SUMÁRIO
A
ORIGEM DA A GUARDA DO SÁBADO.. 3
O DIA DA CRIAÇÃO.. 5
ABRAÃO
GUARDOU O SÁBADO?. 8
O
SÁBADO ERA UM PACTO ENTRE O CRIADOR E OS ISRAELITAS. 9
SISTEMA
SABÁTICO.. 12
O
CALENDÁRIO JUDAICO E A LUA NOVA.. 19
A
DIFERENÇA DO SÁBADO DOS ADVENTISTAS PARA O SHABAT DA LEI. 23
ABOLIÇÃO
DO SÁBADO.. 31
A
GUARDA DO SÁBADO NO NOVO TESTAMENTO.. 36
JESUS
E O SÁBADO.. 37
O
APÓSTOLO PAULO E O SÁBADO.. 46
O
ENSINO JUDAICO
DOMINGO O DIA DO SENHOR
CONSTANTINO
E O DOMINGO.. 56
A ORIGEM DA A GUARDA DO SÁBADO
I.
INTRODUÇÃO
A guarda do sábado é sem
dúvida o principal ponto de controvérsia da doutrina do Adventismo do Sétimo
Dia. O próprio nome desta religião “Sétimo Dia”, mostra quanto afinidade existe
entre o Adventismo e o sábado.
O Adventismo ensina que o
cristão deve observar o sábado como dia de repouso e não o domingo. Crê que os
que guardam o domingo aceitam a “marca da besta” sob o governo do anticristo.
Ellen White ensina que a observância do sábado é o selo de Deus; enquanto, que
o domingo será o selo do anticristo.
Os cristãos guardam o
Domingo como o dia do Senhor e conforme a Igreja primitiva fazia.
Veremos neste estudo “a
verdade sobre o sábado!
II.
O
SIGNIFICADO DO TERMO
Lembra que Deus é Senhor,
criador de todas as coisas; soberano sobre a criação, por esta razão Ele quer
que tenhamos entendimento a respeito do sábado.
A palavra hebraica שבת,
shabāt, tem relação com o verbo שבת, shavāt, que significa “cessar”, “parar”, “desistir”.
Sabatismo do latim sabbatismus –
rigorosa observância do sábado como dia de culto e de descanso. Entre os
adeptos dos sabatismo incluem-se os judeus e os adventistas do sétimo dia. Para
os judeus era um concerto perpétuo (Êx 31.12-18).
A palavra sábado no
hebraico shabbath significa intervalo é derivado de uma raiz primitiva que
significa: cessar, repousar, ou estar imóvel, parar,
Apesar de ser vista quase
universalmente como “descanso” ou um “período de descanso”, uma tradução mais
literal seria “cessação”, com a implicação de “parar o trabalho”. Portanto, Shabat
é o dia de cessação do trabalho; enquanto que descanso é implícito, mas não é
uma denotação da palavra em si. Por exemplo, a palavra em hebraico para “greve
é shevita, que vem da mesma raiz hebraica que Shabat, e tem a
mesma implicação, nominalmente que trabalhadores em greve se abstêm ativamente
do trabalho, ao invés de passivamente.
Shabat é a fonte para o termo em
português sábado, e para a palavra que denomina esse dia da semana em muitas
outras línguas. A palavra “sabático” - se referindo ao ano sabático na Bíblia,
ou o ano que uma pessoa tira sem trabalhar, especialmente no mundo acadêmico,
também vem desta raiz.
III.
ORIGEM DESTA DOUTRINA
Dos três grupos que se
juntaram para formar o adventismo, o primeiro era liderado por Joseph Bates, e
observava o sábado como dia semanal de descanso. Contudo, a observância do
sábado como dia de repouso, tomou força quando a senhora Ellen White teve uma
“revelação”, após o fracasso das profecias falsas do senhor Guilherme Miller,
quando ela se arvorou em salvadora do sistema fracassado do adventismo. Afirma
ela ter sido levada por um “anjo ao Céu” na qual diz que Jesus descobriu a arca
do concerto e ela pôde ver dentro as tábuas da lei. Para sua surpresa, o quarto
mandamento estava no centro, rodeado de uma auréola de luz. Diz ter visto no
lugar santíssimo, a arca cujo alto e lados eram do mais puro ouro havendo em
cada extremo, um querubim e, entre eles, um incensário de ouro.
Diz ela: “Outra vez deve o
anjo o anjo destruidor passar pela Terra. Deve haver um sinal sobre o povo de
Deus, e esse sinal é a observância de Seu santo Sábado” (Testemunhos Seletos,
vol. II, p. 183).
Imagine o leitor que a
senhora White coloca o sábado semanal judaico em plano superior ao próprio
Deus! Porque os três primeiros mandamentos da lei dizem respeito aos deveres do
homem para com Deus são morais, de natureza transcendental a todos os demais,
ou outros falam das relações do homem para com seus semelhantes. Observe que os
três primeiros mandamentos prendem o homem ao dever de adorar exclusivamente a
Deus, cujo nome não deve ser profanado nem igualado a outro nome de qualquer
ser existente no Universo, visto que, Ele é o único Deus, o único ser que
merece adoração e louvor. (Is 42.8). Para essa visionária sabatista, porém, o
quarto mandamento semanal que trata da guarda do sábado semanal judaico, e que
diz respeito ao repouso físico para dar tempo ao israelita de exercer o pomposo
ritualismo do seu culto, está em posição superior aqueles que dizem respeito ao
próprio Deus e ao dever que temos de só a Deus adorar. O que podemos concluir
desta pseudo-revelação é: que a senhora Helen White e por extensão o
adventismo, tornaram o sábado num ídolo, ao proclamá-lo superior aos deveres do
homem para com Deus. A verdade é que a senhora White, querendo salvar o falso
sistema adventista idealizado por Guilherme Miller e, não encontrando apoio em
qualquer texto do Novo e nem do Velho Testamento, caiu na insensatez de julgar
que a única solução estava em introduzir no seu sistema a guarda da lei de
Moisés e, mais particularmente, a observância do repouso sabático israelita, e
daí a sua visão da vigência da lei, nos dias da graça.
E, como os seguidores de
Miller e ele próprio já vivessem dominados pelas “visões” da senhora White, foi
fácil aceitar mais esta, que ainda hoje encontra mentes surdas à revelação do
Espírito da graça, que aceitam, sem confrontação à luz do contexto bíblico.
Diz Helen White:
“Santificar o Sábado ao SENHOR importa em salvação eterna” (Testemunhos
Seletos, vol. III, p. 23).
Os sabatistas ensinam que
os cristãos devem observar o sábado como dia de repouso e não o domingo. Crê
que guardando o domingo aceitam a “marca da besta” sob o governo do anticristo.
Ellen White ensina que a observância do sábado é o selo de Deus; enquanto, que
o domingo será o selo do anticristo.
[...] A interpretação
sabatista do evangelho de Cristo é mais comprometedora do que possa parecer à
primeira vista: ela se choca violentamente com a doutrina da salvação pela
graça, tão magistralmente exposta nas páginas da Bíblia. É importante saber que
os sábados são ordenanças da lei e não da graça [Abraão de Almeida. Revista
Obreiro P. 30].
Nenhum ser humano,
seja gentio ou judeu, uma vez convertido a Jesus, tem qualquer obrigatoriedade
com a guarda do Sábado, visto ser ele um preceito da lei de Moisés, a qual
consistia em um concerto entre o Criador e Israel somente. Todavia, como Jesus
colocou o Velho Concerto de lado ao cumpri-lo totalmente, e ao estabelecer um
Novo Concerto, hoje, nem mesmo o judeu tem qualquer compromisso com a guarda do
sábado, uma vez estando em Jesus.
O
DIA DA CRIAÇÃO
“No princípio,
criou Deus os céus e a terra. A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia
trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas.
Disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus que a luz era boa; e fez
separação entre a luz e as trevas. Chamou Deus à luz Dia e às trevas, Noite.
Houve tarde e manhã, o primeiro dia (Gn 1.1-5).
I.
A CRIAÇÃO DO
UNIVERSO
Entre os versículos um e três do primeiro capítulo de
Gênesis há um intervalo indefinido, no qual Deus criou o tempo, o espaço, os
Céus e os anjos e, finalmente, a Terra ainda informe.
1. O tempo. Embora a
Bíblia não o diga, podemos afirmar que a primeira coisa que Deus criou foi o
tempo. Isto porque a obra divina, embora concebida na eternidade, somente
poderia ser consumada no âmbito temporal. Só o Criador é eterno. A criação
acha-se sujeita ao tempo, requerendo as intervenções e cuidados divinos (Sl
104.5).
2. O espaço. O que é o
espaço? Podemos defini-lo como o tecido cósmico que Deus criou para colocar os
corpos celestes. Portanto, o espaço também é criação divina.
3. Os Céus e os anjos.
Os Céus, a morada de Deus, também foram criados num contexto espaço-temporal,
por uma razão bastante simples: embora não pertençam à nossa dimensão, são um
lugar bem real. É para lá que as almas dos justos são encaminhadas.
Após a criação dos Céus, Deus chamou à existência os seus
anjos através do sopro de sua boca (Sl 33.6). E assim, o Senhor neles infundiu,
também, a sua imagem e semelhança.
4. A Terra ainda informe. Deus formou a Terra antes dos seis dias da criação. A princípio,
informe e vazia, seria modelada pelo Espírito de Deus até que viesse a adquirir
a forma atual (Gn 1.2).
5. E houve
luz. A criação da luz, no primeiro dia do Universo, é carregada de
significados (Gn 1.3). Embora o Criador dela não precisasse, a criação a
reclamava (Sl 139.12). Sem luz, a vida seria impossível.
6. A luz
inicial. A luz de Gênesis 1.3 não era proveniente do Sol, pois este só
viria a ser criado no quarto dia. Ela provinha do próprio Deus. Luz semelhante,
porém mais gloriosa, haverá na Jerusalém Celeste (Ap 22.5).
7. Por que Deus precisou de 7 dias para
criar o mundo? Ele não poderia criar tudo em milésimos de segundos (mais
rápido do que um piscar de olhos)? E os dias da Criação, foram dias normais de
24 horas ou um período maior?
Para melhor compreendermos
a doutrina da criação faz-se necessário analisarmos os três conceitos que os
gregos antigos tinham para tempo: kronos,
kairós e Aion.
O tempo kronos: refere-se ao tempo cronológico, ou sequencial, tempo
do calendário, do relógio, tempo que costuma nortear a vida terrena, é o tempo
dos homens.
O tempo kairós: É uma antiga palavra grega que significa a um momento indeterminado no tempo, em que algo
especial acontece, o tempo da oportunidade. É usada também em teologia
para descrever a forma qualitativa do tempo, o “tempo de Deus”, enquanto chronos é de natureza quantitativa, o
“tempo dos homens”.
O tempo Aeon: já era um tempo sagrado e eterno, sem uma medida precisa, um tempo da
criatividade onde as horas não passam cronologicamente, também associado ao
movimento circular dos astros, e que na teologia moderna corresponderia ao
tempo de Deus.
Quando Jeová criou a terra não foi no tempo literal
como o sabatismo ensina. No Salmo 90 está escrito: “Porque mil anos aos
teus olhos são como o dia de ontem que passou, e como uma vigília da noite”. E
2ª Pedro 3.8: “Amados, não ignoreis uma coisa: UM DIA PARA O SENHOR É COMO MIL
ANOS E MIL ANOS COMO UM DIA”. Não havia sol e
nem lua, e o universo estava sob tempo de Jeová (Aeon) e não do homem. Em “seis dias” em tempo remotos e sem haver
ninguém presente para relatar o processo da operação.
II.
A CRIAÇÃO DO HOMEM
A alusão à criação do homem no primeiro capítulo é
geral, referindo-se a criação de todo o universo incluindo o homem, mas no
segundo capítulo fala mais da história do homem e da raça humana.
1. O homem
foi a última coisa que Jeová criou. “Criou
Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os
criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei
a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e
sobre todo animal que rasteja pela terra” (Gn 1.27-28).
[...] O homem é criado por Deus e somente na Palavra
de Deus pode-se encontrar uma revelação especial das atividades de Deus na
CRIAÇÃO do universo e de tudo o que nele existe. “Nenhuma
outra literatura no mundo é tão repleta de revelação direta destinada a
informar a mente do homem e orientar pesquisas científicas como essas primeiras
páginas da Bíblia” [CHAFER, Lewis Sperry. Teologia
Sistemática. Hagnos: São Paulo, 2003. Vol. II pp.545.
2. Então
Jeová abençoou Sua criação. Abençoar
é diferente de guardar o sétimo dia. No capítulo 2 de Gênesis a Bíblia começa a
narrar à história do homem.
“Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo
o seu exército. E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera,
descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia
sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador,
fizera (Gn 2.1-3).
2.1. O sábado legal não foi instituído
aqui. Isso só aconteceu com a promulgação da lei. O sétimo dia é o
fundamento da guarda do sábado dada aos israelitas, visto que neste dia Deus
abençoou e santificou a obra da criação.
“E havendo Deus acabado no dia sétimo
a obra que fizera...” Aqui não está dizendo que terminou no dia sexto e sim no
dia sétimo. A Bíblia deveria dizer que Deus terminou
seu trabalho no sexto dia, o dia da conclusão. Em vez disso, o texto diz que
ele terminou o trabalho no sétimo dia, então conclui-se daí que Deus
trabalhou no sétimo dia também.
3. O que entendemos quando a Bíblia diz:
“descansou Deus no sétimo dia?”
Independentemente de se Deus santificou o
sétimo dia ou oitavo dia, ainda temos que perguntar se Deus realmente descansou
nesse dia santificado. Afinal, que necessidade é que uma divindade onipotente
tem que se sentar e relaxar?
Baseados apenas na letra da Palavra, os sabatistas em
geral pregam que Deus descansou após a criação do mundo, num SÉTIMO DIA terreno
de 24 h. De maneira nenhuma Deus se cansa, pois Ele é Espírito e o profeta Isaías
40.28 diz: “Será que vocês não sabem? Será que nunca ouviram falar disso? O
SENHOR é o Deus Eterno, ele criou o mundo inteiro. Ele não se cansa, não fica
fatigado; ninguém pode medir a sua sabedoria”. Jesus disse certa vez: “Meu Pai
trabalha até agora e Eu trabalho também” (João 5.17).
Na realidade esse descanso nunca aconteceu, mas um dia
acontecerá. Deus não poderá descansar enquanto o Universo estiver contaminado
com o pecado; enquanto Satanás estiver solto; e enquanto houver conflito entre
o Bem e o Mal, Luz e Trevas.
3.1. Deus teria descansado num dia de 24
h.? Não, pois Deus não está sujeito à nossa cronologia humana. A Bíblia nem
menciona no livro Gênesis, o mesmo tempo de 24h (tarde/manhã) na criação do
sétimo dia; porém, somente mencionou “o sábado de descanso do homem”, séculos
depois no Sinai, través das “SOMBRAS DA LEI” (Êx 20.8 a 11), que é figura do
verdadeiro descanso Eterno.
[...] Adão e
Eva viveram esse repouso durante a inocência até a Queda: “Foi o princípio e o
tipo de repouso ao que a criação, depois que caiu da comunhão com DEUS pelo
pecado do homem, recebeu a promessa de que uma vez mais seria restaurada pela
redenção, em sua consumação final” (KEIL & DELITZSCH, tomo 1, 2008, p. 41).
O sábado da criação aponta para o descanso de DEUS para o mundo inteiro no fim
dos tempos: “Portanto, resta ainda um repouso para o povo de DEUS” (Hb 4.9).
O descanso de Deus, baseados apenas em Moisés, imaginando erroneamente
que o descanso do Altíssimo seria um simples sábado de 24h. Porém, Cristo, foi
bastante claro: Antes de Sua vinda ao mundo, ninguém “CONHECIA A DEUS”, o homem
tinha apenas uma vaga noção pelas “sombras” da lei. Por isso, que o
Filho de Deus foi enviado para resplandecer A LUZ DO SEU CONHECIMENTO”, nos
revelando o Pai; e com Ele, o Sábado Eterno, o verdadeiro descanso de Deus!
Uma leitura cuidadosa do texto bíblico
real parece contradizer a ideia de um dia de descanso. O descanso de Deus
significa que Deus cessou a obra de Sua criação, em outras palavras Deus completou
a Sua obra no sétimo dia, ele terminou o que havia planejado e por isto cessou.
O descanso de Jeová, no sétimo dia, corresponde a cessação do trabalho
do Criador a santificação em face do que tinha sido realizado.
No sétimo dia Deus parou todas as
criações, mas não parou de agir sobre este mundo, ele continua agindo sobre
este mundo e sobre o ser humano.
[...] Ele diz que “no sétimo dia Deus
terminou a sua obra que tinha feito”. Mas se a criação da humanidade constitui
o ato final neste enorme esquema de eventos, a Bíblia deveria dizer que Deus
terminou seu trabalho no sexto dia, o dia da conclusão. Em vez disso, o texto
diz que ele terminou o trabalho no sétimo dia.
O texto implica que Deus realizou atos
adicionais depois que Ele criou a humanidade. A referência para terminar o
trabalho no sétimo dia pode ter resultado de edição desleixada da história
original em que Deus criou a humanidade no sétimo dia, em vez de no sexto. Esse
erro segue de perto os esforços para criar um sábado no sétimo dia. A fim de
inserir um dia de descanso para Deus, os escribas bíblicos tiveram de combinar
os acontecimentos do sexto (animais) e sétimo (a humanidade) dias juntos. Ao
fazer isso, o escriba esqueceu esta pequena frase: “E no sétimo dia Deus terminou
a sua obra que tinha feito”, que surgiu após a criação da raça humana no sétimo
dia. O escriba esqueceu de mover essas palavras ao final do sexto dia após ter
combinado a atividade do sétimo dia do (a humanidade), com os acontecimentos do
sexto dia [Myths
of the Bible How Ancient Scribes Invented Biblical History de Gary Greenberg, pp. 39-40. Tradução de Eduardo
Galvão Junior].
O relato em Gênesis diz que no sétimo dia Deus cessou
Sua obra, e não diz nada específico sobre os seres humanos abstendo-se de
trabalho. Que a humanidade devia descansar entrou na tradição bíblica, muito
mais tarde, talvez não antes do século VII a.C.
Os adventistas
dizem que Deus “abençoou” e “consagrou” o dia de
descanso. O 7.º dia é chamado na Bíblia de SÁBADO DO SENHOR (Êxodo
20.10) e é frequentemente citado no Antigo Testamento. No Novo Testamento o dia
mais citado não é o sábado, mas a 2.ª VINDA DE CRISTO, chamada pelos profetas
de “O DIA DO SENHOR”. Será que o Sábado tem alguma relação com o Retorno de
Cristo?
ABRAÃO GUARDOU O
SÁBADO?
Não encontramos em Gênesis que os patriarcas guardavam
o sábado. O sábado foi guardado no Éden, pelos patriarcas? A onde está
escrito?
Gênesis 26.4-5
Gênesis 26:4 “E multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus, e
darei à tua descendência todas estas terras; e por meio dela serão benditas
todas as nações da terra; “Porquanto Abraão obedeceu à minha voz, e guardou o
meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos, e as minhas leis”.
Com base neste
versículo os Adventistas do Sétimo Dia dizem que Abraão guardou os preceitos de
Deus, logo, guardou o sábado.
O texto não
diz que esses preceitos, estatutos e leis eram os Dez mandamentos, entre os
quais se acha o sábado. Mas que mandamentos são esses?
Note no verso
4 que a promessa da benção para o patriarca Abraão está condicionada a
obediência aos mandamentos que Jeová lhe ordenou que são:
1.
Que saísse da sua terra (Gn 12.1).
2.
Que andasse na Sua presença e fosse perfeito (Gn
17.1-2).
3.
Que guardasse o concerto da circuncisão (Gn 17.9-11).
4.
Que ouvisse Sara, sua mulher, para deitar fora sua
serva (Gn 21.12).
5.
Que sacrificasse seu filho Isaque (Gn 22.2).
6.
Que permanecesse na terra que Deus lhe dissesse (Gn
26.2-3).
Os sabatistas ensinam que
os homens guardavam o sábado desde os dias de Adão, mas isso contradiz o
registro da própria Bíblia.
Embora seja verdade que o
sábado se originou no final dos seis dias da criação (Gn 2.1-3), ele foi o descanso
de Deus (cessou o trabalho da criação), não do homem. Não há registro em
Gênesis de que Deus deu o sábado ao homem. Os santos em Gênesis construíram
altares, oravam, ofereciam sacrifícios, e dizimavam, mas a Escritura mantém-se
silenciosa em relação à guarda do sábado.
Neemias 9.13-14 diz
claramente que o sábado foi dado pela primeira vez a Israel no deserto: “E
sobre o monte Sinai desceste, e dos céus falaste com eles, e deste-lhe juízos
retos e leis verdadeiras, estatutos e mandamentos bons. E o teu sábado lhes
fizeste conhecer; e preceitos, estatutos e lei lhes mandaste pelo ministério de
Moises, teu servo” (ACF).
Se Abraão, Isaque e Jacó
guardavam o sábado, seus filhos estariam familiarizados com a prática, mas
Neemias nos diz que este não foi o caso.
Antes do concerto do
Sinai o Criador não instituiu o sábado como dia do Senhor. A única lei dada
pelo Criador ao homem a princípio foi a que está inserida em Gênesis 2.16-17:
“E ordenou o Criador ao homem,
dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, Mas da árvore do
conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela
comeres, certamente morrerás”.
Quando o Criador
chamou Abraão e lhe anunciou o Evangelho da salvação, o qual viria a ser
revelado de maneira mais ampla e clara com a vinda de Jesus, nada lhe comunicou
quanto à necessidade de guardar o sábado, ou a “Lei de Moisés”, como algo
necessário para obter a salvação, conforme Paulo escreveu aos Gálatas:
“Ora, tendo a
Escritura previsto que o Criador havia de justificar pela fé os gentios,
anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas
em ti” (Gl 3.8).
O SÁBADO ERA UM
PACTO ENTRE O CRIADOR E OS ISRAELITAS
1.
O número sete. O
Número sete é o número sagrado da cronologia divina. Nos atos direitos de Deus,
na relação de sua Onipotência, na sua inspiração, no culto divino por Ele ensinado
aos israelita nos deserto, o número sete aparece como o número sagrado. Portanto,
concordo plenamente que o número sete como o número de Deus e o número da
perfeição.
O sábado legal
é exclusividade dos israelitas e nenhum povo da terra recebeu tal responsabilidade,
nem mesmo a Igreja (Êx 31.13-17). A adoração no tabernáculo acontecia
semanalmente e isso justifica a instrução da lei do sábado na presente seção
que aborda a ordem do culto e demais serviços no tabernáculo. O tema do sábado
havia sido tratado por ocasião do maná (Êx 16.23-30) e no quarto mandamento (Êx
20.8-11); no entanto, Deus retoma o assunto aqui para que o presente preceito
seja observado de maneira apropriada.
2. A instituição do sábado aconteceu no deserto. “Vede, visto que o Senhor vos deu o Sábado, por isso ele no
sexto dia vos dá pão para dois dias; cada um fique no seu lugar, que ninguém
saía do seu lugar no sétimo dia” (Êx 16.29).
Quando Deus lhes deu o
Sábado? Quando os tirou da terra do Egito. Onde Deus lhes deu o Sábado? No
deserto. Para quem Deus deu o Sábado? Aos Israelitas (Dt 5.15), desde que o
Sábado foi dado como um memorial. Fomos tirados da terra do Egito? Se não
fomos, o texto não nos diz respeito e sim só aos Israelitas [O Sábado foi dado
antes do Sinai? http://www.cacp.org.br/o-sabado-foi-dado-antes-do-sinai/].
Afirmam os
Adventistas: “O Sábado foi dado antes do Sinai,
logo o Sábado foi guardado desde a criação e deve ser observado”.
Aqui é a primeira vez
que aparece a ordem de se guardar o Sábado. Tal mandamento era uma observância
nova para os Israelitas. A saída dos israelitas do Egito marcou uma nova época
na vida deles. Deus lhes deu um novo ano e um novo princípio de meses (Êx 12.2).
O vrs. 30 é digno de nota, pois diz: “Assim
repousou o povo no sétimo dia” (o texto da entender que o povo nunca o tinha
feito antes). Por essa razão, Israel a partir daquele momento
passou a descansar no sétimo dia, e não desde a época de Adão como querem os
sabatistas. Outras passagens confirmam essa ideia:
“E sobre o monte de Sinai desceste… E o teu Sábado lhes
mandaste pelo ministério de Moisés, teu servo” (Ne 9.13-14). “E os tirei da
terra do Egito, e os levei ao deserto. E dei-lhes os meus estatutos, e lhes
mostrei os meus juízos, os quais, cumprindo-os o homem viverá por eles. E
também lhes dei os meus sábados, para que servissem de sinal entre mim e eles…”
(Ez 20.10-12).
Na verdade, todos os dez mandamentos, e não apenas um
deles, vinham sendo observados pelos israelitas, antes de sua confirmação no
monte Sinai, pois o Senhor já falava com o povo através de Moisés (Êx 3-19).
Isso, entretanto, não torna os tais mandamentos atemporais e aplicáveis a todos
os grupos de povos. O Tabernáculo e a forma de culto também foram dados por
Deus a Moisés, no mesmo monte Sinai (Êx 21-31). E o Senhor asseverou: “Atenta,
pois, que o faças conforme o modelo, que te foi mostrado no monte” (Êx 25.40).
Por que os templos adventistas não possuem átrio, lugar santo e lugar
santíssimo, conforme o modelo que o Senhor deu a Moisés, no monte Sinai? E as
leis dos sacrifícios, por que não são observadas? E as vestes sacerdotais? E as
festas?
3. O sábado do decálogo. “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás,
e farás toda a tua obra” (Êx 20.8-9).
O quarto mandamento, lembra-te do dia do sábado, era o
símbolo especial da aliança com Israel no monte Sinai (Êx 31.12-18). Com este
mandamento, Deus diferiu os israelitas de seus vizinhos. Outros povos possuíam
seus próprios padrões de trabalho e ociosidade, mas Israel foi instruído a
reservar um dia entre sete.
A palavra hebraica para memória é, lembrar,
recordar.
Quando Moisés no seu discurso em Deuteronômio repete o
Decálogo substitui o verbo hebraico usado para “lembrar” zikaron cuja
raiz verbal é zakar, “recordar, lembrar”, por outro, “guardar”, shãmar, “guardar, cuidar, vigiar”,
quando diz: “Guarda o dia de sábado”. As palavras “como te ordenou o SENHOR,
teu DEUS” (Dt 5.12b) não aparecem em Êxodo
Êx 16.22-26; e são uma referência ao Sinai,
quando a lei foi promulgada, visto que Moisés está relatando um fato acontecido
no passado (Êx 20.1-17), depois da saída do Egito, quando Deus instituiu o Shabat, como
dia do Senhor, os israelitas adoravam a Deus e relembravam sua libertação da
escravidão egípcia (Dt 5.15). Até mesmo os estrangeiros que moravam entre eles
deveriam cumprir o Shabat.
Êxodo 31:18 “E, tendo acabado de falar com ele no monte
Sinai, deu a Moisés as duas tábuas do Testemunho, tábuas de pedra, escritas
pelo dedo de Deus.”
Para garantir a autenticidade dos Dez Mandamentos, Deus os
escreveu em tábuas de pedras com o Seu próprio dedo.
4. “Pois é sinal entre mim e vós nas vossas
gerações.”
“Tu, pois, falarás aos
filhos de Israel e lhes dirás: Certamente, guardareis os meus sábados; pois
é sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu
sou o SENHOR, que vos santifica. Portanto, guardareis o sábado, porque é santo
para vós outros; aquele que o profanar morrerá; pois qualquer que nele fizer
alguma obra será eliminado do meio do seu povo. Seis dias se trabalhará, porém
o sétimo dia é o sábado do repouso solene, santo ao SENHOR; qualquer que no dia
do sábado fizer alguma obra morrerá. Pelo que os filhos de Israel guardarão o
sábado, celebrando-o por aliança perpétua nas suas gerações. Entre mim e os
filhos de Israel é sinal para sempre; porque, em seis dias, fez o SENHOR os
céus e a terra, e, ao sétimo dia, descansou, e tomou alento” (Êx 31.13-17).
O texto diz claramente que
o sábado tinha sido instituído como um sinal do relacionamento peculiar que
existia entre Deus e Israel. Se o sábado tivesse sido dado a humanidade em
geral após a criação, ele não poderia ter sido um sinal exclusivo para Israel.
O fato é que o sábado pertence à nação de Israel e não a qualquer outro povo.
Também é importante notar que o sábado será uma eterna possessão de Israel (v.
16).
A importância deste sinal
é vista na insistência dos profetas posteriores de que a observância do sábado
era uma indicação da condição espiritual do povo israelita. O profeta Jeremias
no capítulo 17 vs. 19 ao 27 faz uma exortação a que se santifique o sábado como
sinal de arrependimento por parte do povo israelita (conforme Neemias capítulo
13 vs. 15 ao 22), que usava o sábado para trazer à cidade seus produtos
agrícolas e artesanais, violando assim a Lei. Também o profeta Ezequiel no
capítulo 20 v. 12 diz: Também lhes dei os
meus sábados, para servirem de sinal entre mim e eles, para que soubessem
que eu sou o Senhor que os santifica.
[...] A
observância do sábado legal é perpétua, sob pena de morte para quem violar (vv.
14-6) e isso por se tratar de um sinal entre Deus e Israel (Êx 31.13, 17). Não
é mandamento para todos os povos nem para a Igreja. É o segundo sinal para os
israelitas, que já tinham a circuncisão como primeiro sinal desse concerto (Gn
17.10-14). Ao longo dos séculos, os judeus trataram esses dois preceitos com a
mesma atenção. O Decálogo registrado em Deuteronômio apresenta o sábado como
memorial da saída dos israelitas do Egito: “Porque te lembrarás que foste servo
na terra do Egito e que o SENHOR, teu DEUS, te tirou dali com mão forte e braço
estendido; pelo que o SENHOR, teu DEUS, te ordenou que guardasses o dia de
sábado” (Dt 5.15). O sábado legal é mandamento exclusivo para o povo de Israel.
[Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade
em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 68-69].
Qualquer pessoa despida de
preconceito, ao examinar o conteúdo de Êxodo 19.1-6, 20-1.17; Dt 5.1-21; 14.1-7
e de outros textos paralelos em todo o Velho Testamento, observará, que a lei
jamais foi outorgada às nações do mundo, e sim, a Israel, mas com vigência
limitada: Até que viesse o descendente a quem se fizera a promessa conforme Gl
3.19. Neste sentido, afirma Paulo enfaticamente: “Ora, as promessas foram a
Abraão e seu descendente” (Gl 3.16).
O fato de o sábado ser
um sinal da aliança entre Deus e o povo judeu, não significa que ele deva ser
guardado apenas este. O texto inclui a nação israelita em um concerto com Deus,
e não os gentios. A inclusão direta de apenas os judeus nessa específica
aliança é determinada pelo fato de que os israelitas teriam uma função
específica, a função de nação sacerdotal.
5. A instituição do sábado está associada à lembrança da libertação da
escravidão egípcia (Dt 5.15; Ez 20.10-20).
“Mas o sétimo dia é o
sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho,
nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu boi, nem o teu
jumento, nem animal algum teu, nem o estrangeiro das tuas portas para dentro,
para que o teu servo e a tua serva descansem como tu; porque te lembrarás que
foste servo na terra do Egito e que o SENHOR, teu Deus, te tirou dali com mão
poderosa e braço estendido; pelo que o SENHOR, teu Deus, te ordenou que
guardasses o dia de sábado” (Dt 5.14-15).
Conforme o texto acima o sábado não foi oferecido a
todas as nações. Só era determinado à nação de Israel. O texto diz claramente
que Deus não deu o sábado ou outras ordenanças da lei aos pais, veja
especialmente os versos 2-3.
O texto diz que o Senhor Deus tirou Israel do Egito,
deu-lhe uma terra da promessa feita a Abraão.
Antes deu condições, criou o ambiente propício, até o
estrangeiro que entrasse para este território seria bem aventurado guardando o
sábado.
5.1. O Senhor me ordenou que vos ensinasse v 14. Moisés entregou a revelação de Deus ao povo. Na
condição de “instrutor” dos israelitas, ele aplicou a Lei (Êx 20.19).
A palavra
“santificar”, como usada na Bíblia, significa principalmente separar algo para
um uso especial. (T. P. Simmons, pg. 360). Ou seja, tornar algo santo. E tornar
algo santo significa deixar Deus participar.
Nem tua filha, nem o
teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está
dentro das tuas portas.
6. Função sacerdotal do povo hebreu.
“Agora, se me
obedecerem e cumprirem minha aliança vocês serão o meu povo. O mundo inteiro é
meu, mas vocês serão o meu povo, escolhido por mim. Vocês serão um povo
separado somente para mim e me servirão como sacerdotes” (Êx 19.5-6).
Os judeus seriam para
o Eterno uma nação de sacerdotes, assim como hoje a Igreja é no tempo da graça
(1ª Pe 2.9-10). O Senhor escolhe Abraão e fez-lhe e uma promessa: “Abençoarei
os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão
benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3).
O texto fala de uma
benção espiritual que viria através de um descendente de Abraão. Paulo declara
que esta benção se refere ao evangelho de Cristo oferecido a todas as nações
(Gl 3.8, 14, 16).
7. Somente o sábado é atemporal porque
era observado antes da existência de Israel? Ora, Abraão também oferecia sacrifícios antes de Israel existir (cf. Gn
15). Por que os cristãos não oferecem animais a Deus, nos dias de hoje? Cristo
Jesus, o nosso modelo (1ª Jo 2.16; 1ª Co 11.1), procurava não violar o sábado
(Lc 4.16). Mas Ele não estava preso à lei mosaica (Mc 3.1-4). Afinal, “a lei
foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (Jo 1.17). E
Ele, que é o Senhor do sábado, afirmou que este foi feito por causa do homem
(Mc 2.26-28), estimulando-nos a termos domínio sobre o sábado. Nesse período da
graça, não precisamos guardar o sábado de descanso, como os israelitas. A
Igreja não está debaixo da lei mosaica (Rm 6.14; Lc 16.16; Gl 4.1ss).
SISTEMA SABÁTICO
Ao estudar o assunto de
acordo com o Pentateuco e os profetas observa-se que o sábado era um sistema
composto de várias facetas conforme Levítico 23.32: “Duma tarde a outra
celebrais o vosso sábado”. Examinaremos a guarda deste mandamento à luz da
evidência lógica e racional em duplo aspecto:
I.
ASPECTO CERIMONIAL
Lei cerimonial é aquela
que impõe e disciplina as cerimônias e rituais do culto judaico, como a
circuncisão, a páscoa, o pentecoste, as primícias, as luas novas e o sábado de
descanso.
Os sabatistas afirmam que
a lei que Cristo aboliu e cravou na cruz, deixou de existir ou perdeu seu
valor, foi a lei por eles denominada “cerimonial”, inclusa entre as leis
constantes de Levítico, o manual de santidade do ritual judaico. Esse livro que
regulamenta todo o cerimonialismo do culto judaico dos tempos da vigência da
lei.
A celebração do sábado
semanal deve ser efetuada duma tarde até a outra tarde, os judeus começam a
celebrar o sábado às 18 horas da sexta-feira e encerram a celebração às 18
horas de sábado, e este ritual é obedecido até hoje pelos sabatistas. Não
podemos condená-los porque estão dentro do figurino judaico conforme Levítico
23.32.
II.
ASPECTO TEMPORAL
Á respeito do início e
encerramento da celebração do sábado semanal observamos o seguinte:
Todo o território do reino
de Israel na época das doze tribos sob o governo de Davi, era de apenas 29.250
Km².
A guarda do sábado semanal
era de fato aplicável e lógica a Israel porque além de ser um sinal eterno
entre Israel e Deus (Êx 31.16-17), era cem por cento aplicável à sua vida
nacional de acordo com o mandamento regulamentador de Levítico 23.32, devido a
esse pequeno território ter apenas um fuso horário.
Mas hoje, à semelhança do
Brasil, em que, legalmente, há três fusos horários, embora, a rigor, haja mais
que isso como é possível, observar a guarda do sábado semanal de acordo com
Levítico 23.32, a saber, das 18 horas de sexta-feira às 18 horas de sábado,
para que todos a celebram ao mesmo tempo.
III. AS FESTAS SOLENES DO SENHOR
“Tu, pois, falarás aos filhos de Israel e lhes dirás: Certamente, guardareis os meus sábados; pois
é sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu sou o
SENHOR, que vos santifica (Êxodo 31.13).
Cada um respeitará a sua mãe e o seu pai e guardará os meus sábados. Eu sou o SENHOR, vosso Deus” (Levítico
19.3).
“Guardareis os meus sábados e
reverenciareis o meu santuário. Eu sou o SENHOR” (Levítico 19.30).
“Porque assim diz o SENHOR: Aos eunucos que guardam os meus sábados, escolhem aquilo que me agrada e abraçam a
minha aliança, Isaías” (56.4).
“Fala aos filhos de Israel
e dize-lhes: As festas fixas do
SENHOR, que proclamareis, serão santas convocações; são estas as minhas festas” (Lv
23.2).
Ao observarmos os cuidados de Deus com Israel, notamos
que essas solenidades se encontram discriminadas em Levítico capítulo 23
e 25.
O sábado era um sinal,
como o foi a circuncisão, entre Deus e os filhos de Israel, assim como o arco
era um sinal do pacto com Noé. Vejam a similitude que há nessas ordenanças:
Arco: “Este é o sinal da aliança que ponho entre mim e vós, e entre
toda a alma vivente, que está convosco, por gerações eternas... será por sinal
entre mim e a terra” (Gn 9.12-13).
Circuncisão: “Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e
vós, e a tua descendência depois de ti... e circundareis a carne do vosso
prepúcio, e isto será por sinal da aliança entre mim e vós. E o homem
incircunciso... será extirpado do seu povo” (Gn 17.10, 11, 13).
Sábado. 31.13-14: A expressão meus sábados nos lembra que a
separação do sábado para cultuar o Senhor foi uma ideia dele, e não uma
invenção humana. Portanto, esses dias deviam ser mantidos em honra a Deus (Is
1.10-15), como um sinal, um lembrete, um memorial ou símbolo da aliança entre o
Altíssimo e Seu povo perante as gerações vindouras. O Sábado reservado para
adorar o Todo-poderoso distinguia Israel de seus vizinhos pagãos, conceito este
reforçado pela frase: para que saibais que eu sou o Senhor, que vos santifica.
A finalidade do Shabat não era o
descanso recreativo, mas sim a adoração a Deus. Aqueles que desconsideravam
esse dia especial abriam caminho para a sua própria destruição, conforme a
sentença será extirpado. Nesta passagem o sábado é declarado como um
sinal perpétuo entre o Senhor e Israel.
Aqui temos a realidade do
sistema sabático, que consiste do pleno sinal entre Deus e Israel (Êx 31.18),
pois, segundo a lei, tal sinal não consistia apenas do sétimo dia da semana
como acima estudado e sim de vários outros sábados que figuravam como elos duma
corrente, com seu fechamento conclusivo, e como tais são referidos no plural,
nada menos de 17 vezes na lei e nos profetas. Devemos notar que estão no plural
“Os Meus sábados”.
Dias como Yom Kippur e Rosh HaShanna
são um shabat no qual Deus
ordena que o povo israelita cesse de todo o trabalho e se reúna para esperar Nele
e adorá-lo. Até mesmo os primeiros dias da semana da Páscoa e Tabernáculo são
os sábados cerimoniais. As festas do Shabat
é a convocação santa mais falada no Velho Testamento. Até os dias de hoje, os
judeus consideram o Yom Kippur,
o dia mais santo do ano para o povo judeu, o shabat de todos os shabats.
São vários os tipos de
sábados legais no sistema mosaico, e estão vinculados ao sistema cerimonial do
culto judaico; era sempre um dia especial destinado ao repouso do povo ou da
terra, para que se dedicassem plenamente ao culto do sistema sacrificial judaico.
Todo o sistema sabático, e não apenas o sétimo dia da semana, constituía um
sinal entre Deus e Israel, e de todas as promessas feitas por Deus a ele (Êx
12.43-48; 31.12-18).
Deus estabeleceu
exatamente 7 festas para serem comemoradas anualmente por Israel: 3 no primeiro
mês (Páscoa, Pães Asmos e Primícias); 3 no 7.º mês (Trombetas, Dia da Expiação
e Tabernáculos) e uma no meio (Pentecostes).
1.
O sábado do Senhor.
“Disse o Senhor a Moisés: Fala
aos filhos de Israel, e dize-lhes: As
solenidades do SENHOR, que convocareis, serão santas convocações; estas são as
minhas solenidades: Seis dias trabalho se fará, mas o sétimo dia será o
sábado do descanso, santa convocação; nenhum trabalho fareis; sábado do SENHOR é
em todas as vossas habitações. Seis dias trabalho
se fará, mas o sétimo dia será o sábado do descanso, santa convocação; nenhum
trabalho fareis; sábado do SENHOR é em todas as vossas habitações” (Lv
23.1-3).
A guarda do sábado é sem
dúvida o principal ponto de controvérsia da doutrina do sabatistas.
O sábado era parte deste sistema. Quem quisesse ficar bem com Deus
devia guardar o sábado. Quem não o guardasse seria punido (Ez 18.4, etc.).
Os dias sagrados estavam divididos pelo período da sua celebração: dias
sagrados semanais (sábados), mensais (“Rosh Codesh”, ou luas novas), anuais (7
festas sagradas – Levítico 23) e multianuais, como o dia do JUBILEU que era
celebrado de 49 e 49 anos, no 50.º ano (Levítico 25).
As solenidades do SENHOR... e as minhas solenidades eram aquelas “santas convocações” ou assembleias
religiosas separadas pelo Senhor e dedicadas a Ele para lembrança de alguma
fase particular da vida religiosa de Israel. Mo'ed, a palavra traduzida
para “festa”, significa “uma ocasião determinada”, “um período de festa”, “uma
assembleia” e vem do verbo yei'ad, “determinar”, “reunir por pacto”.
Conforme Russel Shedd, “a
guarda do sábado era o quarto mandamento do decálogo. A festa semanal que
constituía, era mencionada em primeiro lugar, sendo que a forma base para as
festas mensais e anuais, servindo assim de introdução à enumeras das festas em
geral. O sétimo dia ocupava o lugar entre estas ordenanças de Deus. Ricos e
pobres deveriam gozar igualmente deste descanso sagrado”.
A cada 7.º dia, os judeus
guardavam um dia de descanso o shabat.
O Sábado que é a plenitude da semana de trabalho que o homem israelita fazia de
sol a sol; esse descanso servia para repousar e dar ao corpo a oportunidade de
se refazer do cansaço, e era usado com dupla finalidade:
a) Para o repouso semanal
físico.
b) Para a celebração do
complexo sistema sacrificial judaico.
Ao contrário do judeu, que
tem o dever contratual de guardar o sétimo dia da semana, os gentios, podem
guardar qualquer dia da semana com o mesmo proveito!
Conforme o texto acima, o
sábado é considerado preceito cerimonial também. Levítico 23.1-2, informa que o
sábado do sétimo dia é uma “solenidade”, considerada como “santa convocação”
entre as festas fixas do SENHOR, no mesmo nível dos outros preceitos também
cerimoniais, mas que os sabatistas não observam.
O que é mais importante na
Lei: Guardar o sábado ou ser santo por
que Deus é Santo? “Fala a toda a
congregação dos filhos de Israel, e dize-lhes: Santos sereis, porque eu, o
SENHOR vosso Deus, sou santo” (Lv 19.2).
Antes que torçam o sentido
da pergunta acima, a “santidade” advém porque Deus é santo, não porque eu
guardo o sábado e isto me tornaria santo. A parte mais importante da lei, no
entanto, não é o decálogo, ao qual os sabatistas chamam lei moral.
É notável a inclusão do
sábado semanal (v. 3) entre as solenidades cerimoniais. Solenidades sombras e
figuras da Verdadeira Realidade. E entre as sombras e figuras, já na
instituição das solenidades, o sábado é incluído como pré-figurativo.
Estas solenidades todas,
inclusive o sábado semanal, nos vvs. 3 e 37 são chamadas de “solenidades do Senhor”.
No v. 2, Deus designa
todas as solenidades: o sábado semanal e as festas anuais com o pronome
possessivo na primeira pessoa “MINHAS
solenidades”.
Os sábados pré-figurativos
(as festas anuais) foram também cognominadas por Deus de propriedade d’Ele,
valendo-se da primeira pessoa no possessivo.
Se as festas anuais são
pré-figurativas e, portanto, cerimoniais, o sábado semanal também o é. Por
conseguinte também ele é cerimonial e sujeito à caducidade, à abolição como
sombra dentre as outras sombras ritualísticas judaica.
A guarda do sábado era o
quarto mandamento do decálogo. Das festas solenes que constituía, o sábado era
mencionado em primeiro lugar para as festas mensais e anuais, servindo assim de
introdução à enumeração das festas em geral. O sétimo dia ocupava o primeiro
lugar entre estas ordenanças de Deus.
A guarda do sábado
lembraria a Israel que Javé era o Criador (Êx 20.8-11), além de santificar um
tempo de adoração ao Senhor. O sábado lembraria ao povo a aliança com Javé e
testificaria que a santidade se baseava em Deus e não na lei ou nos rituais (Êx
31.12-17; Lv 26.2). Na época de Jesus este conceito havia se perdido, pois o
legalismo obscurecera seu verdadeiro significado (Mt 12.1-4; Mc 7.1-13). No
diálogo com a mulher samaritana (Jo 4.21-24) Jesus relembra o verdadeiro
significado de um tempo separado de adoração ao Senhor, que não se restringe a
lugares ou tempo, mas a hora é sempre agora.
2.
O sábado pascal seguido à festa dos pães ázimos.
“Estas são as solenidades
do SENHOR, as santas convocações, que convocareis ao seu tempo determinado: 5
No mês primeiro, aos catorze do mês, pela tarde, é a páscoa do SENHOR” (Lv 23.4-5).
Este sábado era o primeiro
da série e consistia do cerimonial descrito em Êxodo 12, que era uma ordenança
permanente para Israel, enquanto se mantivesse sob o regime da lei. A Páscoa
era celebrada no dia 14 do mês Nisã, no primeiro dia da lua nova.
2.1. A festa do sábado pascal durava sete dias. “E aos quinze dias
deste mês é a festa dos pães ázimos do SENHOR; sete dias comereis pães ázimos” (Lv
23.6).
Os hebreus cultuavam o
Senhor e ofereciam ofertas queimadas, e ao sétimo dia haveria a santa
convocação para todos os israelitas.
Deus disse que no primeiro dia e no sétimo dia da Festa dos
Pães Ázimos os será santa convocação, e
disse para nós não trabalharmos nestes dois dias. Portanto, não devemos
trabalhar nestes dias, e devemos ir à sinagoga nestes dias.
Ao cumprir o ritual
estabelecido por Deus, na lei dos sábados, apenas o dia de repouso e não
cumprir a lei sabatina, que diz serem sete dias, falha no comprimento da lei do
Senhor.
Mas, nada temos a ver com
o sábado-pascal, atualmente celebrados também pelos católicos romanos, quando
comem apenas cereais, ao invés de celebrarem com carne de cordeiro assado, como
determina a lei, evidenciando, com isso, a falsidade do sistema adotado; mas
alguns fariseus dos dias atuais fazem pior; esquecem voluntariamente a
determinação da lei sobre o sábado-pascal, limitando-se falsamente ao sábado
semanal.
2.2. As duas primeiras festas (=Páscoa junto com os Pães ázimos)
duravam 7 dias e a última (=dos Tabernáculos), também durava 7 dias.
“E aos quinze dias deste
mês é festa dos pães asmos do Senhor: sete dias comemorareis pães asmos. No sétimo
dia tereis santa convocação; nenhuma obra servil fareis. Mas sete dias
oferecereis oferta queimada ao Senhor; ao sétimo dia, haverá santa convocação” (Lv 23.6-8).
Esta festa guardava-se
separada da Páscoa, apesar de estas festas terem intima conexão uma com a
outra. A festa dos pães asmos era comemorada no dia 15 do mês Nisã, e
continuava durante sete dias. Juntas formavam uma festividade dupla. Nos dias
de Jesus, as festas da páscoa e dos pães Asmos já eram comemoradas como uma só
(Mc 14.1, 12; Lc 22.1).
3. O
sábado do pentecostes.
7 semanas após a festa da
Páscoa, havia a festa de Pentecostes (= ou festa das semanas), e mais um
descanso. A palavra “Pentecostes” significa “QUINQUAGÉSIMO”, ou 50.º.
Pentecoste, que é a
palavra grega usada no N.T., e que significa justamente “cinquenta dias”, ou
seja, sete semanas após a festa da páscoa e das primícias, era o dia do
oferecimento dos molhos das primícias dos frutos da colheita israelita. Este
sábado festivo era aquele que caía, pelo calendário judaico, sete semanas
depois da comemoração do sábado-pascal (Levítico 23.15-25).
4.
O sábado das primícias.
“Fala aos filhos de Israel
e dize-lhes: Quando entrares na terra, que vos dou, e segares a sua messe,
então, trareis um molho das primícias da vossa messe ao sacerdote; Este moverá
o molho perante o Senhor, para que sejais aceitos. No dia imediato ao sábado, o
sacerdote o moverá. No dia em que moverdes o molho oferecereis um cordeiro sem
defeito, de um ano, em holocausto ao Senhor” (Lv 23.10-12).
Os israelitas sempre que
faziam à colheita traziam um molho para ofertar ao Senhor, no dia de sábado, e
no dia seguinte ou imediato como diz o verso doze, traziam um cordeiro sem
defeito para oferecer ao Senhor Deus. Que acontece a quem cumpre parte das
cerimônias guardando apenas o sábado? O apóstolo São Tiago 2.10 diz em sua
carta: “Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto,
tornou-se culpado de todos”.
5. O
Sábado da expiação - a festa dos tabernáculos.
“Mas, aos dez deste mês
sétimo, será o dia da expiação; tereis santa convocação e afligireis a vossa
alma; trareis oferta queimada ao Senhor. Toda alma que, nesse dia, se não
afligir será eliminada do seu povo. Sábado de descanso solene vos será; então,
afligireis a vossa alma; aos nove do mês, de uma tarde a outra, celebrareis o
vosso sábado” (Lv 23.27-32).
Esta festa era celebrada no décimo dia do sétimo mês: o mês ETHANIM ou TISRI. Chamava-se “Yom Kippur”, dia da Expiação. É a festividade
mais sagrada e mais importante no Judaísmo. É uma figura da futura expiação e
restauração da nação de Israel e de todas as coisas antes da implantação do
Império messiânico, na vinda do Senhor.
“Mas, aos dez deste mês sétimo, será o dia da expiação; tereis santa
convocação...” Aqui há um resumo da descrição do Dia da Expiação, que agora
completava a lista de festas de “descanso solene” (v. 3, cf 16.1-10). A festa
da Expiação e a festa dos Tabernáculos também eram comemoradas juntas.
Tanto o israelita com o
estrangeiro residente, deveriam jejuar e se abster de qualquer forma de
trabalho neste “sábado mais solene”, ou dia de descanso.
Muito do simbolismo do Dia
da Expiação é aplicado a Cristo pela epístola aos Hebreus. Muitas das funções
do sacerdócio de Jesus são descritas nos termos do ritual do Antigo Testamento.
6.
Tabernáculos.
“Fala aos filhos de
Israel, dizendo: Aos quinze dias deste mês sétimo, será a Festa dos
Tabernáculos ao Senhor, por sete dias. Sete dias oferecereis ofertas queimadas
ao Senhor; ao dia oitavo, tereis santa convocação e oferecereis ofertas queimadas
ao Senhor; é reunião solene, nenhuma obra servil fareis. Fala aos filhos de
Israel, dizendo: Aos quinze dias deste mês sétimo, será a Festa dos
Tabernáculos ao SENHOR, por sete dias. Ao primeiro dia, haverá santa
convocação; nenhuma obra servil fareis. Sete dias oferecereis ofertas queimadas
ao SENHOR; ao dia oitavo, tereis santa convocação e oferecereis” (Lv 23.34,
36).
Nos tempos do
AT, DEUS ordenou que, cada sétimo ano, na festa dos Tabernáculos, todos os
israelitas se reunissem para a leitura pública da lei de Moisés (Dt 31.9-13). O
exemplo mais patente desse elemento do culto no AT, surgiu no tempo de Esdras e
Neemias (8.1-12). A leitura das Escrituras passou a ser uma parte regular do
culto da sinagoga no sábado (ver Lc 4.16-19; At 13.15). Semelhantemente, quando
os crentes do NT reuniam-se para o culto, também ouviam a leitura da Palavra de
DEUS (1ª Tm 4.13; cf. Cl 4.16; 1ª Ts 5.27) juntamente com ensinamento, pregação
e exortação baseados nela (1ª Tm 4.13; 2ª Tm 4.2; cf. At 19.8-10; 20.7).
Comemorava a jornada dos israelitas pelo deserto depois da saída do
Egito. Exigia-se que os israelitas viessem por sete dias em cabanas a festa
das colheitas, uma vez que vinham no final da sega.
Na Festa dos Tabernáculos
os judeus se reuniam no sétimo mês para participar desta festa, pois eram sete
dias de oferendas ao Senhor, sem fazer trabalho algum. A Festa dos Tabernáculos
era um estatuto perpétuo, conforme v. 41, que diz: “Celebrareis esta festa ao
Senhor, por sete dias cada ano; é estatuto perpétuo pelas vossas gerações; no
mês sétimo, a celebrareis”.
Portanto, não devemos
trabalhar no décimo quinto dia do sétimo mês, nem no vigésimo segundo dia do
sétimo mês, e devemos habitar em tendas durante estes sete dias, desde o décimo
quinto dia do sétimo mês, até o vigésimo primeiro dia do sétimo mês.
Para cumprir o mandamento
de habitar em tendas por sete dias, devemos construir uma tenda no quintal da
nossa casa. Quem habita em apartamento, deve construir a tenda (sucá)
dentro do apartamento. E devemos, pelo menos uma vez em cada um dos sete dias
da festa, nos assentarmos dentro da tenda (sucá) e comer alguma coisa dentro da
mesma.
O que chama atenção, é que
o Senhor Deus outorgou para os hebreus, um estatuto perpétuo; e os observadores
do sábado devem também seguir este mandamento, que também é perpétuo!
Observe o que diz o
versículo 38: “Além dos sábados do Senhor” O Senhor Deus está falando no plural
além “dos sábados”; isto mostra que havia mais de um sábado. Mas, guardar só o
sábado do descanso e esquecer-se dos outros, estamos pecando perante o Senhor?
Note que no verso 29 o Senhor diz; “... que a alma que não afligir, ou seja,
que não fizer conforme seu mandamento será eliminado. E no versículo 30 diz: “a
esse destruirei do meio do Meu povo”.
Se alguém guarda apenas o
sábado de descanso, pois também deve guardar todo o cerimonial sabático ou
estará pecando contra a “lei judaica”. E se este pecar diz o Senhor: “a esse
destruirei”.
7.
O sábado anual.
“Seis anos semearás o teu
campo, e seis anos podarás a tua vinha, e colherás os teus seus frutos. Porém,
no sétimo ano, haverá sábado de descanso solene para a terra, um sábado ao
Senhor; não semearás o teu campo, nem podarás a tua vinha” (Lv 25.1-7).
A cada 7 anos, havia o ano
sabático, quando a terra ficava de descanso. Nenhuma semeadura, nem colheita ou
poda de vinhedos. Deus prometia dar bastante no 6.º ano, que sobrava para o
7.º, e todos descansavam durante um ano.
Este sábado tinha, além do
descanso físico e das funções religiosas, também a prática do descanso dado a terra.
Todo o agricultor que é cumpridor do sábado deve cumprir também esta lei, se
não fizer assim estará infringindo a lei do Senhor, ou seja, segundo seus
ensinamentos, estará pecando contra o Senhor.
8.
Por fim havia o ano sabático do jubile.
“Também contarás sete semanas de anos,
sete vezes sete anos; de maneira que os dias das sete semanas de anos te serão
quarenta e nove anos. 9 Então no mês sétimo, aos dez do mês, farás passar a
trombeta do jubileu; no dia da expiação fareis passar a trombeta por toda a
vossa terra, 10 E santificareis o ano quinquagésimo, e apregoareis liberdade na
terra a todos os seus moradores; ano de jubileu vos será, e tornareis, cada um
à sua possessão, e cada um à sua família. 11 O ano quinquagésimo vos será
jubileu; não semeareis nem colhereis o que nele nascer de si mesmo, nem nele
vindimareis as uvas das separações, 12 Porque jubileu é, santo será para vós; a
novidade do campo comereis. 13 Neste ano do jubileu tornareis cada um à sua
possessão” (Lv 25.8-13).
O ano de jubileu, vinha depois de cada sétimo ano sabático, portanto no
quinquagésimo ano. A cada 49 anos (7 x 7), havia o ano do Jubileu, após
o 7.º ano sabático. Isto significava dois anos seguidos de descanso.
Pois, também fazia parte
das festas solenes dos judeus. Com este ano, culminava o sistema sabático
legal, pois nele, além das comemorações litúrgicas segundo a lei, também havia
outras coisas notáveis.
Nesse ano, todos os escravos tinham sua liberdade
restaurada, e todos os proprietários recebiam seus haveres em restituição, além
de haver um cancelamento geral de todas as dívidas. Esta era uma excelente
maneira de evitar os extremos de riqueza demasiada e de pobreza aviltante. O
preço da terra vendida ou arrendada era baseada no número de anos durante os
quais poderia ser usada até ao ano do jubileu, que começava no dia da expiação.
Em Ezequiel, este ano foi chamado “ano da liberdade”, Ez 46.17; parece que
Isaías se refere ao jubileu quando profetiza sobre “o ano aceitável do Senhor”,
Is 61.2. Se este for o caso, então aprendemos de Lc 4.18-19 que tudo aquilo que
for implícito no ano do jubileu achou seu cumprimento em Cristo, na Sua obra de
desatar as cadeias do pecado humano para oferecer aos homens a gloriosa
liberdade dos filhos de Deus. Um dos propósitos do jubileu era resolver o
problema da pobreza herdada, invadindo geração após geração. Cada família pobre
recebia um novo começo depois de cinquenta anos, com a restauração da liberdade
e da herança. Desde que os israelitas eram servos de Deus, libertos da
escravidão no Egito, nunca deviam se tornar escravos, nem mesmo quando à
necessidade os forçava a trabalhar no serviço alheio, 39, 43, 55.
A palavra jubileu no heb. yõbhel, “carneiro” e depois, o “chifre
de carneiro” que se usava para formar uma buzina especialmente empregada para
proclamar este ano do jubileu. A raiz da palavra pode ser yãbhal,
“guiar”, “carregar”, aplicada tanto à nota longa e carregada que se tocava na
ocasião, como à ideia de reconduzir e restaurar as coisas empenhadas e as
pessoas escravizadas.
VIII. O número
do sábado envolvia, como sistema, toda a vida religiosa e social do povo judeu.
1
Na consagração sacerdotal, o sangue era aspergido sete
vezes (Lv 8.10-11).
2
O sacerdote consagrado era obrigado a permanecer sete
dias completos no santuário (Lv 8.33-35).
3
A mulher que dava à luz a um filho ficava sete dias
separada (Lv 12).
4
O judeu suspeito de lepra era encerrado pelo sacerdote
sete dias (Lv 13.4, 21, 31, 33, 34).
5
Para a purificação da lepra era necessário a aspersão
de água lustral sete vezes, e, depois, o ex-leproso ainda ficava sete dias fora
da própria tenda (Lv 14.5-9).
6
A purificação do sumo sacerdote implicava na aspersão
do sangue sete vezes diante do propiciatório (Lv 16.1-14), etc.
7
Nas duas primeiras festas eram sacrificados 14
cordeiros (7+7) diariamente; no Pentecostes 7 cordeiros eram sacrificados; na
7.ª festa (= dos Tabernáculos), eram sacrificados 98 cordeiros (7+7x7), 70 novilhos
(10 x 7), 14 carneiros (7+7) e 7 bodes. Observe que tudo segue o padrão 7.
De todas as festas, a dos
Tabernáculos mais se destacava, pelo fato de ser a festa do descanso sabático.
Observem bem: Essa festa era a 7.ª, durava 7 dias e acontecia no 7.º mês. Nos
próximos capítulos estudaremos detalhadamente a profecia oculta nessas 7 festas.
Esses exemplos são mais
que suficientes para evidenciar serem os sabatistas os maiores transgressores
da Lei, em todos os tempos, desde que existem, pois se dizem guardadores do
Decálogo e, especialmente, o 4º mandamento, ou seja, do sétimo dia da semana,
mas desprezam todo o sistema sabático legal que foi dado como sinal eterno
entre Deus e Israel, sendo, portanto, obrigatório a todo aquele que se submete
à guarda da lei, inclusive, assim, aos sabatistas. Dizendo-se guardadores da
lei e do sábado, por considerá-lo o sinal entre Deus e Israel, e desprezando
nada menos de noventa e nove por cento do sistema sabático a que Israel, por
dever, se submete ainda hoje, os sabatistas se tornaram perturbadores do
Evangelho de Cristo e da graça já caíram (Gl 1.6).
O CALENDÁRIO
JUDAICO E A LUA NOVA
O calendário judaico é mais antigo que o gregoriano; existe há mais de 3.300
anos, quando Deus mostrou a Moisés a Lua Nova, no mês de Nissan, duas semanas
antes da libertação dos filhos de Israel do Egito, no ano 2448 após a Criação
do mundo. A partir dessa época, o povo judeu recebeu um calendário especial,
diferente dos outros já existentes.
O sistema de calendário Judaico e o ciclo das
festas anuais estava ligado ao tempo da colheita no ano Judaico. A Páscoa, no
14º dia do primeiro mês e a “sacrifício de oferta movida”, dois dias depois,
sempre caía no período da colheita da cevada madura, Pentecostes, cinquenta
dias depois do tempo da colheita do trigo, e o Dia da Expiação e a Festa dos
Tabernáculos no 7º mês depois das colheitas remanescentes (primariamente uvas e
azeitonas) tivessem sido feitas. Este era o modelo geral no tempo do Velho
Testamento como também no tempo de Jesus.
Os Judeus crentes no Messias, dizem: “nós não temos tido problemas em
aceitar os dias de festas bíblicas, porque o significado de cada uma delas ao
Judaísmo Messiânico é inquestionável. Cada uma das festas é uma sombra de
coisas passadas ou coisas que estão por vir, e todas elas apontam para o
Messias Yeshua.
Portanto, o calendário
judaico, que é o calendário bíblico, é um calendário misto, lunar e solar, em
que os meses são marcados pelos movimentos da lua, e os anos são marcados pelos
movimentos do sol.
O ciclo da lua é de 29
dias, 12 horas, 44 minutos e 3 segundos, ou seja, aproximadamente 29 dias e
meio. Por isso, no calendário judaico os meses têm 30 dias e 29 dias,
alternadamente.
Portanto, 12 meses, sendo
6 de 30 dias e 6 de 29 dias, dão um total de 354 dias. Como o ciclo do sol é de
365 dias e seis horas, aproximadamente, então existe uma diferença de cerca de
11 dias entre o ano lunar e o ano solar.
Para compatibilizar os
meses lunares com o ano solar, esta diferença de cerca de 11 dias é compensada acrescentando-se
em determinados anos um 13o mês de 30 dias. Este 13o
mês é intercalado antes do mês de Adar,
e é chamado Adar Rishon, que
significa Adar Primeiro, e quando isto acontece, o mês de Adar passa a ser chamado Adar Sheni, que significa Adar Segundo.
Desta forma, temos no
calendário judaico anos de 12 e de 13 meses. O ano de 12 meses é chamado ano
“comum”, e o ano de 13 meses é chamado ano “embolismal”
(do grego: intercalado).
Assim, temos 6 tipos
diferentes de anos:
1) Ano “comum regular”,
com 354 dias.
2) Ano “comum bissexto”,
com 355 dias.
3) Ano “comum deficiente”,
com 353 dias.
4) Ano “embolismal
regular”, com 384 dias.
5) Ano “embolismal
bissexto”, com 385 dias.
6) Ano “embolismal
deficiente”, com 383 dias.
É preciso um período de 19 anos para “ajustar” o Ano Lunar e o Ano
Solar, para que ambos comecem exatamente ao mesmo tempo, sem defasagem.
Portanto, o calendário judaico está dividido em períodos (ou ciclos) de
dezenove anos. Em cada período, ou ciclo, há sete anos embolísmicos: o 3º, 6º, 8º, 11º, 14º, 17º e 19º.
No calendário judaico, cada “ciclo” de 19 anos contém 12 anos comuns e 7
anos embolismais. O terceiro, sexto,
oitavo, décimo primeiro, décimo quarto, décimo sétimo e décimo nono de cada
ciclo são anos embolismais.
1. Os dias da Semana.
Sete são os dias da semana e assim são nomeados:
Iom rishon (Domingo).
Iom Sheni (segunda).
Iom Shlishi (terça).
Iom Revii (quarta).
Iom Chamishi (Quinta).
Iom Shishi (Sexta).
Shabat (sábado).
2.
Lua nova ou
início do mês.
“Eis que estou para edificar uma casa ao nome do Senhor meu
Deus, para lhe consagrar, para queimar perante ele incenso aromático, e para a
apresentação contínua do pão da proposição, para os holocaustos da manhã e da
tarde, nos sábados e nas luas novas, e nas festividades do Senhor nosso Deus; o
que é obrigação perpétua de Israel” (2º Cr 2.4).
[...] A Festival da Lua Nova é de alguma maneira menos significativa do
que Pesach (Páscoa), Rosh Hashanah (Ano Novo) Yom Teruah (Festa das Trombetas)
e outras mais?
Na verdade, “Rosh Codesh”
e “Lua Nova” estão relacionados. Literalmente, Rosh Codesh
significa “cabeça do mês”, já que a palavra “Rosh” tem a conotação de
“primeiro”, ou “cabeça”. O Rosh
Codesh (que aparece no texto bíblico) ou “cabeça do mês”
(literalmente) será, então, nem mais nem menos que o início do mês, o primeiro
dia de cada mês [Mont Sinai,
http://montesinai0.tripod.com/FestivalLuaNova.htm].
Semelhantemente, no dia da vossa alegria e nas vossas solenidades, e nos
princípios de vossos meses, também tocareis as trombetas sobre os vossos
holocaustos, sobre os vossos sacrifícios pacíficos, e vos serão por memorial
perante vosso Deus: Eu sou o Senhor vosso Deus” (Nm 10.10).
Nos tempos do Antigo
Testamento, a festa da lua nova se celebrava no primeiro dia de cada mês lunar
com as seguintes práticas e cerimônias:
1. Cessação de negócios (Amós 8.5).
2. Soar de trombetas (Nm
10.10).
3. Sacrifícios especiais1 de
animais, vegetais e libações (Nm 28.11-15).
4. Comidas festivas (1º Sm
20.18-24).
5. Visita ao profeta (2º Rs
4.23).
6. Adoração no templo (Ez
46.3).
7. Antecipação da futura
redenção (Is 66.23).
Assim a Festa da Lua Nova, “… nos princípios dos vossos meses…”,
eram tocadas as trombetas de prata e o shofar (Sl 81.3). Os levitas
faziam as suas ofertas rituais (1º Cr 23.31), e os negócios eram
temporariamente interrompidos (Am 8.5). Assim, a festa da lua nova era
um dia de alegria, um dia de gratidão, um dia para adorar a DEUS, um símbolo da
redenção de Israel, um símbolo da consolação futura, um símbolo da imortalidade
no reino futuro, uma antecipação da adoração a DEUS no novo reino e a bênção da
lua nova era recitada ao ar livre.
O Rosh Chodesh é determinado,
baseado na primeira aparição da lua no céu. Durante a era do Templo, duas
testemunhas oculares testificariam diante do Sinédrio que eles tinham visto a
nova crescente prateada, eles então, declarariam o início do novo mês. Hoje é
tudo feito através de cálculos matemáticos.
Segundo o Dicionário da Bíblia de Almeida, editado pela Sociedade
Bíblica do Brasil, a Lua Nova era a “festa dos israelitas, comemorada todos os
meses no primeiro dia da lua nova (Nm 28.11-15). Este dia marcava o início de
cada mês e tinha relação direta com o antigo calendário hebreu que, à
semelhança da maioria das nações, estava baseado nas repetidas rotações da Lua
ao redor da Terra e demarcado pelas sucessivas luas novas.
A determinação de Deus que a lua nova seria o primeiro dia da semana.
Então o sábado teria que ser observado em dias diferentes durante o mês e não
no sétimo dia. O sábado poderia ser qualquer dia da semana, baseando no
calendário lunar.
A origem do período de 7 dias está intimamente ligada com sua
proximidade em duração com as fases da Lua, que acabaram gerando os primeiros
calendários anuais, hoje conhecidos como calendários lunares, e que também
acabaram gerando em nível global os calendários semanais.
3.
O que é sabatismo lunar.
Há um grupo World’s Last Chanche (WLC) dizendo que o calendário lunar
foi estabelecido por Deus e o calendário gregoriano, pela igreja caótica com o
objetivo de mudar os tempos e as leis. De acordo com essa pessoa, a Igreja
Adventista teve medo de divulgar esta “verdade” depois do grande desapontamento
em 1844.
Se o tempo do Shabat fosse determinado pela Lua, então
o Shabat teria que ser observado em
dias diferentes durante o mês e não no sétimo dia de cada semana. O Shabat poderia ser qualquer dia da
semana, baseando-se no horário da lua nova. Atentem para estas seguintes
observações:
O Calendário Hebraico: O
calendário hebraico é lunisolar, o que significa que o tempo era medido pela
lua nova (a rotação da Lua ao redor da Terra) e também do Sol (a rotação da
Terra ao redor do Sol). Um calendário lunar, de doze meses, é cerca de onze
dias mais curto que o calendário solar, que é de aproximadamente 365 dias. No
mundo antigo, isso era resolvido com o acréscimo de um mês extra, sete vezes em
dezenove anos. Na Bíblia, o calendário lunar foi utilizado para fixar o prazo
para as festas. Por exemplo, 14º dias após a lua nova era a Páscoa (conf.
Números 28.16). Por isso, algumas pessoas argumentam que o Shabat deve ser observado sete dias após o primeiro dia do mês.
Os sabatistas lunares estão divididos quanto ao que fazer nos dias 30 de
um mês e 1º do mês seguinte, que são os dias da “festa da lua nova”. Alguns
descansam nesses dias, considerando-os uma extensão do sábado do dia 29; outros
se abstêm apenas de atividades comerciais e emprego remunerado, mas podem
realizar outras tarefas comuns. Então, na última semana do mês, no primeiro
caso, trabalham seis dias e descansam três (em vez de um); no segundo caso,
trabalham sete ou oito dias (em vez de seis), antes de descansar um dia. Com
qualquer dos dois métodos, o mandamento do Eterno de que se trabalhasse seis
dias e se descansasse no sétimo é sumariamente violado.
Observância do Shabat na religião judaica implica
abster-se de atividades de trabalho, muitas vezes com grande rigor, e se
engajar em atividades repousantes para honrar o dia. Posição tradicional do
judaísmo é que ininterrupta do sétimo dia de Shabat originado entre o povo judeu, como sua primeira e mais
sagrada instituição.
O shabat atualmente é observado tanto por mandamentos positivos, como
as três refeições festivas (jantar de sexta-feira, almoço de sábado e refeição
de final de tarde no sábado), e restrições. As atividades proibidas no Shabat,
derivam de trinta e nove ações básicas (melachot, livremente
traduzido como “trabalhos”) que são descritas pelo Talmud a partir de fontes
bíblicas.
Mas em outras religiões,
como por exemplo, os adventistas do sétimo dia se baseiam no livro chamado
Bíblia e ensinam a guardar o sábado de forma diferente dos judeus no aspecto de
seguir leis rigorosas extra bíblicas. “A Igreja Adventista do Sétimo Dia
reconhece o sábado como sinal distintivo de lealdade a Deus (Êx 20.8-11;
31.13-17; Ez 20.12, 20), cuja observância é pertinente a todos os seres humanos
em todas as épocas e lugares (Is 56.1-7; Mc 2.27). Quando Deus “descansou” no
sétimo dia da semana da criação, Ele também “santificou” e “abençoou” esse dia
(Gn 2.2, 3), separando-o para uso sagrado e transformando-o em um canal de bênçãos
e salvação para a humanidade.
4.
A visão
sabática lunar na prática.
Adonai criou o Shabat no
7º dia e a lua no 4º dia, segundo os sabatistas lunares a lua nova marca o 1º
dia do mês e que contado 7 dias se chegará a um sábado, vejamos o exemplo: 1º
dia lua nova + 7 dias é igual ao 8º dia que para eles é um sábado.
5.
Muitos mandamentos que eram feitos
para o Sábado, também eram feitos na lua nova.
“Assim diz o Senhor
DEUS: A porta do átrio interior que dá para o oriente, estará fechada durante
os seis dias que são de trabalho; mas no dia de sábado ela se abrirá; também no
dia da lua nova se abrirá” (Ez 46.1).
Deus mostra
relevância com a Lua Nova quando a menciona junto com o Sábado: “As
vossas luas novas, e as vossas solenidades, a minha alma as odeia; já me são
pesadas; já estou cansado de as sofrer” (Is 1.14).
E agora, o próprio
apóstolo Paulo cita a Lua Nova, mostrando que era o costume dos cristãos de sua
época.
“Portanto, ninguém vos
julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua
nova, ou dos sábados” (Cl 2.16).
A DIFERENÇA DO SÁBADO DOS ADVENTISTAS PARA O SHABAT DA
LEI
Há grande
diferença entre o sábado dos adventistas e ao shabat do Decálogo e, o
sábado gregoriano não é o mesmo shabat
do Decálogo. O diferencial do sábado que existe na Torá, e em outros
calendários distintos do calendário hebraico, está nas suas formas e maneiras
de ser praticados. Ou seja, o shabat, praticado pelos judeus, é
obedecido conforme a Lei ensina, desde quando Moisés recebeu de Deus e a
transcreveu fielmente, do livro de Êxodo até ao livro de Deuteronômio. Já no
livro de Genesis, não se fala sobre a Lei, e sim, sobre a criação do mundo, do
homem, e outros eventos e acontecimentos que ficaram registrados. Porém, o sábado
dos adventistas, chamado de sabbatum litúrgico, tem em sua prática uma
particularidade que o torna distinto do shabat dos judeus. Os
adventistas, incluindo os outros sabadistas de outras religiões, usam um sábado
distinto e bem diferente, que procede do sabbatum litúrgico, e que
atualmente é o sábado do calendário gregoriano radicalmente adverso do shabat
do Decálogo quem ter por base o sábado lunar.
Precisamos
entender que o sábado gregoriano, o qual procede do sabbatum litúrgico,
nunca fez e não faz parte da Lei do Antigo Testamento, pois historicamente
sabemos que um dia litúrgico foi clonado pela igreja Católica, na época do papa
são Silvestre I. No entanto, o shabat não tem esse histórico; o que o
torna ainda mais diferente do sábado gregoriano. E, além disso, é um dia
cerimonial e faz parte da primeira festa e está introduzido no Decálogo (Lv.
23.2-4). Portanto, o sábado litúrgico dos adventistas, que na verdade não faz
parte do Decálogo e não tem nenhuma das cerimônias da Lei. E pelo fato de não
ter nenhuma solenidade é intitulado, pelos adventistas e pelos outros sabatistas,
de sábado “moral”.
Foi a igreja Católica
que criou os dias de feiras, e também o domingo, chamado de Dies Dominica,
e o sabbatum. E ambos foram incorporados aos dias de feiras litúrgicas
que, antes no calendário eclesiástico de liturgias Católicas, tinha esta ordem:
1. Prima-feira;
2. Segunda-feira; 3. Terça-feira; 4. Quarta-feira; 5. Quinta-feira; 6. Sexta-feira;
7. Sétima-feira. O sabbatum veio, posteriormente, para substituir a
sétima-feira. E o Dies Dominica substituiu a prima-feira. E assim foi
criado o calendário eclesiástico católico, chamado de gregoriano para ser usado
dentro da mesma. Este calendário criado pelos romanos e que foi aprovado por
seus bispos e pelo papa Silvestre I, ficou na seguinte ordem no latim
litúrgico: Dies Dominica, segunda-feriae, tertia-feriae, quarta-feriae,
quinta-feriae, sexta-feriae, sabbatum.
Assim o
calendário gregoriano chegou até nós traduzido do latim para o português na
seguinte ordem: domingo, segunda-feira, terça- feira, quarta-feira,
quinta-feira, sexta-feira, sábado. Essa é a trajetória do sábado gregoriano que
podemos chamar de sábado católico. Porque foram os bispos católicos que
inventaram os dias de liturgias. E criaram até um dia de liturgia com o nome de
sábado, que no original tem o nome de “sabbatum”.
Nessa época a
igreja Católica, estava no seu auge dentro do império romano. Portanto criou um
calendário mais desenvolvido, imitando um pouco o calendário judaico com uma
semana de sete dias. Depois esses dias, com nomes de feiras litúrgicas, foram
incorporados no calendário juliano no Concílio de Nicéia, sob a tutela do
imperador Constantino no ano 325 d.C. [SABBATUM O SÁBADO CLONADO].
Pois, agora já
sabemos que o sábado de origem católica está lá no calendário gregoriano junto
de outros dias de feiras litúrgicas anuais. Essa distinção se verifica quando
comparamos o sábado do Decálogo, com o sábado gregoriano. O sábado do Decálogo
era e é realmente festivo e cerimonial. Essa confirmação de seu cerimonialismo
se encontra no livro de levíticos 23.2-4.
Pois de fato o sábado do Decálogo estava vinculado com todos os outros
mandamentos da Lei, tanto os cerimoniais como os mandamentos morais.
Assim se vê
grande diferença entre o sábado dos adventistas e o shabat. E essa
diferença começa na sua forma de se celebrar. O shabat judaico era e é
um dia cerimonial e festivo para os judeus no sistema legal, com todos os
outros sábados festivos, conforme ensina a Lei. O sábado dos adventistas não é
um dia festivo e nem cerimonial. É apenas um dia de descanso corporal que os
adventistas descansam, socialmente, todos os finais da semana católica de
feiras litúrgicas. Já que o sábado deles é o sabbatum litúrgico. Que na
verdade se identifica com o dia de domingo. Ou seja, parece mais com o dia de
domingo do que com o shabat do Decálogo.
Portanto, o sabbatum
dos adventistas nunca foi o sétimo-dia, o sétimo-dia é somente o shabat, pois, o sábado dos adventistas é a
sétima-feira que tem o nome de sabbatum, no idioma latim. No entanto os
sabatistas estão usufruindo do sábado gregoriano, e não o shaba judaico.
Vejamos que o
povo de Israel não podia fazer nenhuma separação entre o shabat e os
demais mandamentos da Torá, com o objetivo de guardar somente o shabat. Era
algo que não aconteciam entre os israelitas. De acordo com a exigência da Lei o
shabat, do calendário hebraico, deveria ser guardado a qualquer custo! E
teria que ser guardado juntamente com todos os outros mandamentos da Lei; sejam
esses mandamentos morais ou cerimoniais. Jamais poderia ser guardado
separadamente.
Conforme já
estudamos nas festas solenes do Senhor no livro de Levíticos 23.2-4, vimos que o
shabat foi dado com exclusividade ao povo de Israel junto com os outros
sábados festivos. Não havia separação do sábado do Decálogo e de outros
sábados. Basta o leitor pesquisar no capítulo inteiro, e verá que o shabat está
junto das outras festas do sistema sabáticos. Por força da Lei, os israelitas
tinham obrigação de guardar todos os shabats.
Os sabadistas
ensinam o contrário à Lei de Deus. Ensinam que basta descansar o dia de sábado
que já se cumpre o quarto mandamento do Decálogo. Mas, as cerimônias e
solenidades do sétimo dia escritas no livro de Levítico como que fica? E qual
sábado eles mandam guardar? O sabbatum, dia de saturno, a sétima feira
do calendário gregoriano? Ou o shabat do sétimo dia do calendário
hebraico? E tem como base a lua nova o primeiro dia do mês? Na verdade, os
adventistas divulgam e pregam o sábado do calendário gregoriano ao mesmo tempo
em que dizem observa o sábado do Decálogo.
O leitor
precisa entender que o sabbatum era a antiga sétima-feira, na época em
que fora introduzido no calendário católico gregoriano. Portanto, o shabat não
é a sétima-feira, o shabat é o sétimo dia do calendário hebraico. O sabbatum
litúrgico, sendo a antiga sétima-feira do calendário eclesiástico fica
caracterizado como um sábado falso. Portanto não é o legítimo shabat que
Deus doou ao povo de Israel na Lei, quando ainda esta estava em vigência até a
morte de Cristo na cruz. Esse sábado, gregoriano, não é o mesmo, pois é despido
das festas religiosas e de todo o cerimonialismo que constam na Tora, cujas
festas pertencem ao shabat e aos outros sábados festivos.
O shabat que
o Senhor verdadeiramente ordenou como mandamento, ao povo de Israel, não consta
em nenhuma parte do Novo Testamento, como mandamento para ser guardado do mesmo
modo que era guardado no Velho Testamento. Todavia alguém pode perguntar: mas e
os sábados falados nos evangelhos e em atos? Mas lá só se fala sobre o sábado
quando Jesus curava e ainda mandava as pessoas curadas carregarem seus
pertences que eram pesados. E além do mais, o sábado falado ou discutido por
diversas vezes, no Novo Testamento, mas nunca ordenado por Jesus e Seus
apóstolo. Não temos nenhum versículo no Novo Testamento dizendo: “lembra-te
do sábado para repousar”. Com
certeza não verá nem sequer um versículo similar dizendo para guardar o shabat
ou o mestre Jesus dando mandamento para guardar o shabat e nem um sábado
(sabbatum) sem celebrações cerimoniais e sem festas rituais. No Novo
Testamento não há uma citação sequer sobre um sábado do mesmo modo, como era
praticado pelo povo de Israel no Antigo Testamento.
Os sabadistas
costumam dar significado ao sábado, dizendo que o sétimo dia significa sábado.
Pois bem, não há esse significado para o sábado nos dicionários. “O sábado
não significa sétimo dia e nem sétimo dia significa sábado”.
1. Sábado cerimonial ou moral? Os
atuais sabadistas guardam um sábado clonado e que o transformam num descanso
social e secular. É óbvio que, por se tratar do sábado gregoriano, acaba
ficando bem distante e bem diferente do shabat
judaico, o sábado do Decálogo. Embora eles não observem o shabat, mas se considerássemos a hipótese de eles “guardarem” o shabat, onde o próprio Deus acrescenta
um adjetivo ao sábado: “sábado solene”. E solene é cerimônia. Isso significa
que o sábado não é um mandamento moral. Enquanto Deus deixa claro que é
cerimonial ao chamar o shabat, o
sábado do Decálogo, de sábado solene (Lv.23.2-4). A palavra diz que é
cerimonial o sábado do sétimo dia. Os adventistas dizem que é “moral”. Os
sabadista ainda dizem que guardam um tipo de sábado sem legalismo. Talvez seja
mesmo o sábado gregoriano, porque o sábado gregoriano não pertence ao compêndio
da Lei e não faz parte do Novo Testamento, é verdadeiramente um tipo de sábado
que realmente não tem legalismo.
As Escrituras
Sagradas, no Novo Testamento, nos ensinam que para seguir a Jesus, através da
fé e ser vocacionado como seguidor de Cristo, torna-se dispensável guardar
qualquer mandamento da Lei, inclusive o shabat
da Lei. Se o amigo leitor procurar em todo o Novo Testamento, vai constatar
que não existem mandamentos para guardar o sábado do calendário hebraico. E
muito menos o sábado, chamado no latim católico de sabbatum litúrgico, do calendário do Papa Gregório. Calendário esse
muito apreciado e que contém o sábado muito usado como dia de descanso pelos
adventistas e pelos outros sabadistas aos finais de semana. E ainda dizem que é
“mandamento” de Deus. Mas que mandamento de Deus é esse? Um sábado catolizado,
e por ser vinculado ao calendário gregoriano, é também um sábado gregoriano. É
esse o mandamento de Deus quer?
Os defensores
do decálogo cometem um grande erro ao pensarem que a lei moral só se refere aos dez mandamentos.
O decálogo não é o veículo exclusivo da vontade de Deus. Na Bíblia encontramos preceitos “morais” que não fazem parte do
decálogo, retirados do que eles chamam de LEI DE MOISÉS, a qual atribuem
valor inferior à que eles chamam de lei moral de Deus.
1.1. A lei, como lei dos mandamentos e como
lei das ordenanças.
O apóstolo
Paulo chamou os mandamentos da lei de ordenanças. “Mandamentos” e “ordenanças”
São vocábulos que tem o mesmo significado.
Vejamos o que
este apóstolo disse na carta aos efésios:
“Na sua carne desfez a inimizade, isto é a
lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos
dois um novo homem, fazendo a paz” (Ef 2.15).
Neste texto
temos a oportunidade de observar que os mandamentos da lei são chamados de
ordenanças pelo próprio apóstolo Paulo. A própria palavra ordenança indica
ordem, e ordem é mandamento. O dicionário Aurélio diz que ordenança e mandamento
têm o mesmo significado. A palavra ordenança tanto pode ser aplicada a
conjuntos de mandamentos morais, assim como mandamento pode ser aplicado a
conceitos cerimoniais, como acontecem em várias partes dos livros do
Pentateuco. Onde há vários preceitos de categoria cerimonial que têm o nome de
mandamentos. No entanto, para os sabatistas, os mandamentos são aplicados aos
conceitos morais. Isto quem fala são eles e não a Bíblia. E as ordenanças são
aplicadas aos conceitos cerimoniais. Na verdade este tipo de interpretação é
para defender a teologia das duas leis inventadas por eles; a “moral e a
cerimonial”. O que realmente é na verdade fruto da imaginação deles (os
atuais sabatistas), pois não condiz com a verdade esse tipo de teoria. Quero
ressaltar que o nosso Senhor Jesus Cristo não nos ensinou assim e nem os
apóstolos nos evangelhos e tampouco em suas cartas.
1.2. O vínculo dos sacrifícios com o shabat.
Notemos o que
diz a palavra de Deus no Velho Testamento, onde se vê os sacrifícios e
holocaustos que estavam relacionados de forma direta no sábado do Decálogo. Ou
seja, o shabat era inseparável dos sacrifícios e holocaustos e de
festas. Aqui nesse texto há vários elementos que compunham o holocausto no
sábado:
“Porem no dia de sábado dois cordeiros de um
ano, sem mancha, e duas décimas de flor de farinha, misturada com azeite, em
oferta de manjares, com sua libação; holocausto é do sábado em cada sábado,
além do holocausto contínuo, e sua libação” (Nm 28.8-9).
Nesta passagem
bíblica, Moisés o grande homem de Deus, declarou que o holocausto oferecido a
Deus no sábado pertencia ao sábado. Ou seja, o sábado do sétimo dia o shabat.
Nesta declaração de Moisés, ao dizer que o “holocausto é do sábado”, torna
uma prova incontestável e digna de crédito de que o shabat era
substancialmente repleto de ritos sacrifical, ao dizer que o holocausto é do
sábado.
Nesta declaração de Moisés, ao dizer que o “holocausto
é do sábado”, torna uma prova incontestável e digna de crédito
de que o shabat era substancialmente repleto de ritos sacrifical, ao
dizer que o holocausto é do sábado. E tamanhas eram as cerimônias que o
rodeavam em todas as suas praticidades, quando se cultuavam ao Senhor Deus, que
o próprio Senhor Deus o chamou o shabat do sétimo dia de a minha cerimônia,
vejamos o que diz o texto em pauta: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: as
solenidades do Senhor, que convocareis, serão santas convocações; estas são as
minhas solenidades: seis dias obras se fará, mas ao sétimo dia será o sábado do
Senhor é em todas as vossas habitações (Lv.23.2,3).
Nada se pode contra esta grande verdade, pois é de
fato a verdade derrubando as farsas dos sabadistas. Eles falam tanto em sábado
moral, coisa que não existe escrito na Bíblia, ou seja, não está escrito na Bíblia
que o sábado é um mandamento moral; o que realmente está escrito na Bíblia
conforme já citei; (Lv 23.2,3). Nesses
dois versículos está dizendo que o sábado chamado de shabat é solene, e
solenidade é cerimônia.
Portanto chegamos ao ponto culminante desse estudo de
provarmos que o sábado do decálogo era e é 100% de atos solenes e ritualísticos
praticados pelo povo de israel. O sábado além de ser 100% cerimonial, 100%
ordenança, era também 100% do ministério da morte, 100% do ministério da
condenação, 100% de jugo pesado da Lei e foram 100% abolido por Cristo ao ser
cravado na cruz. Já provei mostrando textos do livro de levítico e textos do
livro de números que o shabat e os outros shabats eram e são
cerimoniais. Principalmente os textos de (Lv
23.2-4). Onde diz que o sábado do sétimo dia é solene; é lógico se é
solene é cerimonial.
2. Os mandamentos de Cristo.
Perguntaram a Jesus o que se deve fazer para executar as obras de Deus. A
resposta não foi guardar o sábado, nem a lei e nem os Dez Mandamentos, mas
exercer fé em Jesus (Jo 6.28,29). Essa doutrina é ratificada mais adiante (1ª Jo
3.23,24). Jesus falou diversas vezes sobre o novo mandamento, a lei de Cristo,
o amor operado pelo Espírito Santo na vida cristã (Jo 13.34; 14.15, 21; 15.10).
O Senhor Jesus não incluiu o sistema mosaico na Grande Comissão. Ele disse para
“guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado” (Mt 28.20). O mandamento de
Cristo é a fé n’Ele, é a lei do amor (Rm 13.10; Gl 5.14) e não a letra da lei.
Quem ama a Cristo tem a lei do Espírito em seu coração.
Na última semana antes da sua crucificação, os fariseus e
saduceus líderes religiosos em Jerusalém, interrogam Jesus:
Mt 22.35-40: “E um deles, doutor da
lei, interrogou-o para o experimentar, dizendo: 36 Mestre, qual é o grande
mandamento na lei? 37 E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu
coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. 38 Este é o primeiro
e grande mandamento. 39 E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo
como a ti mesmo. 40 Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.”
Jesus respondeu com sua sabedoria divina a todas as
perguntas, frustrando um adversário após outro. Mateus nos diz que, depois de
vários destes encontros, “os fariseus
sabendo que ele fizera calar os saduceus, reuniram-se em conselho. E um deles,
intérprete da Lei, experimentando-o, lhe perguntou: Mestre, qual é o grande
mandamento na Lei?” (Mt 22.34-36). Certamente os fariseus
esperassem que Jesus tropeçasse nesta pergunta. Como eles exaltavam alguns
mandamentos e negligenciavam outros, talvez imaginassem uma oportunidade para
acusá-lo mais uma vez de desrespeitar o sábado ou alguma regrinha deles sobre a
purificação cerimonial.
Algumas observações sobre este texto nos ajudarão a fazer o
uso correto destas palavras do Senhor.
Jesus não citou dois da lista dos “Dez Mandamentos” do
Antigo Testamento. Talvez os fariseus esperassem que ele destacasse o sábado ou
alguma outra lei sobre o comportamento externo do homem, mas Jesus respondeu de
outra maneira. As palavras que ele citou não vêm dos Dez Mandamentos e sim, de
passagens menos conhecidas. A instrução de amar a Deus vem de um dos últimos discursos
de Moisés (Dt 6.5). E o segundo mandamento vem do meio de uma lista de
instruções sobre o tratamento de outras pessoas (Lv 19.18).
É impossível amar a Deus sem amar aos outros. João um dos apóstolos
de Jesus escreveu: “Se alguém disser:
Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu
irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê” (1ª Jo 4.20).
Estes mandamentos não vêm da Lei, a Lei vem destes
mandamentos. Sim, estes mandamentos aparecem nos livros da Lei do Antigo
Testamento, mas Jesus explica a relação entre estes e os outros mandamentos: “Destes dois mandamentos dependem toda a Lei
e os Profetas” (Mt 22.40). A Lei reflete o caráter daquele que o deu: “Deus é amor” (1ª Jo 4.8). Ao invés de
entender estes dois mandamentos como parte de um código moral, devemos entender
que todas as revelações de Deus, sejam mandamentos dados no Antigo Testamento
para os israelitas ou mandamentos dados por Jesus para todas as pessoas,
dependem destes princípios que vêm da própria natureza de Deus.
Jesus não nega a importância de obedecer às outras
instruções do Novo Testamento, mas nos lembra que qualquer exigência divina se
baseia no caráter de Deus. Desta maneira, entendemos que o amor ao Senhor
inclui obediência a todas as instruções que ele nos deu. O mesmo Jesus
esclareceu este fato quando disse: “Se
me amais, guardareis os meus mandamentos” e “Quem não me ama não guarda as minhas palavras” (Jo 14.15,24).
Os atuais
sabadistas dizem que o que vale hoje é só a Lei moral. Mas onde está escrito
que atualmente só vale a Lei moral como parte do Antigo Testamento? Você, que é
adventista ou sabadista de outra religião, conseguiria prove dentro da Bíblia,
que no Novo Testamento só vale ser guardada apenas a Lei moral? Em qual
versículo e livro, do Novo Testamento, está escrito esse ensino?
No entanto
agora que convertemos ao Senhor Jesus Cristo, somos cidadãos dos Céus e cidadãos
da terra, ao obedecermos à Palavra de Deus os mandamentos e doutrinas ensinados
por Cristo e pelos seus apóstolos. Temos as duas cidadanias, a terrena e a
celestial vivemos moralmente e espiritualmente. Todavia estamos pendentes a
pecar sim, contra os mandamentos e doutrinas de nosso Senhor Jesus Cristo,
ensinado por Ele e por seus apóstolos.
Porém quero
ressaltar que quando os sabadistas falam em nove mandamentos, eles na qualidade
de pessoas honesta e cidadãos de bem, obedecem mesmo somente a nove
mandamentos, porque, eles não guardam o shabat,
o sábado do Decálogo o quarto mandamento. Eles apenas descansam seus corpos,
socialmente, no sábado gregoriano aos finais de semana. E o sábado gregoriano
não é e nunca foi o shabat do
Decálogo.
3. Somos salvos pela graça. O Senhor Jesus e o apóstolo Paulo citaram Levítico 18.5
como meio hipotético de salvação pela observância da lei (Mt 19.17; Gl 3.11).
Mas ninguém jamais conseguiu cumprir toda a lei, exceto Jesus. O mais excelente
dos rabis de Israel só conseguiu cumprir 230 pontos dos 613 preceitos da lei. A
lei diz “faça e viva”, no entanto, a graça diz “viva e faça”. Por esta razão os
cristãos estão debaixo da graça, e não da lei (Rm 6.14; Gl 3.23-25). A lei não
tem domínio sobre nós (Rm 7.1-4).
Atualmente,
nós evangélicos, estamos libertos do legalismo e nem observamos o sistema (sabadistas)
de descansarem no sábado do calendário gregoriano. Por que não somos sabatistas
como os judeus? Porque vivemos na dispensação da Graça. Daí, então, não há
necessidade do shabat. Somos salvos pela fé que aceitamos em Cristo
Jesus, porque Ele morreu na cruz derramando o seu sangue para nos perdoar e nos
purificar de nossos pecados, tornando-nos filhos de Deus e nos dando a
salvação, a esperança e a certeza da sua vinda. E garantindo a nós, através da
Sua Palavra, uma morada eterna no céu. Nós, evangélicos, estamos dentro desta
pauta espiritual de liberdade e fé na dispensação do Espírito Santo, que
realmente é atuante nos dias de hoje. Para sermos salvos em Cristo não
precisamos do shabat da Lei e muito
menos do sábado gregoriano, o sábado dos adventistas. Porque em
Cristo temos tudo. O Novo Testamento tem mandamentos suficientes, sem
precisarmos recorrer aos mandamentos da Lei. Jesus é pleno em nossas vidas
espirituais.
Filipenses 3. 13-15: “Irmãos, quanto a
mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me
das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, Prossigo
para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. 15 Por
isso todos quantos já somos perfeitos, sintamos isto mesmo; e, se sentis alguma
coisa de outra maneira, também Deus vo-lo revelará.”
Paulo não
podia apagar o passado de sua memória, mas se recusou a deixar que ele o
impedisse de avançar em direção ao seu objetivo. O apóstolo queria esquecer seu
passado moralista (v. 4-7). Ao usar o verbo esquecendo-me no tempo presente,
Paulo estava indicando que se trata de um processo contínuo. Talvez ele até
estivesse indicando que queria esquecer-se de tudo para não apoiar em seu
passado os êxitos em Cristo, mas continuar a trabalhar para o Senhor. A
expressão verbal “avançando para...”, significa completamente estendido. E também
usada para se referir a um cavalo que se estica e se esforça para conquistar a
vitória em uma corrida.
A palavra alvo
se refere especificamente à linha de chegada em uma corrida, na qual os
corredores atentamente fixam os olhos. O prêmio é a recompensa pela vitória.
Paulo evidentemente levava a sério o que ensina em 1ª Coríntios 9.24. No Novo
Testamento, a expressão soberana vocação alude ao chamado divino à completa
salvação. Pode remeter ao tribunal de Cristo, o lugar da recompensa. Paulo não
disse que estava prosseguindo pelo chamado de Deus, mas pelo prêmio desse
chamado. Ele não está trabalhando para obter sua salvação pelas obras, mas uma
recompensa eterna.
Nós, que
aceitamos Jesus como Salvador, que vivemos na dispensação da Graça, temos o
Espírito Santo, a fé salvadora, que é o nosso veículo em Cristo nessa jornada
espiritual. Também Nele fomos justificados pelo seu sangue. O Espírito Santo é
quem trabalha nessa justificação em nós. E enfaticamente, pela fé, adquirimos o
novo nascimento. Nele temos a adoção da filiação com Deus. Jesus Cristo é pleno
em nossas vidas, pois de fato mora em nós.
Gálatas 1.6-9: “Maravilho-me de que tão
depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro
evangelho; 7 O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem
transtornar o evangelho de Cristo. 8 Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do
céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja
anátema. 9 Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se
alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.”
Paulo apresenta o motivo de sua carta: havia um grupo de
irmãos que estava perturbando (1.7) o pleno entendimento do Evangelho de
Cristo. Esses “falsos irmãos” eram considerados judaizantes porque defendiam
que o Evangelho, para ser perfeito deveria praticado juntamente com a Lei de
Moisés, ou seja, retornar ao LEGALISMO, e assim pregavam outro evangelho
(1.6). Paulo tem uma clara constatação: Os gálatas ainda estavam agindo como
bebês na fé, tal qual um neófito,
inconstantes na fé que receberam.
Deus “chamou” os gálatas, por meio do Evangelho de Cristo
para o novo estado salvício (1.6s; 5.8), para o estado da “graça de Cristo” ou
de “Deus” (1.6; 2.21; 5.4). Este estado fundamenta-se unicamente na “cruz de
nosso Senhor Jesus Cristo” (6.14). Agora, contudo, existe o perigo de que os
gálatas já tivessem caído dessa graça (1.6; 5.4), pelo fato de serem seduzidos
pelos judaizantes (1.7; 3.1; 5.10), terem eliminado o escândalo da cruz (5.11),
crendo que o evangelho ensinado por Paulo, precisasse de um complemento (5.3;
6.12).
Paulo advertiu os Gálatas que o evangelho que os pregadores
estavam ensinando era “outro” (gr. allos)
“um outro tipo, diferente”, “o qual não é outro”. O verdadeiro evangelho, que
vem de Deus, segundo Cristo, e não casado com a lei.
Se acaso os
adventistas guardassem mesmo shabat, como
os judeus guardam, incluindo cerimônias da Lei as quais foram ordens expressas
do próprio Deus para serem praticadas no shabat,
eles estariam certos nessa prática, conforme os ditames da Lei. Porém eles
estariam fora da graça; e o apóstolo Paulo frisou bem que quem vive praticando
alguma obra da Lei, da graça caiu (Gl 5.4). E descansar somente o corpo no shabat ou em outro dia da semana, sem
cerimônias e as solenidades da Lei, até o ateu judeu faz.
Portanto, os
atuais sabadistas não guardam o shabat
como manda a Lei, apenas descansam seus corpos na sétima-feira da semana do
calendário católico gregoriano. Então eles não são os legítimos guardadores do
verdadeiro shabat do calendário
hebraico, que de fato é o sábado do povo de Israel no Antigo Testamento. Os
legítimos observadores do shabat é o
povo judeu ou alguém que se converteu ao judaísmo e não os sabadistas.
Se eles realmente
guardassem o shabat da Lei, acabariam
caindo numa verdadeira armadilha. Com certeza teriam que guardar todas as
cerimônias e festas da Lei conforme diz em Levítico 23. Ainda, segundo o ensino
de Paulo apóstolo, certamente eles estariam separados de Cristo. Quanto mais o sabbatum pagão, chamado de dia de
saturno, que pertenceu à cultura e costumes dos babilônios egípcios e
posteriormente aos romanos.
O apóstolo
Tiago ensinou contra aqueles judeus que se convertiam ao evangelho, mas que
pretendiam continuar observando toda a Lei. Dizendo assim para eles: “Porque
qualquer que guardar toda a Lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de
todos os mandamentos da Lei” (Tg 2.10).
O apóstolo
estava dizendo que se alguém quisesse guardar toda a Lei, e se acaso viesse a
tropeçar em um só ponto da Lei, esse suposto praticante da Lei seria culpado
por todos os mandamentos da Lei. Ou seja, aqui o apóstolo não está dando
mandamento para guardar a Lei. Ele está é avisando que se alguém, ou “qualquer
pessoa” quisesse guardar toda a Lei, estaria sujeito a todos os mandamentos da
Lei. E aí estaria o perigo, porque seria muito difícil, pela condição de
pecador, acabaria se tropeçando em algum mandamento da mesma.
Os sabadistas
interpretam esse é um dos versículos dizendo: “vocês dizem que guardam somente
nove mandamentos e deixa de guardar o quarto mandamento”, então vocês
evangélicos se tornam culpados de toda a Lei. Veja bem que absurdo! Eles falam
assim como se eles guardassem toda a Lei ou pelo menos os nove mandamentos, sem
tropeçar em nada! Que incrível!? Então eles não pecam, eles não tropeçam em
nada!? Mas vamos à palavra e ver o que ela diz: “Se dissermos que não pecamos,
fazemo-lo mentiroso, e a sua Palavra não está em nós” (1ª Jo 1.10).
Portanto, nós
evangélicos não guardamos nada da Lei e não precisamos de nada da Lei. Ou seja,
nós evangélicos não guardamos nem nove, nem dez mandamentos, Jesus substituiu
todos esses mandamentos da Lei por novos mandamentos e doutrinas que estão nos
evangelhos e nas epístolas que são superiores e completos em virtudes e unção
do Espírito Santo.
As leis dadas
a Moisés no Antigo Testamento não foram capazes de salvar ninguém, por isso foi
invalidada. Note o que Paulo diz aos Gálatas:
“Porque, se
fosse promulgada uma lei que pudesse dar vida, a justiça, na verdade, seria
procedente da lei” (Gl 3.21).
Os israelitas,
porém, eram incapazes de cumprir a lei, razão pela qual Cristo a cumpriu por
eles. Porque a lei estava enferma:
“Portanto o
que fora impossível à lei, visto que estava enferma pela carne, isso fez Deus
enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao
pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado” (Rm 8.3).
Embora
concedida por Deus, a lei (o código escrito) era impotente para permitir que as
pessoas atingissem suas exigências, pois tinha de depender da natureza
pecaminosa para realizá-las.
A semelhança
da carne: a natureza humana de Jesus era real, mas sem pecado (ver Fl 2.7-8; Hb
2.17; 4.15; 1ª Pe 2.22).
A carta aos
Gálatas é o escrito que para nós hoje constitui a primeira declaração mais
ampla do apóstolo sobre a questão da lei. Na polêmica sobre a lei, o apóstolo
nega que esta tenha alguma relação com aliança de Abrão e com o Espírito;
assim, a lei nunca teve, segundo seu julgamento, o objetivo de proporcionar
vida (Gl 3.21; cf. Rm 11.14). Deus estabelece desde o princípio uma diferença
entre lei e evangelho. Assim sendo, em Gl 3s a aliança de Abraão, Cristo, o
evangelho e o Espírito constituem uma unidade, enquanto a lei não tem
absolutamente nada a ver com essas grandezas. Para isso, a lei surge demasiadamente
tarde e deve ceder lugar, com Cristo, para a fé. Ela desde o início foi
promulgada por Deus aos anjos, para servir de “tutor” para os pecadores.
Por isso nós
não temos que tropeçar em nenhum mandamento da Lei. Nós pecamos sim, podemos
pecar contra Cristo, o nosso Senhor e Salvador. Estamos sujeitos a pecar contra
Deus e Sua Palavra; e contra o próximo. Isso acontece porque nós como salvos em
Cristo e nascidos de novo não dependemos em nada do que é da Lei. Somos
subordinados aos ensinos de Cristo no Novo Testamento. E no Novo Testamento
temos mandamentos suficientes de poder e virtude e abundância da graça virtuosa
do Espírito Santo.
Ao praticarmos
os mandamentos e doutrinas do Novo Testamento estamos guardando ou praticando a
justiça pela fé e, que provem da fé.
Fica aqui
provado que são somente nove mandamentos morais que eles obedecem, ou seja,
eles fazem como qualquer cidadão honesto faz perante a sociedade, em qualquer
parte do mundo, de viver e levar uma vida moral digna como qualquer cidadão do
mundo terreno.
ABOLIÇÃO DO
SÁBADO
O profeta
Oséias, prediz a abolição de todas as solenidades, incluindo o sábado do Senhor
Lv.23.3, por ser também cerimonial como as demais festas:
“E farei cessar
todo o seu gozo, as suas festas, as suas luas novas, e os seus sábados, e todas
as suas solenidades” (Os 2.11).
O Profeta
agora desce aos pormenores; e, em primeiro lugar, ele diz que o povo ficaria
destituído de seus sacrifícios e dias de festas, e de toda aquela pompa
exterior, os quais estiveram com eles à guisa de religião.
O Senhor Deus
está falando ao profeta Oséias da interrupção do Sábado, da lua nova e do culto
externo. O povo de Israel, seria destituído desses excelentes dons com os quais
havia sido distinguido. O Profeta diz, em primeiro lugar: Eu farei cessar o
sábado e os dias de festa. Eles realmente se julgavam abençoados quando
celebravam os dias festivos, quando ofereciam sacrifícios e, magnificavam o
Senhor, todavia, sabemos que não o adoravam num lugar lícito nem da maneira
reta, como ele ordenara na lei; pois mesclavam muitas superstições; mais que
isso, a religião, como um todo, estava impura; e, contudo, julgavam que o culto
deles agradava a Deus.
O anúncio
profético de Oséias se cumpriu em Jesus Cristo e, por isso, no Novo Testamento
se encontra um texto afim, isto é, sobre o mesmo assunto, do texto do profeta.
Por isso o
apóstolo Paulo recomenda aos crentes de Colossos cuidado para que não se tornem
presas dos pregadores de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos
homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo:
“Portanto, ninguém
vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festas, ou da
lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de
Cristo” (cl 2.16-17).
Estas
Escrituras, a de Oséias e a de Paulo, a primeira anunciando a futura abolição
do sábado e a segundo o fato consumado da extinção dele, merecem, por serem de
suma importância, exame detido e pormenorizado.
Nossa
pesquisa, destituída de qualquer juízo temerário e preconcebido, e com
propósito de submissão incondicional à Vontade Soberana de nosso Deus.
Parte
integrante do regime de sombras e das figuras do Velho Testamento, o sábado
estava fadado a ser abolido com o aparecimento da realidade em Jesus Cristo,
porquanto a Nova Aliança em Jesus Cristo ultrapassa a Antiga Lei.
No contexto da
vigência da Lei os judeus viviam debaixo da sombra dos bens futuros (cf. Hb
10.1). Ao consumar no calvário a obra objetiva da Redenção, Jesus Cristo, Luz
do mundo, extinguiu todas as sombras e n’Ele se consumaram todas as figuras.
Extintas as
sombras e consumadas as figuras, o sábado também caducou porquê das sombras e
das figuras faziam parte.
1. Na Escritura de Oséias leio “SEUS
SÁBADOS”.
Em outras
passagens encontro o Senhor aludindo a esse dia da semana com o pronome
possessivo na primeira pessoa: “MEUS
sábados” (cf. Ex 31.13; Ez 20.12, 13, 16, 20, 21; 22.8, 26. 23.28). “MEUS
sábados”, disse Deus, por serem eles “DO
SENHOR” (cf. Lv 23.3; Dt 5.14).
O profeta
Oséias, contudo, diz: “SEUS sábados”.
O pronome possessivo, embora em ambos os casos esteja no plural, encontra-se em
diferentes pessoas. Por quê?
Será que ao
dizer “MEUS sábados” Deus aludia ao sábado semanal e ao dizer Oséias
2.11 “SEUS sábados” se referia às festas anuais?
Estudando o
hebraico o pronome MEUS e SEUS naquelas locuções não invalida a profecia de Oséias
2.11 quanto à abolição do sábado semanal.
Se o sábado é
o SINAL de uma aliança, ou pacto entre Deus e o povo israelita atribuísse-lhe,
logicamente, o aspecto de bilateralidade. Concerto ou aliança é um contrato. E
todo o contrato é bilateral, isto é, exige o cumprimento de condições para
ambas as partes concertantes ou contratantes e concede regalias a ambas também.
Então a Aliança ou Concerto pertence a Deus e a Israel. É de Deus e do povo.
Em Levítico 23,
encontro o sábado semanal incluído entre as solenidades do Senhor: “estas
são as MINHAS solenidades” (v. 2):
“Fala aos filhos de
Israel, e dize-lhes: As solenidades do SENHOR, que convocareis, serão santas
convocações; estas são as minhas solenidades:” (v 2.)
O Sábado
(v.3); a páscoa (vv. 4-8); as primícias (vv. 9-22); a dos tabernáculos (vv. 24,
34-36, 39-43); o dia da expiação (vv. 27-32); e as festas anuais (vv. 4 ss).
Estas
solenidades todas, inclusive o sábado semanal, nos vv. 4 e 37 são chamadas de “solenidades
do Senhor”.
No v. 2 Deus
designa todas as solenidades: o sábado semanal e as festas anuais com o pronome
possessivo na primeira pessoa “MINHAS solenidades”.
Os sábados
pré-figurativos (as festas anuais) foram também cognominadas por Deus de
propriedade d’Ele, valendo-se da primeira pessoa no possessivo.
Se as festas
anuais são pré-figurativas e, portanto, cerimoniais, o sábado semanal também o
é. Por conseguinte também ele é cerimonial e sujeito à caducidade, à abolição
como sombra dentre as outras sombras ritualísticas judaicas.
Se o sábado
semanal é uma prescrição moral da Lei e, por isso, não pode ser extinto, por
ser em vários lugares das Escrituras chamado por Deus de “MEUS sábados”,
teremos que admitir situação semelhante para os sábados SOLENES, o ano sabático
e o ano jubileu.
Naquele tempo
havia o sábado septenário e o sábado jubileu. Depois de seis anos consecutivos
de trabalho o sétimo era de repouso total. E também depois de 49 anos de
trabalho o quinquagésimo era de descanso completo.
Deveriam ser
estes dois sábados (o septenário e o do jubileu) também prescrição moral porque
também eram do Senhor, O sábado septenário era “um sábado do Senhor”
(Lv. 25.2 e 4). O sábado cinquentenário também era do Senhor porque a Ele
santificado (cf. Lv. 25: 10 e 12).
Nesse caso,
deveríamos guardar para sermos coerente o sábado septenário e o sábado cinquentenário.
Se o sábado hebdomadário [derivado do grego hebdómada = semana], por
haver sido chamado por Deus de “MEUS sábados” é uma disposição
moral da Lei eterna, o septenário e o cinquentenário de semelhante maneira o
são.
Ora, os
próprios respeitadores do sábado semanal admitem que o septenário e o cinquentenário
foram abolidos. Portanto, a coerência nos leva a aceitar a extinção também do
sábado hebdomadário.
No capítulo 26
de Levítico deparo as expressões alusivas ao sábado em três pessoas diferentes:
primeira do singular, terceira e primeira do plural: “MEUS sábados”
(v. 2); “SEUS sábados” (vv. 34 e 43) e “VOSSOS sábados”
(v. 35).
Lendo os
Evangelhos encontro Jesus a usar esta expressão: “MEU Pai e VOSSO Pai;
MEU Deus e VOSSO Deus” (Jo 20.17).
Se os sábados
chamados por Deus de “MEUS sábados” e os chamados por Oséias 2.11
e Levítico 26.34, 43 de “SEUS sábados” e “VOSSOS sábados”
de Levítico 26.35 são diferentes, isto é, essas locuções não designam o mesmo
sábado semanal, aquele PAI mencionado por Jesus como “MEU Pai”
é diferente do PAI também mencionado por Jesus com a locução de: “VOSSO
Pai”.
Só porque
mudou a pessoa do pronome possessivo, também mudou o PAI? Claro que não!
Quanto ao
Templo encontro da mesma forma o emprego do pronome possessivo em diferentes
pessoas. Em Isaías 56.7 Deus chama de “MINHA casa” e Jesus de: “VOSSA
casa” (Mt 23.38). São, porventura, templos diferentes? Um de Deus e o
outro dos judeus?
Igual
circunstância ocorre com os sacrifícios. Em Números 28.3, 6 encontro a menção
de sacrifícios ofertas ao Senhor. Em Levítico 10.13 encontro: “ofertas
queimadas do Senhor”. Esses sacrifícios, essas ofertas, esses
holocaustos, do Senhor, em Deuteronômio 12.6 são chamados de: “VOSSOS
sacrifícios”. Em Isaías 42.23-24 são designados por “TEUS
sacrifícios”.
O holocausto é do sábado E esse sábado
do qual Deus associa ao holocausto é o sábado do decálogo o shabat. Os
sabatistas dizem que não é. No entanto o que tem que prevalecer é o que diz a Palavra
de Deus com a sua verdade inconfundível. E nunca a palavra do homem. Ou seja, a
palavra dos sabadistas. De fato para todos esses atos cerimoniais ficarem
concretizados, no culto contínuo perante o Senhor, tinha que ser oferecidos em
cada sábado ou em todos os sábados conforme diz o texto.
Deixam de ser
os mesmos sacrifícios, as mesmas ofertas, os mesmos holocaustos?
Em Levítico
23.2 eu me deparo com a referência: “as MINHAS solenidades” e em
Isaías 1.14: “as VOSSAS solenidades”. Por acaso não são idênticas
às solenidades?
A mudança de
pessoa no pronome em todos esses exemplos não alterou em nada a unicidade do
objeto. O Pai, o Templo, os sacrifícios e as solenidades são sempre os mesmos.
Haveria de ocorrer mudança só no sábado?
Portanto, é
evidente serem os mesmos os sábados mencionados por Oséias 2.11 com a locução “SEUS
sábados” e por Ezequiel 20.12,13 com “MEUS sábados”.
Neste caso, como nos outros aludidos, a alteração das pessoas do pronome
possessivo não muda o objeto do assunto.
2.
Alegar-se serem os sábados mencionados por Oséias e por Paulo nos textos em
exame simplesmente alusivos às festas anuais, sem nada a ver com o sábado da
semana é querer fechar os olhos à realidade da Revelação Divina.
Algumas
considerações sensatas nos levarão à certeza de que aqueles sábados aludidos
por Oséias e pelo Apóstolo Paulo são os sábados do descanso do sétimo dia e não
os sábados, sinônimos das festas anuais.
2.1. No
calendário israelita encontram-se várias festas anuais: a da páscoa em conjunto
com a dos asmos, a das semanas ou
das colheitas ou de pentecostes, a dos tabernáculos (as três maiores e mais
solenes), a do dia da expiação (Yom Kippur), a da dedicação ou das
luzes e a festa do Purim.
Essas festas
duravam dias seguidos e é lógico que se incluía no seu decorrer o sábado
semanal (cf. Lv 23.11, 15, 16). Denominá-las de sábados anuais por esse motivo
não tem sentido.
Ocorre,
todavia, por parte dos guardadores do sábado o recurso a algumas versões
portuguesas da Bíblia baseadas da Vulgata de Jerônimo que transliterou para o
latim o SHABATH hebraico. Essas versões como a dos clérigos romanistas, a de
Matos Soares e a de Figueiredo, em lugar de repouso, que seria a tradução certa
de SHABATH, puseram sábado.
Figueiredo em
Lv 23.24 onde se refere à festa de pentecostes, seguindo a Vulgata,
simplesmente transliterou o SHABATH hebraico: “O sétimo mês, o primeiro dia do
mês será para vós um SÁBADO e uma recordação”.
João Ferreira
de Almeida, contudo, traz a versão correta “Fala aos filhos de Israel,
dizendo: No mês sétimo, ao primeiro do mês, tereis DESCANSO, memorial com
sonido de trombetas, santa convocação”.
Ainda, Lv
23.39 alude à festa dos tabernáculos e a simples transliteração de SHABATH
serve de deturpação das Escrituras de Oséias e de Paulo: “...no dia quinze do
sétimo mês...celebrareis as festas do Senhor...o primeiro e o oitavo dia vos
será sábado”, é a tradução-transliteração do romanismo, sempre interessado em
ocultar e, pior, deturpar a Revelação Divina.
Almeida foi
coerente com a tradução: “no primeiro dia haverá DESCANSO, e no oitavo
dia haverá DESCANSO.”, embora esse dia oitavo pudesse cair em qualquer
dia da semana, não coincidindo assim com o sábado semanal.
Quanto ao dia
anual da expiação procedem de igual maneira os interessados na sustentação do
sábado semanal a ser observado como prescrição moral.
Do v. 32 de Lv
23, em Almeida a tradução é: “Sábado de descanso vos será;”,
sendo contudo esse dia o décimo do sétimo mês (v. 27).
Nada crucial
seria se ele houvesse traduzido de verdade “descanso de descanso”, é uma força
de expressão literária a repetição de um mesmo nome ou de uma forma abstrata em
lugar de nome concreto, equivalente ao superlativo com na expressão bíblica
“vaidade das vaidades”. “Descanso de descanso” significa repouso completo,
absoluto, superlativo.
SHABATH
SHABATON (=sábado do sábado, sábado do descanso, sábado sabático) de Êx 31.15;
35.2; Lv 16.31 significa absoluto repouso, descanso superlativo. É essa locução
encontrada ainda em Lv 23 nos seguintes versículos: 3 (alusivo ao sábado
semanal) e 32 (ao dia da expiação).
O recurso de
transliteração de SHABATH, portanto, invalida a ambição de se considerarem
sábados anuais as festas do calendário litúrgico israelita.
3. A
palavra “SÁBADOS”, no plural, dos textos do profeta Oséias e do Apóstolo Paulo
designa mesmo o sétimo dia da semana, que era cerimonial com já verificamos à
luz das razões alinhadas.
Esses SÁBADOS
de modo algum significam “sábados anuais” ou festas anuais, pelo fato de se
encontrarem no plural.
E chegamos a
esta conclusão mediante o argumento “ad
hominem”, isto é, o argumento usado pelo próprio adversário.
Se a festa da
páscoa, de pentecostes, dos tabernáculos, a festa da expiação é chamada de
sábado anual, esses sábados, sábados festivais anuais, são chamados de
“FESTAS”, como, de resto, querem os próprios interessados na permanência do
sábado semanal. Então, à luz das próprias Escrituras são chamados.
Voltemos ao
capítulo 23 de levítico, onde encontramos a confirmação de nossa assertiva.
3.1. Quanto á páscoa, no v. 6, diz: “E
aos quinze dias deste mês é a FESTA dos pães ásmos do SENHOR...”. FESTAS
3.2. Quanto à dos tabernáculos no v.34:
“...Aos quinze dias deste mês sétimo será a FESTA dos tabernáculos ao
SENHOR por sete dia”.
Nos vv. 2 e 37
todas as FESTAS antes mencionadas (páscoa, pentecostes, etc.) são chamadas “SOLENIDADES
DO SENHOR”:
“Estas são as
solenidades do SENHOR, que apregoareis para santas convocações, para oferecer
ao SENHOR oferta queimada, holocausto e oferta de alimentos, sacrifício e
libações, cada qual em seu dia próprio” (v. 37).
3.3. Sábado do Senhor. “Seis dias trabalhareis, mas o sétimo será o
sábado do descanso solene, santa convocação; nenhuma obra fareis; é sábado do
SENHOR em todas as vossas moradas” (Lv 23.3).
Todo o
ritualismo sublinha o aspecto das SOLENIDADES, sinônimo de FESTAS.
Aliás, os
defensores do sábado semanal como disposição moral da Lei em caráter
permanente, dizem que, sem se confundirem com os sábados semanais, os sábados
festivais anuais estão incluídos nas “FESTAS” que os abrangem a todos.
Assim procedem
para fugir do ensino de Oséias e de Paulo quanto à cessação do sábado semanal
como prescrição moral, alegando que os sábados aludidos por esses escritores
são as “festas” anuais dos israelitas, portanto, são os sábados cerimoniais.
A GUARDA DO SÁBADO
NO NOVO TESTAMENTO
A questão não é o sábado
em si, mas o fato de que não estamos debaixo do Antigo Testamento (Hb 8.6-13).
O que nos chama a atenção é que, ultimamente, estão surgindo novos cristãos
que, entre outras coisas, ensinam a guarda do sábado dizendo ser uma lei moral.
Isso é retrocesso espiritual: é voltar às práticas antigas.
Nós cristãos evangélicos,
preferimos ficar com Paulo e os demais apóstolos de Cristos, que julgavam a lei
apenas uma sombra das coisas futuras (Hb 10.1), pois terminou a sua vigência
com o advento d’Aquele a quem fora feita a promessa – Cristo, conforme (Gl
3.16-19).
Mas, não há dúvida de que pela vinda do Senhor Jesus Cristo o que era aqui cerimonial foi abolido. Pois ele é a verdade,
por cuja presença
se desvanecem todas as figuras; o corpo, a cuja visão
são deixadas para trás as sombras. Ele é, o verdadeiro cumprimento do sábado.
Com ele, sepultados através do batismo,
fomos enxertados na participação de sua morte, para que, participantes de Sua ressurreição, andemos
em novidade de vida (Rm 6.4). Por isso, escreve
o Apóstolo Paulo que
o sábado tem sido uma sombra da realidade futura,
e que o corpo, isto é, a
sólida substância da verdade, que bem explicou naquela passagem,
está em Cristo (Cl 2.17). Esta não consiste
em apenas um dia, mas em todo o curso de nossa vida,
até que, inteiramente mortos para nós mesmos,
nos enchamos da vida de Deus.
Portanto, que esteja longe dos cristãos a observância supersticiosa de dias.
A palavra profética já
previa a chegada do Novo Concerto (Jr 31.31-33). E o fim do sábado. O Senhor
Deus já havia falado através dos profetas a cessação do sistema sabático em si:
“Não continueis a trazer
ofertas vãs; o incenso é para Mim abominação, e também as festas de lua nova,
os sábados, e a convocação das congregações...” (Is 1.13).
Seria a guarda do sábado
um preceito moral quando o próprio Deus declarou ser a sua guarda abominável
aos seus olhos? Deus abomina as festas, como abomina o adultério e outros
pecados imorais.
Deus, aqui, está
aborrecido não só com as festas móveis de Israel, mas também com os seus
sábados (incluindo o sétimo dia). Dizer que este texto só se aplica as festas
móveis é um absurdo hermenêutico, pois o texto fala de “convocação das
congregações” e isto ocorria também, e principalmente, no sábado do sétimo dia
(Lv 23.3).
Seria a guarda do sábado
um preceito moral considerando que em razão da desobediência Deus, ele anuncia
a fim de todos os sábados prescritos na lei, inclusive o sábado semanal?
Em Oséias 2.11 vemos o
desgosto de Deus com o sábado judaico onde Ele afirma:
“Farei cessar todo o seu
gozo, as suas Festas de Lua Nova, os seus sábados e todas as suas
solenidades” (Os 2.11).
Nesta passagem o Senhor
afirma que faria cessar os sábados e que isto inclui o sétimo dia e “todas as
suas solenidades”, obviamente o sétimo dia era uma solenidade de Israel e
evidentemente seria cessada por mando de Deus.
Os profetas pensaram semelhantemente,
pois previam com grande antecedência, não apenas a cessação do sistema sabático
em si, mas também e de um modo muito explicito, a cessação do próprio sábado
semanal, o 4º mandamento do Decálogo, motivo por que nem o sistema nem o dia
são transplantados para o Novo Testamento, por se tratar da lei cerimonial.
Seria a guarda do sábado
um preceito moral considerando que Deus poria em esquecimento a guarda desse
dia – o sábado semanal – em decorrência da desobediência do povo de Israel? Um
preceito moral poderia ser posto em esquecimento?
Lamentações 2.6: “E
arrancou o seu tabernáculo com violência, como se fosse a de uma horta;
destruiu o lugar da sua congregação; o SENHOR, em Sião, pôs em esquecimento a
festa solene e o sábado...”.
No verso 9 diz: Não havendo mais templo, não era mais possível
obedecer às leis sobre os sacrifícios, ou seja, não vigora a lei.
A vista de tudo isso, a
guarda do sábado é um preceito cerimonial (abolido) ou moral (que vale até
hoje)? A resposta óbvio que fica é um preceito CERIMONIAL, abolido com a morte
de Cristo, colocando em vigor a Nova Aliança, onde o sábado não entra:
Mandamento Antigo Testamento Novo Testamento.
JESUS E O SÁBADO
A antiga Lei Mosaica tem sido a referência para o povo
judeu há milênios, apesar de a sua aplicação ter sempre gerado questões
complicadas e controvertidas. Jesus lançou nova luz no assunto quando, em Seus
ensinamentos, concentrou-se no amor, na misericórdia e na humildade,
contrastando fortemente com o rigor e o legalismo das interpretações oferecidas
pelos líderes religiosos de Seus dias e dos tempos passados.
No Sermão da Montanha Jesus disse: “Ouvistes
que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos
digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que
vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais
filhos do vosso Pai que está nos céus” (Mt 5.43-44).
Pouco antes de
fazer essas afirmações, Jesus dissera que Seu objetivo não era abolir a Lei de
Moisés nem os escritos dos profetas, mas cumprir o propósito das Escrituras. Ele trouxe uma nova era de fé que tornou obsoletas
as regras, os regulamentos, os costumes e as detalhadas cerimônias do Antigo
Testamento, veneradas pelo povo judeu havia milhares de anos.
“A lei ficou
tomando conta de nós até que Cristo viesse para podermos ser aceitos por Deus
por meio da fé. Agora que chegou o tempo da fé, não precisamos mais da lei para
tomar conta de nós.” O justo viverá da fé foi o que disse o apóstolo Paulo.
[...] Dos dez mandamentos,
nove são reinstituídos no Novo Testamento. Seis estão listados por Jesus.
Quando perguntado sobre a porta de entrada na vida eterna, ele recomendou a
obediência aos Dez Mandamentos, enunciando seis deles: “Não matarás, não adulterarás,
não furtarás, não darás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe” e “Amarás o
teu próximo como a ti mesmo” (Mt 19.17-19. cf. Rm 13.9).
Os dez mandamentos, sob o
ponto de vista escrito, contém normas relacionadas entre o povo de Israel e o seu
Deus e entre os indivíduos e seu próximo. O decálogo proíbe matar (6º
mandamento). Cristo, doutrinando sobre o assunto, disse que era pecado não só
matar, mas, até, encolerizar-se, sem motivo, contra o seu irmão (Mt 5.22).
Nesse aspecto estrito, tem-se, por exemplo, a guarda literal do sábado como
sétimo dia da semana somente para os judeus foi isso determinado (Êx 31.12-18;
Ez 20.12-13, 20; Cl 2.16-17) e não para todos os povos.
[...] Não encontramos nos
ensinos de Jesus, nem direta nem indiretamente, um só mandamento para que a
Igreja observasse o sábado, como aparece em Êxodo 20.8. O Novo Testamento cita
os mandamentos de Moisés várias vezes, menos guardar o sábado, prova evidente
que este dia não foi dado à Igreja. Mas, apesar de tudo, a atitude do Salvador
em relação aos mandamentos mosaicos foi bem diferente da dos fariseus, embora
Ele nada ensinasse abertamente sobre o fim dos sacrifícios, das circuncisões e
das festas, durante o tempo de seu ministério terreno, Suas obras realizadas no
sábado, ofuscaram o brilho do Antigo Testamento [Abraão de Almeida. Revista
Obreiro P. 29].
Nove dos dez mandamentos
constam no Novo Testamento, exceto o sábado.
1. “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx
20.3).
|
1. “…. vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu,
a terra, o mar e tudo o que há neles” (At 14.15).
|
2. “Não farás para ti imagem de escultura…” (Êx
20.4).
|
2. “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (1ª Jô
5.21).
|
3. “Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em
vão…” (Êx 20.7).
|
3. “…não jureis nem pelo céu, nem pela terra…” (Tg
5.12).
|
4. “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar”
(Êx 20.8).
|
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|
5. “Honra teu pai e tua mãe….” (Êx 20.12).
|
5. “Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois
isto é justo” (Ef 6.1).
|
6. “Não matarás” (Êx 20.13).
|
6. “Não adulterarás…” (Rm 13.9).
|
7. “Não adulterarás” (Êx 20.14).
|
7. “…não matarás…” (Rm 13.9).
|
8. “Não furtarás” (Êx 20.15).
|
8. “…não furtarás…” (Rm 13.9).
|
9. “Não dirás falso testemunho contra o teu
próximo” (Êx 20.16).
|
9. “Não mintais uns aos outros…” (Cl 3.9).
|
10. “Não cobiçarás a casa do teu próximo” (Êx
20.17).
|
10. “…não cobiçarás…” (Rm 13.9).
|
1. Cristo é o Senhor do sábado.
“Pois eu vos
digo que está aqui quem é maior do que o templo...Porque o Filho do homem até
do sábado é Senhor” (Mt 12.6-8).
O Senhor Jesus Cristo está
afirmando diante dos judeus que ELE é o Todo Poderoso Legislador! E que, além
disso, somente ELE pode ter autoridade acima de todos para agir como DEUS. E
através da Sua afirmação de que ELE era maior que o templo e também possuía
autoridade de dispensar os discípulos da observância do sabath judaico,
pois somente DEUS pôde ordenar no passado a Lei e somente DEUS teve e tem
autoridade para modificá-la.
É Cristo quem está sendo
exaltado no texto, em revelar-Se a Si mesmo, em definir-se como DEUS e Soberano
Senhor. ELE mesmo é o ETERNO SENHOR que deu a Lei ao povo de Israel e, diversas
vezes permitiu sua profanação (como no caso de Davi e dos sacerdotes que ELE
mesmo menciona em Mateus 12.3-5.
O assunto
central das Sagradas Escritura não é o homem, nem o atendimento divino de suas
necessidades. O assunto central das Sagradas Escrituras é o Senhor Jesus
Cristo. ELE é o Alfa e o Omega (Ap 1.8).
A Centralidade
de Cristo é vista claramente:
A. Na Criação
(Gn 1.1, Jo 1.1-3).
B. Na promessa
da redenção (Gn 3.15).
C. No preparo
da nação que receberá o Messias (Gn 12.1-3; Gn. 28.14; Zc 9.9; Gl 3.8).
D. Na
plenitude dos tempos (Gl 4.4; Hb 1.1).
E. Na glória
que a ELE e só a ELE é devida e a ELE será concedida (Is 45.23; Rm 8.29, 11.36,
14.11; Cl 1:15-18; Hb 1.6; Ap 1.5).
Todos aqueles
que buscam retirar a centralidade de CRISTO da adoração que LHE é devida, de
forma consciente ou não, cometem um erro grosseiro. Quem assim procede não
somente comete idolatria, mas a si mesmo se constitui apóstata (desertor).
Israel
institucionalizou de tal forma seus ritos, não compreendendo que o que foi
estabelecido por DEUS eram sombras dos eventos futuros, que o ato se tornou
mais importante que o fato, ou seja, a ordem mais importante do que QUEM
ordenou e estabeleceu a ordenação.
Os judeus
entenderam e reivindicação do SENHOR JESUS. ELE se colocou diante dos fariseus
no lugar que só poderia ser ocupado pelo DEUS ETERNO, que Legislou no Velho
Testamento sobre o povo de Israel.
Os judeus
entenderam que o SENHOR JESUS se colocou em posição de adoração, de ser adorado
como DEUS. O SENHOR JESUS não está reivindicando honra e glória para o sabath
judaico (sábado semanal)! O Senhor Jesus Cristo está reivindicando honra e glória
para Si mesmo como DEUS Todo-poderoso em carne!
Então o Senhor
Jesus lhes ensina que mais vale adorar a DEUS do que a tradição. Os judeus
deveriam abandonar sua tosca visão da própria religião. Eles haviam perdido o
foco e o fio da meada. Não adoravam a DEUS, mas as suas próprias conclusões
sobre as regras de conduta. Eram condutores cegos, sem discernimento,
realizando rituais que não passavam de tradições humanas (Mt 15.3-6, 14; 23.16
e 24).
Sua
religiosidade era humana, falsa, hipócrita, superficial e inútil. Essa
religiosidade não pode salvar ninguém e é ledo engodo do diabo. Todos os que
assim procedem cometem o mesmo erro, caem no mesmo buraco do sacrifício
ritualístico como sendo mais importante que o alvo da adoração. Tornam-se
idolatras do que observam, negando-se a adorarem somente AQUELE que é digno de
adoração.
Cristo é aqui
exaltado. Cristo é muito maior que Sua Lei e não é inferior a ela, pois foi ELE
quem a criou.
Não é Cristo
quem aponta para a Lei, mas a Lei aponta para Cristo, a necessidade que o homem
(incapaz de guardar a Lei moral) tem de um Salvador que o substitua, seja
perfeito por ele e no lugar dele. CRISTO é maior e mais importante que o
Templo! Pois foi ELE quem ordenou o Templo.
Ele é maior e
mais importante que a Lei, pois esta somente serve para demonstrar o pecado do
homem e não para conceder-lhe a salvação (Rm 3.20). O ritual, a cerimônia, é
sombra e não o motivo da salvação (Cl 2.16-17).
Os que negam
que Jesus Cristo tenha autoridade para abolir o sabath (como o fez no caso dos gentios
convertidos da atual dispensação) não O honram como DEUS e não o receberam como
SENHOR, portanto não foram salvos por ELE, estando em trevas e em perdição de
uma religião ritualística humana e carnal, crendo que podem se salvar por
mérito próprio, mesmo que seja apenas pela guarda do sabath cerimonial judaico (embora a Lei tenha centenas de
exigências às que desprezam abertamente, inclusive com relação ao próprio sabath).
Os sabatistas
estão errados ao usarem este sofisma, pois pecam por não conseguirem honrar ao
SENHOR mais do que o dia. ELES se tornam assim até mesmo piores que os próprios
fariseus, pois não admitem nem que DEUS mesmo possa dispensar seu povo de suas
ordenanças sabáticas. Seria este o DEUS da Bíblia? Seria o Jesus que pretendem
adorar o DEUS Todo Poderoso, ou outro Jesus?
O DEUS da
Bíblia não está subordinado à Sua Lei, mas a Sua Lei é que está subordinada à
ELE. Senão ELE não seria DEUS.
2. Em que sentido Cristo é o Senhor do sábado? (v. 8).
Porque Ele o criou; porque
Ele podia abolir o sétimo dia de obrigação legal para dar lugar ao primeiro
dia, de guarda voluntária, caracterizado pelo gozo e culto que resultam da sua
ressurreição. Outro sim, as palavras e ações de Jesus, aqui (vvs. 6-10),
ensinam-nos que o dia do Senhor deve ser uma oportunidade de buscar e ajudar os
necessitados, no âmbito espiritual e no físico.
Maior que o sabath,
é o CRIADOR e SENHOR do sabath, que tem todo poder e autoridade sobre
suas ordenanças. Adorar ao sabath é idolatria e não pode salvar o homem
(Não existe embasamento bíblico para a expressão idólatra “Feliz sábado!”, que
é um mantra religioso de salvação pelas obras da instituição).
Adorar o SENHOR do sabath e recebê-lO como Único e Suficiente
Salvador, arrependendo-se de seus pecados, rendendo-se a ELE é dom de DEUS e é
a único meio pelo qual DEUS concede perdão e salvação a todo pecador
arrependido, dando-lhe vida eterna (Jo 3.16; 10.27-28; Ef 2.8-9).
Não é o sabath aqui o assunto principal.
Nunca foi! Pensar assim é cometer um erro grosseiro, idolatria.
O assunto principal aqui,
como em toda a Bíblia, é o SENHOR JESUS CRISTO. Portanto devemos olhar para
CRISTO como Salvador e Autor e Consumador da nossa fé, ao invés do sabath.
3. Mas, será que somos obrigado a descansar?
A não fazer absolutamente
nada? O povo de Israel acreditava que sim. Os fariseus, defensores da ordem
moral e dos bons costumes, diziam: “Vocês
não podem fazer nada no sábado. No máximo 50 passos serão dados no sábado! A
água para o sábado deve ser buscada na 6ª feita. A alimentação para o sábado
deve ser preparada um dia antes. E mais: Se alguém te pedir ajuda no sábado, você não poderá ajudar. Será
que é isso que Deus quis dizer no 3º mandamento?”
4. Jesus guardou o shabat.
Certamente que sim. Jesus era um judeu nascido sob a
lei (Gálatas 4.4) e portanto obedeceu a todas as leis do Velho Testamento.
Jesus foi circuncidado, ordenou a entrega de oferendas ao sacerdote, pela
purificação, guardou a Páscoa, etc. (Lucas 2:21; 5:12-14; Mateus 26:18-19). Mas
quando Jesus morreu, ele inaugurou a nova aliança e revogou a velha. Se o fato
que Jesus guardou a Páscoa não prova que nós também deveríamos guardá-la, então
o fato que Jesus guardou o sahabt não prova que nós deveríamos guardá-lo
também.
Jesus como judeu guardou o shabat, mas não o sábado gregoriano que os sabatistas guardam hole.
Mas na Nova Aliança não temos nem um mandamento de
Jesus com respeito a guarda do sábado. Como já vimos Jesus cita todos os
mandamentos do Decálo, menos o sábado. Porque? Por que Ele é o nosso descanso!
“Por aquele
tempo, em dia de sábado, passou Jesus pelas searas. Ora, estando os seus
discípulos com fome, entraram a colher espigas e a comer. Os fariseus, porém,
vendo isso, disseram-lhe: Eis que os teus discípulos fazem o que não é lícito
fazer em dia de sábado. Mas Jesus lhes disse: Não lestes o que fez Davi quando
ele e seus companheiros tiveram fome? Como entrou na Casa de Deus, e comeram os
pães da proposição, os quais não lhes era lícito comer, nem a ele nem aos que
com ele estavam, mas exclusivamente aos sacerdotes? Ou não lestes na Lei que,
aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa? Pois eu
vos digo: aqui está quem é maior que o templo. Mas, se vós soubésseis o que significa:
Misericórdia quero e não holocaustos, não teríeis condenado inocentes. Porque o
Filho do Homem é senhor do sábado” (Mt 12.1-8).
Os discípulos de Jesus
trabalharam no dia de sábado. Embora os fariseus acusem Jesus de violar o
sábado, Ele, na realidade, apenas não observou a interpretação exagerada que
eles davam a respeito. Jesus declara que a observância do sábado não deveria
transformar-se num ritual mantido à custa das necessidades essenciais do homem.
A oposição crescente ao
ministério de Jesus pelos líderes religiosos encontra sua expressão total na
observância do sábado, a instituição mais sagrada entre os judeus. Jesus apóia
a ação de seus discípulos através de seu apelo ao exemplo de Davi (1ª Sm
21.1-6), verificando que as regulamentações normais do sábado podem precisar
render-se às necessidades humanas.
Quando os discípulos
começaram a colher espigas e comê-las, num dia de shabat, Jesus apelou para o direito que o sacerdote tinha de violar
o próprio sábado, defendendo assim os discípulos. E para mostrar autoridade
sobre o sábado, nesse dia, ao curar um doente, mandou que este levantasse,
tomasse sua cama e caminhasse (Mt 12.9-14).
Seria a guarda do sábado
um preceito moral quando sua guarda era comparada à violação de um preceito
ritual como o caso de Davi que comeu os pães da proposição reservados
exclusivamente aos sacerdotes?
Deste incidente
aprendemos: que sempre existem pessoas dispostas a criticar as ações dos
discípulos de Cristo; que os incidentes do V.T., podem ter valor para a nossa instrução
na atualidade; que uma pessoa divina importa mais que uma ordenação cerimonial.
“Ou não lestes na Lei que,
aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa?” (Mt
12.5).
Seria a guarda do sábado
um preceito moral considerando que os sacerdotes no templo violavam o sábado
para celebrar holocaustos e sacrifícios exigidos pela lei, ficando sem culpa?
Perguntamos: “Os
sacerdotes podiam matar no templo? Podiam roubar? Podiam adorar ídolos? E os
sabatistas respondem que não.
Podiam violar o sábado e
ficar sem culpa? Eles, os sabatistas, não têm respostas. E por quê? Porque
Jesus ensinou que os sacerdotes violavam o sábado para atender às exigência dos
sacrifícios: a) rachavam lenha; b) carregavam água; c) ascendiam o fogo. Coisas
vedadas pela lei.
Ora, se o sábado fosse de
natureza moral, poderia ficar subordinado aos sacrifícios e holocaustos, que
eram preceitos rituais? Isso acontecia, naturalmente, porque sua natureza era
inferior, cerimonial ou ritual, pois não é possível uma lei moral subordinada a
uma lei cerimonial.
Porque se os sacrifícios
foram abolidos (Jo 19.30; Mt 19.30; Hb 7.12-18), o sábado também, obviamente.
5. Jesus curou no
sábado.
“Pelo motivo de que Moisés
vos deu a circuncisão (se bem que ela não vem dele, mas dos patriarcas), no
sábado circuncidais um homem. E, se o homem pode ser circuncidado em dia de
sábado, para que a lei de Moisés não seja violada, por que vos indignais contra
Mim, pelo fato de Eu ter curado, num sábado?” (Jo 7.22, 23).
A lei de Moisés estabelecia
que a circuncisão ocorresse no oitavo dia do nascimento da criança do sexo
masculino (Lv 12.3), mas foi anteriormente instituído por Deus no dia de Abraão
COO ALIANÇA (Gn 17.10-14). O regulamento que teve que ser realizada no oitavo
dia foi geralmente considerada como tendo precedência sobre a lei do descanso
no sábado. Se esse oitavo dia caísse num sábado, o sábado podia ser violado,
para que a circuncisão fosse realizada. Como podia um preceito moral, segundo
os sabatistas, ficar subordinado a um preceito cerimonial ou ritual?
Jesus chama a atenção para
a inconsistência de seus acusadores. Havia uma série de atividades permitidas
no sábado, incluindo a circuncisão. Ele compara essas atividades com o trabalho
de cura.
5.1. Jesus instruiu um homem curado a carregar a sua esteira no sábado.
“Então, lhe disse Jesus:
Levanta-te, toma o teu leito e anda. Imediatamente, o homem se viu curado e,
tomando o leito, pôs-se a andar. E aquele dia era sábado. Por isso, disseram os
judeus ao que fora curado: Hoje é sábado, e não te é lícito carregar o leito.
Ao que ele lhes respondeu: O mesmo que me curou me disse: Toma o teu leito e
anda” (Jo 5.8-11).
Os judeus estavam corretos
quando disseram: “É sábado, não te é lícito levar a cama.” Baseados na lei,
sim. A lei prescrevia essa proibição (Êx 20.10; Ne 13.19) Jesus poderia ter
curado o paralítico no sábado sem mandar levar a cama. Poderia ser levada no
dia seguinte. Logo, em se tratando de um preceito cerimonial nenhuma
importância havia de fazê-lo. Jesus jamais ordenaria a quebra de um preceito
moral (Jo 5.16-18).
E se observarmos na
Escritura, o ex-paralítico carregou sua cama no sábado, a mando de Jesus (Jo
5.1-9), o que era proibido (Jr 17.21). Carregar sua cama (ou materiais) se faz
o bem ao próximo? Mas Jesus não disse que no sábado se faz o bem? Então será
que Jesus se contradisse? Talvez quem errou foi a interpretação dos guardadores
do sábado. Tarefas, trabalhos honestos, atividades que não prejudique seu
próximo (ou sem intenção de), fazem
parte de fazer o bem. Trabalho honesto, nunca foi do mal, mas do bem. E
falando em trabalho, Jesus quando questionado sobre o sábado, também disse:
“meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17).
Jesus chamou seus afazeres
do bem, de “trabalho”. A palavra trabalho no léxico grego significa um conjunto de atividades realizadas, é o
esforço feito por indivíduos, com o objetivo de atingir uma meta.
Que cada um interprete
como quiser, mas temos de admitir: se trabalhar não se enquadra em “fazer o
bem”, ou, era outra coisa, por que Jesus nunca fez esse desmembramento, e ainda
disse que trabalhava no sábado?
Para fazer confusão? O Criador é de confusão (1ª Co 14.33).
Observe, nenhuma obra
podia ser feita, sem exceções (Êx 20.8-11), um homem foi morto por carregar
lenha (Nm 15.32-36), era proibido carregar materiais ou cargas (Jr 17.21), Os
judeus não curavam no sábado seguindo à risca o mandamento (Lc 13.14). Então
vem um “tal” de Jesus, realiza curas, diz que o bem pode ser feito, permite
colher espigas (Lc 6.1) cura e manda um
homem carregar carga (Jo 5.1-9), e ainda diz que Ele e o Pai trabalham
no sábado. Parece que Jesus mudou (ou quebrou) certas coisas, não? Para mim ficou
claro que o ministério da morte gravados em tábuas de pedra (2ª Co 3.7) era um
fardo tão pesado que nem os antigos podiam suportar (At 15.10).
Os sabatistas usam o
argumento da sra. White: dizendo que Jesus mandou o homem carregar a cama no
sábado, para mostrar a cura que tinha feito (o desejado de todas as nações pg
206). Os judeus nem deram grande importância à cura do homem, eles estavam é
furiosos e escandalizados pelo fato do homem carregar material no sábado, e
Jesus tê-lo mandado fazer tal coisa.
5.2 Jesus curou um cego no sábado - Jo 9.1-4, 16: “E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença. 2 E
os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus
pais, para que nascesse cego? 3 Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais;
mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus. 4 Convém que eu
faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando
ninguém pode trabalhar. 16 Então alguns dos fariseus diziam: Este homem não é
de Deus, pois não guarda o sábado. Diziam outros: Como pode um homem pecador
fazer tais sinais? E havia dissensão entre eles.”
Dos versículos 13 ao 34...
Os fariseus interrogam o cego. Levaram, pois, aos fariseus o que dantes fora
cego...
E era sábado o dia em que
Jesus fez lodo e lhe abriu os olhos. Então, os fariseus, por sua vez, lhe
perguntaram como chegara a ver; ao que lhes respondeu: Aplicou lodo aos meus
olhos, lavei-me e estou vendo.
“Aplicou lodo aos meus olhos....” Os fariseus não aceitavam esta
cura como vinda da parte de Deus, pois o dia em que Jesus curou este homem era
sábado e com isso acusavam Jesus por não guardar o sábado.
Para os fariseus fazer
lodo com a saliva num dia de sábado era pecado, e quebrava o mandamento de Deus
que diz: “nenhuma obra farei”. Por esta razão Jesus faz e aplica lodo nos olhos
do cego para mostrar que Ele é o Senhor do sábado. Por isso, alguns dos
fariseus diziam: Esse homem não é de Deus, porque não guarda o sábado. Diziam
outros: Como pode um homem pecador fazer tamanhos sinais?
E houve dissensão entre
eles. Jesus havia curado este homem da sua cegueira. Sendo ele um cego de
nascença os judeus acreditavam que este homem era um pecador ou sofria com
consequências de pecados cometidos por seus pais, para ter nascido cego. Mas
Jesus diz que a cegueira deste homem era para que fosse manifesta na vida dele
a glória de Deus e então vai até ele e o cura.
Eles acusavam a Jesus de
ter feito lodo em dia de sábado (trabalho) e curado um cego, mas na verdade no
quarto mandamento, LEMBRA-TE DO DIA DE SÁBADO PARA O SANTIFICAR (Êxodo capítulo
20, versículos de 8 a 11), não diz ser proibido o que Jesus fez, isso foram
regras acrescentadas por eles mesmos.
O cego passa a defender a
Jesus na frente dos fariseus, agora ele reconhecia que Jesus não poderia ser um
pecador como os fariseus afirmavam. E que Jesus temia a Deus e fazia a sua
vontade e por isso o curou.
Os fariseus retrucaram o
acusando dizendo que ele era um pecador e queria ensinar a eles e expulsaram
ele da sinagoga.
Os fariseus endureceram
ainda mais seus corações contra Jesus e não criam que ele era vindo de Deus,
porém o homem que foi curado por ele já demonstrava crer em Jesus.
5.3. Os sabatistas usufruem do sábado.
Os guardadores de sábado tem conforto no sábado com trânsito seguro,
luz, refrigeração, computador, ventiladores, ar-condicionado, alarmes, e etc,
em casa e nas suas denominações, graças a uns “profanadores”.
Eles têm na “igreja”: som, luz, projetor, computador, ventiladores,
porque tem gente trabalhando para fornecer energia. O gás trocado no condomínio
(no sábado) onde guardadores de sábado moram, permite a esses que tenham sua
cevada e comida quentes no sábado. E depois, aparecem uns sabatistas dizendo
que não colocam o lixo na lixeira na sexta-feira, para não ser “cúmplice” da profanação
de coleta dos lixeiros no sábado. Isso é não uma incoerência.
Os observadores do sábado
pregam a guarda do sábado, mas ao mesmo tempo, usufruem do conforto
proporcionado pelo trabalho de outros no sábado. (Ora, quem é contra pescaria...
não deve comer peixe, isso é hipocrisia). Cozinhar um ovo no sábado é
“pecado...”, mas parece que desfrutar do resultado da “profanação” dos outros
não é.
Por que os sabatistas não fazem como os judeus, que no sábado desligam
até a energia elétrica? Ah, mas isso seria muito “radical”, sem conforto..., a
“igreja” não ganharia muitos fiéis.
Não dá para dormir no sábado sem ar condicionado nas noites muito
quentes de verão, não é? Então, que operadores da Cia de força e luz
profanem o sábado, ou, usemos a interpretação “elástica” dos guardadores do
sábado e isso vira “fazer o bem” e tudo ok.
Mas quando no sábado,
Jesus libertou a moça da sua enfermidade a qual havia sido debilitada por 18
anos, os mestres da sinagoga ficaram indignados:
“O chefe da sinagoga,
indignado de ver que Jesus curava no sábado, disse a multidão: Seis dias há em
que se deve trabalhar; vinde, pois, nesses dias para serdes curados e não no
sábado. Disse-lhe, porém, o Senhor: Hipócritas, cada um de vós não desprende da
manjedoura, no sábado, o seu boi ou seu jumento, para levá-lo a beber? Porque
motivo não se devia livrar deste cativeiro, em dia de sábado, esta filha de
Abraão, a quem Satanás trazia presa há dezoito anos?” (Lc 13.14-16).
Em Lucas 6.9, alguns
judeus tentaram matar Jesus, porque Ele estava violando o sábado em sua maneira
ortodoxa do Antigo Testamento.
Os observadores do sábado
doam cestas básicas (louvável), mas se o pobre carente pedir ajuda para
consertar o telhado, a maioria deles se esquiva. Não pode carregar uma telha,
mas o ex-paralítico pôde carregar sua cama em Jerusalém (Jo 5.1-9)? Não era uma
tarefa que podia ser evitada? Era necessário carregar a cama?
6. Jesus aboliu o
sábado.
Apesar de Jesus ter
cumprido toda lei, os fariseus condenaram-no pelos seus feitos no dia de sábado.
A respeito dele diz no evangelho de João:
“E os judeus perseguiram a
Jesus, porque fazia estas coisas no sábado. Mas, Ele lhes disse: Meu Pai
trabalha até agora, e Eu trabalho também. Por isso, pois, os judeus ainda mais
procuravam matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que
Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus” (Jo 5.16-18).
Observe que assim como os
judeus era inadmissível Jesus ser Filho de Deus enquanto violava o sábado, para
os sabatistas é impossível admitir que os evangélicos sejam filhos de Deus
enquanto guardam o domingo em substituição ao sábado.
“O sábado foi estabelecido
por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; de sorte que o Filho do
Homem é senhor também do sábado” (Mc 2.27-28).
[...] Aqui, como o “Filho
do Homem” é representante do homem, a favor de quem o sábado foi feito, Jesus
defendeu os discípulos e os justificou contra a acusação de estarem quebrando o
sábado. E, como “Senhor do sábado”, Ele tinha autoridade para dispor deste dia
como bem quisesse.
Mas de maneira nenhuma
Jesus justificaria os discípulos por furtar, matar etc., mesmo que fosse por
necessidade. Jesus diferenciou o sábado dos outros mandamentos da lei,
exatamente por ser de natureza puramente cerimonial. O texto de Marcos ensina
que o sábado, ou dia do descanso, deve servir ao homem [Abraão de Almeida.
Revista Obreiro P. 29].
O Senhorio de Cristo sobre
o sábado abriu caminho para a igreja primitiva abandonar a obrigação de guardar
o sétimo (Rm 14.5; Gl 4.10). A principal lição deste trecho é mostrar que a lei
do sábado não tem aplicação na igreja cristã; muito menos teria restrição sobre
Cristo, o Senhor do sábado e Criador de tudo e de todos. Com estas palavras,
Jesus defendia o princípio moral do quarto mandamento do Decálogo, condenando
abertamente o cerimonialismo, e revela a Sua autoridade divina sobre o sábado,
para cumpri-lo, aboli-lo ou mudá-lo.
Os fariseus colocavam o
sábado judaico em plano superior a Deus, porque os três primeiros mandamentos
da lei dizem respeito aos deveres do homem para com Deus e são morais, de
natureza transcendental a todos os demais, os outros falam das relações do
homem com seus semelhantes. Os três primeiros mandamentos prendem o homem ao
dever de adorar exclusivamente a Deus, cujo nome não deve ser profanado nem
igualado a outro nome de qualquer ser existente no universo, visto que Ele é o
único Deus, o único ser que merece adoração e louvor. Porém os homens tornaram
o sábado em ídolo, ao proclamá-lo superior aos deveres do homem para com Deus.
Tais ensinos e revelações que introduzem ao povo estão totalmente fora da
Palavra de Deus.
[....] Jesus não condenou
o princípio de um dia de descanso para o homem. Ele apenas reprovou o absurdo
dos líderes judaicos na guarda do sábado (Mt 12.1-8; Lc 13.10-17; 14.1-6). Ele
ainda afirmou que o princípio da santificação de um dia de descanso semanal
dado por Deus para o bem estar espiritual e físico do homem.
“E acrescentou: O sábado
foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” (Mc
2.27). [Silas Daniel. Manual do Obreiro ano 27 –nº 29 – 2005. P.49].
Uma das provas da abolição
por Cristo do dever da observância do sistema sabático e o sábado do Senhor é a
absoluta ausência desse dever no conteúdo do Novo Testamento. Enquanto encontramos
os outros mandamentos do Decálogo citados direta ou indiretamente em muitos
textos do N.T., como deveres morais inerentes à vida cristã, não deparamos ali
uma vez sequer com a citação do quarto mandamento como dever do cidadão. Por
que assim acontece? Cremos que Jesus não era estulto, e, havendo criado o mundo
com diferentes sistemas de fusos horários, Ele sabia ser impossível à
humanidade guardar o sábado semanal com rigor constante do mandamento de
Levítico 23.32, a saber no mesmo horário, ao mesmo tempo.
JESUS É
O NOSSO SÁBADO
O sábado em Jesus e na
Nova Aliança não é relacionado ao legalismo. É relacionado com entrar no
repouso e viver desfrutando da presença de Cristo, o Senhor do sábado. No
contexto do sábado, Jesus que é o Senhor e Criador do sábado disse:
“Vinde a mim, todos os que
estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu
jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis
descanso para a vossa alma. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim,
porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma”
(Mt 11.28-29).
Os judeus estavam
sobrecarregados pelo fardo dos fariseus, as exigências da lei e as tradições
judaicas para serem salvos. O generoso convite de Jesus destina: “a todos os
que estais cansado, aflitos e oprimido”.
Jesus é o Senhor do
sábado, Ele, portanto, oferece o verdadeiro descanso e o verdadeiro repouso.
Quem vem a Jesus e torna-se Seu servo e faz a sua vontade, Ele o alivia de suas
insuportáveis aflições e lhe dará descanso, paz, e seu Espírito Santo como
guia. Deste modo podemos suportar as provações e inquietações da vida, com o
auxílio e a graça de Deus.
Jesus chamou a todos para
virem diante Dele encontrar e terem verdadeira libertação e descanso Nele, o
Senhor do Sábado.
Em Deus repousamos: “Nós,
porém, que cremos, entramos no descanso...” (Hb 4.3). Este repouso existe
porque Deus repousa em nós através de Seu Filho Jesus Cristo. Viver no descanso
do Senhor, é encontrar aceitação, paz, conforto e plenitude nos braços de amor
do nosso amado Jesus, o Senhor e Criador do sábado. Este descanso é viver
continuamente na presença do Senhor.
A plenitude do descanso em
Cristo, é através do seu sangue, é o cessar do nosso esforço para realizar
obras, ritos e dias que paguem o preço por nossos pecados. É depender do sangue
de Jesus para cobrir a divida que o nosso pecado tem feito, e nos justificar
diante de Deus. A Dívida foi paga, fomos lavados, limpos, purificados e
novamente aceitos diante de Deus (Efésios 2.8-9).
A obra para assegurar a
nossa permanência diante de Deus foi terminada através da obediência de Cristo,
e Sua obra na Cruz. Por causa disso, nós temos o verdadeiro descanso. Devemos
descansar somente em sua obra, através da fé, confiar apenas nela como meio de
justificação, redenção, salvação e aceitação.
[...] A ressurreição de
Jesus assinalou o clímax de Sua obra redentora (Rm 4.25; 1ª Pe 1.3) e que os
cristãos primitivos começaram reunindo-se no primeiro dia da semana em
comemoração a esse grande acontecimento. Cristo chamou-se Senhor do Sábado (Mc
2.28) e o primeiro dia da semana ficou depois conhecido como Dia do Senhor (Ap
1.10). Desde então o sábado do primeiro dia tem sido aceito pela vasta maioria
dos cristão [Comentário da Bíblia Shedd. Pg. 260].
O APÓSTOLO PAULO
E O SÁBADO
“Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou a
vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado? Quero
apenas saber isto de vós, (Paulo estava irado, irritado com aquela
Igreja. Vamos entender), recebestes o
Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé? Sois assim insensatos que,
tendo começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne?
Terá sido em vão que tantas cousas
sofrestes? Se, na verdade, foram em vão. Aquele, pois, que vos concede o Espírito e
que opera milagres entre vós, porventura, o faz pelas obras da lei ou pela
pregação da fé?” O que nós devemos seguir e viver? (Gálatas 3.1-5).
O apóstolo
Paulo ficou perplexo com a rapidez com que os crentes gálatas haviam se desviado
da fé. Eram filhos da fé de Paulo, foram evangelizados e doutrinados pelo
apóstolo. Tão depressa se desviaram para seguir a estranhos, e o pior, um
evangelho contraditório.
Paulo começa a
defesa de seu evangelho relembrando aos Gálatas de que sua vida cristã, que
teve início com Cristo crucificado e foi certificada pelo Espírito Santo,
estava completamente separada da lei. Eles seriam tolos de abandonar o caminho
de Deus e tentar alcançar a perfeição por seus próprios esforços.
Paulo se lembra dos tempos obscuros do
legalismo (período de obras mortas (3.2)). “Começar no Espírito e aperfeiçoar
na carne” (3.3), para o Apóstolo Paulo não é um aperfeiçoamento, mas
retrocesso; voltar para as obras da lei.
Esse
evangelho, cuja ação é questionada, como dom espiritual dos Gálatas (cf. a
mesma argumentação em 2.7-9, não foi ele que os libertou da lei? Vocês querem
agora concluir carnalmente o que iniciaram espiritualmente? Paulo explica aos Gálatas
que sua obediência a lei significa uma recaída na situação que eles há muito
haviam superado. A lei, por sua vez, não pode modificar o Evangelho dado por
Cristo.
Paulo finaliza esta passagem revelando que o
Espírito Santo, que opera milagres, que dá entendimento e que foi concedido
mediante a Fé, está isento do cumprimento da lei (3.5). Ainda hoje, há algumas
igrejas que têm introduzido práticas legalistas.
Foi muito difícil para a Igreja primitiva, constituída a
princípio de judeus, aceitarem também que a porta da fé foi aberta aos nós
gentios. Todos os pactos, a adoção de filhos, as alianças, as promessas e etc.,
foram dados ao povo judeu: “Isto é, estes filhos de Deus não são
propriamente os da carne, mas devem ser considerados como descendência os
filhos da promessa” (Rm 9.8).
Deus trouxe uma revelação bem clara ao apóstolo Pedro,
através daquele lençol que descia do céu, com todo tipo de animais, que para os
judeus eram imundos (At 10.9-48), que nós gentios também fomos feitos um com
eles (Ef 2.14).
“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e
não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão” (Gl 5.1).
No ensino de Paulo aos
Gálatas, os crentes estavam voltando à escravidão da qual haviam sido libertos
(Gl 5.1). Estavam retornando aos “rudimentos da lei”. A palavra é usada pelo
apóstolo Paulo para identificar os elementos da religião judaica como guarda de
dias. E, que sempre encerrava um sentido cerimonial relativo ao culto judaico.
E se Cristo cumpriu a lei, logicamente aboliu com ela também a guarda do sábado
semanal; por ser Cristo superior ao sábado (Mc 2.27-28).
Paulo, referindo-se à lei,
não faz qualquer distinção entre moral e cerimonial. Em Gl 5.4, ele diz que os
que querem justificar-se pela lei estão separados de Cristo; que são malditos
os que na permanecerem em todas as coisas da lei.
A questão não é o sábado o
em si, mas o fato de não estarmos debaixo da lei e, sim, da graça (Gl 5.4) Quem
se submete à prática de pelo menos um preceito da lei é obrigado cumpri-la toda
(Gl 5.3). E se alguém tropeçar em um ponto da lei é culpado por todos os outros
(Tg 2.7).
“Ninguém, pois, vos julgue
por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou
sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir;
porém o corpo é de Cristo” (Cl 2.16-17).
As celebrações judaicas de
descanso e cessação (sabath) eram anuais (festas), mensais (luas novas)
e semanais (os sábados). Pôr-se debaixo desse jugo é ser dominado ao bel prazer
dos judaizantes, inchados em compreensão não espirituais (carnais).
Por isso, quando os
apóstolos se reúnem em Jerusalém para determinar se os gentios convertidos
devem ou não se submeter à observância da circuncisão e das ordenanças do sabath
e dos alimentos levíticos, chegam à conclusão que eles foram dispensados por
DEUS, salvos pela Graça (At 15.1-31). Por isso o apóstolo Paulo, movido pelo
Espírito Santo de DEUS, escreveu suas exortações aos irmãos da igreja local da Galáxia,
a Epístola aos Gálatas.
Paulo declara que o sábado
semanal fazia parte das ordenanças da lei que foram cravadas na cruz, pois não
passavam de sombras, indicando, assim, que o verdadeiro descanso encontra em
Jesus (Mt 11.28-30).
Como podemos ver, à luz da Palavra de Deus, não foram apenas os dias de festas, as luas novas
cravados na cruz, mas também os sábados. E devemos saber que esses sábados não
são os sábados anuais, porque os chamados sábados anuais ou cerimoniais são
identificados no texto em pauta pela expressão dias de festas.
Os sábados anuais ou cerimoniais eram chamados de festas, e eles já
estão incluídos na frase dias de festa, em Cl 2.16. Esses dias de festa ou sábados anuais eram designados
como tais.
A fórmula dias de festa, luas novas e sábados serve para indicar os dias
sagrados anuais, mensais e semanais: Vejamos o exemplo abaixo:
Em Números 28 encontramos os
holocaustos para os sábados (semanais), para as luas novas (mensais) e para os
dias de festa (anuais) nos seguintes versículos:
O sábado do Senhor: “...
no dia de sábado dois cordeiros de um ano, sem mancha... Holocausto é do sábado
em cada semana...” (vv. 9,10).
A festa da lua nova. “E as
suas libações serão a metade dum him de vinho para um bezerro... este é o
holocausto da lua nova de cada mês, segundo os meses do ano” (v. 14).
Dia de festas. “Porém no
mês primeiro, aos catorze dias do mês, é a páscoa do Senhor; e aos quinze dias
do mesmo mês haverá festa; sete dias se comerão pães asmos” (vv. 16,17).
O significado dos períodos desses dois textos é o
mesmo dos anteriores.
As palavras sábado, sábados e dia de sábado (no
singular ou no plural) ocorrem sessenta vezes no Novo Testamento. Mas os
adventistas do sétimo dia reconhecem que apenas 59 dos casos se referem ao
sábado semanal. Negam justamente o texto de Cl 2.16. Dizem eles:
“Os termos sábado, sábados
e dia de sábado ocorrem sessenta vezes no Novo Testamento e em cada caso,
exceto um, refere-se ao sétimo dia. Colossenses
2.16,17 faz referência aos sábados anuais relacionados com as três
festas anuais observadas por Israel antes do primeiro advento de Cristo” (Estudos bíblicos, p. 378, CPB).
Se perguntarmos aos adventistas qual o sentido da palavra sábados em
qualquer passagem do Novo Testamento em que ela aparece, a resposta será sempre
a mesma: sábado semanal. A única exceção é Colossenses 2.16. Por quê? Porque teriam de reconhecer a
procedência da nossa declaração de que, segundo essa referência bíblica, o
sábado semanal deixou de ser uma obrigação para os cristãos.
Se nas passagens do Novo
Testamento relacionadas acima onde se encontra o plural SÁBADOS ele quer dizer
o sábado semanal, por que só em Colossenses, haveria de ser o tal sábado
cerimonial das solenidades anuais?
“Porque, como os céus novos, e a terra nova,
que hei de fazer, estarão diante de minha face, diz o Criador, assim há de
estar a vossa posteridade e vosso nome. E será que desde uma lua nova
até à outra, e desde um sábado até ao outro, vira toda a carne a adorar perante
mim, diz o Criador” (Is 66.22-23).
O que o Senhor está
dizendo? Que iremos à presença do Criador de sábado em sábado ou de um sábado
ao outro.
“....desde uma lua nova até à outra, e desde um sábado até ao
outro...”. Por que os sabatistas só pegam a segunda parte do verso e
não o verso todo? Veja que o verso também fala dos que guardam as festas da lua
nova. A expressão que o profeta está usando, não é que o fato de estar sendo
mencionado o dia de sábado, está dando uma confirmação de que estaremos
guardando este dia, pois se assim for, os que guardam as festas da lua nova
estarão lá também e são pessoas que observam festas pagãs, para não dizer satânicas,
certo? Mas a ênfase não está nos dias, veja que se está falando em um período
de um sábado até o outro, ou seja, um ciclo interminável é mais ou menos assim:
abriremos o restaurante de sábado a sábado. Assim o verso está nos dizendo que
não haverá um dia sequer que não estaremos na presença do Criador. Se refletirmos
sem nenhum preendimento doutrinário, tenho a absoluta certeza que verás
exatamente como deve, ou seja, é uma expressão de infinito, ininterrupto, sem
fim.
Segundo, a menção da festa da Lua Nova em Is 66.23 deve ser entendida
não como o restabelecimento da antiga festa judaica, mas como um encontro
mensal dos salvos na Nova Terra. A versão católica Matos Soares traduz: “E será
que DE MÊS EM MÊS e de um sábado a outro virá toda a carne a adorar perante
MIM”; a Bíblia Viva traz: “Toda a humanidade virá Me adorar, a cada semana e a
CADA MÊS”.
Aos sacrifícios litúrgicos
dos sábados hebdomadários e dos primeiros dias (=lua nova) de cada mês, os
israelitas deveriam acrescentar holocaustos concernentes às festas, a começar
pela da páscoa, a primeira de cada ano, com a discriminação do ritualismo dos
holocaustos de cada uma.
À base dessas Escrituras
(Lv 23 e Nm 28-29) tem-se o calendário litúrgico com os ritos sacrificais:
semana, mês e ano, designados, respectivamente, pelas palavras “SÁBADOS, LUAS
NOVAS E FESTAS”.
Quando Davi
transmitiu a Salomão o trono real, dentre todas as suas recomendações, ao
destacar os turnos e as funções dos levitas, às ordens dos “filhos de Arão no
ministério da casa do Senhor”, das quais também era a de “E para estarem
cada manhã em pé para louvarem e celebrarem ao SENHOR; e semelhantemente à
tarde; E para oferecerem os holocaustos do SENHOR, aos SÁBADOS, nas LUAS
NOVAS, e nas SOLENIDADES (=FESTAS), segundo o seu número e costume,
continuamente perante o SENHOR” (1º Cr 23.30-31).
Na
circunstancia de solicitar a colaboração do rei de Tiro para a construção do
Templo, Salomão pede-lhe: “E Salomão mandou dizer a Hirão, rei de Tiro: Como fizeste com Davi meu
pai, mandando-lhe cedros, para edificar uma casa em que morasse, assim também
faze comigo. Eis que estou para edificar uma casa ao nome do SENHOR meu Deus,
para lhe consagrar, para queimar perante ele incenso aromático, e para a
apresentação contínua do pão da proposição, para os holocaustos da manhã e da
tarde, nos SÁBADOS e nas LUAS NOVAS, e nas FESTIVIDADES do SENHOR nosso Deus; o
que é obrigação perpétua de Israel” (2º Cr 2.3-4).
Salientou-se o
rei Ezequias como o restaurador do culto e das celebrações litúrgicas dos sacrifícios.
“Também
estabeleceu a parte da fazenda do rei para os holocaustos; para os holocaustos
da manhã e da tarde, e para os holocaustos dos SÁBADOS, e das LUAS
NOVAS, e das SOLENIDADES; como está escrito na lei do SENHOR”
(2º Cr 31.3).
Tendo sido reedificado
o templo após o exílio babilônico, coube a Neemias reconstruir os muros de
Jerusalém, após a leitura pública da Lei, restabelecer outra vez o culto.
“Também sobre nós
pusemos preceitos, impondo-nos cada ano a terça parte de um siclo, para o ministério
da casa do nosso Deus; Para os pães da proposição, para a contínua oferta de
alimentos, e para o contínuo holocausto dos SÁBADOS, das LUAS NOVAS,
para as FESTAS SOLENES, para as coisas sagradas, e para os sacrifícios
pelo pecado, para expiação de Israel, e para toda a obra da casa do nosso Deus”
(Ne 10.32-33).
Em todos esses
textos, consoante as prescrições do livro de Números (28-29), sob a fórmula
consagrada como num refrão: “SÁBADOS,
LUAS NOVAS e FESTAS”, destaca-se a ordem natural e lógica dos holocaustos
diários, semanais, mensais e anuais.
À luz dessas
Escrituras seria ilógico e aberrante mesmo supor-se serem os SÁBADOS aludidos
em Oséias 2.11 e em Colossenses 2.16 os tais sábados anuais, sinônimos de
FESTAS.
Teríamos a
seguir-se esta aberração, a referência em todos aqueles textos dos sacrifícios
diários, ANUAIS, mensais e, de novo, ANUAIS.
Seria uma
enumeração desprovida de ordem e lógica porque dos holocaustos diários
passar-se-ia aos anuais, omitindo-se os semanais e os mensais, e dos anuais
votar-se-ia aos mensais para tornar novamente aos sacrifícios anuais.
Confundirem-se
os SÁBADOS das perícopes de Oséias 2.11 e de Colossenses 2.15 com as
solenidades ou festas anuais é incorrer-se num pleonasmo sem sentido. Um
pleonasmo e inconsequente com descabido sintoma de escandaloso sofisma. Com
efeito, os dias de sacrifícios anuais, então, seriam apresentados, em Oséias e
em Colossenses, duas vezes uma sob a palavra FESTA e outra sob o nome de
SÁBADOS, incorrendo-se, em desacordo com Lv. 23.3, na omissão do dia dos
sacrifícios semanais, o dia mais importante de todos.
Vamos, porém,
ler outra vez as duas Escrituras:
Os 2.11: “E farei cessar
todo o seu gozo, as suas FESTAS, as suas luas novas, e os seus SÁBADOS, e todas
as suas festividades”.
Cl. 2.16: “Portanto, ninguém
vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de FESTA, ou da lua
nova, ou dos SÁBADOS”.
Ora, se os
sábados são as mesmas festas anuais, ou se os sábados estão incluídos nessas
festas, por que destaca-los das festas?
E nem se
alegue aqui no caso a equivalência superlativo, absolutamente impossível, dada
a interposição da expressão: “as suas luas novas” e “da lua
nova” entre as palavras FESTAS e SÁBADOS.
Concluímos que
o termo plural SÁBADOS corresponde
aos sábados semanais, “sombras das coisas futuras”.
No próprio
Velho Testamento fui achar o emprego desse plural. “Estas são as
solenidades do SENHOR... Além dos SÁBADOS do SENHOR...” (Lv 23.37-38).
Ainda a locução plural “MEUS SÁBADOS”, oito vezes repetida em
Ezequiel (20.12, 13, 16, 20, 21; 22.8, 26; 23.38), “SÁBADOS” (Ez
45.17; 46.3) sempre se referem ao sábado hebdomadário como, de resto, todos os
sabatistas admitem e defendem.
Se nas
passagens do Novo Testamento relacionadas acima onde se encontra o plural
SÁBADOS ele quer dizer o sábado semanal, por que só em Cl 2.16 haveria de ser o
tal sábado cerimonial das solenidades anuais?
Faltaria
sentido! E semelhante argumento sabático revela desespero de causa!
Tanto em Oséias 2.11 como em Colossenses 2.16
deparamo-nos com a fórmula: “DIAS DE FESTA, LUAS NOVAS E SÁBADOS”.
Essa fórmula
se refere aos dias santificados ANUAIS, MENSAIS e SEMANAIS.
Se em Levítico
23 se distinguem as datas do calendário das solenidades com suas
características específicas, em Números 28 e 29 se prescrevem os pormenores
rituais dos sacrifícios.
Além do
holocausto diário de dois cordeiros, um de manhã e outro à tarde (cf. vvs.
3-4), nos sábados hebdomadários, “além do holocausto contínuo”, sacrificavam-se
dois outros cordeiros como oferendas de manjares e libações (vvs. 9-10). “Holocausto é de cada SÁBADO, além do
holocausto contínuo, e a sua libação” (v. 10).
Em Oséias
2.11: “E
farei cessar todo o seu gozo, as suas FESTAS, as suas LUAS NOVAS, e os seus
SÁBADOS, e todas as suas festividades.”, é o anúncio da abolição, da
supressão, da extinção, do fim de todo o cerimonialismo judaico, incluindo o
SÁBADO SEMANAL por se este também do conjunto das disposições cerimoniais do
pacto das obras.
Em Jesus
Cristo cumpriu-se a promessa ao ser na cruz cravada a “cédula”: “Portanto, ninguém
vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de FESTA, ou da LUA
NOVA, ou dos SÁBADOS” (Cl 2.16).
O sábado cerimonial, ou
anual, já está incluído na expressão “dias de festas”, que são as festas
anuais, “lua nova”, mensais e “sábados”, festa semanal. No versículo seguinte o
apóstolo diz: “Que são sobras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo” (Cl
2.17). Isto é: são figuras das coisas futuras, que se cumpriram em Jesus. Foi
por isso que Jesus afirmou ser o Senhor do sábado (Mc 2.28). “...ministério
tanto mais excelente, quanto é mediador de uma melhor aliança que está
confirmada em melhores promessas” (Hb 8.6).
Sábado, aqui, refere-se o
dia semanal da lei judaica, portanto, ninguém vos julgue por isto. O sentido
moral é a necessidade de se descansar um dia por semana, valendo para esse fim,
qualquer deles. Sobre esta questão escreveu Paulo aos Romanos dizendo:
“Um faz diferença entre
dia e dia, outro julga igual todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida
em sua própria mente” (Rm 14.5).
Paulo era um cristão
emancipado quanto legalismo. Ele tanto se adaptou com os crentes judeus, como
os gentios. Mas nem todos compreendiam esta maneira de pensar por falta de
instrução ou debilidade de fé. Ele explica um faz diferença de dias, mas o
outro julga ser igual cada dia. Por quê? Porque para Deus não faz diferença se
guardarmos um dia ou outro para o Senhor, pois todos os dias de nossa vida
devem ser para Ele. Porém, nós cristãos preferimos ficar com Paulo e com os
demais apóstolos de Cristo, que julgavam a lei apenas uma sobra das coisas
futuras, conforme Hb 10.1 que diz: “Ora, visto que a lei tem sombra dos bens
vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os
ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles
oferecem”.
Você será sempre aceito do
mesmo modo como era o judeu ao guardar o sábado semanal de acordo com a lei,
pois na atualidade, Deus deve ser adorado em espírito e em verdade, portanto, é
agradável em qualquer nação e lugar que assim o adore.
Não há evidência na Bíblia
de que o mandamento do sábado é parte da lei moral e universal. É parte da lei
cerimonial dada a Israel. Este sábado é um símbolo destinado a lembrar a Israel
a vinda do Messias.
Seria a guarda do sábado
um preceito moral quando Paulo compara a guarda do sábado como algo que
implicava na perda de salvação?
“Mas agora, conhecendo a
Deus, ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses
rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir? Guardais dias, e
meses, e tempos, e anos. Receio de vós, que não haja trabalhado em vão para
convosco” (Gálatas 4.9-11).
Muitos desses
gálatas se converteram dos ídolos e do paganismo ao cristianismo. Isso
significa que eles foram libertos da escravidão pagã, dos rudimentos desse
mundo. Com a intromissão dos judaizantes, eles se submeteram aos rituais
judaicos. Saíram da escravidão pagã e agora estavam na escravidão da lei,
observando os rituais da lei, crendo assim seriam melhor aceitos por Deus.
O apóstolo Paulo
mostra que eles desceram de nível espiritual, deixando a condição de filhos e
retornado a condição de escravo. O que pensavam ser um progresso espiritual,
era na verdade uma recaída.
Paulo tem a compreensão que o Judaísmo, ainda
que tenha vindo de Abraão, passando por Moisés e os Profetas, agora já não tem
mais valor. Paulo descreve esse período como “rudimentos fracos e pobres”.
Por isso o
apóstolo menciona o valor transitório dos ritos judaicos e diz que se eles
agora conhecem a Deus, por que estão voltando outra vez aos rudimentos fracos e
pobres da lei, tais como: “Guardais dias, e meses, e tempos, e anos”
(Gl 4.10).
Os crentes da
Galáxia foram conduzidos ao ritualismo dos judaizantes. “Dias” se refere ao
sábado bem como aos dias de festa. “Meses” e tempos dizem respeito a
observâncias mais longas, como as celebrações entre a Páscoa e o dia de
Pentecostes. São uma referência à celebrações como as mencionadas com sarcasmo
por Isaías (Is 1.14). “Tempos” indicam as celebrações festivas, e “anos”, provavelmente
indicam o Ano do Jubileu, o quinquagésimo ano no qual os escravos deveriam ser
libertos e as terras devolvidas aos seus primeiros proprietários (Lv 23 a 25). Os judeus comemoravam todas essas festas para agradar a Deus.
Paulo colocou essa observância ritual na mesma categoria dos festivais pagãos,
nos quais a observância de acontecimentos foi distorcida em ritual legalista.
Guardar dias, meses, tempos e anos (4.10)
revela a facilidade com que os judeus guardavam a lei e as tradições. Neste
cenário saudosista, Paulo questiona se o seu trabalho evangelístico não foi em
vão (4.11). O apóstolo, sabiamente percebeu que o judaísmo foi estabelecido
para que a compreensão de Cristo fosse mais profunda.
A preocupação
de Paulo determinava que o zelo pode ser mal orientado. O zelo que tinham pela lei os estava deixando cegos para a
liberdade e a verdade encontradas em Cristo. Mas,
considerando o falso ensino que havia no meio deles, o apóstolo tem um bom
motivo para estar perplexo com a condição espiritual dos gálatas (Gl 4.17, 18).
E esta tem sido a preocupação das lideranças de hoje com suas ovelhas.
Seria a guarda do sábado
um preceito moral considerando que Paulo anunciou todo o conselho de Deus e não
deixou nada do que fosse útil ensinar aos cristãos e nunca mandou guardar o
sábado? (Atos 20.20-27).
O ENSINO JUDAICO
“E Paulo, como tinha por
costume, foi ter com eles; e por três sábados disputou com eles sobre as
Escrituras, 3 Expondo e demonstrando que convinha que o Cristo padecesse e
ressuscitasse dentre os mortos. E este Jesus, que vos anuncio, dizia ele, é o
Cristo.” (At 17.2).
Como
costume, os judeus não convertido se reuniam na sinagoga no dia de sábado para
o estudo da Torá. Então Paulo usa de estratégia, como se fosse judeu para
ganhar os judeus para Cristo. Ele aproveita o ensejo da reunião judaica para
levar o evangelho aos seus irmãos que não conheciam a Cristo. Paulo usou muitas
vezes está estratégia; “fiz-me de judeu para ganhar os judeus” (1ª Co 9.20-21).
Embora tenha sido perseguido por seus irmãos judeus, Paulo nunca deixou de se
preocupar com a alma deles (Rm 9.1-5).
Esses
judeus não tinham a mentes fechadas; de bom grado receberam a palavra. E também
não eram ingênuos, examinando cada dia nas Escrituras (At 17.11).
A
estratégia que Paulo usou para ganhar seus irmãos judeus que tinha o costume de
se reunirem no sábado, também pode ser usada por nós cristãos convertidos e
conhecedores da verdade, para tirar aqueles que ainda estão debaixo da maldição
da lei.
OS SABATISTAS
NÃO CUMPREM A GUARDA DO SÁBADO
O conceito perpétuo,
defendido pelos que guardam o sábado, inclui além do sábado: A festa da páscoa
(Êx 32.14); As purificações (Êx 30.21); Os festivais sagrados (Lv 23.21); As
festas dos tabernáculos (Lv 23.41); A circuncisão (Gn 17.12, 13). As festas da
lua nova (Is 66.22 - 23).
Os sabatistas clássicos
dos dias atuais julgam-nos pelo comer, pelo beber, por causa dos sábados (Cl
2.16), e não nos reconhecem como cristãos autênticos.
O Talmud foi além do que
prescreveu Moisés em Levítico 11. Biblicamente, os judeus não são proibidos de
comerem carne com leite, pois a ordem de Levítico é para não cozer o cabrito no
leite de sua mãe (Êx 23.19; 34.26; Dt 14.21). Os sabatistas, no entanto, foram
além do Talmud, incentivando o vegetarismo contrariando os ensinamentos de Deus
ao povo de Israel: “Disse o SENHOR a Moisés e a Arão na terra do Egito.... “Naquela
noite, comerão a carne assada no fogo; com pães asmos e ervas amargas a
comerão” (Êx 12.1, 8).
A páscoa no heb. Pesah,
significa “passagem”. Festa com que os israelitas comemoraram a saída do Egito,
e a passagem à libertação e à comunhão plena com Deus.
A ordem divina dada a
Moisés, no entanto era para que cada família tomasse um cordeiro e comessem
assado no fogo no dia determinado por Deus. Mas se comer carne hoje é pecado
para alguns, então Deus não teria instruído o Seu povo a comer no dia da saída.
Ainda hoje os judeus
ortodoxos não acendem lâmpada no dia de sábado, não põe em funcionamento um
elevador aos sábados, pois consideram tais atos como a quebra do sétimo dia (Êx
35.3). Os elevadores dos edifícios em Israel são programados para tornar
possível à chegada da pessoa ao andar desejado sem necessidade de apertar o
botão. Todavia, os sabatistas não observam esses detalhes, demonstrando que nem
mesmo eles cumprem a guarda do sábado.
DOMINGO O DIA DO SENHOR
“E Jesus, tendo ressuscitado
na manhã do primeiro dia da semana...” (Mc 16.9).
1. O significado do termo.
Alguns alegam que a palavra
“domingo” não consta na Bíblia. É verdade. Não encontramos nos textos originais
a palavra portuguesa “domingo”, como também não encontramos as palavras: Deus,
casa, livro, amor ou sábado, mas, sim, as suas correspondentes nas línguas
hebraica, aramaica ou grega.
A Enciclopédia Histórica
Teológica da Igreja Cristã afirma: A frase “o dia do Senhor” (kuriake emera),
ocorre uma só vez e isto se dá no último livro (Ap. 1.10).
[...] Expressava a
convicção de que o domingo era o dia da ressurreição, quando Cristo Jesus
conquistou a morte, e se tornou o Senhor de todos (Ef 1.20-22). Não há nenhuma
outra ocorrência da expressão de João em toda a Bíblia, nem sequer mesmo na
Septuaginta. A expressão “O Dia do Senhor” (yom YHWH) em Joel 2.1, sempre foi vertida para o grego
como emera kuriou. Vemos aqui duas razões tremendas: a primeira é a
ressurreição de Cristo, que ocorreu, como sabemos, num domingo (Mt 28.1; Mc
16.2; Lc 24.1; Jo 20.1); em segundo lugar vemos distinção do dia senhorial
do dia da parousia (arrebatamento – 1ª T. 2.19; 3.13; 4.15; 5.23), que
também é chamado Dia do Senhor (At 2.20; 1ª Co 5.5; 2ª Pe 3.10; 1ª Ts 5.2). A
palavra kuriakos é uma forma adjetivada da palavra kurios e
significa exatamente “que diz respeito ao Senhor”, “pertencente ao Senhor” ou
“senhorial”. A tradução mais literal de Apocalipse 1.10 seria: “eu fui
arrebato em espírito no dia senhorial”. Como o adjetivo senhorial raramente
é usado, partiu-se para o uso do seu sinônimo: dominical. Por quê? A palavra
‘senhor’ em latim é dominus. Daí vem o adjetivo dominical,
correspondente ao substantivo “senhor” (por ex. Dom Pedro II = senhor
Pedro II). Quando dizemos algo referente ao povo, não dizemos povoal,
mas popular, que vem do latim populus. Por isso dominical
significa referente ao Senhor. Domingo não é importado do paganismo, como saturdey;
nem do judaísmo, como é o sábado. É o nome criado pelo apóstolo João para
comemorar o dia da ressurreição de Cristo, consumando a libertação de toda a
humanidade.
A palavra domingo é
tradução literal da expressão criada por João e vertida para o latim como dominica
die, por sua vez corretamente traduzida da Vulgata para as línguas
neolatinas como domingo (português e espanhol), domenica (italiano) e dimanche
(francês), faladas por cerca de 400 milhões de pessoas”.
Acertadamente, Jerônimo
verteu Kuriakh ‛mera (kyriake hemera)
para a Vulgata Latina como Dominica die
(“dia dominical”, “domingo”) e não como dia domini (“dia do Senhor”). Veja:
“Fui in spiritu in dominica
die et audivi post me vocem magnam tamquam tubae” (Ap 2.10).
Daí, a clássica versão de
Antônio Pereira de Figueiredo traduzir: “Eu fui arrebatado em espírito hum dia
de domingo, e ouvi por detrás de mim uma grande voz, como de trombeta” (1819).
“Dia do Senhor”, é uma
expressão traduzida do original grego kuriake emera, de Apocalipse
1.9-10: “Eu João [...] fui arrebatado em espírito no Dia do Senhor [...]”. A
palavra hebraica para o domingo é Yom
Rishon, que significa “Dia Primeiro”.
Domingo é um vocábulo
exclusivo do cristianismo. Essa palavra, bem como as suas análogas, não existia
em nenhuma língua do mundo até o final do século 1º, quando o apóstolo João
criou a expressão grega: Kuriakh.
Antigos documentos da Igreja
primitiva, transcritos para o russo, relatam que João, encarcerado na ilha de
Patmos, chorava muito ao chegar o primeiro dia da semana, ao lembrar-se das
reuniões para a Ceia do Senhor, celebrada sempre nesse dia: “No primeiro dia da
semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão...” (At 20.7). E foi
justamente em um “primeiro dia da semana” que Jesus, ressuscitado, lhe apareceu
e lhe revelou os maravilhosos eventos do Apocalipse (Ap 1.10).
Vale realçar que o apóstolo
João, ao frisar o dia da semana em que Jesus lhe apareceu, criou uma nova
expressão na língua grega: kyriake hemera.
Expressão esta que deu origem à palavra “domingo”.
Analisemos, agora,
Apocalipse 1.10 à luz do original grego, da etimologia, da hermenêutica
bíblica, da história e dos escritos patrísticos.
2. Eis o que os mais abalizados
biblicistas afirmam sobre a expressão joanina: kyriake hemera:
“Temos aqui a palavra kyriakos, em um sentido adjetivado, isto
é, “pertencente ao Senhor”. Originalmente, esta palavra era usada com o sentido
imperial, como algo que pertencia ao César romano. ‘Os crentes primitivos [...]
aplicaram-na ao domingo, o primeiro dia da semana’. Esse é o uso que se
encontra em Didaché 14 e Inácio,
Magn. 9, que foram escritos não muito depois do Apocalipse”.
“‘O dia do Senhor’, em
Apocalipse 1.10, é tido pela maioria dos autores como o domingo”.
Resgatando verdades
históricas:
Documentos escritos nos três
primeiros séculos, muito antes de Constantino existir (280-337), adotaram e
conservam, todos eles, a mesma expressão concebida pelo apóstolo João para
referir-se ao glorioso dia da ressurreição de Jesus Cristo.
Século 1º: O ensino dos
apóstolos:
Possivelmente, contemporâneo
do Apocalipse: “E no dia do Senhor Kyriake
hemera, congregai-vos para partir o pão e dai graças”.
Século 2º: Escritos de
Melito de Sardes:
Nestes escritos, há um
tratado sobre a adoração no domingo, intitulado: peri kyriakes (acerca do dia dominical), “dia do Senhor”, isto é,
“domingo”.
Ano 115: Epístola de Inácio
aos magnesianos:
“Porque se no dia de hoje
vivermos segundo a maneira do judaísmo, confessamos que não temos recebido a
graça [...] Assim pois, os que haviam andado em práticas antigas alcançaram uma
nova esperança, já sem observar os sábados, porém modelando suas vidas segundo
o ‘dia do Senhor’ (Kyriaken zontes)”.
150-168: Justino Mártir,
Eusébio, Clemente de Alexandria:
Escritores dos séculos 2º e
3º, todos eles também adotaram o Kyriake hemera criado por João para o “dia da
ressurreição”, vertido para o latim como Domínica die (“dia dominical”) e
passado para o português como “domingo”.
As seguintes traduções: de
Antônio Pereira de Figueiredo, do Centro Bíblico Católico, dos Monges de
Maredsous, de João José Pedreira de Castro, do Dr. José Basílio Pereira, do
Mons. Vicente Zioni e Matos Soares, bem como qualquer outra versão do Novo
Testamento para o português ou para o espanhol, feita da Vulgata Latina, trazem
em Apocalipse 1.10 a palavra “domingo”.
3.
A singularidade do nome domingo.
Domingo não é um nome
importado do paganismo, como saturday (“dia de Saturno”), nem do judaísmo, como
shabath (“descanso”).
Domingo não é dia
comemorativo da criação do mundo nem da libertação do povo de Israel, tampouco
dia de descanso, pasmaceira, televisão, futebol, pescarias, clubes ou jogatina.
Domingo é dia de oração, de
adoração, dia de cultuarmos a Deus, dia de atividade espiritual, como
evangelismo, visita aos necessitados, aos encarcerados ou enfermos!
Domingo é o nome de um dia
exclusivo do cristianismo, criado por João para caracterizar e distinguir o dia
da vitória de Jesus sobre a morte, consumando a libertação de toda a
humanidade.
Para o cristão, o sábado
judaico já não é obrigatório. As exigências cerimoniais foram canceladas na
morte de Cristo (Cl 2.14; Rm 14.5-6; Gl 4.9-11). Alem disso, o sábado como dia
fixo semanal de descanso foi parte do pacto entre Deus e Israel somente (Êx
31.13-17; Ez 20.12, 20).
Os cristãos observam o
domingo como dia de repouso pessoal e adoração ao Senhor. É o dia que Jesus
ressurgiu entre os mortos, sendo chamado no N.T. de “o Dia do Senhor”. Uma vez
que o cristão não mais obrigado a observar o sábado judaico, ele tem fortes
razões bíblicas para dedicar um dia, em sete, para seu repouso e adoração a
Deus.
[...] Os gloriosos
acontecimentos do primeiro dia da semana fizeram com que o dia de descanso
tomasse o lugar do sétimo.
Enquanto no sábado do
Antigo Testamento é comemorada a completa execução da extraordinária obra da criação,
infelizmente corrompida pelo pecado, no “sábado cristão”, chamado no Novo
Testamento de “Dia do Senhor”, é comemorada a consumação da obra de redenção,
ainda maior que a da criação. Na lei o sábado era santo, na graça todos os dias
são santos, sendo o primeiro dia separado para o Senhor.
Com a ressurreição de
Jesus, proclamou-se a vitória dos filhos do primeiro Adão. Contudo, os
evangélicos não estão obrigados a guardar o domingo da mesma maneira como os
judeus guardavam o sábado, pois nenhuma recomendação nesse sentido existe no
Novo Testamento.
“Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias.
Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente” (Rm 14.5).
Uma das características marcantes do ensino de
Paulo é que ele sempre relaciona doutrina e dever, fé e conduta. No texto
decorrente ele não apresenta aos seus leitores uma ética pessoal ou individual,
mas estabelecer uma nova comunidade que Cristo estabeleceu com Sua morte e
ressurreição.
Mas observância daquilo
que já foi consumado por Cristo no Calvário é uma ofensa à graça divina. É
contestar a gloriosa obra de redenção, concluída por Jesus, considerando
ineficaz o sacrifício supremo do Filho de Deus [Abraão de Almeida. Revista
Obreiro P. 30].
O propósito espiritual de
um dia de descanso em sete é benéfico ao cristão. No A.T. esse dia era visto
como uma cessação do labor e ao mesmo tempo um dia dedicado a Deus; um período
para se conhecer melhor a Deus e adorá-lo; uma oportunidade para dedicar-se em
casa e em público às coisas de Deus (Nm 28.9; Lv 24.8).
Assim como o sábado era
sinal do conserto de Israel como povo de Deus (Êx 31.16-17), o dia de adoração
do cristão (o domingo) é sinal de que este pertence a Cristo.
Jesus nunca ab-rogou o princípio
de um dia de descanso para o homem. O que Ele reprovou foi o abuso dos líderes
judaicos quanto à guarda do sábado (Mt 12.1-8; Lc 13.10-17; 14.1-6).
Concluindo, optar pela guarda do Domingo como um dia sagrado, seria
consignar um outro erro, trocando apenas de roupa, mas mantendo o mesmo
conteúdo! O nosso dia de repouso é o Domingo, como poderia ser o Sábado ou a
Quarta, mas nenhum deles deve ser tomado como sagrado, uma vez que todos os
dias são abençoados pelo Criador que nos deu um que é superior aos dias, meses,
anos e tradições humanas - JESUS!
CONSTANTINO E O
DOMINGO
Dizem os sabatistas, que o
imperador romano, Constantino, trocou o sábado pelo domingo. Isso não é
verdade. A palavra domingo, como já vimos caracteriza o “Dia do Senhor”.
No
Novo Testamento o sábado é o único mandamento do Decálogo não repetido depois
do dia de Pentecostes que aconteceu após a ressurreição de Cristo e registrado
no capítulo 2 do livro dos Atos dos apóstolos. A Igreja de Cristo fez do
domingo (dia do Senhor) o seu dia de culto conforme Atos capítulo 20 v. 7 que
diz: No primeiro dia da semana (domingo) estando nós reunidos com o fim de
partir o pão, Paulo, que devia seguir de viagem no dia imediato, exortava-os e
prolongou o discurso até à meia-noite.
Dentre as razões da
substituição do sábado pelo domingo como dia semanal de repouso para a Igreja,
destaca-se a seguinte:
1. Cristo ressuscitou no primeiro dia da
semana (Mc 16.9).
“E, no fim do sábado, quando
já despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram
ver o sepulcro” (Mt 28.1).
“E, no primeiro dia da
semana, foram ao sepulcro, de manhã cedo, ao nascer do sol” (Mt 16.2).
“E no primeiro dia da
semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que
tinham preparado, e algumas outras com elas” (Lc 24.1).
“E no primeiro dia da
semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu
a pedra tirada do sepulcro” (Jo 20.1).
“Chegada, pois, a tarde
daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com
medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e
disse-lhes: Paz seja convosco” (Jo 20.19).
O primeiro dia da semana
foi o dia especial das manifestações de Cristo ressuscitado. Manifestou-se
cinco vezes no primeiro domingo e outra vez no domingo seguinte (Lc 24.13, 33,
36; Jo 20.1; Jo 20.13, 19, 26).
O Espírito Santo foi
derramado no dia de Pentecostes, um dia de domingo (Lc 23.15, 16, 21; At
2.1-4).
2.
Os cristãos
dos tempos apostólicos costumavam se reunir aos domingos para celebrar a Santa
Ceia do Senhor, pregar, e separar suas ofertas para o Senhor.
“E no primeiro dia da
semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de
partir no dia seguinte, falava com eles; e prolongou a prática até a
meia-noite” (At 20.7).
“No primeiro dia da semana
cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade,
para que não se façam as coletas quando eu chegar (1ª Co 16.2).
“Quanto à coleta para os
santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia
da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua
prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for” (1º
Co 16.1-2).
O primeiro dia da semana
foi o dia adotado pelos apóstolos como o “dia do Senhor”, que era o domingo.
“No primeiro dia da
semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo, que devia
seguir viagem no dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à
meia-noite” (At 20.7).
3.
O domingo
veio substituir o sábado como dia de culto em celebração da ressurreição.
“Achei-me em espírito,
no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta”
(Ap 1.10). Na época de ser escrito este Livro (95 d.C.), o domingo já tinha
sido consagrado pela a igreja como dia especial de cultuar o Senhor Jesus
Cristo.
“Tendo sido sepultados,
juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados
mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos” (Cl 2.12).
O batismo simboliza a
morte do velho homem (2ª Co 5.17; Gl 6.15), ou seja, quando fomos batizados,
fomos também sepultados com Cristo, e no batismo também fomos ressuscitados com
Ele por meio da fé. Se Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana e
este dia foi considerado como o “Dia do Senhor” pela igreja primitiva,
e, também nós cristãos que recebemos este batismo, fomos ressuscitados com Ele
na Sua morte. Então consideramos também este dia como o “Dia do Senhor”.
Assim esta prática foi
tornada comum, sem decreto humano e sem imposição. Foi algo espontâneo.
Constantino apenas confirmou uma prática antiga dos cristãos.
Nesse
período da graça, não precisamos guardar o sábado de descanso, como os
israelitas. A Igreja não está debaixo da lei mosaica (Rm 6.14; Lc 16.16; Gl
4.1ss). A Palavra de Deus afirma: “ninguém vos julgue [...] por causa dos [...]
sábados, que são sombras das coisas futuras” (Cl 2.16,17). Isso não significa,
evidentemente, que devemos desobedecer aos outros mandamentos.
Para os israelitas, não guardar o sábado significava
quebrar a aliança mosaica (Is 56.4-6; Êx 31.15). Para nós, não cultuar a Deus
no domingo — considerado “o dia do Senhor” — ou em outro dia aprazível não
denota quebra de pacto com o Senhor. No máximo, revela negligência, no
caso do crente que deixa de ir ao culto por qualquer motivo (Ef 5.14-16).
Concluímos, então que, se
o cristão quiser um dia entrar no eterno descanso com Deus, deve ser um
cumpridor das doutrinas fundamentais da Palavra de Deus e não de uma lei
cerimonial abolida por Cristo que não nos dá o direito de sermos salvos, mas
somos salvos pela fé em
Cristo Jesus. Amém!
A fundadora do Adveníssimo do Sétimo Dia, a senhora Ellen
G. White, afirmava em seus escritos que a instituição do Domingo como dia do
Senhor, era invenção do Papado, e quem observasse este dia com Dia do Senhor
receberia a marca da Besta. Por esta razão alguns Adventistas (acreditando mais
na senhora White do que na Bíblia, nos Apóstolos, no Espírito Santo e nos
cristãos dos primeiros séculos) têm procurado fundamentar esta afirmação
pesquisando onde o Papado teria feito tal instituição. O melhor que fizeram até
agora foi afirmar que o Papado substituiu o Dia do Senhor de Sábado para
Domingo durante o Concílio de Laodicéia na Frigia, realizado em 360.
FONTE DE
PESQUISA
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RJ.
47. Septuaginta,
Versão dos LXX, ou Alexandrina, é uma tradução do Antigo Testamento hebraico
para o grego feita em Alexandria, a mando de Ptolomeu II (Filadelfo) (284-247
a.C.). Alguns livros não pertencentes ao cânon judaico foram incluídos nessa
versão: (Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruc, I e II Macabeus, e
acréscimos aos livros de Ester e Daniel). Jerônimo verteu para a Vulgata
Latina, explicando que tais livros não pertenciam às Escrituras Sagradas
judaicas. Mas o Concílio de Trento, em 1548, os anexou ao Antigo Testamento,
classificando-os como “Deuterocanônicos”. Para os judeus, e para os
evangélicos, porém, continuam sendo “apócrifos”, úteis apenas como subsídios ao
estudo da história e da cultura judaica, mas sem a autoridade dos livros
canônicos, inspirados por Deus.
48. STOTT
JOHN, Romanos, 1ª Edição, 2000, Ed. ABU, SC.
Pr. Elias Ribas
Especialização em
Apologética – ICP - São Paulo.
Grego e Hebraico - Faculdade
Batista Pioneira – Ijuí - RG.
Exegese do grego - Faculdade
Batista Pioneira – Ijuí – RG.
Mestrado em Divindade –
SEMIAD Cascavel PR.
Dr. Em Teologia - SEMIAD
Cascavel PR.