TEOLOGIA EM FOCO: A QUEDA DO SER HUMANO

terça-feira, 16 de março de 2021

A QUEDA DO SER HUMANO

TEXTO BÁSICO

Gênesis 3.1-7 “Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim? 2 - E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, 3 - Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais. 4 - Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. 5 - Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal. 6 - E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. 7 - Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.”

INTRODUÇÃO. Ao pecar contra Deus, o homem perdeu o completo domínio sobre a criação e tornou-se vulnerável à morte, em Cristo, porém, temos o Reino e a vida eterna.

I. O LIVRE-ARBÍTRIO DO SER HUMANO

1. O livre-arbítrio.

1.1. O livre-arbítrio é o poder que temos de escolher entre o bem e o mal (Dt 28.1; Js 24.15; 1ª Rs 18.21; Hb 4.7)

1.2. Com o livre-arbítrio somos:

- Seres autônomos.

- Seres conscientes da própria existência.

- Seres conscientes do nosso lugar no Universo criado por Deus.

2. A soberania divina.

2.1. É o direito absoluto que Deus possui sobre toda a Sua criação (Êx 9.29; Dt 10.14; Sl 135.6).

- Deus age como lhe aprouver (Jr 18.6).

- Não nos cabe questionar a sabedoria do Todo-Poderoso (Rm 9.20).

. Todas as ações de Deus são fundamentadas em seu amor, justiça e sabedoria.

2.2. O que Ele fez agora só viremos a compreender mais à frente (Jo 13.7).

2.3. Nós devemos descansar na vontade Divina.

3. A responsabilidade humana.

3.1. Entre o livre-arbítrio e a soberania divina encontra-se a nossa responsabilidade (Jr 35.13).

3.2. Deus nos chamará, um dia, a prestar contas quanto às nossas escolhas (Ec 11.9; 12.14).

- Haverá o juízo final (Ap 20.11-15).

II. A QUEDA, UM EVENTO HISTÓRICO E LITERAL

1. A possibilidade da queda.

1.1. Deus, no Éden, criou o homem livres para obedecê-lo ou não.

1.2. A ordem do Senhor concernente à arvore da vida foi bem clara (Gn 2.16,17).

- Se ignorassem a ordem, arcariam com as consequências

2. A realidade da tentação.

2.1. Eva foi enganada pela serpente (Gn 3.1-6; 2ª Co 11.3).

2.2. No instante seguinte, Adão e Eva pecaram contra Deus (1ª Tm 2.14).

2.3. Tendo em vista a representatividade de Adão, foi ele responsabilizado pela entrada do pecado no mundo (Rm 5.12).

3. A historicidade da queda.

3.1. A narrativa da queda do ser humano tem de ser acolhida como um relato histórico confiável, (2ª Co 11.3; Rm 15.4).

3.2. A Bíblia Sagrada é - a inspirada, inerente, infalível e completa Palavra de Deus.

III. AS CONSEQUÊNCIAS DA QUEDA DE ADÃO

1. A consciência do pecado.

1.1. Nossos pais herdaram uma consciência pecaminosa geradora de obras mortas (Gn 3.1-6; Tt 1.15; Hb 9.14).

- O pecado leva-nos a perder o brilho do rosto e o vigor físico (Sl 31.10; Sl 32.3).

1.2. Eis porque o homem precisa nascer da água e do Espírito (Jo 3.5).

2. A perda da comunhão com Deus.

2.1. No Éden conversavam com Deus, diariamente (Gn 3.8).

2.2. Em consequência de seu pecado, Adão e Eva foram expulsos da presença de Deus (Gn 3.23,24).

2.3. Agora, o homem para reatar a comunhão com Deus, tem de aproximar-se dele pela fé (Hb 11.6).

- Jesus é o nosso mediador (Rm 5.1).

3. A transmissão do pecado à espécie humana.

3.1. O pecado de Adão acabou por alcançar a todos os homens (Rm 3.23; 5.12).

- Até mesmo o recém-nascido já traz consigo essa semente (Sl 51.5).

- Muitas crianças são recolhidas por Deus, na fase de inocência, apesar da iniquidade dos pais (1º Rs 14.13; Mt 2.16).

3.2. Somente em Cristo podemos vencer tanto o pecado original como o experimental (1ª Jo 1.7).

4. A enfermidade da Terra.

4.1. Por causa do pecado de Adão, até a própria Terra adoeceu. (Gn 3.17).

- A Terra geme (Rm 8.22).

4.2. Desde então o nosso planeta vem sofrendo com fomes, tremores de terra e inundações (Mt 24.7).

4.3. Após a Grande Tribulação, o planeta será curado de todas as suas enfermidades (Is 35).

5. A morte física.

5.1. A morte é a mais triste consequência do pecado (Rm 6.23).

5.2. A pior morte que alguém pode experimentar é a separação eterna de Deus; a segunda morte (Ap 2.11; 20.6).

5.3. Nós que temos a Cristo a morte não terá efeito, pois Ele é a ressurreição e a vida (Jo 11.25).

CONCLUSÃO. Devido à sua rebelião contra o Senhor, a raça humana teve de arcar com pesados encargos: a consciência do pecado, a perda da comunhão com Deus, a transmissão do pecado às gerações subsequentes, a enfermidade da terra e, finalmente, a morte física. A fim de sanear o pecado do homem. Deus, em sua presciência, já havia separado o Imaculado Cordeiro, desde a fundação do mundo, para redimir-nos de todos os pecados (Ap 13.8).

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau SC

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