TEOLOGIA EM FOCO: VIVENDO EM CONSTANTE VIGILÂNCIA

quinta-feira, 21 de março de 2019

VIVENDO EM CONSTANTE VIGILÂNCIA



TEXTO ÁUREO
“Vigiai, estai firmes na fé, portai-vos varonilmente e fortalecei-vos.” (1ª Co 16.13)

VERDADE PRÁTICA
A vigilância na fé cristã significa permanecer acordado quanto à vinda de Cristo, atento no zelo de não se afastar de Jesus e perseverar na cautela contra os falsos profetas.

Mateus 26.36-41
36. Então, chegou Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar. 37. E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito. 38. Então, lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até à morte; ficai aqui e vigiai comigo. 39. E, indo um pouco adiante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres. 40. E, voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudeste vigiar comigo? 41. Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.”

INTRODUÇÃO. Nesta lição veremos a definição da palavra “vigilância”; pontuaremos algumas causas da necessidade da vigilância na batalha espiritual; elencaremos como devemos vigiar na batalha contra as hostes do maligno; e por fim, analisaremos a importância da vigilância espiritual para vencermos Satanás e seus anjos.

A exortação à vigilância na presente lição abrange dois aspectos da vida cristã. O primeiro diz respeito às palavras de Jesus na agonia em Getsêmani, na noite em que Ele foi preso. O outro aspecto refere-se ao contexto escatológico no sermão profético registrado nos Evangelhos Sinóticos. A presente lição mostra os aspectos da vigilância na fé cristã.

I. DEFINIÇÃO DA PALAVRA VIGILÂNCIA

1. Definição exegética. O verbo “vigiar” traduz pelo menos cinco palavras hebraicas no AT e outras cinco palavras gregas no NT. O lexicógrafo Houaiss explica que o verbo “vigiar” quer dizer: “observar com atenção; estar atento a; velar; espiar, espreitar atentamente” (2001, p. 2860). No hebraico o principal verbo é “shamar” que significa: “vigiar, guardar”.
No grego o termo “gregoreo” significa literalmente “vigiar” e é encontrado em 22 lugares no NT. Já o verbo “agrypneo” significa: “manter-se acordado, vigiar, guardar, cuidar”. Pode-se ainda citar o verbo “eknepho” que só aparece uma vez no NT (1ª Co 15.34). Na Bíblia a palavra “vigiar” é aplicada em diferentes contextos e, é usado acerca de:
(a) “manter-se acordado” (Mt 24.43; 26.38.40.41).
(b) “vigilância espiritual” (At 20.31; 1ª Co 16.13; Cl 4.2; 1ª Ts 5.6.10; 1ª Pd 5.8; Ap 3.2.3; 16.15) (VINE, 2002, p. 323).

1. Vigiar, estar alerta.
A palavra que mais aparece no Novo Testamento grego para “vigiar” é o verbo gregoréo, “vigiar, estar alerta, ser vigilante”, que aparece 22 vezes. A ideia principal dessa vigilância é escatológica (Mt 24.42,43; 25.13), e isso se mostra nas passagens paralelas de Marcos e Lucas. Mas, quando Jesus disse a Pedro, Tiago e João: “ficai aqui e vigiai comigo” (v.38), isso significa que Ele queria que seus discípulos ficassem acordados e continuassem a orar ou, talvez, se protegessem de alguma intromissão enquanto oravam. Mas gregoréo é usado para denotar uma vigilância mais geral (1ª Co 16.13; Cl 4.2; 1ª Pe 5.8).

2. Vigiar, guardar, cuidar.
É o verbo grego agrypnéo, “manter-se acordado, vigiar, guardar, cuidar”, e só aparece quatro vezes no Novo Testamento, duas delas no sentido escatológico no sermão profético (Mc 1333; Lc 2136). O vocábulo é usado para indicar a vigilância nas orações e súplicas (Ef 6.18) e apresenta ainda a ideia de cuidar ou velar: “Obedecei a vossos pastores e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossa alma” (Hb 13.17).

3. Vigiar, ser sóbrio.
É o verbo nepho, literalmente “ser sóbrio”, mas que aparece no sentido figurado de vigilância combinado com gregoréo (1ª Ts 5.6; 1ª Pe 5.8). Seu uso no sentido próprio pode ser visto em outras partes do Novo Testamento (1ª Ts 5.8; 2ª Tm 4.5; 1ª Pe 1.13). Existe ainda o verbo eknepho, que só aparece uma vez no Novo Testamento (1ª Co 15.34), traduzido por “vigiar”, na ARC; por “tornar à sobriedade”, na ARA e na Nova Almeida Atualizada; e por “despertar” na TB.

II. CAUSAS DA EXORTAÇÃO A VIGILÂNCIA NA BATALHA ESPIRITUAL

O apóstolo Paulo fala da importância da armadura de Deus, do poder de Deus, da oração e também da vigilância para vencermos as astutas ciladas do inimigo: “orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica...” (Ef 6.18).
A vigilância é o ato de estarmos atentos em todos os aspectos da vida cristã.

1. A fraqueza humana. Sabendo da fragilidade humana, Jesus exortou os apóstolos a estarem vigilantes, para vencerem as tentações (Mt 26.41; Mc 14.38). Fomos perdoados e libertos dos nossos pecados (1ª Jo 2.12; Rm 6.22), todavia, ainda não estamos livres da presença do pecado na nossa natureza humana. Isto somente se dará quando nosso corpo for glorificado, por ocasião do arrebatamento da Igreja (1ª Co 15.51-54). Precisamos viver vigilantes, a fim de não sermos vencidos pelo pecado (Rm 6.11,12; 1ª Co 15.34).

2. A astúcia do Diabo. Além da fragilidade humana, o crente precisa vigiar também porque “...o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1ª Pd 5.8). Toda tentação é proveniente da própria natureza humana (1ª Co 10.13; Tg 1.13-15), todavia, o principal agente da tentação é Satanás (Mt 4.3; Lc 4.2; 1ª Ts 3.5; Tg 4.7). Precisamos estar vigilantes e fortalecermo-nos no Senhor a fim de vencer as batalhas espirituais, que somos submetidos (Ef 6.10-18). Jesus exortou os crentes de Esmirna a serem fiéis até a morte, mesmo diante das tentações do diabo (Ap 2.10). Da mesma forma, falou aos crentes de Filadélfia, dizendo: “Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (Ap 3.11).

3. A repentina vinda do Senhor. A necessidade da vigilância espiritual se dá também pelo fato de ser o retorno de Cristo um evento repentino. Diversas vezes, Jesus exortou os seus discípulos sobre isso (Mt 24.36,42,44; 25.13; Mc 13.33; Lc 12.46). Infelizmente, não são poucos aqueles que têm a promessa do Senhor como tardia, ao ponto de desacreditarem dela (2ª Pe 3.4). Todavia, Jesus nos assegurou que viria “sem demora” (Ap 3.11; 22.12,20). A Bíblia nos exorta a estarmos vigilantes para não sermos pegos de surpresa e sermos achados dormindo naquele dia (Mc 13.36; Lc 21.34).

III. COMO DEVEMOS VIGIAR NA BATALHA ESPIRITUAL
Notemos quais atitudes devemos ter para vencermos as batalhas espirituais:

1. Vigiando em oração. Jesus associou o verbo vigiar com o verbo orar: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” Mt 26.41), são duas atividades que se misturam e se completam. Não basta orar: é preciso vigiar cuidadosamente. A Bíblia nos exorta a aguardarmos o Senhor vigiando em oração (1ª Pd 4.7). É por meio desta prática constante: “Orai sem cessar” (1ª Ts 5.17) que o cristão mantém contato com Deus (Jr 33.3; Tg 4.8). Ela expressa uma atitude de sujeição e inteira dependência da Sua graça, ou seja, quem ora reconhece que precisa da ajuda divina para vencer as batalhas espirituais e as dificuldades da vida (Is 38.1-5; 2º Cr 20.3,4). Faz-se necessário entender que, os últimos dias da Igreja de Cristo aqui na terra, serão dias de esfriamento espiritual na vida de alguns cristãos (Mt 24.12; Ap 3.15,16). Portanto, devemos ter cuidado para não sermos cristãos superficiais, mas de profunda comunhão com Deus.

2. Vigiando em santidade. A ausência de vigilância é terreno propício para que a tentação encontre brechas e nos conduza à derrota espiritual (Hb 12.1,2). Jesus anunciou que antecipadamente que os dias que antecedem a sua vinda, serão de extrema corrupção moral, comparando com o período antediluviano e geração de Sodoma e Gomorra (Mt 24.37; Lc 17.28). Os apóstolos também fizeram: a mesma afirmação (2ª Tm 3.1-5; 2ª Pd 3.3). Sabedores disto, nós cristãos, devemos no meio desta geração pervertida, vigiar em santidade, a fim de não contaminarmos com o pecado (Fp 2.15). A santidade é tipificada na Bíblia como vestes (Ap 19.8,14). Por sua vez, a falta de santidade pode ser retratada como vestes sujas ou a nudez (Zc 3.3,4; Ap 3.18; 16.15). A exortação bíblica é que devemos estar vestidos e com vestes limpas em todo tempo (Ec 9.8; Ap 3.4), e só assim, venceremos as batalhas espirituais.

3. Vigiando em todo tempo. O ensino sobre a vigilância é constante no ministério de Jesus (Mt 26.41 ver Ef 6.18). Já vimos que a palavra “vigiar” significa: “estar atento”. O contrário da palavra “vigiar” é justamente “dormir” (Mc 14.37; Ef 5.14; Rm 13.11). Do ponto de vista bíblico, o sono espiritual, tem conotação negativa, pois leva o homem a um estado de invigilância. Jesus falou disto quando disse: “Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo” (Mc 13.35,36). Foi quando as dez virgens cochilaram que chegou o esposo “E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram” (Mt 25.5). A “demora” da volta de Cristo se constitui num teste de resistência e fidelidade para aqueles que professam segui-lo. Por isso, somos exortados a perseverança (Mt 24.13; Lc 8.15; Rm 2.7; 1ª Tm 4.16; Ap 3.10-11). Devemos também exorta-nos uns aos outros (Hb 10.25).

IV. A IMPORTÂNCIA DA VIGILÂNCIA ESPIRITUAL
A vigilância é o ato ou efeito de vigiar, o estado de quem permanece alerta, de quem procede com precaução nas várias áreas da vida, principalmente na vida espiritual. A atitude de vigiar na vida espiritual implica em algumas atitudes.

1. Vigiar implica ficar de atalaia. O atalaia exercia um papel bastante importante na segurança da cidade e se aquele atalaia falhasse na sua função, colocaria a cidade em risco (2ª Cr 20.2-10). Para proteger o gado, a lavoura e os centros urbanos, os judeus construíam as chamadas torres de vigia nos pastos (Mq 4.8; Mt 21.33), nas vinhas (Is 5.2) e nas cidades (Sl 127.1). A vigilância era de dia e de noite e os guardas ansiavam pelo romper da manhã (Sl 130.6). No NT Jesus também insiste muito na prática da vigilância e o imperativo vigiai aparece três vezes na parábola da figueira (Mc 13.33, 35, 37), uma vez na parábola das dez virgens (Mt 25.13) e duas vezes na cena do Getsêmani (Mc 14.34,38).

O texto de Marcos 13.37 é muito enfático: “O que, porém, vos digo, digo a todos: vigiai”. A ordem para vigiar não está apenas no ensino de Jesus. Encontra-se também em Paulo, tanto no discurso dirigido aos presbíteros de Éfeso (At 20.31) como nas cartas endereçadas aos Coríntios (1ª Co 16.13) e aos Tessalonicenses (1ª Ts 5.6). Aos cristãos judeus expulsos de Jerusalém e espalhados pelo Ponto, pela Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, Pedro escreve: “Sede sóbrios e vigilantes” (1ª Pe 5.8) A igreja em Sardes recebe a mesma exortação (Ap 3.2). Depois de glorificado Jesus declarou que é: “bem-aventurado aquele que vigia...” (Ap 16.15). É exigido daquele que vigia atitude de alerta permanente (1ª Ts 5.6; Rm 13.11).

2. Vigiar implica ficar acordado. A vigilância na fé cristã pode ser entendida o ato de permanecer acordado (Lc 12.36- 38; 1ª Ts 5.6). Estar alerta e acordado tem como objetivo evitar o comportamento negligente ou indolente que pode levar alguém a cair em alguma cilada ou ceder a alguma tentação que acaba enfraquecendo sua fé em Cristo (Mt 24.42; 25.13; 26.41; 1ª Co 16.13; 1ª Ts 5.6; 1ª Pd 5.8; Ap 3.2; 16.15). Todos nós precisamos de vigilância espiritual, e são inúmeras as recomendações bíblicas acerca da importância da vigilância constante para o crente. Diariamente somos submetidos a diversas tentações, e diante disso o conselho Jesus é: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação” (Mt 26.41).

3. Vigiar implica ter consciência das realidades espirituais. Ter consciência dos perigos espirituais contidos no reino oposto de Satanás, e resiste-lhes ativamente. Tal batalha trava-se no reino espiritual das nossas vidas, pois nós não lutamos contra carne e sangue, mas sim contra um poder espiritual hostil e seus malévolos princípios (Ef 6.12). Quanto mais nos lembrarmos da realidade desse outro mundo invisível, mais vigilantes devemos estar. Acerca disso Paulo diz: “Porque não ignoramos os seus ardis” (2ª Co 2.11). Pedro também afirmou que: “o diabo […] anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1ª Pd 5.8). Quanto mais inclinados estivermos para o mundo secular, menos vamos considerar as realidades espirituais, desprezando assim ordenar as nossas vidas de harmonia com elas. Estar vigilante no sentido bíblico, requer que os nossos olhos estejam abertos a certas realidades e que tal conhecimento determine as nossas decisões e ações.

V. JESUS NO GETSÊMANI

Depois que Jesus instituiu a Ceia do Senhor, Ele seguiu com os seus discípulos para o jardim de Getsêmani. Em oração, o Senhor Jesus rogou ao Pai, três vezes, para que passasse dEle “esse cálice”.

1. Getsêmani.
O lugar é assim identificado em Mateus (v.36) e Marcos (14.32). Lucas se refere ao local como “àquele lugar” (22.40) e João registrou: “o outro lado do ribeiro Cedrom, onde havia um jardim” (18.1, Nova Almeida Atualizada). O nome “Getsêmani” vem de um termo aramaico que parece significar “prensa de azeite”. Era uma área localizada no sopé do monte das Oliveiras, onde o Senhor Jesus costumava se reunir com os discípulos e para onde se retirou na noite em que foi preso (Lc 22.39; Jo 18.2).

2. A angústia de Jesus. O Senhor Jesus, durante todo o tempo do seu ministério, encarava a sua morte de maneira serena (Mt 16.21; 17.22,23; 20.17-19; 26.1,2 e passagens paralelas em Marcos e Lucas). Alguns estudiosos do Novo Testamento se perguntam por que só agora “começou a entristecer-se e a angustiar-se muito” (v. 37) a ponto de dizer: “A minha alma está cheia de tristeza até à morte” (v.38)? O seu pavor não era a morte, mas o ser separado do Pai ao assumir os pecados de toda a humanidade na cruz (2ª Co 5.21), pois Ele já estava decidido quanto a isso (Mc 10.33,34) e tinha consciência de que a sua morte era a vontade do Pai (Jo 12.27). Esse era o momento mais crucial para a humanidade, pois estava em jogo a salvação dos pecadores.

3. O cálice. A expressão usada por Jesus: “Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice” (v.39), deve ser entendida à luz do Antigo Testamento. O cálice ou copo aparece com frequência na Bíblia e mui especialmente na sua aplicação metafórica. É usada para indicar uma situação miserável (Sl 11.6) e também de felicidade (Sl 16.5; 23.5). Da mesma forma, indica a manifestação da ira de Deus (Sl 75.8; Is 51.17). Essa linguagem aparece no Novo Testamento (Ap 14.10; 1ª Co 10.16). O Senhor Jesus se referia ao cálice da ira de Deus como castigo da separação do Pai no momento da cruz (Mt 27.46; Mc 15.34). Estava chegando a hora de ser submerso na maldição, por nós, pecadores (Gl 3.13).

CONCLUSÃO. Aprendemos que o ensino bíblico sobre a vigilância envolve precaução, cuidado, perseverança, fé e obediência, considerando esta verdade sigamos o ensino de Jesus: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41).

FONTE DE PESQUISA

1. ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. RJ: CPAD, 2006.
2. HOWARD, R.E, et al. Comentário Bíblico Beacon. RJ: CPAD 2010.
3. HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. RJ: OBJETIVA, 2001.
4. STAMPS, Donald C (Trad. Gordon Chown). Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995.
5. SOARES Esequias. Lições bíblicas 1º Trimestre de 2019. CPAD
5. VINE, W.E, et al (Trad. Luís Aron). Dicionário Vine. RJ: CPAD, 2002

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