TEOLOGIA EM FOCO: A VERDADE SOBRE O SÁBADO

domingo, 18 de novembro de 2012

A VERDADE SOBRE O SÁBADO

SUMÁRIO

A ORIGEM DA A GUARDA DO SÁBADO.. 3
O DIA DA CRIAÇÃO.. 5
ABRAÃO GUARDOU O SÁBADO?. 8
O SÁBADO ERA UM PACTO ENTRE O CRIADOR E OS ISRAELITAS. 9
SISTEMA SABÁTICO.. 12
O CALENDÁRIO JUDAICO E A LUA NOVA.. 19
A DIFERENÇA DO SÁBADO DOS ADVENTISTAS PARA O SHABAT DA LEI. 23
ABOLIÇÃO DO SÁBADO.. 31
A GUARDA DO SÁBADO NO NOVO TESTAMENTO.. 36
JESUS E O SÁBADO.. 37
O APÓSTOLO PAULO E O SÁBADO.. 46
O ENSINO JUDAICO
DOMINGO O DIA DO SENHOR
CONSTANTINO E O DOMINGO.. 56

A ORIGEM DA A GUARDA DO SÁBADO

 I.         INTRODUÇÃO

A guarda do sábado é sem dúvida o principal ponto de controvérsia da doutrina do Adventismo do Sétimo Dia. O próprio nome desta religião “Sétimo Dia”, mostra quanto afinidade existe entre o Adventismo e o sábado.
O Adventismo ensina que o cristão deve observar o sábado como dia de repouso e não o domingo. Crê que os que guardam o domingo aceitam a “marca da besta” sob o governo do anticristo. Ellen White ensina que a observância do sábado é o selo de Deus; enquanto, que o domingo será o selo do anticristo.
Os cristãos guardam o Domingo como o dia do Senhor e conforme a Igreja primitiva fazia.
Veremos neste estudo “a verdade sobre o sábado!

II.      O SIGNIFICADO DO TERMO

Lembra que Deus é Senhor, criador de todas as coisas; soberano sobre a criação, por esta razão Ele quer que tenhamos entendimento a respeito do sábado.
A palavra hebraica שבת, shabāt, tem relação com o verbo שבת, shavāt, que significa “cessar”, “parar”, “desistir”. Sabatismo do latim sabbatismus – rigorosa observância do sábado como dia de culto e de descanso. Entre os adeptos dos sabatismo incluem-se os judeus e os adventistas do sétimo dia. Para os judeus era um concerto perpétuo (Êx 31.12-18).
A palavra sábado no hebraico shabbath significa intervalo é derivado de uma raiz primitiva que significa: cessar, repousar, ou estar imóvel, parar,
Apesar de ser vista quase universalmente como “descanso” ou um “período de descanso”, uma tradução mais literal seria “cessação”, com a implicação de “parar o trabalho”. Portanto, Shabat é o dia de cessação do trabalho; enquanto que descanso é implícito, mas não é uma denotação da palavra em si. Por exemplo, a palavra em hebraico para “greve é shevita, que vem da mesma raiz hebraica que Shabat, e tem a mesma implicação, nominalmente que trabalhadores em greve se abstêm ativamente do trabalho, ao invés de passivamente.
Shabat é a fonte para o termo em português sábado, e para a palavra que denomina esse dia da semana em muitas outras línguas. A palavra “sabático” - se referindo ao ano sabático na Bíblia, ou o ano que uma pessoa tira sem trabalhar, especialmente no mundo acadêmico, também vem desta raiz.

III.   ORIGEM DESTA DOUTRINA

Dos três grupos que se juntaram para formar o adventismo, o primeiro era liderado por Joseph Bates, e observava o sábado como dia semanal de descanso. Contudo, a observância do sábado como dia de repouso, tomou força quando a senhora Ellen White teve uma “revelação”, após o fracasso das profecias falsas do senhor Guilherme Miller, quando ela se arvorou em salvadora do sistema fracassado do adventismo. Afirma ela ter sido levada por um “anjo ao Céu” na qual diz que Jesus descobriu a arca do concerto e ela pôde ver dentro as tábuas da lei. Para sua surpresa, o quarto mandamento estava no centro, rodeado de uma auréola de luz. Diz ter visto no lugar santíssimo, a arca cujo alto e lados eram do mais puro ouro havendo em cada extremo, um querubim e, entre eles, um incensário de ouro.
Diz ela: “Outra vez deve o anjo o anjo destruidor passar pela Terra. Deve haver um sinal sobre o povo de Deus, e esse sinal é a observância de Seu santo Sábado” (Testemunhos Seletos, vol. II, p. 183).
Imagine o leitor que a senhora White coloca o sábado semanal judaico em plano superior ao próprio Deus! Porque os três primeiros mandamentos da lei dizem respeito aos deveres do homem para com Deus são morais, de natureza transcendental a todos os demais, ou outros falam das relações do homem para com seus semelhantes. Observe que os três primeiros mandamentos prendem o homem ao dever de adorar exclusivamente a Deus, cujo nome não deve ser profanado nem igualado a outro nome de qualquer ser existente no Universo, visto que, Ele é o único Deus, o único ser que merece adoração e louvor. (Is 42.8). Para essa visionária sabatista, porém, o quarto mandamento semanal que trata da guarda do sábado semanal judaico, e que diz respeito ao repouso físico para dar tempo ao israelita de exercer o pomposo ritualismo do seu culto, está em posição superior aqueles que dizem respeito ao próprio Deus e ao dever que temos de só a Deus adorar. O que podemos concluir desta pseudo-revelação é: que a senhora Helen White e por extensão o adventismo, tornaram o sábado num ídolo, ao proclamá-lo superior aos deveres do homem para com Deus. A verdade é que a senhora White, querendo salvar o falso sistema adventista idealizado por Guilherme Miller e, não encontrando apoio em qualquer texto do Novo e nem do Velho Testamento, caiu na insensatez de julgar que a única solução estava em introduzir no seu sistema a guarda da lei de Moisés e, mais particularmente, a observância do repouso sabático israelita, e daí a sua visão da vigência da lei, nos dias da graça.
E, como os seguidores de Miller e ele próprio já vivessem dominados pelas “visões” da senhora White, foi fácil aceitar mais esta, que ainda hoje encontra mentes surdas à revelação do Espírito da graça, que aceitam, sem confrontação à luz do contexto bíblico.
Diz Helen White: “Santificar o Sábado ao SENHOR importa em salvação eterna” (Testemunhos Seletos, vol. III, p. 23).
Os sabatistas ensinam que os cristãos devem observar o sábado como dia de repouso e não o domingo. Crê que guardando o domingo aceitam a “marca da besta” sob o governo do anticristo. Ellen White ensina que a observância do sábado é o selo de Deus; enquanto, que o domingo será o selo do anticristo.
[...] A interpretação sabatista do evangelho de Cristo é mais comprometedora do que possa parecer à primeira vista: ela se choca violentamente com a doutrina da salvação pela graça, tão magistralmente exposta nas páginas da Bíblia. É importante saber que os sábados são ordenanças da lei e não da graça [Abraão de Almeida. Revista Obreiro P. 30].
Nenhum ser humano, seja gentio ou judeu, uma vez convertido a Jesus, tem qualquer obrigatoriedade com a guarda do Sábado, visto ser ele um preceito da lei de Moisés, a qual consistia em um concerto entre o Criador e Israel somente. Todavia, como Jesus colocou o Velho Concerto de lado ao cumpri-lo totalmente, e ao estabelecer um Novo Concerto, hoje, nem mesmo o judeu tem qualquer compromisso com a guarda do sábado, uma vez estando em Jesus.

O DIA DA CRIAÇÃO

“No princípio, criou Deus os céus e a terra. A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas. Disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas. Chamou Deus à luz Dia e às trevas, Noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia (Gn 1.1-5).

I.        A CRIAÇÃO DO UNIVERSO

Entre os versículos um e três do primeiro capítulo de Gênesis há um intervalo indefinido, no qual Deus criou o tempo, o espaço, os Céus e os anjos e, finalmente, a Terra ainda informe.

1. O tempo. Embora a Bíblia não o diga, podemos afirmar que a primeira coisa que Deus criou foi o tempo. Isto porque a obra divina, embora concebida na eternidade, somente poderia ser consumada no âmbito temporal. Só o Criador é eterno. A criação acha-se sujeita ao tempo, requerendo as intervenções e cuidados divinos (Sl 104.5).

2. O espaço. O que é o espaço? Podemos defini-lo como o tecido cósmico que Deus criou para colocar os corpos celestes. Portanto, o espaço também é criação divina.

3. Os Céus e os anjos. Os Céus, a morada de Deus, também foram criados num contexto espaço-temporal, por uma razão bastante simples: embora não pertençam à nossa dimensão, são um lugar bem real. É para lá que as almas dos justos são encaminhadas.
Após a criação dos Céus, Deus chamou à existência os seus anjos através do sopro de sua boca (Sl 33.6). E assim, o Senhor neles infundiu, também, a sua imagem e semelhança.

4. A Terra ainda informe. Deus formou a Terra antes dos seis dias da criação. A princípio, informe e vazia, seria modelada pelo Espírito de Deus até que viesse a adquirir a forma atual (Gn 1.2).

5. E houve luz. A criação da luz, no primeiro dia do Universo, é carregada de significados (Gn 1.3). Embora o Criador dela não precisasse, a criação a reclamava (Sl 139.12). Sem luz, a vida seria impossível.

6. A luz inicial. A luz de Gênesis 1.3 não era proveniente do Sol, pois este só viria a ser criado no quarto dia. Ela provinha do próprio Deus. Luz semelhante, porém mais gloriosa, haverá na Jerusalém Celeste (Ap 22.5).

7. Por que Deus precisou de 7 dias para criar o mundo? Ele não poderia criar tudo em milésimos de segundos (mais rápido do que um piscar de olhos)? E os dias da Criação, foram dias normais de 24 horas ou um período maior?
Para melhor compreendermos a doutrina da criação faz-se necessário analisarmos os três conceitos que os gregos antigos tinham para tempo: kronos, kairós e Aion.

O tempo kronos: refere-se ao tempo cronológico, ou sequencial, tempo do calendário, do relógio, tempo que costuma nortear a vida terrena, é o tempo dos homens.

O tempo kairós: É uma antiga palavra grega que significa a um momento indeterminado no tempo, em que algo especial acontece, o tempo da oportunidade. É usada também em teologia para descrever a forma qualitativa do tempo, o “tempo de Deus”, enquanto chronos é de natureza quantitativa, o “tempo dos homens”.

O tempo Aeon: já era um tempo sagrado e eterno, sem uma medida precisa, um tempo da criatividade onde as horas não passam cronologicamente, também associado ao movimento circular dos astros, e que na teologia moderna corresponderia ao tempo de Deus.
Quando Jeová criou a terra não foi no tempo literal como o sabatismo ensina. No Salmo 90 está escrito: “Porque mil anos aos teus olhos são como o dia de ontem que passou, e como uma vigília da noite”. E 2ª Pedro 3.8: “Amados, não ignoreis uma coisa: UM DIA PARA O SENHOR É COMO MIL ANOS E MIL ANOS COMO UM DIA”. Não havia sol e nem lua, e o universo estava sob tempo de Jeová (Aeon) e não do homem. Em “seis dias” em tempo remotos e sem haver ninguém presente para relatar o processo da operação.

II.     A CRIAÇÃO DO HOMEM

A alusão à criação do homem no primeiro capítulo é geral, referindo-se a criação de todo o universo incluindo o homem, mas no segundo capítulo fala mais da história do homem e da raça humana.

1. O homem foi a última coisa que Jeová criou. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra” (Gn 1.27-28).
[...] O homem é criado por Deus e somente na Palavra de Deus pode-se encontrar uma revelação especial das atividades de Deus na CRIAÇÃO do universo e de tudo o que nele existe. “Nenhuma outra literatura no mundo é tão repleta de revelação direta destinada a informar a mente do homem e orientar pesquisas científicas como essas primeiras páginas da Bíblia[CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática. Hagnos: São Paulo, 2003. Vol. II pp.545.

2. Então Jeová abençoou Sua criação. Abençoar é diferente de guardar o sétimo dia. No capítulo 2 de Gênesis a Bíblia começa a narrar à história do homem.
“Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército. E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera (Gn 2.1-3).

2.1. O sábado legal não foi instituído aqui. Isso só aconteceu com a promulgação da lei. O sétimo dia é o fundamento da guarda do sábado dada aos israelitas, visto que neste dia Deus abençoou e santificou a obra da criação.
“E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera...” Aqui não está dizendo que terminou no dia sexto e sim no dia sétimo. A Bíblia deveria dizer que Deus terminou seu trabalho no sexto dia, o dia da conclusão. Em vez disso, o texto diz que ele terminou o trabalho no sétimo dia, então conclui-se daí que Deus trabalhou no sétimo dia também.

3. O que entendemos quando a Bíblia diz: “descansou Deus no sétimo dia?”
Independentemente de se Deus santificou o sétimo dia ou oitavo dia, ainda temos que perguntar se Deus realmente descansou nesse dia santificado. Afinal, que necessidade é que uma divindade onipotente tem que se sentar e relaxar?
Baseados apenas na letra da Palavra, os sabatistas em geral pregam que Deus descansou após a criação do mundo, num SÉTIMO DIA terreno de 24 h. De maneira nenhuma Deus se cansa, pois Ele é Espírito e o profeta Isaías 40.28 diz: “Será que vocês não sabem? Será que nunca ouviram falar disso? O SENHOR é o Deus Eterno, ele criou o mundo inteiro. Ele não se cansa, não fica fatigado; ninguém pode medir a sua sabedoria”. Jesus disse certa vez: “Meu Pai trabalha até agora e Eu trabalho também” (João 5.17).
Na realidade esse descanso nunca aconteceu, mas um dia acontecerá. Deus não poderá descansar enquanto o Universo estiver contaminado com o pecado; enquanto Satanás estiver solto; e enquanto houver conflito entre o Bem e o Mal, Luz e Trevas.

3.1. Deus teria descansado num dia de 24 h.? Não, pois Deus não está sujeito à nossa cronologia humana. A Bíblia nem menciona no livro Gênesis, o mesmo tempo de 24h (tarde/manhã) na criação do sétimo dia; porém, somente mencionou “o sábado de descanso do homem”, séculos depois no Sinai, través das “SOMBRAS DA LEI” (Êx 20.8 a 11), que é figura do verdadeiro descanso Eterno.
[...] Adão e Eva viveram esse repouso durante a inocência até a Queda: “Foi o princípio e o tipo de repouso ao que a criação, depois que caiu da comunhão com DEUS pelo pecado do homem, recebeu a promessa de que uma vez mais seria restaurada pela redenção, em sua consumação final” (KEIL & DELITZSCH, tomo 1, 2008, p. 41). O sábado da criação aponta para o descanso de DEUS para o mundo inteiro no fim dos tempos: “Portanto, resta ainda um repouso para o povo de DEUS” (Hb 4.9).
O descanso de Deus, baseados apenas em Moisés, imaginando erroneamente que o descanso do Altíssimo seria um simples sábado de 24h. Porém, Cristo, foi bastante claro: Antes de Sua vinda ao mundo, ninguém “CONHECIA A DEUS”, o homem tinha apenas uma vaga noção pelas “sombras” da lei. Por isso, que o Filho de Deus foi enviado para resplandecer A LUZ DO SEU CONHECIMENTO”, nos revelando o Pai; e com Ele, o Sábado Eterno, o verdadeiro descanso de Deus!
Uma leitura cuidadosa do texto bíblico real parece contradizer a ideia de um dia de descanso. O descanso de Deus significa que Deus cessou a obra de Sua criação, em outras palavras Deus completou a Sua obra no sétimo dia, ele terminou o que havia planejado e por isto cessou. O descanso de Jeová, no sétimo dia, corresponde a cessação do trabalho do Criador a santificação em face do que tinha sido realizado.
No sétimo dia Deus parou todas as criações, mas não parou de agir sobre este mundo, ele continua agindo sobre este mundo e sobre o ser humano.
[...] Ele diz que “no sétimo dia Deus terminou a sua obra que tinha feito”. Mas se a criação da humanidade constitui o ato final neste enorme esquema de eventos, a Bíblia deveria dizer que Deus terminou seu trabalho no sexto dia, o dia da conclusão. Em vez disso, o texto diz que ele terminou o trabalho no sétimo dia.
O texto implica que Deus realizou atos adicionais depois que Ele criou a humanidade. A referência para terminar o trabalho no sétimo dia pode ter resultado de edição desleixada da história original em que Deus criou a humanidade no sétimo dia, em vez de no sexto. Esse erro segue de perto os esforços para criar um sábado no sétimo dia. A fim de inserir um dia de descanso para Deus, os escribas bíblicos tiveram de combinar os acontecimentos do sexto (animais) e sétimo (a humanidade) dias juntos. Ao fazer isso, o escriba esqueceu esta pequena frase: “E no sétimo dia Deus terminou a sua obra que tinha feito”, que surgiu após a criação da raça humana no sétimo dia. O escriba esqueceu de mover essas palavras ao final do sexto dia após ter combinado a atividade do sétimo dia do (a humanidade), com os acontecimentos do sexto dia [Myths of the Bible How Ancient Scribes Invented Biblical History de Gary Greenberg, pp. 39-40. Tradução de Eduardo Galvão Junior].
O relato em Gênesis diz que no sétimo dia Deus cessou Sua obra, e não diz nada específico sobre os seres humanos abstendo-se de trabalho. Que a humanidade devia descansar entrou na tradição bíblica, muito mais tarde, talvez não antes do século VII a.C.
Os adventistas dizem que Deus “abençoou” e “consagrou” o dia de descanso. O 7.º dia é chamado na Bíblia de SÁBADO DO SENHOR (Êxodo 20.10) e é frequentemente citado no Antigo Testamento. No Novo Testamento o dia mais citado não é o sábado, mas a 2.ª VINDA DE CRISTO, chamada pelos profetas de “O DIA DO SENHOR”. Será que o Sábado tem alguma relação com o Retorno de Cristo?

ABRAÃO GUARDOU O SÁBADO?

Não encontramos em Gênesis que os patriarcas guardavam o sábado. O sábado foi guardado no Éden, pelos patriarcas? A onde está escrito?
Gênesis 26.4-5 Gênesis 26:4 “E multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus, e darei à tua descendência todas estas terras; e por meio dela serão benditas todas as nações da terra; “Porquanto Abraão obedeceu à minha voz, e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos, e as minhas leis”.
Com base neste versículo os Adventistas do Sétimo Dia dizem que Abraão guardou os preceitos de Deus, logo, guardou o sábado.
O texto não diz que esses preceitos, estatutos e leis eram os Dez mandamentos, entre os quais se acha o sábado. Mas que mandamentos são esses?
Note no verso 4 que a promessa da benção para o patriarca Abraão está condicionada a obediência aos mandamentos que Jeová lhe ordenou que são:
1.      Que saísse da sua terra (Gn 12.1).
2.      Que andasse na Sua presença e fosse perfeito (Gn 17.1-2).
3.      Que guardasse o concerto da circuncisão (Gn 17.9-11).
4.      Que ouvisse Sara, sua mulher, para deitar fora sua serva (Gn 21.12).
5.      Que sacrificasse seu filho Isaque (Gn 22.2).
6.      Que permanecesse na terra que Deus lhe dissesse (Gn 26.2-3).
Os sabatistas ensinam que os homens guardavam o sábado desde os dias de Adão, mas isso contradiz o registro da própria Bíblia.
Embora seja verdade que o sábado se originou no final dos seis dias da criação (Gn 2.1-3), ele foi o descanso de Deus (cessou o trabalho da criação), não do homem. Não há registro em Gênesis de que Deus deu o sábado ao homem. Os santos em Gênesis construíram altares, oravam, ofereciam sacrifícios, e dizimavam, mas a Escritura mantém-se silenciosa em relação à guarda do sábado.
Neemias 9.13-14 diz claramente que o sábado foi dado pela primeira vez a Israel no deserto: “E sobre o monte Sinai desceste, e dos céus falaste com eles, e deste-lhe juízos retos e leis verdadeiras, estatutos e mandamentos bons. E o teu sábado lhes fizeste conhecer; e preceitos, estatutos e lei lhes mandaste pelo ministério de Moises, teu servo” (ACF).
Se Abraão, Isaque e Jacó guardavam o sábado, seus filhos estariam familiarizados com a prática, mas Neemias nos diz que este não foi o caso.
Antes do concerto do Sinai o Criador não instituiu o sábado como dia do Senhor. A única lei dada pelo Criador ao homem a princípio foi a que está inserida em Gênesis 2.16-17: “E ordenou o Criador ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás”.
Quando o Criador chamou Abraão e lhe anunciou o Evangelho da salvação, o qual viria a ser revelado de maneira mais ampla e clara com a vinda de Jesus, nada lhe comunicou quanto à necessidade de guardar o sábado, ou a “Lei de Moisés”, como algo necessário para obter a salvação, conforme Paulo escreveu aos Gálatas:
“Ora, tendo a Escritura previsto que o Criador havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti” (Gl 3.8).

O SÁBADO ERA UM PACTO ENTRE O CRIADOR E OS ISRAELITAS

1. O número sete. O Número sete é o número sagrado da cronologia divina. Nos atos direitos de Deus, na relação de sua Onipotência, na sua inspiração, no culto divino por Ele ensinado aos israelita nos deserto, o número sete aparece como o número sagrado. Portanto, concordo plenamente que o número sete como o número de Deus e o número da perfeição.
O sábado legal é exclusividade dos israelitas e nenhum povo da terra recebeu tal responsabilidade, nem mesmo a Igreja (Êx 31.13-17). A adoração no tabernáculo acontecia semanalmente e isso justifica a instrução da lei do sábado na presente seção que aborda a ordem do culto e demais serviços no tabernáculo. O tema do sábado havia sido tratado por ocasião do maná (Êx 16.23-30) e no quarto mandamento (Êx 20.8-11); no entanto, Deus retoma o assunto aqui para que o presente preceito seja observado de maneira apropriada.

2. A instituição do sábado aconteceu no deserto. “Vede, visto que o Senhor vos deu o Sábado, por isso ele no sexto dia vos dá pão para dois dias; cada um fique no seu lugar, que ninguém saía do seu lugar no sétimo dia” (Êx 16.29).
Quando Deus lhes deu o Sábado? Quando os tirou da terra do Egito. Onde Deus lhes deu o Sábado? No deserto. Para quem Deus deu o Sábado? Aos Israelitas (Dt 5.15), desde que o Sábado foi dado como um memorial. Fomos tirados da terra do Egito? Se não fomos, o texto não nos diz respeito e sim só aos Israelitas [O Sábado foi dado antes do Sinai? http://www.cacp.org.br/o-sabado-foi-dado-antes-do-sinai/].
Afirmam os Adventistas: “O Sábado foi dado antes do Sinai, logo o Sábado foi guardado desde a criação e deve ser observado”.
Aqui é a primeira vez que aparece a ordem de se guardar o Sábado. Tal mandamento era uma observância nova para os Israelitas. A saída dos israelitas do Egito marcou uma nova época na vida deles. Deus lhes deu um novo ano e um novo princípio de meses (Êx 12.2). O vrs. 30 é digno de nota, pois diz: “Assim repousou o povo no sétimo dia” (o texto da entender que o povo nunca o tinha feito antes). Por essa razão, Israel a partir daquele momento passou a descansar no sétimo dia, e não desde a época de Adão como querem os sabatistas. Outras passagens confirmam essa ideia:
“E sobre o monte de Sinai desceste… E o teu Sábado lhes mandaste pelo ministério de Moisés, teu servo” (Ne 9.13-14). “E os tirei da terra do Egito, e os levei ao deserto. E dei-lhes os meus estatutos, e lhes mostrei os meus juízos, os quais, cumprindo-os o homem viverá por eles. E também lhes dei os meus sábados, para que servissem de sinal entre mim e eles…” (Ez 20.10-12).
Na verdade, todos os dez mandamentos, e não apenas um deles, vinham sendo observados pelos israelitas, antes de sua confirmação no monte Sinai, pois o Senhor já falava com o povo através de Moisés (Êx 3-19). Isso, entretanto, não torna os tais mandamentos atemporais e aplicáveis a todos os grupos de povos. O Tabernáculo e a forma de culto também foram dados por Deus a Moisés, no mesmo monte Sinai (Êx 21-31). E o Senhor asseverou: “Atenta, pois, que o faças conforme o modelo, que te foi mostrado no monte” (Êx 25.40). Por que os templos adventistas não possuem átrio, lugar santo e lugar santíssimo, conforme o modelo que o Senhor deu a Moisés, no monte Sinai? E as leis dos sacrifícios, por que não são observadas? E as vestes sacerdotais? E as festas?

3. O sábado do decálogo. “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra” (Êx 20.8-9).
O quarto mandamento, lembra-te do dia do sábado, era o símbolo especial da aliança com Israel no monte Sinai (Êx 31.12-18). Com este mandamento, Deus diferiu os israelitas de seus vizinhos. Outros povos possuíam seus próprios padrões de trabalho e ociosidade, mas Israel foi instruído a reservar um dia entre sete.
A palavra hebraica para memória é, lembrar, recordar.
Quando Moisés no seu discurso em Deuteronômio repete o Decálogo substitui o verbo hebraico usado para “lembrar” zikaron cuja raiz verbal é zakar, “recordar, lembrar”, por outro, “guardar”, shãmar, “guardar, cuidar, vigiar”, quando diz: “Guarda o dia de sábado”. As palavras “como te ordenou o SENHOR, teu DEUS” (Dt 5.12b) não aparecem em Êxodo Êx 16.22-26; e são uma referência ao Sinai, quando a lei foi promulgada, visto que Moisés está relatando um fato acontecido no passado (Êx 20.1-17), depois da saída do Egito, quando Deus instituiu o Shabat, como dia do Senhor, os israelitas adoravam a Deus e relembravam sua libertação da escravidão egípcia (Dt 5.15). Até mesmo os estrangeiros que moravam entre eles deveriam cumprir o Shabat.
Êxodo 31:18 “E, tendo acabado de falar com ele no monte Sinai, deu a Moisés as duas tábuas do Testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus.”
Para garantir a autenticidade dos Dez Mandamentos, Deus os escreveu em tábuas de pedras com o Seu próprio dedo.

4. “Pois é sinal entre mim e vós nas vossas gerações.”
“Tu, pois, falarás aos filhos de Israel e lhes dirás: Certamente, guardareis os meus sábados; pois é sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu sou o SENHOR, que vos santifica. Portanto, guardareis o sábado, porque é santo para vós outros; aquele que o profanar morrerá; pois qualquer que nele fizer alguma obra será eliminado do meio do seu povo. Seis dias se trabalhará, porém o sétimo dia é o sábado do repouso solene, santo ao SENHOR; qualquer que no dia do sábado fizer alguma obra morrerá. Pelo que os filhos de Israel guardarão o sábado, celebrando-o por aliança perpétua nas suas gerações. Entre mim e os filhos de Israel é sinal para sempre; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, e, ao sétimo dia, descansou, e tomou alento” (Êx 31.13-17).
O texto diz claramente que o sábado tinha sido instituído como um sinal do relacionamento peculiar que existia entre Deus e Israel. Se o sábado tivesse sido dado a humanidade em geral após a criação, ele não poderia ter sido um sinal exclusivo para Israel. O fato é que o sábado pertence à nação de Israel e não a qualquer outro povo. Também é importante notar que o sábado será uma eterna possessão de Israel (v. 16).
A importância deste sinal é vista na insistência dos profetas posteriores de que a observância do sábado era uma indicação da condição espiritual do povo israelita. O profeta Jeremias no capítulo 17 vs. 19 ao 27 faz uma exortação a que se santifique o sábado como sinal de arrependimento por parte do povo israelita (conforme Neemias capítulo 13 vs. 15 ao 22), que usava o sábado para trazer à cidade seus produtos agrícolas e artesanais, violando assim a Lei. Também o profeta Ezequiel no capítulo 20 v. 12 diz: Também lhes dei os meus sábados, para servirem de sinal entre mim e eles, para que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica.
[...] A observância do sábado legal é perpétua, sob pena de morte para quem violar (vv. 14-6) e isso por se tratar de um sinal entre Deus e Israel (Êx 31.13, 17). Não é mandamento para todos os povos nem para a Igreja. É o segundo sinal para os israelitas, que já tinham a circuncisão como primeiro sinal desse concerto (Gn 17.10-14). Ao longo dos séculos, os judeus trataram esses dois preceitos com a mesma atenção. O Decálogo registrado em Deuteronômio apresenta o sábado como memorial da saída dos israelitas do Egito: “Porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito e que o SENHOR, teu DEUS, te tirou dali com mão forte e braço estendido; pelo que o SENHOR, teu DEUS, te ordenou que guardasses o dia de sábado” (Dt 5.15). O sábado legal é mandamento exclusivo para o povo de Israel. [Esequias Soares. Os Dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag. 68-69].
Qualquer pessoa despida de preconceito, ao examinar o conteúdo de Êxodo 19.1-6, 20-1.17; Dt 5.1-21; 14.1-7 e de outros textos paralelos em todo o Velho Testamento, observará, que a lei jamais foi outorgada às nações do mundo, e sim, a Israel, mas com vigência limitada: Até que viesse o descendente a quem se fizera a promessa conforme Gl 3.19. Neste sentido, afirma Paulo enfaticamente: “Ora, as promessas foram a Abraão e seu descendente” (Gl 3.16).
O fato de o sábado ser um sinal da aliança entre Deus e o povo judeu, não significa que ele deva ser guardado apenas este. O texto inclui a nação israelita em um concerto com Deus, e não os gentios. A inclusão direta de apenas os judeus nessa específica aliança é determinada pelo fato de que os israelitas teriam uma função específica, a função de nação sacerdotal.

5. A instituição do sábado está associada à lembrança da libertação da escravidão egípcia (Dt 5.15; Ez 20.10-20).
“Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu boi, nem o teu jumento, nem animal algum teu, nem o estrangeiro das tuas portas para dentro, para que o teu servo e a tua serva descansem como tu; porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito e que o SENHOR, teu Deus, te tirou dali com mão poderosa e braço estendido; pelo que o SENHOR, teu Deus, te ordenou que guardasses o dia de sábado” (Dt 5.14-15).
Conforme o texto acima o sábado não foi oferecido a todas as nações. Só era determinado à nação de Israel. O texto diz claramente que Deus não deu o sábado ou outras ordenanças da lei aos pais, veja especialmente os versos 2-3.
O texto diz que o Senhor Deus tirou Israel do Egito, deu-lhe uma terra da promessa feita a Abraão.
Antes deu condições, criou o ambiente propício, até o estrangeiro que entrasse para este território seria bem aventurado guardando o sábado.

5.1. O Senhor me ordenou que vos ensinasse v 14. Moisés entregou a revelação de Deus ao povo. Na condição de “instrutor” dos israelitas, ele aplicou a Lei (Êx 20.19).
A palavra “santificar”, como usada na Bíblia, significa principalmente separar algo para um uso especial. (T. P. Simmons, pg. 360). Ou seja, tornar algo santo. E tornar algo santo significa deixar Deus participar.
Nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas.

6. Função sacerdotal do povo hebreu.
“Agora, se me obedecerem e cumprirem minha aliança vocês serão o meu povo. O mundo inteiro é meu, mas vocês serão o meu povo, escolhido por mim. Vocês serão um povo separado somente para mim e me servirão como sacerdotes” (Êx 19.5-6).
Os judeus seriam para o Eterno uma nação de sacerdotes, assim como hoje a Igreja é no tempo da graça (1ª Pe 2.9-10). O Senhor escolhe Abraão e fez-lhe e uma promessa: “Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3).
O texto fala de uma benção espiritual que viria através de um descendente de Abraão. Paulo declara que esta benção se refere ao evangelho de Cristo oferecido a todas as nações (Gl 3.8, 14, 16).

7. Somente o sábado é atemporal porque era observado antes da existência de Israel? Ora, Abraão também oferecia sacrifícios antes de Israel existir (cf. Gn 15). Por que os cristãos não oferecem animais a Deus, nos dias de hoje? Cristo Jesus, o nosso modelo (1ª Jo 2.16; 1ª Co 11.1), procurava não violar o sábado (Lc 4.16). Mas Ele não estava preso à lei mosaica (Mc 3.1-4). Afinal, “a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (Jo 1.17). E Ele, que é o Senhor do sábado, afirmou que este foi feito por causa do homem (Mc 2.26-28), estimulando-nos a termos domínio sobre o sábado. Nesse período da graça, não precisamos guardar o sábado de descanso, como os israelitas. A Igreja não está debaixo da lei mosaica (Rm 6.14; Lc 16.16; Gl 4.1ss).

SISTEMA SABÁTICO

Ao estudar o assunto de acordo com o Pentateuco e os profetas observa-se que o sábado era um sistema composto de várias facetas conforme Levítico 23.32: “Duma tarde a outra celebrais o vosso sábado”. Examinaremos a guarda deste mandamento à luz da evidência lógica e racional em duplo aspecto:

I.       ASPECTO CERIMONIAL

Lei cerimonial é aquela que impõe e disciplina as cerimônias e rituais do culto judaico, como a circuncisão, a páscoa, o pentecoste, as primícias, as luas novas e o sábado de descanso.
Os sabatistas afirmam que a lei que Cristo aboliu e cravou na cruz, deixou de existir ou perdeu seu valor, foi a lei por eles denominada “cerimonial”, inclusa entre as leis constantes de Levítico, o manual de santidade do ritual judaico. Esse livro que regulamenta todo o cerimonialismo do culto judaico dos tempos da vigência da lei.
A celebração do sábado semanal deve ser efetuada duma tarde até a outra tarde, os judeus começam a celebrar o sábado às 18 horas da sexta-feira e encerram a celebração às 18 horas de sábado, e este ritual é obedecido até hoje pelos sabatistas. Não podemos condená-los porque estão dentro do figurino judaico conforme Levítico 23.32.

II.      ASPECTO TEMPORAL

Á respeito do início e encerramento da celebração do sábado semanal observamos o seguinte:
Todo o território do reino de Israel na época das doze tribos sob o governo de Davi, era de apenas 29.250 Km².
A guarda do sábado semanal era de fato aplicável e lógica a Israel porque além de ser um sinal eterno entre Israel e Deus (Êx 31.16-17), era cem por cento aplicável à sua vida nacional de acordo com o mandamento regulamentador de Levítico 23.32, devido a esse pequeno território ter apenas um fuso horário.
Mas hoje, à semelhança do Brasil, em que, legalmente, há três fusos horários, embora, a rigor, haja mais que isso como é possível, observar a guarda do sábado semanal de acordo com Levítico 23.32, a saber, das 18 horas de sexta-feira às 18 horas de sábado, para que todos a celebram ao mesmo tempo.

III.    AS FESTAS SOLENES DO SENHOR

“Tu, pois, falarás aos filhos de Israel e lhes dirás: Certamente, guardareis os meus sábados; pois é sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu sou o SENHOR, que vos santifica (Êxodo 31.13).
Cada um respeitará a sua mãe e o seu pai e guardará os meus sábados. Eu sou o SENHOR, vosso Deus” (Levítico 19.3).
“Guardareis os meus sábados e reverenciareis o meu santuário. Eu sou o SENHOR” (Levítico 19.30).
“Porque assim diz o SENHOR: Aos eunucos que guardam os meus sábados, escolhem aquilo que me agrada e abraçam a minha aliança, Isaías” (56.4).
“Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: As festas fixas do SENHOR, que proclamareis, serão santas convocações; são estas as minhas festas” (Lv 23.2).
Ao observarmos os cuidados de Deus com Israel, notamos que essas solenidades se encontram discriminadas em Levítico capítulo 23 e 25.
O sábado era um sinal, como o foi a circuncisão, entre Deus e os filhos de Israel, assim como o arco era um sinal do pacto com Noé. Vejam a similitude que há nessas ordenanças:

Arco: “Este é o sinal da aliança que ponho entre mim e vós, e entre toda a alma vivente, que está convosco, por gerações eternas... será por sinal entre mim e a terra” (Gn 9.12-13).

Circuncisão: “Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós, e a tua descendência depois de ti... e circundareis a carne do vosso prepúcio, e isto será por sinal da aliança entre mim e vós. E o homem incircunciso... será extirpado do seu povo” (Gn 17.10, 11, 13).

Sábado. 31.13-14: A expressão meus sábados nos lembra que a separação do sábado para cultuar o Senhor foi uma ideia dele, e não uma invenção humana. Portanto, esses dias deviam ser mantidos em honra a Deus (Is 1.10-15), como um sinal, um lembrete, um memorial ou símbolo da aliança entre o Altíssimo e Seu povo perante as gerações vindouras. O Sábado reservado para adorar o Todo-poderoso distinguia Israel de seus vizinhos pagãos, conceito este reforçado pela frase: para que saibais que eu sou o Senhor, que vos santifica. A finalidade do Shabat não era o descanso recreativo, mas sim a adoração a Deus. Aqueles que desconsideravam esse dia especial abriam caminho para a sua própria destruição, conforme a sentença será extirpado. Nesta passagem o sábado é declarado como um sinal perpétuo entre o Senhor e Israel.
Aqui temos a realidade do sistema sabático, que consiste do pleno sinal entre Deus e Israel (Êx 31.18), pois, segundo a lei, tal sinal não consistia apenas do sétimo dia da semana como acima estudado e sim de vários outros sábados que figuravam como elos duma corrente, com seu fechamento conclusivo, e como tais são referidos no plural, nada menos de 17 vezes na lei e nos profetas. Devemos notar que estão no plural “Os Meus sábados”.

Dias como Yom Kippur e Rosh HaShanna são um shabat no qual Deus ordena que o povo israelita cesse de todo o trabalho e se reúna para esperar Nele e adorá-lo. Até mesmo os primeiros dias da semana da Páscoa e Tabernáculo são os sábados cerimoniais. As festas do Shabat é a convocação santa mais falada no Velho Testamento. Até os dias de hoje, os judeus consideram o Yom Kippur, o dia mais santo do ano para o povo judeu, o shabat de todos os shabats.
São vários os tipos de sábados legais no sistema mosaico, e estão vinculados ao sistema cerimonial do culto judaico; era sempre um dia especial destinado ao repouso do povo ou da terra, para que se dedicassem plenamente ao culto do sistema sacrificial judaico. Todo o sistema sabático, e não apenas o sétimo dia da semana, constituía um sinal entre Deus e Israel, e de todas as promessas feitas por Deus a ele (Êx 12.43-48; 31.12-18).
Deus estabeleceu exatamente 7 festas para serem comemoradas anualmente por Israel: 3 no primeiro mês (Páscoa, Pães Asmos e Primícias); 3 no 7.º mês (Trombetas, Dia da Expiação e Tabernáculos) e uma no meio (Pentecostes).

1.      O sábado do Senhor.
“Disse o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: As solenidades do SENHOR, que convocareis, serão santas convocações; estas são as minhas solenidades: Seis dias trabalho se fará, mas o sétimo dia será o sábado do descanso, santa convocação; nenhum trabalho fareis; sábado do SENHOR é em todas as vossas habitações. Seis dias trabalho se fará, mas o sétimo dia será o sábado do descanso, santa convocação; nenhum trabalho fareis; sábado do SENHOR é em todas as vossas habitações” (Lv 23.1-3).
A guarda do sábado é sem dúvida o principal ponto de controvérsia da doutrina do sabatistas.
O sábado era parte deste sistema. Quem quisesse ficar bem com Deus devia guardar o sábado. Quem não o guardasse seria punido (Ez 18.4, etc.).
Os dias sagrados estavam divididos pelo período da sua celebração: dias sagrados semanais (sábados), mensais (“Rosh Codesh”, ou luas novas), anuais (7 festas sagradas – Levítico 23) e multianuais, como o dia do JUBILEU que era celebrado de 49 e 49 anos, no 50.º ano (Levítico 25).
As solenidades do SENHOR... e as minhas solenidades eram aquelas “santas convocações” ou assembleias religiosas separadas pelo Senhor e dedicadas a Ele para lembrança de alguma fase particular da vida religiosa de Israel. Mo'ed, a palavra traduzida para “festa”, significa “uma ocasião determinada”, “um período de festa”, “uma assembleia” e vem do verbo yei'ad, “determinar”, “reunir por pacto”.
Conforme Russel Shedd, “a guarda do sábado era o quarto mandamento do decálogo. A festa semanal que constituía, era mencionada em primeiro lugar, sendo que a forma base para as festas mensais e anuais, servindo assim de introdução à enumeras das festas em geral. O sétimo dia ocupava o lugar entre estas ordenanças de Deus. Ricos e pobres deveriam gozar igualmente deste descanso sagrado”.
A cada 7.º dia, os judeus guardavam um dia de descanso o shabat. O Sábado que é a plenitude da semana de trabalho que o homem israelita fazia de sol a sol; esse descanso servia para repousar e dar ao corpo a oportunidade de se refazer do cansaço, e era usado com dupla finalidade:
a) Para o repouso semanal físico.
b) Para a celebração do complexo sistema sacrificial judaico.
Ao contrário do judeu, que tem o dever contratual de guardar o sétimo dia da semana, os gentios, podem guardar qualquer dia da semana com o mesmo proveito!
Conforme o texto acima, o sábado é considerado preceito cerimonial também. Levítico 23.1-2, informa que o sábado do sétimo dia é uma “solenidade”, considerada como “santa convocação” entre as festas fixas do SENHOR, no mesmo nível dos outros preceitos também cerimoniais, mas que os sabatistas não observam.
O que é mais importante na Lei: Guardar o sábado ou ser santo por que Deus é Santo? “Fala a toda a congregação dos filhos de Israel, e dize-lhes: Santos sereis, porque eu, o SENHOR vosso Deus, sou santo” (Lv 19.2).
Antes que torçam o sentido da pergunta acima, a “santidade” advém porque Deus é santo, não porque eu guardo o sábado e isto me tornaria santo. A parte mais importante da lei, no entanto, não é o decálogo, ao qual os sabatistas chamam lei moral.
É notável a inclusão do sábado semanal (v. 3) entre as solenidades cerimoniais. Solenidades sombras e figuras da Verdadeira Realidade. E entre as sombras e figuras, já na instituição das solenidades, o sábado é incluído como pré-figurativo.
Estas solenidades todas, inclusive o sábado semanal, nos vvs. 3 e 37 são chamadas de “solenidades do Senhor”.
No v. 2, Deus designa todas as solenidades: o sábado semanal e as festas anuais com o pronome possessivo na primeira pessoa “MINHAS solenidades”.
Os sábados pré-figurativos (as festas anuais) foram também cognominadas por Deus de propriedade d’Ele, valendo-se da primeira pessoa no possessivo.
Se as festas anuais são pré-figurativas e, portanto, cerimoniais, o sábado semanal também o é. Por conseguinte também ele é cerimonial e sujeito à caducidade, à abolição como sombra dentre as outras sombras ritualísticas judaica.
A guarda do sábado era o quarto mandamento do decálogo. Das festas solenes que constituía, o sábado era mencionado em primeiro lugar para as festas mensais e anuais, servindo assim de introdução à enumeração das festas em geral. O sétimo dia ocupava o primeiro lugar entre estas ordenanças de Deus.
A guarda do sábado lembraria a Israel que Javé era o Criador (Êx 20.8-11), além de santificar um tempo de adoração ao Senhor. O sábado lembraria ao povo a aliança com Javé e testificaria que a santidade se baseava em Deus e não na lei ou nos rituais (Êx 31.12-17; Lv 26.2). Na época de Jesus este conceito havia se perdido, pois o legalismo obscurecera seu verdadeiro significado (Mt 12.1-4; Mc 7.1-13). No diálogo com a mulher samaritana (Jo 4.21-24) Jesus relembra o verdadeiro significado de um tempo separado de adoração ao Senhor, que não se restringe a lugares ou tempo, mas a hora é sempre agora.

2.      O sábado pascal seguido à festa dos pães ázimos.
“Estas são as solenidades do SENHOR, as santas convocações, que convocareis ao seu tempo determinado: 5 No mês primeiro, aos catorze do mês, pela tarde, é a páscoa do SENHOR” (Lv 23.4-5).
Este sábado era o primeiro da série e consistia do cerimonial descrito em Êxodo 12, que era uma ordenança permanente para Israel, enquanto se mantivesse sob o regime da lei. A Páscoa era celebrada no dia 14 do mês Nisã, no primeiro dia da lua nova.

2.1. A festa do sábado pascal durava sete dias. “E aos quinze dias deste mês é a festa dos pães ázimos do SENHOR; sete dias comereis pães ázimos” (Lv 23.6).
Os hebreus cultuavam o Senhor e ofereciam ofertas queimadas, e ao sétimo dia haveria a santa convocação para todos os israelitas.
Deus disse que no primeiro dia e no sétimo dia da Festa dos Pães Ázimos os será santa convocação, e disse para nós não trabalharmos nestes dois dias. Portanto, não devemos trabalhar nestes dias, e devemos ir à sinagoga nestes dias.
Ao cumprir o ritual estabelecido por Deus, na lei dos sábados, apenas o dia de repouso e não cumprir a lei sabatina, que diz serem sete dias, falha no comprimento da lei do Senhor.
Mas, nada temos a ver com o sábado-pascal, atualmente celebrados também pelos católicos romanos, quando comem apenas cereais, ao invés de celebrarem com carne de cordeiro assado, como determina a lei, evidenciando, com isso, a falsidade do sistema adotado; mas alguns fariseus dos dias atuais fazem pior; esquecem voluntariamente a determinação da lei sobre o sábado-pascal, limitando-se falsamente ao sábado semanal.

2.2. As duas primeiras festas (=Páscoa junto com os Pães ázimos) duravam 7 dias e a última (=dos Tabernáculos), também durava 7 dias.
“E aos quinze dias deste mês é festa dos pães asmos do Senhor: sete dias comemorareis pães asmos. No sétimo dia tereis santa convocação; nenhuma obra servil fareis. Mas sete dias oferecereis oferta queimada ao Senhor; ao sétimo dia, haverá santa convocação” (Lv 23.6-8).
Esta festa guardava-se separada da Páscoa, apesar de estas festas terem intima conexão uma com a outra. A festa dos pães asmos era comemorada no dia 15 do mês Nisã, e continuava durante sete dias. Juntas formavam uma festividade dupla. Nos dias de Jesus, as festas da páscoa e dos pães Asmos já eram comemoradas como uma só (Mc 14.1, 12; Lc 22.1).

3.      O sábado do pentecostes.
7 semanas após a festa da Páscoa, havia a festa de Pentecostes (= ou festa das semanas), e mais um descanso. A palavra “Pentecostes” significa “QUINQUAGÉSIMO”, ou 50.º.
Pentecoste, que é a palavra grega usada no N.T., e que significa justamente “cinquenta dias”, ou seja, sete semanas após a festa da páscoa e das primícias, era o dia do oferecimento dos molhos das primícias dos frutos da colheita israelita. Este sábado festivo era aquele que caía, pelo calendário judaico, sete semanas depois da comemoração do sábado-pascal (Levítico 23.15-25).

4.      O sábado das primícias.
“Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando entrares na terra, que vos dou, e segares a sua messe, então, trareis um molho das primícias da vossa messe ao sacerdote; Este moverá o molho perante o Senhor, para que sejais aceitos. No dia imediato ao sábado, o sacerdote o moverá. No dia em que moverdes o molho oferecereis um cordeiro sem defeito, de um ano, em holocausto ao Senhor” (Lv 23.10-12).
Os israelitas sempre que faziam à colheita traziam um molho para ofertar ao Senhor, no dia de sábado, e no dia seguinte ou imediato como diz o verso doze, traziam um cordeiro sem defeito para oferecer ao Senhor Deus. Que acontece a quem cumpre parte das cerimônias guardando apenas o sábado? O apóstolo São Tiago 2.10 diz em sua carta: “Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos”.

5.      O Sábado da expiação - a festa dos tabernáculos.
“Mas, aos dez deste mês sétimo, será o dia da expiação; tereis santa convocação e afligireis a vossa alma; trareis oferta queimada ao Senhor. Toda alma que, nesse dia, se não afligir será eliminada do seu povo. Sábado de descanso solene vos será; então, afligireis a vossa alma; aos nove do mês, de uma tarde a outra, celebrareis o vosso sábado” (Lv 23.27-32).
Esta festa era celebrada no décimo dia do sétimo mês: o mês ETHANIM ou TISRI. Chamava-se “Yom Kippur”, dia da Expiação. É a festividade mais sagrada e mais importante no Judaísmo. É uma figura da futura expiação e restauração da nação de Israel e de todas as coisas antes da implantação do Império messiânico, na vinda do Senhor.
“Mas, aos dez deste mês sétimo, será o dia da expiação; tereis santa convocação...” Aqui há um resumo da descrição do Dia da Expiação, que agora completava a lista de festas de “descanso solene” (v. 3, cf 16.1-10). A festa da Expiação e a festa dos Tabernáculos também eram comemoradas juntas.
Tanto o israelita com o estrangeiro residente, deveriam jejuar e se abster de qualquer forma de trabalho neste “sábado mais solene”, ou dia de descanso.
Muito do simbolismo do Dia da Expiação é aplicado a Cristo pela epístola aos Hebreus. Muitas das funções do sacerdócio de Jesus são descritas nos termos do ritual do Antigo Testamento.

6.      Tabernáculos.
“Fala aos filhos de Israel, dizendo: Aos quinze dias deste mês sétimo, será a Festa dos Tabernáculos ao Senhor, por sete dias. Sete dias oferecereis ofertas queimadas ao Senhor; ao dia oitavo, tereis santa convocação e oferecereis ofertas queimadas ao Senhor; é reunião solene, nenhuma obra servil fareis. Fala aos filhos de Israel, dizendo: Aos quinze dias deste mês sétimo, será a Festa dos Tabernáculos ao SENHOR, por sete dias. Ao primeiro dia, haverá santa convocação; nenhuma obra servil fareis. Sete dias oferecereis ofertas queimadas ao SENHOR; ao dia oitavo, tereis santa convocação e oferecereis” (Lv 23.34, 36).
Nos tempos do AT, DEUS ordenou que, cada sétimo ano, na festa dos Tabernáculos, todos os israelitas se reunissem para a leitura pública da lei de Moisés (Dt 31.9-13). O exemplo mais patente desse elemento do culto no AT, surgiu no tempo de Esdras e Neemias (8.1-12). A leitura das Escrituras passou a ser uma parte regular do culto da sinagoga no sábado (ver Lc 4.16-19; At 13.15). Semelhantemente, quando os crentes do NT reuniam-se para o culto, também ouviam a leitura da Palavra de DEUS (1ª Tm 4.13; cf. Cl 4.16; 1ª Ts 5.27) juntamente com ensinamento, pregação e exortação baseados nela (1ª Tm 4.13; 2ª Tm 4.2; cf. At 19.8-10; 20.7).
Comemorava a jornada dos israelitas pelo deserto depois da saída do Egito. Exigia-se que os israelitas viessem por sete dias em cabanas a festa das colheitas, uma vez que vinham no final da sega.
Na Festa dos Tabernáculos os judeus se reuniam no sétimo mês para participar desta festa, pois eram sete dias de oferendas ao Senhor, sem fazer trabalho algum. A Festa dos Tabernáculos era um estatuto perpétuo, conforme v. 41, que diz: “Celebrareis esta festa ao Senhor, por sete dias cada ano; é estatuto perpétuo pelas vossas gerações; no mês sétimo, a celebrareis”.
Portanto, não devemos trabalhar no décimo quinto dia do sétimo mês, nem no vigésimo segundo dia do sétimo mês, e devemos habitar em tendas durante estes sete dias, desde o décimo quinto dia do sétimo mês, até o vigésimo primeiro dia do sétimo mês.
Para cumprir o mandamento de habitar em tendas por sete dias, devemos construir uma tenda no quintal da nossa casa. Quem habita em apartamento, deve construir a tenda (sucá) dentro do apartamento. E devemos, pelo menos uma vez em cada um dos sete dias da festa, nos assentarmos dentro da tenda (sucá) e comer alguma coisa dentro da mesma.
O que chama atenção, é que o Senhor Deus outorgou para os hebreus, um estatuto perpétuo; e os observadores do sábado devem também seguir este mandamento, que também é perpétuo!
Observe o que diz o versículo 38: “Além dos sábados do Senhor” O Senhor Deus está falando no plural além “dos sábados”; isto mostra que havia mais de um sábado. Mas, guardar só o sábado do descanso e esquecer-se dos outros, estamos pecando perante o Senhor? Note que no verso 29 o Senhor diz; “... que a alma que não afligir, ou seja, que não fizer conforme seu mandamento será eliminado. E no versículo 30 diz: “a esse destruirei do meio do Meu povo”.
Se alguém guarda apenas o sábado de descanso, pois também deve guardar todo o cerimonial sabático ou estará pecando contra a “lei judaica”. E se este pecar diz o Senhor: “a esse destruirei”.

7.      O sábado anual.
“Seis anos semearás o teu campo, e seis anos podarás a tua vinha, e colherás os teus seus frutos. Porém, no sétimo ano, haverá sábado de descanso solene para a terra, um sábado ao Senhor; não semearás o teu campo, nem podarás a tua vinha” (Lv 25.1-7).
A cada 7 anos, havia o ano sabático, quando a terra ficava de descanso. Nenhuma semeadura, nem colheita ou poda de vinhedos. Deus prometia dar bastante no 6.º ano, que sobrava para o 7.º, e todos descansavam durante um ano.
Este sábado tinha, além do descanso físico e das funções religiosas, também a prática do descanso dado a terra. Todo o agricultor que é cumpridor do sábado deve cumprir também esta lei, se não fizer assim estará infringindo a lei do Senhor, ou seja, segundo seus ensinamentos, estará pecando contra o Senhor.

8.        Por fim havia o ano sabático do jubile.
“Também contarás sete semanas de anos, sete vezes sete anos; de maneira que os dias das sete semanas de anos te serão quarenta e nove anos. 9 Então no mês sétimo, aos dez do mês, farás passar a trombeta do jubileu; no dia da expiação fareis passar a trombeta por toda a vossa terra, 10 E santificareis o ano quinquagésimo, e apregoareis liberdade na terra a todos os seus moradores; ano de jubileu vos será, e tornareis, cada um à sua possessão, e cada um à sua família. 11 O ano quinquagésimo vos será jubileu; não semeareis nem colhereis o que nele nascer de si mesmo, nem nele vindimareis as uvas das separações, 12 Porque jubileu é, santo será para vós; a novidade do campo comereis. 13 Neste ano do jubileu tornareis cada um à sua possessão” (Lv 25.8-13).
O ano de jubileu, vinha depois de cada sétimo ano sabático, portanto no quinquagésimo ano. A cada 49 anos (7 x 7), havia o ano do Jubileu, após o 7.º ano sabático. Isto significava dois anos seguidos de descanso.
Pois, também fazia parte das festas solenes dos judeus. Com este ano, culminava o sistema sabático legal, pois nele, além das comemorações litúrgicas segundo a lei, também havia outras coisas notáveis.
Nesse ano, todos os escravos tinham sua liberdade restaurada, e todos os proprietários recebiam seus haveres em restituição, além de haver um cancelamento geral de todas as dívidas. Esta era uma excelente maneira de evitar os extremos de riqueza demasiada e de pobreza aviltante. O preço da terra vendida ou arrendada era baseada no número de anos durante os quais poderia ser usada até ao ano do jubileu, que começava no dia da expiação. Em Ezequiel, este ano foi chamado “ano da liberdade”, Ez 46.17; parece que Isaías se refere ao jubileu quando profetiza sobre “o ano aceitável do Senhor”, Is 61.2. Se este for o caso, então aprendemos de Lc 4.18-19 que tudo aquilo que for implícito no ano do jubileu achou seu cumprimento em Cristo, na Sua obra de desatar as cadeias do pecado humano para oferecer aos homens a gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Um dos propósitos do jubileu era resolver o problema da pobreza herdada, invadindo geração após geração. Cada família pobre recebia um novo começo depois de cinquenta anos, com a restauração da liberdade e da herança. Desde que os israelitas eram servos de Deus, libertos da escravidão no Egito, nunca deviam se tornar escravos, nem mesmo quando à necessidade os forçava a trabalhar no serviço alheio, 39, 43, 55.
A palavra jubileu no heb. yõbhel, “carneiro” e depois, o “chifre de carneiro” que se usava para formar uma buzina especialmente empregada para proclamar este ano do jubileu. A raiz da palavra pode ser yãbhal, “guiar”, “carregar”, aplicada tanto à nota longa e carregada que se tocava na ocasião, como à ideia de reconduzir e restaurar as coisas empenhadas e as pessoas escravizadas.

VIII.   O número do sábado envolvia, como sistema, toda a vida religiosa e social do povo judeu.
1        Na consagração sacerdotal, o sangue era aspergido sete vezes (Lv 8.10-11).
2        O sacerdote consagrado era obrigado a permanecer sete dias completos no santuário (Lv 8.33-35).
3        A mulher que dava à luz a um filho ficava sete dias separada (Lv 12).
4        O judeu suspeito de lepra era encerrado pelo sacerdote sete dias (Lv 13.4, 21, 31, 33, 34).
5        Para a purificação da lepra era necessário a aspersão de água lustral sete vezes, e, depois, o ex-leproso ainda ficava sete dias fora da própria tenda (Lv 14.5-9).
6        A purificação do sumo sacerdote implicava na aspersão do sangue sete vezes diante do propiciatório (Lv 16.1-14), etc.
7        Nas duas primeiras festas eram sacrificados 14 cordeiros (7+7) diariamente; no Pentecostes 7 cordeiros eram sacrificados; na 7.ª festa (= dos Tabernáculos), eram sacrificados 98 cordeiros (7+7x7), 70 novilhos (10 x 7), 14 carneiros (7+7) e 7 bodes. Observe que tudo segue o padrão 7.
De todas as festas, a dos Tabernáculos mais se destacava, pelo fato de ser a festa do descanso sabático. Observem bem: Essa festa era a 7.ª, durava 7 dias e acontecia no 7.º mês. Nos próximos capítulos estudaremos detalhadamente a profecia oculta nessas 7 festas.
Esses exemplos são mais que suficientes para evidenciar serem os sabatistas os maiores transgressores da Lei, em todos os tempos, desde que existem, pois se dizem guardadores do Decálogo e, especialmente, o 4º mandamento, ou seja, do sétimo dia da semana, mas desprezam todo o sistema sabático legal que foi dado como sinal eterno entre Deus e Israel, sendo, portanto, obrigatório a todo aquele que se submete à guarda da lei, inclusive, assim, aos sabatistas. Dizendo-se guardadores da lei e do sábado, por considerá-lo o sinal entre Deus e Israel, e desprezando nada menos de noventa e nove por cento do sistema sabático a que Israel, por dever, se submete ainda hoje, os sabatistas se tornaram perturbadores do Evangelho de Cristo e da graça já caíram (Gl 1.6).

O CALENDÁRIO JUDAICO E A LUA NOVA

O calendário judaico é mais antigo que o gregoriano; existe há mais de 3.300 anos, quando Deus mostrou a Moisés a Lua Nova, no mês de Nissan, duas semanas antes da libertação dos filhos de Israel do Egito, no ano 2448 após a Criação do mundo. A partir dessa época, o povo judeu recebeu um calendário especial, diferente dos outros já existentes.
O sistema de calendário Judaico e o ciclo das festas anuais estava ligado ao tempo da colheita no ano Judaico. A Páscoa, no 14º dia do primeiro mês e a “sacrifício de oferta movida”, dois dias depois, sempre caía no período da colheita da cevada madura, Pentecostes, cinquenta dias depois do tempo da colheita do trigo, e o Dia da Expiação e a Festa dos Tabernáculos no 7º mês depois das colheitas remanescentes (primariamente uvas e azeitonas) tivessem sido feitas. Este era o modelo geral no tempo do Velho Testamento como também no tempo de Jesus.
Os Judeus crentes no Messias, dizem: “nós não temos tido problemas em aceitar os dias de festas bíblicas, porque o significado de cada uma delas ao Judaísmo Messiânico é inquestionável. Cada uma das festas é uma sombra de coisas passadas ou coisas que estão por vir, e todas elas apontam para o Messias Yeshua.
Portanto, o calendário judaico, que é o calendário bíblico, é um calendário misto, lunar e solar, em que os meses são marcados pelos movimentos da lua, e os anos são marcados pelos movimentos do sol.
O ciclo da lua é de 29 dias, 12 horas, 44 minutos e 3 segundos, ou seja, aproximadamente 29 dias e meio. Por isso, no calendário judaico os meses têm 30 dias e 29 dias, alternadamente.
Portanto, 12 meses, sendo 6 de 30 dias e 6 de 29 dias, dão um total de 354 dias. Como o ciclo do sol é de 365 dias e seis horas, aproximadamente, então existe uma diferença de cerca de 11 dias entre o ano lunar e o ano solar.
Para compatibilizar os meses lunares com o ano solar, esta diferença de cerca de 11 dias é compensada acrescentando-se em determinados anos um 13o mês de 30 dias. Este 13o mês é intercalado antes do mês de Adar, e é chamado Adar Rishon, que significa Adar Primeiro, e quando isto acontece, o mês de Adar passa a ser chamado Adar Sheni, que significa Adar Segundo.
Desta forma, temos no calendário judaico anos de 12 e de 13 meses. O ano de 12 meses é chamado ano “comum”, e o ano de 13 meses é chamado ano “embolismal” (do grego: intercalado).
Assim, temos 6 tipos diferentes de anos:
1) Ano “comum regular”, com 354 dias.
2) Ano “comum bissexto”, com 355 dias.
3) Ano “comum deficiente”, com 353 dias.
4) Ano “embolismal regular”, com 384 dias.
5) Ano “embolismal bissexto”, com 385 dias.
6) Ano “embolismal deficiente”, com 383 dias.
É preciso um período de 19 anos para “ajustar” o Ano Lunar e o Ano Solar, para que ambos comecem exatamente ao mesmo tempo, sem defasagem. Portanto, o calendário judaico está dividido em períodos (ou ciclos) de dezenove anos. Em cada período, ou ciclo, há sete anos embolísmicos: o 3º, 6º, 8º, 11º, 14º, 17º e 19º.
No calendário judaico, cada “ciclo” de 19 anos contém 12 anos comuns e 7 anos embolismais. O terceiro, sexto, oitavo, décimo primeiro, décimo quarto, décimo sétimo e décimo nono de cada ciclo são anos embolismais.

1.      Os dias da Semana.
Sete são os dias da semana e assim são nomeados:
Iom rishon (Domingo).
Iom Sheni (segunda).
Iom Shlishi (terça).
Iom Revii (quarta).
Iom Chamishi (Quinta).
Iom Shishi (Sexta).
Shabat (sábado).

2.      Lua nova ou início do mês.
Eis que estou para edificar uma casa ao nome do Senhor meu Deus, para lhe consagrar, para queimar perante ele incenso aromático, e para a apresentação contínua do pão da proposição, para os holocaustos da manhã e da tarde, nos sábados e nas luas novas, e nas festividades do Senhor nosso Deus; o que é obrigação perpétua de Israel” (2º Cr 2.4).
[...] A Festival da Lua Nova é de alguma maneira menos significativa do que Pesach (Páscoa), Rosh Hashanah (Ano Novo) Yom Teruah (Festa das Trombetas) e outras mais?
Na verdade, “Rosh Codesh” e “Lua Nova” estão relacionados. Literalmente, Rosh Codesh significa “cabeça do mês”, já que a palavra “Rosh” tem a conotação de “primeiro”, ou “cabeça”. O Rosh Codesh (que aparece no texto bíblico) ou “cabeça do mês” (literalmente) será, então, nem mais nem menos que o início do mês, o primeiro dia de cada mês [Mont Sinai, http://montesinai0.tripod.com/FestivalLuaNova.htm].
Semelhantemente, no dia da vossa alegria e nas vossas solenidades, e nos princípios de vossos meses, também tocareis as trombetas sobre os vossos holocaustos, sobre os vossos sacrifícios pacíficos, e vos serão por memorial perante vosso Deus: Eu sou o Senhor vosso Deus” (Nm 10.10).
Nos tempos do Antigo Testamento, a festa da lua nova se celebrava no primeiro dia de cada mês lunar com as seguintes práticas e cerimônias:
1. Cessação de negócios (Amós 8.5).
2. Soar de trombetas (Nm 10.10).
3. Sacrifícios especiais1 de animais, vegetais e libações (Nm 28.11-15).
4. Comidas festivas (1º Sm 20.18-24).
5. Visita ao profeta (2º Rs 4.23).
6. Adoração no templo (Ez 46.3).
7. Antecipação da futura redenção (Is 66.23).
Assim a Festa da Lua Nova, “… nos princípios dos vossos meses…”, eram tocadas as trombetas de prata e o shofar (Sl 81.3). Os levitas faziam as suas ofertas rituais (1º Cr 23.31), e os negócios eram temporariamente interrompidos (Am 8.5). Assim, a festa da lua nova era um dia de alegria, um dia de gratidão, um dia para adorar a DEUS, um símbolo da redenção de Israel, um símbolo da consolação futura, um símbolo da imortalidade no reino futuro, uma antecipação da adoração a DEUS no novo reino e a bênção da lua nova era recitada ao ar livre.
O Rosh Chodesh é determinado, baseado na primeira aparição da lua no céu. Durante a era do Templo, duas testemunhas oculares testificariam diante do Sinédrio que eles tinham visto a nova crescente prateada, eles então, declarariam o início do novo mês. Hoje é tudo feito através de cálculos matemáticos.
Segundo o Dicionário da Bíblia de Almeida, editado pela Sociedade Bíblica do Brasil, a Lua Nova era a “festa dos israelitas, comemorada todos os meses no primeiro dia da lua nova (Nm 28.11-15). Este dia marcava o início de cada mês e tinha relação direta com o antigo calendário hebreu que, à semelhança da maioria das nações, estava baseado nas repetidas rotações da Lua ao redor da Terra e demarcado pelas sucessivas luas novas.
A determinação de Deus que a lua nova seria o primeiro dia da semana. Então o sábado teria que ser observado em dias diferentes durante o mês e não no sétimo dia. O sábado poderia ser qualquer dia da semana, baseando no calendário lunar.
A origem do período de 7 dias está intimamente ligada com sua proximidade em duração com as fases da Lua, que acabaram gerando os primeiros calendários anuais, hoje conhecidos como calendários lunares, e que também acabaram gerando em nível global os calendários semanais.

3.      O que é sabatismo lunar.
Há um grupo World’s Last Chanche (WLC) dizendo que o calendário lunar foi estabelecido por Deus e o calendário gregoriano, pela igreja caótica com o objetivo de mudar os tempos e as leis. De acordo com essa pessoa, a Igreja Adventista teve medo de divulgar esta “verdade” depois do grande desapontamento em 1844.
Se o tempo do Shabat fosse determinado pela Lua, então o Shabat teria que ser observado em dias diferentes durante o mês e não no sétimo dia de cada semana. O Shabat poderia ser qualquer dia da semana, baseando-se no horário da lua nova. Atentem para estas seguintes observações:
O Calendário Hebraico: O calendário hebraico é lunisolar, o que significa que o tempo era medido pela lua nova (a rotação da Lua ao redor da Terra) e também do Sol (a rotação da Terra ao redor do Sol). Um calendário lunar, de doze meses, é cerca de onze dias mais curto que o calendário solar, que é de aproximadamente 365 dias. No mundo antigo, isso era resolvido com o acréscimo de um mês extra, sete vezes em dezenove anos. Na Bíblia, o calendário lunar foi utilizado para fixar o prazo para as festas. Por exemplo, 14º dias após a lua nova era a Páscoa (conf. Números 28.16). Por isso, algumas pessoas argumentam que o Shabat deve ser observado sete dias após o primeiro dia do mês.
Os sabatistas lunares estão divididos quanto ao que fazer nos dias 30 de um mês e 1º do mês seguinte, que são os dias da “festa da lua nova”. Alguns descansam nesses dias, considerando-os uma extensão do sábado do dia 29; outros se abstêm apenas de atividades comerciais e emprego remunerado, mas podem realizar outras tarefas comuns. Então, na última semana do mês, no primeiro caso, trabalham seis dias e descansam três (em vez de um); no segundo caso, trabalham sete ou oito dias (em vez de seis), antes de descansar um dia. Com qualquer dos dois métodos, o mandamento do Eterno de que se trabalhasse seis dias e se descansasse no sétimo é sumariamente violado.
Observância do Shabat na religião judaica implica abster-se de atividades de trabalho, muitas vezes com grande rigor, e se engajar em atividades repousantes para honrar o dia. Posição tradicional do judaísmo é que ininterrupta do sétimo dia de Shabat originado entre o povo judeu, como sua primeira e mais sagrada instituição.
O shabat atualmente é observado tanto por mandamentos positivos, como as três refeições festivas (jantar de sexta-feira, almoço de sábado e refeição de final de tarde no sábado), e restrições. As atividades proibidas no Shabat, derivam de trinta e nove ações básicas (melachot, livremente traduzido como “trabalhos”) que são descritas pelo Talmud a partir de fontes bíblicas.
Mas em outras religiões, como por exemplo, os adventistas do sétimo dia se baseiam no livro chamado Bíblia e ensinam a guardar o sábado de forma diferente dos judeus no aspecto de seguir leis rigorosas extra bíblicas. “A Igreja Adventista do Sétimo Dia reconhece o sábado como sinal distintivo de lealdade a Deus (Êx 20.8-11; 31.13-17; Ez 20.12, 20), cuja observância é pertinente a todos os seres humanos em todas as épocas e lugares (Is 56.1-7; Mc 2.27). Quando Deus “descansou” no sétimo dia da semana da criação, Ele também “santificou” e “abençoou” esse dia (Gn 2.2, 3), separando-o para uso sagrado e transformando-o em um canal de bênçãos e salvação para a humanidade.

4.      A visão sabática lunar na prática.
Adonai criou o Shabat no 7º dia e a lua no 4º dia, segundo os sabatistas lunares a lua nova marca o 1º dia do mês e que contado 7 dias se chegará a um sábado, vejamos o exemplo: 1º dia lua nova + 7 dias é igual ao 8º dia que para eles é um sábado.

5.      Muitos mandamentos que eram feitos para o Sábado, também eram feitos na lua nova.
“Assim diz o Senhor DEUS: A porta do átrio interior que dá para o oriente, estará fechada durante os seis dias que são de trabalho; mas no dia de sábado ela se abrirá; também no dia da lua nova se abrirá” (Ez 46.1).
Deus mostra relevância com a Lua Nova quando a menciona junto com o Sábado: “As vossas luas novas, e as vossas solenidades, a minha alma as odeia; já me são pesadas; já estou cansado de as sofrer” (Is 1.14).
E agora, o próprio apóstolo Paulo cita a Lua Nova, mostrando que era o costume dos cristãos de sua época.
“Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados” (Cl 2.16).

A DIFERENÇA DO SÁBADO DOS ADVENTISTAS PARA O SHABAT DA LEI

Há grande diferença entre o sábado dos adventistas e ao shabat do Decálogo e, o sábado gregoriano não é o mesmo shabat do Decálogo. O diferencial do sábado que existe na Torá, e em outros calendários distintos do calendário hebraico, está nas suas formas e maneiras de ser praticados. Ou seja, o shabat, praticado pelos judeus, é obedecido conforme a Lei ensina, desde quando Moisés recebeu de Deus e a transcreveu fielmente, do livro de Êxodo até ao livro de Deuteronômio. Já no livro de Genesis, não se fala sobre a Lei, e sim, sobre a criação do mundo, do homem, e outros eventos e acontecimentos que ficaram registrados. Porém, o sábado dos adventistas, chamado de sabbatum litúrgico, tem em sua prática uma particularidade que o torna distinto do shabat dos judeus. Os adventistas, incluindo os outros sabadistas de outras religiões, usam um sábado distinto e bem diferente, que procede do sabbatum litúrgico, e que atualmente é o sábado do calendário gregoriano radicalmente adverso do shabat do Decálogo quem ter por base o sábado lunar.
Precisamos entender que o sábado gregoriano, o qual procede do sabbatum litúrgico, nunca fez e não faz parte da Lei do Antigo Testamento, pois historicamente sabemos que um dia litúrgico foi clonado pela igreja Católica, na época do papa são Silvestre I. No entanto, o shabat não tem esse histórico; o que o torna ainda mais diferente do sábado gregoriano. E, além disso, é um dia cerimonial e faz parte da primeira festa e está introduzido no Decálogo (Lv. 23.2-4). Portanto, o sábado litúrgico dos adventistas, que na verdade não faz parte do Decálogo e não tem nenhuma das cerimônias da Lei. E pelo fato de não ter nenhuma solenidade é intitulado, pelos adventistas e pelos outros sabatistas, de sábado “moral”.
Foi a igreja Católica que criou os dias de feiras, e também o domingo, chamado de Dies Dominica, e o sabbatum. E ambos foram incorporados aos dias de feiras litúrgicas que, antes no calendário eclesiástico de liturgias Católicas, tinha esta ordem:
1. Prima-feira; 2. Segunda-feira; 3. Terça-feira; 4. Quarta-feira; 5. Quinta-feira; 6. Sexta-feira; 7. Sétima-feira. O sabbatum veio, posteriormente, para substituir a sétima-feira. E o Dies Dominica substituiu a prima-feira. E assim foi criado o calendário eclesiástico católico, chamado de gregoriano para ser usado dentro da mesma. Este calendário criado pelos romanos e que foi aprovado por seus bispos e pelo papa Silvestre I, ficou na seguinte ordem no latim litúrgico: Dies Dominica, segunda-feriae, tertia-feriae, quarta-feriae, quinta-feriae, sexta-feriae, sabbatum.
Assim o calendário gregoriano chegou até nós traduzido do latim para o português na seguinte ordem: domingo, segunda-feira, terça- feira, quarta-feira, quinta-feira, sexta-feira, sábado. Essa é a trajetória do sábado gregoriano que podemos chamar de sábado católico. Porque foram os bispos católicos que inventaram os dias de liturgias. E criaram até um dia de liturgia com o nome de sábado, que no original tem o nome de “sabbatum”.
Nessa época a igreja Católica, estava no seu auge dentro do império romano. Portanto criou um calendário mais desenvolvido, imitando um pouco o calendário judaico com uma semana de sete dias. Depois esses dias, com nomes de feiras litúrgicas, foram incorporados no calendário juliano no Concílio de Nicéia, sob a tutela do imperador Constantino no ano 325 d.C. [SABBATUM O SÁBADO CLONADO].
Pois, agora já sabemos que o sábado de origem católica está lá no calendário gregoriano junto de outros dias de feiras litúrgicas anuais. Essa distinção se verifica quando comparamos o sábado do Decálogo, com o sábado gregoriano. O sábado do Decálogo era e é realmente festivo e cerimonial. Essa confirmação de seu cerimonialismo se encontra no livro de levíticos 23.2-4. Pois de fato o sábado do Decálogo estava vinculado com todos os outros mandamentos da Lei, tanto os cerimoniais como os mandamentos morais.
Assim se vê grande diferença entre o sábado dos adventistas e o shabat. E essa diferença começa na sua forma de se celebrar. O shabat judaico era e é um dia cerimonial e festivo para os judeus no sistema legal, com todos os outros sábados festivos, conforme ensina a Lei. O sábado dos adventistas não é um dia festivo e nem cerimonial. É apenas um dia de descanso corporal que os adventistas descansam, socialmente, todos os finais da semana católica de feiras litúrgicas. Já que o sábado deles é o sabbatum litúrgico. Que na verdade se identifica com o dia de domingo. Ou seja, parece mais com o dia de domingo do que com o shabat do Decálogo.
Portanto, o sabbatum dos adventistas nunca foi o sétimo-dia, o sétimo-dia é somente o shabat, pois, o sábado dos adventistas é a sétima-feira que tem o nome de sabbatum, no idioma latim. No entanto os sabatistas estão usufruindo do sábado gregoriano, e não o shaba judaico.
Vejamos que o povo de Israel não podia fazer nenhuma separação entre o shabat e os demais mandamentos da Torá, com o objetivo de guardar somente o shabat. Era algo que não aconteciam entre os israelitas. De acordo com a exigência da Lei o shabat, do calendário hebraico, deveria ser guardado a qualquer custo! E teria que ser guardado juntamente com todos os outros mandamentos da Lei; sejam esses mandamentos morais ou cerimoniais. Jamais poderia ser guardado separadamente.
Conforme já estudamos nas festas solenes do Senhor no livro de Levíticos 23.2-4, vimos que o shabat foi dado com exclusividade ao povo de Israel junto com os outros sábados festivos. Não havia separação do sábado do Decálogo e de outros sábados. Basta o leitor pesquisar no capítulo inteiro, e verá que o shabat está junto das outras festas do sistema sabáticos. Por força da Lei, os israelitas tinham obrigação de guardar todos os shabats.
Os sabadistas ensinam o contrário à Lei de Deus. Ensinam que basta descansar o dia de sábado que já se cumpre o quarto mandamento do Decálogo. Mas, as cerimônias e solenidades do sétimo dia escritas no livro de Levítico como que fica? E qual sábado eles mandam guardar? O sabbatum, dia de saturno, a sétima feira do calendário gregoriano? Ou o shabat do sétimo dia do calendário hebraico? E tem como base a lua nova o primeiro dia do mês? Na verdade, os adventistas divulgam e pregam o sábado do calendário gregoriano ao mesmo tempo em que dizem observa o sábado do Decálogo.
O leitor precisa entender que o sabbatum era a antiga sétima-feira, na época em que fora introduzido no calendário católico gregoriano. Portanto, o shabat não é a sétima-feira, o shabat é o sétimo dia do calendário hebraico. O sabbatum litúrgico, sendo a antiga sétima-feira do calendário eclesiástico fica caracterizado como um sábado falso. Portanto não é o legítimo shabat que Deus doou ao povo de Israel na Lei, quando ainda esta estava em vigência até a morte de Cristo na cruz. Esse sábado, gregoriano, não é o mesmo, pois é despido das festas religiosas e de todo o cerimonialismo que constam na Tora, cujas festas pertencem ao shabat e aos outros sábados festivos.
O shabat que o Senhor verdadeiramente ordenou como mandamento, ao povo de Israel, não consta em nenhuma parte do Novo Testamento, como mandamento para ser guardado do mesmo modo que era guardado no Velho Testamento. Todavia alguém pode perguntar: mas e os sábados falados nos evangelhos e em atos? Mas lá só se fala sobre o sábado quando Jesus curava e ainda mandava as pessoas curadas carregarem seus pertences que eram pesados. E além do mais, o sábado falado ou discutido por diversas vezes, no Novo Testamento, mas nunca ordenado por Jesus e Seus apóstolo. Não temos nenhum versículo no Novo Testamento dizendo: “lembra-te do sábado para repousar”. Com certeza não verá nem sequer um versículo similar dizendo para guardar o shabat ou o mestre Jesus dando mandamento para guardar o shabat e nem um sábado (sabbatum) sem celebrações cerimoniais e sem festas rituais. No Novo Testamento não há uma citação sequer sobre um sábado do mesmo modo, como era praticado pelo povo de Israel no Antigo Testamento.
Os sabadistas costumam dar significado ao sábado, dizendo que o sétimo dia significa sábado. Pois bem, não há esse significado para o sábado nos dicionários. “O sábado não significa sétimo dia e nem sétimo dia significa sábado”.

1. Sábado cerimonial ou moral? Os atuais sabadistas guardam um sábado clonado e que o transformam num descanso social e secular. É óbvio que, por se tratar do sábado gregoriano, acaba ficando bem distante e bem diferente do shabat judaico, o sábado do Decálogo. Embora eles não observem o shabat, mas se considerássemos a hipótese de eles “guardarem” o shabat, onde o próprio Deus acrescenta um adjetivo ao sábado: “sábado solene”. E solene é cerimônia. Isso significa que o sábado não é um mandamento moral. Enquanto Deus deixa claro que é cerimonial ao chamar o shabat, o sábado do Decálogo, de sábado solene (Lv.23.2-4). A palavra diz que é cerimonial o sábado do sétimo dia. Os adventistas dizem que é “moral”. Os sabadista ainda dizem que guardam um tipo de sábado sem legalismo. Talvez seja mesmo o sábado gregoriano, porque o sábado gregoriano não pertence ao compêndio da Lei e não faz parte do Novo Testamento, é verdadeiramente um tipo de sábado que realmente não tem legalismo.
As Escrituras Sagradas, no Novo Testamento, nos ensinam que para seguir a Jesus, através da fé e ser vocacionado como seguidor de Cristo, torna-se dispensável guardar qualquer mandamento da Lei, inclusive o shabat da Lei. Se o amigo leitor procurar em todo o Novo Testamento, vai constatar que não existem mandamentos para guardar o sábado do calendário hebraico. E muito menos o sábado, chamado no latim católico de sabbatum litúrgico, do calendário do Papa Gregório. Calendário esse muito apreciado e que contém o sábado muito usado como dia de descanso pelos adventistas e pelos outros sabadistas aos finais de semana. E ainda dizem que é “mandamento” de Deus. Mas que mandamento de Deus é esse? Um sábado catolizado, e por ser vinculado ao calendário gregoriano, é também um sábado gregoriano. É esse o mandamento de Deus quer?
Os defensores do decálogo cometem um grande erro ao pensarem que a lei moral só se refere aos dez mandamentos. O decálogo não é o veículo exclusivo da vontade de Deus. Na Bíblia encontramos preceitos “morais” que não fazem parte do decálogo, retirados do que eles chamam de LEI DE MOISÉS, a qual atribuem valor inferior à que eles chamam de lei moral de Deus.

1.1. A lei, como lei dos mandamentos e como lei das ordenanças.
O apóstolo Paulo chamou os mandamentos da lei de ordenanças. “Mandamentos” e “ordenanças” São vocábulos que tem o mesmo significado.
Vejamos o que este apóstolo disse na carta aos efésios:
“Na sua carne desfez a inimizade, isto é a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz” (Ef 2.15).
Neste texto temos a oportunidade de observar que os mandamentos da lei são chamados de ordenanças pelo próprio apóstolo Paulo. A própria palavra ordenança indica ordem, e ordem é mandamento. O dicionário Aurélio diz que ordenança e mandamento têm o mesmo significado. A palavra ordenança tanto pode ser aplicada a conjuntos de mandamentos morais, assim como mandamento pode ser aplicado a conceitos cerimoniais, como acontecem em várias partes dos livros do Pentateuco. Onde há vários preceitos de categoria cerimonial que têm o nome de mandamentos. No entanto, para os sabatistas, os mandamentos são aplicados aos conceitos morais. Isto quem fala são eles e não a Bíblia. E as ordenanças são aplicadas aos conceitos cerimoniais. Na verdade este tipo de interpretação é para defender a teologia das duas leis inventadas por eles; a “moral e a cerimonial”. O que realmente é na verdade fruto da imaginação deles (os atuais sabatistas), pois não condiz com a verdade esse tipo de teoria. Quero ressaltar que o nosso Senhor Jesus Cristo não nos ensinou assim e nem os apóstolos nos evangelhos e tampouco em suas cartas.

1.2. O vínculo dos sacrifícios com o shabat.
Notemos o que diz a palavra de Deus no Velho Testamento, onde se vê os sacrifícios e holocaustos que estavam relacionados de forma direta no sábado do Decálogo. Ou seja, o shabat era inseparável dos sacrifícios e holocaustos e de festas. Aqui nesse texto há vários elementos que compunham o holocausto no sábado:
“Porem no dia de sábado dois cordeiros de um ano, sem mancha, e duas décimas de flor de farinha, misturada com azeite, em oferta de manjares, com sua libação; holocausto é do sábado em cada sábado, além do holocausto contínuo, e sua libação” (Nm 28.8-9).
Nesta passagem bíblica, Moisés o grande homem de Deus, declarou que o holocausto oferecido a Deus no sábado pertencia ao sábado. Ou seja, o sábado do sétimo dia o shabat. Nesta declaração de Moisés, ao dizer que o “holocausto é do sábado”, torna uma prova incontestável e digna de crédito de que o shabat era substancialmente repleto de ritos sacrifical, ao dizer que o holocausto é do sábado.
Nesta declaração de Moisés, ao dizer que o holocausto é do sábado”, torna uma prova incontestável e digna de crédito de que o shabat era substancialmente repleto de ritos sacrifical, ao dizer que o holocausto é do sábado. E tamanhas eram as cerimônias que o rodeavam em todas as suas praticidades, quando se cultuavam ao Senhor Deus, que o próprio Senhor Deus o chamou o shabat do sétimo dia de a minha cerimônia, vejamos o que diz o texto em pauta: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: as solenidades do Senhor, que convocareis, serão santas convocações; estas são as minhas solenidades: seis dias obras se fará, mas ao sétimo dia será o sábado do Senhor é em todas as vossas habitações (Lv.23.2,3).
Nada se pode contra esta grande verdade, pois é de fato a verdade derrubando as farsas dos sabadistas. Eles falam tanto em sábado moral, coisa que não existe escrito na Bíblia, ou seja, não está escrito na Bíblia que o sábado é um mandamento moral; o que realmente está escrito na Bíblia conforme já citei; (Lv 23.2,3). Nesses dois versículos está dizendo que o sábado chamado de shabat é solene, e solenidade é cerimônia.
Portanto chegamos ao ponto culminante desse estudo de provarmos que o sábado do decálogo era e é 100% de atos solenes e ritualísticos praticados pelo povo de israel. O sábado além de ser 100% cerimonial, 100% ordenança, era também 100% do ministério da morte, 100% do ministério da condenação, 100% de jugo pesado da Lei e foram 100% abolido por Cristo ao ser cravado na cruz. Já provei mostrando textos do livro de levítico e textos do livro de números que o shabat e os outros shabats eram e são cerimoniais. Principalmente os textos de (Lv 23.2-4). Onde diz que o sábado do sétimo dia é solene; é lógico se é solene é cerimonial.

2. Os mandamentos de Cristo. Perguntaram a Jesus o que se deve fazer para executar as obras de Deus. A resposta não foi guardar o sábado, nem a lei e nem os Dez Mandamentos, mas exercer fé em Jesus (Jo 6.28,29). Essa doutrina é ratificada mais adiante (1ª Jo 3.23,24). Jesus falou diversas vezes sobre o novo mandamento, a lei de Cristo, o amor operado pelo Espírito Santo na vida cristã (Jo 13.34; 14.15, 21; 15.10). O Senhor Jesus não incluiu o sistema mosaico na Grande Comissão. Ele disse para “guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado” (Mt 28.20). O mandamento de Cristo é a fé n’Ele, é a lei do amor (Rm 13.10; Gl 5.14) e não a letra da lei. Quem ama a Cristo tem a lei do Espírito em seu coração.
Na última semana antes da sua crucificação, os fariseus e saduceus líderes religiosos em Jerusalém, interrogam Jesus:
Mt 22.35-40: “E um deles, doutor da lei, interrogou-o para o experimentar, dizendo: 36 Mestre, qual é o grande mandamento na lei? 37 E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. 38 Este é o primeiro e grande mandamento. 39 E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. 40 Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.”
Jesus respondeu com sua sabedoria divina a todas as perguntas, frustrando um adversário após outro. Mateus nos diz que, depois de vários destes encontros, “os fariseus sabendo que ele fizera calar os saduceus, reuniram-se em conselho. E um deles, intérprete da Lei, experimentando-o, lhe perguntou: Mestre, qual é o grande mandamento na Lei?” (Mt 22.34-36). Certamente os fariseus esperassem que Jesus tropeçasse nesta pergunta. Como eles exaltavam alguns mandamentos e negligenciavam outros, talvez imaginassem uma oportunidade para acusá-lo mais uma vez de desrespeitar o sábado ou alguma regrinha deles sobre a purificação cerimonial.
Algumas observações sobre este texto nos ajudarão a fazer o uso correto destas palavras do Senhor.
Jesus não citou dois da lista dos “Dez Mandamentos” do Antigo Testamento. Talvez os fariseus esperassem que ele destacasse o sábado ou alguma outra lei sobre o comportamento externo do homem, mas Jesus respondeu de outra maneira. As palavras que ele citou não vêm dos Dez Mandamentos e sim, de passagens menos conhecidas. A instrução de amar a Deus vem de um dos últimos discursos de Moisés (Dt 6.5). E o segundo mandamento vem do meio de uma lista de instruções sobre o tratamento de outras pessoas (Lv 19.18).
É impossível amar a Deus sem amar aos outros. João um dos apóstolos de Jesus escreveu: “Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê” (1ª Jo 4.20).
Estes mandamentos não vêm da Lei, a Lei vem destes mandamentos. Sim, estes mandamentos aparecem nos livros da Lei do Antigo Testamento, mas Jesus explica a relação entre estes e os outros mandamentos: “Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas” (Mt 22.40). A Lei reflete o caráter daquele que o deu: “Deus é amor” (1ª Jo 4.8). Ao invés de entender estes dois mandamentos como parte de um código moral, devemos entender que todas as revelações de Deus, sejam mandamentos dados no Antigo Testamento para os israelitas ou mandamentos dados por Jesus para todas as pessoas, dependem destes princípios que vêm da própria natureza de Deus.
Jesus não nega a importância de obedecer às outras instruções do Novo Testamento, mas nos lembra que qualquer exigência divina se baseia no caráter de Deus. Desta maneira, entendemos que o amor ao Senhor inclui obediência a todas as instruções que ele nos deu. O mesmo Jesus esclareceu este fato quando disse: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” e “Quem não me ama não guarda as minhas palavras” (Jo 14.15,24).
Os atuais sabadistas dizem que o que vale hoje é só a Lei moral. Mas onde está escrito que atualmente só vale a Lei moral como parte do Antigo Testamento? Você, que é adventista ou sabadista de outra religião, conseguiria prove dentro da Bíblia, que no Novo Testamento só vale ser guardada apenas a Lei moral? Em qual versículo e livro, do Novo Testamento, está escrito esse ensino?
No entanto agora que convertemos ao Senhor Jesus Cristo, somos cidadãos dos Céus e cidadãos da terra, ao obedecermos à Palavra de Deus os mandamentos e doutrinas ensinados por Cristo e pelos seus apóstolos. Temos as duas cidadanias, a terrena e a celestial vivemos moralmente e espiritualmente. Todavia estamos pendentes a pecar sim, contra os mandamentos e doutrinas de nosso Senhor Jesus Cristo, ensinado por Ele e por seus apóstolos.
Porém quero ressaltar que quando os sabadistas falam em nove mandamentos, eles na qualidade de pessoas honesta e cidadãos de bem, obedecem mesmo somente a nove mandamentos, porque, eles não guardam o shabat, o sábado do Decálogo o quarto mandamento. Eles apenas descansam seus corpos, socialmente, no sábado gregoriano aos finais de semana. E o sábado gregoriano não é e nunca foi o shabat do Decálogo.

3. Somos salvos pela graça. O Senhor Jesus e o apóstolo Paulo citaram Levítico 18.5 como meio hipotético de salvação pela observância da lei (Mt 19.17; Gl 3.11). Mas ninguém jamais conseguiu cumprir toda a lei, exceto Jesus. O mais excelente dos rabis de Israel só conseguiu cumprir 230 pontos dos 613 preceitos da lei. A lei diz “faça e viva”, no entanto, a graça diz “viva e faça”. Por esta razão os cristãos estão debaixo da graça, e não da lei (Rm 6.14; Gl 3.23-25). A lei não tem domínio sobre nós (Rm 7.1-4).
Atualmente, nós evangélicos, estamos libertos do legalismo e nem observamos o sistema (sabadistas) de descansarem no sábado do calendário gregoriano. Por que não somos sabatistas como os judeus? Porque vivemos na dispensação da Graça. Daí, então, não há necessidade do shabat. Somos salvos pela fé que aceitamos em Cristo Jesus, porque Ele morreu na cruz derramando o seu sangue para nos perdoar e nos purificar de nossos pecados, tornando-nos filhos de Deus e nos dando a salvação, a esperança e a certeza da sua vinda. E garantindo a nós, através da Sua Palavra, uma morada eterna no céu. Nós, evangélicos, estamos dentro desta pauta espiritual de liberdade e fé na dispensação do Espírito Santo, que realmente é atuante nos dias de hoje. Para sermos salvos em Cristo não precisamos do shabat da Lei e muito menos do sábado gregoriano, o sábado dos adventistas. Porque em Cristo temos tudo. O Novo Testamento tem mandamentos suficientes, sem precisarmos recorrer aos mandamentos da Lei. Jesus é pleno em nossas vidas espirituais.
Filipenses 3. 13-15: “Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. 15 Por isso todos quantos já somos perfeitos, sintamos isto mesmo; e, se sentis alguma coisa de outra maneira, também Deus vo-lo revelará.”
Paulo não podia apagar o passado de sua memória, mas se recusou a deixar que ele o impedisse de avançar em direção ao seu objetivo. O apóstolo queria esquecer seu passado moralista (v. 4-7). Ao usar o verbo esquecendo-me no tempo presente, Paulo estava indicando que se trata de um processo contínuo. Talvez ele até estivesse indicando que queria esquecer-se de tudo para não apoiar em seu passado os êxitos em Cristo, mas continuar a trabalhar para o Senhor. A expressão verbal “avançando para...”, significa completamente estendido. E também usada para se referir a um cavalo que se estica e se esforça para conquistar a vitória em uma corrida.
A palavra alvo se refere especificamente à linha de chegada em uma corrida, na qual os corredores atentamente fixam os olhos. O prêmio é a recompensa pela vitória. Paulo evidentemente levava a sério o que ensina em 1ª Coríntios 9.24. No Novo Testamento, a expressão soberana vocação alude ao chamado divino à completa salvação. Pode remeter ao tribunal de Cristo, o lugar da recompensa. Paulo não disse que estava prosseguindo pelo chamado de Deus, mas pelo prêmio desse chamado. Ele não está trabalhando para obter sua salvação pelas obras, mas uma recompensa eterna.
Nós, que aceitamos Jesus como Salvador, que vivemos na dispensação da Graça, temos o Espírito Santo, a fé salvadora, que é o nosso veículo em Cristo nessa jornada espiritual. Também Nele fomos justificados pelo seu sangue. O Espírito Santo é quem trabalha nessa justificação em nós. E enfaticamente, pela fé, adquirimos o novo nascimento. Nele temos a adoção da filiação com Deus. Jesus Cristo é pleno em nossas vidas, pois de fato mora em nós.
Gálatas 1.6-9: “Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; 7 O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. 8 Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. 9 Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.”
Paulo apresenta o motivo de sua carta: havia um grupo de irmãos que estava perturbando (1.7) o pleno entendimento do Evangelho de Cristo. Esses “falsos irmãos” eram considerados judaizantes porque defendiam que o Evangelho, para ser perfeito deveria praticado juntamente com a Lei de Moisés, ou seja, retornar ao LEGALISMO, e assim pregavam outro evangelho (1.6). Paulo tem uma clara constatação: Os gálatas ainda estavam agindo como bebês na fé, tal qual um neófito, inconstantes na fé que receberam.
Deus “chamou” os gálatas, por meio do Evangelho de Cristo para o novo estado salvício (1.6s; 5.8), para o estado da “graça de Cristo” ou de “Deus” (1.6; 2.21; 5.4). Este estado fundamenta-se unicamente na “cruz de nosso Senhor Jesus Cristo” (6.14). Agora, contudo, existe o perigo de que os gálatas já tivessem caído dessa graça (1.6; 5.4), pelo fato de serem seduzidos pelos judaizantes (1.7; 3.1; 5.10), terem eliminado o escândalo da cruz (5.11), crendo que o evangelho ensinado por Paulo, precisasse de um complemento (5.3; 6.12).
Paulo advertiu os Gálatas que o evangelho que os pregadores estavam ensinando era “outro” (gr. allos) “um outro tipo, diferente”, “o qual não é outro”. O verdadeiro evangelho, que vem de Deus, segundo Cristo, e não casado com a lei.
Se acaso os adventistas guardassem mesmo shabat, como os judeus guardam, incluindo cerimônias da Lei as quais foram ordens expressas do próprio Deus para serem praticadas no shabat, eles estariam certos nessa prática, conforme os ditames da Lei. Porém eles estariam fora da graça; e o apóstolo Paulo frisou bem que quem vive praticando alguma obra da Lei, da graça caiu (Gl 5.4). E descansar somente o corpo no shabat ou em outro dia da semana, sem cerimônias e as solenidades da Lei, até o ateu judeu faz.
Portanto, os atuais sabadistas não guardam o shabat como manda a Lei, apenas descansam seus corpos na sétima-feira da semana do calendário católico gregoriano. Então eles não são os legítimos guardadores do verdadeiro shabat do calendário hebraico, que de fato é o sábado do povo de Israel no Antigo Testamento. Os legítimos observadores do shabat é o povo judeu ou alguém que se converteu ao judaísmo e não os sabadistas.
Se eles realmente guardassem o shabat da Lei, acabariam caindo numa verdadeira armadilha. Com certeza teriam que guardar todas as cerimônias e festas da Lei conforme diz em Levítico 23. Ainda, segundo o ensino de Paulo apóstolo, certamente eles estariam separados de Cristo. Quanto mais o sabbatum pagão, chamado de dia de saturno, que pertenceu à cultura e costumes dos babilônios egípcios e posteriormente aos romanos.
O apóstolo Tiago ensinou contra aqueles judeus que se convertiam ao evangelho, mas que pretendiam continuar observando toda a Lei. Dizendo assim para eles: “Porque qualquer que guardar toda a Lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos os mandamentos da Lei” (Tg 2.10).
O apóstolo estava dizendo que se alguém quisesse guardar toda a Lei, e se acaso viesse a tropeçar em um só ponto da Lei, esse suposto praticante da Lei seria culpado por todos os mandamentos da Lei. Ou seja, aqui o apóstolo não está dando mandamento para guardar a Lei. Ele está é avisando que se alguém, ou “qualquer pessoa” quisesse guardar toda a Lei, estaria sujeito a todos os mandamentos da Lei. E aí estaria o perigo, porque seria muito difícil, pela condição de pecador, acabaria se tropeçando em algum mandamento da mesma.
Os sabadistas interpretam esse é um dos versículos dizendo: “vocês dizem que guardam somente nove mandamentos e deixa de guardar o quarto mandamento”, então vocês evangélicos se tornam culpados de toda a Lei. Veja bem que absurdo! Eles falam assim como se eles guardassem toda a Lei ou pelo menos os nove mandamentos, sem tropeçar em nada! Que incrível!? Então eles não pecam, eles não tropeçam em nada!? Mas vamos à palavra e ver o que ela diz: “Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua Palavra não está em nós” (1ª Jo 1.10).
Portanto, nós evangélicos não guardamos nada da Lei e não precisamos de nada da Lei. Ou seja, nós evangélicos não guardamos nem nove, nem dez mandamentos, Jesus substituiu todos esses mandamentos da Lei por novos mandamentos e doutrinas que estão nos evangelhos e nas epístolas que são superiores e completos em virtudes e unção do Espírito Santo.
As leis dadas a Moisés no Antigo Testamento não foram capazes de salvar ninguém, por isso foi invalidada. Note o que Paulo diz aos Gálatas:
“Porque, se fosse promulgada uma lei que pudesse dar vida, a justiça, na verdade, seria procedente da lei” (Gl 3.21).
Os israelitas, porém, eram incapazes de cumprir a lei, razão pela qual Cristo a cumpriu por eles. Porque a lei estava enferma:
“Portanto o que fora impossível à lei, visto que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado” (Rm 8.3).
Embora concedida por Deus, a lei (o código escrito) era impotente para permitir que as pessoas atingissem suas exigências, pois tinha de depender da natureza pecaminosa para realizá-las.
A semelhança da carne: a natureza humana de Jesus era real, mas sem pecado (ver Fl 2.7-8; Hb 2.17; 4.15; 1ª Pe 2.22).
A carta aos Gálatas é o escrito que para nós hoje constitui a primeira declaração mais ampla do apóstolo sobre a questão da lei. Na polêmica sobre a lei, o apóstolo nega que esta tenha alguma relação com aliança de Abrão e com o Espírito; assim, a lei nunca teve, segundo seu julgamento, o objetivo de proporcionar vida (Gl 3.21; cf. Rm 11.14). Deus estabelece desde o princípio uma diferença entre lei e evangelho. Assim sendo, em Gl 3s a aliança de Abraão, Cristo, o evangelho e o Espírito constituem uma unidade, enquanto a lei não tem absolutamente nada a ver com essas grandezas. Para isso, a lei surge demasiadamente tarde e deve ceder lugar, com Cristo, para a fé. Ela desde o início foi promulgada por Deus aos anjos, para servir de “tutor” para os pecadores.
Por isso nós não temos que tropeçar em nenhum mandamento da Lei. Nós pecamos sim, podemos pecar contra Cristo, o nosso Senhor e Salvador. Estamos sujeitos a pecar contra Deus e Sua Palavra; e contra o próximo. Isso acontece porque nós como salvos em Cristo e nascidos de novo não dependemos em nada do que é da Lei. Somos subordinados aos ensinos de Cristo no Novo Testamento. E no Novo Testamento temos mandamentos suficientes de poder e virtude e abundância da graça virtuosa do Espírito Santo.
Ao praticarmos os mandamentos e doutrinas do Novo Testamento estamos guardando ou praticando a justiça pela fé e, que provem da fé.
Fica aqui provado que são somente nove mandamentos morais que eles obedecem, ou seja, eles fazem como qualquer cidadão honesto faz perante a sociedade, em qualquer parte do mundo, de viver e levar uma vida moral digna como qualquer cidadão do mundo terreno.

ABOLIÇÃO DO SÁBADO

O profeta Oséias, prediz a abolição de todas as solenidades, incluindo o sábado do Senhor Lv.23.3, por ser também cerimonial como as demais festas:
“E farei cessar todo o seu gozo, as suas festas, as suas luas novas, e os seus sábados, e todas as suas solenidades” (Os 2.11).
O Profeta agora desce aos pormenores; e, em primeiro lugar, ele diz que o povo ficaria destituído de seus sacrifícios e dias de festas, e de toda aquela pompa exterior, os quais estiveram com eles à guisa de religião.
O Senhor Deus está falando ao profeta Oséias da interrupção do Sábado, da lua nova e do culto externo. O povo de Israel, seria destituído desses excelentes dons com os quais havia sido distinguido. O Profeta diz, em primeiro lugar: Eu farei cessar o sábado e os dias de festa. Eles realmente se julgavam abençoados quando celebravam os dias festivos, quando ofereciam sacrifícios e, magnificavam o Senhor, todavia, sabemos que não o adoravam num lugar lícito nem da maneira reta, como ele ordenara na lei; pois mesclavam muitas superstições; mais que isso, a religião, como um todo, estava impura; e, contudo, julgavam que o culto deles agradava a Deus.
O anúncio profético de Oséias se cumpriu em Jesus Cristo e, por isso, no Novo Testamento se encontra um texto afim, isto é, sobre o mesmo assunto, do texto do profeta.
Por isso o apóstolo Paulo recomenda aos crentes de Colossos cuidado para que não se tornem presas dos pregadores de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo:
“Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festas, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo” (cl 2.16-17).
Estas Escrituras, a de Oséias e a de Paulo, a primeira anunciando a futura abolição do sábado e a segundo o fato consumado da extinção dele, merecem, por serem de suma importância, exame detido e pormenorizado.
Nossa pesquisa, destituída de qualquer juízo temerário e preconcebido, e com propósito de submissão incondicional à Vontade Soberana de nosso Deus.
Parte integrante do regime de sombras e das figuras do Velho Testamento, o sábado estava fadado a ser abolido com o aparecimento da realidade em Jesus Cristo, porquanto a Nova Aliança em Jesus Cristo ultrapassa a Antiga Lei.
No contexto da vigência da Lei os judeus viviam debaixo da sombra dos bens futuros (cf. Hb 10.1). Ao consumar no calvário a obra objetiva da Redenção, Jesus Cristo, Luz do mundo, extinguiu todas as sombras e n’Ele se consumaram todas as figuras.
Extintas as sombras e consumadas as figuras, o sábado também caducou porquê das sombras e das figuras faziam parte.

1. Na Escritura de Oséias leio “SEUS SÁBADOS”.
Em outras passagens encontro o Senhor aludindo a esse dia da semana com o pronome possessivo na primeira pessoa: “MEUS sábados” (cf. Ex 31.13; Ez 20.12, 13, 16, 20, 21; 22.8, 26. 23.28). “MEUS sábados”, disse Deus, por serem eles “DO SENHOR” (cf. Lv 23.3; Dt 5.14).
O profeta Oséias, contudo, diz: “SEUS sábados”. O pronome possessivo, embora em ambos os casos esteja no plural, encontra-se em diferentes pessoas. Por quê?
Será que ao dizer “MEUS sábados” Deus aludia ao sábado semanal e ao dizer Oséias 2.11 “SEUS sábados” se referia às festas anuais?
Estudando o hebraico o pronome MEUS e SEUS naquelas locuções não invalida a profecia de Oséias 2.11 quanto à abolição do sábado semanal.
Se o sábado é o SINAL de uma aliança, ou pacto entre Deus e o povo israelita atribuísse-lhe, logicamente, o aspecto de bilateralidade. Concerto ou aliança é um contrato. E todo o contrato é bilateral, isto é, exige o cumprimento de condições para ambas as partes concertantes ou contratantes e concede regalias a ambas também. Então a Aliança ou Concerto pertence a Deus e a Israel. É de Deus e do povo.
Em Levítico 23, encontro o sábado semanal incluído entre as solenidades do Senhor: “estas são as MINHAS solenidades” (v. 2):
“Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: As solenidades do SENHOR, que convocareis, serão santas convocações; estas são as minhas solenidades:” (v 2.)
O Sábado (v.3); a páscoa (vv. 4-8); as primícias (vv. 9-22); a dos tabernáculos (vv. 24, 34-36, 39-43); o dia da expiação (vv. 27-32); e as festas anuais (vv. 4 ss).
Estas solenidades todas, inclusive o sábado semanal, nos vv. 4 e 37 são chamadas de “solenidades do Senhor”.
No v. 2 Deus designa todas as solenidades: o sábado semanal e as festas anuais com o pronome possessivo na primeira pessoa “MINHAS solenidades”.
Os sábados pré-figurativos (as festas anuais) foram também cognominadas por Deus de propriedade d’Ele, valendo-se da primeira pessoa no possessivo.
Se as festas anuais são pré-figurativas e, portanto, cerimoniais, o sábado semanal também o é. Por conseguinte também ele é cerimonial e sujeito à caducidade, à abolição como sombra dentre as outras sombras ritualísticas judaicas.
Se o sábado semanal é uma prescrição moral da Lei e, por isso, não pode ser extinto, por ser em vários lugares das Escrituras chamado por Deus de “MEUS sábados”, teremos que admitir situação semelhante para os sábados SOLENES, o ano sabático e o ano jubileu.
Naquele tempo havia o sábado septenário e o sábado jubileu. Depois de seis anos consecutivos de trabalho o sétimo era de repouso total. E também depois de 49 anos de trabalho o quinquagésimo era de descanso completo.
Deveriam ser estes dois sábados (o septenário e o do jubileu) também prescrição moral porque também eram do Senhor, O sábado septenário era “um sábado do Senhor” (Lv. 25.2 e 4). O sábado cinquentenário também era do Senhor porque a Ele santificado (cf. Lv. 25: 10 e 12).
Nesse caso, deveríamos guardar para sermos coerente o sábado septenário e o sábado cinquentenário. Se o sábado hebdomadário [derivado do grego hebdómada = semana], por haver sido chamado por Deus de “MEUS sábados” é uma disposição moral da Lei eterna, o septenário e o cinquentenário de semelhante maneira o são.
Ora, os próprios respeitadores do sábado semanal admitem que o septenário e o cinquentenário foram abolidos. Portanto, a coerência nos leva a aceitar a extinção também do sábado hebdomadário.
No capítulo 26 de Levítico deparo as expressões alusivas ao sábado em três pessoas diferentes: primeira do singular, terceira e primeira do plural: “MEUS sábados” (v. 2); “SEUS sábados” (vv. 34 e 43) e “VOSSOS sábados” (v. 35).
Lendo os Evangelhos encontro Jesus a usar esta expressão: “MEU Pai e VOSSO Pai; MEU Deus e VOSSO Deus” (Jo 20.17).
Se os sábados chamados por Deus de “MEUS sábados” e os chamados por Oséias 2.11 e Levítico 26.34, 43 de “SEUS sábados” e “VOSSOS sábados” de Levítico 26.35 são diferentes, isto é, essas locuções não designam o mesmo sábado semanal, aquele PAI mencionado por Jesus como “MEU Pai” é diferente do PAI também mencionado por Jesus com a locução de: “VOSSO Pai”.
Só porque mudou a pessoa do pronome possessivo, também mudou o PAI? Claro que não!
Quanto ao Templo encontro da mesma forma o emprego do pronome possessivo em diferentes pessoas. Em Isaías 56.7 Deus chama de “MINHA casa” e Jesus de: “VOSSA casa” (Mt 23.38). São, porventura, templos diferentes? Um de Deus e o outro dos judeus?
Igual circunstância ocorre com os sacrifícios. Em Números 28.3, 6 encontro a menção de sacrifícios ofertas ao Senhor. Em Levítico 10.13 encontro: “ofertas queimadas do Senhor”. Esses sacrifícios, essas ofertas, esses holocaustos, do Senhor, em Deuteronômio 12.6 são chamados de: “VOSSOS sacrifícios”. Em Isaías 42.23-24 são designados por “TEUS sacrifícios”.
O holocausto é do sábado E esse sábado do qual Deus associa ao holocausto é o sábado do decálogo o shabat. Os sabatistas dizem que não é. No entanto o que tem que prevalecer é o que diz a Palavra de Deus com a sua verdade inconfundível. E nunca a palavra do homem. Ou seja, a palavra dos sabadistas. De fato para todos esses atos cerimoniais ficarem concretizados, no culto contínuo perante o Senhor, tinha que ser oferecidos em cada sábado ou em todos os sábados conforme diz o texto.
Deixam de ser os mesmos sacrifícios, as mesmas ofertas, os mesmos holocaustos?
Em Levítico 23.2 eu me deparo com a referência: “as MINHAS solenidades” e em Isaías 1.14: “as VOSSAS solenidades”. Por acaso não são idênticas às solenidades?
A mudança de pessoa no pronome em todos esses exemplos não alterou em nada a unicidade do objeto. O Pai, o Templo, os sacrifícios e as solenidades são sempre os mesmos. Haveria de ocorrer mudança só no sábado?
Portanto, é evidente serem os mesmos os sábados mencionados por Oséias 2.11 com a locução “SEUS sábados” e por Ezequiel 20.12,13 com “MEUS sábados”. Neste caso, como nos outros aludidos, a alteração das pessoas do pronome possessivo não muda o objeto do assunto.

2. Alegar-se serem os sábados mencionados por Oséias e por Paulo nos textos em exame simplesmente alusivos às festas anuais, sem nada a ver com o sábado da semana é querer fechar os olhos à realidade da Revelação Divina.
Algumas considerações sensatas nos levarão à certeza de que aqueles sábados aludidos por Oséias e pelo Apóstolo Paulo são os sábados do descanso do sétimo dia e não os sábados, sinônimos das festas anuais.
2.1. No calendário israelita encontram-se várias festas anuais: a da páscoa em conjunto com a dos asmos, a das semanas ou das colheitas ou de pentecostes, a dos tabernáculos (as três maiores e mais solenes), a do dia da expiação (Yom Kippur), a da dedicação ou das luzes e a festa do Purim.
Essas festas duravam dias seguidos e é lógico que se incluía no seu decorrer o sábado semanal (cf. Lv 23.11, 15, 16). Denominá-las de sábados anuais por esse motivo não tem sentido.
Ocorre, todavia, por parte dos guardadores do sábado o recurso a algumas versões portuguesas da Bíblia baseadas da Vulgata de Jerônimo que transliterou para o latim o SHABATH hebraico. Essas versões como a dos clérigos romanistas, a de Matos Soares e a de Figueiredo, em lugar de repouso, que seria a tradução certa de SHABATH, puseram sábado.
Figueiredo em Lv 23.24 onde se refere à festa de pentecostes, seguindo a Vulgata, simplesmente transliterou o SHABATH hebraico: “O sétimo mês, o primeiro dia do mês será para vós um SÁBADO e uma recordação”.
João Ferreira de Almeida, contudo, traz a versão correta “Fala aos filhos de Israel, dizendo: No mês sétimo, ao primeiro do mês, tereis DESCANSO, memorial com sonido de trombetas, santa convocação”.
Ainda, Lv 23.39 alude à festa dos tabernáculos e a simples transliteração de SHABATH serve de deturpação das Escrituras de Oséias e de Paulo: “...no dia quinze do sétimo mês...celebrareis as festas do Senhor...o primeiro e o oitavo dia vos será sábado”, é a tradução-transliteração do romanismo, sempre interessado em ocultar e, pior, deturpar a Revelação Divina.
Almeida foi coerente com a tradução: “no primeiro dia haverá DESCANSO, e no oitavo dia haverá DESCANSO.”, embora esse dia oitavo pudesse cair em qualquer dia da semana, não coincidindo assim com o sábado semanal.
Quanto ao dia anual da expiação procedem de igual maneira os interessados na sustentação do sábado semanal a ser observado como prescrição moral.
Do v. 32 de Lv 23, em Almeida a tradução é: “Sábado de descanso vos será;”, sendo contudo esse dia o décimo do sétimo mês (v. 27).
Nada crucial seria se ele houvesse traduzido de verdade “descanso de descanso”, é uma força de expressão literária a repetição de um mesmo nome ou de uma forma abstrata em lugar de nome concreto, equivalente ao superlativo com na expressão bíblica “vaidade das vaidades”. “Descanso de descanso” significa repouso completo, absoluto, superlativo.
SHABATH SHABATON (=sábado do sábado, sábado do descanso, sábado sabático) de Êx 31.15; 35.2; Lv 16.31 significa absoluto repouso, descanso superlativo. É essa locução encontrada ainda em Lv 23 nos seguintes versículos: 3 (alusivo ao sábado semanal) e 32 (ao dia da expiação).
O recurso de transliteração de SHABATH, portanto, invalida a ambição de se considerarem sábados anuais as festas do calendário litúrgico israelita.

3. A palavra “SÁBADOS”, no plural, dos textos do profeta Oséias e do Apóstolo Paulo designa mesmo o sétimo dia da semana, que era cerimonial com já verificamos à luz das razões alinhadas.
Esses SÁBADOS de modo algum significam “sábados anuais” ou festas anuais, pelo fato de se encontrarem no plural.
E chegamos a esta conclusão mediante o argumento “ad hominem”, isto é, o argumento usado pelo próprio adversário.
Se a festa da páscoa, de pentecostes, dos tabernáculos, a festa da expiação é chamada de sábado anual, esses sábados, sábados festivais anuais, são chamados de “FESTAS”, como, de resto, querem os próprios interessados na permanência do sábado semanal. Então, à luz das próprias Escrituras são chamados.
Voltemos ao capítulo 23 de levítico, onde encontramos a confirmação de nossa assertiva.

3.1. Quanto á páscoa, no v. 6, diz: “E aos quinze dias deste mês é a FESTA dos pães ásmos do SENHOR...”. FESTAS

3.2. Quanto à dos tabernáculos no v.34: “...Aos quinze dias deste mês sétimo será a FESTA dos tabernáculos ao SENHOR por sete dia”.
Nos vv. 2 e 37 todas as FESTAS antes mencionadas (páscoa, pentecostes, etc.) são chamadas “SOLENIDADES DO SENHOR”:
“Estas são as solenidades do SENHOR, que apregoareis para santas convocações, para oferecer ao SENHOR oferta queimada, holocausto e oferta de alimentos, sacrifício e libações, cada qual em seu dia próprio” (v. 37).

3.3. Sábado do Senhor. “Seis dias trabalhareis, mas o sétimo será o sábado do descanso solene, santa convocação; nenhuma obra fareis; é sábado do SENHOR em todas as vossas moradas” (Lv 23.3).
Todo o ritualismo sublinha o aspecto das SOLENIDADES, sinônimo de FESTAS.
Aliás, os defensores do sábado semanal como disposição moral da Lei em caráter permanente, dizem que, sem se confundirem com os sábados semanais, os sábados festivais anuais estão incluídos nas “FESTAS” que os abrangem a todos.
Assim procedem para fugir do ensino de Oséias e de Paulo quanto à cessação do sábado semanal como prescrição moral, alegando que os sábados aludidos por esses escritores são as “festas” anuais dos israelitas, portanto, são os sábados cerimoniais.

A GUARDA DO SÁBADO NO NOVO TESTAMENTO

A questão não é o sábado em si, mas o fato de que não estamos debaixo do Antigo Testamento (Hb 8.6-13). O que nos chama a atenção é que, ultimamente, estão surgindo novos cristãos que, entre outras coisas, ensinam a guarda do sábado dizendo ser uma lei moral. Isso é retrocesso espiritual: é voltar às práticas antigas.
Nós cristãos evangélicos, preferimos ficar com Paulo e os demais apóstolos de Cristos, que julgavam a lei apenas uma sombra das coisas futuras (Hb 10.1), pois terminou a sua vigência com o advento d’Aquele a quem fora feita a promessa – Cristo, conforme (Gl 3.16-19).
Mas, não dúvida de que pela vinda do Senhor Jesus Cristo o que era aqui cerimonial foi abolido. Pois ele é a verdade, por cuja presença se desvanecem todas as figuras; o corpo, a cuja visão são deixadas para trás as sombras. Ele é, o verdadeiro cumprimento do sábado. Com ele, sepultados através do batismo, fomos enxertados na participação de sua morte, para que, participantes de Sua ressurreição, andemos em novidade de vida (Rm 6.4). Por isso, escreve o Apóstolo Paulo que o sábado tem sido uma sombra da realidade futura, e que o corpo, isto é, a sólida substância da verdade, que bem explicou naquela passagem, está em Cristo (Cl 2.17). Esta não consiste em apenas um dia, mas em todo o curso de nossa vida, até que, inteiramente mortos para nós mesmos, nos enchamos da vida de Deus. Portanto, que esteja longe dos cristãos a observância supersticiosa de dias.
A palavra profética já previa a chegada do Novo Concerto (Jr 31.31-33). E o fim do sábado. O Senhor Deus já havia falado através dos profetas a cessação do sistema sabático em si:
“Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para Mim abominação, e também as festas de lua nova, os sábados, e a convocação das congregações...” (Is 1.13).
Seria a guarda do sábado um preceito moral quando o próprio Deus declarou ser a sua guarda abominável aos seus olhos? Deus abomina as festas, como abomina o adultério e outros pecados imorais.
Deus, aqui, está aborrecido não só com as festas móveis de Israel, mas também com os seus sábados (incluindo o sétimo dia). Dizer que este texto só se aplica as festas móveis é um absurdo hermenêutico, pois o texto fala de “convocação das congregações” e isto ocorria também, e principalmente, no sábado do sétimo dia (Lv 23.3).
Seria a guarda do sábado um preceito moral considerando que em razão da desobediência Deus, ele anuncia a fim de todos os sábados prescritos na lei, inclusive o sábado semanal?
Em Oséias 2.11 vemos o desgosto de Deus com o sábado judaico onde Ele afirma:
“Farei cessar todo o seu gozo, as suas Festas de Lua Nova, os seus sábados e todas as suas solenidades” (Os 2.11).
Nesta passagem o Senhor afirma que faria cessar os sábados e que isto inclui o sétimo dia e “todas as suas solenidades”, obviamente o sétimo dia era uma solenidade de Israel e evidentemente seria cessada por mando de Deus.
Os profetas pensaram semelhantemente, pois previam com grande antecedência, não apenas a cessação do sistema sabático em si, mas também e de um modo muito explicito, a cessação do próprio sábado semanal, o 4º mandamento do Decálogo, motivo por que nem o sistema nem o dia são transplantados para o Novo Testamento, por se tratar da lei cerimonial.
Seria a guarda do sábado um preceito moral considerando que Deus poria em esquecimento a guarda desse dia – o sábado semanal – em decorrência da desobediência do povo de Israel? Um preceito moral poderia ser posto em esquecimento?
Lamentações 2.6: “E arrancou o seu tabernáculo com violência, como se fosse a de uma horta; destruiu o lugar da sua congregação; o SENHOR, em Sião, pôs em esquecimento a festa solene e o sábado...”.
No verso 9 diz: Não havendo mais templo, não era mais possível obedecer às leis sobre os sacrifícios, ou seja, não vigora a lei.
A vista de tudo isso, a guarda do sábado é um preceito cerimonial (abolido) ou moral (que vale até hoje)? A resposta óbvio que fica é um preceito CERIMONIAL, abolido com a morte de Cristo, colocando em vigor a Nova Aliança, onde o sábado não entra: Mandamento Antigo Testamento Novo Testamento.

JESUS E O SÁBADO

A antiga Lei Mosaica tem sido a referência para o povo judeu há milênios, apesar de a sua aplicação ter sempre gerado questões complicadas e controvertidas. Jesus lançou nova luz no assunto quando, em Seus ensinamentos, concentrou-se no amor, na misericórdia e na humildade, contrastando fortemente com o rigor e o legalismo das interpretações oferecidas pelos líderes religiosos de Seus dias e dos tempos passados.
No Sermão da Montanha Jesus disse: “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus” (Mt 5.43-44).
Pouco antes de fazer essas afirmações, Jesus dissera que Seu objetivo não era abolir a Lei de Moisés nem os escritos dos profetas, mas cumprir o propósito das Escrituras. Ele trouxe uma nova era de fé que tornou obsoletas as regras, os regulamentos, os costumes e as detalhadas cerimônias do Antigo Testamento, veneradas pelo povo judeu havia milhares de anos.
“A lei ficou tomando conta de nós até que Cristo viesse para podermos ser aceitos por Deus por meio da fé. Agora que chegou o tempo da fé, não precisamos mais da lei para tomar conta de nós.” O justo viverá da fé foi o que disse o apóstolo Paulo.
[...] Dos dez mandamentos, nove são reinstituídos no Novo Testamento. Seis estão listados por Jesus. Quando perguntado sobre a porta de entrada na vida eterna, ele recomendou a obediência aos Dez Mandamentos, enunciando seis deles: “Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não darás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe” e “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 19.17-19. cf. Rm 13.9).
A adoração a Deus inclui os três primeiros mandamentos. O único mandamento que não é reinstituído no Novo Testamento é precisamente o quarto. Jesus se apresentou como Senhor do sábado (Mt 12.8). [AZEVEDO Israel Belo. Prazer da Palavra. http://www.prazerdapalavra.com.br/component/content/article/148-capitulo-20/371-odo-208-11-sbado-para-que.html Acessado dia 04/09/2012].
Os dez mandamentos, sob o ponto de vista escrito, contém normas relacionadas entre o povo de Israel e o seu Deus e entre os indivíduos e seu próximo. O decálogo proíbe matar (6º mandamento). Cristo, doutrinando sobre o assunto, disse que era pecado não só matar, mas, até, encolerizar-se, sem motivo, contra o seu irmão (Mt 5.22). Nesse aspecto estrito, tem-se, por exemplo, a guarda literal do sábado como sétimo dia da semana somente para os judeus foi isso determinado (Êx 31.12-18; Ez 20.12-13, 20; Cl 2.16-17) e não para todos os povos.
[...] Não encontramos nos ensinos de Jesus, nem direta nem indiretamente, um só mandamento para que a Igreja observasse o sábado, como aparece em Êxodo 20.8. O Novo Testamento cita os mandamentos de Moisés várias vezes, menos guardar o sábado, prova evidente que este dia não foi dado à Igreja. Mas, apesar de tudo, a atitude do Salvador em relação aos mandamentos mosaicos foi bem diferente da dos fariseus, embora Ele nada ensinasse abertamente sobre o fim dos sacrifícios, das circuncisões e das festas, durante o tempo de seu ministério terreno, Suas obras realizadas no sábado, ofuscaram o brilho do Antigo Testamento [Abraão de Almeida. Revista Obreiro P. 29].
Nove dos dez mandamentos constam no Novo Testamento, exceto o sábado.

1. “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20.3).
1. “…. vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que há neles” (At 14.15).
2. “Não farás para ti imagem de escultura…” (Êx 20.4).
2. “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (1ª Jô 5.21).
3. “Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão…” (Êx 20.7).
3. “…não jureis nem pelo céu, nem pela terra…” (Tg 5.12).
4. “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar” (Êx 20.8).
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5. “Honra teu pai e tua mãe….” (Êx 20.12).
5. “Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo” (Ef 6.1).
6. “Não matarás” (Êx 20.13).
6. “Não adulterarás…” (Rm 13.9).
7. “Não adulterarás” (Êx 20.14).
7. “…não matarás…” (Rm 13.9).
8. “Não furtarás” (Êx 20.15).
8. “…não furtarás…” (Rm 13.9).
9. “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” (Êx 20.16).
9. “Não mintais uns aos outros…” (Cl 3.9).
10. “Não cobiçarás a casa do teu próximo” (Êx 20.17).
10. “…não cobiçarás…” (Rm 13.9).

1. Cristo é o Senhor do sábado.
“Pois eu vos digo que está aqui quem é maior do que o templo...Porque o Filho do homem até do sábado é Senhor” (Mt 12.6-8).
O Senhor Jesus Cristo está afirmando diante dos judeus que ELE é o Todo Poderoso Legislador! E que, além disso, somente ELE pode ter autoridade acima de todos para agir como DEUS. E através da Sua afirmação de que ELE era maior que o templo e também possuía autoridade de dispensar os discípulos da observância do sabath judaico, pois somente DEUS pôde ordenar no passado a Lei e somente DEUS teve e tem autoridade para modificá-la.
É Cristo quem está sendo exaltado no texto, em revelar-Se a Si mesmo, em definir-se como DEUS e Soberano Senhor. ELE mesmo é o ETERNO SENHOR que deu a Lei ao povo de Israel e, diversas vezes permitiu sua profanação (como no caso de Davi e dos sacerdotes que ELE mesmo menciona em Mateus 12.3-5.
O assunto central das Sagradas Escritura não é o homem, nem o atendimento divino de suas necessidades. O assunto central das Sagradas Escrituras é o Senhor Jesus Cristo. ELE é o Alfa e o Omega (Ap 1.8).
A Centralidade de Cristo é vista claramente:
A. Na Criação (Gn 1.1, Jo 1.1-3).
B. Na promessa da redenção (Gn 3.15).
C. No preparo da nação que receberá o Messias (Gn 12.1-3; Gn. 28.14; Zc 9.9; Gl 3.8).
D. Na plenitude dos tempos (Gl 4.4; Hb 1.1).
E. Na glória que a ELE e só a ELE é devida e a ELE será concedida (Is 45.23; Rm 8.29, 11.36, 14.11; Cl 1:15-18; Hb 1.6; Ap 1.5).
Todos aqueles que buscam retirar a centralidade de CRISTO da adoração que LHE é devida, de forma consciente ou não, cometem um erro grosseiro. Quem assim procede não somente comete idolatria, mas a si mesmo se constitui apóstata (desertor).
Israel institucionalizou de tal forma seus ritos, não compreendendo que o que foi estabelecido por DEUS eram sombras dos eventos futuros, que o ato se tornou mais importante que o fato, ou seja, a ordem mais importante do que QUEM ordenou e estabeleceu a ordenação.
Os judeus entenderam e reivindicação do SENHOR JESUS. ELE se colocou diante dos fariseus no lugar que só poderia ser ocupado pelo DEUS ETERNO, que Legislou no Velho Testamento sobre o povo de Israel.
Os judeus entenderam que o SENHOR JESUS se colocou em posição de adoração, de ser adorado como DEUS. O SENHOR JESUS não está reivindicando honra e glória para o sabath judaico (sábado semanal)! O Senhor Jesus Cristo está reivindicando honra e glória para Si mesmo como DEUS Todo-poderoso em carne!
Então o Senhor Jesus lhes ensina que mais vale adorar a DEUS do que a tradição. Os judeus deveriam abandonar sua tosca visão da própria religião. Eles haviam perdido o foco e o fio da meada. Não adoravam a DEUS, mas as suas próprias conclusões sobre as regras de conduta. Eram condutores cegos, sem discernimento, realizando rituais que não passavam de tradições humanas (Mt 15.3-6, 14; 23.16 e 24).
Sua religiosidade era humana, falsa, hipócrita, superficial e inútil. Essa religiosidade não pode salvar ninguém e é ledo engodo do diabo. Todos os que assim procedem cometem o mesmo erro, caem no mesmo buraco do sacrifício ritualístico como sendo mais importante que o alvo da adoração. Tornam-se idolatras do que observam, negando-se a adorarem somente AQUELE que é digno de adoração.
Cristo é aqui exaltado. Cristo é muito maior que Sua Lei e não é inferior a ela, pois foi ELE quem a criou.
Não é Cristo quem aponta para a Lei, mas a Lei aponta para Cristo, a necessidade que o homem (incapaz de guardar a Lei moral) tem de um Salvador que o substitua, seja perfeito por ele e no lugar dele. CRISTO é maior e mais importante que o Templo! Pois foi ELE quem ordenou o Templo.
Ele é maior e mais importante que a Lei, pois esta somente serve para demonstrar o pecado do homem e não para conceder-lhe a salvação (Rm 3.20). O ritual, a cerimônia, é sombra e não o motivo da salvação (Cl 2.16-17).
Os que negam que Jesus Cristo tenha autoridade para abolir o sabath (como o fez no caso dos gentios convertidos da atual dispensação) não O honram como DEUS e não o receberam como SENHOR, portanto não foram salvos por ELE, estando em trevas e em perdição de uma religião ritualística humana e carnal, crendo que podem se salvar por mérito próprio, mesmo que seja apenas pela guarda do sabath cerimonial judaico (embora a Lei tenha centenas de exigências às que desprezam abertamente, inclusive com relação ao próprio sabath).
Os sabatistas estão errados ao usarem este sofisma, pois pecam por não conseguirem honrar ao SENHOR mais do que o dia. ELES se tornam assim até mesmo piores que os próprios fariseus, pois não admitem nem que DEUS mesmo possa dispensar seu povo de suas ordenanças sabáticas. Seria este o DEUS da Bíblia? Seria o Jesus que pretendem adorar o DEUS Todo Poderoso, ou outro Jesus?
O DEUS da Bíblia não está subordinado à Sua Lei, mas a Sua Lei é que está subordinada à ELE. Senão ELE não seria DEUS.

2. Em que sentido Cristo é o Senhor do sábado? (v. 8).
Porque Ele o criou; porque Ele podia abolir o sétimo dia de obrigação legal para dar lugar ao primeiro dia, de guarda voluntária, caracterizado pelo gozo e culto que resultam da sua ressurreição. Outro sim, as palavras e ações de Jesus, aqui (vvs. 6-10), ensinam-nos que o dia do Senhor deve ser uma oportunidade de buscar e ajudar os necessitados, no âmbito espiritual e no físico.
Maior que o sabath, é o CRIADOR e SENHOR do sabath, que tem todo poder e autoridade sobre suas ordenanças. Adorar ao sabath é idolatria e não pode salvar o homem (Não existe embasamento bíblico para a expressão idólatra “Feliz sábado!”, que é um mantra religioso de salvação pelas obras da instituição).
Adorar o SENHOR do sabath e recebê-lO como Único e Suficiente Salvador, arrependendo-se de seus pecados, rendendo-se a ELE é dom de DEUS e é a único meio pelo qual DEUS concede perdão e salvação a todo pecador arrependido, dando-lhe vida eterna (Jo 3.16; 10.27-28; Ef 2.8-9).
Não é o sabath aqui o assunto principal. Nunca foi! Pensar assim é cometer um erro grosseiro, idolatria.
O assunto principal aqui, como em toda a Bíblia, é o SENHOR JESUS CRISTO. Portanto devemos olhar para CRISTO como Salvador e Autor e Consumador da nossa fé, ao invés do sabath.

3. Mas, será que somos obrigado a descansar?
A não fazer absolutamente nada? O povo de Israel acreditava que sim. Os fariseus, defensores da ordem moral e dos bons costumes, diziam: “Vocês não podem fazer nada no sábado. No máximo 50 passos serão dados no sábado! A água para o sábado deve ser buscada na 6ª feita. A alimentação para o sábado deve ser preparada um dia antes. E mais: Se alguém te pedir ajuda no sábado, você não poderá ajudar. Será que é isso que Deus quis dizer no 3º mandamento?”

4. Jesus guardou o shabat.
Certamente que sim. Jesus era um judeu nascido sob a lei (Gálatas 4.4) e portanto obedeceu a todas as leis do Velho Testamento. Jesus foi circuncidado, ordenou a entrega de oferendas ao sacerdote, pela purificação, guardou a Páscoa, etc. (Lucas 2:21; 5:12-14; Mateus 26:18-19). Mas quando Jesus morreu, ele inaugurou a nova aliança e revogou a velha. Se o fato que Jesus guardou a Páscoa não prova que nós também deveríamos guardá-la, então o fato que Jesus guardou o sahabt não prova que nós deveríamos guardá-lo também.
Jesus como judeu guardou o shabat, mas não o sábado gregoriano que os sabatistas guardam hole.
Mas na Nova Aliança não temos nem um mandamento de Jesus com respeito a guarda do sábado. Como já vimos Jesus cita todos os mandamentos do Decálo, menos o sábado. Porque? Por que Ele é o nosso descanso!
“Por aquele tempo, em dia de sábado, passou Jesus pelas searas. Ora, estando os seus discípulos com fome, entraram a colher espigas e a comer. Os fariseus, porém, vendo isso, disseram-lhe: Eis que os teus discípulos fazem o que não é lícito fazer em dia de sábado. Mas Jesus lhes disse: Não lestes o que fez Davi quando ele e seus companheiros tiveram fome? Como entrou na Casa de Deus, e comeram os pães da proposição, os quais não lhes era lícito comer, nem a ele nem aos que com ele estavam, mas exclusivamente aos sacerdotes? Ou não lestes na Lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa? Pois eu vos digo: aqui está quem é maior que o templo. Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos, não teríeis condenado inocentes. Porque o Filho do Homem é senhor do sábado” (Mt 12.1-8).
Os discípulos de Jesus trabalharam no dia de sábado. Embora os fariseus acusem Jesus de violar o sábado, Ele, na realidade, apenas não observou a interpretação exagerada que eles davam a respeito. Jesus declara que a observância do sábado não deveria transformar-se num ritual mantido à custa das necessidades essenciais do homem.
A oposição crescente ao ministério de Jesus pelos líderes religiosos encontra sua expressão total na observância do sábado, a instituição mais sagrada entre os judeus. Jesus apóia a ação de seus discípulos através de seu apelo ao exemplo de Davi (1ª Sm 21.1-6), verificando que as regulamentações normais do sábado podem precisar render-se às necessidades humanas.
Quando os discípulos começaram a colher espigas e comê-las, num dia de shabat, Jesus apelou para o direito que o sacerdote tinha de violar o próprio sábado, defendendo assim os discípulos. E para mostrar autoridade sobre o sábado, nesse dia, ao curar um doente, mandou que este levantasse, tomasse sua cama e caminhasse (Mt 12.9-14).
Seria a guarda do sábado um preceito moral quando sua guarda era comparada à violação de um preceito ritual como o caso de Davi que comeu os pães da proposição reservados exclusivamente aos sacerdotes?
Deste incidente aprendemos: que sempre existem pessoas dispostas a criticar as ações dos discípulos de Cristo; que os incidentes do V.T., podem ter valor para a nossa instrução na atualidade; que uma pessoa divina importa mais que uma ordenação cerimonial.
“Ou não lestes na Lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa?” (Mt 12.5).
Seria a guarda do sábado um preceito moral considerando que os sacerdotes no templo violavam o sábado para celebrar holocaustos e sacrifícios exigidos pela lei, ficando sem culpa?
Perguntamos: “Os sacerdotes podiam matar no templo? Podiam roubar? Podiam adorar ídolos? E os sabatistas respondem que não.
Podiam violar o sábado e ficar sem culpa? Eles, os sabatistas, não têm respostas. E por quê? Porque Jesus ensinou que os sacerdotes violavam o sábado para atender às exigência dos sacrifícios: a) rachavam lenha; b) carregavam água; c) ascendiam o fogo. Coisas vedadas pela lei.
Ora, se o sábado fosse de natureza moral, poderia ficar subordinado aos sacrifícios e holocaustos, que eram preceitos rituais? Isso acontecia, naturalmente, porque sua natureza era inferior, cerimonial ou ritual, pois não é possível uma lei moral subordinada a uma lei cerimonial.
Porque se os sacrifícios foram abolidos (Jo 19.30; Mt 19.30; Hb 7.12-18), o sábado também, obviamente.

5. Jesus curou no sábado.
“Pelo motivo de que Moisés vos deu a circuncisão (se bem que ela não vem dele, mas dos patriarcas), no sábado circuncidais um homem. E, se o homem pode ser circuncidado em dia de sábado, para que a lei de Moisés não seja violada, por que vos indignais contra Mim, pelo fato de Eu ter curado, num sábado?” (Jo 7.22, 23).
A lei de Moisés estabelecia que a circuncisão ocorresse no oitavo dia do nascimento da criança do sexo masculino (Lv 12.3), mas foi anteriormente instituído por Deus no dia de Abraão COO ALIANÇA (Gn 17.10-14). O regulamento que teve que ser realizada no oitavo dia foi geralmente considerada como tendo precedência sobre a lei do descanso no sábado. Se esse oitavo dia caísse num sábado, o sábado podia ser violado, para que a circuncisão fosse realizada. Como podia um preceito moral, segundo os sabatistas, ficar subordinado a um preceito cerimonial ou ritual?
Jesus chama a atenção para a inconsistência de seus acusadores. Havia uma série de atividades permitidas no sábado, incluindo a circuncisão. Ele compara essas atividades com o trabalho de cura.

5.1. Jesus instruiu um homem curado a carregar a sua esteira no sábado.
“Então, lhe disse Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e anda. Imediatamente, o homem se viu curado e, tomando o leito, pôs-se a andar. E aquele dia era sábado. Por isso, disseram os judeus ao que fora curado: Hoje é sábado, e não te é lícito carregar o leito. Ao que ele lhes respondeu: O mesmo que me curou me disse: Toma o teu leito e anda” (Jo 5.8-11).
Os judeus estavam corretos quando disseram: “É sábado, não te é lícito levar a cama.” Baseados na lei, sim. A lei prescrevia essa proibição (Êx 20.10; Ne 13.19) Jesus poderia ter curado o paralítico no sábado sem mandar levar a cama. Poderia ser levada no dia seguinte. Logo, em se tratando de um preceito cerimonial nenhuma importância havia de fazê-lo. Jesus jamais ordenaria a quebra de um preceito moral (Jo 5.16-18).
E se observarmos na Escritura, o ex-paralítico carregou sua cama no sábado, a mando de Jesus (Jo 5.1-9), o que era proibido (Jr 17.21). Carregar sua cama (ou materiais) se faz o bem ao próximo? Mas Jesus não disse que no sábado se faz o bem? Então será que Jesus se contradisse? Talvez quem errou foi a interpretação dos guardadores do sábado. Tarefas, trabalhos honestos, atividades que não prejudique seu próximo (ou sem intenção de), fazem parte de fazer o bem. Trabalho honesto, nunca foi do mal, mas do bem. E falando em trabalho, Jesus quando questionado sobre o sábado, também disse: “meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17).
Jesus chamou seus afazeres do bem, de “trabalho”. A palavra trabalho no léxico grego significa um conjunto de atividades realizadas, é o esforço feito por indivíduos, com o objetivo de atingir uma meta.
Que cada um interprete como quiser, mas temos de admitir: se trabalhar não se enquadra em “fazer o bem”, ou, era outra coisa, por que Jesus nunca fez esse desmembramento, e ainda disse que trabalhava no sábado? Para fazer confusão? O Criador é de confusão (1ª Co 14.33).
Observe, nenhuma obra podia ser feita, sem exceções (Êx 20.8-11), um homem foi morto por carregar lenha (Nm 15.32-36), era proibido carregar materiais ou cargas (Jr 17.21), Os judeus não curavam no sábado seguindo à risca o mandamento (Lc 13.14). Então vem um “tal” de Jesus, realiza curas, diz que o bem pode ser feito, permite colher espigas (Lc 6.1) cura e manda um homem carregar carga (Jo 5.1-9), e ainda diz que Ele e o Pai trabalham no sábado. Parece que Jesus mudou (ou quebrou) certas coisas, não? Para mim ficou claro que o ministério da morte gravados em tábuas de pedra (2ª Co 3.7) era um fardo tão pesado que nem os antigos podiam suportar (At 15.10).
Os sabatistas usam o argumento da sra. White: dizendo que Jesus mandou o homem carregar a cama no sábado, para mostrar a cura que tinha feito (o desejado de todas as nações pg 206). Os judeus nem deram grande importância à cura do homem, eles estavam é furiosos e escandalizados pelo fato do homem carregar material no sábado, e Jesus tê-lo mandado fazer tal coisa.

5.2 Jesus curou um cego no sábado - Jo 9.1-4, 16: “E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença. 2 E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? 3 Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus. 4 Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. 16 Então alguns dos fariseus diziam: Este homem não é de Deus, pois não guarda o sábado. Diziam outros: Como pode um homem pecador fazer tais sinais? E havia dissensão entre eles.”
Dos versículos 13 ao 34... Os fariseus interrogam o cego. Levaram, pois, aos fariseus o que dantes fora cego...
E era sábado o dia em que Jesus fez lodo e lhe abriu os olhos. Então, os fariseus, por sua vez, lhe perguntaram como chegara a ver; ao que lhes respondeu: Aplicou lodo aos meus olhos, lavei-me e estou vendo.
“Aplicou lodo aos meus olhos....” Os fariseus não aceitavam esta cura como vinda da parte de Deus, pois o dia em que Jesus curou este homem era sábado e com isso acusavam Jesus por não guardar o sábado.
Para os fariseus fazer lodo com a saliva num dia de sábado era pecado, e quebrava o mandamento de Deus que diz: “nenhuma obra farei”. Por esta razão Jesus faz e aplica lodo nos olhos do cego para mostrar que Ele é o Senhor do sábado. Por isso, alguns dos fariseus diziam: Esse homem não é de Deus, porque não guarda o sábado. Diziam outros: Como pode um homem pecador fazer tamanhos sinais?
E houve dissensão entre eles. Jesus havia curado este homem da sua cegueira. Sendo ele um cego de nascença os judeus acreditavam que este homem era um pecador ou sofria com consequências de pecados cometidos por seus pais, para ter nascido cego. Mas Jesus diz que a cegueira deste homem era para que fosse manifesta na vida dele a glória de Deus e então vai até ele e o cura.
Eles acusavam a Jesus de ter feito lodo em dia de sábado (trabalho) e curado um cego, mas na verdade no quarto mandamento, LEMBRA-TE DO DIA DE SÁBADO PARA O SANTIFICAR (Êxodo capítulo 20, versículos de 8 a 11), não diz ser proibido o que Jesus fez, isso foram regras acrescentadas por eles mesmos.
O cego passa a defender a Jesus na frente dos fariseus, agora ele reconhecia que Jesus não poderia ser um pecador como os fariseus afirmavam. E que Jesus temia a Deus e fazia a sua vontade e por isso o curou.
Os fariseus retrucaram o acusando dizendo que ele era um pecador e queria ensinar a eles e expulsaram ele da sinagoga.
Os fariseus endureceram ainda mais seus corações contra Jesus e não criam que ele era vindo de Deus, porém o homem que foi curado por ele já demonstrava crer em Jesus.

5.3. Os sabatistas usufruem do sábado.
Os guardadores de sábado tem conforto no sábado com trânsito seguro, luz, refrigeração, computador, ventiladores, ar-condicionado, alarmes, e etc, em casa e nas suas denominações, graças a uns “profanadores”.
Eles têm na “igreja”: som, luz, projetor, computador, ventiladores, porque tem gente trabalhando para fornecer energia. O gás trocado no condomínio (no sábado) onde guardadores de sábado moram, permite a esses que tenham sua cevada e comida quentes no sábado. E depois, aparecem uns sabatistas dizendo que não colocam o lixo na lixeira na sexta-feira, para não ser “cúmplice” da profanação de coleta dos lixeiros no sábado. Isso é não uma incoerência.
Os observadores do sábado pregam a guarda do sábado, mas ao mesmo tempo, usufruem do conforto proporcionado pelo trabalho de outros no sábado. (Ora, quem é contra pescaria... não deve comer peixe, isso é hipocrisia). Cozinhar um ovo no sábado é “pecado...”, mas parece que desfrutar do resultado da “profanação” dos outros não é.
Por que os sabatistas não fazem como os judeus, que no sábado desligam até a energia elétrica? Ah, mas isso seria muito “radical”, sem conforto..., a “igreja” não ganharia muitos fiéis.
Não dá para dormir no sábado sem ar condicionado nas noites muito quentes de verão, não é? Então, que operadores da Cia de força e luz profanem o sábado, ou, usemos a interpretação “elástica” dos guardadores do sábado e isso vira “fazer o bem” e tudo ok.
Mas quando no sábado, Jesus libertou a moça da sua enfermidade a qual havia sido debilitada por 18 anos, os mestres da sinagoga ficaram indignados:
“O chefe da sinagoga, indignado de ver que Jesus curava no sábado, disse a multidão: Seis dias há em que se deve trabalhar; vinde, pois, nesses dias para serdes curados e não no sábado. Disse-lhe, porém, o Senhor: Hipócritas, cada um de vós não desprende da manjedoura, no sábado, o seu boi ou seu jumento, para levá-lo a beber? Porque motivo não se devia livrar deste cativeiro, em dia de sábado, esta filha de Abraão, a quem Satanás trazia presa há dezoito anos?” (Lc 13.14-16).
Em Lucas 6.9, alguns judeus tentaram matar Jesus, porque Ele estava violando o sábado em sua maneira ortodoxa do Antigo Testamento.
Os observadores do sábado doam cestas básicas (louvável), mas se o pobre carente pedir ajuda para consertar o telhado, a maioria deles se esquiva. Não pode carregar uma telha, mas o ex-paralítico pôde carregar sua cama em Jerusalém (Jo 5.1-9)? Não era uma tarefa que podia ser evitada? Era necessário carregar a cama?

6. Jesus aboliu o sábado.
Apesar de Jesus ter cumprido toda lei, os fariseus condenaram-no pelos seus feitos no dia de sábado. A respeito dele diz no evangelho de João:
“E os judeus perseguiram a Jesus, porque fazia estas coisas no sábado. Mas, Ele lhes disse: Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também. Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus” (Jo 5.16-18).
Observe que assim como os judeus era inadmissível Jesus ser Filho de Deus enquanto violava o sábado, para os sabatistas é impossível admitir que os evangélicos sejam filhos de Deus enquanto guardam o domingo em substituição ao sábado.
“O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; de sorte que o Filho do Homem é senhor também do sábado” (Mc 2.27-28).
[...] Aqui, como o “Filho do Homem” é representante do homem, a favor de quem o sábado foi feito, Jesus defendeu os discípulos e os justificou contra a acusação de estarem quebrando o sábado. E, como “Senhor do sábado”, Ele tinha autoridade para dispor deste dia como bem quisesse.
Mas de maneira nenhuma Jesus justificaria os discípulos por furtar, matar etc., mesmo que fosse por necessidade. Jesus diferenciou o sábado dos outros mandamentos da lei, exatamente por ser de natureza puramente cerimonial. O texto de Marcos ensina que o sábado, ou dia do descanso, deve servir ao homem [Abraão de Almeida. Revista Obreiro P. 29].
O Senhorio de Cristo sobre o sábado abriu caminho para a igreja primitiva abandonar a obrigação de guardar o sétimo (Rm 14.5; Gl 4.10). A principal lição deste trecho é mostrar que a lei do sábado não tem aplicação na igreja cristã; muito menos teria restrição sobre Cristo, o Senhor do sábado e Criador de tudo e de todos. Com estas palavras, Jesus defendia o princípio moral do quarto mandamento do Decálogo, condenando abertamente o cerimonialismo, e revela a Sua autoridade divina sobre o sábado, para cumpri-lo, aboli-lo ou mudá-lo.
Os fariseus colocavam o sábado judaico em plano superior a Deus, porque os três primeiros mandamentos da lei dizem respeito aos deveres do homem para com Deus e são morais, de natureza transcendental a todos os demais, os outros falam das relações do homem com seus semelhantes. Os três primeiros mandamentos prendem o homem ao dever de adorar exclusivamente a Deus, cujo nome não deve ser profanado nem igualado a outro nome de qualquer ser existente no universo, visto que Ele é o único Deus, o único ser que merece adoração e louvor. Porém os homens tornaram o sábado em ídolo, ao proclamá-lo superior aos deveres do homem para com Deus. Tais ensinos e revelações que introduzem ao povo estão totalmente fora da Palavra de Deus.
[....] Jesus não condenou o princípio de um dia de descanso para o homem. Ele apenas reprovou o absurdo dos líderes judaicos na guarda do sábado (Mt 12.1-8; Lc 13.10-17; 14.1-6). Ele ainda afirmou que o princípio da santificação de um dia de descanso semanal dado por Deus para o bem estar espiritual e físico do homem.
“E acrescentou: O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” (Mc 2.27). [Silas Daniel. Manual do Obreiro ano 27 –nº 29 – 2005. P.49].
Uma das provas da abolição por Cristo do dever da observância do sistema sabático e o sábado do Senhor é a absoluta ausência desse dever no conteúdo do Novo Testamento. Enquanto encontramos os outros mandamentos do Decálogo citados direta ou indiretamente em muitos textos do N.T., como deveres morais inerentes à vida cristã, não deparamos ali uma vez sequer com a citação do quarto mandamento como dever do cidadão. Por que assim acontece? Cremos que Jesus não era estulto, e, havendo criado o mundo com diferentes sistemas de fusos horários, Ele sabia ser impossível à humanidade guardar o sábado semanal com rigor constante do mandamento de Levítico 23.32, a saber no mesmo horário, ao mesmo tempo.

JESUS É O NOSSO SÁBADO

O sábado em Jesus e na Nova Aliança não é relacionado ao legalismo. É relacionado com entrar no repouso e viver desfrutando da presença de Cristo, o Senhor do sábado. No contexto do sábado, Jesus que é o Senhor e Criador do sábado disse:
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma” (Mt 11.28-29).
Os judeus estavam sobrecarregados pelo fardo dos fariseus, as exigências da lei e as tradições judaicas para serem salvos. O generoso convite de Jesus destina: “a todos os que estais cansado, aflitos e oprimido”.
Jesus é o Senhor do sábado, Ele, portanto, oferece o verdadeiro descanso e o verdadeiro repouso. Quem vem a Jesus e torna-se Seu servo e faz a sua vontade, Ele o alivia de suas insuportáveis aflições e lhe dará descanso, paz, e seu Espírito Santo como guia. Deste modo podemos suportar as provações e inquietações da vida, com o auxílio e a graça de Deus.
Jesus chamou a todos para virem diante Dele encontrar e terem verdadeira libertação e descanso Nele, o Senhor do Sábado.
Em Deus repousamos: “Nós, porém, que cremos, entramos no descanso...” (Hb 4.3). Este repouso existe porque Deus repousa em nós através de Seu Filho Jesus Cristo. Viver no descanso do Senhor, é encontrar aceitação, paz, conforto e plenitude nos braços de amor do nosso amado Jesus, o Senhor e Criador do sábado. Este descanso é viver continuamente na presença do Senhor.
A plenitude do descanso em Cristo, é através do seu sangue, é o cessar do nosso esforço para realizar obras, ritos e dias que paguem o preço por nossos pecados. É depender do sangue de Jesus para cobrir a divida que o nosso pecado tem feito, e nos justificar diante de Deus. A Dívida foi paga, fomos lavados, limpos, purificados e novamente aceitos diante de Deus (Efésios 2.8-9).
A obra para assegurar a nossa permanência diante de Deus foi terminada através da obediência de Cristo, e Sua obra na Cruz. Por causa disso, nós temos o verdadeiro descanso. Devemos descansar somente em sua obra, através da fé, confiar apenas nela como meio de justificação, redenção, salvação e aceitação.
[...] A ressurreição de Jesus assinalou o clímax de Sua obra redentora (Rm 4.25; 1ª Pe 1.3) e que os cristãos primitivos começaram reunindo-se no primeiro dia da semana em comemoração a esse grande acontecimento. Cristo chamou-se Senhor do Sábado (Mc 2.28) e o primeiro dia da semana ficou depois conhecido como Dia do Senhor (Ap 1.10). Desde então o sábado do primeiro dia tem sido aceito pela vasta maioria dos cristão [Comentário da Bíblia Shedd. Pg. 260].

O APÓSTOLO PAULO E O SÁBADO

“Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado? Quero apenas saber isto de vós, (Paulo estava irado, irritado com aquela Igreja. Vamos entender), recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé? Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne? Terá sido em vão que tantas cousas sofrestes? Se, na verdade, foram em vão. Aquele, pois, que vos concede o Espírito e que opera milagres entre vós, porventura, o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé?” O que nós devemos seguir e viver? (Gálatas 3.1-5).

O apóstolo Paulo ficou perplexo com a rapidez com que os crentes gálatas haviam se desviado da fé. Eram filhos da fé de Paulo, foram evangelizados e doutrinados pelo apóstolo. Tão depressa se desviaram para seguir a estranhos, e o pior, um evangelho contraditório.
Paulo começa a defesa de seu evangelho relembrando aos Gálatas de que sua vida cristã, que teve início com Cristo crucificado e foi certificada pelo Espírito Santo, estava completamente separada da lei. Eles seriam tolos de abandonar o caminho de Deus e tentar alcançar a perfeição por seus próprios esforços.
Paulo se lembra dos tempos obscuros do legalismo (período de obras mortas (3.2)). “Começar no Espírito e aperfeiçoar na carne” (3.3), para o Apóstolo Paulo não é um aperfeiçoamento, mas retrocesso; voltar para as obras da lei.
Esse evangelho, cuja ação é questionada, como dom espiritual dos Gálatas (cf. a mesma argumentação em 2.7-9, não foi ele que os libertou da lei? Vocês querem agora concluir carnalmente o que iniciaram espiritualmente? Paulo explica aos Gálatas que sua obediência a lei significa uma recaída na situação que eles há muito haviam superado. A lei, por sua vez, não pode modificar o Evangelho dado por Cristo.
Paulo finaliza esta passagem revelando que o Espírito Santo, que opera milagres, que dá entendimento e que foi concedido mediante a Fé, está isento do cumprimento da lei (3.5). Ainda hoje, há algumas igrejas que têm introduzido práticas legalistas.
Foi muito difícil para a Igreja primitiva, constituída a princípio de judeus, aceitarem também que a porta da fé foi aberta aos nós gentios. Todos os pactos, a adoção de filhos, as alianças, as promessas e etc., foram dados ao povo judeu: “Isto é, estes filhos de Deus não são propriamente os da carne, mas devem ser considerados como descendência os filhos da promessa” (Rm 9.8).
Deus trouxe uma revelação bem clara ao apóstolo Pedro, através daquele lençol que descia do céu, com todo tipo de animais, que para os judeus eram imundos (At 10.9-48), que nós gentios também fomos feitos um com eles (Ef 2.14).
“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão” (Gl 5.1).
No ensino de Paulo aos Gálatas, os crentes estavam voltando à escravidão da qual haviam sido libertos (Gl 5.1). Estavam retornando aos “rudimentos da lei”. A palavra é usada pelo apóstolo Paulo para identificar os elementos da religião judaica como guarda de dias. E, que sempre encerrava um sentido cerimonial relativo ao culto judaico. E se Cristo cumpriu a lei, logicamente aboliu com ela também a guarda do sábado semanal; por ser Cristo superior ao sábado (Mc 2.27-28).
Paulo, referindo-se à lei, não faz qualquer distinção entre moral e cerimonial. Em Gl 5.4, ele diz que os que querem justificar-se pela lei estão separados de Cristo; que são malditos os que na permanecerem em todas as coisas da lei.
A questão não é o sábado o em si, mas o fato de não estarmos debaixo da lei e, sim, da graça (Gl 5.4) Quem se submete à prática de pelo menos um preceito da lei é obrigado cumpri-la toda (Gl 5.3). E se alguém tropeçar em um ponto da lei é culpado por todos os outros (Tg 2.7).

“Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo” (Cl 2.16-17).

As celebrações judaicas de descanso e cessação (sabath) eram anuais (festas), mensais (luas novas) e semanais (os sábados). Pôr-se debaixo desse jugo é ser dominado ao bel prazer dos judaizantes, inchados em compreensão não espirituais (carnais).
Por isso, quando os apóstolos se reúnem em Jerusalém para determinar se os gentios convertidos devem ou não se submeter à observância da circuncisão e das ordenanças do sabath e dos alimentos levíticos, chegam à conclusão que eles foram dispensados por DEUS, salvos pela Graça (At 15.1-31). Por isso o apóstolo Paulo, movido pelo Espírito Santo de DEUS, escreveu suas exortações aos irmãos da igreja local da Galáxia, a Epístola aos Gálatas.
Paulo declara que o sábado semanal fazia parte das ordenanças da lei que foram cravadas na cruz, pois não passavam de sombras, indicando, assim, que o verdadeiro descanso encontra em Jesus (Mt 11.28-30).
Como podemos ver, à luz da Palavra de Deus, não foram apenas os dias de festas, as luas novas cravados na cruz, mas também os sábados. E devemos saber que esses sábados não são os sábados anuais, porque os chamados sábados anuais ou cerimoniais são identificados no texto em pauta pela expressão dias de festas.
Os sábados anuais ou cerimoniais eram chamados de festas, e eles já estão incluídos na frase dias de festa, em Cl 2.16. Esses dias de festa ou sábados anuais eram designados como tais.
A fórmula dias de festa, luas novas e sábados serve para indicar os dias sagrados anuais, mensais e semanais: Vejamos o exemplo abaixo:

Em Números 28 encontramos os holocaustos para os sábados (semanais), para as luas novas (mensais) e para os dias de festa (anuais) nos seguintes versículos:

O sábado do Senhor: “... no dia de sábado dois cordeiros de um ano, sem mancha... Holocausto é do sábado em cada semana...” (vv. 9,10).

A festa da lua nova. “E as suas libações serão a metade dum him de vinho para um bezerro... este é o holocausto da lua nova de cada mês, segundo os meses do ano” (v. 14).

Dia de festas. “Porém no mês primeiro, aos catorze dias do mês, é a páscoa do Senhor; e aos quinze dias do mesmo mês haverá festa; sete dias se comerão pães asmos” (vv. 16,17).

O significado dos períodos desses dois textos é o mesmo dos anteriores.
As palavras sábado, sábados e dia de sábado (no singular ou no plural) ocorrem sessenta vezes no Novo Testamento. Mas os adventistas do sétimo dia reconhecem que apenas 59 dos casos se referem ao sábado semanal. Negam justamente o texto de Cl 2.16. Dizem eles:
“Os termos sábado, sábados e dia de sábado ocorrem sessenta vezes no Novo Testamento e em cada caso, exceto um, refere-se ao sétimo dia. Colossenses 2.16,17 faz referência aos sábados anuais relacionados com as três festas anuais observadas por Israel antes do primeiro advento de Cristo” (Estudos bíblicos, p. 378, CPB).
Se perguntarmos aos adventistas qual o sentido da palavra sábados em qualquer passagem do Novo Testamento em que ela aparece, a resposta será sempre a mesma: sábado semanal. A única exceção é Colossenses 2.16. Por quê? Porque teriam de reconhecer a procedência da nossa declaração de que, segundo essa referência bíblica, o sábado semanal deixou de ser uma obrigação para os cristãos.
Se nas passagens do Novo Testamento relacionadas acima onde se encontra o plural SÁBADOS ele quer dizer o sábado semanal, por que só em Colossenses, haveria de ser o tal sábado cerimonial das solenidades anuais?
“Porque, como os céus novos, e a terra nova, que hei de fazer, estarão diante de minha face, diz o Criador, assim há de estar a vossa posteridade e vosso nome. E será que desde uma lua nova até à outra, e desde um sábado até ao outro, vira toda a carne a adorar perante mim, diz o Criador” (Is 66.22-23).
O que o Senhor está dizendo? Que iremos à presença do Criador de sábado em sábado ou de um sábado ao outro.
“....desde uma lua nova até à outra, e desde um sábado até ao outro...”. Por que os sabatistas só pegam a segunda parte do verso e não o verso todo? Veja que o verso também fala dos que guardam as festas da lua nova. A expressão que o profeta está usando, não é que o fato de estar sendo mencionado o dia de sábado, está dando uma confirmação de que estaremos guardando este dia, pois se assim for, os que guardam as festas da lua nova estarão lá também e são pessoas que observam festas pagãs, para não dizer satânicas, certo? Mas a ênfase não está nos dias, veja que se está falando em um período de um sábado até o outro, ou seja, um ciclo interminável é mais ou menos assim: abriremos o restaurante de sábado a sábado. Assim o verso está nos dizendo que não haverá um dia sequer que não estaremos na presença do Criador. Se refletirmos sem nenhum preendimento doutrinário, tenho a absoluta certeza que verás exatamente como deve, ou seja, é uma expressão de infinito, ininterrupto, sem fim.
Segundo, a menção da festa da Lua Nova em Is 66.23 deve ser entendida não como o restabelecimento da antiga festa judaica, mas como um encontro mensal dos salvos na Nova Terra. A versão católica Matos Soares traduz: “E será que DE MÊS EM MÊS e de um sábado a outro virá toda a carne a adorar perante MIM”; a Bíblia Viva traz: “Toda a humanidade virá Me adorar, a cada semana e a CADA MÊS”.
Aos sacrifícios litúrgicos dos sábados hebdomadários e dos primeiros dias (=lua nova) de cada mês, os israelitas deveriam acrescentar holocaustos concernentes às festas, a começar pela da páscoa, a primeira de cada ano, com a discriminação do ritualismo dos holocaustos de cada uma.
À base dessas Escrituras (Lv 23 e Nm 28-29) tem-se o calendário litúrgico com os ritos sacrificais: semana, mês e ano, designados, respectivamente, pelas palavras “SÁBADOS, LUAS NOVAS E FESTAS”.
Quando Davi transmitiu a Salomão o trono real, dentre todas as suas recomendações, ao destacar os turnos e as funções dos levitas, às ordens dos “filhos de Arão no ministério da casa do Senhor”, das quais também era a de “E para estarem cada manhã em pé para louvarem e celebrarem ao SENHOR; e semelhantemente à tarde; E para oferecerem os holocaustos do SENHOR, aos SÁBADOS, nas LUAS NOVAS, e nas SOLENIDADES (=FESTAS), segundo o seu número e costume, continuamente perante o SENHOR” (1º Cr 23.30-31).
Na circunstancia de solicitar a colaboração do rei de Tiro para a construção do Templo, Salomão pede-lhe: “E Salomão mandou dizer a Hirão, rei de Tiro: Como fizeste com Davi meu pai, mandando-lhe cedros, para edificar uma casa em que morasse, assim também faze comigo. Eis que estou para edificar uma casa ao nome do SENHOR meu Deus, para lhe consagrar, para queimar perante ele incenso aromático, e para a apresentação contínua do pão da proposição, para os holocaustos da manhã e da tarde, nos SÁBADOS e nas LUAS NOVAS, e nas FESTIVIDADES do SENHOR nosso Deus; o que é obrigação perpétua de Israel” (2º Cr 2.3-4).
Salientou-se o rei Ezequias como o restaurador do culto e das celebrações litúrgicas dos sacrifícios. “Também estabeleceu a parte da fazenda do rei para os holocaustos; para os holocaustos da manhã e da tarde, e para os holocaustos dos SÁBADOS, e das LUAS NOVAS, e das SOLENIDADES; como está escrito na lei do SENHOR” (2º Cr 31.3).
Tendo sido reedificado o templo após o exílio babilônico, coube a Neemias reconstruir os muros de Jerusalém, após a leitura pública da Lei, restabelecer outra vez o culto.
“Também sobre nós pusemos preceitos, impondo-nos cada ano a terça parte de um siclo, para o ministério da casa do nosso Deus; Para os pães da proposição, para a contínua oferta de alimentos, e para o contínuo holocausto dos SÁBADOS, das LUAS NOVAS, para as FESTAS SOLENES, para as coisas sagradas, e para os sacrifícios pelo pecado, para expiação de Israel, e para toda a obra da casa do nosso Deus” (Ne 10.32-33).
Em todos esses textos, consoante as prescrições do livro de Números (28-29), sob a fórmula consagrada como num refrão: “SÁBADOS, LUAS NOVAS e FESTAS”, destaca-se a ordem natural e lógica dos holocaustos diários, semanais, mensais e anuais.
À luz dessas Escrituras seria ilógico e aberrante mesmo supor-se serem os SÁBADOS aludidos em Oséias 2.11 e em Colossenses 2.16 os tais sábados anuais, sinônimos de FESTAS.
Teríamos a seguir-se esta aberração, a referência em todos aqueles textos dos sacrifícios diários, ANUAIS, mensais e, de novo, ANUAIS.
Seria uma enumeração desprovida de ordem e lógica porque dos holocaustos diários passar-se-ia aos anuais, omitindo-se os semanais e os mensais, e dos anuais votar-se-ia aos mensais para tornar novamente aos sacrifícios anuais.
Confundirem-se os SÁBADOS das perícopes de Oséias 2.11 e de Colossenses 2.15 com as solenidades ou festas anuais é incorrer-se num pleonasmo sem sentido. Um pleonasmo e inconsequente com descabido sintoma de escandaloso sofisma. Com efeito, os dias de sacrifícios anuais, então, seriam apresentados, em Oséias e em Colossenses, duas vezes uma sob a palavra FESTA e outra sob o nome de SÁBADOS, incorrendo-se, em desacordo com Lv. 23.3, na omissão do dia dos sacrifícios semanais, o dia mais importante de todos.
Vamos, porém, ler outra vez as duas Escrituras:
Os 2.11: “E farei cessar todo o seu gozo, as suas FESTAS, as suas luas novas, e os seus SÁBADOS, e todas as suas festividades”.
Cl. 2.16: “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de FESTA, ou da lua nova, ou dos SÁBADOS”.
Ora, se os sábados são as mesmas festas anuais, ou se os sábados estão incluídos nessas festas, por que destaca-los das festas?
E nem se alegue aqui no caso a equivalência superlativo, absolutamente impossível, dada a interposição da expressão: “as suas luas novas” e “da lua nova” entre as palavras FESTAS e SÁBADOS.
Concluímos que o termo plural SÁBADOS corresponde aos sábados semanais, “sombras das coisas futuras”.
No próprio Velho Testamento fui achar o emprego desse plural. “Estas são as solenidades do SENHOR... Além dos SÁBADOS do SENHOR...” (Lv 23.37-38). Ainda a locução plural “MEUS SÁBADOS”, oito vezes repetida em Ezequiel (20.12, 13, 16, 20, 21; 22.8, 26; 23.38), “SÁBADOS” (Ez 45.17; 46.3) sempre se referem ao sábado hebdomadário como, de resto, todos os sabatistas admitem e defendem.
Se nas passagens do Novo Testamento relacionadas acima onde se encontra o plural SÁBADOS ele quer dizer o sábado semanal, por que só em Cl 2.16 haveria de ser o tal sábado cerimonial das solenidades anuais?
Faltaria sentido! E semelhante argumento sabático revela desespero de causa!
Tanto em Oséias 2.11 como em Colossenses 2.16 deparamo-nos com a fórmula: “DIAS DE FESTA, LUAS NOVAS E SÁBADOS”.
Essa fórmula se refere aos dias santificados ANUAIS, MENSAIS e SEMANAIS.
Se em Levítico 23 se distinguem as datas do calendário das solenidades com suas características específicas, em Números 28 e 29 se prescrevem os pormenores rituais dos sacrifícios.
Além do holocausto diário de dois cordeiros, um de manhã e outro à tarde (cf. vvs. 3-4), nos sábados hebdomadários, “além do holocausto contínuo”, sacrificavam-se dois outros cordeiros como oferendas de manjares e libações (vvs. 9-10). “Holocausto é de cada SÁBADO, além do holocausto contínuo, e a sua libação” (v. 10).
Em Oséias 2.11: “E farei cessar todo o seu gozo, as suas FESTAS, as suas LUAS NOVAS, e os seus SÁBADOS, e todas as suas festividades.”, é o anúncio da abolição, da supressão, da extinção, do fim de todo o cerimonialismo judaico, incluindo o SÁBADO SEMANAL por se este também do conjunto das disposições cerimoniais do pacto das obras.
Em Jesus Cristo cumpriu-se a promessa ao ser na cruz cravada a “cédula”: “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de FESTA, ou da LUA NOVA, ou dos SÁBADOS” (Cl 2.16).
O sábado cerimonial, ou anual, já está incluído na expressão “dias de festas”, que são as festas anuais, “lua nova”, mensais e “sábados”, festa semanal. No versículo seguinte o apóstolo diz: “Que são sobras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo” (Cl 2.17). Isto é: são figuras das coisas futuras, que se cumpriram em Jesus. Foi por isso que Jesus afirmou ser o Senhor do sábado (Mc 2.28). “...ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de uma melhor aliança que está confirmada em melhores promessas” (Hb 8.6).
Sábado, aqui, refere-se o dia semanal da lei judaica, portanto, ninguém vos julgue por isto. O sentido moral é a necessidade de se descansar um dia por semana, valendo para esse fim, qualquer deles. Sobre esta questão escreveu Paulo aos Romanos dizendo:
“Um faz diferença entre dia e dia, outro julga igual todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente” (Rm 14.5).
Paulo era um cristão emancipado quanto legalismo. Ele tanto se adaptou com os crentes judeus, como os gentios. Mas nem todos compreendiam esta maneira de pensar por falta de instrução ou debilidade de fé. Ele explica um faz diferença de dias, mas o outro julga ser igual cada dia. Por quê? Porque para Deus não faz diferença se guardarmos um dia ou outro para o Senhor, pois todos os dias de nossa vida devem ser para Ele. Porém, nós cristãos preferimos ficar com Paulo e com os demais apóstolos de Cristo, que julgavam a lei apenas uma sobra das coisas futuras, conforme Hb 10.1 que diz: “Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem”.
Você será sempre aceito do mesmo modo como era o judeu ao guardar o sábado semanal de acordo com a lei, pois na atualidade, Deus deve ser adorado em espírito e em verdade, portanto, é agradável em qualquer nação e lugar que assim o adore.
Não há evidência na Bíblia de que o mandamento do sábado é parte da lei moral e universal. É parte da lei cerimonial dada a Israel. Este sábado é um símbolo destinado a lembrar a Israel a vinda do Messias.
Seria a guarda do sábado um preceito moral quando Paulo compara a guarda do sábado como algo que implicava na perda de salvação?
“Mas agora, conhecendo a Deus, ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir? Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. Receio de vós, que não haja trabalhado em vão para convosco” (Gálatas 4.9-11).
Muitos desses gálatas se converteram dos ídolos e do paganismo ao cristianismo. Isso significa que eles foram libertos da escravidão pagã, dos rudimentos desse mundo. Com a intromissão dos judaizantes, eles se submeteram aos rituais judaicos. Saíram da escravidão pagã e agora estavam na escravidão da lei, observando os rituais da lei, crendo assim seriam melhor aceitos por Deus.
O apóstolo Paulo mostra que eles desceram de nível espiritual, deixando a condição de filhos e retornado a condição de escravo. O que pensavam ser um progresso espiritual, era na verdade uma recaída.
Paulo tem a compreensão que o Judaísmo, ainda que tenha vindo de Abraão, passando por Moisés e os Profetas, agora já não tem mais valor. Paulo descreve esse período como “rudimentos fracos e pobres”.
Por isso o apóstolo menciona o valor transitório dos ritos judaicos e diz que se eles agora conhecem a Deus, por que estão voltando outra vez aos rudimentos fracos e pobres da lei, tais como: “Guardais dias, e meses, e tempos, e anos” (Gl 4.10).
Os crentes da Galáxia foram conduzidos ao ritualismo dos judaizantes. “Dias” se refere ao sábado bem como aos dias de festa. “Meses” e tempos dizem respeito a observâncias mais longas, como as celebrações entre a Páscoa e o dia de Pentecostes. São uma referência à celebrações como as mencionadas com sarcasmo por Isaías (Is 1.14). “Tempos” indicam as celebrações festivas, e “anos”, provavelmente indicam o Ano do Jubileu, o quinquagésimo ano no qual os escravos deveriam ser libertos e as terras devolvidas aos seus primeiros proprietários (Lv 23 a 25). Os judeus comemoravam todas essas festas para agradar a Deus. Paulo colocou essa observância ritual na mesma categoria dos festivais pagãos, nos quais a observância de acontecimentos foi distorcida em ritual legalista.
Guardar dias, meses, tempos e anos (4.10) revela a facilidade com que os judeus guardavam a lei e as tradições. Neste cenário saudosista, Paulo questiona se o seu trabalho evangelístico não foi em vão (4.11). O apóstolo, sabiamente percebeu que o judaísmo foi estabelecido para que a compreensão de Cristo fosse mais profunda.
A preocupação de Paulo determinava que o zelo pode ser mal orientado. O zelo que tinham pela lei os estava deixando cegos para a liberdade e a verdade encontradas em Cristo.  Mas, considerando o falso ensino que havia no meio deles, o apóstolo tem um bom motivo para estar perplexo com a condição espiritual dos gálatas (Gl 4.17, 18).  E esta tem sido a preocupação das lideranças de hoje com suas ovelhas.
Seria a guarda do sábado um preceito moral considerando que Paulo anunciou todo o conselho de Deus e não deixou nada do que fosse útil ensinar aos cristãos e nunca mandou guardar o sábado? (Atos 20.20-27).

O ENSINO JUDAICO

           “E Paulo, como tinha por costume, foi ter com eles; e por três sábados disputou com eles sobre as Escrituras, 3 Expondo e demonstrando que convinha que o Cristo padecesse e ressuscitasse dentre os mortos. E este Jesus, que vos anuncio, dizia ele, é o Cristo.” (At 17.2).
Como costume, os judeus não convertido se reuniam na sinagoga no dia de sábado para o estudo da Torá. Então Paulo usa de estratégia, como se fosse judeu para ganhar os judeus para Cristo. Ele aproveita o ensejo da reunião judaica para levar o evangelho aos seus irmãos que não conheciam a Cristo. Paulo usou muitas vezes está estratégia; “fiz-me de judeu para ganhar os judeus” (1ª Co 9.20-21). Embora tenha sido perseguido por seus irmãos judeus, Paulo nunca deixou de se preocupar com a alma deles (Rm 9.1-5).
Esses judeus não tinham a mentes fechadas; de bom grado receberam a palavra. E também não eram ingênuos, examinando cada dia nas Escrituras (At 17.11).
A estratégia que Paulo usou para ganhar seus irmãos judeus que tinha o costume de se reunirem no sábado, também pode ser usada por nós cristãos convertidos e conhecedores da verdade, para tirar aqueles que ainda estão debaixo da maldição da lei.

OS SABATISTAS NÃO CUMPREM A GUARDA DO SÁBADO

O conceito perpétuo, defendido pelos que guardam o sábado, inclui além do sábado: A festa da páscoa (Êx 32.14); As purificações (Êx 30.21); Os festivais sagrados (Lv 23.21); As festas dos tabernáculos (Lv 23.41); A circuncisão (Gn 17.12, 13). As festas da lua nova (Is 66.22 - 23).
Os sabatistas clássicos dos dias atuais julgam-nos pelo comer, pelo beber, por causa dos sábados (Cl 2.16), e não nos reconhecem como cristãos autênticos.
O Talmud foi além do que prescreveu Moisés em Levítico 11. Biblicamente, os judeus não são proibidos de comerem carne com leite, pois a ordem de Levítico é para não cozer o cabrito no leite de sua mãe (Êx 23.19; 34.26; Dt 14.21). Os sabatistas, no entanto, foram além do Talmud, incentivando o vegetarismo contrariando os ensinamentos de Deus ao povo de Israel: “Disse o SENHOR a Moisés e a Arão na terra do Egito.... “Naquela noite, comerão a carne assada no fogo; com pães asmos e ervas amargas a comerão” (Êx 12.1, 8).
A páscoa no heb. Pesah, significa “passagem”. Festa com que os israelitas comemoraram a saída do Egito, e a passagem à libertação e à comunhão plena com Deus.
A ordem divina dada a Moisés, no entanto era para que cada família tomasse um cordeiro e comessem assado no fogo no dia determinado por Deus. Mas se comer carne hoje é pecado para alguns, então Deus não teria instruído o Seu povo a comer no dia da saída.
Ainda hoje os judeus ortodoxos não acendem lâmpada no dia de sábado, não põe em funcionamento um elevador aos sábados, pois consideram tais atos como a quebra do sétimo dia (Êx 35.3). Os elevadores dos edifícios em Israel são programados para tornar possível à chegada da pessoa ao andar desejado sem necessidade de apertar o botão. Todavia, os sabatistas não observam esses detalhes, demonstrando que nem mesmo eles cumprem a guarda do sábado.

DOMINGO O DIA DO SENHOR

 “E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana...” (Mc 16.9).

1.      O significado do termo.
Alguns alegam que a palavra “domingo” não consta na Bíblia. É verdade. Não encontramos nos textos originais a palavra portuguesa “domingo”, como também não encontramos as palavras: Deus, casa, livro, amor ou sábado, mas, sim, as suas correspondentes nas línguas hebraica, aramaica ou grega.
A Enciclopédia Histórica Teológica da Igreja Cristã afirma: A frase “o dia do Senhor” (kuriake emera), ocorre uma só vez e isto se dá no último livro (Ap. 1.10).
[...] Expressava a convicção de que o domingo era o dia da ressurreição, quando Cristo Jesus conquistou a morte, e se tornou o Senhor de todos (Ef 1.20-22). Não há nenhuma outra ocorrência da expressão de João em toda a Bíblia, nem sequer mesmo na Septuaginta. A expressão “O Dia do Senhor” (yom YHWH) em Joel 2.1, sempre foi vertida para o grego como emera kuriou. Vemos aqui duas razões tremendas: a primeira é a ressurreição de Cristo, que ocorreu, como sabemos, num domingo (Mt 28.1; Mc 16.2; Lc 24.1; Jo 20.1); em segundo lugar vemos distinção do dia senhorial do dia da parousia (arrebatamento – 1ª T. 2.19; 3.13; 4.15; 5.23), que também é chamado Dia do Senhor (At 2.20; 1ª Co 5.5; 2ª Pe 3.10; 1ª Ts 5.2). A palavra kuriakos é uma forma adjetivada da palavra kurios e significa exatamente “que diz respeito ao Senhor”, “pertencente ao Senhor” ou “senhorial”. A tradução mais literal de Apocalipse 1.10 seria: “eu fui arrebato em espírito no dia senhorial”. Como o adjetivo senhorial raramente é usado, partiu-se para o uso do seu sinônimo: dominical. Por quê? A palavra ‘senhor’ em latim é dominus. Daí vem o adjetivo dominical, correspondente ao substantivo “senhor” (por ex. Dom Pedro II = senhor Pedro II). Quando dizemos algo referente ao povo, não dizemos povoal, mas popular, que vem do latim populus. Por isso dominical significa referente ao Senhor. Domingo não é importado do paganismo, como saturdey; nem do judaísmo, como é o sábado. É o nome criado pelo apóstolo João para comemorar o dia da ressurreição de Cristo, consumando a libertação de toda a humanidade.
A palavra domingo é tradução literal da expressão criada por João e vertida para o latim como dominica die, por sua vez corretamente traduzida da Vulgata para as línguas neolatinas como domingo (português e espanhol), domenica (italiano) e dimanche (francês), faladas por cerca de 400 milhões de pessoas”.
Acertadamente, Jerônimo verteu Kuriakh ‛mera (kyriake hemera) para a Vulgata Latina como Dominica die (“dia dominical”, “domingo”) e não como dia domini (“dia do Senhor”). Veja:
“Fui in spiritu in dominica die et audivi post me vocem magnam tamquam tubae” (Ap 2.10).
Daí, a clássica versão de Antônio Pereira de Figueiredo traduzir: “Eu fui arrebatado em espírito hum dia de domingo, e ouvi por detrás de mim uma grande voz, como de trombeta” (1819).
“Dia do Senhor”, é uma expressão traduzida do original grego kuriake emera, de Apocalipse 1.9-10: “Eu João [...] fui arrebatado em espírito no Dia do Senhor [...]”. A palavra hebraica para o domingo é Yom Rishon, que significa “Dia Primeiro”.
Domingo é um vocábulo exclusivo do cristianismo. Essa palavra, bem como as suas análogas, não existia em nenhuma língua do mundo até o final do século 1º, quando o apóstolo João criou a expressão grega: Kuriakh.
Antigos documentos da Igreja primitiva, transcritos para o russo, relatam que João, encarcerado na ilha de Patmos, chorava muito ao chegar o primeiro dia da semana, ao lembrar-se das reuniões para a Ceia do Senhor, celebrada sempre nesse dia: “No primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão...” (At 20.7). E foi justamente em um “primeiro dia da semana” que Jesus, ressuscitado, lhe apareceu e lhe revelou os maravilhosos eventos do Apocalipse (Ap 1.10).
Vale realçar que o apóstolo João, ao frisar o dia da semana em que Jesus lhe apareceu, criou uma nova expressão na língua grega: kyriake hemera. Expressão esta que deu origem à palavra “domingo”.
Analisemos, agora, Apocalipse 1.10 à luz do original grego, da etimologia, da hermenêutica bíblica, da história e dos escritos patrísticos.

2.      Eis o que os mais abalizados biblicistas afirmam sobre a expressão joanina: kyriake hemera:
“Temos aqui a palavra kyriakos, em um sentido adjetivado, isto é, “pertencente ao Senhor”. Originalmente, esta palavra era usada com o sentido imperial, como algo que pertencia ao César romano. ‘Os crentes primitivos [...] aplicaram-na ao domingo, o primeiro dia da semana’. Esse é o uso que se encontra em Didaché 14 e Inácio, Magn. 9, que foram escritos não muito depois do Apocalipse”.
“‘O dia do Senhor’, em Apocalipse 1.10, é tido pela maioria dos autores como o domingo”.
Resgatando verdades históricas:
Documentos escritos nos três primeiros séculos, muito antes de Constantino existir (280-337), adotaram e conservam, todos eles, a mesma expressão concebida pelo apóstolo João para referir-se ao glorioso dia da ressurreição de Jesus Cristo.

Século 1º: O ensino dos apóstolos:
Possivelmente, contemporâneo do Apocalipse: “E no dia do Senhor Kyriake hemera, congregai-vos para partir o pão e dai graças”.

Século 2º: Escritos de Melito de Sardes:
Nestes escritos, há um tratado sobre a adoração no domingo, intitulado: peri kyriakes (acerca do dia dominical), “dia do Senhor”, isto é, “domingo”.

Ano 115: Epístola de Inácio aos magnesianos:
“Porque se no dia de hoje vivermos segundo a maneira do judaísmo, confessamos que não temos recebido a graça [...] Assim pois, os que haviam andado em práticas antigas alcançaram uma nova esperança, já sem observar os sábados, porém modelando suas vidas segundo o ‘dia do Senhor’ (Kyriaken zontes)”.

150-168: Justino Mártir, Eusébio, Clemente de Alexandria:
Escritores dos séculos 2º e 3º, todos eles também adotaram o Kyriake hemera criado por João para o “dia da ressurreição”, vertido para o latim como Domínica die (“dia dominical”) e passado para o português como “domingo”.

As seguintes traduções: de Antônio Pereira de Figueiredo, do Centro Bíblico Católico, dos Monges de Maredsous, de João José Pedreira de Castro, do Dr. José Basílio Pereira, do Mons. Vicente Zioni e Matos Soares, bem como qualquer outra versão do Novo Testamento para o português ou para o espanhol, feita da Vulgata Latina, trazem em Apocalipse 1.10 a palavra “domingo”.

3.        A singularidade do nome domingo.
Domingo não é um nome importado do paganismo, como saturday (“dia de Saturno”), nem do judaísmo, como shabath (“descanso”).
Domingo não é dia comemorativo da criação do mundo nem da libertação do povo de Israel, tampouco dia de descanso, pasmaceira, televisão, futebol, pescarias, clubes ou jogatina.
Domingo é dia de oração, de adoração, dia de cultuarmos a Deus, dia de atividade espiritual, como evangelismo, visita aos necessitados, aos encarcerados ou enfermos!
Domingo é o nome de um dia exclusivo do cristianismo, criado por João para caracterizar e distinguir o dia da vitória de Jesus sobre a morte, consumando a libertação de toda a humanidade.
Para o cristão, o sábado judaico já não é obrigatório. As exigências cerimoniais foram canceladas na morte de Cristo (Cl 2.14; Rm 14.5-6; Gl 4.9-11). Alem disso, o sábado como dia fixo semanal de descanso foi parte do pacto entre Deus e Israel somente (Êx 31.13-17; Ez 20.12, 20).
Os cristãos observam o domingo como dia de repouso pessoal e adoração ao Senhor. É o dia que Jesus ressurgiu entre os mortos, sendo chamado no N.T. de “o Dia do Senhor”. Uma vez que o cristão não mais obrigado a observar o sábado judaico, ele tem fortes razões bíblicas para dedicar um dia, em sete, para seu repouso e adoração a Deus.
[...] Os gloriosos acontecimentos do primeiro dia da semana fizeram com que o dia de descanso tomasse o lugar do sétimo.
Enquanto no sábado do Antigo Testamento é comemorada a completa execução da extraordinária obra da criação, infelizmente corrompida pelo pecado, no “sábado cristão”, chamado no Novo Testamento de “Dia do Senhor”, é comemorada a consumação da obra de redenção, ainda maior que a da criação. Na lei o sábado era santo, na graça todos os dias são santos, sendo o primeiro dia separado para o Senhor.
Com a ressurreição de Jesus, proclamou-se a vitória dos filhos do primeiro Adão. Contudo, os evangélicos não estão obrigados a guardar o domingo da mesma maneira como os judeus guardavam o sábado, pois nenhuma recomendação nesse sentido existe no Novo Testamento.
“Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente” (Rm 14.5).
Uma das características marcantes do ensino de Paulo é que ele sempre relaciona doutrina e dever, fé e conduta. No texto decorrente ele não apresenta aos seus leitores uma ética pessoal ou individual, mas estabelecer uma nova comunidade que Cristo estabeleceu com Sua morte e ressurreição.
Mas observância daquilo que já foi consumado por Cristo no Calvário é uma ofensa à graça divina. É contestar a gloriosa obra de redenção, concluída por Jesus, considerando ineficaz o sacrifício supremo do Filho de Deus [Abraão de Almeida. Revista Obreiro P. 30].
O propósito espiritual de um dia de descanso em sete é benéfico ao cristão. No A.T. esse dia era visto como uma cessação do labor e ao mesmo tempo um dia dedicado a Deus; um período para se conhecer melhor a Deus e adorá-lo; uma oportunidade para dedicar-se em casa e em público às coisas de Deus (Nm 28.9; Lv 24.8).
Assim como o sábado era sinal do conserto de Israel como povo de Deus (Êx 31.16-17), o dia de adoração do cristão (o domingo) é sinal de que este pertence a Cristo.
Jesus nunca ab-rogou o princípio de um dia de descanso para o homem. O que Ele reprovou foi o abuso dos líderes judaicos quanto à guarda do sábado (Mt 12.1-8; Lc 13.10-17; 14.1-6).
Concluindo, optar pela guarda do Domingo como um dia sagrado, seria consignar um outro erro, trocando apenas de roupa, mas mantendo o mesmo conteúdo! O nosso dia de repouso é o Domingo, como poderia ser o Sábado ou a Quarta, mas nenhum deles deve ser tomado como sagrado, uma vez que todos os dias são abençoados pelo Criador que nos deu um que é superior aos dias, meses, anos e tradições humanas - JESUS!

CONSTANTINO E O DOMINGO

 Dizem os sabatistas, que o imperador romano, Constantino, trocou o sábado pelo domingo. Isso não é verdade. A palavra domingo, como já vimos caracteriza o “Dia do Senhor”.
No Novo Testamento o sábado é o único mandamento do Decálogo não repetido depois do dia de Pentecostes que aconteceu após a ressurreição de Cristo e registrado no capítulo 2 do livro dos Atos dos apóstolos. A Igreja de Cristo fez do domingo (dia do Senhor) o seu dia de culto conforme Atos capítulo 20 v. 7 que diz: No primeiro dia da semana (domingo) estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo, que devia seguir de viagem no dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite.
Dentre as razões da substituição do sábado pelo domingo como dia semanal de repouso para a Igreja, destaca-se a seguinte:

1.      Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana (Mc 16.9).
“E, no fim do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro” (Mt 28.1).
“E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro, de manhã cedo, ao nascer do sol” (Mt 16.2).
“E no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado, e algumas outras com elas” (Lc 24.1).
“E no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro” (Jo 20.1).
“Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco” (Jo 20.19).
O primeiro dia da semana foi o dia especial das manifestações de Cristo ressuscitado. Manifestou-se cinco vezes no primeiro domingo e outra vez no domingo seguinte (Lc 24.13, 33, 36; Jo 20.1; Jo 20.13, 19, 26).
O Espírito Santo foi derramado no dia de Pentecostes, um dia de domingo (Lc 23.15, 16, 21; At 2.1-4).

2.      Os cristãos dos tempos apostólicos costumavam se reunir aos domingos para celebrar a Santa Ceia do Senhor, pregar, e separar suas ofertas para o Senhor.
“E no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de partir no dia seguinte, falava com eles; e prolongou a prática até a meia-noite” (At 20.7).
“No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar (1ª Co 16.2).
“Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for” (1º Co 16.1-2).
O primeiro dia da semana foi o dia adotado pelos apóstolos como o “dia do Senhor”, que era o domingo.
No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo, que devia seguir viagem no dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite” (At 20.7).

3.      O domingo veio substituir o sábado como dia de culto em celebração da ressurreição.
Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta” (Ap 1.10). Na época de ser escrito este Livro (95 d.C.), o domingo já tinha sido consagrado pela a igreja como dia especial de cultuar o Senhor Jesus Cristo.
“Tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos” (Cl 2.12).
O batismo simboliza a morte do velho homem (2ª Co 5.17; Gl 6.15), ou seja, quando fomos batizados, fomos também sepultados com Cristo, e no batismo também fomos ressuscitados com Ele por meio da fé. Se Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana e este dia foi considerado como o “Dia do Senhor” pela igreja primitiva, e, também nós cristãos que recebemos este batismo, fomos ressuscitados com Ele na Sua morte. Então consideramos também este dia como o “Dia do Senhor”.
Assim esta prática foi tornada comum, sem decreto humano e sem imposição. Foi algo espontâneo. Constantino apenas confirmou uma prática antiga dos cristãos.
Nesse período da graça, não precisamos guardar o sábado de descanso, como os israelitas. A Igreja não está debaixo da lei mosaica (Rm 6.14; Lc 16.16; Gl 4.1ss). A Palavra de Deus afirma: “ninguém vos julgue [...] por causa dos [...] sábados, que são sombras das coisas futuras” (Cl 2.16,17). Isso não significa, evidentemente, que devemos desobedecer aos outros mandamentos.
Para os israelitas, não guardar o sábado significava quebrar a aliança mosaica (Is 56.4-6; Êx 31.15). Para nós, não cultuar a Deus no domingo — considerado “o dia do Senhor” — ou em outro dia aprazível não denota quebra de pacto com o Senhor. No máximo, revela negligência, no caso do crente que deixa de ir ao culto por qualquer motivo (Ef 5.14-16).
Concluímos, então que, se o cristão quiser um dia entrar no eterno descanso com Deus, deve ser um cumpridor das doutrinas fundamentais da Palavra de Deus e não de uma lei cerimonial abolida por Cristo que não nos dá o direito de sermos salvos, mas somos salvos pela fé em Cristo Jesus. Amém!
A fundadora do Adveníssimo do Sétimo Dia, a senhora Ellen G. White, afirmava em seus escritos que a instituição do Domingo como dia do Senhor, era invenção do Papado, e quem observasse este dia com Dia do Senhor receberia a marca da Besta. Por esta razão alguns Adventistas (acreditando mais na senhora White do que na Bíblia, nos Apóstolos, no Espírito Santo e nos cristãos dos primeiros séculos) têm procurado fundamentar esta afirmação pesquisando onde o Papado teria feito tal instituição. O melhor que fizeram até agora foi afirmar que o Papado substituiu o Dia do Senhor de Sábado para Domingo durante o Concílio de Laodicéia na Frigia, realizado em 360.

FONTE DE PESQUISA

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47.  Septuaginta, Versão dos LXX, ou Alexandrina, é uma tradução do Antigo Testamento hebraico para o grego feita em Alexandria, a mando de Ptolomeu II (Filadelfo) (284-247 a.C.). Alguns livros não pertencentes ao cânon judaico foram incluídos nessa versão: (Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruc, I e II Macabeus, e acréscimos aos livros de Ester e Daniel). Jerônimo verteu para a Vulgata Latina, explicando que tais livros não pertenciam às Escrituras Sagradas judaicas. Mas o Concílio de Trento, em 1548, os anexou ao Antigo Testamento, classificando-os como “Deuterocanônicos”. Para os judeus, e para os evangélicos, porém, continuam sendo “apócrifos”, úteis apenas como subsídios ao estudo da história e da cultura judaica, mas sem a autoridade dos livros canônicos, inspirados por Deus.
48.  STOTT JOHN, Romanos, 1ª Edição, 2000, Ed. ABU, SC.
49.  ZIBORDI CIRO SANCHES, O cristão deve guardar o sábado ou o domingo? http://www.cpadnews.com.br/blog/cirozibordi/apologetica-crista/78/o-cristao-deve-guardar-o-sabado-ou-o-domingo.html - Acesso dia 20/09/2017.


Pr. Elias Ribas
Especialização em Apologética – ICP - São Paulo.
Grego e Hebraico - Faculdade Batista Pioneira – Ijuí - RG.
Exegese do grego - Faculdade Batista Pioneira – Ijuí – RG.
Mestrado em Divindade – SEMIAD Cascavel PR.
Dr. Em Teologia - SEMIAD Cascavel PR.



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