A música é tão
presente em nossa vida que podemos compará-la quase que ao ar que respiramos.
Dificilmente passamos um dia sem música. Ela está sempre vindo de algum lugar,
trazendo suas informações melódicas. Como nos faz bem a música! Todavia,
deixemos bem claro, a boa música.
Mas há música
ruim? Sim, sem dúvida que há. Mas quem a criou não foi Deus? Certamente Deus a
criou, mas assim como o homem fora criado por Deus e sofreu desvio de condutas
através de Satanás, também a música apresenta desvios rítmicos e letras que a
tornaram intolerável e com funções tendenciosas, quando sob o comando de
Satanás.
I.
A ORIGEM DA MÚSICA
1. O que é música. Música é a arte de combinar os sons, de acordo
com as variações da altura, proporcionando a sua duração e ordenados sob as
leis da estética. Arte é capacidade criadora do artista de
expressar ou transmitir seus sentimentos.
A música tem
sua triologia formada especificamente em :ciência, arte e cultura. É ciência,
porque obedece a leis, princípios e técnicas experimentais e invariáveis. É
arte, porque suas regras são práticas e exequíveis, ao manifestar os diversos
afetos da alma mediante o arranjos dos sons. É cultura, porque expressa padrões
de comportamento de um povo quanto às suas crenças, histórias e tradições.
Para exprimirmos
profundamente qualquer sentimento ou descrever por meio da música qualquer
quadro da natureza, principalmente de Deus, torna-se imprescindível a
participação em comum de três elementos, a saber: melodia, ritmo e harmonia.
2. A música é universal. Todas as raças, culturas e religiões,
desde suas origens, executam a música de uma forma ou de outra.
“A música é sem dúvida,
uma das mais belas artes da existência. Sobre ela, disse o filósofo grego
Aristóteles: “A música é a mais moral de todas as artes”. O célebre compositor
britânico John Mervyn Addison afirmou sobre ela: “A música é o bem maior dos
mortais e tudo quanto do Céu possuem eles na Terra”. John Armenstrong, por sua
vez, declara: “A música exalta cada alegria, suaviza cada tristeza, expele
enfermidades, abranda cada dor”.
3. A origem da música. A música é uma arte celestial, cuja primeira
manifestação de que temos conhecimento ocorreu em comemoração à cosmogonia (a
criação do mundo). Por certo os anjos já exerciam o glorioso ministério do
louvor bem antes da criação do tempo, do espaço e da matéria. Como deve ter
sido bela a prima aurora pura e linda da criação!
Pela fé, entendemos que
foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a
existir das coisas que não aparece (Hb 11.1). “Ele, que é o resplendor da
glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra
do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à
direita da Majestade, nas alturas” (Hb 1.3). Num átimo, ouve-se a voz do Verbo
Divino: “hayah” haja luz (Gn 1.3). Imediatamente, o tempo e o espaço
recém-criados inundaram-se de luz, nas mais sublimes cores e, em meio ao
relampaguear de irisados fulgores, irromperam as harmonias dos coros angelicais
glorificando o Criador!
Esse festival cósmico
foto-sinfônico foi cantado nos mais antigo livro da Bíblia nesta bela poesia
hebraica: “Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? [...]
quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos
os filhos de Deus?” (Jó 38.4-7).
Também o nascimento de
Jesus, o Redentor de toda a criação, foi festejado com louvores angelicais: “E,
subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a
Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os
homens, a quem ele quer bem” (Lc 2.13-14).
4. A origem da música na terra. A arte de combinar os sons, em
nosso planeta é contemporâneo de Adão. Jubal foi o pai de todos os que tocam
harpa e órgão (Gn 4.21). Usava-se música para comemorar vitórias (Êx 15.1-21;
Jz 5), nas festas (2º Sm 19.35), nos casamentos (Jr 7.34) e até nos enterros
(Mt 9.23).
Muitas vezes, a música era
acompanhada de dança (Êx 15.20; 1º Sm 18.6-7 e Mt 11.17). O rei Davi e seu
filho Salomão muito contribuíram para o desenvolvimento da música coral e
instrumental em Israel (1º Cr 6.31-48; 2º Cr 29.25). Os instrumentos mais
usados eram de cordas (harpa, lira, saltério, cítara) sopro (flauta, trombeta
de metal ou de chifre ‘shophar’), fole (gaita, órgão) e percussão (adufe,
címbalo, pandeiro, tambor, tamboril e tamborim).
O canto, na forma uníssona
ou coral, e a música instrumental tinham lugar relevante nos cultos e na vida
religiosa do povo de Deus, tanto no Antigo quanto Novo Testamento (1º Cr
16.4-7, 37; Is 51.3; Mt 26. 30; Ef 5.19 e Cl 3.16).
5. A música sacra. A música sacra teve seu zênite na Terra a partir
da Renascença, com os compositores clássicos e, depois, com os românticos.
Corelli, Vivaldi, Hydn, Praetorius, Schubert, Lizt, Ipolitov Ivanov, Gunod,
Haendel, Verde etc. Johann Sebastian Bach apunha no cabeçalho de suas
partituras, as letras JJ (Jesus Juvat = Jesus ajuda) e, ao final, SDG (Soli Dei
Gloriae = somente para a glória de Deus). Talvez por isso mesmo seja
considerado dentre todos eles. A maioria de suas primorosas obras, oratória,
salmos, hinos, óperas e cantatas é inspirada em fatos dos Evangelhos.
5.1. Oratória é o gênero de música erudita, de assunto religiosos,
quase sempre tirando da Bíblia, com solos, coros e orquestra, para ser
executados sem cenários, nem costumes, nem mímica.
A. Salmo, do grego psalmo, entre os antigos hebreus, era o
poema religioso para ser acompanhado por qualquer instrumento, de cordas ou de
sopro.
B. Hino, do grego himno, é poema ou cântico de veneração
louvor ou invocação à divindade.
C. Ópera é um drama
inteiramente cantado, com acompanhamento de orquestra ou intercalado com
diálogos falados ou com recitativos.
D. Cantata é uma
composição para uma ou mais vozes, com acompanhamento instrumental, às vezes
com coro, cuja letra pode ser lírica, descrevendo uma situação psicológica em
vez de ser historiada, isto é, descrevendo um fato dramático.
6. O livro dos Salmos era o hinário de Israel e da Igreja primitiva.
Por Exemplo: Lucas registra quatro hinos cristãos, os hinos do Advento,
conhecidos pelos seus títulos em latim: o Magnificat (engrandece, Lc 1.46-55);
o Benedictus (bendito, Lc 1.68-79); o Nunc Dimittis (agora despedes, Lc
2.29-32); e o Glória in Excelsis Deo (glória a Deus nas alturas, Lc 2.14). O
hino cantado após a ceia (Mt 26.30) foi o Halel (os salmos 113 a 118).
7. O zelo pela música sacra. A igreja evangélica deve zelar por sua
música! Os ministros de Jesus devem preservar a dignidade, a reverência e a espiritualidade
da adoração e dos louvores na Casa do Senhor!
Quando o púlpito se
transforma em palco e o culto em “show”, são negligenciados o cântico
congregacional (todos os presentes cantando) e o tempo para exposição da
Palavra de Deus, que é a eximido, então a espiritualidade enfraquece e os
milagres e as conversões desaparecem nas exibições de conjuntos e cantores
contratados para atraírem um público que (com raras exceções) mais procura
divertir-se que adorar a Deus.
Não podemos nem queremos
condenar totalmente o uso de ritmos populares com letras evangélicas entre
povos e culturas que adotam tais cadências, nas campanhas evangelísticas, em
praças públicas ou quaisquer outros lugares. Entretanto, também não podemos
apoiar nos templos evangélicos a substituição do culto de adoração, doutrina ou
evangelismo, por apresentações que mais parecem com os batuques do candomblé,
ou irreverentes shows dos conjuntos de rockn’roll. [BARCELLOS. Mensageiro da
Paz 2008. P. 18].
A música é
importante tanto diante de Deus quanto do homem, porque expressa os sentimentos
mais profundos da alma e do espírito do crente. O que não pode ser transmitido
aos ouvintes em palavras, talvez o seja através dos hinos (com ou sem
acompanhamento musical). Em outras palavras, há “gemidos inexprimíveis” que se
tornam conhecidos através dos hinos. Coisas que a mera linguagem não pode
expressar são trazidas à tona pela música.
Não quero
sugerir que “os sentimentos” sejam a coisa principal. De fato, não há dúvida de
que outras palavras possam ser usadas de maneira melhor. Podemos dizer que a
música reflete o conteúdo da
nossa alma. Podemos dizer que música revela o caráter do homem interior e a
paixão do seu espírito. A música expressa a nova natureza dada a nós por Deus
na regeneração. Somos novas criaturas em Cristo (2ª Co 5.17); trazidas para o
reino de Deus como recém-nascidos (1ª Pe 2.2); recebemos novidade de vida (Rm
6.4); vivemos de acordo com um novo mandamento (1ª Jo 2.8); um dia seremos
introduzidos num novo céu e nova terra (Ap 21.1). É então supernatural que
cantemos uma nova canção! “Cantai ao Senhor um cântico novo” (Sl 96.1). Isto não
significa “novo no sentido de ser escrito agora”. Não significa que o que
cantamos é uma música que acabou de ser composta, mas que cantamos hinos os
quais refletem nossa nova natureza.
II.
A MÚSICA É DIVINAL
Onde estavas tu, quando eu
fundava a terra? Faze-me saber, se tens inteligência. Quem lhe pós as medidas,
se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas
as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina, Quando as estrelas da
alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam? (Jó
38.4-7).
As palavras de Deus no
livro de Jó versam totalmente sobre o mundo natural, a criação e a natureza. Deus
descreve o enigma e a complexidade do universo, e revela que seu método de
governar o mundo ultrapassa em muito a nossa capacidade de entender. Deus
queria que Jó soubesse que a sua atividade no âmbito da natureza é análoga ao
seu governo na esfera moral e espiritual do universo, e que nesta vida o homem
não terá uma compreensão total dos desígnios de Deus.
“Quando as estrelas
juntas…”. Entendemos que a música tem sua origem divinal, vinda dos céus e
criada por Deus. Mesmo antes da criação a música já existia. Quando
pronunciamos uma palavra, cada sílaba está em uma nota musical, sendo assim
caracterizado o nosso falar em um emaranhado de notas musicais que tem valores
de um tempo, dois tempos ou mesmo parte de tempos de uma nota musical, etc.
Quando Deus criou os céus e a terra Ele disse; (Gn 1.3) “Haja luz...”, ao
pronunciar as sílabas “há-já”, cada uma estava em uma nota
musical. Coube ao homem descobrir os valores e os tempos das notas musicais e
assim formar uma melodia caracterizando assim uma música.
III.
A INSPIRAÇÃO DA MÚSICA
1. Inspiração Divina.
A música tem origem divina. Deus a criou. Quando exatamente, não
importa. O que é que só um ser como Deus poderia criar algo tão fascinante, tão
evidente e ao mesmo tempo tão imaterial e misterioso. Quando ela se pronuncia,
nos toca e, conforme apresenta o modo da sua tonalidade, muda nosso sentimento,
nos eleva os devaneios mais belos e causando-nos também contrição. Sem dúvida
ela altera nossos sentimentos, atingindo o centro de nossas emoções.
Quando o crente se dispõe
a louvar ao Senhor com sua alma e coração, deve primeiramente pedir ajuda a
Deus para que seu louvor seja divino e puro, por isso escreveu o salmista
dizendo: “Abre Senhor, os meus lábios e a minha boca entoará o teu louvor” (Sl
51.l5). A Bíblia diz que: “quatro mil serão porteiros e quatro mil deverão
louvar ao Senhor com os instrumentos que eu (Davi) fiz para o louvor” (1º Cr
23.5). Isto nos prova que homens como Davi e outros da Bíblia sagrada,
receberam inspiração de Deus para escreverem lindas poesias e músicas, bem como
para inventarem instrumentos musicais.
2. Inspiração
Humana.
Podemos como ser humano,
compor poemas, cânticos e melodias puros e lindos ao mesmo tempo. Quando o
homem ungido pelo Espírito Santo compõe e executa música somada inspiração
divina e inspiração humana, rompe-se as barreiras imposta pelo inimigo, e Deus
opera de maneira maravilhosa.
3. Inspiração
Satânica
A Palavra de Deus nos
relata que Lúcifer, o príncipe das trevas estava muito familiarizado com a
música: “Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te
cobrias: o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira,
o carbúnculo e a esmeralda; de ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos;
no dia em que foste criado, foram eles preparados” (Ez 28.13).
Lúcifer pode atrair para
si muitos adeptos utilizando-se de algo que ele conhece muito bem, podendo se
constituir na fonte de inspiração de grande parte das músicas que estão sendo
tocadas no mundo atualmente. Lúcifer sabe como conquistar gerações inteiras
através da música.
Sabemos que ao ser lançado
fora da presença de Deus, Satanás desceu com toda a sua bagagem musical, e se
utiliza destas para as seguintes finalidades:
1
Promover a Imoralidade (Êx 32.17-25).
2
Levar as Pessoas à Rebelião (2º Sm l5.10).
3
Levar as Pessoas à Feitiçaria (Ap 18.22-23).
IV.
MÚSICA ESPIRITUAL (SANTA) LIMPA
“E sucedia que, quando o
espírito mau da parte de Deus vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa, e a tocava
com a sua mão; então Saul sentia alívio, e se achava melhor, e o espírito mau se
retirava dele” (1º Sm 16.23).
O Espírito Santo operava em Davi, mas o demônio não saía quando aquele
jovem entrava no recinto de Saul. Entretanto, ele não resistia quando o
instrumento era tocado. Davi não dava atenção ao demônio nem dialogava com ele,
mas louvava ao Senhor com pureza de coração. Música espiritual (portanto
santa) traz paz interior ao homem
“Dai ao SENHOR, ó filhos
dos poderosos, dai ao SENHOR glória e força. Dai ao SENHOR a glória devida ao
seu nome, adorai o SENHOR na beleza da santidade (Sl 29.1-2).
A música comunica poder ou
unção espiritual e comunica mensagens. O crente executa a música com a alma.
Por isso a definição de música é a expressão da nossa alma. As pessoas também
escutam a música com o coração, pois se trata de uma força espiritual. Quando
ouvimos um sermão, centenas de palavras são ditas. A música não é construída
dessa forma, mas é capaz de pegar uma palavra e desenvolver um som para que,
quando a ouvimos, os resultados possam ser muito mais poderosos do que quando é
simplesmente dita.
A definição de beleza é
a:... SANTIDADE
A música sem
espiritualidade é uma música com e sem efeito. Para que a música seja
espiritual, o músico precisa ter uma vida de santidade que é a separação do
mundo, para Deus. As músicas (e as vidas) que agradam a Deus têm que ser
SANTAS!
E não vos embriagueis com
vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito; Falando entre vós em
salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no
vosso coração (Ef 5.18-19).
O apóstolo Paulo aos
crentes em Colossos: “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo;
instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus,
com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração”
(Cl 3.16).
A palavra de Cristo habite
em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns
aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com
graça em vosso coração (Cl 3.16).
Pr, Elias Ribas
Igreja Assembléia de Deis
Blumenau - SC
Gostaria de agradecer por essa explicação, mudou muito minha forma de pensar e agir, que essa sabedoria que me foi passada por esse estudo possa alcançar o coração de todos que ler essa explicação também.DEUS ABENÇOE A TODOS
ResponderExcluirGostaria de agradecer por essa explicação, mudou muito minha forma de pensar e agir, que essa sabedoria que me foi passada por esse estudo possa alcançar o coração de todos que ler essa explicação também.DEUS ABENÇOE A TODOS
ResponderExcluirGostaria de agradecer por essa explicação, mudou muito minha forma de pensar e agir, que essa sabedoria que me foi passada por esse estudo possa alcançar o coração de todos que ler essa explicação também.DEUS ABENÇOE A TODOS
ResponderExcluirGostaria de agradecer por essa explicação, mudou muito minha forma de pensar e agir, que essa sabedoria que me foi passada por esse estudo possa alcançar o coração de todos que ler essa explicação também.DEUS ABENÇOE A TODOS
ResponderExcluirAmei
ResponderExcluirCoisa linda
ResponderExcluirMuito boa explicação estudo excelente
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