Há muitos
cuidados que o músico na igreja deve tomar para não quebrar a ética na Casa de
Deus. Gostaríamos de citar aqueles que julgamos mais necessário.
Se os
instrumentistas vão fazer solo, deverão o volume dos aparelhos numa altura que
seja a ideal, confortável ao ouvido, e não abrir todo o volume, como muitos
fazem, achando que todo mundo está gostando.
Com toda
honestidade, muitas igrejas hoje aumentaram tanto o volume que dá para rachar a
parede do prédio da igreja. A Bíblia nos ensina a louvar “ao Senhor com harpa,
cantai a Ele com saltério de dez cordas….. tocai bem e com JÚBILO” (Sl 33.2-3).
Mas, nesta época quando o som é amplificado eletronicamente e somos
bombardeados por todos os lados, muitas vezes se torna impossível até pensar.
Portanto, é a opinião deste autor que o uso de instrumentos musicais na
adoração pública deve ser limitado em número – e com certeza o volume nunca
deve chegar ao ponto de atrapalhar a adoração verdadeira que sobe do coração e
da mente.
Se vão acompanhar,
devem apenas acompanhar. Acompanhamento quer dizer executar em segundo plano. O
que muitos fazem hoje, é abafar as vozes principais, que estão no primeiro
plano. Isso é falta de sabedoria, de bom-senso. Significa que não há um
responsável por isso, e que estão agindo de modo absoluto, como bem entendem.
Significa que o dirigente deixou tudo à vontade, com a desculpa que isso é
“liberdade no Espírito”, quando na realidade é desorganização do responsável. O
instrumento não é para abafar a voz de quem canta, mas acompanhá-la.
A adoração não
é para exibição do homem – não é para ele aparecer nem ser admirado por sua
capacidade artística. Nunca se deve permitir que os instrumentos transformem a
adoração em
divertimento. Jamais devem interferir no caráter espiritual
da adoração.
A música na
Igreja, segundo a Bíblia, deve ter pelo menos três propósitos, a saber (Cl
3.16):
1. O propósito
da adoração a Deus.
2. O propósito
do louvor a Deus.
3. O propósito
do serviço para Deus.
Podemos ter
muita música na igreja, mas sem o propósito da adoração. Nesse caso, a nossa
música será tão somente “metal que soa e sino que tine” (1ª Co 13.1). De todos
os ministérios que integram o culto cristão, o que mais está sofrendo é o da
música. Têm igrejas que os líderes perseguem os músicos, em vez de educá-los e
orientá-los. Em outras, eles fazem como desejam, pois estão “louvando”.
Os músicos e
dirigentes, precisam ter uma preparação musical, teórica e acima de tudo
espiritual, para que o louvor possa atingir o coração de Deus.
Muitas música
nas igrejas é simplesmente uma coisa qualquer, mas não é música espiritual, que
arrebata, que transforma, que fala ao coração, que edifica, que inspira, que
toca a alma, e não apenas os nossos ouvidos e sentimentos.
Não me refiro
só à melodia, harmonia e ritmo. Não. Refiro-me também à letra, muitas vezes
anti-bíblica, irreverente, filosófica. Isso é porventura “música de Deus”, como
está escrito em 1º Crônicas 16.42? Porque acontece isso? Geralmente, porque
seus autores não andam com Deus para d’Ele receberem a Palavra que edifica.
A música na
igreja não deve apenas encher nossos ouvidos, mas muito mais o nosso coração,
de modo que ela sirva de instrumento para Deus revelar e manifestar Sua
presença em nosso meio. É isso que eu chamo de música como um serviço a Deus.
É necessário
que cada igreja tenha um departamento de música sob a direção de alguém
competente e escolhido pra isso, para coordenar todas as atividades musicais da
igreja.
Enquanto a
congregação canta dois ou três hinos em todo o culto, solistas, conjuntos,
corais e bandas de metais canta e tocam cerca de 20 hinos (como já presencie)!
Sim, em muitas igrejas, a congregação não canta mais ao Senhor por causa da
desordem do culto.
Segundo as
Escrituras, o incenso sagrado (que simboliza a oração e a adoração) era
composto de vários ingredientes, mas todos de peso igual (Êx 30.34).
O Azeite vinha
na frente (Êx 30.22-23). Depois o incenso (Êx 30.34-38). O azeite fala do
Espírito Santo. A predominância do Espírito Santo na vida do crente e no
ambiente leva a uma profunda e santa adoração.
Montagem e
arrumação de instrumentos durante o culto é desorganização, bem como afina-los
durante o culto. Preparem tudo antes do culto. Honrem a Deus, fazendo do seu
culto um momento de encontro com Ele, e não uma miscelânea que ninguém sabe o
que é.
A questão dos
cantores é outro assunto bastante delicado, especialmente quando são de fora,
embora com seus estilos peculiares, procuram deixar uma impressão de
espiritualidade, quando muitas vezes não são. Geralmente são indisciplinados,
autoritários, chegam quase sempre atrasados e, nesse caso, perturbam o culto.
Ele conversão
durante o tempo em que não estão cantando, não dizem quantos hinos vão cantar,
nem pedem permissão ao pastor para isso. Acham que, por serem cantores, tem a
liberdade de fazerem o que querem. Onde está a humildade e as características
de um verdadeiro ministérios de canto? Então, só porque sou cantor e vou adorar
a Deus noutra igreja terei de cantar? Se os dirigentes não tomarem providências,
não teremos outro elemento no culto a não ser a música, e nem isso, porque,
como já vimos, é música sem unção, sem mensagem, sem graça divina, e muitas
vezes sem nada!
Muitos hinos
são como uma flor artificial: quase perfeita, mas sem vida, sem perfume, sem
crescimento” [GILBERTO. Mensageiro da Paz. P. 15].
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