TEOLOGIA EM FOCO

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

AS DUAS BESTAS DO APOCALIPSE 13

 


A relação entre Apocalipse 12 e Apocalipse 13 é estreita e fica ainda mais clara na palavra “dragão”. Satanás surge como dragão e é figura chave nos dois capítulos. No 12, ele persegue a mulher, no 13 seus líderes são revelados.

“O Apocalipse 13, deixa claro que há dois reinos espirituais na Terra, o reino das trevas governado por Satanás e o reino da luz governado por Cristo Jesus. Eles são incompatíveis um em relação ao outo, de tal forma que o mundo vive em guerra espiritual. Jesus falou que existem apenas duas portas: “Uma porta é larga e espaçosa que conduz a condenação eterna e a outra estreita e apertado o caminho, mas, conduz a vida eterna.” (Mt 7.13,14). Mas para você seguir por esse caminho basta recusar o outro. No evangelho de João, Jesus nos mostra o caminha que conduz a vida, quando Ele declara dizendo “Eu sou a porta das ovelhas.” (Jo 10.7). “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Jo 14.6). A fidelidade dos seguidores de Cristo em resistir à tirania de Satanás será reconhecida e recompensada no Céu. A decisão de cada pessoa determinará o seu destino eterno.

Neste capítulo João tem a revelação de duas bestas. A besta que emerge do mar e a besta que emerge da terra. A primeira besta representa um poder político e a segunda besta, um poder religioso. Elas são aliadas do dragão, Satanás, porém, elas têm características completamente diferentes. As duas bestas serão duas pessoas que agirão como a personificação do mal durante a Grande Tribulação. Eles aparecem sendo lançados “vivos” no lago de fogo, o que indica tratar-se de pessoas: “E a besta foi presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre.” (Ap 19.20).

Um dos sinais da volta de Jesus é a operação do Anticristo no mundo. O seu governo será mundial e de acordo com o apóstolo João, o espírito dele já está atuando no mundo (1ª Jo 4.3).

I. A DIFERENÇA ENTRE O DRAGÃO E A BESTA QUE EMERGE DO MAR 

1. A diferença entre Satanás e o Anticristo.

“Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre os chifres, dez diademas e, sobre as cabeças, nomes de blasfêmia.” (Ap 13.1).

No capítulo 12 e verso 3 de Apocalipse, João viu Satanás o grande dragão vermelho (Pai), que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas, mas no capítulo 13 e verso 1, o apóstolo vê uma besta (Anticristo) com sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres, dez diademas. Vamos analisar uma diferença entre Satanás (o pai) e o Anticristo (o filho). Note que ambos tinham sete cabeças e dez chifres, a diferença é que Satanás tem “sete” diademas sobre a cabeça e o Anticristo tem “dez” diademas sobre os seus chifres. Deste modo, os diademas do dragão eram sete, e os da besta eram dez.

O dragão tem diademas sobre as sete cabeças. A besta tem diademas sobre os chifres, que serão identificados como reis que reinariam com a besta por pouco tempo (17.12).

Bíblia ensina que Deus, sendo um só, é Pai, Filho e Espírito Santo (Jo 14.16, 26; Lc 3.22; Mt 28.19; 2ª Co 13.14; 1ª Jo 5.7). A Bíblia nos mostra no livro de Apocalipse que O dragão reunira uma falsa trindade e por isso ele enviara um falso messias o Anticristo como salvador e redentor da humanidade e uma imitação do Espírito Santo representado pelo falso profeta. 

João vê a besta em detalhes, ela tem:

10 chifres. Os chifres sempre são símbolos do poder terreno. Significa que esta besta tem poder na terra. Em Apocalipse 17.12, os dez chifres representam os dez reis que irão entregar o governo para a o Anticristo no tempo de fim. Estes dez reis ou governos mundiais estarão unidos para oferecerem suporte, poder e autoridade ao governo da besta.

7 cabeças. Isto pode ser uma alusão aos sete reinos ou sete impérios, seis já passaram, mas o sétimo será o império Romano ressurgido. Sete também simbolizam os sete montes que também prefiguram impérios e reis (Ap 17.9).

10 diademas. Os diademas indicam que a besta é investida de autoridade pelo dragão (cf. Ap 13.4). Porém, o dragão tem sete diademas, ou seja, os sete reinos passados e um ainda futuro que ele exerce toda a autoridade, mas a besta tem dez diademas, uma para cada chifre, portanto, ele terá autoridade máxima durante seu governo. São os reis da terra que usam diademas e ainda sobre as dez cabeças os nomes blasfemos, dos reis em cada uma delas. 

2. Quem será o Anticristo. A Bíblia não descreve quem será o Anticristo. Mas, o profeta Daniel ao falar do dele diz: “E não terá respeito aos deuses de seus pais...” (Dn 11.36-39). Esta profecia se cumpriu em partes na vida do Imperador Epifânio um tipo de Anticristo, mas ao dizer “de seus pais...”, Daniel descreve a nacionalidade do Anticristo, isto é, ele será um judeu apóstata, verdadeiro ateísta, que não respeitará o Deus de seus pais (referindo-se ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó, e contra o Senhor falará coisas espantosas). É muito importante sabermos que besta nunca poderia apresentar-se como Messias, ainda que falso, se não fosse um judeu; porque, de outro modo não seria aceito por Israel.

II. A BESTA QUE SOBE DO MAR

No livro do Apocalipse são descritos três símbolos caracterizados como besta de sete cabeças: o dragão vermelho (Ap 12.3), a besta semelhante que se levanta do mar (Ap 13.1) e a besta que se levanta da terra (Ap 13.11). Os elementos visuais e anatômicos desses monstros apocalípticos são os recursos de uma linguagem metafórica empregada na descrição de conflitos de natureza cultural, política e religiosa.

O mar nas Escrituras representa as nações e seus governos (Ap 17.5). Dentre vários exemplos podemos citar uma passagem do Profeta Isaías, onde o rumor dos povos é comparado ao rumor do mar, e a agitação das nações ao movimento das águas (Is 57.20).

A palavra besta no grego theríon e significa animal selvagem. Esta palavra foi utilizada no mundo antigo para falar de animais perigosos ou criaturas terríveis e sobrenaturais. Mas é utilizada também para falar de pessoas com atitudes bestiais. Isto serve para mostrar a natureza animalesca, violenta e altiva destas duas bestas, que agirão de forma implacável e sombria durante a Grande Tribulação.

Em sua visão, o Apóstolo vê uma besta que se levanta mar. “O texto grego favorece a versão: “E ele se pôs em pé …’; a ideia é que o dragão, o qual acabou de ser apresentado pelejando contra o remanescente, ficou em pé na praia, esperando que surgisse essa nova besta que ele investiria de seu poder e autoridade (v. 2). Satanás é apenas um espírito, ele necessita de um corpo humano para fazer um médium. Ele só pode executar todo mal através de um raciocino humano.

Após o arrebatamento da Igreja, o mundo entrará em desespero, num verdadeiro caos. O pequeno chifre de Daniel (Dn 7.8), o homem de desolação citado por Jesus (Mt 24.15), o homem da iniquidade citado por Paulo (2ª Ts 2.3), o Anticristo citado por João (1ª Jo 2.18), e a besta que emerge do mar são a mesma pessoa.

A besta descrita pelo apóstolo João inspira-se na fera ilustrada no capitulo 7 de Daniel. Eis que surge do mar (dentre as nações: Is 17.1-13; Ap 17.15).

Na visão de Daniel capítulo 7, ele vê quatro animais que fazem alusões aos quatro impérios mundiais que já passaram ao longo da história. Aqui no Apocalipse, a mensagem é a mesma, de maneira que ela não simboliza apenas um único império ou governo, mas representa todos os governos anticristãos que já existiram.

A besta que emerge do mar é o último grande governo mundial da história e consiste em dez reinos sob o controle do Anticristo. No sonho de Nabucodonosor revelado ao profeta Daniel no capítulo 2 e verso 41 e 42, ele vê uma estátua com os dez dedos dos pés, mas no capítulo 7 e verso 7 e 20, Daniel vê um terrível animal com dez chifres, porém aqui o profeta João vê uma besta com dez diademas sobre os chifres. Nas revelações de Daniel e aqui no apocalipse, os números dez também representa dez reinos ou dez reis. Mas as sete cabeças são sete impérios passada da história mundial, mas o texto de Apocalipse 17.9, sugere montes onde a segunda besta estará assentada (Ap 17.9).

A besta será apoiada por todas as nações em troca de promessas fabulosas de “paz e segurança”. Visto naturalmente, esse reino oferece paz, mas na realidade, será um reino brutal, animal, evidenciando o espírito de uma fera (besta).

A Besta que surge do mar refere-se ao Império do Anticristo; ele é assim chamado por duas razões: opõe a Cristo no sentido de resistir e hostilizar, mas também se chama assim porque imitará a Cristo no seu papel de redentor. 

1. No sentido figurado como será esta besta? “E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés, como os de urso, e a sua boca, como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio.” (V. 2).

No capítulo 7, Daniel ele vê quatro terríveis animais na sua revelação (leão, urso e leopardo e o quarto animal que era terrível, espantoso e muito forte). O profeta acentua que esse quarto animal será muito mais terrível de todos os animais que apareceram antes dele (Dn 7.7). Aqui no Apocalipse, ela possui dez chifres, cobertos de diademas, distribuídos em sete cabeças, as quais estão escritos nomes de blasfêmia. Portanto, o

império da besta neste capítulo, será o surgimento de todos os animais juntos da profecia de Daniel.

O leopardo fala de rapidez do Império Grego; o urso representa a forma feroz do Império Medo-Persa e o leão de soberba, a força e a rapidez do Império Babilônico, mas o quarto animal ele o chamou de besta. Certamente isso significa a rapidez, a força e a soberba desse monstro dos últimos tempos. Aboca de leão fala da autoridade que ele irá receber de Satanás para guerrear contra os santos na Grande Tribulação. Daniel diz que este animal era espantoso, terrível e muito violento, ou seja, o Império Romano que está surgindo, terá todas as características animalescas de todos os seus percussores. Portanto, esta besta será uma pessoa cruel como uma fera, que conseguirá o governo político e religioso do mundo naqueles dias. O Anticristo afirmará ser o Messias verdadeiro (Mt 24.24) e receberá o trono e autoridade de Satanás para governar o mundo: “E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade” (v. 2).

Esta besta, sendo o último representante dos poderes gentílicos do mundo (como a grande imagem em seu aspecto final (Dn 2.40-43). Ela será o último império mundial no tempo do fim, agora revivificada e restaurada no poder de Satanás, que levantará a sua força contra o Rei dos reis e encontrará sua ruína nas mãos d’Ele, depois que o Senhor e os seus santos descerem para reinar sobre a terra.

A besta não é somente uma pessoa, mas ao mesmo também um reino, um sistema. Trata-se ao mesmo tempo de um reino como também de um líder mundial. Tanto Daniel com João, mostram o Novo Império Romano constituído a partir de dez unidades (Dn 7.24). Os dez chifres que Daniel e João virão na besta são dez reis (governantes) que entregarão o governo mundial ao Anticristo e unidos governarão com ele. A Bíblia fala de um governo mundial e absolutamente. Observe as seguintes passagens de Apocalipse: Vi um animal saindo do mar...”. “O mundo inteiro ficou surpreso e seguiu o animal...”. E ele recebeu autoridade sobre toda tribo, povo, idioma e nação (Apocalipse 13.1, 3, 7).

e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio.” O Anticristo ao levantar será revestido de todo poder satânico, pois Satanás lhe dará tudo aquilo que quis dar ao Filho de Deus, quando tento Jesus no deserto. “Tudo isso lhe darei se prostrado me adorares” (Mt 4.9). 

2. Será ferida de morte. “E vi uma de suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta” (v. 3).

Da mesma maneira o milagre divino da ressureição do Filho ao terceiro dia pelo poder do Espírito Santo (Rm 8.11), Satanás fará o mesmo com o seu filho Anticristo. Ao ser golpeado de morte, ressuscitará pelo poder do Dragão. No grego está escrito “como morto”, Então esta claro que se trata de uma imitação do Cordeiro que foi morto.

Satanás deu-lhe poder para fazer prodígios. 2ª Tessalonicenses 2 afirma que Deus permitirá que brote no mundo descrente a “operação do erro”. Parecerá ao mundo que o Anticristo foi mortalmente ferido e depois revivificado pelo poder miraculoso de Satanás (2ª Ts 2.9; Ap 17.8). Nesta época Deus permitirá a Satanás, imitar o poder de Cristo, podendo ser este seu principal meio de enganar a raça humana, pois o seu objetivo principal é enganar os homens. “E o mundo irá maravilhar-se com isto e irá adorar a besta: “e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta.” (V. 3b). 

3. O Dragão é adorado pelos homens. “E adoraram o dragão que deu à besta o seu poder; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela?” (V. 4).

A expressão “maravilhou-se” no verso 3, fala não somente de maravilhar-se no sentido de aplausos e louvores, mas de adoração e endeusamento completos que renderão á besta e ao dragão, a qual será adorada universalmente, como acontecia aos antigos reis, que se julgavam ser os deuses supremos de toda a terra. Eles não estão apenas maravilhados com ele, mas, eles realmente o adoram como deus e também adoram a besta.

Adoram o Dragão porque deu autoridade a besta. Com isso Satanás alcançou seu objetivo, excluir toda adoração devida a Cristo. O Dragão e o Anticristo serão um, pois neste aspecto manifesta-se o motivo da imitação, pois Jesus afirmou: “Que me vê a mim, vê o Pai” (Jo 14.9); “Eu e o Pai somos um.” (Jo 10.30). Por isso, eles adorarão tanto o Anticristo quanto o Dragão; a falsa adoração entrou na igreja cristã depois do século II, quando foram introduzindo culto a ídolos, imagens, anjos e santos venerados.

João descreve um falso sistema de adoração que procura tomar o lugar da verdadeira adoração a Deus. Às vezes, a adoração não é o que parece: os adoradores podem ser enganados, Satanás é sútil, ele trabalha para perverter adoração devida somente a único Deus.

O apóstolo Paulo, ao falar da idolatria aos coríntios, diz o seguinte: “…o ídolo nada é no mundo, e que não há outro Deus, senão um só. Porque, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu, quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores), todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele.” (1ª Co 4.6). Tenha cuidado e faça uma reflexão; a quem você está adorando!

O falso milagre levará o mundo a adorá-lo. A religião do Anticristo ensina a divinização do ser humano ao invés da verdade, que somos pecadores e precisamos de salvação e que em Cristo Deus se tornou homem (Jo 1.14). O Anticristo propaga a mentira de que, nele mesmo a humanidade é parte de Deus (2ª Ts 2.4). Atualmente a Nova Era já enfatiza claramente a doutrina do Anticristo, sem dúvida preparando as massas para a aceitação posterior e final desta doutrina.

O Anticristo se levantará contra Deus e todos os que se chamam pelo seu nome e ele se assentará como um deus (2ª Ts 2.4). O Anticristo se apresentará como se fosse deus com poder sobrenatural demoníaco (2ª Ts 2.9). Ela é um objeto de adoração mundial e também de adoração individual. O povo terá de escolher entre a nova, religião unifica que o Anticristo implantará, ou crer em Jesus e permanecer fiel. Quem não aceitar o plano do Anticristo e sua marca será morto (Ap 20.4). 

4. Blasfemará contra Deus. “Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade para agir quarenta e dois meses e abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no céu” (vs. 5-6).

Daniel estava considerando as pontas do quarto animal, em sua visão, quando viu a saliência da “ponta pequena” sobre as outras pontas “que possuía uma boca que falava grandiosamente” (Dn 7.8).

João contempla o cumprimento desta visão na integra: a Besta (a ponta pequena), arrogante no poder que lhe foi dado, insurge-se com blasfema contra o Todo poderoso e Sua obra. Ela, em que sua grande campanha, blasfemará com todo o ardor satânico, com vingança e ódio contra Deus, contra seu nome, contra o Tabernáculo e contra os que habitam no céu.

Nas ações iníquas, praticadas pela besta, notam-se as expressões: “foi lhe dada uma boca”; “deu-lhe poder”; “foi permitido fazer guerra aos santos”; “deu-se lhe poder sobre toda tribo, língua e nação”. Mas ele só pode ir até onde Deus permite. Deus não quer que o mundo pereça na obstinação em que tem vivido (Ez 18.23; 1ª Tm 2.4), porém, o homem tem resistido a todos os rogos de Deus em seu favor (Pv 23.26; Is 1.18; Mt 11.28); por isso Deus vai permitir a toda humanidade tragar o amargo fruto da sua rebeldia e desobediência. Hoje a porta da graça está aberta, mas em breve ela será fechada (Mt 25).

A besta terá inigualável habilidade de influenciar as massas humanas, pelos seus discursos inflamados. Com os modernos meios de comunicação, alcançará o mundo todo com sua demagogia saturada de poder maligno.

Os seguidores de Cristo, (os que ficaram na Grande Tribulação) que rejeitam essa falsa adoração serão perseguidos por quarenta e dois meses ou 1.260 dias proféticos. Esse será o tempo determinado para atacar os santos, de acordo com a profecia em Daniel 7.25. Ela recebeu toda a medida de poder depois de matar as duas testemunhas (Ap 11.7) ao final dos três anos e meio do ministério delas (v. 3). Os dois números sucessivos somam sete anos, o período total da tribulação. 

5. Perseguirá os santos. “E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos e vencê-los” (v. 7).

Quem são esses santos. Trata-se de inúmeras pessoas que não subiram no arrebatamento e também os remanescentes de Israel. O Anticristo não só blasfema contra o Criador, mas agora persegue com muito ódio os santos. Satanás concede seu poder ao Anticristo para combater contra Deus e seu povo.

A Grande Tribulação é esse período de angustia sem igual que envolve o mundo todo, mas é, especialmente, o tempo de angustia para Jacó (Jr 30.7), tendo por centro Jerusalém e a Terra Santa. Nessa oportunidade, a besta estará furiosa, lutando contra os santos, subjugando os seus súditos e desafiando o próprio Céu (v. 6; Dn 7.25).

Eles não adoram a besta, mas, por serem imponentes diante de todo aquele poderio infernal, não a puderam vencer: foram levados cativos a morte, mas triunfaram na fé e perseveram na confiança do Seu Deus. Os tais santos mortos pela besta são os mártires da Grande Tribulação (Ap 6.9-11; 20.4). O segredo da vitória sobre o poder da besta é dado em Apocalipse 22.11. 

6. Escritos livro da vida. “E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.” (V. 8).

Os adoradores do Dragão e da besta, são todos os que rejeitaram a Cristo com salvador (Jo 14.6) e viveram uma vida de pecado (Gl 5.19-21; Ap 22.15; 1ª Co 6.9-10). Porém, os nomes de todos aqueles que uma vez se entregaram a Jesus como único suficiente salvador (Jo 3.16-19; Ap 3.20; Mc 16.16; Ro 10.9-13; Pv 28.13), estão escritos no livro da vida. O apóstolo Pedro declara que o sacrifício do Cordeiro imaculado já estava destinado desde antes da fundação do mundo (1ª Pd 1.18-20) e “pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus.” (Ef 2.8). A salvação é uma decisão pessoal que cada pessoa deve tomar. Vida eterna com Deus ou condenação eterna sem Deus. Em Romanos 9.18 o apóstolo Paulo escreve, “Logo, pois, compadece-se de quem quer e endurece a quem quer.” A misericórdia e a bondade de Deus é o que desperta um indivíduo e o leva ao arrependimento. A única razão pela qual isso é possível é porque Jesus pagou o sacrifício final por todo pecador quando morreu na cruz. Portanto, a escolha é sua. 

III. A BESTA QUE SUBIU DA TERRA 

1. A segunda besta - o Falso Profeta. “E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão.” (V. 11). 

A primeira besta subiu do mar (nações v. 1), o que lembra a agitação e o estado de perturbação e instabilidade dos povos em seus governos políticos (Dn 7.2). A segunda besta subiu da terra. A palavra terra no hebraico erets e também denota um país (Gn 21.32); o chão sobre o qual um homem está (Gn 33.3); os habitantes da terra (Gn 6.1; 11.1); todo o mundo, exceto Israel (2ª Cr 13.9). Terra neste texto nos mostra que a segunda besta também sairá dentre as nações. Se a primeira besta é conhecida pela sua força e seu poder político, a segunda é conhecida pelos milagres que realiza e o poder sobrenatural que demonstra. 

2. O que significa Falso Profeta. A palavra profeta no hebraico é Navi e no grego Profhetes e significa: porta voz; aquele que fala por alguém; atalaia. O Falso Profeta no grego. Pseudoprophetes é aquele que agindo como um profeta divinamente inspirado declara falsidades como se fossem profecias divinas.

“A segunda besta sai da terra (Falso Profeta), é aliada a besta que sai do mar e ao Dragão formando a trindade satânica. O falso profeta se apresentará a humanidade como um porta voz de Deus, mas na realidade será um enganador.

O Dragão entrega sua autoridade ao Anticristo assim esta primeira besta reparte seu poder ao Falso Profeta. A atividade do Falso Profeta tem o alvo de levar os homens a adorar o Anticristo (comparar o Espírito Santo que glorifica a Cristo, Jo 6.14 com Ap 13.12), recebe poder sobrenatural para operar milagres e enganar a população pagã do mundo (Ap 13.13,14)”. [Escatologia do Novo Testamento Russel P. Shedd]. 

3. O Falso Profeta será um super líder religioso. “E tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro”. Os dois chifres é símbolo de poder em qualquer sentido, tanto político como religioso, pois no verso 12 diz que ela exerce a autoridade da primeira besta e compele todos à adoração da primeira besta “Parecendo cordeiro”, mas falava como dragão.

A segunda besta também chamado de Falso Profeta (Ap 19.20), simboliza a falsa religião ao longo dos anos. Ela é descrita como cordeiro, chamativo e aparentemente inocente, o que indica o seu caráter religioso, que é confirmado pelo seu título “falso profeta”. Ele será um falso líder religioso que conquistará as nações, com seus discursos inflamados atrairá a atenção dos homens, mas ela esconde um dragão por dentro.

Pelos versículos 12 e 15 vê-se que o falso profeta promoverá uma religião universal em torno da primeira besta. A falsa igreja que podemos chamar de igreja ecumênica, será a unificação de todas as religiões, desde que creiam em Deus. Sabemos que há um movimento muito grande em prol do ecumenismo, pois o palco para seus autores já está sendo montado.

Não é difícil pela luz da Bíblia identificar o falso profeta. Se analisar as igrejas em geral veremos uma que sempre buscou o poder e se coloca como única “igreja” verdadeira. Para sermos bem claro, há algumas “arrogâncias” certos líderes que para Deus são blasfêmias. Por exemplo: sua pretensão de perdoar pecados. Depois da ascensão de nosso Senhor Jesus Cristo, o apóstolo Pedro deixou bem claro que ele (Pedro) não tinha poder para perdoar pecados, que esta é atribuição de Deus (At 8.20-13). Evidentemente ele conhecia o princípio bíblico de que só Deus tem poder de perdoar pecados e que, quem pretende fazê-lo, blasfema (Mc 2.7). Proclama ser cabeça da igreja, usurpando assim a função de Cristo, que é o cabeça do corpo da Igreja (Ef 5.23). Também aceita homenagens que na Bíblia Sagrada são um ato de adoração que corresponde só a Deus. Referimo-nos à prática de ajoelhar-se diante de seus líderes. O apóstolo Pedro proibiu a Cornélio que o fizesse por considerar-se (Pedro) um mero ser humano (Atos 10.25-26). Note que o anjo de Deus, apesar de ser superior a um apóstolo, proibiu a João que se ajoelhasse diante dele, explicando-lhe que isso era um ato de adoração que só corresponde praticar perante Deus (Ap 19.10; 22.8-9). Agora entendemos melhor o que quis dizer o apóstolo Paulo quando escreveu na sua carta que “o homem da iniquidade, o filho da perdição, a ponto de sentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus” (2ª Ts 2.3-4). 

“...falava como dragão”. O povo de Israel esperava um messias de atitude forte e agressiva e com uma completa liderança para reinar. Eles queriam que Jesus expulsasse os romanos da Palestina e se constituísse rei de Israel. E assim Israel esperava um reino material e poderoso. Foi a maior decepção para eles e seus líderes: Jesus só falava de coisas espirituais, e de um reino espiritual e santo, que seria formado com base no sacrifício d’Ele próprio. Isto porque não podiam compreender o plano de Deus para a salvação de toda a humanidade.

A maneira que o Anticristo e o falso profeta se imporão ao povo de Israel, fazendo ouvir a voz do dragão, revela a sua grande astúcia. Satanás sabe inteiramente, o porquê da rejeição de Jesus e assim inspira o seu representante junto a Israel, para preencher todas as medidas exigidas pela nação. Eis porque lhe será fácil a conquista dos judeus; mas, o verdadeiro Israel, os assinalados, serão libertos dos ardis satânicos. 

4. O falso profeta operar sinais e maravilha. “E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada. E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens. 14- E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta, dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida de espada e vivia.” (V. 12-14).

“Será um milagreiro. “E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença” (v. 12b). Aqui fica demonstrada a aliança entre o Anticristo e o falso profeta, pela ação dos milagres que opera. Para os judeus o falso milagre operado pelo falso profeta será considerado um milagre da parte de Deus.

O Falso Profeta, esse líder religioso obterá poder satânico, e irá convencer as pessoas através de sinais, milagres e prodígios mentirosos. Paulo diz que o Falso Profeta irá fazer fogo cair do céu: “a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira, e com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor de verdade para se salvarem” (2ª Ts 2.9-10).

“até fogo faz descer do céu à terra”. Este é o mesmo milagre que as duas testemunhas realizam, e que Elias realizou no monte Carmelo. Esta besta será um imitador do verdadeiro, porque ele irá realizar milagres pelo espírito demoníaco, assim como os dos magos egípcios. O Falso Profeta usará o poder satânico para manipular as pessoas, chamando a atenção para si e assim promover os planos malignos e muitos serão enganados.

Embora não passe de um embuste, seus milagres e prodígios serão de tal forma grandiosos que até fogo fará descer do céu (2ª Ts 2.9; Ap 13.13). O apóstolo Paulo chama seus milagres de mentirosos. Ele realizará dois grandes sinais. O primeiro será uma falsa ressurreição: fará com que o Anticristo, dado como morto num possível atentado, volte à vida (Ap 13.3). Diante do acontecido, a humanidade exclamará: “Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela?” (Ap 13.4). 

5. Governo ditatorial. “E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta.” (V. 15).

A segunda besta liderará uma falsa igreja que adorará o Anticristo e tem sua marca. Isso será efetuado mediante grandes sinais e maravilhas (2ª Ts 2.9).

Se o primeiro sinal causou admiração e espanto, o que não diremos do segundo? Ele ordenará aos que habitam na terra que ergam uma imagem à besta que sobrevivera à ferida mortal e coloquem no novo templo de Jerusalém. Em seguida, dará vida à estátua, que se porá a falar (Ap 13.14,15).

O Senhor Jesus profetizou isso no Seu evangelho: “Quando, pois, virdes que a abominação da desolação de que falou o profeta Daniel, estiver no lugar Santo quem lê que entenda” (Mt 24.15). E concernente a isto Daniel diz assim: “Ele firmará um concerto com muitos por uma semana, e na metade da semana fará cessar os sacrifícios e as ofertas de manjares, e sob a asa das abominações virá o assolador” (Dn 9.27).

Em Mateus 24.15, Jesus estava falando uns 200 anos depois que a abominação da desolação descrita pelo profeta Daniel. Então, Jesus estava profetizando que em algum tempo futuro uma outra abominação da desolação iria acontecer no Templo de Jerusalém. A maioria dos intérpretes das profecias bíblicas acreditam que Jesus estava se referindo ao Anticristo, que vai fazer algo muito parecido ao que Antióquio Epifanes fez. Isso é confirmado pelo fato de que parte do que Daniel profetizou em Daniel 9.27 não ocorreu em 167 A.C., com Antióquio Epifanes. Antióquio não confirmou uma aliança com Israel por sete anos, nem Nero ou outro Imperador Romano, pois nesse tempo a nação de Israel estava sem pátria e espalhada pelo mundo. Todavia, é o Anticristo que, no final dos tempos, vai estabelecer uma aliança com Israel por sete anos e então será quebrada ao fazer algo parecido com a abominação da desolação no Templo de Jerusalém.

Esse “sinal”, visível, relaciona-se primeiramente com a profanação do templo judaico daqueles dias em Jerusalém, pelo Anticristo. Ele, também chamado o homem do pecado, colocará uma imagem dele mesmo no templo de Deus, declarando ser ele mesmo Deus (2ª Ts 2.3,4; Ap 13.14,15).

Os antigos imperadores exigiam a adoração de seus súditos e consideravam-se deuses. Os magos e falsos profetas mantinham esta adoração supersticiosa aos imperadores (conf. At 13.6-12; 2ª Tm 3.8), erigiam suas imagens, colocando-as nos templos de seus deuses para serem adorados. Assim procederá a segunda besta, exercendo a sua função de falso profeta. E por fim, será lançado um decreto ordenando a morte de todos que recusarem a adorar o governo mundial e sua imagem. Noutras palavras, muitos que resistirem ao Anticristo e permanecerem fiéis a Jesus, selarão sua fé com suas vidas.

Todos os cristãos que desejam ficar fiéis a Jesus nesse Tempo do Fim, e que estiverem vivendo todos os eventos anunciados profeticamente em Apocalipse 13.11 a 18, passarão por severas perseguições e provas de até onde vai sua declarada fé em Jesus. É preciso que cada crente em Jesus se deixe guiar pelo Espírito Santo, cumprindo a profecia de Apocalipse 14.12. 

6. A marca da besta. “E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na mão direita ou na testa, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome. Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, porque é número de homem e o seu número é seiscentos e sessenta e seis.” (Vs. 16-18).

O trabalho do Falso Profeta vai se desenvolvendo sorrateiramente. Primeiro ele realiza grandes proezas e milagres. Em seguida ele ordena que as pessoas adorem a imagem da besta que subiu do mar. E por fim, ordena que todos recebam a marca da besta sobre a mão direita ou na fronte, como sinal de lealdade e qualquer um que não adorar a primeira besta será morto.

Hoje já está sendo instalado sorrateiramente um sistema ditatorial sobre as nações, mas nada se compara com o que está por vir. Naquele dia esse poder será totalitário, ditatorial e brutal onde ricos e pobres livre os servo serão obrigados a receberem a marca da besta.

Após a pandemia do Corona Vírus e a guerra da Ucrânia, o caos econômico, o terrorismo e a violência estão levando o mundo para um caos, assim contribuindo para um governo único e uma só religião. Uma sociedade sem dinheiro, onde instituições financeiras interligadas, os governantes controlarão toda a humanidade através da tecnologia por um curto período de tempo chamado “A Grande Tribulação”.

O Anticristo terá o total controle econômico do mundo. Todo o mundo será obrigado a adorá-lo e receber um sinal na mão ou na testa, a fim de poder comprar ou vender, identificando, assim, os adeptos dessa religião mundial do Anticristo. Quem se recusar a aceitar o sinal será procurado e morto: “E vi tronos; e assentaram-se sobre eles aqueles a quem foi dado o poder de julgar. E vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal na testa nem na sua mão; e viveram e reinaram com Cristo por mil anos” (Ap 20.4).

Esta multidão incontável pode referir-se aqueles que, então, guardaram sua fé e confessarem a Cristo como seu messias durante a Grande Tribulação. Note que eles serão perseguidos e mortos pelo próprio Anticristo e o Falso Profeta. Mas aquele que irão aceitar a marca da besta deve dizer que não terá o seu nome escrito no livro da vida e no juízo final serão condenados e lançados no lago de fogo (Ap 20.15). 

O significa da palavra marca ou sinal na mão direita ou na testa. A palavra aqui traduzida como “marca” “charagma” – ocorre apenas em um lugar no Novo Testamento, exceto no Livro do Apocalipse e Atos, onde é traduzido como “esculpido.” Em todos os outros lugares onde é encontrado (Ap 13.16-17; Ap 14.9; Ap 14.11; Ap 15.2; Ap 16.2; Ap 19.20; Ap 20.4; At 17.29), é traduzido como “marca” e é aplicado à mesma coisa – a “marca da besta”. A palavra significa apropriadamente “algo esculpido”; consequentemente:

a) Gravuras, esculturas, trabalhos esculpidos, como imagens ou ídolos; (b) Amark cortado ou carimbado – como o carimbo de uma moeda.

“Pelos mortos não dareis golpes na vossa carne; nem fareis marca alguma sobre vós. Eu sou o Senhor.” (Lv 19.28).

No hebraico a palavra marca כְּתֹ֫בֶת que se pronuncia Katabah significa literalmente impressão, marca. Portanto o texto original fala de uma marca, uma impressão na pele, mas uma marca em relação ao quê?

No Egito antigo era mutilação utilizada pelas religiões pagãs para honrar os mortos e inclusive deuses pagãos. Percebemos então que os hebreus saíram do Egito, uma nação pagã que venerava o deus da morte “Seth” possivelmente teria práticas pagãs que envolveriam desenhos e golpes nos corpos para prestar honras aos mortos e aos deuses e a única forma das pessoas provarem que honraram estas crenças era apresentarem marcas na pele do ritual que tinham feito.

“... vocês são filhos do SENHOR, nosso Deus. Portanto, quando chorarem a morte de alguém não se cortem, nem rapem a cabeça, como os outros povos fazem” (Dt 14.1 NTLH). Estes sinais de luto pelos mortos, que eram praticados pelos cananeus como reconhecimento da divinização do falecido, foram estritamente proibidos para o povo de Deus. “Tanto os ricos como os pobres morrerão nesta terra, mas ninguém vai sepultá-los, nem chorar por eles. Ninguém se cortará, nem rapará a cabeça em sinal de tristeza” (Jr 16.6 NTLH). Era costume rapar-se a cabeça na parte frontal da testa.

O profeta Jeremias 41.5 fala sobre: “corpo retalhado”: uma forma pagã de lamentação proibida ao povo de Deus. (1ª Reis 18.28, e Zc 13.6).

No V.T., Deus estabeleceu a circuncisão quando fez Sua aliança com Abraão. Deus prometeu abençoar Abraão e ser seu Deus, se ele obedecesse aos Seus mandamentos (Gn 17.9-11). A circuncisão era um ato de submissão a Deus. No Novo Testamento a circuncisão é no coração (Rm 2.28-29). O coração representa a força espiritual (Lm 3.41), como intimo da pessoa (Jr 17.10). Emprega a palavra para indicar a percepção (Jr 4.9); o pensamento (Ec 2.20); a memória (Sl 31.12) e a consciência (Jó 27.6).

O apóstolo Paulo explica que o mais importante é a “circuncisão do coração” (Rm 2.28-29). Deus se preocupa com o interior, não com cerimônias exteriores. Quem tem o coração marcado pela presença de Jesus Cristo faz parte da Nova Aliança e é verdadeiramente circunciso (Fl 3.3). A aparência exterior não afeta o interior, mas o interior afeta a vida toda. Por isso o cristão não precisa nem deve se circuncidar.

“Porque nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne. Bem que eu poderia confiar também na carne. Se qualquer outro pensa que pode confiar na carne, eu ainda mais” (Fl 3.3-4).

“...somos a circuncisão...”. Significa que pertencemos a Cristo. No N.T. adoração é uma marca que pertencemos a Cristo e esta marca é no coração através do novo nascimento. Por isso Jesus disse para mulher samaritana: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” (Jo 4.23-24). 

A marca da Besta. O falso profeta vai exigir uma “marca” em sinal de lealdade e devoção à besta, e essa marca será “sobre a mão direita” – não a esquerda – “ou sobre a fronte” (Ap 13.16). A marca deve ser algum tipo de gravura ou carimbo, semelhante às que recebiam os soldados, escravos e devotos dos templos na época de João. Na Ásia Menor, os seguidores das religiões pagãs tinham prazer em exibir essas tatuagens para mostrar que serviam a um determinado deus. No Egito, Ptolomeu IV Filopátor (221-203 a.C.) marcava com o desenho de uma folha de trevo os judeus que se submetiam ao cadastramento, simbolizando a servidão ao deus Dionísio (cf. 3º Macabeus 2.29). Esse significado lembra a antiga prática de usar marcas para tornar pública a fé religiosa do seu portador (cf. Is 44.5), e também a prática de marcar os escravos a fogo com o nome ou símbolo de seu proprietário (cf. Gl 6.17). O termo charagma (“marca”) também era usado para designar as imagens ou nomes dos imperadores, cunhadas nas moedas romanas e, portanto, poderia muito bem aplicar-se ao emblema da besta colocado sobre as pessoas.

“o nome” ou o “número” (v. 17). Essa marca parece ser uma paródia do plano de Deus, principalmente no que se refere aos 144.000 “selados” de Apocalipse 7. O selo de Deus sobre Suas testemunhas é invisível, no coração e tem o propósito de protegê-las do Anticristo. Por outro lado, o Anticristo oferece proteção contra a ira de Deus – uma promessa que ele não tem condições de cumprir – e sua marca é visível e externa. Como os que receberem a marca da besta o farão voluntariamente, é de supor que as pessoas sentirão um certo orgulho de terem, em essência, a Satanás como seu dono. O Dr. Thomas afirma: “A marca será visível e identificará todos os que se sujeitarem à besta”. [Thomas, Revelation 8-22, p. 181].

A marca será inscrita de maneira tão visível na mão ou na testa, de modo a mostrar que quem o descobriu pertencia à “besta” e estava sujeito à sua autoridade - como escravo é ao seu mestre, ou um soldado ao seu comandante. Aplicado ao Anticristo, o significado é que haveria alguma marca de distinção; algum sinal que não pode ser tirado; algo que designaria, com toda a certeza, aquelas pessoas que lhe pertenciam e que estavam sujeitas a ele; que pertence a ele; e quem tem comunhão com ele, ou seja, aqueles que pertencem a essa comunhão e em todo o mundo.

O capítulo conclui com uma profecia do que poderia ser chamado de ditadura econômica. O texto não diz que os homens não poderão comer se não tiverem a marca da besta, mas não poderão negociar sem esse sinal.

Por fim, o apóstolo João faz uma alerta, que deve servir para todos nós nos dias que vivemos: “aqui está a sabedoria: aquele que tem entendimento calcule o número da besta”. Com isto João não está orientando e incentivando uma busca desenfreada por descobrir alguém que tenha as letras de seu nome somadas 666. A sabedoria consiste em discernir acerca do que é perfeito daquilo que é apenas uma cópia falsa e barata do que é verdadeiro. Portanto, o número 666 se refere ao número do homem que é imperfeito. Todavia o homem do pecado (666) será três vezes imperfeito e não a soma de números de um nome, ou um código que é muito usado hodiernamente como o código de barras.

Na minha opinião o chip que contém o código de barras, e hoje está sendo implantado na humanidade como uma identificação documentaria distinto em cada ser humano é uma identificação normal sem a demonização do que muitos pensam ser a maraca da besta. Todavia, em breve também será obrigatório. Porém, a marca “charagma” conforme já vimos será um sinal esculpido em seu corpo físico, uma aliança onde cada ser humano terá de decidir se aceita adorar e cultuar a besta ou decidir pelo testemunho de Cristo e manter-se fiel a Sua Palavra. Todavia, a marca da besta (Ap 13.16-18) é uma marca que está intimamente ligada à adoração à besta (13.12, 15; cf. 19.20; 20.4). Assim, a marca da besta é uma marca de lealdade e devoção à besta. Os cristãos serão perseguidos e decapitados pela autoridade decretada pelo Anticristo. E esta decisão decidirá a vida ou morte, ou seja, a vida se receber a marca da besta (uma aliança com a besta) ou a morte por decapitação se decidir por Cristo Jesus (Ap 20.4). Essa marca será usada como uma forma de controle pelo Anticristo, para identificar seus adoradores.

Todos os homens deverão ser marcados. Quem não tiver a marca da besta e não adorar ao Anticristo como deus, não poderá comprar ou vender, sendo caçados para que sejam mortos. Cabe a você decidir.... qual sua escolha?

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau - SC

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

O ANTICRISTO NO TEMPLO DE DEUS

 


O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.” (2ª Ts 2.4).

Já que a besta e o falso profeta atuarão como anti-Deus, o reinado de Satanás haverá de funcionar como anti-reino de Deus. Portanto, o momento de maior triunfo de Satanás será introduzir o seu representante no Santo Templo de Jerusalém.

1. Os judeus aceitam o Anticristo como seu messias. “Eu vim em nome de meu Pai, e não me aceitais; se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis” (Jo 5.43).

Fingindo ser o seu messias predito pelos profetas, numa tentativa de destruir e de frustrar os planos de Deus com respeito aos seus estabelecimentos definitivo e pleno dos filhos de Abraão na formosa terra.

2. A verdade será erradicada. “E com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberão o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira” (2ª Ts 2.10-11).

A Bíblia ensina que Satanás é um mentiroso que se aproveita de qualquer astúcia para enganar os fiéis. Cientes disso, cristãos precisam de muito cuidado para não caírem no engano. De fato, Deus sempre deu ao seu povo avisos sobre falsos sinais e profecias (veja Dt 13.1-5; 2ª Pe 2.1; 1ª Jo 4.1). Paulo mostra claramente que os que se perdem são aqueles que “não acolheram o amor da verdade para serem salvos” (2.10). Portanto, para não cair no engano do poder de Satanás é preciso muito mais de que apenas conhecer a verdade na palavra de Deus - é necessário amar a verdade, praticando-a completamente!

A palavra de Deus é suficientemente simples para convencer a todos os que querem acreditar na verdade (Jo 7.17). O problema do pecado não vem pela falta de inteligência, e sim pela falta de vontade de agir de acordo com a verdade. Para pessoas que não querem aceitar a verdade, Deus permite que a mentira seja bem convincente (2.10). De fato, os que rejeitam a verdade de Deus perdem o discernimento, e acreditam nas mentiras absurdas que Satanás cria no mundo (Rm 1.18-32). Todos nós seremos julgados pelo que fazemos com a verdade (2.11; Jo 12.47-48).

3. Sejam suspensos os sacrifícios a Deus. “E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa da abominação virá o assolador, e isto até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador” (Dn 9.27; outra ref. Ap 12.12-17).

O estabelecimento do concerto entre o príncipe e Israel marca o início da septuagésima semana, os últimos sete anos da presente era conforme já mencionado anteriormente.

O Anticristo certamente fará um tratado de paz com Israel no tocante à disputa territorial. E Israel aceitará o Anticristo como o verdadeiro messias, para se cumprir à profecia de Jesus (Jo 5.43). Mas na metade dos sete anos, (após três anos e meio), o príncipe romperá seu concerto com Israel, declarar-se-á Deus, apoderar-se-á do templo em Jerusalém, proibirá a adoração ao Senhor e fará cessar os sacrifícios e a oferta de manjares no templo dos judeus: “O qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus” (2ª Ts 2.4).

O Anticristo blasfemará contra Deus, (o “Ancião de Dias” - Dn 7.13) e solicitará ser adorado como se fosse Deus, e perseguirá aqueles que não se encurvarem em sua adoração (Ap 13.5-6). Opor-se-á ao Altíssimo e assentar-se-á como um Deus. “Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos ser-lhe-ão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo” (Dn 7.25).

Como se fora ele o messias que haveria de trazer a libertação a Israel e a salvação a toda a humanidade. Quando os judeus perceberem que o Anticristo não é de fato o seu cristo, mas um impostor tentará ele destruir os descendentes de Abraão (Dn 9.27). Irá perseguir os santos (Israel) durante um período de três anos e meio.

Cristo referiu-se à visão de Daniel quando disse: “Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda)” (Mt 24.15).

Aqui Jesus refere-se a futura destruição do templo de Jerusalém pelo Anticristo (2ª Ts 2.3-4; Ap 13.14-15), no segundo período da Grande Tribulação.

Quando isto acontecer, será deflagrada toda a ira do Cordeiro tanto sobre o Anticristo como sobre os seus adoradores. Mostrará Deus, uma vez mais, que não dividirá a sua glória com ninguém.


Pr. Elias Ribas

 Dr. em Teologia

Assembleia de Deus Blumenau SC

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

A MISSÃO DO ANTICRISTO

 


A Sua missão será de implantar o domínio de Satanás em todo o mundo, a fim de que esteja transformado no Reino das Trevas. Eis suas missões:

1. Criar uma nova religião. “A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentiras” (2ª Ts 2.9).

Esta religião será montada para que Lúcifer seja adorado por todos os que desprezam a verdade, e apegam-se a mentira. Hoje ela já existe em forma de sincretismo religioso (Nova Era), satanista. Porém será implantada totalmente após o arrebatamento da Igreja e terá uma duração de sete anos.

O Anticristo não vai atuar enquanto aquele que detém permitir (2ª Ts 2.7), o Espírito Santo está formando a grande barreira contra a plena manifestação do Anticristo.

1.1. A Nova Era. A Nova Era é a religião do Anticristo, mascarada na Nova Ordem Mundial, com o propósito de desconstruir a imagem de Deus e Jesus Cristo na terra para criação de um governo único. Ela já vem sendo implantada por várias décadas.

A palavra “era” significa “época notável em que se estabelece uma nova ordem de coisas”. A razão porque se tem ouvido tanto sobre Nova Era fundamenta-se na crença de que os ciclos evolutivos são desenvolvidos através de diferentes eras astrológicas, cada uma com sua característica distinta.

A Nova Era é uma mistura de ideias extraídas de seitas orientais, judaísmo, cristianismo e ocultismo. Uma de suas principais finalidades é confundir a mente das pessoas para que se aproxime do Deus da Bíblia. Através de elementos místicos, tais como tarôs, pirâmides, cartas, búzios, e da crença em bruxas, duendes, fadas, e outros seres inventados pela mente humana (mundo secularizado), procurando confundir os homens quanto ao conhecimento do Verdadeiro Deus.

Nova Era é um movimento de âmbito mundial que procura criar um novo estado de coisas, visando uma unificação política, econômica e religiosa.

É a substituição da Era de Peixes (Cristianismo) pela Era de Aquário (Nova Era). A promessa do movimento é a paz e a segurança que redunde na felicidade para o homem.

A Nova Era é um movimento religioso, filosófico e político mundial. Tem este nome atraente para induzir os ignaros e incautos. As opressões por que passa a humanidade, decorrentes da corrupção, violência urbana, guerras, tragédias, injustiças sociais, desemprego, desarmonia crueldade, desmoronamento da família e decadência moral, leva todo o mundo a suspirar por uma nova era, um novo mundo melhor onde tais coisas não existiam.

A Nova Era garante que será o canal para a realização desse sonho universal. Não há dúvida que o movimento Nova Era, infiltrado como está nas religiões, na política, na imprensa, nas escolas, nos divertimentos, nos meios de comunicações de massa, na ciência, na literatura, na indústria, no esporte, na música, etc., é uma plataforma de ascensão do Anticristo, que desde mundo exercera o domínio, como preposto de Satanás quando a Igreja daqui sair.

“Podemos perceber que existe uma falsa paz, uma Nova Ordem Mundial e um governo ou religião mundial sob idolatria espiritual. Existe um ressurgimento das crenças e práticas da Babilônia, hoje. E isso foi predito no livro de Daniel e Apocalipse há milhares de anos. Jesus advertiu especificamente sobre isso”, escreveu Steven.

1.3. O que caracteriza a Nova Era. Uma busca de algo novo. Mesmo baseado em práticas ocultas e misteriosas antigas, o movimento Nova Era surgiu como algo novo e atraente. Num tempo em que as estruturas velhas, crenças tradicionais e diversos sistemas atuais são rejeitados, a Nova Era surge como uma nova possibilidade de um mundo melhor, uma nova era para toda a humanidade. O passado não interessa, todos querem um futuro melhor.

Mesmo baseado em práticas ocultas e misteriosas antigas, o movimento Nova Era surgiu como algo novo e atraente. Num tempo em que as estruturas velhas, crenças tradicionais e diversos sistemas atuais são rejeitados, a Nova Era surge como uma nova possibilidade de um mundo melhor, uma nova era para toda a humanidade. O passado não interessa, todos querem um futuro melhor.

A Nova Era ensina que o signo de Peixes tem caracterizado o mundo durante os últimos dois milênios o que corresponde com o tempo do Cristianismo no mundo. Agora a humanidade está passando para uma nova era, ou seja, neste milênio o sol nasceu no signo de Aquário. Este fato é interpretado como o fim do cristianismo - simbolizado por um peixe (a palavra grega peixe, ICHTYS, foi interpretada pelos primeiros cristãos como Jesus Cristo Filho de Deus, Salvador).

O signo de aquário, representado por uma figura que despeja água, é interpretado como um novo “derramamento de espírito”, uma fonte de nova luz para a humanidade. O aquário inicia algo completamente novo - uma era de iluminação, desenvolvimento espiritual e harmonia.

A Nova Era, principalmente no seu aspecto político, tem um salvador do mundo chamado Lord Maitréia, que não é outro senão o Anticristo de que nos previnem as Santas Escrituras. Ele fará com que o movimento religioso e filosófico dos dias atuais, enganosamente se preparem e conduza o mundo sem Deus para um governo central e unificado.

Um quadro desse falso messias agindo secretamente está em 2ª Ts 2.3-9 e 1ª Jo 4.3. Sua manifestação aberta aqui no mundo é vista em Apocalipse 13.1-8. Um estudo abalizado de todas as passagens bíblicas que tratam do assunto mostra que a manifestação desse Maitréia de Satanás terá lugar após a retirada sobrenatural dos salvos da terra, isto é, o arrebatamento da igreja.

2. Colocar-se no lugar de Deus.O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.” (2ª Ts 2.4).

Concretizar o que, desde que fora expulso do paraíso, o Diabo intenta fazer. O diabo colocar-se-á no lugar de Deus, a fim de que ele receba uma adoração que exclusiva do Todo poderoso. A resposta de Deus para todas estas maquinações do maligno está no Salmo 2; 2ª Ts 2.8; Ap 19.19-20.

O homem do pecado irá declarar-se divino e sentar-se no templo de Deus, agindo como se fosse um deus. Muitos líderes na história se consideraram deuses, e o Anticristo é a declaração final dessa blasfêmia. Ele não tolerará que ninguém, a não ser ele mesmo, seja adorado (Ap 13.6-8). Observe os contrastes entre o verdadeiro Deus e o Anticristo.

Embora muitos quisessem ser considerados deuses, o verdadeiro ser divino se fez homem, humilhou-se e nos redimiu por meio do derramamento de Seu próprio sangue (At 20.28; Fp 2.6-8). Aquele que merece toda adoração e louvor não ordena adoração, mas, em vez disso, veio a este mundo como servo. Em contrapartida, aquele que merece apenas desprezo se apresenta como deus.

O homem do pecado provavelmente permanecerá em um templo físico em Jerusalém para se declarar deus, o cumprimento final da abominação desoladora mencionada por Daniel (Dn 7.23; 9.26,27; 11.31,36,37; 12.11) e por Jesus (Mt 24.15; Mc 13.14). E possível que essas profecias já tenham parcialmente se cumprido quando Antíoco Epífanes ergueu um templo pagão a Zeus no templo em Jerusalém, em 167 a.C. (175— 164 a.C.), e quando Tito destruiu o templo em 70 d.C. Outros interpretam a referência de Paulo ao templo de Deus como uma referência à Igreja. Em outras palavras, o homem do pecado tentará desviar a verdadeira adoração da Igreja para si mesmo.

3. Oferecer uma economia fortemente centralizada. Através da qual forçará os habitantes da terra a aceitarem o sinal da besta (Ap 13.16-18).

Para o Anticristo ter um total controle econômico, obrigará a todos colocar o sinal, ou no nome da besta ou o número do homem, para que possam comprar e vender. Quem recusar aceitar será procurado e morto (Ap 13.5; Dn 11.44).

4. Destruir as bases da religião divina. Para que todos venham a crer nas suas mentiras. Este rei será grande: “E esse rei fará conforme sua vontade, e se levantará, e se engrandecerá sobre todo deus” (Dn 11.36).

5. Destruir os que se hão de se converter durante a Grande Tribulação. O Objetivo do Anticristo será de destruir da terra quaisquer testemunhos concernentes ao Deus Único e Verdadeiro e ao Seu Unigênito Filho (Ap 7.9-17; Ap 11.7-9).

Pr. Elias Ribas

 Bacharel em Teologia Seminário Gilgal – Cruz Alta RS.

Mestrado em Teologia – SEAMID – Cascavel PR.

Dr. Em Teologia - SEAMID – Cascavel PR.

Especialização em Apologética – ICP - São Paulo.

Grego e Hebraico - Faculdade Batista Pioneira – Ijuí RS.

Exegese Grego do Novo Testamento - Faculdade Batista Pioneira – Ijuí RS.


quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

ABOMINÁVEL DA DESOLAÇÃO


No sermão profético de Jesus começando com 24.15 Ele diz: “Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, entenda.”

1. O significado do termo. O termo “abominável” (hebraico toevah e siqqus) aparece mais de 100 vezes no Antigo Testamento e apenas algumas vezes no Novo Testamento. Uma abominação é normalmente um grande pecado, geralmente digno de morte.

Mas mais frequentemente em toda a Bíblia, “abominação” refere-se a graves violações da aliança, particularmente a idolatria (cf. Dt 7.25, 13.6-16, 17.2-5, 18.9-12, 27.15, 32 .16). Nos livros históricos, “abominação” sempre descreve a idolatria, frequentemente com sacrifício de crianças (1º Rs 11.7, 2º Rs 23.13). Nos livros dos profetas, a abominação também se refere à idolatria, incluindo Daniel 9 e 11. Daniel usa siqqus, um termo que sempre aparece em conexão com a idolatria.

2. Abominação da desolação de Daniel 11. Para entendermos as profecias de Jesus no Seu sermão profético é preciso analisar as profecias do profeta Daniel, pois quando Jesus usa o termo “abominável da desolação” Ele usa a frase semelhante no livro do profeta Daniel (9.27–11.31–12.11).

A interpretação de Daniel 11.31, é difícil e controversa, mas tem alguns pontos fixos, e a natureza da abominação que causa assolação é uma delas. Daniel 9.26-27 refere-se a um príncipe que destruirá a cidade (Jerusalém) junto com seu templo e sacrifícios, “e nas asas das abominações virá o assolador”. Dois capítulos depois, há outra referência a uma “abominação” em conexão com o templo:

“E braços serão colocados sobre ele, que profanarão o santuário e a fortaleza, e tirarão o sacrifício contínuo, estabelecendo abominação desoladora.” (Dn 11.31).

O profeta Daniel registrou com antecedência o que iria acontecer com os impérios e nações que disputam o controle da Terra Santa nos séculos vindouros. Ela descreve, em detalhes surpreendentes, os governantes e outros povos que viveram muito tempo depois da profecia de Daniel e vários séculos antes de Cristo.

Na maior parte da profecia estes reinos foram a Síria ao norte, governada pelos descendentes de Seleuco, um dos generais de Alexandre, o Grande, e o Egito no Sul, governado pelos descendentes de outro general de Alexandre, Ptolomeu.

O príncipe do exército (Dn 8.11), isto é, o próprio Deus, o Senhor dos Sabaoth, as hostes no céu e na terra, estrelas, anjos e ministros terrestres. Então, Daniel 8.25, “ele se levantará contra o Príncipe dos príncipes”; “Contra o Deus dos deuses” (Dn 11.36; compare Dn 7.8). Ele não apenas se opõe ao povo antigo de Deus, mas também ao próprio Deus.

3. O cumprimento da profecia. Precisamos entender na história da humanidade, que vários Anticristos já apareceram, porém, o pior está por vir, o Anticristo de apocalipse 13; a Bíblia registra que ele surgira das nações, e será um homem encarnado por Satanás.

Vejamos o que o Comentário Bíblico diz: Sobre Daniel 11.31 referindo a rei grego Antíoco.

No dia quinze do mês de Casleu do ano cento e quarenta e cinco, que corresponde a 168-167 a.C., “Antíoco profanou o santuário em Jerusalém levantando sobre o altar dos holocaustos a abominação da desolação”. Este parece ter sido um altar pagão, provavelmente com uma imagem representando o principal deus grego, Zeus, como 2º Macabeus 6.2 nos diz que Antíoco profanou o templo judeu e dedicou-o “a Júpiter Olímpico”. Afinal, para o pensamento grego o Deus dos hebreus simplesmente equiparava-se ao deus-chefe do panteão grego.

Nesta profecia Daniel 11.31, duas coisas deveriam acontecer:

“O Sacrifício diário”. Oferecido de manhã e à noite (Êx 29.38-39), foi tirado por Antíoco (1º Macabeus 1.20-50).

“O santuário…derrubado”. Embora roubado de seus tesouros, não foi estritamente “derrubado” por Antíoco. Para que uma realização mais completa seja futura. Antíoco tirou o sacrifício diário por alguns anos. Porém, os romanos, tiraram o sacrifico por muitas eras, e “derrubaram” o templo; mas, o Anticristo, na grande tribulação, fará isso novamente depois que os judeus em sua própria terra, ainda incrédulos, tiverem reconstruído o templo e restaurado o ritual Mosaico: Deus os entregou a ele “por motivo de transgressão”. (Dn 8.12), isto é, não possuir o culto tão prestado; e então a oposição do chifre à “verdade” é especialmente mencionada.

Deve-se observar também que a referência explícita de Jesus à obra do “abominável da desolação”, como ainda no futuro naquela época, torna claro que Antíoco Epifânio não cumpre essa profecia. É óbvio que não se encontra em Antíoco um cumprimento adequado de muitas especificações da profecia.

4. A destruição de Jerusalém. Tendo examinado o significado original de “abominação desoladora ” em Daniel, devemos agora nos voltar para Mateus 24.15-16. Estes versículos vêm no contexto do Discurso do Monte das Oliveiras, que começa com Jesus dizendo aos Seus discípulos que o templo será destruído (24.1-2). Os discípulos então pediram a Jesus que explicasse: “Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século?” (24.3).

Os discípulos provavelmente pensavam que estavam fazendo uma só pergunta. A queda de Jerusalém, o retorno de Jesus e o fim dos tempos eram um só evento complexo em suas mentes. Porém Jesus está referindo-se a 2 eventos vindouros.

Em Mateus 24.3-35, refere-se principalmente a eventos que levaram à queda de Jerusalém em 70 d.C. O segmento termina com Jesus prometendo “não passará esta geração sem que tudo isto aconteça” (24.34). Nas Escrituras, uma geração normalmente dura 40 anos, e Jerusalém e seu templo caíram dentro de 40 anos, conforme Jesus disse. Portanto, Sua previsão central foi cumprida em 70 d.C.

Esta profecia só faz sentido com referência à queda de Jerusalém. Não é possível que se aplique à volta de Jesus. De fato, o relato paralelo em Lucas 21 esclarece este ponto: “Quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos... fujam para os montes” (Lc 21.10-24).

Na sua profecia sobre a destruição de Jerusalém (Mc 13.14), deu Jesus aos Seus discípulos um sinal pelo qual eles saberiam quando estaria iminente o acontecimento, devendo então fugir, enquanto havia tempo.

Ao falar da iminente destruição de Jerusalém, que ocorreu em 70 d.C., Jesus identificou os exércitos romanos que cercariam a cidade como o “abominável da desolação de que falou o profeta Daniel” (Mt 24.15; Lc 21.20).

Tendo em vista o fato de Daniel 9.27 fazer parte da explicação do anjo sobre o conteúdo de 8.11 a 13, a conclusão natural é que Daniel 8.11-13 é uma profecia dupla (similar à de Mateus 24) que se aplica tanto ao sacrifício diário tirado por Antíoco, como à destruição do templo e de Jerusalém pelo General Tito.

5. O posterior cumprimento profético. Em Mateus 24.36, Jesus começa a falar exclusivamente “daquele dia” — ou seja, o último dia.

Jesus trata de sinais especiais que ocorrerão durante a Grande Tribulação (as expressões “Grande Aflição”, de 24.21, e “Grande Tribulação”, de Ap 7.14, são idênticas no grego). Tais sinais indicam que o fim dos tempos está muito próximo (24.15-29). São sinais conducentes à, e indicadores da volta de Cristo à terra, depois da tribulação (Mt 24.30,31; cf. Ap 19.11–20.4).

A profecia mais longa e mais precisa da Bíblia, Daniel 11, registrou com antecedência o que iria acontecer com os impérios e nações que disputam o controle da Terra Santa nos séculos vindouros. Ela descreve, em detalhes surpreendentes, os governantes e outros povos que viveram muito tempo depois da profecia de Daniel e vários séculos antes de Cristo.

Agora, com todo esse relato histórico, considere a advertência de Cristo sobre a abominação desoladora. Quando Ele a entregou, essa parte da profecia de Daniel não tinha sido cumprida há quase duzentos anos, como vimos? Certamente. Portanto, a profecia de Daniel, de acordo com Jesus, deve ter um cumprimento dual.

Jesus revelou-nos o tempo do cumprimento final desta profecia em Mateus 24 quando explicou o que aconteceria imediatamente em seguida: “Porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais. Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo [vivo]; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados” (Mt 24.21-22).

Isto lembra uma outra parte da profecia de Daniel, que diz que no tempo do fim “haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, livrar-se-á o teu povo... E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão...” (Dn 12.1-2). Portanto, este período terrível de tribulação ocorre no final dessa presente era, pouco antes do retorno de Cristo, quando Ele ressuscitará Seus fiéis seguidores (1ª Ts 4.15-16). Na verdade, Daniel disse que “desde o tempo em que o contínuo sacrifício for tirado e posta a abominação desoladora”, mil duzentos e noventa dias, pouco mais de três anos e meio, iriam transcorrer até que, de fato, a ressurreição de Daniel e o resto dos santos aconteceria (Dn 12.11, 13).

6. O Anticristo surgirá na Grande Tribulação. A “abominação da desolação” marcará o início da etapa final da tribulação, que culmina com a volta de Cristo à terra e o julgamento dos ímpios em Armagedom (24.21,29,30; ver Dn 9.27; Ap 19.11-21).

Se os santos da tribulação atentarem para o fator tempo desse evento (“Quando, pois, virdes”, 24.15), poderão saber com bastante aproximação quando terminará a tribulação, época em que Cristo voltará à terra (ver 24.33). O decurso de tempo entre esse evento e o fim dos tempos é mencionado quatro vezes nas Escrituras como sendo três anos e meio ou 1260 dias (cf. Dn 9.25-27; Ap 11.1,2; 12.6; 13.5-7). Por causa da grande expectativa da volta de Cristo (24.33), os santos daqueles dias devem acautelar-se quanto a informes afirmando que Cristo já voltou. Tais informes serão falsos (24.23-26). A “vinda do Filho do homem” depois da tribulação será visível e conhecida de todos os que viverem no mundo (24.27-30; Ap 1.7). Outro sinal que ocorrerá, então, será o dos falsos profetas que, a serviço de Satanás, farão “grandes sinais e prodígios” (24.24).

Jesus admoesta a todos os crentes a estarem especialmente alerta para discernir esses profetas, mestres e pregadores, que se declaram cristãos sendo falsos, porém apesar disso, operam milagres, curas, sinais e maravilhas e que demonstram ter grande sucesso nos seus ministérios. Ao mesmo tempo, torcerão e rejeitarão a verdade da Palavra de Deus (cf. Mt 7.15-22; Gl 1.8-9).

Pr. Elias Ribas Dr. em Teologia

Assembleia de Deus

Blumenau - SC

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

QUANDO APARECERÁ O ANTICRISTO

 


2ª Tessalonicenses 2.3-11 “Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, 4 - o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus. 5 - Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco? 6 - E, agora, vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado. 7 - Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que, agora, resiste até que do meio seja tirado; 8 - e, então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda; 9 - a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira, 10 - e com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. 11 - E, por isso. Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira.”

Antes do dia da Segunda Vinda de Jesus, haverá uma manifestação do grandioso e final Anticristo, o Anticristo que ainda “está para vir”. Na primeira epistola aos tessalonicenses, Paulo garantiu que os salvos em Jesus serão arrebatados para encontrar o Senhor nos ares e assim ficaram para sempre com Ele (1ª Ts 4.16-17). Este evento os livrará da ira futura de Deus sobre a Terra (1ª Ts 1.10; 5.9-10). Agora, porém, na segunda epístola aos tessalonicenses, os falsos mestres estavam ensinando que o Dia do Senhor (Dia de Cristo) já havia começado, e que a ira final de Deus estava sendo derramada sobre a Terra e por isto Paulo diz: “Que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto.” (2ª Ts 2.2).

1. Antes do dia do Senhor. Os tessalolinensses estavam perturbados por causa do ensino dos falsos mestres sobre o Dia do Senhor. Paulo lhes responde dizendo que o dia da ira de Deus ainda não havia chegado. Duas coisas assinalaram esta chegada:

“Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição” (2ª Ts 2.3).

Aqui, Paulo declara que dois eventos serão necessários para o início do “Dia do Senhor”, que são:

1.1. Haverá uma apostasia geral. Apostasia (em grego antigo απόστασις [apóstasis], “estar longe de”) tem o sentido de um afastamento definitivo e deliberado de alguma coisa, uma renúncia de sua anterior fé ou doutrinação. Ao contrário da crença popular, não se refere a um mero desvio ou um afastamento em relação à sua fé e à prática religiosa.

Mas, nas Escrituras, a palavra é usada para se referir à rebelião contra Deus. Portanto, alguns interpretam esse versículo como uma referência a um abandono geral da verdade. Essa apostasia rebelde prepararia o caminho para o Anticristo.

A apostasia chega ao auge, na rebelião total contra Deus e Sua Palavra; Deus envia uma influência enganadora sobre aqueles que não amam a verdade (2ª Ts 2.9-11).

1.2. “... e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição” (v. 3). Homem do pecado” é uma designação bíblica para o Anticristo conforme a teologia paulina no v. 3. Essa designação faz referência direta ao seu caráter maligno, profano e rebelde.

Algumas traduções trazem a designação “homem da iniquidade”. Obviamente tanto “homem do pecado” quanto “homem da iniquidade” são expressões equivalentes. A Bíblia diz que “o pecado é iniquidade”, ou seja, o pecado é transgressão da lei (cf. 1ª Jo 3.4).

Nesse sentido, ao designar o Anticristo como “o homem do pecado”, o apóstolo Paulo o descreve como um absoluto transgressor da Lei de Deus. Na verdade, a expressão “homem da iniquidade” significa que esse homem será a própria personificação da oposição às ordenanças de Deus.

Conforme o versículo em estudo, o personagem citado é realmente um homem, com as seguintes características: Para que tivesse tal destaque a ponto de ser citado em uma profecia bíblica, sua influência seria mundial.

Seria o idealizador de um modelo de doutrina política a nível mundial. Tal modelo político seria anti-Deus, anti-deuses e anti-religião e iria reprimir todo o tipo de práticas religiosas.

O homem do pecado levará o mundo à rebelião contra Deus ...com todo engano da injustiça para os que perecem (v. 10), realizará milagres por meio do poder de Satanás.

A apostasia chega ao auge, na rebelião total contra Deus e Sua Palavra; Deus envia uma influência enganadora sobre aqueles que não amam a verdade (2ª Ts 2.9-11).

Filho da perdição, por ser um judeu, filho de Israel, que traria ao mundo uma ideologia ateia de âmbito mundial, que perseguiria tanto o próprio Israel, a Igreja de Jesus, e todo o tipo de religião.

2. Exigirá adoração. “O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.” (2ª Ts 2.4).

No verso 4, Paulo declara que “o homem do pecado irá declarar-se divino e sentar-se no templo de Deus, agindo como se fosse um deus”. Muitos líderes na história se consideraram deuses, e o Anticristo é a declaração final dessa blasfêmia. Ele não tolerará que ninguém, a não ser ele mesmo, seja adorado (Ap 13.6-8).

O rabino Nachman Kahane, um rabino líder em Jerusalém, nascido em 1937, crê que um Templo será construído no monte do Templo enquanto ele ainda estiver vivo; e ele diz que tudo está pronto para que o Templo seja construído ainda hoje.

O cenário do final dos tempos na Palavra de Deus exige que um Templo Judeu esteja erigido quando o Anticristo governar o mundo. Ele o profanará e o povo judeu será forçado novamente a deixar o Templo porque se manterá fiel a Deus e se recusará a adorar o Anticristo (Dn 9.27).

O homem do pecado fara uma aliança com Israel, mas após os três anos e meio de falsa paz ira romper o tratado com o povo judeu, entrar no novo templo em Jerusalém para se declarar deus, e exigir adoração; o cumprimento final da abominação desoladora mencionada por Daniel (Dn 7.23; 9.26,27; 11.31,36,37; 12.11) e por Jesus (Mt 24.15; Mc 13.14). Em outras palavras, o homem do pecado tentará desviar a verdadeira adoração da Igreja para si mesmo.

4. “...não vos lembrais...” (v. 5). Paulo faz os tessalonicenses se lembrarem de seu ensino anterior sobre a segunda vinda de Jesus, confirmado em sua primeira carta para eles (1ª Ts 4.13-5.11). Ele lhes havia ensinado que não passariam pela noite do juízo que viria sobre o mundo no dia do Senhor nem seriam objetos da ira de Deus (1ª Ts 5.9).

Paulo declara, em seguida, que esses dois eventos não se cumprirão enquanto “um que, agora, resiste... seja tirado” (v. 7).

5. O que detém o aparecimento do Anticristo? “E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado.” (2ª Ts 2.6).

O Anticristo escatológico ainda não se manifestou porque sua aparição está sendo impedida por algo (2ª Ts 2.6) e por alguém (2ª Ts 2.7).

Algo está detendo “o homem do pecado”. Quando aquele que o detém for tirado do meio, começa o Dia do Senhor.

Este poder que detém não é identificado. Esta passagem é de difícil interpretação, e não convém fazer especulações sobre o que não está revelado claramente. Talvez seja a ordem civil estabelecida por Deus para conter o poder do mal (Rm 13.1-7). Uma vez que o versículo 7 se refere ao poder que detém como sendo uma pessoa. Os pais da igreja acreditavam que era Nero o imperador romano, a personificação da lei romana. Porém, Paulo começa seu discurso no verso 1 e 2, corrigindo a Igreja de tessalônica concernente a uma distorção acerca da segunda vinda de Jesus. Todavia, o apóstolo está trazendo a discussão de um assunto que ele já havia escrito na 1ª Tessalonicense 4.16-18, no qual Paulo fala do encontro com o Senhor nos ares. Portanto, ele está falando de um assunto escatológico que ainda não aconteceu, por isso não pode ser o imperador romano. O arrebatamento da Igreja mencionado por Paulo (1ª Ts 4.16-17), não aconteceu ainda, mas que em breve vai se realizar.

Convém observar que, em 2ª Tessalonicenses 2.6, Paulo refere-se ao repressor de modo neutro (“o que o detém”), enquanto em 2ª Tessalonicenses 2.7, usa o gênero masculino (“aquele que agora o detém”).

Quem o detém? Acredito fielmente que Paulo tem em vista a soma total do poder moral que existe na Igreja por meio da pessoa do Espírito Santo. Seja qual for o caso. O homem do pecado não poderá enquanto a igreja não for retirada da Terra.

A palavra grega kairós, traduzida por “ocasião oportuna”, revela-nos que o Anticristo só aparecerá no momento certo, ou seja, no momento determinado por Deus. Warren Wiersbe diz que assim como houve uma “plenitude do tempo” para a vinda de Cristo (Gl 4.4), também haverá uma “plenitude do tempo” para o surgimento do Anticristo e nada acontecerá fora do cronograma divino.

O que é esse algo? Quem é esse alguém? Agostinho era da opinião que é impossível definir esses elementos restringidores. Outros escritores pensam que Paulo está se referindo aqui ao Espírito Santo, uma vez que Ele pode ser descrito tanto no gênero masculino quanto no neutro (Jo 14.16,17; 16.13) e também Ele é apontado como Aquele que restringia as forças do mal no A.T. O estudioso Howard Marshall, por sua vez, é da opinião que Deus é quem está por trás da ação adiadora da manifestação do homem da iniquidade.

A maioria dos estudiosos, entende que o algo é a lei e que o alguém é aquele que faz a lei se cumprir. É por isso que o Anticristo vai surgir no período de grande apostasia, ou seja, da grande rebelião, quando os homens não suportarão leis, normas nem absolutos. Então, eles facilmente se entregarão ao homem da ilegalidade, o filho da perdição.

6. Já o mistério da injustiça opera. O detentor, o que resiste o “ministério da injustiça”, e então será tirado do meio: “Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora o retém até que do meio seja tirado.” (2ª Ts 2.7).

A sequência dos eventos será assim: no decurso de toda a época da igreja, “um ministério da injustiça” está em ação, o que nos faz lembrar que o fim está chegando; a maldade e a imoralidade tornar-se-á cada vez mais desenfreada à medida que a história chega ao fim.

O ministério da injustiça é uma atividade secreta dos poderes malignos no decurso da história da humanidade, preparando o caminho para apostasia e o “homem da iniquidade”.

Havia uma boa razão para explicar por que o homem do pecado não havia sido revelado. Aquele que o detinha naquele momento, provavelmente o Espírito de Deus, tinha de ser tirado do mundo. Deus tem restringido o pecado no mundo por meio do poder do Espírito Santo. O Espírito trabalha diretamente por meio da Palavra, de pessoas piedosas e de Seus santos anjos para fazer avançar o Reino de Deus e deter o mal.

A expressão seja tirado nesse versículo como uma referência ao arrebatamento, pois a Igreja não poderá existir sem a presença do Espírito. Portanto, a retirada da Igreja por meio do arrebatamento será, na verdade, a retirada de tudo o que detém o poder do pecado neste mundo.

7. A destruição do Anticristo. “E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda; A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira.” (2ª Ts 2.8-9).

Depois que Satanás e “o homem do pecado” realizarem sua obra de engano e maldade (vs. 9 e 10), serão aniquilados quando da vinda de Cristo em Glória, no fim da Grande Tribulação (ver Ap 19.20).

Embora seja revelado como alguém extremamente poderoso (Ap 13.7), o homem do pecado será destruído por Cristo e lançado no lago de fogo quando o Senhor vier (Ap 19.19,20). O poder, e sinais, e prodígios de mentira do iníquo serão ofuscados pela glória e esplendor de Cristo em Sua segunda vinda. É significativo observar que Satanás, a fim de promover sua mentira no final dos tempos e se passar como um deus, usará o mesmo tipo de poder, sinais e prodígios que o Espírito de Cristo usou no início dos tempos para autenticar a verdade sobre si mesmo como Deus (2ª Co 12.12; Hb 2.4). Porém, o seu fim já está decretado antes da fundação do mundo.

Pr. Elias Ribas

Dr. em Teologia

Assembleia de Deus

Blumenau - SC


terça-feira, 5 de janeiro de 2021

VIVENDO O NOVO DE DEUS

 


Isaias 43.18-19 “Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas.

Eis que faço uma coisa nova, agora sairá à luz; porventura não a percebeis? Eis que porei um caminho no deserto, e rios no ermo.”

Apocalipse 21.5 “E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.”

INTRODUÇÃO. Isaías, cujo nome significa “Iahveh ajuda” ou “Iahveh é auxílio” é filho de Amós exerceu o seu ministério no reino de Judá, ele profetizou durante quatro reis no 800 a.C. Isaías foi casado e teve dois filhos: Sear-Jasube e Maer-Salal-Hás-Baz.

O capítulo 6 do livro informa sobre o chamado de Isaías para tornar-se profeta através de uma visão do trono de Deus no templo, acompanhado por serafins, em que um desses seres angelicais teria voado até ele trazendo brasas vivas do altar para purificar seus lábios a fim de purificá-lo de seu pecado. Então, depois disto, Isaías ouve uma voz de Deus determinando que levasse ao povo sua mensagem.

“Não vos lembreis das coisas passadas”. Mas, embora a sua libertação anterior do Egito tenha sido em si uma obra gloriosa, da qual você sempre deve se lembrar e considerar; todavia, este outro trabalho, da sua libertação da Babilônia, e as bênçãos que se seguirão a ela, e particularmente a do envio do Messias, serão um favor tão transcendente que, em comparação, todas as suas libertações anteriores dificilmente são dignas de sua lembrança e consideração.

No texto que lemos, Deus diz ao Seu povo que Ele está fazendo uma coisa completamente nova. Deus está fazendo coisas novas todos os dias. A Bíblia cita três princípios práticos para você tomar posse e viver o novo de Deus.

Para viver o novo de Deus…

1. Esqueça o que se foi. “Esqueçam o que se foi; não vivam no passado.” (v. 18)

Não importa como foi o ano que você passou. Deus está fazendo uma coisa nova, mas só viveremos o novo de Deus se deixarmos definitivamente o velho para trás. Para começar uma nova história, a história antiga precisa ser encerrada. Tem gente que não experimenta o novo de Deus porque decide viver agarrado em questões do passado. Esqueça o que passou e encare o seu futuro com confiança. Os sonhos para o futuro são mais valiosos que a história passada. A Bíblia diz o seguinte:

“Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro.” (Jeremias 29.11).

Use o passado como plataforma de lançamento e não como cadeira de descanso. Mantenha os olhos na estrada e use o retrovisor apenas para evitar problemas! O futuro não é um tempo, é um lugar! Deus está esperando você tomar uma atitude. O filho pródigo estava comendo com os porcos, mas um dia ele tomou uma atitude e disse:

“Vou ter com meu pai”. “E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti.” (Lc 15.17,18)

A transformação do filho pródigo. Já o versículo 17 nos mostra o momento de seu arrependimento. Lemos que ele “caiu em si”. No originou seria algo como “recobrou seu senso” ou “quando voltou a si mesmo”.

Deus está esperando por você com algo novo! O apóstolo Paulo sabia o que era viver o novo de Deus, pois decidiu, de uma vez por todas, esquecer o seu passado e avançar para o seu futuro, pois tinha um alvo que precisava ser alcançado:

“Esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus.” (Fl 3.13-14).

Este texto nos diz que devemos esquecer o passado e avançar rumo ao novo, ao futuro. No ano 2020 vimos um vírus chamado corona vírus chegar ao mundo e levar muitas vidas fechar igrejas, e sem dúvidas foram negativos para a sociedade, porém não podemos ficar preso no passado, mas devemos avançar para o alvo e esquecer o passado, precisamos marchar para este novo ano que se inicia. O que você realmente precisa deixar no passado para não travar sua vida neste novo ano? Que mágoas, feridas, injustiças, decepções e tristezas precisam ser deixadas no passado? Você não pode mudar o seu passado, mas sua decisão quanto ao que fazer com ele hoje, isto você pode!

“O único inimigo que pode atrapalhar seu ano novo é você mesmo.”

Por isso, ESQUEÇA o que se foi. Olhe para frente e viva o Novo de Deus!

Para viver o novo de Deus…

2. Creia no que Ele está fazendo. “Vejam, estou fazendo uma coisa nova! Ela já está surgindo! Vocês não a reconhecem?…” (v. 19a)

O Senhor Deus está trabalhando em teu interior, mudando o que está errado, porém o vaso precisa se quebrar para que o novo de Deus entre em sua vida. Acreditar que o melhor de Deus está por vir é uma decisão pessoal. Ser otimista em relação ao presente e ao futuro diz muito sobre a sua fé! Coisas novas estão sendo criadas o tempo todo. Deus tem prazer em nos levar na sala do banquete, mas você precisa tomar uma atitude e deixar o Senhor te guiar por aguas tranquilas.

Não deixe morrer dentro de você a expectativa de que Deus está fazendo algo novo. Aquilo que Deus está fazendo nascer sobre sua vida é algo que vai mudar sua história de sua vida. Deus faz algo novo todos os dias, mas é sua a decisão de desfrutar daquilo que está disponível. Como disse um famoso escritor:

“Deus não começa nada que já não tenha terminado!”

Aquilo que é início de algo para nós, para Deus é obra concluída. Aquilo que Ele diz que está fazendo, Ele já fez. Já está disponível para você. Só falta você tomar posse. Você nunca poderá se apropriar daquilo que deixa para amanhã. O agora é a melhor época para se apropriar do novo de Deus. Não deixe para amanhã o que você pode começar a desfrutar hoje. Se não crermos que Jesus é Senhor e salvador de nossas vidas, seremos meros espectadores do seu sobrenatural na vida daqueles que decidiram crer em suas promessas.

“Quem anda com Deus sempre tem algo novo para desfrutar.”

Para viver o novo de Deus…

3. Confie que Ele lhe dará um amanhã abundante. “… Até no deserto vou abrir um caminho e riachos no ermo.” (v. 19b)

O texto diz que Deus vai abrir caminhos no deserto e riachos em lugares abandonados. É promessa daquele que nunca falhou, nunca falha e nunca falhará. Deus estava dizendo ao povo para confiar que Ele lhe daria um amanhã com abundância. Se Deus está abrindo caminhos no deserto e criando um rio em lugares abandonados, mergulhe nele. Deixe a correnteza levá-lo ao seu destino profético. Lá você vai experimentar coisas sobrenaturais. Saia da escassez, da sequidão, e experimente uma coisa nova que Deus está fazendo em sua vida a partir de hoje!

“Não tenha medo de deixar sua zona de conforto para mergulhar nas águas da fé.”

A fé traz o céu à terra. A fé faz o sobrenatural de Deus tornar-se natural entre os homens. A fé, e somente a fé, é capaz de perceber as coisas novas que Deus está fazendo todos os dias! Deus é capaz de transformar as áreas desérticas da sua vida em campos de bênção e abundância. Deus pode tomar uma vida seca e inútil e transformá-la em uma vida cheia de significados e propósitos. Por isso, hoje, Deus está nos desafiando a confiar que suas promessas trarão um amanhã com abundância, repleto de realidades espirituais nunca antes experimentadas por nós! É tempo de mudar de posição. Mudanças são necessárias. Mudanças geram crescimento. Confie que Deus lhe dará um amanhã exponencial! O próprio Jesus afirmou o seguinte:

“Disse Jesus: Tudo é possível àquele que crê.” (Marcos 9.23).

CONCLUSÃO. Às vezes as coisas dão errado em nossas vidas porque fazemos tudo do nosso jeito e então passamos a esperar pelo novo de Deus, por um novo que mude as coisas ao nosso redor e não dentro de nós! O novo de Deus começa em mim e em você e depois é refletido nas situações em que vivemos, nas pessoas que nos relacionamos, nas oportunidades que surgem.

Viva o novo de Deus.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

OS IMPÉRIOS MUNDIAIS DE TODOS OS TEMPOS - INTRODUÇÃO



INTRODUÇÃO. Neste livro desejo esclarecer acerca dos impérios mundiais segundo a história mundial e a Bíblia. Segundo a Fundação Universidade Estadual do Ceará – FUNECE, “para escrever a História é necessário reunir fontes ou testemunhos, que são objetos e documentos – restos do passado – que ajudam a compreender um contexto em determinado período” [http://www.uece.br/uecevest/index.php?option=com_docman&task=doc_view&gid=3681&tmpl=component&format=raw&Itemid=181].

Desejo elucidar sobre os oito impérios mundiais dentro da história geral e bíblica. Seis impérios já passaram e os dois últimos estão para vir. Usaremos como fonte de pesquisa a Bíblia Sagrada e a História.

A Bíblia foi escrita num período de cerca de 1.600 anos. Sua história e profecias estão relacionadas a sete potências mundiais: Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia, Roma e. Cada uma delas será considerada numa série de sete artigos. Qual o objetivo? Mostrar que a Bíblia é confiável e inspirada por Deus e contém uma mensagem de esperança de que um dia o sofrimento causado pela corrupção espiritual e moral dos governos humanos acabará.

A História fornece muitas provas da exatidão das narrações bíblicas da vida dos impérios antigos. Um grande número dos governantes destes países é mencionado pelo próprio nome na Bíblia, e nenhum deles é apresentado de maneira a contradizer o que, a seu respeito, é conhecido na História. Nem Belsazar (Dn 5.1), nem Dario, o Medo (Dn 5.31), são mais considerados como personagens fictícios.

Este livro está dividido em capítulos e abaixo segue o sumário: 

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

EGITO O PRIMEIRO IMPÉRIO MUNDIAL - CAPÍTULO I

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O IMPÉRIO DA ASSIRIA - CAPÍTULO II

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OS QUATRO ÚLTIMOS IMPÉRIOS MUNDIAIS DANIEL CAPÍTULO 2 CAPÍTULO III - https://pastoreliasribas.blogspot.com/2020/12/os-quatro-ultimos-imperios-mundiais.html

OS QUATRO ÚLTIMOS IMPÉRIOS MUNDIAIS - DANIEL CAPÍTULO 7 - CAPÍTULO IV

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O SÉTIMO IMPÉRIO MUNDIAL - CAPÍTULO V

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IMPÉRIO DO ANTICRISTO -CAPÍTULO VI

https://pastoreliasribas.blogspot.com/2020/12/imperio-do-anticristo-capitulo-vii.html

A MARCA DA BESTA - CAPÍTULO VII

https://pastoreliasribas.blogspot.com/2020/12/a-marca-da-besta-capitulo-viii.html

A VINDA DE JESUS SEGUNDO DANIEL - CAPÍTULO VIII

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A QUEDA IMPÉRIO ROMANO NO FIM DOS TEMPOS - CAPÍTULO XI

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terça-feira, 29 de dezembro de 2020

EGITO O PRIMEIRO IMPÉRIO MUNDIAL - CAPÍTULO I

Famoso por suas pirâmides e pelo rio Nilo, o Egito foi a primeira potência mundial da história bíblica. Sob seu domínio foi formada a nação de Israel. Moisés, que escreveu os cinco primeiros livros da Bíblia, nasceu e foi educado no Egito. Será que a arqueologia e a História confirmam o que Moisés escreveu sobre aquela antiga nação? Analise alguns exemplos.

O Egito é mencionado na Bíblia, desde o primeiro livro do Gênesis ao último livro do Apocalipse. Moisés está destinado a desempenhar um papel importante na profecia bíblica. Com os recentes acontecimentos lá, é um bom momento para fazer uma pausa e estudar o Egito na história e profecia.

I. HISTÓRIA DO ANTIGO EGITO

 1. A formação da nação Egípcia. O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, que se organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.

Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio.

Começava um longo período de esplendor da civilização egípcia, também conhecida como a era dos grandes faraós.

No topo da sociedade encontrava-se o Faraó e sua imensidão de parentes. O faraó era venerado como um verdadeiro deus, pois era considerado como o intermediário entre os seres humanos e as demais divindades. Por isso, era uma monarquia teocrática, ou seja, um governo baseado nas ideias religiosas.

2. O poderoso exército egípcio era invencível. Na conquista de Biblos, o sacerdote desesperado queima resina em um fogareiro, num ritual de magia, pedindo socorro aos deuses enquanto chora pelos mortos. Não funciona. O poderoso Exército egípcio parece invencível. Acaba de romper a machadadas as portas da fortaleza, o último baluarte de resistência de Biblos, a capital do reino de Amurru (no atual Líbano), aliado dos hititas.

A conquista de Biblos, em 1285 a.C., é um marco na história. Sob o comando de Ramsés II, o grande Filho e neto de generais, ele foi criado para vencer. Lutou contra hititas, núbios e assírios. Por suas mãos, o Egito se tornaria o maior império do mundo antigo. Poderoso e rico, o país se tornará uma potência militar, conquistará territórios dos hititas ao norte, dos assírios a leste e dos núbios ao sul, até atingir seu tamanho máximo. Trará escravos, novas matérias-primas e tecnologia. Será o apogeu econômico e cultural do Egito.

Filho e neto de guerreiros, Ramsés II assumiu o poder com 25 anos, em 1290 a.C., e lançou-se em um esforço militar inédito. Em sua primeira campanha militar, com apenas 10 anos, participou da retomada do litoral do Líbano ao lado do pai, Sethi I. Logo nos primeiros anos de governo, Ramsés II levantou uma rede de fortificações perto das fronteiras. Engolidas pelo tempo durante três milênios, essas cidadelas estão voltando à luz.

3. Capital azul-turquesa. Fruto dessa ambição foi a criação da nova capital do Egito, que ele batizou de Pi-Ramsés. “Um guerreiro deveria ficar próximo de seus exércitos, por isso Ramsés II mandou construir sua capital perto do delta do Nilo, quase na fronteira com a Palestina. Seu novo endereço passou a abrigar toda a corte egípcia e a nata de seus comandantes e generais. As outras capitais oficiais, Mênfis, Heliópolis e Tebas, continuaram exercendo o papel de centros políticos e religiosos”, diz a historiadora francesa Bernardette Menu.

Mas o que mais surpreendeu os arqueólogos foi a estrutura militar montada por seu governante. “Havia um sofisticado complexo industrial especializado na produção de armas e carros de guerra. Não sabemos ainda qual era o tamanho do Exército de Ramsés, mas agora temos certeza de que foi o maior da Antiguidade”, diz Brand. Artesãos, ferreiros, criadores de animais, todos eram empregados dessa indústria bélica. “Eles faziam carros de batalha, lanças de cobre, espadas e dardos. É possível que também fabricassem barcos.”

II. O CATIVEIRO PROFETIZADO

Na sequência de nosso estudo vejamos que foi profetizada a escravidão de Israel “Então disse o Senhor a Abrão: Sabe com certeza que a tua descendência será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos.” (Gn 15.13).

Após preparar a cerimônia da aliança, o texto bíblico diz que ao pôr do sol Abraão caiu num sono profundo (Gn 15.12). Então mais uma vez Deus falou com Abraão; dessa vez dando detalhes acerca do futuro de sua descendência. Deus avisou Abraão que sua descendência haveria de ser peregrina em terra alheia; bem como seria reduzida à escravidão, afligida por quatrocentos anos (Gn 15.13; cf. Êx 12.40).

Então Deus explicou a Abraão que somente na quarta geração sua descendência voltaria àquela terra. O motivo disto era que a iniquidade dos amorreus ainda não havia alcançado um determinado nível (Gn 15.16). Os amorreus eram os povos de Canaã. Esta passagem explica claramente que o ataque posterior dos israelitas contra os cananeus não foi sem fundamento.

Moisés esqueceu algumas vezes de Seu Deus, enquanto recebia a educação no Egito? (Hb 11.14-16). Porque não? (Êx 2.7-9). O que supôs ele, após matar o egípcio? (At 7.25). Foi esta hora determinada por Deus? Quem ensinou a Moisés os 40 anos de peregrinação no deserto? (At 7.25; Êx 3.11).

1. A descendência do povo de Israel. Os filhos de Israel, ou israelitas, foram os descendentes do Jacó, cujo nome foi trocado ao Israel depois que lutou com o anjo (cf. Gn 32.24-30). A família do Jacó se transladou ao Egito por convite do José, um dos filhos do Jacó, que chegou a ser um grande governador de Faraó.

O Livro de Gênesis 47.27-28, relata que Jaco foi viver com sua família na terra de Gosen: “E viveu Israel na terra de Gosen, no Egito, tomando posse da terra e trabalhando-a, começando a prosperar e multiplicando-se muito. 28 Jacob viveu ainda 17 anos depois que veio para o Egito. Ao todo foram 147 os anos da sua vida.

Israel cresceu até chegar a ser uma grande nação. Mas, como estrangeiros e recém-chegados, suas vidas estavam em marcado contraste com as dos egípcios. Os hebreus adoravam a um Deus invisível; os egípcios adoravam muitos deuses. Os hebreus eram nômades; os egípcios tinham uma cultura profundamente estabelecida. Os hebreus eram pastores; os egípcios eram construtores. Além de ser tão diferentes, os hebreus estavam fisicamente separados do resto dos egípcios: viviam no Gosén, ao norte dos grandes centros egípcios.

2. Após a morte de Faraó I. “Depois, levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José, o qual disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é muito e mais poderoso do que nós.” (Êx 1.8-9).

Transcorreram aproximadamente trezentos anos desde a morte de José. Os setenta hebreus que se haviam radicado no fértil crescente do rio Nilo multiplicaram-se em centenas de milhares. Mas o povo israelita, outrora objeto do favor de Faraó, é agora escravo temido e odiado do rei egípcio.

O período após a morte de José trouxe uma mudança completa nas condições dos israelitas. De protegidos dos governantes semitas hicsos, tornaram-se os temidos escravos de uma nova dinastia de reis egípcios nativos. Oprimidos por seus senhores egípcios, os israelitas alcançaram um estado de absoluto desamparo e desespero, quando Deus, fiel a Sua aliança, redimiu-os com grande poder.

No versículo 16 está escrito: “E disse: Quando ajudardes no parto as hebreias e as virdes sobre os assentos, se for filho, matai-o; mas, se for filha, então, viva.”

Uma antiga tradição diz que o Faraó sonhou com uma balança com todo o Egito de um lado e um cordeiro do outro o qual pesava mais que o Egito. Os magos interpretavam esse sonho dizendo que logo nasceria um menino entre os Hebreus que destruiria todo o Egito.

O livro de Êxodo traz a continuidade da geração de José (filho de Jacó), momento em que seus filhos prosperaram e eram numerosos, e viviam num tempo cujo Faraó não conheceu José, e dessa forma, não tinha consideração pelos israelitas, chegando a ordenar às parteiras que matassem todos os meninos que nascessem para que os hebreus não prosperassem (Elas temiam ao Senhor e não cumpriram o que fora ordenado, justificando que as hebreias eram fortes e tinham seus próprios filhos). Neste tempo, a própria mãe de Moisés o escondeu num cesto e o colocou no rio (pouco depois de seu nascimento), próximo ao momento que a filha do faraó costumava banhar-se, e com a ajuda da irmã do menino, a filha do faraó teve compaixão e o criou, como egípcio.

3. Moisés mata um egípcio e foge para Midiã. Aos 40 anos Moisés mata um egípcio que estava torturando um hebreu, Moisés é expulso do reino de faraó e foge para o deserto. Aí começa a sua história (Êx 2.11-12).

Moisés havia sido criado pela filha de faraó e foi educado com toda ciência egípcia e sabedoria, foi educado como um guerreiro dentro do palácio, e foi preparado para ser um príncipe. Sua experiência era vasta, mas não servia para nada no deserto.

O fato de viver os conhecimentos do povo egípcio o favoreceram na forma de lidar com o faraó no momento da libertação de seu povo; a fuga para Midiã e seu casamento com Zípora, a qual lhe deu dois filhos: Gérson e Eliézer, o fixou 40 anos numa região desértica desenvolvendo nela habilidades para enfrentar desafios futuros aparentemente difíceis de vencer. Moisés pode ser apontado como o grande legislador do povo hebreu, um gênio militar, um grande líder; sem dúvida um dos maiores da história mundial. Ao observar o comportamento de Moisés quando Deus o convocava para liderar alguma situação difícil ou impossível aos olhos humanos, Moisés hesitava, mas depois obedecia; pois ele entendia a supremacia divina de Deus.

Moisés no deserto sem saber que era o propósito de Deus para lhe transformar em um grande líder, o homem que iria liderar a saída dos hebreus e conduzir quase dois milhões de pessoas no deserto.

Anos mais tarde, casado, morando em Mídia, trabalhava no campo quando o Senhor falou a Moisés por meio de uma sarça ardente. No diálogo entre eles, o Senhor encoraja a Moisés que retorne ao Egito, pois já havia morrido quem o queria matar; além de dar sinais a Moisés (com o cajado que se transformava em cobra, e a mão ora leprosa ora curada) que seria com ele. O motivo maior desse chamado seria a compaixão de Deus, ao ouvir o clamor do povo escravizado e se lembrar da aliança feita com Abraão, e seus descendentes Isaque e Jacó.

4. As dez pragas no Egito. Como narra a Bíblia, o Faraó Ramsés, cético e de coração endurecido, não escuta os apelos de Moisés para que liberte os hebreus da escravidão, deixando-os partir em busca da terra de Canaã. Deus resolve então punir toda a terra do Egito, enviando as dez terríveis pragas que assolariam sem piedade a natureza, os homens e os animais: rio de sangue, invasão de rãs, infestação de mosquitos, de moscas, peste dos animais, tumores, chuvas de pedra, nuvens de gafanhotos, trevas e morte dos primogênitos foram as catástrofes que assolaram o país do rio Nilo. Depois que se concretizou a última das calamidades, o Faraó finalmente se rende e deixa o povo de Israel partir. Curiosamente, esses flagelos não prejudicaram em quase nada os hebreus, como se pode ler em uma das passagens bíblicas: “No dia seguinte, fez Deus o que tinha dito; e todos os animais dos egípcios morreram, mas não morreu nenhum dos animais dos israelitas” (Êx 9.6). Os infortúnios atingiram principalmente os egípcios, e não só os egípcios poderosos, como também os camponeses humildes, mesmo aqueles que moravam em aldeias distantes, longe dos monumentos e pirâmides.

Depois da última das dez pragas do Egito, aconteceu grande emoção nas terras egípcias e com muita insistência, o povo de Israel enfim conseguiu ser libertado por Faraó. A Bíblia afirma que o rei Faraó ainda se arrependeu da decisão e perseguiu o povo hebreu com seu exército, para capturá-lo de novo e impedir a chegada na terra prometida de Canaã. Sem sucesso na tentativa de capturar o povo Israelita, por que primeiro uma coluna de fogo separava os egípcios dos israelitas e depois todos seus soldados morreram afogados no Mar Vermelho.

A Bíblia diz que Deus abriu o Mar Vermelho para o povo de Israel passar e quando todos já estavam salvos do outro lado, Deus fechou o mar e assim todos os soldados de Faraó morreram.

A saída do Egito é o marco inicial e constitutivo do antigo Israel como povo da aliança. A libertação do Egito é o fundamento da fé desse povo, porque por ela experimentou e passou a conhecer Deus como libertador e forte aliado frente a todas as formas de opressão. A libertação foi narrada como maravilhosa, evidenciando que o Deus que liberta é o mesmo que domina toda a criação.

III. A QUEDA DO IMPÉRIO EGIPCIO

Êxodo, o segundo livro da Bíblia, começa com os israelitas no Egito e descreve sua opressão sob o regime egípcio, sua libertação por Moisés e sua partida para voltar a Canaã, a Terra Prometida. Contudo, Deus lembra a hospitalidade inicial dos egípcios mostraram para com os israelitas e diz: “Você não deve aborrecer o egípcio, pois você era um estrangeiro em sua terra” (Dt 23.7).

Uma vez que Israel entrou na Terra Prometida, os faraós ainda ordenaram invasões ocasionais lá, porque os egípcios consideravam Canaã parte da zona de influência do Egito.

De acordo com o Discovery Channel, na sua série “Egito Revelado”, Ramsés I que também ficou conhecido como o “grande”, morreu aos seus 90 anos de idade. Isso significa que ele escapou da morte na “Travessia do Mar Vermelho” e voltou sozinho para casa, pois nenhum soldado egípcio sobreviveu no mar como descreve a Bíblia.

Com a morte de centenas de soldados no Mar Vermelho, a destruição da agricultura, pecuária e a morte dos primogênitos pelas pragas, o Egito entrou em caos econômico e sem exército, ou seja, a economia do Império Egito ficou toda destruída, e assim os outros países se fortaleceram grandemente.

Depois do século XII a.C., o Egito foi sucessivamente invadido por diversos povos. Em 670 a.C., os assírios conquistaram o Egito, dominando-o por oito anos. Após liberta-se dos assírios, o Egito começou uma fase de recuperação econômica e brilho cultural conhecida com renascença saíta. Essa fase recebeu esse nome porque a recuperação egípcia foi impulsionada pelos soberanos da cidade de Sais. A prosperidade, porém, durou pouco. Em 525 a.C., os persas conquistaram o Egito. Quase dois séculos depois vieram os macedônicos, comandados por Alexandre Magno, e derrotaram os persas. Finalmente, retirando Cleópata do trono de faraó, o Egito foi dominado pelos romanos, que governaram por 600 anos, até a conquista Árabe.

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau - SC