TEOLOGIA EM FOCO: A DOUTRINA DOS ANJOS (ANGELOLOGIA)

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

A DOUTRINA DOS ANJOS (ANGELOLOGIA)



Anjos são Mensageiro de Deus (1º Rs 19.5-7).
Os anjos são espíritos que servem a Deus e ajudam os salvos (Hb 1.14).
Foram criados santos, mas alguns se revoltaram contra Deus (Jd 6; 2ª Pe 2.4).
Em algumas passagens bíblicas Deus e o Anjo do SENHOR (de Javé) são a mesma pessoa (Gn 16.7-13; 22.11-18; Êx 3.2-22; Jz 6.11-24).

I. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O QUE SÃO ANJOS? Mateus 1.18-25 - Projetando ele isto, em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. (Mt 1.20).

1. Os anjos são seres criados para o propósito de Deus.
- A concepção e o nascimento de Jesus Cristo são eventos sobrenaturais, além do raciocínio ou da lógica humana (Mt 2.13, 19; Lc 1.11, 26; 2.9).

- Anjos são seres espirituais criados por Deus que ajudam a levar a sua obra aqui na terra.
Eles trazem as mensagens de Deus para as pessoas (Lc 1.26), protegem o povo de Deus (Dn 6.22), encorajam as pessoas (Gn 16.7), dão orientação (Êx 14.19), executam punições (2º Samuel 24.15-17), patrulham a terra (Zc 1.9-14) e lutam contra a força do mau (2º Rs 6.16-18; Ap 20.1-2).

- Existem anjos bons e maus (Ap 12.7), mas porque os anjos maus estão aliados com o diabo, ou Satanás, eles tem menos poder e autoridade do que anjos bons. Eventualmente, o maior papel dos anjos vai ser de oferecer louvores a Deus (Ap 7.11-12; Lc 1.5-20 - Respondeu-lhe o anjo: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado para falar-te e dar-te estas alegres novas. (Lc 1.19).

2. Os anjos servem como mensageiros de Deus.
- Os anjos são seres espirituais que vivem na presença de Deus e fazem a sua vontade. Somente dois anjos são mencionados pelo nome nas escrituras - Miguel e Gabriel - mas há vários que atuam como mensageiros de Deus.

- Aqui, Gabriel deu uma mensagem especial a Zacarias (1.19). Isso não foi um sonho ou uma visão.

- O anjo apareceu numa forma visível e falou palavras audíveis para o sacerdote (Mt 18.10-14) Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos. Pois eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre veem a face de meu Pai que está nos céus.

3. A obra dos anjos bons em geral. Eles estão diante de Deus e O adoram (Sl 148.2; Hb 1.6; Ap 5.11-12). Eles protegem e livram o povo de Deus (Gn 19.15-22; Sl 91.11; Dn 3.28; 6.22; At 5.19; 12.11). É bom observar que os anjos, especialmente, são enviados para servir aos que hão de herdar a salvação (Hb 1.14). Eles guiam e encorajam os servos de Deus (Mt 28.5-7; At 8.26; 27.23-24). Os anjos interpretam a vontade de Deus para os homens (Dn 7.6; 10.5-14; Zc 1.9, 13-14, 19). Eles executam o juízo contra indivíduos e nações (Gn 19.11-13; At 12.23; Ap 16.2-21). Os anjos levam os salvos para o lar quando dormem em Cristo (Lc 16.22).

4. Os anjos tem várias funções.
Os anjos são seres espirituais criados por Deus e debaixo de sua autoridade (Cl 1.16).
Eles tem várias funções: servir aos que creem (Hb 1.14), proteger os necessitados (Mt 18.10), proclamar a mensagem de Deus (Ap 14.6-12) e executar a punição de Deus (At 12.1-23; Ap 20.1-3).

II. CONCEITOS BÍBLICOS
ANGELOLOGIA: Doutrina dos Anjos (Mensageiros de Deus à serviço de Israel e da Igreja de Jesus):

ANJOS: Existência ensinada nos 34 livros da Bíblia; ocorre 286 vezes. Cristo sabia deles e ensinava várias vezes (Mt1 8.1 26.53).

NO ANTIGO TESTAMENTO
מלאך / מַלאָך Kalm mal’ak – Significa mensageiro ou representante entre Deus e o Homem (o anjo teofânico). (Gn 19.1).

NO NOVO TESTAMENTO
Aggelos - trazer notícias - um mensageiro, embaixador, alguém que é enviado, um anjo, um mensageiro de Deus (Mt 4.6).

III. QUANTO À CRIAÇÃO
Representa 3 Características Importantes:
1. Fato (C1 1.16).
2. Tempo (Jo 38.6-7).
3. Estado (Judas 6).

IV. NATUREZA
1. Criaturas. Criados, antes do homem, pelo poder de Deus, cujo “Pai” é Deus (Jó 1.6). Recusam adoração (Ap 19.10) e ao homem é proibido adorá-los (Cl 2.18).

2. Espíritos. não limitados às condições naturais e físicas, muito rápidos; aparecem e desaparecem à vontade; podem assumir formas humanas visíveis. (Gn 19.1-3; Hb 1.4).

3. Imortais-não estão sujeitos à morte (Lc 20.34-36).

4. Numerosos. Número muito grande (Dn 7.10; Mt 26.53; Lc 2.13; Hb 12.22); Deus é o Senhor dos Exércitos.

5. Sem sexo. Apesar de descritos como varões, significando autoridade, não propagam sua espécie (Gn 18.1-2; Mc 12.25; Lc 20.34,35).

6. Podem se aparentar e falar com os homens (Zc 5.9).

7. Distintos dos seres humanos (Sl 8.4-5).

8. Poderosos (2ª Pe 2.11; Sl 103.20).

V. PERSONALIDADE
Têm:
1. Intelecto (1ª Pe 1.12).
2. Emoções (Lc 2.13).
3. Vontade Própria (livre arbítrio) (Jd 6).

VI. CARÁTER
1. Obedientes. Não questionam nem vacilam (Sl 103.20; Jd 6 e 1ª Pe 3.22).

2. Reverentes. Adoradores (Ne 9.6; Fl 2.9-11; Hb 1.6).

3. Sábios. Como um anjo...p/ discernir o bem e mal (2º Sm 14:17). Sua inteligência excede às dos homens aqui; não discernem os pensamentos (1º Rs 8.39); Seus conhecimentos dos mistérios da graça são limitados (1ª Pe 1.12).

4. Mansos. Sem ressentimentos ou injúrias (2ª Pe 2.11 Jd 9).

5. Santos. Separados por Deus para Ele - Anjos Santos. (Ap 14.10).

VII. CLASSIFICAÇÃO
Em posto e atividade (exércitos) (1ª Pe 3.22); anjos, autoridades, potências...” (Cl 1.16; Ef 1.20,21).

1. Anjo do Senhor. Ser incriado: Nome dado ao Senhor Jesus, antes de ser encarnado em Maria. Características: Pode perdoar ou reter pecados (Is 63.9; Êx 23.21).
- O Nome de Deus está n’Ele - Seu Caráter revelado (Êx 23.20-23) e a presença de Deus-Rosto de Jeová – (Êx 32.34; Êx 33.14; Is 63.9); Jacó identificou o anjo como o próprio Deus (Gn 32.24-30; 48.15,16).

2. Arcanjo. O arcanjo Miguel é mencionado como o anjo principal (Jd 9; Ap 12.7;1ª Ts 4.16), como protetor da nação israelita (Dn 12.1).
Gabriel é mencionado como classe muito elevada, diante de Deus (Lc 1.19), como mensageiro importante do Reino de Deus (Dn 8.16; 9.21).

3. Primeiros Príncipes. (Principados) ou Anjos das Nações (Dn 10.13). Cada nação tem seu anjo protetor, podendo ser bom ou mal (Ef 3.10; Cl 2.15; Ef 6.12).

4. Anjos Eleitos. Anjos que permaneceram fiéis a Deus durante a rebelião de satanás (1ª Tm 5.21; Mt 25.41).

5. Querubins Querubim do Hebraico כרוב – “keruv” ou do plural כרובים - keruvim) é uma criatura sobrenatural, espiritual, mencionada várias vezes no Tanakh (ou o Antigo Testamento), em livros apócrifos e em muitos escritos judaicos.
- Keroubim - Classe elevada de anjos com propósitos retribuitivos (Gn 3.24) e redentores (Êx 25.22).
- Rostos implicam perfeição de criaturas (Rostos): força de leão; inteligência de homem; rapidez de águia; serviço semelhante ao do boi. (Assegura-se que a própria criação será libertada do cativeiro da corrupção (Rm 8.21).
-Ligados à santidade de Deus.

6. Serafins. Serafim segundo a Angelologia, um anjo de seis asas.
É comumente aceito como a primeira posição na hierarquia celestial dos anjos, os que estão mais próximos de Deus. A palavra hebraica Saraf (שרף) significa “queimar” ou “incendiar”, talvez uma alusão a tradições bíblicas onde Deus é comparado a um “fogo” ou mesmo a um “fogo consumidor”. A referência bíblica para “serafim” está em Isaías 6.1-2. Ordem elevada de anjos com ardente amor a Deus. São ligados à adoração a Deus.

VIII. OBRA E MINISTÉRIOS
1. Agentes de Deus. Executores de pronunciamentos de Deus (Gn 3.24; Nm 22.22-27; Mt 13.39-41,49; 16.27; 24.31; Mc 13.27; Gn 19.1; 2º Sm 24.16; 2º Rs 19.35; At 12.23).

2. Mensageiros de Deus (Anjo significa literalmente “mensageiro”). Por meio dos anjos, Deus envia:
2.1. Anunciações: (Lc 1.11-20; Mt 1.20,21).
2.2. Advertências (Mt 2.13; Hb 2.2).
2.3. Instrução (Mt 28.2-6; At 10.3; Dn 4.13-17).
2.4. Encorajamento (At 27.23; Gn 28.12).
2.5. Revelação (At 7.53; Gl 3.19; Hb 2.2; Dn 9.21-27; Ap 1.1).
2.6. Servos de Deus. Espíritos ministradores enviados para:
a) Servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação (Hb 1.14).
b) Sustentar (Mt 4.11; Lc 22.43; 1º Rs 19.5).
c) Preservar (Gn 16.7; 24.7; Êx 23.20; Ap 7.1).
d) Resgatar (Nm 20.16; Sl 34.7; 91.11; Is 63.9; Dn 6.22; Gn 48.16; Mt 26.53.
d) Interceder (Zc 1.12; Ap 8.3,4).
e) Para servir aos justos depois da morte (Lc 16.22).

OBSERVAÇÃO: “Doutrina de Anjos Protetores” com base em Mt 18.10 e At 12.1 5, os cristãos primitivos acreditavam que cada crente teriam um anjo especial designado para guardá-lo e protegê-lo durante a vida; a única coisa que se sabe é que promessas de ajuda por parte de anjos são numerosas e claras para ajudar os crentes.

CUIDADO: Anjos de Deus não entram em corpos de crentes, pois têm corpo celeste; Quando se diz que alguém foi usado como anjo, “mistérios de Deus”, implica que o Espírito Santo usou como anjos “mensageiros” e nunca que o anjo entrou em alguém. Evangelho não é espiritismo.

IX. DESCREVENDO OS MINISTÉRIOS

1. Quanto a Jesus Cristo.
1.1. Predisseram nascimento (Lc 1.26-33).
1.2. Anunciaram nascimento (Lc 2.13).
1.3. Protegeram a criança (Mt 2.13).
1.4. Fortaleceram Jesus após tentação (Mt 4.11).
1.5. Preparados para defende-lo (Mt 26.53).
1.6. Confortaram-no no Getsemani (Lc 22.43).
1.7. Rolaram a Pedra do Sepulcro (Mt 28.2).

2. Quanto aos crentes (igreja).
2.1. Ministério Geral de Ajuda (Hb 1.14).
2.2. Envolvidos com respostas de orações (At 12.7).
2.3. Observam as experiências dos Crentes (1ª Co 4.9; 1ª Tm 5.21).
2.4 Encorajam nas horas de perigo (At 27.23-24).
2.5. Interessados nos esforços evangelísticos dos crentes (Lc 5.10; At 8.26).
2.6. Ministram aos justos na hora de sua morte (Lc 16.22; Jd 1.9).

3. Quanto às nações.
3.1. Miguel. Relacionamento estreito com Israel (Dn 12.1).
3.2. Anjos: agentes de Deus na execução de sua providência (Dn 10.21).
3.3. Anjos estão envolvidos nos juízos da Tribulação (Ap 8, 9, 16).

4. Quanto aos descrentes.
4.1. Anunciam juízos iminentes (Gn 19.13; Ap 14.6- 7).
4.2. Infligem o juízo divino (At 12.23).
4.3. Agem como ceifeiros na separação definitiva no fim dos tempos (Mt 13.39).

X. A OBRA DOS ANJOS

1. A obra dos anjos bons.
1.1. A obra dos anjos bons em relação à vida e ministério de Cristo. O anjo Gabriel anunciou o nascimento de Jesus (Lc 1.26-38). Um anjo garantiu a José que “o que nela foi gerado é do Espírito Santo” (Mt 1.20). Os anjos anunciaram aos pastores o nascimento de Jesus em Belém (Lc 2.8-15). Os anjos vieram e serviram a Cristo após a tentação no deserto (Mt 4.1). Um anjo do céu apareceu e confortou Jesus no Getsêmani (Lc 22.43). Um anjo removeu a pedra que fechava o sepulcro de Jesus e falou às mulheres que Ele havia ressuscitado (Mt 28.2-7). Os anjos estavam presentes na ascensão de Jesus (At 1.9-11). Os anjos acompanharão o Senhor Jesus, quando Ele vier pela segunda vez (Mt 16.27; 25.31).

1.2. A obra dos anjos bons em geral. Eles estão diante de Deus e O adoram (Sl 148.2; Hb 1.6; Ap 5.11-12). Eles protegem e livram o povo de Deus (Gn 19.15-22; Sl 91.11; Dn 3.28; 6.22; At 5.19; 12.11). É bom observar que os anjos, especialmente, são enviados para servir aos que hão de herdar a salvação (Hb 1.14). Eles guiam e encorajam os servos de Deus (Mt 28.5-7; At 8.26; 27.23-24). Os anjos interpretam a vontade de Deus para os homens (Dn 7.6; 10.5-14; Zc 1.9, 13-14, 19). Eles executam o juízo contra indivíduos e nações (Gn 19.11-13; At 12.23; Ap 16.2-21). Os anjos levam os salvos para o lar quando dormem em Cristo (Lc 16.22).

1.3. A obra futura dos anjos. O arrebatamento da Igreja será acompanhado da “voz do arcanjo” (1ª Ts 4.16). Os anjos reunirão os eleitos quando Cristo retomar (Mt 24.31). Eles separarão os verdadeiros dos falsos quando da vinda do Senhor (Mt 13.39-50). Um anjo prenderá e lançará o diabo no abismo por mil anos (Ap 20.1-3). Doze anjos estarão diante das portas da Nova Jerusalém (Ap 21.12).

2. A obra dos anjos maus.
2.1. Eles se esforçam para separar o crente de Cristo (Rm 8.38-39).
2.2. Eles se opõem aos anjos bons em sua obra (Dn 10.1-2, 13, 20-21).
2.3. Os anjos maus cooperam com Satanás na execução dos planos e propósitos dele (Mt 25.41; Ef 6.12; Ap 12.7-12).

3. A obra dos demônios.
Fica bem claro que os demônios constituem uma ordem distinta dos anjos maus, e que os demônios, espíritos imundos e espíritos maus, são uma só coisa. Tais são as suas obras: Eles causam moléstias (Jó 2.1-8; Mt 9.33; 12.22; Lc 13.11,16). Os demônios causam distúrbios mentais (Lc 8.26-39). Não esqueçamos que as Escrituras não atribuem todos os distúrbios mentais à obra dos demônios. Eles levam muitos à impureza moral (Mt 12.43; Mc 1.23-27; 3.11; Lc 4.33-36). Eles são, sem dúvida, os autores de muitos dos pensamentos imundos, linguagem imunda e má conduta de muitos homens nos dias de hoje. Os demônios disseminam falsas doutrinas (1º Re 22.21-23; 2ª Ts 2.1-4; 1ª Tm 4.1-2). Eles se opõem aos crentes em seu progresso espiritual, travando assim uma verdadeira guerra espiritual (Ef 6.10-18). Os demônios às vezes tomam posse de seres humanos e até mesmo de animais (Mt 4.24; Lc 8.2, 27, 30, 33; At 8.7).

4. A obra de Satanás.
A obra de Satanás é conhecida nos diversos nomes que lhe são dados, pois, cada um deles expressa uma qualidade do caráter ou um método de ação ou as duas coisas, por exemplo: como “Satanás”, ele se opõe (adversário); como “diabo”, ele acusa e difama; como “tentador”, ele tenta levar os seres humanos a cometerem pecados. Além disso, a Bíblia revela a natureza de sua obra diretamente. O objetivo primordial de Satanás está expresso em Is 14.14: “Serei semelhante ao Altíssimo”. As Sagradas Escrituras mostram que ele tem poder, um trono e grande autoridade (Mt 4.8-9; Ap 13.2). Para conseguir realizar o seu propósito, ele tentou matar o menino Jesus (Mt 2.16; Ap 12.4-5). Não dando certo, ele tentou levar o Senhor Jesus a adorá-lo (Lc 4.6-7). Mas, Jesus não fracassou diante de suas tentações. Satanás emprega vários métodos para a realização dos seus propósitos. Como ele não pode atacar a Deus diretamente, ataca o homem, que foi criado à imagem e conforme a semelhança de Deus (Gn 1.26-27). A Bíblia Sagrada menciona os seguintes métodos usados por Satanás: mentir (Jo 8.44; 2ª Co 11.3); tentar (Mt 4.1); roubar (Mt 13.19); atormentar (Jó 1.2); dificultar (Zc 3.1; 1ª Ts 2.18); peneirar (Lc 22.31); imitar (Mt 13.25; 2ª Co 11.14-15); acusar (Ap 12.9-10); fazer adoecer (Lc 13.16 cf 1ª Co 5.5); possuir (Jo 13.27); matar e devorar (Jo 8.44); (1ª Pe 5.8). O crente não deve ignorar a sua astúcia (2ª Co 2.10-11), mas deve ser sóbrio e vigilante, e resistir a ele (Ef 4.27; Tg 4.7). Os cristãos não devem falar levianamente a respeito dele (Jd 8, 9), mas se revestir da armadura de Deus e se firmar contra ele (Ef 6.10-18).

O nome “Satanás” revela-o como “adversário”, não primeiramente do homem, mas de Deus (Rm 16.20). Ele maquina a destruição do ser humano, razão pela qual é chamado -Abadom e Apo1iom - “destruidor” (Ap 9.11). Depois da entrada do pecado no mundo, ele se tornou - o diabo “acusador” (Ap 12.10), acusando continuamente o povo de Deus. Ele é apresentado nas Escrituras Sagradas como o originador do pecado (Gn 3.1-6; Jo 8.44; 2ª Co 11.3; Jo 3.8; Ap 12.9; 20.10). Satanás aparece na Bíblia como chefe dos anjos que caíram (Mt 9.34; 25.41; Ef 2.2). É também chamado repetidamente de “o príncipe deste mundo” (Jo 12.31; 14.30; 16.11); “o deus deste século” (2ª Co 4.4). Não significa que ele detém o controle do mundo, pois é Deus que o controla (Sl 103.19), mas o sentido é que Satanás tem sob controle este mundo mau, o mundo naquilo em que está separado de Deus. Isto está claramente descrito em Efésios 2.2, onde ele é chamado de “o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência” (ARC).

XI. O DESTINO DOS ANJOS

1. O destino dos anjos bons.
Temos razões de sobra para crer que os anjos bons continuarão servindo a Deus por toda a eternidade. Na visão que João teve da Nova Jerusalém, que certamente pertence a uma época futura, e que está destinada a continuar para todo sempre juntamente com o novo céu e a nova terra (Ap 21.1-2), ele viu anjos diante das doze portas da cidade (Ap 21.12). Não esquecendo de que em Ap 5.11, João viu e ouviu a voz de muitos anjos bons (é claro) ao redor do trono de Deus; se lá estão é porque são fiéis, sendo fiéis, eles servirão ao Senhor eternamente.

2. O destino dos anjos maus.
O Senhor Jesus foi bastante claro ao dizer que o destino dos anjos maus é o lago de fogo (Mt 25.41). Enquanto isso, alguns deles são mantidos acorrentados na escuridão até o dia do seu julgamento (2ª Pe 2.4; Jd 6). Como o criminoso que foi preso em seu delito culposo e mantido na prisão, aguardando o dia em que será sentenciado oficialmente e levado para sofrer a pena da condenação por seu crime. Quando Cristo voltar, os crentes tomarão parte no julgamento dos anjos maus (1ª Co 6.3).

3. O destino de Satanás.
Podemos fazer um breve traçado da história de Satanás do princípio ao fim. Primeiro o vemos no céu (Is 14.12-15; Ez 28.13-17). Ninguém pode dizer por quanto tempo ele viveu gozando do favor de Deus, mas veio a hora em que ele e muitos outros anjos caíram (Is 14.13-15). Encontramos ele no jardim do Éden, por meio de uma serpente (Gn 3.1-15). Aqui ele se tornou o agente da queda do homem. Em seguida, nós o encontramos no ar, tendo acesso tanto ao céu como a terra (Jó 1.6,7; 2.1,2; Ef 2.2; 6.12). Em seguida, notamos que no futuro ele deverá ser lançado na terra (Ap 12.9-12). Aparentemente, isto acontecerá durante a grande tribulação. Podemos observar que sua presença na terra dessa vez será “curta”. Da terra ele será lançado no abismo (Ap 20.1-3). Isto acontecerá quando Cristo voltar a terra, em poder e glória, para estabelecer Seu reino milenial. Satanás será acorrentado e confinado ao abismo por mil anos. Então, será solto por “pouco tempo”, durante o qual tentará frustrar os propósitos de Deus na terra (Ap 20.3, 7-9). Mas, descerá fogo do céu e destruirá os exércitos que ele reunirá. O destino de Satanás será o fogo eterno preparado para ele e seus anjos, onde “serão atormentados para todo o sempre” (Mt 25.41; Ap 20.10).

Pr. Elias Ribas

Nenhum comentário:

Postar um comentário