Como reconhecer uma igreja que presa pelos
tentáculos da secularização?
Faz necessário
analisarmos o conceito da palavra secularização para entendermos como o deus
deste século trabalha ardilosamente no mundo espiritual.
A raiz latim
saeculum refere a uma geração ou de uma época. No
latim eclesiástico, adquiriu o significado de “o mundo”, “a vida do mundo” e “o
espírito do mundo”, sendo por esta via que se chegou ao sentido da palavra
“secularização”. Na discussão contemporânea, secularismo e humanismo são
frequentemente vistas e entendem como humanismo secular, uma abordagem à vida e
de pensamento, indivíduo e sociedade, que glorifique a criatura em vez do
Criador.
“Secularismo é
o inverso da espiritualidade bíblica na vida do crente. É uma forma sutil,
capciosa, ardilosa, disfarçada, de corrupção na igreja” [Gilberto. Revista
obreiro, p. 37].
De certa
forma, o secularismo já adentrou dentro de algumas igrejas cristãs. O
secularismo tende a profanação do sagrado. Quando uma igreja se torna secular,
tende a desprezar os valores espirituais e a exaltar os humanos e materiais. Há
igreja, cujos santuários e púlpitos transformaram-se em locais de
entretenimentos e demonstrações de cultura popular. A Bíblia porém afirma: “Mui
fiéis são os teus testemunhos; a santidade convém à tua casa, Senhor, para
sempre” (Sl 93.5).
“A pior forma
de responder ao desafio do secularismo é se adaptar aos padrões seculares de
linguagem, pensamento e forma de viver. Se os membros de uma sociedade secular
se voltam para uma religião, eles o fazem por estarem procurando algo além do
que a cultura deles já provê. É contra produtivo oferecer-lhes uma religião
secularizada que está cuidadosamente arrumada de forma a não ofender suas
sensibilidades seculares. Nessa conexão, parece que as principais igrejas na
América ainda tem que internalizar a mensagem de Dean Kelley em seu livro
escrito há quase vinte e cinco anos atrás, Why Conservative Churches Are
Growing (Porque Igrejas Conservadoras Estão Crescendo). O que as pessoas
buscam na religião é uma alternativa plausível, ou no mínimo um complemento à
vida numa sociedade secular. A religião que é nada mais do que “mais do mesmo”
provavelmente não será nada interessante.
Eu me apresso
em dizer que isso não é um argumento a favor de um tradicionalismo morto. A
velha maneira de fazer as coisas na igreja pode incluir elementos que são
extremamente entediantes e sem sentido. O Cristianismo proposto como uma
alternativa ou complemento à vida numa sociedade secularizada deve ser tanto
vibrante quanto plausível. Acima de tudo, deve ser substancialmente diferente e
propor uma diferença na maneira em que as pessoas vivem. Quando a mensagem e o
ritual são acomodados, quando as extremidades ofensivas são removidas, as
pessoas suspeitam que o clero não acredite realmente em nada muito distinto. A
apresentação plausível e persuasiva das particularidades Cristãs não são uma
questão de marketing. É uma questão de o quê as igrejas devem às pessoas nas
nossas sociedades secularizadas: a proclamação do Cristo ressurreto, a alegre
evidência da vida nova em Cristo, da vida que supera a morte.
Por não ser um
argumento a favor do tradicionalismo (tendo em mente a perspicaz observação de
Jaroslav Pelikan de que a tradição é a fé viva dos mortos enquanto o
tradicionalismo é a fé morta dos vivos), então isso também não é um argumento a
favor do fundamentalismo. Reconhecidamente, o termo fundamentalista hoje é
usado para condenar qualquer religião que ofenda seriamente as sensibilidades
seculares. Por fundamentalismo eu quero dizer uma religião que, de forma
ignorante afirma uma certeza, se recusando a usar a racionalidade humana.
Será que os
secularistas estão certos ao expor a irracionalidade, o fanatismo, e a
intolerância quando estas aparecem em nome da religião, mesmo quando eles o
fazem para desacreditar a religião como tal.
O Fundamentalismo, é o nome dado a movimentos, cujos adeptos
mantém estrita aderência aos princípios fundamentais.
[...] O Termo fundamentalismo popularmente empregado
refere-se pejorativamente a qualquer grupo religioso de infringentes de uma
maioria, conhecido como Fundamentalismo religioso, ou refere-se a
movimentos étnicos extremistas com motivações (ou inspirações) apenas
nominalmente religiosas, conhecido como Fundamentalismo étnico. O Fundamentalista
acredita em seus dogmas
como verdade absoluta,
indiscutível, sem abrir-se, portanto, à premissa do diálogo.
Fundamentalismo “é um movimento que objectiva
voltar ao que são considerados princípios fundamentais, ou vigentes na fundação
do determinado grupo”. Especificamente, refere-se a qualquer grupo dissidente
que intencionalmente resista a identificação com o grupo maior do qual diverge
quanto aos princípios fundamentais dos quais imputa ao outro grupo maior ter-se
desviado ou corrompido pela adoção de princípios alternativos hostis ou
contraditórios à identidade original.
No estudo comparativo das religiões, fundamentalismo
pode se referir a movimentos anti-modernistas nas várias religiões.
Por extensão de sentido o termo “fundamentalismo”
passou a ser usado por outras ciências para significar uma crença irracional e
exagerada, uma posição dogmática ou até um certo fanatismo em
relação a determinadas opiniões... [Fundamentalismo. http://pt.wikipedia.org/wiki/Fundamentalismo –
acessado dia 15/07/2009].
O fundamentalismo,
é a observância rigorosa às crenças religiosas tradicionais.
Existe fundamentalismo religioso no Brasil?
O forte papel das igrejas cristãs e a ascensão
exponencial das igrejas evangélicas nos últimos anos aliados à uma população
que, em sua grande maioria, carece de formação educacional básica (e isto
inclui o mínimo de conhecimento sobre ciência, razão e tecnologia) levam, ou
podem levar, à formação de cidadãos fundamentalistas religiosos?
[...] Defino fundamentalismo religioso como: “... fonte de
intolerância, na qual o outro é analisado sob a ótica de ameaça, símbolo do
mal, que pode fragilizar as ´muralhas de verdade´ construídas pelo fundamentalista
em seu discurso” [Winikipédia
<>http://pt.wikipedia.org/wiki/Fundamentalismo_religioso]
Pr. Elias Ribas
pr.eliasribas2013@gmail.com
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