bíblica do batismo (Mt 3.15-16).
2. O
rompimento com a igreja Presbiteriana.
Com
a viagem do pastor da igreja local, coube a coube a franscescon, como ancião,
presidir a reunião mo dia 6 de setembro de 1903. Ali, ele teve a oportunidade
de falar acerca da “revelação” do batismo e convidou a todos os membros daquela
igreja para assistirem ao seu batismo por emersão. Ao seu batismo compareceram
cerca de 25 irmãos, dos quais 18 foram batizados.
Com
o retorno do pastor da igreja, franscescon não pode fazer outra coisa senão
pedir seu desligamento com o grupo batizado de forma desobediente. Assim,
estabeleceram uma pequena comunidade evangélica livre, reunido-se na casa dos
irmãos. Entretanto a Bíblia proíbe divisões no corpo de Cristo (1ª Co 12.25).
3. Congregação
Cristã no Brasil.
Surgiu
entre os imigrantes italianos e americanos e inicialmente se limitava a dar
assistência aos mesmos. A partir de 1910 o movimento ganhou força com a
mensagem pentecostal e dois núcleos foram estabelecidos: um no Paraná, reunindo
membros de origem católica, e outro em São Paulo , com
membros de origem evangélica. A partir daquela data o movimento espalhou-se e
hoje conta, segundo estimativas, com novecentos mil adeptos em todo o Brasil. A
maioria concentra-se ao redor de São Paulo (80%) e o restante ao sul do País.
São conhecidos como “glórias” e se consideram a única igreja certa.
A
história da Congregação Cristã não traz maiores diferenças que possam explicar
sua posição sectária de hoje, mas no decorrer do tempo foi adequando a certos
individualismo. Baseados na história narrada pelo próprio Franscescon, podemos
ver que o comportamento deles hoje é bem diferente de seu fundador, que
mantinha comunhão com as demais dominações. A comunhão será sempre a marca dos
verdadeiros filhos de Deus (Sl 1333).
4. A causa
do individualismo.
Congregação
Cristã teve sua origem num ambiente teológico, onde dominava a doutrina da
predestinação. Somando a isso, algumas profecias diziam que lhes seriam enviado
os que haveriam de se salvar. Pelo fato do ancião Franscescon não ficar
continuamente junto aos novos grupos, isto trouxe com certeza grandes erros na
interpretação da liderança nacional. A Bíblia ensina que devemos conhecer o
estado de nossas ovelhas (Pv 27.23).
III.
PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS
Pontos
positivos. Os seguintes são denominados pontos positivos porque têm
embasamento bíblico e são prática comum entre os evangélicos.
a)
Assistência social. É costume dos núcleos desta Igreja manterem uma comissão de
assistência social, composta por alguns homens e mulheres. Esta comissão
certifica-se das necessidades dos adeptos ou não, e os socorre quando houver
real carência. A ajuda tanto pode ser em objetos ou dinheiro. Key Yuasa,
pesquisando a Congregação, disse que “a Igreja organizou grandes empresas
industriais para aliviar o número de desocupados, cujos operários não pertencem
à Congregação e são evangelizados pelos crentes” (T.G.Leite F). (Base bíblica:
Gl 2.10).
b)
Pentecostalismo. Os adeptos da Congregação geralmente são fervorosos em suas
práticas religiosas. Aplicam-se à oração acompanhada pelo jejum, buscam o
batismo com o Espírito Santo e oram em línguas e profetizam. Valor relevante
entre eles é dado à profecia. “Quem faz tudo é o Senhor”, quase tudo é
atribuído a uma direção ou sinal direto de Deus. Base Bíblica para o batismo
com o Espírito Santo: (At 2.1-4).
c)
Santidade corporal. Diferente do que ocorre em outras seitas que saturam o país
e o mundo, os adeptos da Congregação dão valor a santidade do corpo. Não bebem,
não fumam, suas mulheres andam com trajes honestos e não costumam usar
pinturas, embora não as proíbam. Também procuram dar bom testemunho na sociedade
onde convivem. Base bíblica: 1ª Pd 1.15.
Pontos
negativos. A análise honesta de seus pontos positivos, por si mesma exige
outra igual dos pontos negativos, pois aqueles não anulam o efeito destes.
IV.
DOUTRINAS PRINCIPAIS
1. São
Exclusivistas.
Ao
analisarmos o pensamento doutrinário da Congregação Cristã no Brasil, temos a
impressão de que seus líderes criaram um Evangelho só para eles. A maioria de
seus adeptos defendem o pensamento errôneo de que a salvação só é possível na
sua própria igreja. A Bíblia declara que a salvação é um dom de Deus para todos
(Ef 2.8-9).
A
despeito desse perigoso sectarismo, devemos levar em conta o que diz a Bíblia.
A Palavra de Deus garante que todo aquele que invocar o nome do Senhor será
salvo (At 2.21; Jl 2.32; Rm 10.13). A salvação portanto está em Jesus (Jo 14.6;
At 4.12) e não em organizações religiosas.
2. Batismo
em nome de Jesus.
Segundo
os adeptos da CCB, o batismo só é válido se efetuar em nome de Jesus. Eles usam
a passagem de At 2.38 para justificar a doutrina medieval de que as águas do
batismo tem propriedades miraculosas para purificar pecados.
O
apóstolo Paulo delimitou com muita propriedade o batismo do Evangelho (1ª Co
1.14-17); ele era contra a forma externa bem típica do judaísmo. A salvação é
pela graça (Ef 2.8-9). Ou seja, é um ato da graça de Deus (Tt 2.11). A
regeneração é obra do Espírito Santo (Tt 3.5), enquanto que o batismo em águas
é um sinal arrependimento; é um ato público de fé.
Infelizmente,
eles não reconhecem o batismo efetuado por ministros de outras denominações
mesmo sendo evangélica e em nome da Trindade (Mt 28.19). Entretanto, não
podemos concordar com a maneira pela qual a Congregação Cristã ministra o
batismo nas águas, sem preparo algum para os novos convertidos. Reconhecemos
que a validade do batismo depende do preparo do batizado (At 8.36-38).
3. Não
aceitam o ministério pastoral.
A
CCB concentra-se os ministérios principalmente do patriarcalismo. Possui apenas
anciãos, diáconos, cooperadores e estes são seus líderes. A CCB é contra o
cargo pastoral, embora Francescon mantivesse comunhão com os demais pastores,
tendo-os em alta estima.
Dizem
que somente Jesus Cristo é seu pastor e consideram um erro assalariar um pastor
ou qualquer outro líder. Para defenderem estas idéias, usam especialmente o
texto de Ezequiel 34.1-10. Parece-me que eles só estudam o Velho Testamento.
Afinal, pastores e evangelistas são dons ministeriais (Ef 4.11) designado para
a liderança do rebanho de Deus no Novo Testamento. Bata ler a carta do apóstolo
São Pedro:
“Rogo,
pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha
dos sofrimentos de Cristo, e ainda co-participante da glória que há de ser
revelada: pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por
constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância,
mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes,
tornando-vos modelos do rebanho. Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar,
recebereis a imarcescível coroa da glória” (1ª Pe 5.1-4).
“O
presbítero ao amado Gaio, a quem eu amo na verdade” (3ª João 1.1).
Deus chamou obreiros.
Ministério
de tempo integral na Igreja e o seu consequente sustento é tão divino quanto a
existência da Igreja. Os seguintes textos o provam:
Deus
condenou os infiéis pastores - líderes religiosos e políticos - da nação de
Israel. Porém, prometeu que levantaria um pastor fiel: Davi (Ez 34.23,24).
Jesus
é descendente de Davi segundo a carne e perpetua o reinado deste sobre Israel
(Lc 1.31-33). Mas é também o fundador e Senhor da Igreja, composta por todos os
salvos pelo seu próprio sacrifício (Ef 5.25b; Cl 1.24b).
Como
supremo Pastor de Israel e da Igreja (1ª Pd 5.4), Jesus constitui homens fiéis
para exercerem o ministério pastoral em seu nome e sob a unção do Espírito
Santo (Ef 4.11; Mt 10.1-4; At 20.17,18; 1ª Pd 5.1).
A
grande tarefa destes líderes é apascentar o rebanho do Senhor com amor e
dedicação, procurando aperfeiçoá-la cada vez mais (Ef 4.11-16). Tudo para a
glória de Deus (1ª Tm 1.12,17).
Sendo
chamados por decreto divino para exercerem um ministério de tempo integral, é
perfeitamente lícito que os obreiros de Deus sejam sustentados pela igreja (1ª
Co 9.6-14). Se o Senhor ama os pecadores indignos a ponto de abençoá-los (Mt
5.45) e enviar homens - e até famílias - para resgatá-los, não se importaria
com seus obreiros fiéis? Para isso ele usa a Igreja (Fp 4.14-18).
Infelizmente
tudo que acontece na Congregação Cristã está relacionado ao sentimento. É
sempre necessário sentir para se realizar alguma obra ou até mesmo para orar
por alguém. Ao lermos na Bíblia, encontramos a perfeita vontade de Deus sobre
este assunto (Fl 2.2; Tg 5.13-16).
5. Sustento
de obreiros.
“Se
não sou apóstolo para outrem, certamente, o sou para vós outros; porque vós
sois o selo do meu apostolado no Senhor. A minha defesa perante os que me
interpelam é esta: não temos nós o direito de comer e beber? E também o de
fazer-nos acompanhar de uma mulher irmã, como fazem os demais apóstolos, e os
irmãos do Senhor, e Cefas? Ou somente eu e Barnabé não temos direito de deixar
de trabalhar? Quem jamais vai à guerra à sua própria custa? Quem planta a vinha
e não come do seu fruto? Ou quem apascenta um rebanho e não se alimenta do
leite do rebanho? Porventura, falo isto como homem ou não o diz também a lei?
Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi, quando pisa o
trigo. Acaso, é com bois que Deus se preocupa? Ou é, seguramente, por nós que
ele o diz? Certo que é por nós que está escrito; pois o que lavra cumpre
fazê-lo com esperança; o que pisa o trigo faça-o na esperança de receber a
parte que lhe é devida. Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito
recolhermos de vós bens materiais? Se outros participam desse direito sobre
vós, não o temos nós em maior medida? Entretanto, não usamos desse direito;
antes, suportamos tudo, para não criarmos qualquer obstáculo ao evangelho de
Cristo. Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados do próprio templo
se alimentam? E quem serve ao altar do altar tira o seu sustento? Assim
ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho”
(1ª Co 9.4-14).
O
grifo é do autor e desejo ressaltar que a CCB usa versículos isolados sem
analisar o contexto, e assim criam seus amaranhados distorcendo as doutrinas bíblicas.
O
texto acima é a defesa de Paulo sobre o sustento dos obreiros. Os que pensam
doutro modo, ficam sem argumentos ante a clareza e o objetividade com que o
apóstolo trata o assunto.
A
Bíblia deixa bem claro que os dízimos eram destinados aos levitas e sacerdotes
(Nm 18.21-24; Hb 7.5), para que houvesse sempre mantimentos na casa de Deus (Ml
3.10). Os filhos de Levi e os ministros do altar e os ministros do altar, por
sua vez, pagavam os dízimos recebidos (Nm 18.26).
Paulo,
como os demais judeus, tinham uma profissão alternativa – fazedor de tendas (At
18.3). Desse ofício provinha o necessário para o sustento, pois temia
escandalizar os irmãos, e não queria correr o risco de ser interpretado como
aventureiro, em Corinto.
6. Não
aceitam que o líder estude.
Dizem
que não é necessário seus líderes estudarem, pois o Espírito Santo dá sabedoria
e palavras na hora em que necessitam. Usam Mateus 10.19,20 como base para este
argumento. Não será esta aversão aos estudos teológicos um dos motivos de suas
más interpretações dos textos bíblicos?
A
sabedoria procede de Deus. É isto que nos ensina Pv 1-9.
a) A
criação do universo e da terra demonstram sabedoria (Sl 104.24), os planos
divinos para o mundo e o homem são sábios (Sl 139.6) e o homem necessita de
sabedoria para bem viver (Pv 4.5-6). Como o homem nasce completamente
ignorante, seu intelecto deve ser desenvolvido através dos estudos (Ec 12.12).
b) A
sabedoria espiritual, seja do conhecimento de Deus (Os 6.3) ou para o exercício
do ministério (1ª Jo 2.20), deve ser buscada em oração e independe de outros
assuntos. Porém, aquela sabedoria mencionada em Mt 10.19,20, dizia respeito à
capacitação divina para enfrentar os tribunais em época de perseguição.
c)
Aqueles que Deus chamou, ungiu e separou para serem líderes do rebanho, pela
própria natureza da função, devem se esforçar pelo auto-desenvolvimento
intelectual e buscarem mais conhecimentos teológicos. Vivemos na época da
multiplicação da ciência, das grandes transformações sociais e precisamos ter
resposta para tudo (At 26.24; 1ª Tm 4.13, 2ª Tm 4.13). A sabedoria não
prejudica a espiritualidade, como pensam alguns. Se assim fosse, Paulo, Timóteo
e o próprio Senhor Jesus não seriam sábios na Lei e não estariam bem informados
(Lc 13.1-5).
O estudo da Palavra é uma
doutrina. Em João 5.39 Jesus diz: “Examinais, as Escrituras, porque
julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim”.
O apóstolo Paulo encoraja a Timóteo a dominar a
Palavra de Deus: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro
que não tem de que se envergonhar, que maneje bem a palavra da verdade” (2ª
Tm 2.15). O grande sábio Salomão incentivou o ensino dizendo: “O
princípio da sabedoria é: Adquira sabedoria: sim, com tudo o que possuis,
adquira o entendimento” (Pv 4.4). “Compra a verdade e não a vendas;
compra a sabedoria, a instrução e o entendimento” (Pv 23.23). “Inclina o
teu ouvido, e ouve as palavras do sábio, e aplica o teu coração à minha ciência
(conhecimento)” (Pv 22.17). “Aplica o coração ao ensino e os ouvidos às
palavras do conhecimento” (Pv 23.12). Aqueles que desprezam o ensino
Salomão chama-os de loucos: “O temor do Senhor é o princípio do saber,
mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino” (Pv 1.7).
Para
eles a Bíblia não tem a devida relevância. A vida dos adeptos da CCB é norteada
pelo “iluminismo” e não pela Palavra de Deus. Vão ao culto para “buscar a
palavra”, e não para aprender no templo (Sl 27.4). Suas bases teológicas são
bastante precárias.
Não
aceitam o ministério das mulheres.
O
trabalho das mulheres na Congregação está restrita a assistência social e
outras atividades que não envolvam o uso do púlpito, como a pregação e o
ensino.
7. Deus usa
as mulheres.
a) O
que Paulo refutou foi o ministério pastoral das mulheres e o exercício da
autoridade sobre os pais e o marido. Na igreja não há apoio bíblico para
ministério pastoral, embora as irmãs sejam úteis em outras áreas.
b)
Muitas mulheres consagradas foram usadas por Deus para exercerem o ministério
da profecia (2º Re 22.14,15; Lc 2.36-38), da assistência social (At 9.36,39),
do apoio aos ministros (Lc 8.1-3; At 16.13-15; Rm 16.3), do louvor (Êx
15.20,21; Lc 1.46-55) e, certamente, da evangelização de adultos e crianças (Lc
2.38). Particularmente não vejo erro algum no ministério das irmãs e até que
preguem a Palavra dos púlpitos, desde que não exerçam o pastorado.
8. Não
pregam nas ruas.
Limitam-se
ao proselitismo pessoal e dentro dos templos. Esquecendo-se dos que ainda não
receberão a fé, dedicam-se a pregar aos crentes de outras denominações
evangélicas. Mas na sua condição de profeta, o ministério de Jesus baseava-se
na triologia: pregar, ensinar e curar (Mt 4.23; 9.35). Este é o exemplo que
devemos seguir; está é a nossa tarefa – pregar e ensinar (Mt 28.19-20).
Jesus
ordenou a pregação nas ruas.
Toda
e qualquer igreja que se limitar a pregar o evangelho entre as quatro paredes
de um templo, está buscando seu próprio esvaziamento. O método evangelístico de
Deus, seja de abordagem pessoal ou de grupos, é ir ao encontro das almas
necessitadas. Veja os exemplos e mandamentos: Jesus (Mt 5.1; 13.1-3; Lc 14.23)
e Paulo (2ª Tm 4.2; At 17.17; 16.13-15).
Durante
o culto ou quando vão orar, mesmo em casa, as mulheres da Congregação devem
usar véu.
Porém
quanto ao uso do véu, convém salientar que o uso do véu no culto, tal como véu,
chapéu, roupas e etc, depende de cada cultura, pois os costumes se alteram e as
exigências também. Jesus condenou os fariseus que usavam as tradições acima da
doutrina bíblica (Mt 15.1-13).
A
palavra grega para “véu” é peribaion e significa “jogar em volta”. Ela
aparece apenas duas vezes no Novo Testamento grego (1ª Co 11.15; Hb 1.15).
Em
1ª Coríntios 11.1-16, Paulo trata da submissão da mulher ao marido. Como se vê,
o que está em pauta é a submissão, e não o véu. Quem acha que o véu é um meio
para a santificação, como a CCB, deve usá-lo no dia-a-dia como as mulheres do
Oriente Médio e da Ásia nos dias de Paulo.
10. Adotam o
ósculo santo.
Após
o final das reuniões, usam saudar-se com ósculo santo, um beijo na face,
conforme Rm 16.16. Só que o ósculo é restrito às pessoas do mesmo sexo. É
proibido pessoas de sexo oposto se beijarem, pois pode ser beijo de Judas (Mt
26.48,49).
Isto
é uma questão cultural ainda hoje observa entre os judeus, árabes e vários
povos do leste europeu. Não é motivo, pois para fazer uma guerra em torno de
assuntos que, rigorosamente falando, em nada contribuem para a nossa edificação
em Cristo Jesus.
O
ósculo era uma tradição como qualquer outra entre os orientais. Ainda hoje os
russos usam o ósculo como saudação. “O costume, entretanto, era beijar na testa
ou na palma da mão”.
a) O
uso do ósculo na Igreja primitiva era entre todos os membros e não apenas entre
os do mesmo sexo. Nisto vemos a malícia da Congregação.
b) O
ósculo significava o que hoje significa o aperto de mãos e o abraço.
c) O
importante é o ágape divino envolvendo os corações (Jo 13.35).
11. Oram
somente de joelhos.
Torcem
o sentido real de Fp 2.10 e não admitem que um adepto ore a não ser ajoelhado.
Orar
é se comunicar com o Senhor, manter a comunhão e tratar com ele dos negócios do
Reino. A Bíblia ensina a orar continuamente, em qualquer lugar ou posição (1ª
Ts 5.17; Ef 6.18; 1ª Tm 2.8). Alguns exemplos: Jonas orou no ventre do peixe
(Jn 2.1); Jesus orou na cruz (Lc 23.34,46).
Embora
adote certos conceitos bíblicos em seu corpo doutrinário, a Congregação está na
categoria de seita porque também contém muitos erros. Estes que são
extremamente sutis e, embora parecendo insignificantes, são tendenciosos e
prejudicam grandemente a fé simples e pura no cristianismo.
A
Congregação Cristã nos acusa de saudar os irmãos com a “paz do Senhor”. Para
justificar esse conceito, afirmam: “devemos saudar com a paz de Deus, e nunca
com a paz do Senhor, por que existem muitos senhores, mas Deus é um só”. Essa
acusação se desfaz quando lemos as palavras de Paulo em 1ª Coríntios 8.5-6.
Eles não conseguem entender que quando saudamos com a paz do Senhor estamos
saudados com a paz que Jesus nos deixou (Jo 14.27). O argumento que existem
muitos senhores é infundado, pois a Bíblia fala também de muitos deuses, mas só
um é verdadeiro, ela fala também de dois senhores, mas só um é o verdadeiro.
Portanto, o crente sabe que ao cumprimentar o irmão com a paz, ele está
demonstrando que ele possui a paz que Cristo o Senhor da paz nos deixou.
Os
adeptos da Congregação Cristã do Brasil julgam-se espiritualmente superiores a
todos os evangélicos. Quanto a nós, não nos cabe tratá-los como inimigos, mas
como a pessoas que precisam dos esclarecimentos necessários para compreender o
verdadeiro sentido do Evangelho de Cristo. Evitemos, pois contender com eles,
pois a contenda não convém ao homem de Deus. Que o Senhor nos de graça para
preservar a sã doutrina.
Pr. Elias Ribas
pr.eliasribas2013@gmail.com
Caro Pr Elias Ribas,
ResponderExcluirPaz!
Gostei muito do post acima, é muito esclarecedor.
Parabéns pelo post.
Pr José Costa
Eu também compartilho desse pensamento a respeito da CCB, não dá pra negar os pontos positivos, nem tanto os negativos.
ResponderExcluirPaz em Cristo.
Ezequiel Domingues
http://www.ezequiel-domingues.blogspot.com.br/