TEOLOGIA EM FOCO: QUAL É NOSSO MOTIVO EM SERVIR A DEUS?

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

QUAL É NOSSO MOTIVO EM SERVIR A DEUS?

 


1. Ambição. É um desejo ardente de posição social, fama, poder; o anseio por progresso pessoal e uma vontade de lutar para conseguir isso. 

Esse lado sombrio da ambição é uma paixão por ser popular, uma luta para entrar nas listas que o público lerá, um esforço para colocar seu próprio retrato em lugares de destaque público. É um desejo de estar acima de todos os outros. Esse motivo errado é condenado em Mateus 20.1-28, onde Jesus mostra três ambições indignas dos homens: 

2. A ambição por recompensa (Mateus 20.1-16). Jesus conta uma parábola a respeito do proprietário de uma vinha que estava ansioso para fazer sua colheita antes que viessem as chuvas. Ele foi à praça pública às 6 horas da manhã e recrutou trabalhadores. A colheita era grande e os trabalhadores poucos, por isso ele voltou a buscar mais trabalhadores às 9, às 12 e às 15 horas. Ele ainda precisava de mais trabalhadores, assim às 17 horas ele contratou o último grupo e, então, pagou a todos, desde o último grupo até ao primeiro. Quando ao primeiro grupo foi pago a mesma quantia que a do último, o qual tinha trabalhado menos horas, aqueles reclamaram ao proprietário dizendo que era injusto. 

2.1. Deus não está interessado nas horas; ele está interessado nos corações.

2.1. O pensamento que é o mais importante na mente de muitos é: “quanto vou ganhar?” Qual é nosso motivo em servir a Deus? Por que somos pregadores, presbíteros, diáconos, professores de aulas bíblicas? O motivo é tanto trabalho por tanto pagamento ou estamos apenas satisfeitos em poder trabalhar para Deus? 

2.2. Não é a quantidade de serviço prestado, mas o amor com que tal é prestado que importa. 

Deus não olha para a quantidade ou a grandeza de nosso serviço. Desde que é tudo o que temos para dar, todo serviço tem igual importância para Deus. Mesmo que não possamos alcançar reconhecimento e recompensa, que o Senhor nos ajude a servi-lo por causa de uma coisa, e só uma coisa: nosso amor por Ele. 

3.A ambição por posição social. (Mateus 20.17-23). Jesus tinha acabado de falar sobre uma cruz (versículos 17-19), mas Tiago, João e sua mãe estão interessados numa coroa. A mãe deles, interessada em promover seus filhos, pede que, quando Jesus entrar no seu reino, eles possam sentar-se um à sua direita e outro à sua esquerda. Seu pedido é na evidência de sua fé em Jesus. Eles creem no que ele tinha dito a respeito de estar sentado no trono da glória “Jesus lhes respondeu: Em verdade vos digo a vós os que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do Homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel” (Mt 19.28). 

É claro que a ambição pecaminosa é o motivo principal do pedido deles. Querem grandeza, querem ser conhecidos. Depois de tantos anos de treinamento e privação, querem ser vistos e respeitados. Obviamente eles estavam se posicionando para o poder. Sem dúvida, eles se sentem aliviados por terem feito esse pedido antes de Pedro! 

Eles ainda mal entenderam a natureza do reino de Jesus e o princípio que faz com que as pessoas sejam grandes nesse reino. Portanto, Jesus falou-lhes sobre o cálice de sofrimento (Mateus 20:23). Disse-lhes: “Vocês não têm nenhuma ideia da agonia e do horror que virão como resultado de seu pedido. Quando pedem glória, estão pedindo sofrimento. Em meu reino, meu Pai faz a promoção mediante a preparação que consiste no cálice da angústia, do sofrimento e da dor.” Há um impulso dentro do coração de cada um de nós para sermos o número um, para chegarmos ao topo. Jesus, porém, ensina a necessidade de sacrifício em vez de superioridade. 

4. A ambição por domínio. Mateus 20.25-28 “Então Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiores exercem autoridade sobre eles. Não será assim entre vós. Pelo contrário, todo aquele que entre vós quiser tornar-se grande, seja vosso servo, e quem quiser ser o primeiro, seja o vosso servo. Assim como o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” 

Quando os apóstolos viram a ousadia de Tiago e João, ficaram indignados porque pensaram que estes e sua mãe estavam tirando vantagem injusta. Eles ficaram ciumentos e irados com esses dois irmãos. Antes de criticarmo-los muito, olhemos para nós mesmos.

Não nos sentimos do mesmo modo vendo alguém de nosso círculo avançar para o alto quando nós nos achamos igualmente qualificados?

Os apóstolos estavam rebaixando o reino ao nível dos reis pagãos que usavam de mão forte para manterem suas posições de domínio. No estilo de vida do reino, não há lugar para a ambição egoísta. A grandeza no reino é determinada pelo serviço e não pela posição oficial.

“Eu, para mim, sou meu” São as palavras favoritas dos ambiciosos mundanos, mas precisamos nos lembrar do exemplo de Jesus. Ainda que ele fosse onipotente e pudesse ser senhor sobre tudo, ele veio para resgatar os homens indignos mediante o seu sacrifício de expiação. Todo seguidor precisa ter essa mesma atitude de serviço aos outros, para que Cristo verdadeiramente reine sobre suas vidas. Recompensa, posição e domínio precisam ser sempre substituídos por serviço amoroso e voluntário, em benefício de outros.

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