TEOLOGIA EM FOCO

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

A LEI DE CRISTO


“Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé
em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que crêem; porque não há distinção” (Rm 3.21-22).
Após ter mostrado a necessidade de ambos judeus e gentios para a justiça de Deus revelada no evangelho (1.16). Mas “agora” (o tempo da plenitude por causa da vinda de Cristo, v. 26), a justiça de Deus, isto é, a maneira de tornar-se justo que Deus designou. A justiça de Deus vem a realização histórica através de Cristo e Sua obra.

O Cristianismo não judaizou o mundo. O cristianismo teve origem no contexto judaico e deste recebeu uma rica herança teológica e ética. Haja vista o próprio Cristo. Nascido “conforme a Lei” (Gl 4.4), cresceu e viveu dentro da cultura judaica (Lc 2.40-43). Durante o seu ministério, reconheceu as Escrituras Hebraicas e a autoridade de Moisés (Mc 7.13; Lc 5.14). Todavia, não pregou costumes judaicos; Seus apóstolos não judaizaram o mundo. O apóstolo Paulo, discursando no Areópago, não deu uma aula sobre o tetragrama hebraico do Antigo Testamento [Yahweh]. Sua preocupação era pregar a principal mensagem do cristianismo: a ressurreição de Jesus (At 17.31).

O antigo concerto foi dado a Israel quando saia do Egito, junto ao monte Sinai (Êx 19.1-6; Hb 9.18-20). Os israelitas aceitaram as condições do antigo concerto, firmado entre Deus e Israel (Êx 24.1-8). Deus propôs o concerto ao Seu povo (Êx 19.3, 6) e Israel aceitou (Êx 24.3-8). O concerto de Deus não foi para todos os homens.

Como o povo de Israel não guardou o antigo concerto, apesar de ter prometido que guardaria, O Senhor Deus prometeu um novo concerto (Jr 31.31-34; Zc 11.10; Mt 27.3-10; Jr 3.16), o qual foi estabelecido por Cristo, como bem declara o escritor da carta aos hebreus:

“Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas. Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para uma segunda. E, de fato, repreendendo-os, diz: Eis aí vêm dias, diz o Senhor, e firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá, não segundo a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os conduzir até fora da terra do Egito; pois eles não continuaram na minha aliança, e eu não atentei para eles, diz o Senhor 13 Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer” (Hb 8.6-9).

“Se, portanto, a perfeição houvera sido mediante o sacerdócio levítico (pois nele baseado o povo recebeu a lei), que necessidade haveria ainda de que se levantasse outro sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque, e que não fosse contado segundo a ordem de Arão? Pois, quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de lei” (Hb 7.11-12).

Mudando o sacerdócio há mudança de lei. As leis do Velho Concerto foram escritas para a nação de Israel, mas o Novo Testamento para a Igreja de Cristo. Agora o crente em Jesus vive numa nova dimensão; na dimensão do Espírito, da fé e da graça.
Da mesma maneira como Moisés foi mediador da aliança Mosaica, assim Cristo é o mediador da nova aliança, Hb 8.6. Com a vinda de Cristo a aliança Mosaica terminou, com a declaração do apóstolo Paulo: em e Gl 3.19.

“Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê” (Rm 10.4).

“Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador. Ora, o mediador não é de um, mas Deus é um. É, porventura, a lei contrária às promessas de Deus? De modo nenhum! Porque, se fosse promulgada uma lei que pudesse dar vida, a justiça, na verdade, seria procedente de lei. Mas a Escritura encerrou tudo sob o pecado, para que, mediante a fé em Jesus Cristo, fosse a promessa concedida aos que crêem” (Gl 3.19-22).

No dia da instituição da Santa Ceia o Senhor Jesus Cristo apresentou a Nova Aliança “Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós”. Lc 22.20. Jesus havia dito “Isso é o meu sangue, o sangue da nova aliança derramado em favor de muitos para a remissão de pecados” Mt 26.28. A provisão desta aliança era o perdão dos pecados.

A Nova Aliança inclui a presença do “Testamento” que somente tem validade quando acontece a morte do testador, neste caso o testador é Cristo. (Gl 3.15 e Hb 9.16-17).

Esse período jurídico referia-se também a Velha Aliança, pois essa também foi introduzida, delicada e sancionada pelo derramamento de sangue, Hb 9.18-20. O derramamento de sangue significava a morte do testador e concedeu a natureza de dádiva à aliança. A aliança Mosaica era, pois transitória e de qualidade assistencial, não era, pois definitiva. Podemos entender isso pelo fato de animais serem sacrificados como tipos do cordeiro de Deus que posteriormente daria a sua vida.  Quando Jesus anunciou que o seu sangue daria, o sangue da Nova Aliança, entendemos que ele mesmo era o testador, ou seja, doador da Nova Aliança ou do Novo Testamento.

A palavra chave para esta dispensação é graça. O tempo de duração da dispensação da graça vai da crucificação de Cristo até a sua Segunda vinda, período esse que já abrange quase dois mil anos.

Com a morte de Cristo Deus consagrou um novo caminho de acesso a Sua pessoa. Esse acesso ao trono da graça e a abolição do caminho cerimonial foram simbolizados pelo rasgar do véu do templo no momento em que Jesus morreu.

A dispensação da graça, no entanto, só foi inaugurada no dia de pentecostes quando o Espírito foi derramado sobre os crentes reunidos no cenáculo. A experiência pentecostal do poder do Espírito Santo torna real na vida dos crentes, aquilo que Jesus proveu pela sua morte na cruz.

As profecias e as leis do Antigo Testamento são cumpridas em Jesus Cristo. Nosso Senhor Jesus Cristo cumpriu todas as profecias Messiânicas do Antigo Testamento.

A carta aos romanos revela mais claramente o que é graça. No capítulo 3, vemos que éramos pecadores e, por isso, carecíamos da glória de Deus. Por essa razão, Deus justificou-nos gratuitamente por meio da Sua graça e recebemos Sua vida. O pecado entrou no homem por meio da desobediência de Adão, e com o pecado entrou a morte.

Deus não criou o homem para que esse morresse, mas para ter a vida eterna. Entretanto, em Adão todos pecaram e “a morte passou a todos os homens” (Rm 5.12), impedindo o homem de desfrutar da glória e da graça de Deus. Por isso, Paulo diz que a morte reina (Rm 12.14). Estamos no tempo em que podemos desfrutar da graça e da verdade, o qual se estenderá até a entrada do reino milenar, mas até hoje a morte tem reinado. Somente quando saímos do domínio de Satanás, do domínio do pecado, da vida natural, e nos uniu em vida a Cristo é que escapamos do reinar da morte e passamos a reinar em vida.

“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6.23).

I.         LEI DE CRISTO

A pergunta: qual o significado que a lei nós cristão, já respondida pela gloriosa promessa de Jeremias 31.31-34. Através de Cristo, com base no pleno perdão dos pecados através do Seu sangue vertido na cruz, a Lei passa das tábuas de pedra para dentro do coração, isto é, ela não é mais mera limitação exterior, mas renova a vontade interior.

“Estando já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações” (2º Co 3.14).

“Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus” (Rm 2.29).

Qualquer rito, sinal ou obra que fizemos, se não for resultado da operação da graça de Deus em nossa vida, não tem nenhuma validade.

“Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo” (Jo 1.17).

Na Nova Aliança, a lei é anulada mediante o sacríficio de Jesus Cristo na cruz do calvário.

Assim como na consciência, Deus gravou sua lei no coração da humanidade.

“Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.” (Hb 8.10).

Esta nova aliança supera a antiga em tempo e qualidade. É extensiva aos gentios. Realiza profunda transformação interior, pois não atua de conformidade com a lei, mas com a Graça. Oferece perdão total, pois não se trata de uma cobertura passageira.

“Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma), e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus” (Hb 7.18).

Por essa razão o apóstolo Paulo diz:

“Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo” (Gl 6.2).

O brado da reforma protestante de Sola Scriptura, Sola Gracia, Solo Cristus e Sola Fides foi um apelo dramático ao retorno ás Escrituras Sagradas como única regra de fé e prática.

A nossa fé está baseada na lei de Cristo, que representa a graça de Deus em favor do homem caído, garantindo a nossa salvação. As leis e as cerimônias do Antigo Testamento, não foram capazes de salvar ninguém, conforme o Concílio Apostólico em At 15.11: “Mas cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus, como também aqueles o foram”.

Para afirmar aos gentios sobre a lei de Cristo, Paulo diz:

“Aos sem lei, como se eu mesmo fosse, não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo, para ganhar os que vivem fora do regime da lei” (1ª Co 9.21).

Adaptar-se é imprescindível para a comunicação do evangelho. Ser diferente interiormente atrai o descrente (Rm 12.2), mas ser esquisito exteriormente o repele. O maior mandamento da lei de Cristo é o amor (2ª Co 5.14). Assim como o filho pródigo não foi obrigado pelo seu pai provar a sua mudança moral para ser aceito, pela graça, o pecador é aceito incondicionalmente, sua divida foi cancelada. A Palavra e o Espírito fazem a obra de regeneração no homem, pois quem convence do pecado e do juízo é o Espírito de Deus. Paulo também afirma que nossa divida para com a lei foi fixada na cruz (Cl 2.14; Ef 2.14-16). Enquanto o exército exige pessoas sadias, Jesus Cristo não aceita senão doentes que queiram se tratar.

É difícil imaginar que o filho pródigo, uma vez reconciliado com seu pai, desejaria voltar para o lamaçal. O poder para transformar o querer do pecador faz parte integral da graça que salva. É impossível explicar o poder da graça de Deus na vida do pecador sem empregar o vocábulo “milagre” ou transformação. É por isso que Paulo explica em sua carta em Tt 3.5-7 dizendo:

“Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo. Para que, sendo justificados pela graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna”.


A lei de Cristo é uma referencia ao “novo mandamento” (Jo 13.34; 1ª Jo 4.21) de amar uns aos outros. Esta lei abrande todo o fruto do Espírito (Gl 5.22-23) e cumpre todo o dever do homem para com Deus e os homens (cf. Gl 5.14).Uma vez que Deus é amor, a lição mais importante que ele quer que você aprenda na terra é como amar. É quando amamos que somos mais parecidos com ele, de modo que o amor é o fundamento de todos os mandamentos que ele nos deu: Toda a lei pode ser resumida neste único mandamento: “Ame aos outros como você ama a si mesmo”.

“Mestre, qual é o grande mandamento na Lei?  Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas” (Mt 22.36-39).

“Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço” (Jo 15.10).

“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor” (1ª Co 13.13).

“Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13.35).

“E o amor é este: que andemos segundo os seus mandamentos. Este mandamento, como ouvistes desde o princípio, é que andeis nesse amor” (2ª Jo 1.6).

Podemos concluir que o amor é o maior mandamento. Contudo devemos entender que Jesus deixou implícito no Seu evangelho muitas ordenanças. Um exemplo está em Mateus:

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28.19-20).

II.      A LEI DA FÉ

Na Nova Aliança somos justificados pela fé em Cristo Jesus. A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam. Na carta aos Romanos, Paulo diz:

“Sendo, pois, justificado pela fé, temos paz com Deus por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. Por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus” (Rm 5.1-2). E nesta mesma carta Paulo faz a seguinte pergunta: “Por qual lei? Das obras? Não; mas pela lei da fé. Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei. É, porventura, Deus somente dos judeus? Não o é também dos gentios? Sim também dos gentios. Visto que Deus é um só, o qual justificará, por fé, o circunciso e, mediante a fé o incircunciso” (3.27-30).

O pecado é uma atitude negativa do homem, concretamente é uma forma de uma postura de hostilidade a Deus, à qual Deus reage com ira. Ira e julgamento expressam que Deus não quer que os homens o enfrentem, Ele que é seu criador e juiz. Ele não quer tal inimizade, mas sim a paz.

Portanto, os que têm sido justificados pela fé, estão em paz com Deus e, por meio de Jesus Cristo, são salvos da ira divina, porque Deus reconciliou os inimigos consigo por meio da morte de seu Filho. O que se reconcilia com Deus escapa da ira, porque Deus elimina a inimizade entre ele e o homem, mediante a ação pacificadora de Cristo.

A lei cancela a promessa de Deus, mas a fé em Jesus Cristo nos justifica perante Deus:

“Não foi por intermédio da lei que Abraão ou sua descendência coube a promessa de ser herdeiro do mundo, e sim mediante a fé. Pois, se os da lei é que são os herdeiros, anula-se a fé e cancela-se a promessa” (Rm 4.13-14).

Quando Deus fez o concerto com o patriarca Abraão, a lei não estava em vigor, por esta razão Paulo explica que a promessa não foi mediante a lei, mas por intermédio da fé. É explicito que a lei anula a nossa fé, e cancela a promessa feita ao patriarca Abraão. Se não buscarmos a justificação pela fé em Jesus estaremos, com certeza, condenados.

O povo judaico venerava Abraão como grande patriarca da sua nação. Foi a sua obediência cheia de fé à voz do Senhor que fez com que o filho da promessa, Isaque, nascesse. A Isaque nasceu Jacó (cujo nome foi mudado para Israel – Gn 32.28). A ele nasceram doze filhos, cujos descendentes tornaram-se as doze tribos de Israel.

Por isso Paulo fez a pergunta: Como foi Abraão justificado? Não pelas obras (os seus próprios atos de retidão, mas crendo em Deus). Abraão confia totalmente no Deus da promessa, em vez de apoiar em suas próprias obras, pois sua idade avançada e a de sua mulher não permitem confiar em si mesmo. Ele se entrega nas mãos de Deus diante de uma situação que deixa claro como a criatura depende de Deus. Nessa situação de vida, ele crê em Deus, que “faz viver os mortos” (Rm 4.17), portanto, que dará o filho prometido a Abraão que é incapaz de gerar e a Sara que é incapaz de engravidar. Pelo fato de apoiar-se firmemente nessa fé (Rm 4.20), Abraão é justificado diante de Deus (Rm 4.3). Assim esperando tudo de Deus, é que o homem deve viver diante de Deus. O contrário a isso é pecado: é pecado alguém, sendo criativo, viver de si mesmo e a partir do mundo. Pecado é um projeto de vida e uma compreensão do mundo a margem de Deus. Isso é inimizade com Deus, porque rouba a honra de ser aquele que é para todos: o Deus que proporciona vida, uma vida bem sucedida.

III.   A LEI DO ESPÍRITO DE VIDA

“Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a lei” (Rm 3.31). A salvação em Cristo não significa que a lei perdeu o seu valor. Na realidade, a justificação pela fé confirma a lei, quanto ao seu propósito e função original. Mediante sua reconciliação com Deus e a obra regeneradora do Espírito Santo, o crente é capacitado a honrar e obedecer à lei moral de Deus (Rm 8.2-4).

“Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, que me livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pelo pecado Deus, envia o Seu Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne o pecado” (Rm 8.1-4).

No capítulo 7 da carta aos romanos, Paulo demonstrar que a vida sem a graça de Cristo é derrota, miséria e escravidão. Agora, em Romanos 8, Paulo nos diz que a vida espiritual, a liberdade da condenação, a vitória sobre o pecado e a comunhão com Deus nos vêm pela união com Cristo, mediante o Espírito Santo que nos habita (v. 9). Ao recebermos o Espírito e sermos por Ele dirigidos, somos libertos do poder do pecado e prosseguimos adiante para a glorificação final em Cristo. Essa é a vida cristã normal, segundo a plena provisão do Evangelho.

A lei do Espírito de vida, é o poder e a vida do Espírito Santo, reguladores e ativadores operando na vida do crente. O Espírito entra no crente e o liberta do poder do pecado (Rm 7.23). A lei do Espírito entra em plena operação, à medida que os que crêem se comprometem a obedecer ao Espírito Santo (vv. 4, 5, 13-14). Descobrem que um novo poder opera dentro deles; poder este que os capacita a vencer o pecado. A “lei do pecado e da morte”, neste versículo, é o poder dominante do pecado, que faz da pessoa uma escrava do pecado (Rm 7.14), reduzindo-a à miséria (Rm 7.24).

O Espírito Santo operando dentro do crente, capacita-o a viver uma vida de retidão que é considerada o cumprimento da lei moral de Deus. Sendo assim, a operação da graça e a guarda da lei moral de Deus não conflitam entre si (cf. 2.21; 3.31; 6.15; 7.12-14). Ambas revelam a presença da justiça e da santidade divina.

Na cruz do Calvário cristo cancelou todas as nossas transgressões:

“E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz” (Cl 2.13-14).

Cristo nos libertou da lei do pecado (Jo 8.32, 36), e nos libertou da lei Mosaica que era um escrito de dividas contra nós. Portanto estamos livres em Cristo Jesus para servi-lo e anunciar as boas novas de salvação.

A mudança da lei já estava no coração de Deus. O Senhor Deus promulgou a lei, ou seja, libertou-nos da lei mosaica e nos transportou para a lei do Espírito de vida em Cristo Jesus. A salvação era impossível pela à lei mosaica, por isso Deus enviou Seu Filho Jesus para cumprir, abolir a Velha lei e formar a “lei do Espírito”.

Deste modo, “revoga-se a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade (pois é notório que a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma), por esta razão se introduz esperança melhor, superior, pela qual chegamos a Deus” (Hb 7.17-18).

Na graça o verdadeiro cristão é guiado pela lei do Espírito. “... mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei” (Gl 5.18).

Na carta aos Hebreus o escritor diz: “E disto nos dá testemunho também o Espírito Santo; porquanto, após ter dito: Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor; porei no seu coração as minhas leis e sobre a sua mente as inscreverei” (Hb 10.15-16).

As promessas da “Nova Aliança” com que Deus abençoaria Seu povo e preencheria as lacunas da Antiga Aliança. Havia necessidade de um transplante de coração. E o Senhor Deus já havia anunciado o Seu povo através dos profetas:

“Dar-lhe-ei um só coração, Espírito novo porei dentro deles; tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei coração de carne” (Ez 36.26). “Dar-lhe-ei coração novo e porei dentro de vós Espírito novo...” (Ez 11.19).

Porei dentro de vós o Meu Espírito: Havia a necessidade de um transplante de coração, em lugar do coração de pedra, Deus prometeu enxertar um de carne, sensível a voz divina. Havia a necessidade de um novo Espírito para mudar a inclinação pecaminosa, e escreveria Suas leis no íntimo e não nas tábuas de pedra. O Sinai seria substituído por uma experiência individual por meio de um encontro convertedor com Deus. Sob a Velha Aliança, a lei de Deus era externa, escrita em tábuas de pedra e em pergaminhos. Na Nova Aliança, a lei passaria a ser interna conforme o que Paulo escreve aos Coríntios

“O qual nos habilitou para sermos ministros de uma Nova Aliança, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata e o Espírito vivifica. E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu da glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que desvanecente, como não será de maior glória o ministério do Espírito?” (2ª Co 3.6-8).

1.      A vida no Espírito.

Enquanto que aos Romanos, capítulo 7, Paulo descreve alguém procurando cumprir a lei de Deus no seu próprio esforço, levando esta pessoa a triste conclusão, do verso 25 Paulo diz: “Miserável homem que sou, quem me livrará do corpo desta morte?”, Romanos oito descreve o que o Espírito Santo pode fazer para nós.

2.      Vivendo na carne.

Sou carnal, tendo sido vendido debaixo do pecado Rm 7.14. Nada de bom habita em mim, isto é na minha carne Rm 7.18. Com a carne sirvo a lei do pecado Rm 7.25. Aqueles segundo a carne estão com a mente nas coisas da carne Rm 8.5a. A mente da carne é morte Rm 8.6. A mente da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeita à lei de Deus, nem pode estar (Rm 8.7). Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele” (Rm 8.9).

3.      Vivendo no Espírito

A lei do Espírito da vida em Cristo Jesus te livrou da lei do pecado e da morte, Rm 8.2. A lei de Deus era fraca pela carne Rm 8.3. Deus enviou Jesus e condenou o pecado na carne Rm 8.3. Em Cristo à ordenança da lei de Deus é cumprida em nós que andamos segundo o Espírito Rm 8.4. Aqueles segundo o Espírito estão com a mente segundo o Espírito Rm 8.5.

A mente do Espírito é vida e paz. Vocês não estão na (em) carne, mas no (em) Espírito sendo que o Espírito de Deus habita em vocês Rm 8.9. Somos devedores não para a carne, para viver segundo a carne Rm 8.12. Se você pelo Espírito levar a morte (mortificar) as práticas do corpo, você viverá, Rm 8.13.
Todos que são guiados pelo Espírito de Deus, estes são filhos de Deus Rm 8.14. Você recebeu um Espírito de adoção pelo qual clama Aba, Pai Rm 8.15.

V.                 O PRINCÍPIO DA FÉ E A LEI

A lei estabelece a justificação pela fé, pois sem fé é impossível agradar a Deus. A fé estabelece a lei, pois em Cristo cumprimos a lei.

Paulo deixa bem claro que não podemos ter duas opções. Ou cremos nas Escrituras com relação à justificação pela fé, ou estamos em incredulidade, perdidos, sem nenhuma esperança.

“Mas Israel, que buscava a lei da justiça, não encontrou. Por quê? Porque não a buscaram pela fé e sim como que das obras. Tropeçaram na pedra de tropeço” (Rm 9.31-32).

1.      O Caso Abraão.
Se alguém pudesse gloriar-se nas obras, para os judeus, esse alguém seria Abraão. (Rm 4.1). Mas Abraão não foi justificado pelas obras. Ele creu e isto lhe foi imputado como justiça. (Rm 4.3). Abraão recebeu a circuncisão como ordenança depois de ter sido considerado justo. O rito não lhe conferia justiça, dava testemunho dela. (Rm 4.11). A promessa dada a Abraão de ser o herdeiro do mundo (Gn 17.4) não foi feita pela lei, mas pela justiça da fé. Logo, se os herdeiros são os da lei, a fé é vã e a promessa é aniquilada (Rm 4.13-14).

A caminhada da fé de Abraão.
·    Creu no Deus verdadeiro (Rm 4.17).
·    Contra todas as evidências desfavoráveis, creu na promessa.
·    Quando tentado a retroceder, fortaleceu-se na fé, louvando a Deus. (Rm 4.20).

Conseqüências ou Privilégio da Justificação.
1        Temos paz com Deus. Rm 5.1. Contentamento, satisfação, tranqüilidade, reconciliação.
2        Acesso à graça justificadora de Deus. Rm 5.2a. A participação da graça de Deus.
3        Júbilo exultante da expectativa da glória de Deus. Rm 5.2b. Além de contemplar a glória de Deus, o cristão receberá um corpo glorificado no porvir. (Rm 8.17).
4        Júbilo nas tribulações presentes. (Rm 5.3-5a).
5        A tribulação produz perseverança, a perseverança experiência, a experiência produz esperança.
6        O amor de Deus é derramado em nossos corações. (Rm 5.5b).
7        Deus prova o seu amor para conosco. (Rm 5.6-8).
8        O evento da cruz é uma prova presente do infinito amor de Deus para conosco.
9        Salvação da ira futura. (Rm 5.9-10).
10    A exultação presente na pessoa de Deus. (Rm 5.11).

2.      Características de alguém que se coloca sob o domínio da lei ou sob o domínio da graça:

Debaixo da lei
Debaixo da graça
1.      Dependência da lei para viver.
1.     Dependência do Espírito  Gl 5.18
2.      Viver pelo esforço carnal.
2.     Vive pela fé. Gl 2.16-17.
3.      Gloria-se em si mesmo, Cristo morreu em vão Gl 2.21.
3.     Gloria-se na cruz de Cristo Gl 6.14.
4.      Escravidão e jugo Gl 5.11.
4.     Liberdade em Cristo Gl 2.4; 4.6.
5.      Tenta receber um dom de Deus.
5.     Recebe um dom mediante a fé por ter obedecido a lei. Gl 3.2-3.
6.      Espera na operação do Espírito Gl 3.5
6.     Espera na operação do Espírito mediante a fé  por ter-se obedecido a lei                                
7.      Fazer para receber Gl 5.4.
7.     Crer para receber.
8.      É caído da graça Gl 5.4.
8.     Tem o favor gracioso de Deus.
9.      Nada pode. Deus é obrigado a nos dar
9.     Tudo é santificado.
10.    O dom depende Dele.
10.   Deus nos dá livremente o seu favor imerecido por porque nos deve (Rm.4.4). O salário depende de nós.

Submeter-se à lei ou à graça é uma escolha nossa. “Dizei-me vós, os que quereis estar sob a lei...” (Gl 4.21).

A graça de Deus é o agente pelo qual ele receberá a justificação (Tt 3.7); a regeneração (Jo 3.3); a santidade (At 26.18); a segurança de Deus (1ª Pe 1.5). O homem só poderá receber a graça salvadora mediante a sua decisão a Cristo mediante a fé.

FONTE DE PESQUISA


1.      ANTÔNIO GILBERTO, lições bíblicas, 4º trimestre, 1992, CPAD, Rio de Janeiro, RJ.
2.      ANTÔNIO GILBERTO, lições bíblicas, 1º trimestre, 1997, CPAD, Rio de janeiro, RJ.
3.      BÍBLIA EXPLICADA, S.E.McNair, 4ª Edição, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
4.      BÍBLIA PENTECOSTAL, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida, Edição 1995, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
5.      BÍBLIA SHEDD, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil – 2ª Edição, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, SP.
6.      BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida, 1995, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, SP.
7.      CLAUDIONOR CORRÊA DE ANDRADE, Dicionário Teológico, p. 286, 8ª Edição, Ed. CPAD, Rio de janeiro, RJ.
8.      CLAUDIONOR CORRÊA DE ANDRADE, Lições Bíblicas, 2ª trimestre de 2008, Ed. CPAD, Rio de janeiro, RJ.
9.      RAIMUNDO OLIVEIRA, Lições Bíblicas, 1º Trimestre de 1986, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ.
10.  JOHN LANDERS, Religiões mundiais, Juerp, Rio de Janeiro, 3ª Edição, 1994.
11.  JOHN STOTT, Romanos, 1ª Edição, 2000, Ed. ABU, SC.
12.  JÜRGEN BECKER, Apóstolo Paulo, Edição 2007, Editora Academia Cristã.


Pr. Elias Ribas
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Blumenau – SC
Tem Wesbsite:


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

A LEI DE DEUS E O CRISTINIASMO


I.        O SIGNIFICA DO TERMO LEI

A palavra Tóra do hebraico תּוֹרָה, significando Lei, instrução, orientação, conjunto de ensino profético ou doutrina. É o nome dado aos cinco primeiros livros do Tanakh também chamados de Hamisha Humshei Torah, mas o termo Torá é aplicado igualmente ao Antigo Testamento como um todo.

A Torá possuem 613 mandamentos (mitzov). A Lei de Deus é invariável e Eterna devido a sua origem Divina. A Lei é para todos os tempos e se constitui no elemento através do qual Deus governa o povo de Israel servindo como elemento distintivo entre os hebreus e outros povos (gentios). Todas essas Leis expressam a vontade de Deus, através das quais um grupo de sacerdotes exerce o governo do povo (Teocracia). Em um estado teocrático os poderes Temporal e Espiritual encontram-se unidos, não havendo distinção entre Lei civil, moral e religiosa. Todas elas são objeto da classe sacerdotal que conduz e regula a vida do povo através dos Mandamentos outorgados por Deus.

Segundo alguns críticos, as leis da Torá foram estabelecidas por Moisés, o qual, visando iniciar o processo civilizatório da nação israelita, criou leis severas e rígidas com o objetivo de disciplinar e manter pelo temor um povo turbulento, mas disciplinado. Para dar autoridade às suas leis, ele deveu atribuir-lhes origem divina, assim como o fizeram todos os legisladores de povos primitivos; a autoridade do homem deveria se apoiar sobre a autoridade de Deus; mas só a ideia de um Deus terrível poderia impressionar homens ignorantes, nos quais o senso moral e o sentimento de uma delicada justiça eram ainda pouco desenvolvidos. Assim sendo, conforme o ponto de vista crítico , as leis mosaicas, tinham apenas um caráter essencialmente transitório e local, embora possuam algumas características universais.

O povo de Deus, desde os tempos da criação, é um povo que vive debaixo de normas e orientações divinas. Essas normas foram anotadas e transmitidas oralmente. Com o povo de Israel, o Senhor mandou que Moisés escrevesse os mandamentos, os juízos e os estatutos, que reunissem a lei do Senhor. Os dez mandamentos são um conjunto de normas espirituais, éticas e morais, para o povo que Deus escolheu para representá-lo entre todas as nações do mundo, como Sua propriedade peculiar, reino sacerdotal e povo santo (Êx 19.5-7).

1.      O decálogo.



 O decálogo é o esboço e a linha mestra da lei de Moisés. Ele está registrado em Êxodo 20.1-7 e Deuteronômio 5.6-21. O termo vem de duas palavras gregas deka “dez”, logos “palavra”, usado na LXX para traduzir as expressões hebraicas asseret hadevarim “as palavras” (Êx 34.28; Dt 4.13; 10.4). “As dez palavras”, nessas passagens, têm o sentido de “mandamento, pronunciamento, princípio”. Por essa razão, o decálogo ficou conhecido universalmente como “os dez mandamentos” que Deus escreveu em pedras e entregou aos filhos de Israel, através de Moisés.

Alguns seguimentos insistem em dizer que a lei (o decálogo, para eles) é obrigatória a todos os cristãos.

Os Dez mandamentos faziam parte do antigo concerto que, por sua vez, abrangia os cinco livros da Bíblia conhecido como Pentateuco, constituído de 613 mandamentos, e não apenas dez (Dt 4.12-13; 9.8; Ex 34.27-28).

A Lei foi escrita por Moisés em pergaminhos e foram identificados como sendo “o Livro da Lei”. “E aconteceu que, acabando Moisés de escrever as palavras desta lei num livro... deu ordem Moises aos levitas... tomai este livro da lei, e ponde-o ao lado da arca da aliança do SENHOR vosso Deus” (Dt 31.24).

A Lei continha os “Dez Mandamentos”. Os mandamentos foram originalmente escritos em duas tábuas de pedra pelo dedo de Deus. Moisés os transcreveu das tábuas de pedra e os incluiu no “Livro da Lei” (Êx 31.18; 34.28).

É chamada lei de Deus, porque teve sua origem n’Ele. A lei de Moisés, porque foi Moisés o legislador que Deus escolheu para promulgar a lei no Sinai. Os preceitos, tanto do Decálogo como fora dele, são chamados de lei de Deus ou do Senhor e lei de Moisés (Lc 2.22-23; Hb 10.28). São, portanto, sinônimos e, por isso, não há distinção alguma (Ne 8.1-2, 8, 18).

A Lei e os dez mandamentos precisam ser distinguidos ao lermos o Novo Testamento. Paulo se refere a eles como sendo termos distintos e não sinônimos.

II.     A LEI DE DEUS E A LEI DE MOISÉS


Os sabatista dizem que a lei de Deus é o Decálogo, e a de Moisés é a lei cerimonial, ou seja: os demais preceitos, que não são universais. Porém, a Bíblia afirma que existe uma só lei. O que existe, na verdade, são preceitos morais, preceitos cerimoniais e preceitos civis. São divisões distintas, mas uma só lei.

Na Bíblia, ao referir à lei de Moisés, para os judeus não se acha a distinção de lei “moral”, “cerimonial” ou “civil” mas somente: “Lei”, “Lei do Senhor” e “Lei de Moisés”. Nisso podemos entender que o Decálogo é só uma parte da Lei e não a sua totalidade. Há muitos que querem distinguir o Decálogo como a mais importante parte da Lei, sendo a parte moral, e as outras como as cerimônias ou civis, sendo inferiores.  É claro que o Decálogo tem as partes morais, cerimônias e civis. Essas partes, em si, não são distinguidas como sendo maior ou menor da “lei” mas, a própria lei. A parte cerimonial (sacrifícios) é chamada “lei” (Lc 2.27). A parte moral é chamada “lei” (1ª Tm 1.9). A parte civil é chamada “lei” (At 23.3). Pode entender isso comparando o resto da Bíblia com o Pentateuco. Entenderá que a Bíblia distingue o Pentateuco como sendo a Lei. Gênesis é a Lei (1ª Co 14.34; Gn 3.16); Êxodo é a Lei (Rm 7.7; Êx 20.17); Levítico é a Lei (Mt 22.39; Lv 19.18); Números é a Lei (Mt 12.5; Nm 28.9) e Deuteronômio é a Lei (Mt 22.36, 37; Dt 6.5).

Toda a lei de Deus é moral, inclusive nos pontos de exigências de cerimonialismos.

O Decálogo é parte da lei de Deus, moral em si mesma, por causa da vontade e caráter de Deus.

III.  ANALISANDO AS “LEIS” CIVIS DE ISRAEL

Quais as diferença e como identificar a lei moral, lei civil e a lei cerimonial no Antigo Testamento? Qual o lugar de cada uma delas.
É importante observar o contexto em que cada “lei” é dada, a quem é dada e qual o seu objetivo manifesto. Só assim poderemos saber a que estamos nos referindo quando falamos de Lei. A Confissão de FÉ hebraica, no capítulo 18 de Êxodo, divide esses aspectos em lei moral, civil e cerimonial. Cada uma tem um papel e um tempo para sua aplicação:

A lei Moral. A lei moral compreendia regulamentos estabelecidos para um santo viver. A lei moral reflete a natureza Santa de Deus. Essa lei nunca foi abolida, nem podia ser. A lei, neste sentido, é Santa (Rm 7.12-14).

A lei Civil. São leis imposta para a nação de quanto a vida social e jurídica.

Cerimonial, abordavam as cerimônias e os ritos que deviam ser praticado na adoração a Jeová. É um ratando das ordens divinas para o culto até a vinda de Jesus. Eram para Ele que os ritos apontavam. Foi nele que tudo se cumpriu.
  
1.      O que é aplicável aos nossos dias?

A lei cerimonial já não se aplica mais. As leis civis se aplicam em princípios, mas não segundo o culturalismo hebraico da época. As leis morais continuam em vigor. Outro aspecto da lei veterotestamentária é que todas as leis se achavam no contexto da aliança que Deus tinha feito com Israel. A função da Lei era administrar ou superintender a aliança.

2.      Preceito moral fora do Decálogo.
Há princípios que são imutáveis e universais. Não há para eles a questão de transculturação. Onde quer que o Evangelho for pregado tais princípios fazem-se presentes; são preceitos morais e éticos.

Os dois maiores mandamentos são preceitos morais (Mc 12.29-31). Entretanto, não constam no Decálogo; é uma combinação de Dt 6.4-5 com Lv 19.18. Por outro lado, encontramos no Decálogo o quarto mandamento, que não é preceito moral. Jesus disse que o sacerdote podia violar o sábado e ficar sem culpa (Mt 12.5), mas sobre este assunto trataremos mais tarde.

Admitimos que se os sabatistas estivessem certos em sua interpretação, estaríamos desobrigados de amar a Deus sobre todas as coisas e de amar o próximo como a nós mesmo.

Naquilo que os sabatistas chamam de lei cerimonial, há inúmeros preceitos morais. Por exemplo: Não afligir a estrangeiros, órfãos e viúvas (Êx 22.21-22). É preceito altamente moral e não cerimonial. Não torcer o juízo (Dt 16.19).

Estes e outros são preceitos morais, que, no entanto, não estão no decálogo. Diante disso, verifica-se que os dez mandamentos e outros preceitos da lei constituem uma unidade do velho concerto, abolido por Cristo (2ª Co 3.14). O Novo Testamento (concerto), traduzido por Cristo, é superior ao de Moisés (Jo 14.15; 1ª Jo 2.3, 10; 3.22-24; 4.21; 5.1-3); Gl 6.2). Os mandamentos de Cristo não são apenas dez. São todos o NT.


IV.  A LEI DE MOISÉS FOI ENTREGUE A ISRAEL


A Lei fez de Israel algo especial, transformando-o em parâmetro para todos os outros povos. A Bíblia exprime essa verdade da seguinte maneira: “Porque tu és povo santo ao Senhor, teu Deus; o Senhor, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra” (Dt 7.6). Por consequência, o Israel do AT. era a única nação cuja legislação, jurisdição e jurisprudência tinham sua origem na pessoa do Deus vivo. As passagens bíblicas seguintes documentam que a Lei de Moisés foi dada ao povo judeu, ou seja, a Israel. Vejamos:

“E que grande nação (ISRAEL) há que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que hoje vos proponho?” (Dt 4.8).

“Mostra a sua palavra a Jacó, as suas leis e os seus preceitos, A ISRAEL. Não fez assim a nenhuma outra nação; todas ignoram os seus preceitos. Aleluia!” (Sl 147.19-20).

“São estes os estatutos, juízos e leis que deu o Senhor entre si e OS FILHOS DE ISRAEL, no monte Sinai, pela mão de Moisés” (Lv 26.46).

“SÃO ISRAELITAS. Pertence-lhes a adoção e também a glória, as alianças, a legislação, o culto e as promessas” (Rm 9.4).

V.     A LEI CUMPRIU SUA FUNÇÃO

O Senhor Jesus já cumpriu a lei (Mt 5.17). O Concílio de Jerusalém determinou que os cristãos nada têm com a lei (At 15.10-11, 20, 29). O apóstolo Paulo comparou a liberdade cristã à lei de um casamento (Rm 7.1-3). Se a mulher for de outro homem, estando seu marido ainda vivo, é adúltera. Isto porque, está ligada a lei do marido. Por conseguinte, não podemos estar ligados à lei e a Cristo ao mesmo tempo. Por isso, estamos mortos para a lei (Rm 7.4).

A função da lei foi patológica (descobri a causa da doença): revelar o pecado do homem. Mas ela não pode curar (Rm 3.19-20; Gl 2.16; 3.24).

Os discípulos de Jesus rejeitaram claramente muito do que era da lei do AT, inclusive a circuncisão (At 15; Gl 5.6; 6.15). De fato, Paulo declarou: “Não estais debaixo da lei e sim da graça” (Rm 6.14), “o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica” (2 Co 3.6).

“E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que desvanecente, como não será de maior glória o ministério do Espírito!  Porque, se o ministério da condenação foi glória, em muito maior proporção será glorioso o ministério da justiça” (2 Co 3.7-9).

“ Mas os sentidos deles se embotaram. Pois até ao dia de hoje, quando fazem a leitura da antiga aliança, o mesmo véu permanece, não lhes sendo revelado que, em Cristo, é removido. Mas até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles.  Quando, porém, algum deles se converte ao Senhor, o véu lhe é retirado” (2ª Co 3.14-16).

A lei era a sombras das coisas vindouras (Cl 2.17) embora fosse boa (Rm 7.12), mas estava enferma (Rm 8.3).

“Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem” (Hb 10.1).


VI. QUANDO A LEI CUMPRE SEU PAPEL?

Mas, antes que viesse a fé, estávamos sob a tutela da lei e nela encerrados, para essa fé que, de futuro, haveria de revelar-se. De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé. Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio.  Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes.  Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa” (Gl 3.23-29).

Os judaizantes argumentavam que a doutrina paulina da salvação pela fé, levaria as pessoas ao pecado, para fazerem o que bem entendessem, uma vez que não estavam mais sob a influência da lei. Na epístola aos Romanos, Paulo responde muito bem estas questões, mas aqui ele começa a explicar o milagre e os resultados, através do novo nascimento.

O crente justificado é um membro da família de Deus e não um servo debaixo da lei (Gn 3.26). O princípio da fé é anterior e mais fundamental do que a lei mosaica. Abraão experimentou a Fé, Jesus experimentou a Fé. Moisés introduziu a Lei e a sua interpretação errada criou um caos que foi enxergado por Cristo. Paulo então diz: “Cristo nos resgatou da maldição da Lei” (3.13) porque assumiu o caos espiritual do mundo “tonando-se Ele próprio MALDIÇÃO” ao escolher para Si a CRUZ que era nossa (3.13). O Amor demonstrado por Jesus Cristo na Cruz criou uma ponte para que a benção de Abraão chegasse até nós (3.14).

Paulo apresenta as alternativas da fé (v. 11) e da lei (v. 12) como formas de justificação. Entretanto, ao invés de justificar, a lei maldiz (v. 10), pois faz exigências que ninguém pode cumprir. A lei do Velho Testamento não vem da fé (13). Para que ninguém se glorie. Cristo cumpriu a lei e através da sua morte livrando-nos desta maldição.

Através da fé, recebemos os benefícios fornecidos por sua morte, incluindo a justificação (v. 11) e a promessa do Espírito.

O apóstolo apresenta outra realidade que os Gálatas deviam conhecer e com ela podiam repudiar os judaizantes. As duas passagens do Antigo Testamento; “O viverá da fé” (Hc 2.4), e “o homem que fizer estas coisas por elas viverá” (Lv 18.5), no vv. 11 e 12, mostram a superioridade do evangelho.

As duas declarações são antagônicas e excludentes entre si mesmas. A primeira diz que você não precisa fazer nada; Deus já fez; só a fé é suficiente; é pela fé que o justo vive; entretanto, a outra declaração afirma que você precisa fazer algo para viver. Isso neutraliza a graça de Deus e a glória de Cristo é transferida para o homem.

Se não tivéssemos a posição firme do apóstolo Paulo, colocando a lei no seu devido lugar e explicando a superioridade do evangelho, o cristianismo, além de não ser religião distinta do judaísmo, não poderia ensinar a verdade da justificação dos pecados pela graça.

Então, o tema da mensagem é: pelas obras da lei ou pela pregação da fé. Eu estou mostrando que é pela pregação da fé. “O homem não é justificado pelas obras da lei e sim mediante a fé. Também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado”.

“Mas se, procurando ser justificados em Cristo, fomos nós mesmos também achados pecadores, dar-se-á o caso de ser Cristo ministro do pecado?” (Gl 2.17).

Jesus nunca pecou, nunca conheceu pecado, era “santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que estão no céu” (Hb 7.26).

A lei fora ordenada até que viesse a posteridade (Gl 3.19) e era temporal, ou seja, desde o tempo em que o mediador a recebeu, até o aparecimento da descendência de Abrão, a que fora feita a promessa.

A lei teve seu papel: “Mas, antes que viesse a fé, estávamos sob a tutela da lei e nela encerrados, para essa fé que, de futuro, haveria de revelar-se” (v. 23).

Paulo nos ensina dizendo que a lei cumpre seu papel, em primeiro lugar, quando nos encerra, ou seja, antes da vinda de Cristo a lei servia como uma espécie de prisão e todos os judeus estavam aprisionados ao pecado. Em segundo lugar a lei cumpre seu papel quando nos conduz a Cristo (v. 24). O papel da lei não é somente nos mostrar que somos pecadores e estamos separado de Deus. Paulo nos diz que ela nos serviu de aio para nos conduzir à Cristo.

O “aio” representa uma função única nas antigas famílias gregas e romanas. O aio, ou paidagogos, “tutor”, não era mestre, mas o guia e guardião que disciplinava a criança. No mundo romano, um escravo de confiança da família era encarregado de tomar conta do menino entre seis e dezesseis anos; levá-lo á escola e trazê-lo de volta para sua casa, supervisionando sua conduta. Semelhantemente, a Lei exercia apenas um papel disciplinar, servindo de aio para conduzir-nos a Cristo. Isso mostra a sua inferioridade em relação ao Evangelho. Sua função terminou com a vinda do Messias (Gl 3.25). Agora, somos livres da Lei, mas dependentes da graça de Deus.

Paulo descreve o poder do Evangelho em contraste com a lei. A lei conduziu Israel ao Messias, e Ele os tirou dessa maldição. Somos justificados pela fé, ficamos livres da lei, tornamo-nos filhos de Deus, somos um em Cristo, as divisões desaparecem, e somos também herdeiros da promessa, descendentes de Abraão. Depois que a fé veio não estamos mais debaixo do aio, ou seja, debaixo da lei.

A lei mosaica funcionou como tutor do povo de Deus até que viesse a salvação pela fé em Cristo. Agora que Cristo já veio, acabou a função da lei como supervisora. Por isso, já não se deve buscar a salvação através das provisões do Antigo Concerto, nem pela obediência às suas leis ou sistema de sacrifícios.

“E por isso é mediador de um Novo Testamento, para que, intervindo a morte para a remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro Testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna. Porque onde há testamento necessário é que intervenha a morte do testador. Porque um testamento tem força onde houve morte; ou terá ele algum valor enquanto o testador vive?” (Hb 9.15-17).

A salvação agora tem lugar de conformidade com as provisões no Novo Concerto, a saber: a morte expiatória de Cristo, Sua ressurreição gloriosa e o privilégio de sermos chamados filhos de Deus por adoção. Na velha aliança não houve morte, e por isso não deixou de ter valor, mas no Novo Testamento houve morte, por isso tem validade.

A lei continua sendo o mestre, mas somente Cristo é o Salvador. A lei determina as justas exigências de Deus e revela que todas as pessoas são culpadas por serem incapazes de cumprir perfeitamente todas as exigências da lei. Aqueles que crêem em Cristo não são mais considerados culpados, mas são contados como justificados perante de Deus.

A Lei impediu que a Fé fosse vivida na sua plenitude, para Paulo essa fé estava latente e haveria de revelar-se (3.23) em Cristo Jesus. O que nos justifica perante Deus é a Fé (3.24) e não o cumprimento da Lei. AIO significa Pedagogo ou alguém que educa até um determinado momento, após adquirirmos maturidade espiritual (Experimentar a fé) o AIO pode ser dispensado (3.25).

O sacrifício de Jesus e a fé que é contemplada diante do seu ato Vicário transforma todos, exatamente todos “UM EM CRISTO” (3.28). Cristo é o unificador de todas as raças, é aquele que destruiu a muralha da desigualdade tornando todos iguais perante Deus. Paulo finaliza o capítulo lembrando que todos que são descendentes de Deus em Cristo, são participantes naturais da Promessa feita a Abraão (3.29).

A lei de Deus nunca teve o propósito de justificar pecadores. Como “aio”, (gr. paidagogos), a lei foi dada como padrão para revelar a iniquidade e a imperfeição humana.

A lei tem por função nos levar até a presença de Cristo para obtermos a justificação através da nossa fé em Cristo.

A lei cumpre seu papel quando sai de cena: “Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio” (v. 25).

[...] Uma vez que o aio cumpriu o seu papel, não precisamos mais dele, diz Paulo. Não há sentido em nos livrarmos da lei pela chegada de uma nova realidade, a realidade da graça, e ainda continuarmos a praticar os da lei como se ainda estivéssemos submissos à lei.
Pelo contrário, para que a lei cumpra seu papel de forma global, ela tem que sair de cena e deixar que a graça de Deus agora mostre o caminho a seguir. A nova realidade é marcada não pela sensação de fracasso que nos vinha quando errávamos o alvo, mas pela sensação de liberdade, resultado de nossa aceitação por Deus em Cristo. A grande dificuldade de muitas pessoas é que elas se prendem à lei e querem permanecer com ela depois de terem conhecido a graça.
Isto não é possível, segundo Paulo. Uma vez que estamos “em Cristo” não podemos mais nos submeter aos rudimentos da lei como se a cruz nada significasse para nós. Nossas igrejas não deveriam ser lugares de valorização da lei, porque ela teve seu papel no plano de salvação e já não é mais necessária para o cristão. Estamos livres da lei porque estamos mortos com Cristo. Ela já não tem mais domínio sobre nós. Não estamos mais debaixo da espada fria da lei, mas sim da Graça de Jesus!

Vivamos, portanto uma vida de liberdade, porque foi para a liberdade que Cristo nos libertou [RENATO DE CASTRO RIBEIRO. http://conselhodepastorescpb.ning.com/profiles/blogs/quando-a-lei-cumpre-seu-papel. Conselho de pastores do Brasil].

Pr. Elias Ribas

FONTE DE PESQUISA

1. ANTÔNIO GILBERTO, lições bíblicas, 4º trimestre, 1992, CPAD, Rio de Janeiro, RJ.
2. ANTÔNIO GILBERTO, lições bíblicas, 1º trimestre, 1997, CPAD, Rio de janeiro, RJ.
3. ANTÔNIO GILBERTO. A formação do povo de Israel e sua herança espiritual. 1º Trimestre de 2014, Uma jornada de fé.
4. A LEI MOSAICA SEU SIGNIFICADO ATUAL. http://www.beth-shalom.com.br/artigos/lei.html - Acesso dia 05/04/2014.
5.  BÍBLIA DE ESTUDO APLICAÇÃO PESSOAL, R.C. CPAD.
6. BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE, Revista e Corrigida, S.B. do Brasil.
7. BÍBLIA PENTECOSTAL, Trad. João F. de Almeida, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ.
8. BÍBLIA SHEDD, Trad. João F. de Almeida RA. 2ª Edição. Edição Vida Nova. São Paulo – SP.
9. CLAUDIONOR CORRÊADE ANDRA, Dicionário Teológico, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ.
10. CLAUDIONOR CORRÊA DE ANDRADE, Lições Bíblicas, 2ª trimestre de 2008, Ed. CPAD, Rio de janeiro, RJ.
11. CARL B. GIBBS. Epistolas Paulina – II. 2ª Edição, 1990. Escola de Educação Teológica das Assembleias de Deus - EETAD.
12. ELISSEN, Stanley. Conheça melhor o Antigo Testamento. VIDA.
13. . JOHN STOTT, Romanos, 1ª Edição, 2000, Ed. ABU, SC.
14. JOHN LANDERS, Religiões mundiais, Juerp, Rio de Janeiro, 3ª Edição, 1994.
15. JÜRGEN BECKER, Apóstolo Paulo, Edição 2007, Editora Academia Cristã.
16. MARCOS LINO. As leis civis entregues por Moisés aos israelitas. http://conselhodepastorescpb.ning.com/profiles/blog/show?id=3937887%3ABlogPost%3A1073313&xgs=1&xg_source=msg_share_post – Acesso dia 01/05/2014.
17.  SOARES, Esequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. CPAD.
18.  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
20. STRONG, J. & Sociedade Bíblica do Brasil. Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong. Sociedade Bíblica do Brasil. 2002, 2005.
21. RAIMUNDO OLIVEIRA, Lições Bíblicas, 1º Trimestre de 1986, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ.