TEOLOGIA EM FOCO

quinta-feira, 14 de maio de 2009

O GRANDE AVIVAMENTO

“Tendo ouvido, ó Senhor, as tuas declarações, e me sinto alarmado; aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da tua misericórdia” (Hb 3.2).


Talvez você pensa que avivamento é barulho, movimento, pulo salto, grito; mas avivamento não é isso que estou dizendo.

Avivamento é uma transformação de vida, uma mudança de vida. Avivamento é uma inquietação e compaixão pelas almas. Pular gritar e saltar, e não ter nenhum interesse pela salvação das almas não é avivamento.


O profeta Habacuque na sua emoção e agonia olhava para Lei de Moisés, para os recursos humanos, para se a justificar e não encontrava saída, pois Jó disse: “Como um homem pode se justificar”.

* A nação israelita estava cada vez mais distante de Deus, estava caído na prostituição, na idolatria, adorando outros deuses estava numa situação caótica e, o profeta Habacuque comoveu de intima compaixão pelo seu povo bradou em alta voz: “Aviva, Senhor a Tua obra no meio dos anos”.

* Habacuque morreu seu espírito voltou a Deus e Israel continuava caído e distanciado de Deus.

* Meus amados, um dia em Belém da Judéia, um homem e uma mulher chamado José e Maria foram a esta cidade se alistar por ordem do governador, e esta mulher se encontrava grávida, e, no ventre desta mulher estava o avivamento do mundo.

* Nasceu em estrebaria, porque não havia lugar para Ele; os anjos do céu anunciaram aos homens, que havia nascido Jesus o Filho que seria o verdadeiro avivamento esperado pelos profetas, pelos patriarcas, e por Habacuque, o avivamento que Deus havia predito no Éden chegou aos homens. Os pastores e os reis magos vieram adora-lo, porque a paz veio ao mundo.

* Jesus cresceu em sabedoria e em estatura, e aos 30 anos começou Seu ministério. O mundo que estava em trevas viu uma luz; os cegos viam, os aleijados e mancos eram curados, os surdos, ouviam os homens eram libertos de toda opressão demoníaca.

1. O endemoniado gadareno: A Bíblia diz que certa vez havia um endemoniado de gadareno, morava no cemitério, alimentava-se dos defuntos, era muito horrível, prisão não agüentava sua força, mas um dia ele encontrou-se com este avivamento, e sua vida mudou.

2. O paralítico no tanque de Betesda: Certa vez estava um homem que há 38 anos que era paralítico, na beira de um tanque chamado Betesda, que quer dizer casa de misericórdia.

A situação deste homem era desesperadora, uma vez por ano descia um anjo e movia as águas e o primeiro que descesse nesse tanque era curado, mas este por ser invalido, não podia entrar e não encontrava ninguém que pudesse colocar-lo dentro desse tanque e toda a vez que o anjo movia as águas, alguém descia na frente dele. Mas um dia este homem encontrou este avivamento e perguntou-lhe: que queres que eu te faça; levanta e anda.

3. A mulher com um fluxo de sangue: Certa vez uma mulher que sofria de um fluxo de sangue, há 12 anos, e já havia gastado tudo com a medicina, mas um dia ela encontrou o avivamento de sua vida, e foi ao encontro d’Ele (Jesus), e tocou nas orlas dos seus vestidos e ficou curado.

4. A filha de Jairo: A filha de um homem chamado Jairo estava morta e quando Jesus entrou na sua casa e mandou que ela levantasse e ela ressuscitou.

* A fama deste avivamento correu por toda Palestina todos vinha ao encontro d'Ele. A Bíblia diz chegai-vos a Deus e Ele chegara a vós.

* Este avivamento veio ao mundo, curar, libertar os que estavam em trevas, Ele veio para mudar a vida de muitos, Ele veio para que tenham vida e vida com abundancia.

* Este avivamento do qual eu vos falo se chamas Jesus de Nazaré, o Reis dos reis, Senhor dos senhores, Médico dos médicos, o Filho de Deus.

* O homem sem Jesus está morto em seus delitos, mas ao ter um encontro verdadeiro com Ele, passa ser uma nova criatura: "E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas" (2ª Co 5.17).

O apóstolo Paulo diz na sua epístola aos efésios.

"Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.¶ Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos,  e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus" (Ef 2.1-6).

* Religião não pode mudar o homem, nada neste mundo pode mudar a tua vida e te dar a paz, somente Jesus.

João 6.63  "O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida".

Avivamento deriva-se da raiz vida. Estávamos morto em nosso delitos, mas através da fé em Cristo Jesus Ele nos deu vida.

No evangelho segundo João Jesus disse: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá" (João 11.25).

Vida real e genuína, vida ativa e vigorosa, devota a Deus, abençoada, em parte já aqui neste mundo para aqueles que colocam sua confiança em Cristo, e depois da ressurreição a ser consumada por novas bênçãos (entre elas, um corpo mais perfeito) que permanecerão para sempre.

Jesus é o avivamento que você estava esperando, faça uma decisão, entrega sua vida a Ele - Somente Ele pode te vida eterna : "Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 14.6).

Pr. Elias Ribas

AS TRÊS VERDADES QUE O HOMEM PRECISA SABER


Is 6.1-8 “No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto monte e sublime trono, e as abas de Suas vestes enchiam o templo. 2 Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: como duas cobriam o rosto, com duas cobriam os pés e com duas voavam. 3 E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da Sua glória. 4 As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. 5 Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! 6 Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; 7 com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado. 8 Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.

No ano em que morre o rei uzias, o profeta Isaías tem uma chamada para o ministério de profeta. Isaías apesar de ser um sacerdote, também tinha sua falhas e pecados. Mas para ele ser uma benção nas mãos do Senhor, era necessária uma transformação, um encontro real com Deus.

Isaías foi escolhido por Deus para proclamar o Evangelho messiânico, foi o profeta que mais vaticinou sobre a vinda do messias e a sua morte.

Através deste encontro que Isaías teve com Deus, aprendemos três importantes verdades que precisamos saber para ver a glória de Deus.

1. Eu preciso de mudança. 2) Sem Deus jamais poderemos mudar. 3) E para o céu só vai os transformados.

I. EU PRECISO MUDAR

Todo o homem em si é pecador. A Bíblia diz em Rm 3.23 “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus”. Na epístola de 1ª Jo 1.8 ele diz: “Se dissermos que não temos pecados nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não esta em nós”.

O pecado existe em nós; o pecado quebra a comunhão com Deus; o pecado existe na conduta do ser humano. O próprio profeta Isaías escreveu no capítulo 59.1-2 dizendo: “Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem o seu ouvido, agravado, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem divisão entre vós e vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça”.

Precisamos mudar o nosso credo religioso, viver segundo as verdades da Bíblia, não seguindo as tradições e dogmas de uma igreja para encontrar com Deus, mas obedecer às doutrinas genuínas da Palavra de nosso Deus e Criador.

Tenho visto muitos cair de poder, mas levanto dali da mesma maneira que eram, falando dos outros, cheios de orgulho, vaidosos e soberbos. Isaías era cheio de pecados, mas quando caiu levantou-se mudado.

A. Isaías viu a glória de Deus: A primeira coisa que o homem faz quando vê a glória de Deus é uma mudança total na sua vida. Mudança de costumes, mudança de vida e mudança social e religiosa.

B. Quando Isaías viu a glória de Deus, olhou para dentro de si e disse: “ai de mim que sou um homem de impuros lábios”. Ele reconheceu seu pecado, clamou em alta voz, “ai de mim”. O homem precisa clamar pedir misericórdia e reconhecer seu pecado para ver a glória de Deus.

C. Isaías viu que não era nada: O homem que se aproxima de Deus, vê que não é nada, que é o pó da terra, é como um vento que passa, como a sombra que vai, como a nevoa que desaparece. Nós sem Deus não somos nada, e Isaías viu que não era nada. É por isso que o salmista disse: quem é o homem para te lembres dele, e Paulo na carta aos Romanos “miserável homem que sou”.

Quando o homem reconhece seu pecado e confessa a Deus e deixa, então ele começa a se aproximar da glória de Deus. Sem o arrependimento e santidade jamais o homem verá a glória de Deus.

A humanidade está sofrendo miséria, angustia, tristeza, problemas econômico, conjugal e familiar, porque não querem uma mudança, não querem viver uma vida segundo a Palavra de Deus.

II. SEM DEUS JAMAIS PODERÁ MUDAR

Já ouvi alguém dizer, tenho tentado mudar e não posso, não consigo. O meu temperamento é assim e o pai foi assim e não tem jeito.

Em primeiro lugar quem pensar assim é porque não nasceu de novo: Em Rm 12.2 Paulo diz: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, qual seja a boa e agradável e perfeita vontade de Deus”. E na carta de 2ª Co 5.17 Paulo diz: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. Ef 4.22-24 “Quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano. 23 E vos renoveis no Espírito do vosso entendimento. 24 E vos revistais do novo homem, que segundo Deus, é criado em verdadeira justiça e santidade”. Cl 3.10 “E vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou”.

Para ver a glória do Senhor é preciso deixar a vida velha: Ancorar-se no Senhor; Sem Deus não podemos mudar. O cristão deve deixar Deus dirigir sua vida, enquanto você estiver dirigindo Deus não pode fazer nada por você.

O cristão deve orar assim: Que cristão sou eu, que não consigo mudar. Senhor tenha misericórdia de mim, me ajuda mudar Senhor, entra e dirija a minha vida Senhor.

O primeiro passo deve partir de você: Reconhecer que sem Deus você não pode mudar. Você deve abrir teu coração para Deus, o teu Senhor deve ser Deus e não você. É por isso que o salmista Davi diz no Salmo 23 “O Senhor é meu pastor e nada me faltará”.

Deus deve ser o Senhor de sua vida: Quando você deixar Deus ser o Senhor da tua vida, então Ele começa a mudar a sua vida.

Não culpar o diabo pelos teus pecados: Irmãos não vão culpar o diabo pelos vossos pecados, vamos reconhecer que somos pecadores; vamos dizer como o profeta Isaías: Senhor, sou um homem de impuros lábios.

Quando você reconhecer sua miséria então Deus começa agir: Quando o cristão reconhece seus pecados e pede misericórdia ao Senhor, então Ele começa a mudar o teu ser. Quando Isaías reconheceu que não era nada e era um pecador, Deus mandou um Serafim com uma brasa viva do altar e santificou os seus lábios.
Para Deus usar alguém é preciso ter uma vida santa, lábios santos, uma vida de oração, consagração, e estudo da Palavra de Deus, para que Ele possa operar através de você.

III. TEM QUE TER UMA VIDA TRANSFORMADA PARA ENTRAR NO CÉU

A Bíblia diz que no céu não entra pecado, mas sim pecador arrependido, transformado e lavado no sangue de Jesus.

Carteira não é o passa porte para o céu: Ter uma carteira de membro, de Diácono, Presbítero, Evangelista, Pastor, Bispo, Padre sacerdote, etc... não nos da o direito de entrar no céu; Podemos ter os dons espirituais, falar novas línguas, ter o dom de profecia, de cura, de maravilha, de revelação, sabedoria tal, que também não nos dá o direito de entrar no reino dos céus. Jesus diz em Mt 7.22-23 “Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade”.

Para entrar no céu o homem precisa nascer de novo: Em Jo 3.3 Jesus diz: “Em verdade em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”. Precisa ter uma vida transformada, limpa e pura e santa diante de Deus; sem santidade ninguém verá a Deus.

È importante você aprender as grandes verdades para uma vida de vitória. Precisamos mudar, sem Deus não conseguimos mudar e para o céu só vai quem mudar a sua vida, ou seja, aquele que viver conforme os padrões bíblicos.

A partir de hoje sejas um cristão transformado, e deixes Deus entrar e dirigir sua vida e você verá a glória de Deus. Amem!

Pr. Elias Ribas

PORQUE DEVEMOS CONHECER A VERDADE

Jo 8.32 Jesus diz: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.

Jesus, o grande ensinador da verdade, tem o desejo que todo o homem conheça a verdade. Mas o que é a verdade? No evangelho segundo João 17.17 Jesus nos dá a resposta dizendo: “Santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a Verdade”.

A “Tua Palavra”, refere-se a Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus. Muitos filósofos foram em busca da verdade, mas nunca encontraram. Sabe porque? Porque a verdade está somente na Palavra de Deus. A verdade é aquilo que é real; sincero; exato; concreto.

Devemos conhecer a Palavra de Deus que é a verdade para:

Para conhecer o verdadeiro caminho: A Bíblia é uma bússola que nos mostra o verdadeiro caminho. Um marinheiro, um piloto ou guerreiro de selva não saberia orientar-se, caso não tivessem uma bússola. Tomaria o caminho errado e não chegaria a lugar nenhum, e por fim perderia a sua vida. É por isso que Jesus diz em Jo 14.6: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por Mim”. Há um ditado popular que diz; “Todos os caminhos levam a Deus”. Mas a Bíblia diz que Jesus é o único caminho. Ele mesmo diz: “.... ninguém vem ao Pai senão por mim”.

Para encontrar a vida eterna: Jo 5.39 Jesus diz: “Examinais a escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna e são elas que de Mim testificam”.

Examinar é fazer um exame minucioso, ter um conhecimento certo para não errar o caminho. Salomão diz nos seus provérbios: “Há caminho que ao homem parece direito, mas no final são caminhos de morte” (Pv 16.25). Quantos que estão vagando errantes pensando que estão corretos?

Para não pecar: Sl 119.11 o salmista diz: “Escondi a tua palavra no meu coração, para não pecar contra Ti”. Esconder é o mesmo que guardar no coração. É cumprir, obedecer, seguir corretamente sem desvio de doutrina. A prosperidade do cristão não depende simplesmente do fato de ele conhecer a Palavra de Deus. Ele precisa primeiro permitir que a Palavra faça parte da sua própria vida. Tiago 1.22 “Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos”. E aos Romanos 2.13 Paulo diz: “Porque os simples ouvidores da Lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a Lei hão de ser justificados”.

Para conhecer a Cristo: Jo 17.3 Jesus diz: “E a vida eterna é esta: que te conheçam, a Ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”. (Jo 5.39)

A Bíblia Sagrada tem como objetivo mostrar e ensinar que Jesus é o único meio de salvação para a humanidade. Este plano estava no coração de Deus antes da fundação do mundo. Ele deveria encarnar e dar sua vida para remissão de nossos pecados. Sem Jesus jamais o homem encontrará a vida eterna.

Para compreender o amor de Deus: Jo 3.16 Jesus diz: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.

A Bíblia mostra que Deus amou o mundo e não apenas uma nação ou uma religião, mas o mundo interiro. Amou de tal maneira que não temos palavras para explicar o grande amor de Deus pela sua criação.

Para não sermos condenados: Jo 5.24 Jesus diz: “Na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida”.

Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, mas o homem ao pecar lá no Éden, foi destituído da glória de Deus (cf. Rm 3.23). Como já vimos Deus preparou um plano de salvação através de Seu Filho Jesus, mas deu o livre arbítrio para que o homem tome sua decisão.

A Bíblia, a Verdade de Deus nos mostra o caminho certo, ela é a verdade que liberta o homem do pecado, ensina como deve andar, proceder e viver. Ela transforma o homem pecador numa nova criatura, ensina o caminho da vida eterna.

Se a humanidade examinasse as Sagradas Escrituras, não teríamos um mundo corrompido, desumano, não teríamos presídios, não ouviríamos falar de guerras, assaltos, seqüestros, assassinatos, etc...

Esta é a razão de conhecermos a Verdade de Deus, porque ela mostra a direção da vida eterna com Deus, e também a direção da condenação e sofrimento eterno sem Deus. “Portanto agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito”. (Rm 8.1).

Cabe a cada um escolher o caminho que devemos tomar. Portanto, escolha o caminho da vida que é Jesus e terás um descanso eterno para a tua alma, e serás bem-aventurado. Amém.

Pr. Elias Ribas
Igreja Evangélica Assembléia de Deus

PEDRAS DE TROPEÇO

Skandalon é a palavra que a ARA traduz por “escândalo”, “tropeço”, “armadilha”, e “cilada”, e skandalizein é o verbo correspondente. O que há de interessante nesta palavra é o fato de ela ter por trás de si não um retraio, mas dois, e a distinção entre os dois freqüentemente nos oferecerá um quadro muito mais vívido.

A palavra skandalon não é de modo algum uma palavra do grego clássico. É grego posterior, no clássico é skandaléthron, que significa “a vareta com isca na armadilha”. O skandaléthron era o braço ou a vareta em que a isca era fixada. O animal para o qual a armadilha era armada era levado pela isca a tocar ou pisar na vareta; a vareta acionava uma mola, e assim o animal era conduzido à sua captura ou destruição. No grego clássico a palavra significa “armadilhas verbais” armadas para levar uma pessoa a ser derrotada num argumento. Portanto, fica claro que a qualidade original da palavra não era tanto “uma pedra de tropeço” para fazer alguém tropeçar, mas uma “atração” para levar alguém à destruição.

A palavra grega skandalon é usada para traduzir duas palavras hebraicas:

· É usada para traduzir a palavra michsol, que bem claramente significa uma “pedra de tropeço”. Assim está em Lv 19.14: “Não porás tropeço diante do cego”. É usada assim no Sl 119.165: “Grande paz têm os que amam a tua lei; para eles não há tropeço”.

· É usada para traduzir a palavra mokesh, que certamente significa “um laço” ou “uma armadilha”. Sendo assim, declara-se em Js 23.13 que as alianças com as nações estrangeiras são “laços” e “redes”. No Sl 140.5 o salmista diz que os soberbos ocultaram “armadilhas” e cordas contra ele; estenderam uma “rede” à beira do caminho; armaram “ciladas” contra ele. No Sl 141.9 o salmista ora: “Guarda-me dos laços que me armaram, e das armadilhas dos que praticam iniqüidade”. No Sl 69.22 o salmista diz: “Sua mesa torne-se-lhes diante deles em laço, e a prosperidade em armadilha”. A idéia é que o sucesso e a prosperidade podem tomar-se em armadilha em lugar da bênção.

Na Septuaginta, portanto, a palavra skandalon tem duas idéias por trás dela: “uma pedra de tropeço”, objeto colocado no caminho de um homem para fazê-lo tropeçar, ou “uma armadilha”, “uma isca”, “um engodo” para atraí-lo para fora do seu caminho e assim arruiná-lo.

No NT descobrimos que a ARA quase sempre traduz skandalon por “tropeço”, palavra esta que é melhor entendida quando vamos àquelas passagens com o sentido duplo de skandalon em nossas mentes; achamos que em certas passagens o outro significado oferece um quadro mais vivo.

Em Mt 13.41 diz-se que o Filho do homem removerá todos os skandala do Seu Reino. Quando o Reino vier, todas as coisas que pretendem levar o homem a pecar, todas as coisas que poderiam fazê-lo tropeçar, todas as coisas que o atrairiam e o seduziriam para o caminho errado serão removidas. O Reino será um estado de coisas onde a tentação perderá o seu poder.

Há algumas passagens onde o significado “pedra de tropeço” é mais apropriado, ou onde é até mesmo essencial. Em Rm 14.13 somos proibidos de colocar “tropeço” ou “escândalo” ao nosso irmão. A palavra aqui traduzida “escândalo” é proskomma, que significa “barreira”, “impedimento”, “obstáculo que bloqueia a estrada”. É a palavra que seria útil para descrever uma árvore que foi cortada e colocada atravessando a estrada para bloqueá-la. Nunca devemos praticar ou permitir coisa alguma que seja um obstáculo no caminho para a bondade. Em Mt 13.21 declara-se que o ouvinte superficial da palavra é “escandalizado” (skandalizein) pela perseguição. A perseguição é um tropeço que o impede de avançar pelo caminho cristão. Os fariseus “se escandalizaram” com Jesus e Suas palavras (Mt 15.12). Jesus prediz que todos os Seus discípulos se “escandalizarão” com Ele (Mt 26.31). Os falsos mestres armam “ciladas” diante dos outros (Ap 2.14). Os judeus acham a cruz de Cristo um “escândalo” (lª Co 1.23; Gl 5.11). Em todos estes casos, as palavras significam algo que impede o progresso de um homem, algo que o faz tropeçar, algo que lhe impede o caminho. Esse “algo” pode provir da atuação maliciosa dos outros, ou pode provir do preconceito e orgulho do próprio coração do homem.

Jesus avisou com bastante franqueza: “Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar. Aí do mundo, por causa dos escândalos; porque é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo!” (Mateus 18.6-7).

Segundo o ensino de Jesus, quem arruinar espiritualmente uma criança, ou um crente sincero, incorrerá em maior ira de Cristo.

Pastores, padres, professores e principalmente os pais devem prestar atenção especial a esta palavra de Cristo. É responsabilidade dos pais e mestres instruírem as crianças nos caminhos de Deus.

Jesus diz que inevitável o homem trazer escândalo. Mas, também adverte com um “ai” de juízo para aquele que escandalizam a obra de Deus pelos seus maus atos. Seria melhor atar uma pedra de moinho no pescoço e se jogar no mar. Teriam uma condenação menos acentuada no inferno.

Em Romanos 14.13 somos proibidos de colocar “tropeço” ou escândalo ao nosso irmão. A palavra aqui traduzida “escândalo” é proskomma, que significa “barreira”, “impedimento”, “obstáculo que bloqueia a estrada”.

O verdadeiro ministro não coloca “barreiras” ou “impedimento”, para aqueles que desejam entrar no reino de Deus, pois se agir assim está se tornando um fariseu.

Pr. Elias Ribas

A IMPORTANTE MISSÃO DE SER O SAL DA TERRA


Mateus 5.13 Jesus diz: “Vós sois o sal da terra. Mas se o sal for insípido, com que se há de salgar?”.

Prosseguindo o famoso sermão da montanha logo após falar sobre as bem-aventuranças, Jesus fala sobre a grande responsabilidade de seus seguidores na terra: Ser sal. Segundo o dicionário bíblico universal o sal tem duas finalidades que são: dar sabor, e preservar os alimentos. Vamos analisar estas duas qualidades do as, a luz da Bíblia Sagrada.

- Primeiro: Dar sabor.
Ao longo de toda a história bíblica homens e mulheres, jovens e crianças tem desenvolvido fielmente o ministério de ser sal da terra, pois tem se dedicado inteiramente nas mãos de Deus. E através destas pessoas Deus tem mostrado ao mundo que servos Seus podem levantar a moral decadente dos povos, e dar gosto ou sabor à vida. Quando lemos em Gênesis 5.2b vemos que Enoque andou com Deus não num céu de glórias longe de toda a corrupção do mundo de então. Enoque andava com Deus quando a terra já estava tão sem moral quanto agora.

Mesmo assim o viver santo de Enoque servia para dar sabor a vida, e pelo seu exemplo fiel influenciar outros a viverem também em santidade e andarem com Deus. Seguirem seus passos como Noé (Gn 6.8), como Abraão (Gn 12.1-3) e muitos outros. Todo o cristão pode, e Deus espera contar com todos nós para mostrar ao mundo que é possível dar gosto a esta vida mesmo estando num ambiente contaminado pelo pecado.

A nossa vida deve ser alegre, sem malícia, cheia de amor e justiça, e todas estas virtudes devem servir de influencia as pessoas com quem convivemos. Nossa missão de ser sal da terra não pode falhar.

- A segunda qualidade do sal: Preservar.
O sal preserva da corrupção, e serve para representar o bom caráter e as boas palavras (Cl 4.6). Podemos citar o belo exemplo de Jetro, sogro de Moisés. Ele soube entender a chamada de Deus para seu genro, dando proteção à sua família e seus netos. Soube aconselhar seu genro na ocasião certa para evitar problemas futuros. Ao contrário do mundo em que vivemos, pois é pai matando filho, filho matando pai, irmãos contra irmão etc.

Jetro através de sua compreensão, equilíbrio e sabedoria preservou a família e o ministério de Moisés.
Prezado leitor, quando Jesus disse que nós somos o sal da Terra, estava nos provando que temos todas as condições necessárias para dar gosto e sabor a esta vida, e preservar os bons costumes morais sociais e religiosos principalmente no ambiente em que vivemos.

Podemos prepara a melhor comida e colocarmos os melhores temperos, mas se não colocarmos o sal ficara sem sabor. Suponhamos que uma pessoa aproxime-se de uma mesa que esta servida com vários alimentos. Diante de seus olhos estão apetitosos pratos, mas quando leva a coca a primeira porção sente que não há sabor. Certamente ela dirá: sem sal não vai.

O mundo em que vivemos está estragado pela falta do sal, e só podemos melhor se fizermos uma mudança de pensamento e atentarmos para o ensino da Palavra de Deus a Bíblia Sagrada. Assim podemos crer em um mundo melhor sem corrupção, sem imoralidade e sem crime. Se tornarmos o sal da terra podemos então melhorar as condições de nossas famílias, sociedades e nação.

Pr. Elias Ribas

O QUE JESUS REALIZOU NA CRUZ DO CALVÁRIO

“E como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado” (Jo 3.14).

O verssículo acima Jesus faz uma antítopo (figura representada por outra; personagem tipificada no Novo Testamento), onde Ele compara-se a serpente levantada por Moisés no deserto.

Deus ordenou a Moisés que fizesse uma serpente e pendusse numa aste e todo aquele que fosse mordido por uma víbora (serpente) do deserto o e olhasse para a serpente na aste era salvo e curado.

A serpente é símbolo de maldição. Jesus nos ensina que Ele se tornaria maldito por nós sendo pendurado em uma cruz, para aqueles que fossem afetados pelo veneno da serpente (pecado) e olhassem para Ele, seriam salvos, curados e livres da maldição.

Era necessário que o Filho de Deus fosse morte numa cruz para cumprir os desígnios do Pai e para cumprir o que fora dito pelo profeta Isaías “Mas Ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades...” (Is 53.5).

Veremos o que Jesus realizou na cruz do Calvário em nosso favor.

I. Ele realizou a nossa salvação.
Salvação no gr. soxo – significa salvação, libertação e cura. Jesús veio a este mundo para nos salvar, libertar e curar as almas necesitadas. O que o apóstolo João viu testificou e escreveu na sua carta: “E vimos, e testificamos que o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo” (1ª Jo 4.14). Jesus, veio ao mundo com este propósito de salvar o homem, e livrá-lo de uma condenação eterna. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele” (Jo 3.16-17). Paulo declara: “Que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores dos quais eu sou o principal” (1ª Tm 1.15) No evangelho segundo Lucas Jesus diz: “Pois o Filho do homem veio buscar e salvar que se havia perdido” (Lc 19.10).

II. Ele realizou uma expiação perfeita.
“Expiar” implica cobrir as culpas, mediante um sacrifício exigido. A palavra é empregada 77 vezes no Antigo Testamento, sendo usada pela primeira vez em Êxodo 29.33 por Moisés. Na carta aos Hebreu 9.22 diz: “Quase todas as coisas, segundo a lei, se purificaram com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão”. Iaías 53.67 diz: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de nós todos. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a sua boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante seus tosquiadores, Ele não abriu a sua boca”. E no vv. 10 do mesmo capítulo esclarece ainda: “Quando der Ele a Sua alma como oferta pelo pecado”. Por isso o percussor João Batista João Batista O chama: “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Para a igreja em Éfeso Paulo diz: “Andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus em aroma suave”. (Ef 5.2). Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós, para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus”. (2ª Co 5.21). Isto nos diz que Cristo, o perfeito Filho de Deus, que nunca cometeu pecado, de acordo com a vontade do Pai, tomou sobre si toda a nossa culpa para que nós pudéssemos receber por intermédio dEle a justiça de Deus, como se essa fosse a nossa própria justiça. Este ato de reconciliação agradou em tudo o Pai.

III. Ele tornou a nossa purificação.
“Mas se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus purifica de todo o pecado” (1ª Jo 1.7). O pecado é uma transgressão ao nosso Deus, o pecado torna impura a nossa alma, mas segundo a nossa confissão e arrependimento, o sangue de Jesus nos purifica, limpa o que está sujo. Por isso João diz que Seu sangue nos lavou dos nossos pecados (Ap 1.5).

IV. Ele tornou nossa redenção.
Redenção do verbo “Redimir” quer dizer “comprar de volta”. Toda a humanidade se encontra “vendida à escravidão do pecado” (Rm 7.14) e ao jugo do diabo e precisa de um redentor que possa resgatá-la. O preço elevado de tal redenção é a morte.

Foi por isso que para nos resgatar, Jesus morreu em nosso lugar. A quem é devido o preço da redenção? Evidentemente não é Satanás. Ele simplesmente escraviza aqueles que escolhem uma vida de pecado. O preço do resgate é devido à santidade de Deus; e foi Deus, não Satanás quem aceitou o “pagamento” mediante o vicário sacrifício de Cristo. O resultado disso a derrota eterna de Satanás.

No evangelho de Jesus segundo Mateus, Jesus se declarou Redentor da humanidade quando disse que Sua missão era a de “... dar a Sua vida em resgate por muitos” (Mt 20.28). E na carta a Éfeso Paulo diz: “Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo as riquezas de sua graça” (Ef 1.7).

Redenção quer dizer resgate. Pelo precioso sangue de Jesus somos resgatados, tirados duma condenação, livres para uma vida abundante e cheia de benção.

Na carta do apóstolo São Pedro ele Pedro fala do preço da nossa redenção. “Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados... mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo” (1ª Pe 1.18-19). Só um ser imaculado (sem mancha) poderia redimir (resgatar) outro indivíduo pecador. Por morrer a mais desprezível morte segundo a lei judaica (Dt 21.22-23), morte de cruz. Cristo pode redimir todo o ser humano, até o mais pecaminoso que vier a crer nEle.

V. A nossa justificação.
“Sendo justificado gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos” (Rm 3.24-25). Jesus justificou perante o Pai a nossa culpa. Pagou o preço do nosso resgate e justificou pelo seu sangue. “Sendo justificado gratuitamente pela sua graça”. A Bíblia diz em 1ª Pe 1.18-19 “Sabendo que não foi com coisa corruptível, como prata ou ouro, que foste resgatado da vossa vã maneira de viver que por tradição recebeste dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado”. O preço pago para nos libertar e justificar, Jesus pagou em nosso resgate, ao derramar o seu sangue e dar sua vida por nós. Não precisa o homem fazer penitencia, acender vela, andar de joelhos ou coisa parecida. A Bíblia diz “Todas as nossas justiças são como trapo de imundícia” (Is 64.6). Só precisamos aceitar e crer no sacrifício de Jesus na cruz do Calvário, e obedecer a Sua Palavra, pois Jesus já pagou o porte para vida Eterna. Esta vida está a tua disposição é somente aceitar.

Ser justificado concernente a salvação, significa ser declarado justo, livre de pecados cometidos. Nossas tentativas de esconder ou cobrir nossos próprios pecados resultam tão inúteis como as folhas de uma figueira com que Adão e Eva tentaram cobrir sua nudez. Vale a pena lembrarmos que o Senhor proporcionou a Adão e Eva vestes de peles com que se cobrirem depois que eles lhe confessaram o pecado. Mais uma vez se nota o derramamento de sangue para satisfazer a santidade de Deus, violentada que fora pelo pecado. Resultam infrutíferas nossas tentativas de desculpar-nos ou esconder nossos pecados, pois estão patentes aos olhos de Deus. “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós”. (1ª Jo 1.8).

Quem nos justifica é Cristo. Se tivermos fé no seu sangue, Deus vê, ao olhar para nós, não as leis violadas em nosso coração, mas a propiciação através do sangue de Seu Filho. O sangue de Jesus se sobrepõe aos nossos pecados. Satisfeita a justiça de Deus, somos justificados mediante o divino sangue expiador, como se não tivéssemos cometido nenhum pecado. Aleluia! Podemos então cantar como o salmista. “Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniqüidades. Pois quanto o céu se alteia acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem. Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões” (Sl 103.10-12).

Quem é capaz de medir ou calcular a grande misericórdia de Deus? Ela nos proporciona o único agente digno de servir como propiciação de nossos pecados – SANGUE DE CRISTO. Ó maravilha do poder do sangue do Cordeiro. Como nos lembra 1ª João 2.2 “Ele é propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro”.

VI. Ele é nossa reconciliação.
“Reconciliar” significa harmonizar as relações interrompidas entre duas pessoas, promovendo o mútuo entendimento e restaurando a comunicação entre ambos. “E pela cruz reconciliou ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades” (Ef 2.16). Na cruz do Calvário Jesus reconciliou o homem com Deus, restabeleceu a amizade que outrora fora perdida; é por isso que em João 15.15 Jesus nos chama de amigos. Jesus veio reconciliar com Deus não os justos, mas os pecadores e necessitados.

“Mas Deus prova o Seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo Seu sangue, seremos por Ele salvos da ira. Porque se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do Seu Filho, muito mais, estando já reconciliados seremos salvos pela Sua vida; e não isto apenas, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem acabamos agora de receber a reconciliação!”. (Rm 5.8-11). Antes de aceitarmos a Cristo como nosso Redentor, éramos chamados inimigos de Deus, mas quando aceitamos como único salavdor crendo e obedecendo a Sua Palavra, nos tornamos filhos de Deus por adoção, (conforme Jo 1.12).

Aos Corintios Paulo diz: “Tudo provém de Deus que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava com Cristo, reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra de reconciliação. De sorte que somos embaixadores de Cristo, como se Deus exportasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que nos reconcilieis com Deus” (2ª Co 5.18-21).

VII. Ele é a nossa propiciação.
Aquele que oferece sacrifício em nosso favor. Cristo foi dado por Deus Pai como propiciação pelos pecados daqueles que tivessem fé no seu sangue derramado; lemos em Rm 3.24-26 “Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixando impune os pecados anteriormente cometidos, tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para Ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus”.

VIII. Ele é a nossa paz.
“E que, havendo por Ele feito a paz pelo seu sangue da sua cruz” (Cl 1.20). “Sendo pois justificado pela fé, temos paz com Deus, por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1). O profeta Isaías explique que: “O castigo que nos traz a paz estava sobre Ele” (Is 53.5).

Ele é nossa saúde. O profeta messianico escreve: “E pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is 53.5). Na cruz do Calvário Jesus levou todas as nossas dores, angustias e enfermidade. Não existe um Deus tão bondoso como este. Tome posse da cura e quando o mal te rodear clame pelo nome de Jesus, pois só Ele pode te curar te abençoar e salvar a tua alma.

Ele é a nossa santificação. Hb 13.12 diz: “E por isso também Jesus veio ao mundo para santificar o povo pelo seu próprio sangue”.

Santificação é o ato de ser separado do mundo (sagrado). Se Jesus não tivesse morrido na cruz em nosso favor, jamais o homem poderia se tornar santo, separado para Deus.
Santificação pelo sangue: É a limpeza do homem interior, mediante aceitação da Palavra de Deus. “Vós já estais limpos pela palabra…” (Jo 15.3). A Palavra limpa, santifica e nos mostra o verdadeiro caminho para o céu.

Não temos Palavra para explicar sobre a grande obra que Jesus realizou na cruz do Calvário em nosso favor. Ele morreu para este propósito: “reconciliar, justificar, redemir, purificar, santificar, e também para nos dar: paz, saúde e a salvação Eterna.

Deus é um Pai que nos faltam palabras para explicar este amor imenssuravel. Poderiamos chamar de paizinho pela intimidade que temos com Ele. Pois, Ele não se importa quando o chamamos assim porque somos Seus filhinhos.

Talvez você ainda pergunte: “o que eu preciso para desfrutar de todas estas benção?” Tudo se resume em duas palavras: CRER no Senhor Jesus e OBEDECER a Sua Palabra será salvo tu e tua casa. Amem!

Pr. Elias Ribas

O JULGAMENTO IMPROVISADO

João 8.4-11 “Os escribas e fariseus trouxeram à sua presença uma mulher surpreendida em adultério e, fazendo-a ficar de pé no meio de todos, 4 disseram a Jesus: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. 5 E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes? 6 Isto diziam eles tentando-o, para terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo. 7 Como insistissem na pergunta, Jesus se levantou e lhes disse: Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra. 8 E, tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. 9 Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava. 10 Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? 11 Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais.

I. INTRODUÇÃO
Esse julgamento não foi previamente marcado, nem aconteceu num tribunal. Foi julgamento improvisado, porque a causa que provocou o julgamento foi o de uma mulher adúltera apanhada em flagrante. Entretanto, a razão desse julgamento estava na tentativa dos inimigos de Jesus, o Juiz, em incriminá-lo na forma de juízo que aplicaria. Pensando eles que Jesus contrariaria a Lei de Moisés, mas foram surpreendidos e envergonhados diante da Sabedoria do Juiz por excelência.

II. ELA FOI ACUSADA  (Vs. 3-4).

1. Foi acusada publicamente por 4 agentes de acusação:
a) A sociedade (a gente de sua cidade).
b) A Lei de Moisés.
c) Os chefes religiosos.
d) A própria consciência da acusada.

II. ELA FOI DEFENDIDA (Vs. 7-8).

1. Os personagens desse tribunal:
a) A acusada - “a mulher adúltera”.
b) O advogado de acusação - “os fariseus”.
c) As testemunhas - “o povo da cidade”.
d) O advogado de defesa - “Jesus”.
e) O Juiz que a libertou – “Jesus”.

2. Antes do veredito final, Jesus se torna o advogado de defesa da “mulher adúltera” (1ª Jo 2.1).
3. Jesus defendeu a mulher adúltera baseado no fato de que todos são pecadores - v.7; Rm 3.23.

III. ELA FOI ABSOLVIDA - vs. 10-11.
1. Jesus, após a defesa, assume a posição natural de JUIZ.
2. Aplicou dois juízos com o seguinte veredicto:

A. Juízo redentor - com o veredicto: “nem eu te condeno”.
B. Juízo correcional - com o veredicto: “Vai, não peques mais”.

3. A absolvição foi feita baseada na justiça do perdão.

CONCLUSÃO: A lição que aprendemos neste julgamento é a possibilidade que Deus dá ao pecador mediante a obra expiatória de Jesus Cristo. Aceitá-lo como Salvador significa receber a justificação da pena do pecado cumprida por Ele no calvário.

Pr. Elias Ribas

sexta-feira, 8 de maio de 2009

FOGO CONSUMIDOR

Hb 12.29 “Porque o nosso Deus é um fogo consumidor”.

O fogo representa na Bíblia diversas realidades espirituais diferentes, dentre as quais eu destaco a purificação. O que passa pelo fogo sai purificado, ou não sai. A grande prova está na palha e no ouro; o ouro derrete ao passar pelo fogo, e sai todas suas impurezas, mas continua sendo ouro e com mais brilho; a palha vira cinza e fumaça.

Da mesma forma o nosso Deus é um fogo, ou seja, Ele nos prova para nos purificar, testando se sairemos da provação da mesma forma que entramos ou se viraremos pó. E mais do que, é um fogo mais intenso que se possa conhecer.

A Bíblia diz que Deus é um fogo consumidor, no sentido de permitir o cristão passar pela prova de fogo, prova de tribulação para o nosso aperfeiçoamento. Fogo consumidor denota a ação permissiva de Deus permitindo que o crente passe por aflições, tribulações e provas, para moldar-nos, provar-nos e purificar-nos. No livro Zacarias 13.9 diz o Senhor Deus: “E farei passar esta terceira parte pelo fogo, e purificarei, como se purifica a prata, e a provarei como se prova o ouro; e ela invocará o meu nome, e Eu a ouvirei, e direi: é o meu povo, e ele dirá: O Senhor é meu Deus “Vê, Eu te purifiquei, mas não como a prata; provei-te na fornalha da aflição” (Is 48.10).

Deus é amor e quer ver todos os Seus filhos sejam perfeitos, puros e aprovados. É por isso que passamos pelo fogo.

Ao servirmos ao um Deus assim nos obrigamos a ter uma atitude e um caráter que possam ser provados pelo fogo a qualquer momento e em qualquer lugar. A responsabilidade aumenta, e com ela os benefícios também. Nem quero pensar no que seja Deus provando nossos atos e sentimentos naquilo que nós costumamos chamar de “momentos ruins”. Na carta aos Hebreus 10.11 diz: “E, na verdade, toda correção, no presente momento, não parece ser motivo de gozo, senão de tristeza, mas, contudo, depois produz um fruto pacífico de justiça nos que por ela têm sido exercitados”.

Mas se por um lado pesa o rigor de um fogo provador, por outro temos o privilégio indescritível do relacionamento, pois nada gera mais intimidade com Deus do que seguir os seus padrões. E ser íntimo dEle é algo que traz uma sensação indescritível de paz, serenidade e segurança.

Nosso desafio é aprender a vencer o medo de ser santo como Deus nos quer para viver uma vida 100% dentro do padrão que Ele nos coloca. “Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade” (Hb 12.10).

O fogo de Deus permite participar de Sua santidade, e também veremos que somos participantes das bênçãos espirituais. Viver debaixo da graça já é bom, mas com intimidade como Dono da graça é muito melhor.

Pr. Elias Ribas

A SALVAÇÃO DE LÓ E A PERDA DA ESPOSA - Gn 19

Note que os varões de Gn 18.2 são “anjos” em Gn 19.1. Ló aprece ser tão hospitaleiro como Abraão (v.2), mas os anjos não querem entrar na sua casa. Preferem passar a noite na rua. Poderemos imaginar Deus recusando entrar na casa de algum2 crente hoje? Afinal os anjos consentiram e entraram.

Ló parece ser o tipo do “meio crente” convencido, mas não convertido. A vida de uma tal pessoa costuma ser uma contenda, uma inutilidade e talvez uma catástrofe. Seu testemunho aos genros ficou nulo (v. 14).

A história de Ló nos ensina que, embora o cristão possa conseguir para si a salvação, pode contudo perder sua família. Filhos e filhas, esposa, criados num meio devasso podem ser corrompidos. A mulher que olha saudosa para traz lembrando da vaidade, da cidade, dos amigos e amigas de Sodoma e dos bens materiais, em pouco tempo não poderá mais trilhar (v.26). Por isso Jesus diz: “Lembrai-vos da mulher de Ló”. O julgamento divino a atingiu porque seus sentimentos estavam em Sodoma.

A ordem divina era: “Não olhe para traz”. Mas a mulher olhou e imediatamente foi transformada numa estatua de sal. Nós cristãos também não devemos olhar para traz. Devemos esquecer as coisas que para traz ficaram, pois só trazem tristezas e amarguras decepções. È por isso que a carta aos Hebreus 12.2 diz: “Devemos olhar para o autor e consumador de nossa fé”. A Bíblia diz: “Não olhes para esquerda e nem para a direita”.

Ló não agiu de acordo com o ensino de 2ª Co 6.17: “Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei”.

Em Sodoma ele ganhou uma porção de tristezas. Ele foi atribulado pela vida dissoluta da cidade. Ló foi desprezado por aqueles a quem procurou conciliar (v.9). Ele não pode evitar arruinar da família. E ainda estava omisso a situação da cidade (sentado na porta da cidade v.1). Mas a graça de Deus salvou Ló, e isso por força, contra a sua vontade (v.16). Quão solene é o aviso de Apocalipse 18.4: “Sai dela povo meu!...”

Notemos que Abraão (tio de Ló), de manhã bem cedo, no dia imediato á notável entrevista com os anjos foi para aquele lugar onde estivera diante da face do Senhor. Nós também podemos, voltar ao ponto onde temos provado mais evidentemente a presença de Deus: talvez na casa de oração, na reunião da Santa Ceia. E desse lugar solitário Abraão viu a fumaça de Sodoma incendiada, e compreendeu que nem sempre a intenção de um homem piedoso pode salvar o iníquo de um merecido suplício.

Pr. Elias Ribas

terça-feira, 5 de maio de 2009

A ESPOSA DE FINÉIAS E A TRAGÉDIA

“E, ao tempo em que ia morrendo, disseram as mulheres que estavam com ela: Não temas, pois tiveste um filho. Ela, porém, não respondeu, nem fez caso disso. Mas chamou ao menino Icabô, dizendo: Foi-se a glória de Israel, porquanto a arca de Deus foi levada presa e por causa de seu sogro e de seu marido. E disse mais: De Israel a glória é levada presa, pois é tomada a arca de Deus” (1º Sm 4.20-22).

Em Siló morava a família do sacerdote Eli. Ele tinha uma idade de aproximadamente 90 anos, e seus dois filhos chamavam Hofni e Finéias, apesar de adultos e casados, não estavam preparados para substituí-lo em seu encargo sacerdotal. Os filhos de Eli não se importavam com o Senhor (1º Sm 2.12), desprezando a oferta que era trazida pelos israelitas. Eles não esperavam que se queimasse a gordura, de acordo com a orientação divina para os sacerdotes e seus familiares, que comiam das ofertas. Antes, mandavam que seus servos buscassem a carne crua, antes da oferta ser aceita pelo Senhor. Ora, tiravam da panela com um garfo de três dentes o pedaço que saísse. Isto contrariava todas as normas dadas pelo Senhor por meio de Moisés aos descendentes de Arão, da tribo de Levi, que foram separados para oficiarem com sacerdotes. O povo já não suportava tal procedimento.

Não havia o temor do Senhor no coração desses jovens. Eles conheciam a verdade, a vontade de Deus e não a executavam. O texto sagrado diz que “Era muito grande o pecado destes moços perante o Senhor... Porém, Eli já era muito velho e ouvia tudo quanto seus filhos faziam a todo o Israel e de como se deitavam com as mulheres que servia á porta da tenda da congregação” (v. 17-18). O sacerdote Eli não corrigiu os filhos quando estes eram pequenos e agora eles haviam se tornado ímpios e seriam julgados a qualquer momento pelo Senhor.

Chegou o dia em que Israel saiu á peleja contra os filisteus e se acampou junto a Ebenezer, uma pedra memorial, cujo nome significa: “Até aqui nos ajudou o Senhor”. Ali houve um primeiro ataque e morreram 4.000 homens de Israel. Então o povo pediu que trouxesse para o campo de batalha a arca da aliança, que simbolizava a presença de Deus entre o povo. E a arca foi trazida. O exército rompeu em brados de júbilo e “ressoou a terra” Os filisteus se atemorizaram com os brados e pensaram que estavam perdidos, pois o Deus de Israel estava no meio de seu exército. Eles lutaram bravamente e prevaleceram contra Israel. Mataram Hofni e Finéias, os filhos de Eli, que tinham ido ao campo de batalha para levar a arca da aliança. Os filisteus levaram a arca consigo para suas cidades, como um troféu de guerra. Aquela era a sua maior conquista.

Israel sentiu-se desamparado. Sem a arca era como se estivessem sem Deus. Um dos guerreiros, que escapara da batalha, levou a notícia a Siló. Quando o sacerdote Eli ouviu que seus filhos eram mortos “ao trazer ele menção da arca de Deus, caiu Eli da cadeira para trás, junto ao portão, e quebrou-se-lhe o pescoço, e morreu, porque já era homem velho e pesado; e havia ele julgado a Israel quarenta anos (1º Sm 4.18).

A Bíblia não nos fala o nome da esposa de Finéias. Apenas nos diz que ela estava grávida, e o parto estava próximo. Ao receber a notícia da morte do marido na guerra, do sogro e que a arca tinha sido levada pelos filisteus, “encurvou-se e deu à luz; portanto as dores lhe sobrevieram” (v.19). Ela teve problemas no parto e veio a falecer. “Ao expiar, disseram as mulheres que assistiam: Não temas, pois tiveste um filho. Ela, porém, não respondeu, nem fez caso disso. Mas chamou o menino “Icabô”, dizendo: “Foi-se a glória de Israel” (1º Sm 4.20-21).

A esposa de Finéias deveria ser jovem e bela e de família nobre, provavelmente da tribo de Levi. Deveria ser conhecedora da Lei, da vontade de Deus. Por conseguinte, ela deveria sofrer com o péssimo testemunho de seu marido e de seu cunhado.

Estava grávida, deveria ter sonhos para seu filho, como toda mãe tem. Seu filho também seria sacerdote. Uma posição privilegiada em Israel. Uma posição de liderança e prestígio, mas de grande responsabilidade, pois estaria lidando com as coisas de Deus, e isto era muito sério. Provavelmente ela e seu esposo deveriam saber das palavras proféticas dadas por Deus a seu sogro. Eram profecias muito duras, que diziam que os descendentes de Eli morreriam na flor da idade, não haveria homens em sua descendência. Que se levantaria outra linhagem sacerdotal e a família de Eli teria de se humilhar para conseguir um pedaço de pão. O sinal que o Senhor havia dado era que seus dois filhos morreriam em um mesmo dia.

Não se pode brincar com as coisas de Deus. A Bíblia nos diz: “Deus não se deixa escarnecer porque tudo o que o homem semear, isto também ceifará” (Gl 6.7). Ninguém ouse pensar que se possa driblar o Senhor ou “tapar os Seus olhos”. A falta de temor de Deus gera perdição e tragédia eterna. Eli não disciplinou seus filhos quando eram pequenos, depois de grandes, isto era impossível. O tempo de plantar o temor do Senhor, a obediência e os valores do caráter no coração, e na infância. Esse tempo é precioso e o ensino é eficaz. Por diversas vezes, certamente, sempre que necessário, os pais deverão aplicar a vara da disciplina nos filhos pequenos. A vara é para criança, não para o adolescente ou jovem. Para estes é o diálogo franco, alertando para os perigos e contando com os frutos de uma boa semeadura feita na infância do filho. O bom filho será um bom esposo. Quem honra os pais saberá honrar ao Senhor. Será um pai exemplar, um marido carinhoso e trará felicidades aos que estão vivendo ao seu redor.

A esposa de Finéias não teve um bom marido. Pelo fato de ter mais de uma parteira para auxiliá-la, podemos perceber que era uma mulher rica. Ela deveria morar em uma casa confortável com todos os bens materiais; deveria ter boas roupas, boa comida, muitas jóias, mas faltava-lhe o essencial para uma descendência feliz e abençoada. Um marido temente a Deus. Toda a mulher que quer se casar precisa olhar que tipo de filho é seu futuro esposo. Se desejar uma decência abençoada, não se case com os “Finéias” que estão por ai.

Ao ouvir as tristes notícias das mortes dos homens de influência, a esposa de Finéias, entrou em trabalho de parto. Mas sua maior dor não foi por causa das profecias a respeito de seu marido e sua descendência, mas foi por causa da arca da aliança ter sido levantada pelos inimigos. Isto, sim era a tragédia maior. A nação agora estava desamparada, “foi-se a glória de Deus”, ela afirmou ao morrer.

O pior havia acontecido. Algo jamais imaginado pelo povo de Israel tornara-se realidade. Estavam órfãos de Deus. A arca simbolizava a presença de Deus e está não estava mais no meio do povo de Israel pela conseqüência do pecado dos filhos do sacerdote Eli. E ela deu ao seu filho o nome de Icabô, ou Icaode, que significa “foi-se a glória de Israel, porque a arca foi tomada” (1º Sm 4.22). Quantas nações, igrejas e membros já perderam a glórias de Deus pela falta de temor.

A tragédia chegará, conforme a palavra profética, e a esposa de Finéias não suportou seu aperto. Morreu sob a dor da perda. Foi esmagada pelo peso da conseqüência do pecado familiar.

Embora a glória do Senhor houvesse se dissipado, Deus jamais abandonaria o Seu povo. A arca voltaria, mas era necessário haver uma mudança radical na vida da nação, que estava contaminada com a falta de temor de Deus e com o pecado. O homem que Deus havia separado para a restauração de Israel seria Samuel, filho de Elcana, homem temente a Deus, e de Ana, uma mulher de oração. O contraste entre o lar de Ana e de Eli estava nos filhos e na obediência a Palavra de Deus.

O que trás a glória de Deus em nossas vidas é o temor, o ensino da Palavra, a oração e a separação do pecado. Não perca a glória de Deus, pois sem ela a morte é certa!

Pr. Elias Ribas

A ANTIGA MANEIRA DE DESCULPAR-SE

Gênesis 3.12-13

Desculpar-se ou escusar-se pode ser tanto uma forma de provar a inocência, ou um meio de fugir da responsabilidade. Muitas vezes, quando erramos diante de Deus, mesmo que nossa consciência nos mostre claramente que temos culpa, queremos um alguém ou alguma coisa para dividir essa culpa, principalmente quando está em jogo nossa imagem perante a opinião pública.

Esquecemos que tudo está visível diante de Deus, cujos olhos são como chamas de fogo. Sabemos que essa mania é antiga. Aliás, ela veio desde a criação de todas as coisas criadas por Deus, e é uma das conseqüências do pecado do homem. Quando o casal transgrediu a ordem de Deus, Ele os visitou na viração do dia, como fazia com freqüência. É evidente que Deus já sabia o que havia acontecido neste dia.
A visita de Deus ao casal envergonhado e escondido era a forma de oferecer misericórdia e amor. Quando Deus perguntou a Adão: Onde estás? Deus queria levá-lo ao arrependimento, mediante a confissão e o reconhecimento de seus erros. No entanto, diante da segunda pergunta de Deus a Adão: Comeste tu da árvore que te ordenei que não comesses? A resposta de Adão deu origem a primeira desculpa esfarrapada que temos conhecimento: A mulher que me deste por companheira. Ela me deu da árvore e eu comi. Simplesmente ele tentou convencer Deus que não tinha culpa de nada. Deus, então se dirige a mulher: Porque fizeste isso? Tentado provar que também não tinha culpa de nada, Eva responde: A serpente me enganou, e eu comi.

Na atitude de Adão e Eva, desculpar-se diante de Deus, não vemos nenhum sinal de arrependimento ou responsabilidade por seus erros. Adão culpou sua mulher, que por sua vez culpou a serpente. Adão não quis assumir a culpa pelo erro cometido nem mesmo sua mulher. Um foi culpando o outro. No entanto, o pecado já estava feito e suas conseqüências afetavam e marcavam toda a raça humana.

A misericórdia e o amor de Deus nos são favoráveis quando nós assumimos nossos erros, confessando-os diante de Deus de forma arrependida. E não temos outra escolha a não ser nos humilhar diante Daquele que conhece nossa vida por inteiro. Deus pode perdoar todas as nossas fraquezas que confessamos diante Dele, nos dando graça para vencer. Há uma questão impressionante nas Escrituras: Porque Davi era um homem segundo o coração de Deus, se fez tantos pecados terríveis, traiu seu soldado, numerou o povo e fez sangrentas guerras. Em contraste com seu antecessor, Saul não fez tantos pecados assim. É que Davi sempre confessou, reconheceu seus erros e assumiu o seu pecado, reconhecendo a necessidade de perdão e graça de Deus. O Salmo 51.1-14 é uma prova fiel disso. Já Saul seguiu o caminho da desculpa (1º Sm 13.8-14), da justificação (1º Sm 15.18-24), sempre responsabilizando alguém por seus erros. Como conseqüência de suas desculpas Saul foi rejeitado como Rei, desviou-se de Deus e envolveu-se com feiticeiros, até chegar ao suicídio. Triste fim. Irmão, o caminho mais certo até as bênçãos de Deus passa pela confissão e o arrependimento, enquanto que o caminho mais curto para o sofrimento passa pelas desculpas e escusas.

São muitos os Saul que andam pecando e sempre desculpando dos seus erros. Deus compadece dos que se humilham, confessam e deixam seus pecados. A Bíblia diz no Salmo 32: “Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto”.

Pr. Elias Ribas

quarta-feira, 15 de abril de 2009

A ARCA DE DEUS


2° Sm 6.2-11 “Dispôs-se e, com todo o povo que tinha consigo, partiu para Baalá de Judá, para levarem de lá para cima a arca de Deus, sobre a qual se invoca o Nome, o nome do SENHOR dos Exércitos, que se assenta acima dos querubins. Puseram a arca de Deus num carro novo e a levaram da casa de Abinadabe, que estava no outeiro; e Uzá e Aiô, filhos de Abinadabe, guiavam o carro novo. Levaram-no com a arca de Deus, da casa de Abinadabe, que estava no outeiro; e Aiô ia adiante da arca. Davi e toda a casa de Israel alegravam-se perante o SENHOR, com toda sorte de instrumentos de pau de faia, com harpas, com saltérios, com tamboris, com pandeiros e com címbalos. Quando chegaram à eira de Nacom, estendeu Uzá a mão à arca de Deus e a segurou, porque os bois tropeçaram. Então, a ira do SENHOR se acendeu contra Uzá, e Deus o feriu ali por esta irreverência; e morreu ali junto à arca de Deus. Desgostou-se Davi, porque o SENHOR irrompera contra Uzá; e chamou aquele lugar Perez-Uzá, até ao dia de hoje. Temeu Davi ao SENHOR, naquele dia, e disse: Como virá a mim a arca do SENHOR? Não quis Davi retirar para junto de si a arca do SENHOR, para a Cidade de Davi; mas a fez levar à casa de Obede-Edom, o geteu. Ficou a arca do SENHOR em casa de Obede-Edom, o geteu, três meses; e o SENHOR o abençoou e a toda a sua casa.

INTRODUÇÃO: A arca em casa de Obede-Edom. Esta história ensina várias lições importantes:

1. Boas intenções não bastam.
Davi quis fazer bem esta vez, como numa ocasião subseqüente (2° Cr 6.8). Mas precisava haver obediência.

2. Grande cerimônia não é aceitável a Deus no caso de não ser “segundo a devida ordem”.
Ainda hoje um grande ritual, ou procissões magníficas, não de acordo com a Palavra de Deus, nada valem, porque “Deus é espírito, e os que adoram precisam adorá-lo em espírito e em verdade”. Lemos em 2° Samuel que nada menos que 30 mil pessoas tomaram parte nesta grandiosa ocasião.

O homem não deve ser atrevido diante de Deus. A ação irrefletida de Uzá talvez revelasse uma falta de reverência e apreciação da divina dignidade. O fato é que não sabemos precisamente como ele escorou a arca, nem o seu aspecto e atitude em fazê-lo.

Levar a arca era missão dos sacerdotes e devia ser levado nos ombros (Nm 7.9; Êx 28.1, 44-45).
Através do profeta Jeremias, Deus chama atenção de Seu povo dizendo: “Maldito aquele que fizer a obra do SENHOR relaxadamente! Maldito aquele que retém a sua espada do sangue!” (Jr 48.10).

Fazer a obra de Deus sem reverência, sem ordem, de qualquer jeito, pode levar o homem a morte como o caso de Uzá.

No capítulo 14 e 15 de 1° Crônicas encontramos mais algumas lições para aqueles que fazem o trabalho de Deus.

Levando a arca para Jerusalém. A lição desta segunda vez de levar a arca de Deus para Jerusalém é reconsideração. A primeira vez Davi não foi bem sucedido, e podia ter abandonado seu propósito com bastante prejuízo para si e para o povo.

Mas ele considera o caso, indaga em que errara a primeira vez, e afinal faz tudo de acordo com a vontade de Deus.

1. Um lugar preparado (v.1). Quem deseja receber Cristo no seu coração deve cuidar que haja um lugar disponível para Ele, um lugar desocupado de tudo que não esteja em harmonia com sua presença.

2. Cuidadosa atenção a Palavra de Deus. Os sacerdotes são chamados para seu legitimo serviço (v. 11).

3. Muita atenção à “ordenança divina” (v. 13). Quando Deus tem determinado qualquer coisa deve ser feita, devemos seguir o método estabelecido por Ele e não os nossos próprios métodos. Quando Deus não tem determinado o processo de qualquer rito, não devemos nos preocupar demasiadamente com qualquer método.

4. “Deus ajudou os levitas” (v. 26). Quando temos a certeza de que estamos de acordo com a Palavra de Deus, podemos ter experiência da ajuda de Deus.

5. Havia louvor e regozijo com o serviço. Fazer a obra de Deus alegra o coração, e podemos cantar os seus louvores quando trabalhamos de acordo com sua vontade.

6. Houve alguém que viu tudo isso com desprezo. Mical, filha de Saul, julgou haver uma falta de dignidade da parte do rei quando Davi dançou perante a arca. A arca representava a presença de Deus no meio do povo. Davi estava alegre em poder trazer a arca para Jerusalém. Hoje, somos nós o templo do Espírito e Ele habita em nós, por isso sentimos grande alegria em servi-lo. Ainda hoje uma pessoa carnal não aprecia a presença do Espírito Santo.

A presença do Espírito Santo, deve ser real e permanente no seio da Igreja, pois dependemos d’Ele do início até o final do culto. Porém alguns ignoram o louvor não sabem eles que Deus habita no meio dos louvores.

Aqueles que são vocacionados para a liturgia do culto, quer seja louvor, quer seja ensino, devem fazer com temor, com reverência e com um coração contrito.
“Estejam na vossa garganta os altos louvores de Deus e espada de dois gumes, nas vossas mãos” (Sl 149.6).

Em muitas igrejas o louvor está em segundo plano; os próprios líderes caminham, de um lado para outro, entram e saem, conversam etc. Mas quando usam a Palavra a coisa muda; o tom da voz é outro: “irmãos tenham reverência, pois vou começar a pregar a Palavra” ou dizem ainda: “ninguém mais se mova dentro da igreja tenham reverência na casa de Deus. Mas na hora do louvor não precisamos ter reverência? Será que não estamos nos portando como Uza?

Como queremos que Deus opere se a falta de ordem e reverência no culto?

O apóstolo Paulo escreve aos Coríntios dizendo: “Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo (louvor), tem doutrina (ensino), tem revelação, tem línguas, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação” (1ª Co 14.26).

As nossas atitudes no seio da igreja devem ser para edificação desestimular a fé dos nossos irmãos.


Pr. Elias Ribas
Dr. em Teologia
pr.eliasribas2013@gmail.com