Lucas 10.2 “E dizia-lhes: Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara.”
Chamado e enviado por Deus.
Ungido por Deus.
Aprovado por Deus.
O significado da
palavra obreiro. Obreiro
do grego ergates, trabalhador, obreiro;
operário; aquele que trabalha por salário. A palavra
“obreiro” quer dizer
“operário” significa trabalhador. Aquele que trabalha em uma
arte ou ofício!
Tem até insetos que trabalham! Formigas, cupins, e a conhecida abelha operária. É por isso que obreiros são trabalhadores da Obra de Deus.
INTRODUÇÃO
Mateus 22.14 “Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.”
Ou seja, Obreiros tem muitos, mas os aprovados por Deus são poucos.
Infelizmente estamos vivendo uma época em que as exigências e qualificações que
a Palavra de Deus recomenda para escolha e consagração de obreiros para exercer
o ofício ministerial, seja diácono, presbítero, evangelista, pastor e bispo,
tem sido vulgarizada e desvalorizada. Uns são chamados por simpatia, outros por
amizade, outros por ter um bom status social, outros por ter uma contribuição
alta, outros por paternidade, e na maioria das vezes eles não tem o mínimo de preparo
ou vocação ministerial. Na escolha de Paulo e Barnabé, a igreja estava reunida
em jejum e oração: “Eles estavam servindo ao Senhor e o Espírito Santo diz a
eles para apartarem a Barnabé e Saulo para uma obra que ele os tinha chamado.
Eles jejuam, oram, os outros impõem as suas mãos sobre eles e os despedem a fim
de que cumpram o respectivo chamado de cada um.” (At 13.2,3).
A igreja hodierna não ora mais neste
sentido, parece que a urgência da obra é muito grande, e eles não tem tempo
para orar.
Muitos almejam o episcopado com
interesse financeiro, para engordar a sua conta bancária, muitos já se tornaram
verdadeiros profissionais do púlpito nas igrejas e estão pregando o que o povo
gosta de ouvir e não o que o povo precisa ouvir. Mas ainda existem obreiros qualificados
e aprovados por Deus que estão fazendo a diferença nesta geração.
I. CHAMADO E ENVIADO POR DEUS
Como já vimos a palavra chamado no gregas καλεω
- kaleo que significa “chamar ou convocar”.
A palavra chamar no dicionário da Bíblia
de Almeida, define-se assim: “Convocar certas pessoas para que se dediquem a
trabalhos especiais no Reino de Deus (Rm 1.1). Também essa convocação é uma
decisão divina, tomada desde a eternidade (Is 49.1,5; Jr 1.5; Gl 1.15)”. [WERNER,
K. Dicionário da Bíblia de Almeida, p. 41].
A chamada divina é algo partícula entre o home e Deus. O verdadeiro ministério deve vir de Deus e não da parte dos homens – Cada pastor ou missionário deve poder dizer como Paulo: Gl 1.1 “Paulo, apóstolo, não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos.”
Os chamados são muitas pessoas que são convidadas a participar e contribuir e servir com o trabalho do reino.
II. UNGIDO
1. No Antigo Testamento. 1º Samuel 16.13 “Então Samuel tomou o chifre do azeite, e ungiu-o no meio de seus irmãos; e desde aquele dia em diante o Espírito do Senhor se apoderou de Davi; então Samuel se levantou, e voltou a Ramá.”
Ungir significa o ato de derramar
óleo em alguém ou algo, destacando o objeto ou pessoa para uma finalidade
específica.
O ato de ungir com óleo simbolizava
consagração, separação do ungido ao exterior. No Antigo Testamento os objetos
sagrados (Êx 40.9-11), os sacerdotes (Êx 40.13-15), os profetas (1º Rs 19.16) e
reis (1º Sm 16.13) eram ungidos com óleo sagrada para serviços religiosos.
O Salmo de Etã ele diz: “Achei a
Davi, meu servo; com santo óleo o ungi.” (Sl 89.20).
A expressão “Achei a Davi, meu servo...”,
isto é, Deus encontrou entre os currais; na vida humilde, alguém qualificado
para o alto cargo de governante da nação e designei ou o designei para esse
cargo.
“...meu
servo...”. O nome servo, portanto, não denota nenhum mérito, mas se refere ao
chamado divino para servir, ou sejá, o havia convocado para o Seu serviço.
“...com santo
óleo o ungi.” No Velho Testamento os escolhidos por Deus (pela Sua soberania), “eram
ungidos com óleo”, isso era feito em cerimonial, com a presença de várias
testemunhas, era uma unção literal menos no caso de Davi, pois ele teve de ser
ungido em segredo. Essa unção dada diretamente por Deus não era visível para o
povo, não havia um cerimonial, portanto, era uma unção espiritual, dessa forma
o profeta só era reconhecido como profeta pelas obras de profeta observadas
nele com o passar do tempo.
A unção era literal e espiritual, ou seja, na vida de Davi ocorreram os dois tipos de unção: a literal quando ele foi aclamado rei em todo Israel (1º Crônicas 12.38 e a espiritual quando o Espírito de Deus se apoderou dele (1º Sm 16.13).
2. Unção de Deus no Novo Testamento. Cristo e Messias significam “ungido”. Jesus foi ungido por Deus, com o Espírito Santo, para realizar seu ministério e salvar o mundo (Lc 4.18-19).
2.1. Unção da eleição. 2ª
Coríntios 1.21,2 “Mas o que nos confirma convosco em Cristo, e o que nos ungiu,
é Deus. O qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações.”
Todo que aceita Jesus como seu
salvador é ungido por Deus, escolhido como Seu filho. Quando uma pessoa se
converte, ela recebe a unção do Espírito Santo (2ª Co 1.21-22). Essa pessoa se
torna sacerdote de Deus, consagrado e equipado para O servir e proclamar o
evangelho (1ª Pe 2.9-10). Essa é a unção de Deus: “E vós tendes a unção do
Santo, e sabeis todas as coisas.” (1ª João 2.20)
A unção de Deus não é um dom reservado apenas a alguns crentes especiais, é para todos. Pessoas diferentes têm ministérios e dons diferentes, mas a unção de Deus é a mesma para todo crente. Unção e dom são duas coisas diferentes. A unção indica nossa eleição como povo de Deus; o dom é uma bênção individual, dando uma capacidade específica.
2.2. A unção
para o ministério de Deus. Quando uma pessoa é chamada para o
ministério há uma unção que lhe sobrevém para ocupar o ofício; caso contrário a
pessoa somente teria que ficar de pé e falar. É bom falar e compartilhar o que
se tem, mas isto é muito diferente de ser chamado para o ministério e ser
estabelecido na Igreja.
Jesus, sendo o Filho de Deus, não
iniciou seu ministério sem antes receber primeiro a unção do Espírito Santo (Jo
1.32; Lc 4.18; Sl 45.7).
Os apóstolos e a Igreja receberam
também a unção divina (At 2.4; 6.10; 1ª Jo. 2.20-27).
Jesus foi sacerdote, profeta e rei e nós também o somos; por isso, temos que ser ungidos.
III. PROVADOS
Tiago 1.2-4 “Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações; 3 Sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência. 4 Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma”.
Sabemos que todo cristão passa por aflições e tentações ao longo da vida. Talvez você esteja vivendo tal situação. Lembre-se de que o nosso Senhor Jesus passou por inúmeras tribulações e tentações, mas venceu todas, tornando-se o maior exemplo de vida para os seus seguidores. Cada tentação vencida pelo crente significa um avanço rumo ao amadurecimento espiritual. Um dia ele atingirá a estatura de varão perfeito à medida da estatura de Cristo (Ef 4.13). Este é o nosso objetivo na jornada cristã. Deus nos recompensará! Estejamos firmes no Senhor Jesus, pois Ele já venceu por nós e por isso somos mais que vencedores.” [Eliezer de Lira e Silva. O propósito da tentação. Lições bíblicas, 3º Trimestre de 2014].
1. Depois de convocado, o Senhor nos “provará”. Ap 2.2-3 “Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos, e o não são, e tu os achaste mentirosos. 3- E sofreste, e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste.”
A frase eu sei as tuas obras aparece
nas mensagens a cada igreja (Ap 2.9,13,19; 3.1,8,15), como uma declaração de
reconhecimento da parte do Juiz onisciente e onipresente.
Sofreste e tens paciência [...] e
não te cansaste. Essas são qualidades que moldam o caráter do cristão (Rm
6.3,4) geram maturidade (Tg 1.3,4) quando ele enfrenta provas e sofrimento.
No que tange o obreiro, a provação vem para purificar das escórias. A palavra de Deus diz que não vem sobre nós tentação senão humana. 1ª Co 10.13 “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar”.
2. A provação não vem pela derrota, e sim, para testar a nossa “fé”. 1ª Pe 1.6-7 “Em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, 7 Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo.”
É interessante o que o apóstolo
Pedro diz a respeito da nossa fé. Ele a considera mais preciosa do que o ouro
que é provado pelo fogo. O ouro tem que ser ornado através do fogo para ser
ainda mais valorizado (Zc 13.9). A nossa fé é ainda mais preciosa do que as
riquezas, quando provada por várias tentações.
Mas essa fé somente se tornar preciosa quando, em meio as tentações, é achada em louvor, honra e glória.
Todos aqueles a quem Deus deseja levar mais adiante em sua obra, sem exceção, passarão pelo crisol da provação. A Bíblia está repleta de situações desse tipo. Jó é um dos mais excelentes personagens a nos ensinar o quanto um homem pode suportar para manter-se em integridade diante de Deus [Tg 5.10-11]. Jó suportou os ataques de Satanás, as palavras acusadoras de seus amigos, e as fortes declarações de sua esposa. Jó perdeu a saúde, porém, mesmo não compreendendo, continuou crendo em Deus e na esperança de que um dia Ele se revelaria para ajudá-lo [Jó 19.25-26].
IV. APROVADO
2ª Tm 2.15 “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”.
1.
“Procura apresentar-te a Deus ...”. Há
duas palavras que vamos analisar (Procura e apresentar). A palavra procura no
grego spoudazo significa: “apressar-se; esforçar-se, empenhar-se, ser diligente; ou
empenhar-se por algo; desejar ansiosamente”. A palavra apresentar no grego paristemi
ou prolongada paristano; colocar ao lado ou próximo a; apresentar ou mostrar; apresentar uma
pessoa para outra ver e questionar; aproximar; permanecer, permanecer perto ou
junto, estar a mão, estar presente; deixar \a mão; estar ao lado para ajudar, socorrer;
estar presente.
O obreiro deve-se esforçar e empenhar para se apresentar-se diante de Deus. Se você deseja ser um ministro ou exercer qualquer tarefa na obra de Deus apresente ao Senhor o desejo que tem de servir e coloque sua vida na presença do Senhor.
2. Aprovado. Aprovado
significa admitido, habilitado, alguém que passou pela prova (Tg 1.12). Se
aplica aos alunos que são aprovados nos estudos. Nesse caso, o aluno, para ser
aprovado, tem que esforçar-se nos estudos, pesquisando muitas vezes, até altas
horas da noite.
O obreiro também, ainda que chamado
e ungido, tem que esforçar-se, dedicar-se de corpo e alma às coisas
espirituais; não pode parar. Para manejar bem a Palavra, é preciso fazer
exercícios. Se o obreiro é inteligente, Deus não aprova seu trabalho, e se Deus
não aprovar, não adianta enfurecer-se, dar pulos ou saltar no púlpito.
O aluno, no final do ano, é aprovado ou reprovado. O obreiro também, ao final de sua carreira, será aprovado ou reprovado (1ª Co 3.9-15; 9.27; Mt 25.19-23; 2ª Tm 4.7).
A prova é um teste, aqui é o resultado, se formos aprovados, bem-aventurados somos. Quando passamos no teste, somos aprovados:
2.1. Por Deus. At
2.22 “Homens
israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, homem aprovado por Deus
entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de
vós, como vós mesmos bem sabeis”.
Jesus um homem que demonstrou ter a aprovação de Deus e ter sido enviado por Ele. Jesus operou muitos milagres, maravilhas e sinais diante do povo e isso demonstrava a aprovação e poder que Ele havia recebido do Pai.
2.2. Pelos homens. Rm 14.18 “Porque quem nisto serve a Cristo agradável é a Deus e aceito aos homens”.
Quando alguém é aceitável a Deus e aprovado pelos homens, o reino de Deus prevalece e floresce nele completamente: ele, quem com consciência tranquila e pacífica serve a Cristo em justiça, torna-se aprovado pelos homens e por Deus. Onde quer que haja justiça, paz e alegria espiritual, ali o reino de Deus é completo em todas as suas partes. Mas ele diz que esse homem é aceitável a Deus, porque ele obedece à Sua vontade; ele testifica que é aprovado pelos homens, porque eles não podem fazer outra coisa senão dar testemunho da excelência que veem com os olhos.
2.3. Aprovado,
como obreiro. Marcos 10.45 “Porque o Filho do homem também não veio para
ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.”
Ser obreiro é servir. Para ser
grande no céu, começa com a humilhação. Foi o próprio Senhor Jesus Cristo que
afirmou isto: “Quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos
sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos” (Mc
10.43-44).
O Senhor Jesus Cristo mostra o
caminho da vida cristã. Não é um caminho cheio de glória. Não é um caminho de
auto exaltação, mas, pelo contrário, é um caminho de humilhação. Humilhação é
uma palavra carregada de significado que menospreza as pessoas no mundo. Mas, o
próprio Senhor diz que o caminho de glorificação começa com a humilhação. E foi
exatamente o que aconteceu com Ele. Ele foi humilhado primeiro e só depois foi
glorificado.
Quando alguém se apresenta como obreiro, está se colocando à disposição para servir. Todo obreiro passa por testes. Primeiro Deus lhe dá algo pequeno para depois fazer crescer seu ministério.
3. Que maneja
bem a Palavra da Verdade. A expressão “manejar bem” no
original grego, vem do verbo grego orthotoméo que significa: “Cortar
reto” ou “fazer o corte correto”. Assim como o agricultor ARA a terra em linha
reta. O carpinteiro CORTA a madeira em Linha reta. Bem como um pedreiro
CONSTRÓI a parede em linha reta. Assim também o obreiro do Senhor deve “fazer o
corte correto, sem tortuosidade na palavra”.
Manejar no grego é o mesmo que ter habilidade, saber
cortar, cortar em linha reta sem distorção, ter destreza (Paulo compara o
obreiro com um soldado romano em uma luta). Paulo aqui fala do conhecimento que
o obreiro precisa ter da Palavra de Deus.
Um obreiro da seara do Mestre Jesus, que se propõe a
usar a Bíblia como sua ferramenta de trabalho, precisa saber fazê-lo
corretamente. Nada de corte errado, nada de interpretações fora do contexto,
nada de achismo (interpretação própria), criando heresias absurdas. Nesse tempo
de grande apostasia, modismo e engano, é mais que necessário que saibamos usar
corretamente a palavra de Deus, com sabedoria, sem adulterá-la. Amém!
O mínimo que se requer de qualquer obreiro é que conheça a Bíblia. Tudo o que fazemos precisa estar baseado na Palavra para ser bem-sucedido (Lc 5.5).
Para isso o obreiro precisa:
3.1. Ser
estudioso das Escrituras. Salmos 1.2 “Antes, o seu prazer está
na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite”.
O Obreiro deve estudar muito a
Bíblia. A Bíblia é a autoridade suprema e o material de trabalho do líder. Além
disso, o líder deve crer naquilo que prega, pois “a fé vem pelo ouvir a
pregação da Palavra de Cristo.” (Rm 10.17).
Pv 22.17 “Inclina o teu ouvido, e ouve as palavras do sábio, e aplica o teu coração à minha ciência (conhecimento). Pv 23.12 “Aplica o coração ao ensino e os ouvidos às palavras do conhecimento”.
Invista
no teu ministério com tudo que você tem. Pv 4.4 “O princípio da sabedoria é: Adquira sabedoria: sim, com tudo o que
possuis, adquira o entendimento”.
Pv 23.23 “Compra a verdade e não a vendas; compra a sabedoria,
a instrução e o entendimento”.
Comprar é o mesmo que investir no conhecimento da Palavra de Deus.
3.2. Buscar Capacitação. Marcos 3.13-15 “Depois, subiu ao monte e chamou os que ele mesmo quis, e vieram para junto dele. Então, designou doze para estarem com ele e para os enviar a pregar e a exercer a autoridade de expelir demônios”.
Jesus chamou Seus discípulos e os
capacitou para realizar Sua obra. A capacitação deve ser espiritual, física e
emocional (1ª Ts 5.23). O obreiro deve estar aberto com humildade para aprender
sempre (Pv 27.6). O discípulo é alguém ensinável, um aprendiz. Quando buscamos
capacitação alcançamos Visão Missionária (Jo 4.35). Nunca perca a visão de seu
chamado e das vidas que Deus lhe deu. Não copie o que os outros estão fazendo.
Busque a visão de Deus para sua vida.
O Obreiro Aprovado é um estudioso
das Escrituras e busca capacitação!
3.3. Deve ser apto para o ensino. 1ª Tm 3.1-2 “Esta afirmação é digna de confiança: Se alguém deseja ser bispo,
deseja uma nobre função. É
necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher,
moderado, sensato, respeitável, hospitaleiro e apto para ensinar”.
2ª Timóteo
2.24 “Ora, é
necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando
para com todos, apto para instruir, paciente”.
Aqui Paulo fala aos que aspiram a excelente obra, ou seja, o
episcopado. Ele enumera uma série de virtudes que devem ser característicos do
homem de Deus que vai ficar à frente da obra de Deus. Ele enumera uma
série de virtudes que devem ser característicos do homem de Deus que vai ficar
à frente da obra de Deus.
As exortações de Paulo a Timóteo para suportar as aflições,
ser diligente, manejar bem a Palavra e ser um vaso adequado e útil ao Senhor
são dadas no contexto de tempos difíceis e até trabalhosos.
Neste estudo vamos destacar a doutrina do ensino prescrito nas Escrituras Sagradas em todos os tempos.
Investir no seu
ministério. Pv 4.4 “O princípio da sabedoria é: Adquira sabedoria: sim,
com tudo o que possuis, adquira o entendimento”.
Pv 23.23 “Compra
a verdade e não a vendas; compra a sabedoria, a instrução e o entendimento”.
Comprar é o mesmo que investir no conhecimento da Palavra de Deus.
V.
SANTIFICADO
1. Vaso
de honra e vaso de desonra. 2ª Timóteo 2.20-26
“Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de
pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra. 21- De sorte que,
se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e
idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra.
1.1. Paulo
faz uma comparação da igreja com uma grande casa. A ideia é que a igreja seja
um grande edifício e que, em um edifício assim, não esperemos uniformidade
completa em todos os artigos que ela contém, ou seja, nesta igreja “...não
existem apenas vasos de ouro e prata...” mas não vamos encontrar todos os itens
de mobiliário iguais ou todos feitos do mesmo material. Variedade na forma, uso
e material é necessária para mobiliar essa casa.
1.2. “...alguns
para honrar e outros para desonrar.” Aqueles que caminham para o alvo com
santidade, temor e responsabilidade, são comparados a vasos de honra, mas alguns
que por algum tempo, demonstraram piedade e zelo distintos, mas retrocederam vergonhosamente,
vivendo uma vida desordenados pelo pecado, são considerado vasos de desonra.
Na
parábola do trigo e joio (Mt 13.28-29), Jesus, não fez questão
de tirar esta planta maléfica do meio do trigo. Mas mostrou-nos que a igreja
teria crentes verdadeiros e crentes falsos. Peixes bons e peixes ruins (Mt
13.47-50). Estão misturados e é difícil separá-los (Mt 13.28-30). Portanto, não
devemos olhar para a aparência dos outros, mas para a nossa própria fidelidade
(Gl 6.4; Fp 2.12).
O vaso de desonra ou o joio, são
aqueles que estão dentro de um contexto cristão e até conhecem a Deus, porém
pregam o “outro evangelho” (Gl 1.8).
O vaso de honra está dentro da
igreja para satisfazer, honrar e servir o Seu Senhor, pois, são santificados
para o Senhor, é útil para o Senhor, são preparados para a boa obra e combater
as heresias. Cabe agora fazer uma pergunta: Que tipo de vaso tenho sido na casa
de Deus? Trigo ou joio? Vaso de honra ou de desonra? Uns, serão porta de benção
e outros uma muralha de tropeço.
2. Vocação santa. 2ª Tm 1.9 “Que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes da fundação do mundo”.
Deus nos salvou e chamou para a
santidade, não pelas às nossas obras, mas em virtude do seu desígnio, da graça
que desde a eternidade nos destinou em Cristo Jesus.
O apóstolo Paulo vai dizer a igreja
de Éfeso que: “Nos elegeu N’ele (em Cristo Jesus), para que fossemos santos” (Éf
1.4).
Um chamado que, por sua própria
natureza, é santo, e que leva à santidade, “...como é digno da vocação com que
fostes chamados.” (Ef 4.1). A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede
também vós santos em todas as vossas ações, pois está escrito: “Segundo é santo
aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso
procedimento” (1ª Pe 1.15).
VI. FIEL
1ª Coríntios 4.1,2 “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus. Além disso requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel.”
A fidelidade é indispensável na vida
de um obreiro, todo obreiro que finge ser fiel, em algum momento vai cair em
contradição. A fidelidade envolve todas as áreas da vida do obreiro. Fidelidade
com Deus, fidelidade com a esposa e filhos, fidelidade com a igreja, fidelidade
ministerial, fidelidade nos negócios, enfim, em todas as coisas. O apóstolo
Paulo instruindo o jovem pastor Timóteo, disse: 1ª Timóteo 4.12-16 “Ninguém
despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no
amor, no espírito, na fé, na pureza. 13- Persiste em ler, exortar e ensinar,
até que eu vá. 14- Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por
profecia, com a imposição das mãos do presbitério.15- Medita estas coisas;
ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos.16- Tem
cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo
isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.”
Mas seja um
exemplo dos crentes. Um dos deveres constantes de um ministro do evangelho, independentemente
da idade dele. Um ministro deveria viver de tal maneira que, se todo o seu povo
seguisse de perto o exemplo dele, a salvação deles seria segura e eles
alcançariam as maiores realizações possíveis em piedade
Para que as pessoas não desviem-se
da verdade, é necessário que homens fiéis como Timóteo ensinem cada vez mais “as
palavras da fé e da boa doutrina” e que rejeite as “fábulas profanas” que são
as tradições de homens tolos (4.7; veja 1.4). O ensinamento da verdade dará aos
homens o que é necessário para a prática espiritual. Assim como é necessário o
exercício físico para manter o corpo em boa forma, também é necessário
exercitar a alma “na piedade” (4.7). Este exercício espiritual é mais
proveitoso do que o físico, pois prepara pessoas para terem a força de lutar e
se esforçar na esperança da salvação (4:9-10). Jesus morreu para salvar a
todos, conforme a vontade de Deus (veja 2:3-6). Porém, a esperança desta
salvação é somente para os fiéis (4.10). Muitos se desviam e perdem a salvação
porque não se exercitam na prática da verdade, e assim estão fracos e
facilmente enganados quando a falsa doutrina surge (cf. Gl 1.6-7; Ef 4.11-14; Hb
5.12-14).
Pr. Elias Ribas
Assembleia de Deus
Blumenau - SC
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