“O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.” (2ª Ts 2.4).
Já que a besta e o falso profeta atuarão como anti-Deus, o reinado de Satanás haverá de funcionar como anti-reino de Deus. Portanto, o momento de maior triunfo de Satanás será introduzir o seu representante no Santo Templo de Jerusalém.
1. Os judeus aceitam o Anticristo como seu messias. “Eu vim em nome de meu Pai, e não me aceitais; se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis” (Jo 5.43).
Fingindo ser o seu messias predito pelos profetas, numa tentativa de destruir e de frustrar os planos de Deus com respeito aos seus estabelecimentos definitivo e pleno dos filhos de Abraão na formosa terra.
A Bíblia ensina que Satanás é um mentiroso que se aproveita
de qualquer astúcia para enganar os fiéis. Cientes disso, cristãos precisam de
muito cuidado para não caírem no engano. De fato, Deus sempre deu ao seu povo
avisos sobre falsos sinais e profecias (veja Dt 13.1-5; 2ª Pe 2.1; 1ª Jo 4.1).
Paulo mostra claramente que os que se perdem são aqueles que “não acolheram o
amor da verdade para serem salvos” (2.10). Portanto, para não cair no engano do
poder de Satanás é preciso muito mais de que apenas conhecer a verdade na
palavra de Deus - é necessário amar a verdade, praticando-a completamente!
A palavra de Deus é suficientemente simples para convencer a
todos os que querem acreditar na verdade (Jo 7.17). O problema do pecado não
vem pela falta de inteligência, e sim pela falta de vontade de agir de acordo
com a verdade. Para pessoas que não querem aceitar a verdade, Deus permite que
a mentira seja bem convincente (2.10). De fato, os que rejeitam a verdade de
Deus perdem o discernimento, e acreditam nas mentiras absurdas que Satanás cria
no mundo (Rm 1.18-32). Todos nós seremos julgados pelo que fazemos com a
verdade (2.11; Jo 12.47-48).
3. Sejam suspensos os sacrifícios a Deus. “E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa da abominação virá o assolador, e isto até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador” (Dn 9.27; outra ref. Ap 12.12-17).
O estabelecimento do concerto entre o príncipe e Israel
marca o início da septuagésima semana, os últimos sete anos da presente era
conforme já mencionado anteriormente.
O Anticristo certamente fará um tratado de paz com Israel no
tocante à disputa territorial. E Israel aceitará o Anticristo como o verdadeiro
messias, para se cumprir à profecia de Jesus (Jo 5.43). Mas na metade dos sete
anos, (após três anos e meio), o príncipe romperá seu concerto com Israel,
declarar-se-á Deus, apoderar-se-á do templo em Jerusalém, proibirá a adoração
ao Senhor e fará cessar os sacrifícios e a oferta de manjares no templo dos
judeus: “O qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se
adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo
parecer Deus” (2ª Ts 2.4).
O Anticristo blasfemará contra Deus, (o “Ancião de Dias” - Dn
7.13) e solicitará ser adorado como se fosse Deus, e perseguirá aqueles que não
se encurvarem em sua adoração (Ap 13.5-6). Opor-se-á ao Altíssimo e assentar-se-á como um Deus. “Proferirá palavras
contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos
e a lei; e os santos ser-lhe-ão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e
metade de um tempo” (Dn 7.25).
Como se fora ele o messias que haveria de trazer a
libertação a Israel e a salvação a toda a humanidade. Quando os judeus
perceberem que o Anticristo não é de fato o seu cristo, mas um impostor tentará
ele destruir os descendentes de Abraão (Dn
9.27). Irá perseguir os santos (Israel) durante um período de três anos
e meio.
Cristo referiu-se à visão de Daniel quando disse: “Quando,
pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar
santo (quem lê entenda)” (Mt 24.15).
Aqui Jesus refere-se a futura destruição do templo de
Jerusalém pelo Anticristo (2ª Ts 2.3-4; Ap 13.14-15), no segundo período da
Grande Tribulação.
Quando isto acontecer, será deflagrada toda a ira do
Cordeiro tanto sobre o Anticristo como sobre os seus adoradores. Mostrará Deus,
uma vez mais, que não dividirá a sua glória com ninguém.
Pr. Elias Ribas
Dr. em Teologia
Assembleia de Deus Blumenau SC
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