O músico que faz a diferença
é aquele que se entrega totalmente a Deus e o ama de todo o coração (Mt 22.37).
Devemos amar o que Deus ama e desejar o que Deus deseja!
O músico que faz a
diferença é aquele prioriza as coisas de Deus Enquanto priorizarmos o Senhor em
nossas vidas faremos diferença. Ele nos concederá a visão da Sua vontade para o
nosso caminhar diário com Ele.
1. Conhece ao Senhor. “Conheçamos e prossigamos em conhecer
ao SENHOR; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a
chuva, como chuva serôdia que rega a terra” (Os 6.3).
O adorador para conhecer a
Deus precisa ser um ácido estudioso da Sagradas Escrituras. A Palavra, a oração
e uma vida santificada nos trará intimidade com o Pai. Ele procura os
verdadeiros adoradores.
Conhecer ao Senhor é ter
intimidade com Ele (Sl 25.14). Quem conhece ao Senhor o reconhece em todos os
seus caminhos (Pv 3.6). Reconhecê-lo é consultá-lo para todas as coisas, as
minhas decisões do dia-a-dia, minhas atitudes, palavras, e respostas. Quando
faço a minha parte que é reconhecê-lo em todos os meus caminhos, Deus faz a
parte d’Ele, ou seja, Ele me instrui o que fazer, como agir, o que dizer, etc.
(Sl 32.8).
A medida que os fiéis
chegassem a conhecer melhor ao Senhor, Ele viria como a chuva, trazendo-lhe mais
bênçãos espirituais. A água é frequentemente mencionada como símbolo ou tipo do
Espírito Santo (Jo 7.37-39; Sl 1.3).
Para conhecer é necessário
investir tempo com Deus através da meditação da Palavra a da oração. Quando
investimos tempo com Ele iremos ter uma comunhão íntima com o Senhor. A nossa
vida espiritual cresce e dá frutos. Ele quer ter comunhão conosco (Lc
10.38-42). Devemos priorizar esta comunhão com Ele.
Quando priorizamos o tempo
com Deus, aprendermos andar como Ele anda, falar como Ele fala e teremos
atitudes iguais as d’Ele.
E para isso precisamos
conhecer os atributos naturais de Deus,
os quais são assim denominados:
Onipresença. Ele pode estar em vários lugares ao mesmo
tempo.
Onisciência. Ele
tudo sabe nada escapa do seu conhecimento.
Onipotência. Ele
detêm todo o poder, nada é impossível para Ele.
Unidade. Ele é um
Ser único que, se manifesta nos mais diferentes modos de Sua existência (Pai,
Filho e Espírito Santo).
Infinidade. Ele não
tem fim.
Imutabilidade. Ele
é o Deus que não muda.
Deus possui como atributos
morais a Santidade que, é a plenitude gloriosa da Sua excelência, ou
seja, não se refere apenas a uma de suas qualidades, mas a união de todas elas.
Justiça. Que seria o mesmo que afirmar que Ele
sempre faz a coisa certa, o que é direito e, isso, conforme o seu caráter.
Amor. Sendo que n’Ele
não está apenas resumido o sentir, pois o amor em Deus se expressa pelo ato de
sua doação na pessoa do seu Filho Jesus Cristo por toda a humanidade.
2. Anda no Temor do
Senhor. “O temor do SENHOR é o princípio do saber, mas os loucos desprezam
a sabedoria e o ensino” (Pv 1.7).
A sabedoria, conforme o
emprego desse termo em Provérbios, significa viver e pensar de conformidade com
a verdade de Deus, com Seus caminhos e Seus desígnios.
Temor no hebraico hary
yir’ah, significa respeito, reverência. Temer a Deus, não é ter medo d’Ele,
mas levá-lo a sério, significa respeitá-lo e reverenciá-lo (Sl 111.10). Não
podemos subir num púlpito para ministrar se nossa vida está cheia de pecados
não acertados, pois isso é “fogo estranho” diante do Senhor e Ele não recebe
esta adoração. Não podemos permitir que o pecado arruíne nossa vida (Pv 8.13).
O temor do Senhor é um tesouro para os santos (Pv 15.16). Não podemos perder as
bênçãos de Deus por termos deixado de escutá-lo (Pv 28.14; Sl 25.14).
3. Possui
relacionamentos corretos. Os seus relacionamentos e amizades devem ser
cristãs. Precisamos aprender a andar com pessoas que amam a Deus, que não
tenham compromisso com a maledicência, a mentira, a inveja, o pecado, etc (Sl
1.1-6). Existe um ditado que diz: “Diz-me com quem andas e direis quem és”.
Quem são seus melhores amigos?
4. Possuem um coração
ardente. O Senhor deseja ver nós um coração ardente. Devemos tomar muito
cuidado com a nossa indiferença, frieza e apatia (Ap 3.15-16). O coração frio é
insensível as coisas de Deus.
O coração morno é
indiferente. Mas o coração quente é um coração apaixonado, alegre cheio de
amor. O coração ardente, não é egoísta e nem busca os seus próprios interesses,
pelo contrário, deseja o bem-estar dos outros, deseja servir Deus, a família, a
igreja, ao ministério e ao mundo.
I.
QUALIFICAÇÕES DE UM MÚSICO
1. Real
experiência com Deus (Jo 3.3). A pessoa que teve uma real experiência com
Deus é aquela que não vive mais para si mesma (Rm 14.7-8) e nem para o pecado
(Gl 5.24; Rm 6.6, 11-14); possui uma inclinação para as coisas que são do alto
(Cl 3.1; Mt 6.33) e sua experiência se baseia na Palavra de Deus e no Deus da
Palavra.
O problema que
temos encontrado nesses dias, é que muitos músicos não tem uma real experiência
com Deus, ou seja, não são regenerados. O que eles possuem é apenas uma vontade
de tocar e cantar. Os problemas surgem porque falta coração regenerado. O
músico precisa passar pela experiência da regeneração. Este é o requisito
básico e principal para todo aquele que quer servir na casa do Senhor.
2.
Consagração (Lv 27.28-29). Consagrado significa ser separado para servir
conforme o propósito de Deus. Quando temos uma real experiência, somos separados
do pecado a fim de servirmos a Deus e vivermos para Ele (2ª Co 5.15).
Portanto, o
verdadeiro adorador tem a convicção de que é uma pessoa separada por Deus, e
que seus dons e talentos são dedicados inteiramente ao serviço à Ele. De que
maneira temos utilizado os nossos dons e talentos? Temos utilizado para os
nossos próprios interesses ou para servir a Deus e as pessoas? A evidência
clara de que alguém tem uma vida consagrada a Deus são os frutos que acompanham
o seu serviço (Tg 2.18, 26; Jo 12.24; 15.18). Qual o fruto que você tem
oferecido?
3. Servo. Mt 20.26-28 “Não será assim entre vós;
mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal; E,
qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo; Bem como o
Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua
vida em resgate de muitos.”
João 12.
12-15: Depois que lhes lavou os pés, e tomou as suas vestes, e se assentou
outra vez à mesa, disse-lhes: Entendeis o que vos tenho feito? 13 Vós me chamais
Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. 14 Ora, se eu, Senhor e Mestre,
vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros. 15 Porque eu
vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.”
Em Jesus
podemos ver o modelo de servo. Ele como Deus não precisava servir, mas deixou
este exemplo para Sua Igreja. Ele veio servir e dar a Sua vida por muitos.
O talento musical
não coloca ele acima de ninguém. Não fomos escolhidos para sermos servidos, mas
estamos dispostos a servir, ou seja, temos que ter a mentalidade de servos. O
verdadeiro servo é conhecido não pelo seu título, mas pelo seu modo de viver.
Infelizmente,
encontrado músicos que não tem o coração de servo, por isso, não é difícil
ouvirmos frases do tipo: “o meu instrumento é melhor”, “a minha música é
melhor”, “a minha banda é melhor”, “eu sou o melhor”, “não abro mão do meu
lugar à ninguém”, “não faço tal coisa porque não é o meu ministério”, etc. Por
causa dessas frases desses músicos, tem se criado em nosso meio um terrível
espírito chamado competição. Isso com certeza entristece o coração de Deus, e
ao mesmo tempo, dá lugar a um ambiente de desamor, impróprio à presença divina
(1ª Co 3.1-7).
O responsável
pelo espírito de competição chama-se Satanás! (Ez 28.2; 1º Rs 18.21). Desde o
princípio do mundo, ele tem procurado competir sem êxito, com o Todo Poderoso.
Satanás tem tido acesso ao meio evangélico, através deste espírito de forma
muito sutil.
Saiba que o
reino das trevas é o reino da competição, e o reino de Deus, o da cooperação
(Sf 3.9; Ef 4.16). Podemos ter características diferentes e estilos diferentes,
mas isso não impede que sirvamos ao Senhor em unidade e ajuda mútua.
Ser um música
ou cantor é ter um coração de servo, que tem como motivação principal servir a
Deus, a família, aos irmãos e aos perdidos.
4. Submisso. “Todo o homem esteja sujeito às autoridades
superiores; porque não há autoridade que proceda de Deus; e as autoridade que
existem foram por ele instituídas” (Rm 13.2).
Você é uma
pessoa submissa? Submissão significa estar debaixo de uma missão. Submissão é
reconhecer a soberania de Deus e nos colocar à disposição d’Ele para cumprirmos
a missão que nos foi proposta. “A obediência é melhor do que o sacrifício, e a
submissão é melhor do que a gordura de carneiros” (1º Sm 15.22). A Palavra fala
de submissão e também nos ensina como e com quem devemos exercer submissão.
Devemos, por exemplo, ser submissos às autoridades. As mulheres aos seus
maridos. Os filhos aos pais. Os liderados a seus líderes. Submissão não é se
“rebaixar” como dita o mundo, mas submeter é uma representação de respeito,
amor, consideração, obediência... Honre as pessoas que são autoridades em sua
vida.
Existe, hoje
em dia, um aspecto importante que tem se tornado um grande problema, onde
observamos que muitas bandas gospel não querem estar ligadas a nenhuma igreja e
a nenhum pastor. Em Provérbios 18.1 diz, que “O solitário busca o seu próprio
interesse, e insurge-se contra a verdadeira sabedoria”. Músico precisa ser
pastoreado. Quem deseja andar isoladamente, está buscando o seu próprio interesse,
tendo uma atitude egoísta.
Nós músicos
precisamos de cobertura espiritual, ensino, admoestação e correção dos nossos
líderes, e a partir de então, ganharemos autoridade para ministrar e seremos
uma benção para o corpo de Cristo.
Aquele que
agora tem um coração novo é capaz de submeter-se à vontade de Deus, aos líderes
e aos irmãos (Ef 5.8-21).