Levítico 25.2-7 “Diga o seguinte aos israelitas: Quando vocês entrarem na terra que lhes dou, a própria terra guardará um sábado para o Senhor. 3- Durante seis anos semeiem as suas lavouras, aparem as suas vinhas e façam a colheita de suas plantações. 4- Mas no sétimo ano a terra terá um sábado de descanso, um sábado dedicado ao Senhor. Não semeiem as suas lavouras, nem aparem as suas vinhas. 5- Não colham o que crescer por si, nem colham as uvas das suas vinhas que não serão podadas. A terra terá um ano de descanso. 6- Vocês se sustentarão do que a terra produzir no ano de descanso, você, o seu escravo, a sua escrava, o trabalhador contratado e o residente temporário que vive entre vocês, 7- bem como os seus rebanhos e os animais selvagens de sua terra. Tudo o que a terra produzir poderá ser comido.”
INTRODIÇÃO
Assim como Deus criou o mundo em seis dias e no sétimo descansou, Ele também exige, além do descanso semanal sabático, um ano inteiro de consagração para lembrar o dia da criação. Essas ações demonstram o tamanho de sua confiança e compreensão acerca do cuidado de Deus. Deixar de trabalhar e ganhar o sustento uma vez por semana já é uma boa prova dessa confiança. Fazer isso durante um ano, então, é extraordinário, é temer, confiar em Deus para sobreviver e é isso que Ele quer: uma confiança total n’Ele por parte do homem.
I. O SIGNIFICADO DE SHEMITÁ
O ano sabático (shmita; hebraico: שמית, literalmente “liberação”), também chamado de ano sabático ou shǝvi’it (שביעית, literalmente “sétimo”), ou “sábado da terra”, é o sétimo ano do ciclo agrícola de sete anos exigido pela Torá para a Bet HaMikdash na Terra de Israel e é observada no Judaísmo contemporâneo.
Neste sétimo ano, a terra fica em descaso e todas atividades agrícolas, incluindo arar, plantar, podar e colher, são proibidas pela Torá (lei judaica). Apenas o produto do descanso da terra servirá como alimento, inclusive o gado e os animais da terra. Além disso, quaisquer frutas ou ervas que crescem por conta própria e onde nenhuma vigilância é mantida sobre elas são consideradas hefker (sem dono) e podem ser colhidas por qualquer pessoa. Uma variedade de leis também se aplica à venda, consumo e descarte de produtos Shemitá. Todas as dívidas, exceto as de estrangeiros, deveriam ser perdoadas.
1. Quando começa o semita.
O ano
sabático, também conhecido como Shemita, começa em Rosh Hashana e
termina antes do próximo Rosh Hashana no ano seguinte, ou seja, teve
início em 6 de setembro de 2021 e vai até 5 de Setembro de 2022.
O povo judaico está vivendo, o ano 5.782, contado a partir da “criação dos primeiros seres humanos”, Adão e Eva.
Rosh Hashaná em hebraico; ראש השנה, que significa cabeça do ano, o “Ano-Novo Judaico”. O Shemita é uma festa que ocorre no primeiro dia do primeiro mês (Tixri) do calendário judaico. A Torá refere-se a este dia como Yom ha-Zikkaron (o dia da lembrança) ou Yom Teruah. Nesse período um lavrador judeu não pode realizar nenhuma tarefa em relação ao solo, a não ser cuidados mínimos. Os frutos desse ano são sagrados e o agricultor não pode colhê-los todos para si, mesmo que vejam suas árvores florescerem e darem muitos frutos, porque esses frutos pertencem a Deus e não ao dono da lavoura. Há também uma ordenança para que tudo seja compartilhado igualmente entre todos. Qualquer judeu que queira, pode colher alguns frutos para si, a quantidade necessária para o dia e o proprietário não pode impedi-los.
O início de um período de introspecção e meditação de dez dias (Yamim Noraim) que acaba no primeiro dia de Yom Kipur. Na literatura rabínica é oitavo tratado na ordem de Mo'ed; em algumas edições anteriores do Mixná e do Talmud é a sétima, e nas atuais edições do Talmud: está em quinto lugar, contém: 1. As regras mais importantes relativas ao ano civil, juntamente com uma descrição da inauguração dos meses pelo Nasi (equivalente ao Presidente) e Ab bet din (equivalente ao Líder do STF). 2. Leis sobre a forma e uso do Shofar e sobre o serviço durante a festa de Rosh ha-Shaná.
II. QUAL A FUNÇÃO DO ANO SHEMITA
1. A terra não poderia ser
cultivada.
O ano sabático é o descanso da terra, ordenado por Deus, que encontramos em que
ela não poderia ser cultivada.
Êxodo 23.10,11 “Plantem e colham em sua terra durante seis anos, 11- mas no sétimo deixem-na descansar sem cultivá-la. Assim os pobres do povo poderão comer o que crescer por si, e o que restar ficará para os animais do campo. Façam o mesmo com as suas vinhas e com os seus olivais.”
Assim como o sábado é o descanso semanal das pessoas e dos animais, a terra também tem o seu sábado: seis anos são para a semeadura, mas o sétimo ano é de descanso.
Neste sétimo ano, é proibido semear o campo, podar a vinha, segar o que nascer da seara e colher as uvas da vinha não podada.
Apenas o produto do descanso da terra servirá como alimento, inclusive o gado e os animais da terra.
Após sete períodos de sete anos, o quinquagésimo ano é santificado - este é o ano do jubileu.
2. O ano sabático é o ano de
remissão das dívidas.
É o ano da libertação de todo escravo israelita, pelo perdão de sua dívida,
todos esses acontecendo de 7 em 7 anos.
Deuteronômio 15.1,2 “No final de cada sete anos as dívidas deverão ser canceladas. 2- Isso deverá ser feito da seguinte forma: Todo credor cancelará o empréstimo que fez ao seu próximo. Nenhum israelita exigirá pagamento de seu próximo ou de seu parente, porque foi proclamado o tempo do Senhor para o cancelamento das dívidas.”
Dt 15.12 “Se seu concidadão hebreu, homem ou mulher, vender-se a você e servi-lo seis anos, no sétimo ano dê-lhe a liberdade.”
- O Shemitá era um ano para descanso da terra, mas tudo que ela produzia sozinho é para o alivio dos pobres e necessitados.
Êxodo 23.10,11 “Plantem e colham em sua terra durante seis anos, mas no sétimo deixem-na descansar sem cultivá-la. Assim os pobres do povo poderão comer o que crescer por si, e o que restar ficará para os animais do campo. Façam o mesmo com as suas vinhas e com os seus olivais.”
3. Um mandamento com promessas. Ainda no capítulo
25 de Levítico podemos ver as promessas do Senhor para quem guardar esse
período:
“E observareis os meus estatutos, e guardareis os meus juízos, e os cumprireis; assim habitareis seguros na terra. E a terra dará o seu fruto, e comereis a fartar, e nela habitareis seguros. E se disserdes: Que comeremos no ano sétimo? Eis que não havemos de semear nem fazer a nossa colheita; Então eu mandarei a minha bênção sobre vós no sexto ano, para que dê fruto por três anos. (Lv 25.18 -21).
Em primeiro lugar o Senhor promete
segurança ao seu povo em relação aos inimigos. Agora podemos entender qual é o
segredo de Israel em estar protegido. É a santificação do Shemitá. Outro
compromisso fala de satisfação física e emocional. Mesmo sem semearem eles
teriam o suficiente para se fartarem por três anos. Uma promessa de
multiplicação e restituição. Entendemos então que a bênção é triplicada para
quem santifica um ano a cada sete.
Em segundo lugar o Senhor promete colheitas abundantes para aqueles que observam o shemitá e descreve sua observância como um teste de fé religiosa. Há pouco conhecimento da observância deste ano na história bíblica e parece ter sido muito negligenciado.
4. No ano do Shemitá também existe perdão dos empréstimos (Lv 25.25-55). Um judeu que comprou ou emprestou dinheiro a outro não pode exigir sua devolução para além do ano sabático. Toda e qualquer cobrança deverá ser feita nos sete anos que antecedem o período. Terminado esse prazo, caso não consiga quitar, então estará perdoado. Isso evita que um cresça mais do que o outro.
III. O JUÍZO DE DEUS NO SHEMITÁ
1. Juízos e acontecimentos.
Estamos no ano de 2022 e existe algo que é muito misterioso e por isso mesmo as atenções dos estudiosos estão voltadas para esse Shemeita. A preocupação se relaciona ao juízo de Deus. Os sábios judeus vêm falando constantemente sobre o juízo de Deus contra as nações. Eles provam em seus estudos que em todos os finais de anos de Shemitá sempre ocorre um juízo. Um dos exemplos clássicos foi a destruição das torres Gêmeas no dia 11 de setembro, exatamente em um dos finais de anos de Shemitá. A queda da Bolsa de Valores, a derrota de Hitler na Segunda Guerra, queda de asteroides, queda de impérios e muitos outros acontecimentos relevantes na história da humanidade e que foram previstos por esse rabino, aconteceram exatamente em finais de anos sabáticos.
Hoje é dia 24 de Fevereiro de 2022 (o ano Shemitah) dá-se início a guerra Rússia contra a Ucrânia, porém esta guerra envolvem a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e Estados Unidos da América. assim muitos países.
O ataque fez com que os temores de uma
Guerra mais ampla se transformem em realidade. O secretário-geral da ONU, Antônio
Guterres, afirmou que a ofensiva russa “deve parar agora”. “Presidente Putin,
em nome da humanidade, leve de volta as tropas à Rússia", afirmou. A União
Europeia e os Estados Unidos condenaram o ataque “injustificável”.
Esse ano, há uma grande preocupação ao
redor do mundo. Calamidades, guerras fome, peste etc. Por tudo isso, se espera
um grande julgamento no final desse Shemitá.
Tudo está no controle de Deus, e nada sabemos do amanhã, mas uma coisa sabemos que o Senhor Jesus está voltando para buscar Sua Noiva (Igreja).
2. Mas, por que Deus julga o povo no
ano do Shemitá?
Os judeus ficaram setenta anos sem cumprir o Shemitá, de repente Deus os leva como escravos pelo mesmo período de tempo na Babilônia, como castigo à essa desobediência. O detalhe é que para os judeus, Deus anuncia o que vai fazer e explica o porquê, mas Ele não se preocupa em fazer o mesmo para os gentios, então temos que deduzir. Se Deus julga os judeus pelo não cumprimento do ano sabático, então certamente julga as nações pelas suas injustiças. Precisamos estar preparados. Nos Estados Unidos as pessoas já estão esperando uma grande praga, ou crise que pode ser até uma guerra mundial. Eles estão armazenando comida e muitos itens já estão em falta nos supermercados.
3. Oferta de justiça. Nesse período Deus julga aqueles que tem muito e não ajuda os pobres. O Shedacá, ‘oferta de justiça’ é preciso ser liberado, também de acordo com o livro de Levítico:
“E, quando teu irmão empobrecer, e as suas forças decaírem, então sustentá-lo-ás, como estrangeiro e peregrino viverá contigo. Não tomarás dele juros, nem ganho; mas do teu Deus terás temor, para que teu irmão viva contigo. Não lhe darás teu dinheiro com usura, nem darás do teu alimento por interesse. Eu sou o Senhor vosso Deus, que vos tirei da terra do Egito, para vos dar a terra de Canaã, para ser vosso Deus.” (Lv 25.35-38).
Deus deixou para Israel o plano social infalível – cada um tinha que cuidar do seu irmão que tinha caído na pobreza. Não era um programa político, de um governo central; não era socialismo forçado com impostos e mais impostos. Era voluntário, baseado na lei de Deus e do Seu amor para Israel e os povos. O temor de Deus levava as pessoas cuidarem dos outros.
Afinal de contas Deus tinha liberto Israel dá mais miserável escravidão no Egito. Deus os adotou como povo e proveu as suas necessidades. Eles deveriam lembrar disto e em troca ajudar outros. Não poderiam reter o que o pobre necessitava, muito menos levar vantagem sobre ele. Levítico 25.17 diz: “Não oprimais ao vosso próximo; cada um, porém, tema a seu Deus; porque eu sou o Senhor, vosso Deus”.
Muitas pessoas não entendem porque os cristãos ofertam tanto nos cultos na obra missionária e na vida dos necessitados, isso é sabedoria e não loucura, como muitos pensam. Se todos os ricos dessem uma parte de seus bens aos pobres, não seriam julgados Shemitá, seriam promovidos.
CONCLUSÃO
No ano Shemita, muitos irmãos são
abençoados pelo Senhor, mesmo enfrentando calamidades e aflições, porque tem
servido o Pai de todo o coração e com propósito, porém muitos enfrentam o juízo
de Deus pela falta de reverência, temor, santificação, mas principalmente pela
falta de amor a casa de Deus, a obra missionária, e aos necessitado.
Pr. Elias Ribas
Assembleia de Deus
Blumenau - SC
Nenhum comentário:
Postar um comentário