TEOLOGIA EM FOCO

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

O IMPÉRIO DA ASSIRIA - CAPÍTULO II


I. A OREIM DA ASSIRIA

As origens dos povos assírios estão associadas aos povos semitas que viviam na região do Cáucaso e que migraram para o planalto de Assur, na Alta Mesopotâmia. Os assírios estabeleceram-se nessa região, que hoje compreende o norte do atual Iraque, por volta do ano 2.400 a.C., período em que fundaram a cidade de Assur – em homenagem ao deus de mesmo nome, formando um dos mais importantes impérios da Mesopotâmia.

Entretanto, o império assírio só se ergueu efetivamente por volta de 1.300 a.C. e perdurou até 612 a.C., legando à história das civilizações que se desenvolveram no Oriente Médio várias características, como sua “máquina de guerra”.

A chamada “máquina de guerra” dos assírios compreendia a formação do provável primeiro exército organizado da História, isto é, um exército que devia sua eficiência à sua organização funcional, que se dava entre arqueiros, lanceiros, carros de combate e cavalaria. Foi através de seu exército que os assírios conseguiram submeter várias das civilizações da Mesopotâmia ao seu jugo.

Sua tecnologia militar foi destacada pelo uso do ferro, cobre e estanho para entalhar armas. No auge do poder, controlavam o Chipre, o Egito, a Mesopotâmia e a região hoje ocupada pelo Estado de Israel.

Sua tecnologia militar foi destacada pelo uso do ferro, cobre e estanho para entalhar armas. No auge do poder, controlavam o Chipre, o Egito, a Mesopotâmia e a região hoje ocupada pelo Estado de Israel.

II. OS ASSÍRIOS ATACAM ISRAEL

Foi no reinado de Sargão II, que os assírios conquistaram Israel. Sargão II viveu entre 721 a.C. e 705 a.C. e, entre as marcas de sua conquista esteve a deportação de 27 mil israelitas e a invasão da Síria, em 715 a.C..

O sucessor de Sargão II, Senaquerib (705 a.C. até 681 a.C.) foi o responsável pela transferência da capital para Nínive. Antes disso, a sede em Assur. Senaquerib ainda tentou conquistar Judá. Ele ordenou o cerco à cidade, fracassou e, quando retornou derrotado a Nínive, dois de seus filhos o assassinaram.

Os assírios começaram a expandir seu território e a atacar toda a região em volta de Israel. Os reis de Israel e Judá fizeram várias alianças com os assírios para manter sua independência, pagando-lhes tributos e jurando fidelidade. Mas Oséias, o último rei de Israel, traiu Salmaneser, o rei da Assíria, conspirando com o faraó do Egito (2º Rs 17.3-4).

1. Ezequias e os assírios. “Então saiu o anjo do Senhor, e feriu no arraial dos assírios a cento e oitenta e cinco mil deles; e, quando se levantaram pela manhã cedo, eis que todos estes eram corpos mortos. 37 - Assim Senaqueribe, rei da Assíria, se retirou, e se foi, e voltou, e habitou em Nínive. 38 - E sucedeu que, estando ele prostrado na casa de Nisroque, seu deus, Adrameleque e Sarezer, seus filhos, o feriram à espada; escaparam para a terra de Ararate; e Esar-Hadom, seu filho, reinou em seu lugar.” (Is 37.36-38).

Depois da conquista de Israel, o reino de Judá continuou. Ezequias, rei de Judá, era temente a Deus e foi abençoado. Ele se rebelou contra o rei da Assíria, parando de pagar tributo. Por isso, os assírios atacaram Judá e sitiaram Jerusalém. Senaqueribe, o rei da Assíria, enviou uma mensagem arrogante a Ezequias insultando a Deus e dizendo que ninguém o poderia livrar de suas mãos (2º Rs 18.35).

Essa passagem de Isaías fala de problemas diplomáticos e bélicos entre a Assíria (Senaqueribe), Judá (Ezequias) e o Egito. Senaqueribe, rei da Assíria, conquistou a Babilônia e fez de Nínive a capital do seu império. Suas campanhas de conquista territorial chegaram até a Palestina. Contra essas conquistas se rebelou Ezequias, rei de Judá, apoiado pelo Egito. Senaqueribe penetrou no território da Palestina, saqueou várias cidades e organizou um assédio de Jerusalém.

O povo ficou desmoralizado, mas Ezequias enviou mensageiros ao profeta Isaías para pedir ajuda a Deus. Suas orações foram respondidas e Deus prometeu livrar o reino de Judá das mãos dos assírios, para mostrar Seu poder (2º Rs 19.21-22). Senaqueribe ouviu que o rei do Egito estava vindo para lutar contra ele, então ele se retirou e levantou o cerco.

Mas Senaqueribe não desistiu. Ele voltou a sitiar Jerusalém mais tarde, prometendo acabar com Ezequias. Novamente Isaías profetizou a libertação da cidade e Deus matou 185 mil soldados assírios em uma única noite! Então Senaqueribe se retirou e voltou para Nínive. Lá, ele foi assassinado por dois de seus filhos (2º Rs 19.35-37).

A Bíblia mostra sempre como Deus protege seu povo e o profeta e o instrumento através do qual passa a mensagem divina.

2º Reis 17 conta como a cidade da Samaria caiu diante do Rei da Assíria, depois de tê-lo traído com alianças com o Egito. É o fim do Reino do Norte, que segundo o autor sagrado aconteceu porque “Porquanto não obedeceram à voz do Senhor seu Deus, antes transgrediram a sua aliança; e tudo quanto Moisés, servo do Senhor, tinha ordenado, nem o ouviram nem o fizeram.” (2º Reis 18.12).

Tendo caído Samaria, fica só o Reino de Judá, com a capital Jerusalém. 2º Reis 18 e 19 conta como o Rei da Assíria também afligiu o reino de Judá, tomando todas as suas cidades fortificadas, pois, como dito acima, Ezequias tinha se rebelado contra a Assíria. Ezequias se deu conta do seu erro e enviou uma quantidade de bens à Assíria para obter o perdão. Mas mesmo assim os Assírios marcharam contra Jerusalém. Ezequias então pediu, no Templo, que Deus ajudasse o povo. É aqui que o profeta Isaías entre em ação, dizendo que Senhor viria socorrer Jerusalém (2º Reis 19.20). Naquela noite um anjo do Senhor passou e matou 185 mil soldados assírios. Senaqueribe, então, se retirou para Nínive, onde foi assassinado pelos filhos.

Com a destruição do exército da Assíria pelo anjo do Senhor, o império enfraqueceu fazendo que outros reinos viessem a crescer e a disputar o poder.

Os assírios continuaram como uma ameaça ao reino de Judá até o surgimento do império babilônico. Em 625 a.C., os caldeus tomaram a Babilônia e conquistaram sua independência. Ciaxares, rei da Média, em aliança com o rei dos caldeus, invadiu Assur em 615 a.C. e, em 612 a.C., tomou Nínive, pondo fim ao Estado assírio.

Os babilônios conquistaram o império assírio e puseram fim à sua dominância. Os assírios se tornaram mais um povo conquistado e desapareceram quase completamente.

Deus usou os assírios para castigar Israel, mas também tinha avisado que iria castigar a Assíria por sua crueldade. Os assírios foram usados por Deus, mas não tinham o coração voltado para Ele (Is 10.5-7). Seu objetivo nunca foi glorificar a Deus e eles cometeram pecados terríveis. Por isso, eles foram castigados e destruídos.

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau - SC

OS QUATRO ÚLTIMOS IMPÉRIOS MUNDIAIS DANIEL CAPÍTULO 2

 


Nabucodonosor era um dos grandes conquistadores da história antiga. Numa série de batalhas, ele venceu os assírios, o povo que dominara a Mesopotâmia durante os séculos anteriores. Defendeu-se contra os egípcios e estabeleceu as fronteiras de um império extenso e próspero. Conseguiu dominar a pequena, mas importante terra que conhecemos hoje como a Palestina, uma região por onde passavam as principais rotas comerciais entre a Ásia e a África. Passou por Jerusalém em 605 a.C. e levou os jovens mais inteligentes e nobres para a Babilônia, onde seriam educados na sabedoria babilônica e teriam oportunidades de até participar do governo do império. Daniel foi um desses jovens.

Daniel ainda muito jovem foi levado para Babilônia como cativo. Em terra estranha ele serviu fielmente a Deus. Levou uma vida imaculada em meio ao paganismo, idolatria e ocultismo da corte oriental babilônica. Ele foi levado para Babilônia na primeira leva de exilados de Judá, em 606 a.C., quando tinha 14 a 16 anos de idade. Aí viveu no palácio de Nabucodonosor, como estudante, estadista e profeta de Deus, atravessando o reino de todos os reis babilônicos, exceto o primeiro deles – Nabopolassar, pai de Nabucodonosor, fundador do neo-Império Babilônico. Chegou até o Império Persa sob Ciro em 536 a.C. (Dn 6.28; 10.1). Prestou cerca de setenta e dois anos de abnegados serviços a Deus e ao próximo.

Em duas ocasiões distintas, o Senhor revela ao profeta Daniel, tipo logicamente as figuras dos quatro últimos impérios mundiais; no capítulo 2 e capítulo 7.

Daniel por duas vezes teve visões e revelações proféticas na Babilônia. São estas visões que nos trazem luz aos acontecimentos que dar-se-ão no tempo do fim. Através da interpretação destas visões, nos situamos profeticamente e historicamente, podemos assim sentir o peso da responsabilidade de estarmos preparados para quando o fim chegar.

Nestas visões está predito o futuro do mundo gentílico na era dos “últimos dias” (Dn 2.28). Isto alcança os tempos da vinda de Jesus e o estabelecimento do Milênio. A matéria profética deste assunto é tão importante que vem repetida no capítulo 7. Uma das diferenças é que no capítulo 2, a revelação divina veio por meio de um sonho profético ao rei Nabucodonosor, rei da Babilônia; e no capítulo 7, por meio de uma visão profética concedida a Daniel.

I. O SONHO DO REI NABUCODOSOR - Daniel capítulo 2.

No livro de Daniel, temos uma profecia muito intrigante que fala do futuro dos reinos da terra e ela se mostrou tão correta, que até mesmo os estudiosos mais céticos ficam extasiados com tantos detalhes e acertos que essa profecia demonstra.

Duas visões panorâmicas de Daniel apresentam a soberania de Deus sobre a história. Nabucodonosor teve a primeira (Dn 2.1) e Daniel, a segunda (Dn 7.1-14). Em cada uma delas, quatro reinos do mundo são apresentados.

Ela veio através de um sonho ao rei Nabucodonosor que na época do profeta Daniel, foi o governante do império no Oriente Médio. No sonho o rei via uma grande estátua com certas peculiaridades e neste artigo vamos entender quais os seus significados bem como ter uma ideia do que ela tem a dizer sobre o futuro da humanidade. Caso tenha interesse em saber mais sobre toda a história, leia todo o livro de Daniel.

1. A crise provocada pelo sonho. Certa noite, o rei Nabucodonosor teve um sonho, uma grande revelação. Ao levantar-se pela manhã esqueceu o que havia sonhado, e seu espírito ficou grandemente perturbado. Então o rei mandou chamar os sábios do palácio: os magos, astrólogos, encantadores, e os caldeus, para revelar ao rei qual tinha sido o seu sonho. Mas, nenhum desses adivinhos e místicos puderam revelar (trazer conhecido) ao rei, o que ele havia sonhado. Jamais alguém poderia revelar sem ajuda divina. Nem mesmo o sonhador ou o próprio Lúcifer saberia, pois ele não é onisciente para saber os mistérios de Deus.

Porém, Nabucodonosor vendo que não podiam trazer conhecido o seu sonho, fez um decreto ordenando a morte de todos os magos, sábios e encantadores. O profeta Daniel e seus três amigos, Ananias, Misael e Azarias, sendo jovens e recém-formados, não foram chamados pelo rei juntamente com os outros sábios, mas o decreto da matança também os incluía.


Daniel, avisado sobre o decreto, prudentemente foi pedir ao rei que desse-lhe um tempo para que pudesse dar a interpretação do sonho. E em seguida foi para sua casa e comunicou o fato aos seus três amigos, que juntos em oração pediram misericórdia ao Senhor Deus, a fim de não perecerem com os demais sábios. Sendo Jeová um Deus compassivo e misericordioso para com seus servos, revelou o sonho do rei ao profeta Daniel numa visão de noite. Após o Senhor Deus ter revelado o sonho do rei ao profeta Daniel, ele O louvou grandemente (Dn 2.20-22).

2. Daniel na presença do rei (Dn 2.25-30). Posto na presença do rei, este jovem judeu declarou as visões que o rei havia tido em sua cama, exatamente como elas aconteceram. Esta primeira visão, embora não tenha sido dada primariamente a Daniel, foi interpretada exclusivamente por ele, e estão registrados em seu livro. Isto causou uma grande surpresa no coração do rei, pois era exatamente o que havia sonhado alguns dias anteriores a este encontro.

II. DANIEL REVELOU E INTERPRETOU O SONHO (Dn 2.36-43).

O resumo:

A cabeça da estátua – de ouro – a Babilônia.

O peito e os braços – de prata – Medos-Persas.

O ventre e as coxas – de cobre – a Grécia.

As pernas – de ferro – Roma.

Os pés – em parte de ferro e em parte de barro – um reino mundial dividido: império dividido.

Na enorme estátua do sonho do rei, está predita a história das nações dos “tempos dos gentios”, começando por Nabucodonosor até a vinda de Jesus em glória.

Esta visão revela, em caráter profético, como dar-se-ão os acontecimentos sociais e políticos concernentes aos grandes reinos, impérios e confederações de países no mundo contemporâneo a Daniel, no período posterior aquele e no futuro (nossos dias).

Prosseguindo, vemos Daniel descrevendo o relato da interpretação do tal sonho. E a interpretação, que segundo ele é fiel, pois ela cumpre-se na íntegra na história da humanidade que são os quatro últimos impérios mundiais.

1. Cabeça de ouro, o reino Babilônico (625 a 538 a.C.). “Tu, ó rei, és rei de reis, pois o Deus dos céus te tem dado o reino, e o poder, e a força, e a majestade. E, onde quer que habitem filhos de homens, animais do campo e aves do céu, Ele te entregou na tua mão e fez que dominasses sobre todos eles; tu és a cabeça de ouro” (Dn 2.37-38).

O Império Babilônico representa o começo, o início dos tempos dos gentios. Sobre a expressão “tempos dos gentios” (Lc 21.24).

Babilônia nos dias de Nabucodosor, detinha a hegemonia mundial, após ter derrotado a Assíria, em 612 a.C.

Depois da morte de Nabucodonosor, encontramos entre os seus sucessores o rei Nabonido (556-538 a.C.). Belsazar, seu filho, estava como co-regente na cidade da Babilônia, quando o Império Caldeu ruiu derrotado por Ciro, rei da Pérsia.

A cabeça de ouro é a Babilônia, o reino do conquistador Nabucodonosor (Daniel 2.37-38).

2. O peito e os braços de prata, o reino Medo-Persa. “E depois de ti, se levantará outro reino, inferior ao teu” (2.32-39). Representa a coligação do Império Medo-Persa, o segundo Império mundial.

Para identificar os próximos dois, consideramos uma visão de Daniel no finalzinho do domínio babilônico, relatada no capítulo 8. Nesta visão, Deus mostrou-lhe mais detalhes sobre os próximos dois reinos, e os identificou como a Média-Pérsia (8.20) e a Grécia (8.21). Ligando as duas profecias, percebemos que a parte de prata representa Média-Pérsia, o reino que venceu a Babilônia em 539 a.C.

3. O ventre e as coxas de cobre, o reino Grego. “E um terceiro reino, de metal, o qual terá domínio sobre toda a terra.” (2.32-39).

Aqui Daniel não traz os pormenores deste império. Mas no capítulo 7, sim. Trata-se do terceiro império mundial, a Grécia. O império que conquistou um território enorme no quarto século a.C.

4. As duas pernas de ferro, o reino Romano. “E o quarto reino será forte como ferro; pois, como o ferro esmiúça e quebra tudo, como o ferro quebra todas as coisas, ele esmiuçará e quebrantará” (Dn 2.40).

As pernas são a parte mais longa do corpo, o que indica a extensão do domínio romano. As duas pernas correspondem a divisão do Império Romano em Ocidental e Oriental, ocorrido em 395 d.C.

O reino de ferro teve início cerca de 170 a.C. e dominou o mundo numa amplitude que nenhum império dantes o fizera.

4.1. Os pés, em parte é ferro, em parte de barro. (Dn 2.33, 41-43). Ferro e barro não se misturam. Isto revela que neste tempo do fim não haverá “nações unidas” de fato. A propalada união das nações nestes últimos dias através da ONU é uma proforma; está previsto nesta profecia. O ferro é o governo ditatorial, totalitário que hoje cada vez aumenta em todos os continentes (v. 40). O barro é o governo do povo, democrático, republicano. O barro é formado de partículas soltas, o que indica governo do povo, como apresenta-se o regime democrático. Já o ferro é formado de blocos compactos, indicando poder centralizado. Temos hoje no mundo estas duas formas de governo. Vemos assim pela Palavra de Deus que a última forma de governo na terra será o governo do Anticristo.

4.2. Os dez dedos dos pés na imagem (2.41-42). São dez reinos, como forma de expressão final do Império Romano, que aparecerá no governo do Anticristo e do falso profeta, no fim dos dias.

São dez reinos, como forma ou expressão final do Império Romano, nos últimos dias da presente dispensação, como se vê no versículo 44: “Mas, nos dias destes reis...”

Esses dez reis correspondem aos dez chifres do quarto animal de Daniel 7.24 e aos dez chifres da besta de Apocalipse 13.1 e 17.3.

Trata-se de um poder político que existiu, e que no presente momento não existe, mas que voltará a existir segundo a palavra profética (“era e não é e está para emergir” - Ap 17.8).

4.3. Os pés, em parte de ferro, em parte de barro (2.33,41-43).

Ferro e barro não se misturam! Isto revela que neste tempo do fim não haverá “nações unidas”.

O ferro é o governo ditatorial, totalitário que hoje cada vez mais aumenta em todos os continentes (v. 40).

O barro é o governo do povo, democrático, republicano. O barro é formado de partículas soltas, o que indica governo do povo, como se apresenta o regime democrático.

Já o ferro é formado de blocos compactos, indicando poder centralizado.

Temos hoje no mundo estas duas formas de governo.

Vemos assim pela Palavra de Deus que a última forma de governo na terra não será o comunismo total, como eles apregoam.

4.4. A crescente inferioridade dos metais na estátua profética (2.32,33).

A escala decrescente dos valores dos metais na estátua profética (2.32-33). Ouro, prata, bronze, ferro com barro, mostra a degradação da raça humana, na área moral, social e política, basta vermos as notícias mundiais para comprovarmos a imoralidade, corrupção e injustiças que fazem parte da humanidade sem Deus. É o que nos assegura esta profecia.

Conforme o pensar deste mundo (inclusive a filosofia comunista), a cabeça devia ser de barro e os pés de ouro. Ao contrário, a cabeça é que é de ouro e os pés de barro!

A imagem de Nabucodonosor é uma descrição bíblica da degeneração da raça humana alienada de Deus.

Os dez dedos dos pés são dez reinos que nos últimos dias entregarão o governo mundial ao Anticristo o oitavo reino.

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau SC

OS QUATRO ÚLTIMOS IMPÉRIOS MUNDIAIS - DANIEL CAPÍTULO 7 - CAPÍTULO IV


O sonho do profeta Daniel no capitulo sete, é a mesma profecia do capitulo dois que interpretou ao rei Nabucodonosor; esta se deu 40 anos depois, já no reinado de Belsazar filho de Nabonido (Dn 7.1). No capítulo dois, ele descreve aparência exterior deste império; ao passo que, no capitulo sete, revela sua índole e caráter.

No capítulo 2 os impérios são representados por uma imagem de metais em quatro partes, no presente capítulo, estes mesmos impérios são representados por quatro animais.

A imagem de metais é descendente, começando com metal mais valioso (ouro) para o mais forte (ferro). De forma similar, a hierarquia dos animais move-se do mais honroso (leão, rei dos animais) ao poder mais esmagador (animal indescritível, mais feroz que qualquer um conhecido na natureza). 

I.        O CURSO DOS TEMPOS DOS GENTIOS

1. O paralelo entre os capítulos 2 e 7 de Daniel. Duas revelações paralelas no livro de Daniel nos dão a descrição completa deste período. No capítulo 2, por meio de Nabucodonosor, Deus revelou o lado político destes últimos impérios mundiais. No capítulo 7, por meio do profeta Daniel, Deus revelou o lado moral e espiritual através de quatro animais. A história política havia sido mostrada a Nabucodonosor, mas a história espiritual foi mostrada a Daniel. Notemos ainda o seguinte: No capitulo 2, as figuras representadas são tomadas da esfera inanimada, materiais como ouro, prata, bronze, ferro e barro. No capítulo 7, as figuras são representadas por seres animados, aqueles animais estranhos. Nos dois, aparecem quatro elementos, que obviamente seguem um ao outro cronologicamente, alcançando o clímax escatológico – o estabelecimento final do reino de Deus sobre a terra. 

2. O Mar agitado. Dn 7.2-3 “Falou Daniel, e disse: Eu estava olhando na minha visão da noite, e eis que os quatro ventos do céu agitavam o mar grande. “E quatro animais grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar”. 

A palavra “mar” na linguagem escatológica sempre representa as nações gentílicas (Is 17.12,13). O mar agitado representa as nações inquietas (ref. Ap 17.15). A inquietação e perplexidade das nações é uma característica do fim dos tempos, isto pelas crises mundiais cada vez maiores. “Os ventos” podem ser os poderes do mal que incitam e afligem as nações. São poderes usados por Deus para agitar a humanidade e são específicos. Obedecem e cumprem fielmente sua missão, agitando geologicamente mares, rios e a terra com seus vulcões. Açoitam a terra varrendo os continentes, e também sopram brandamente sobre a terra, avisando-a de possíveis catástrofes.

Em seguida é revelado a Daniel quatro animais grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar (Dn 7.3), isto é, saem do meio dos povos.

II.     O PODER DOS GENTIOS 

As nações usam imagens de animais como seus representantes, comunicando uma mensagem sobre como eles vêm a si mesmas. Algumas escolheram uma águia, outras um leão e ainda outras um urso ou um antílope.

Em Daniel 7 também encontramos vários animais. Entretanto, estes animais são indefiníveis ou misturas estranhas de bestas e todos eles são ferozes. Este capítulo nos leva para a parte escatológica do livro. 


1. O Leão com asas de águia.
“O primeiro era como leão, e tinha asas de águia; enquanto eu olhava, foram-lhe arrancadas as asas, e foi levantado da terra, e posto em pé como um homem, e foi-lhe dado um coração de homem” (Dn 7.4). 

Era como o leão e tinha asas de águia (Império Babilônico). O leão corresponde a cabeça de ouro da estátua do capítulo 2 (2.32, 37, 38), a Nabucodonosor, rei do Império Babilônico.

O leão é a cabeça de ouro, refere-se ao orgulho, a vaidade e a fineza da Babilônia; leão com duas asas como de águia, nos diz a respeito da força e rapidez nas suas conquistas, como revela a história do nosso mundo. 

1.1. Breve história do Império Babilônico. O império Babilônico teve início no ano 612 a C.539 a.C.

A cidade era extravagante; luxuosa e pomposa além do que se possa imaginar; era sem rival na história do mundo. Isaías diz a respeito de Babilônia: “Babilônia, a joia dos reinos, glória e orgulho dos caldeus” (Is 13.19). Jeremias diz que a Babilônia era a “glória de toda terra” (Jr 51.41).

Os antigos historiadores declaram que seu muro alcançava 96 km de extensão (24 km de cada lado da cidade), 90 m de altura e 25 de espessura. O muro tinha ainda 250 torres e 100 portões de cobre. Sob o rio Eufrates, que dividia Babilônia ao meio, passava um túnel. Os diversos muros da cidade e do palácio e fortalezas eram tão espessos e altos, que para qualquer tipo de guerra da Antiguidade, Babilônia era uma cidade simplesmente inconquistável. 

1.2. O orgulho pessoal e político do rei. “A grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder, e para glória da minha majestade” (Dn 4.30).

O homem mais orgulhoso da época se vã gloria pelos seus feitos; o Senhor Deus diz ao profeta Isaías: “E a minha glória não a darei a outro” (Is 48.11b). Devemos ter o cuidado, pois, com o costume de receber a glória que pertence só a Deus. 

1.3. As profecias referentes à Babilônia. Veremos a seguir algumas profecias bíblicas vaticinadas pelos profetas que se cumpriram em Babilônia.

Nunca mais seria habitada. “E Babilônia, o ornamento dos reinos, a glória e a soberba dos caldeus, será como Sodoma e Gomorra, quando Deus as transtornou. Nunca mais será habitada nem reedificada de geração em geração: nem o árabe armará ali a sua tenda, nem tampouco os pastores ali farão os seus rebanhos. Mas as feras do deserto repousarão ali, e as suas casas se encherão de horríveis animais” (Is 13.19-21 – outras ref. Jr 50.13, 39; Jr 51.37, 58).

Aos olhos humanos era impossível a Babilônia ser conquistada, mas o que Deus falou por intermédio de Seus profetas cumpriu-se. Diz a história em confirmação com a Bíblia que o rio Eufrates que passava sob a Babilônia secou-se e os Medos e Persas a conquistaram.

“Cairá à seca sobre as suas águas, e secarão” (Jr 50.38). “Quem diz às profundezas: seca-te, e eu secarei os teus rios” (Is 44.27).

Jeremias profetizou 50 anos antes da queda do Império Babilônico e que seria dominado pelo rei da Média. “Alimpai as flechas, preparai perfeitamente os escudos: O Senhor despertou o espírito dos reis da Média: porque o seu intento contra Babilônia é para destruir” (Jr 51.11). Cinquenta anos após Jeremias ter profetizado, o profeta Daniel relata no capítulo 5, a tomada da grande Babilônia.

No ano 538 a.C. o rei Belsazar, filho de Nabonido e neto de Nabucodonosor, rei da Babilônia, estava num grande banquete juntamente com mil convidados, onde bebia muito vinho e davam louvores aos seus deuses. A Bíblia diz que bebiam vinho nas taças de ouro trazidas do templo de Jerusalém quando Nabucodonosor trouxe Israel para o cativeiro Babilônico. Na noite da festa, Belsazar teve uma visão, viu uns dedos de mão de homem que escreviam na parede do palácio real, que dizia: Mene, Mene, Tequel, Ufarsim. Como Daniel já era conhecido pelos seus feitos no palácio, foi comunicado por intermédio da rainha, e então trouxeram o profeta Daniel para fazer a leitura da escrita. No mesmo instante que Daniel viu a escrita a interpretou dizendo: Mene: “Contou Deus o teu reino e o acabou”. Tequel: “Pesado foste na balança, e foste achado em falta”. Peres: “Dividido foi o teu reino, e deu aos medos e aos persas” (Dn 5.26-28). E mais uma vez o profeta Daniel, com a sabedoria divina, trouxe conhecida o enigma divino.

Os Persas formaram uma colisão para derrotar a Babilônia. A Média sob o comando de Dário e a Pérsia sob Ciro. Na mesma noite em que Belsazar teve a visão, os Medos e os Persas invadiram a Babilônia, mataram Belsazar e tomaram o Palácio. Assim terminou o magnífico império babilônico, (a cabeça de ouro da estátua de Dn 2.32, o leão com duas asas de Dn 7.4). 


2. O Urso destruidor.
“Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual levantou-se de um lado, tendo na boca três costelas entre seus dentes; e foi-lhe dito: levanta e come muita carne.” (Dn 7.5). 

Depois do império babilônico viria um império que seria um pouco inferior, representado pela prata (Daniel 2.39).

O urso representa o segundo império mundial dos gentios, Medo-Persa. E corresponde ao peito e os braços da estátua (Dn 2.32-39). Este império teve início no ano de 539 a.C. 331 a.C.

As três costelas na boca do urso aludem à conquista da Babilônia, Lídia e Egito pelo império. 


3. O Leopardo altivo.
“Depois disto, eu continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha quatro asas de ave nas suas costas: tinha também este animal quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio.” (Dn 7.6). 

O leopardo representa o terceiro império mundial o império Grego, que surgiu no período de 331a168 a.C., tendo como Governante Alexandre o Grande e os quatro generais; Este animal leopardo tinha asas em suas costas, que significa que era rápido como foi Alexandre em suas conquistas.

O leopardo corresponde ao ventre e as duas pernas de bronze da estátua do capítulo 2. 

O leopardo tinha “quatro asas e quatro cabeças”. As quatro asas do leopardo, indicam mais rapidez nas conquistas do que Babilônia, pois era um exército relâmpago em suas conquistas na guerra. As quatro cabeças falam da divisão do Império Grego em 4 partes (quatro reinos). Após a morte de Alexandre, o império Grego foi dividido entre os quatro generais: Cassandro (Macedônia), Lisímaco (Trácia), Ptolomeu(Egito) e Seleuco(Síria) isto representa a divisão do império em quatro reis. 


4. O animal terrível e espantoso.
“O quarto monstro que vi naquela visão era terrível, espantoso e muito forte. Tinha enormes dentes de ferro e com eles despedaçavam e devoravam as suas vítimas; o que sobrava ele esmagava com as patas. Esse monstro era diferente dos outros três e tinha dez chifres” Estando eu considerando as pontas, eis que entre elas subiu outra ponta pequena, diante da qual três das pontas primeiras foram arrancadas; e eis que nessa ponta havia olhos, como olhos de homem, e uma boca que falava grandiosamente.” (Dn 7.7-8). 

O quarto animal seria um rei ou um reino, como os demais animais. Ele representa o quarto império mundial o império romano. Esta besta causou espanto em Daniel, por isso o chamou: espantoso, terrível e muito violento. Este animal tinha dentes de ferro, assim como as pernas de ferro e os pés, correspondem à visão de Nabucodonosor de que o quarto reino é forte como ferro, quebrando em pedaços e esmagando todos os outros (Dn 2.40,41), portanto o ferro representa dureza e maldade deste reino. Este reino seria forte, ou seja, um reino da força, da ferocidade, do esmagamento, como foi o império romano, diferente de todos os reinos.

O reino de ferro dominou o mundo numa amplitude que nenhum império dantes o fizera. Com seus dentes de ferro despedaçava e devorava suas vítimas. 

4.1. Os dez chifres da besta. Este animal possui dez chifres (Dn 7.7, 20) e a estátua possui os dez dedos dos pés da estátua (Dn 2.33, 41) que representam as dez nações na grande do Império Romano que irá ressurgir no governo do Anticristo na tribulação (Ap 17.12). 

4.2. Ele abaterá três reis. “E, quanto às dez pontas, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros e abaterá a três reis.” (Dn 7.24). 

A identificação do império pretendido por esta besta tem sido o ponto crucial dos intérpretes.

Os dez chifres são dez reis ou reinos anteriores ao “pequeno chifre” (v. 8), o qual arranca três deles. Aqui está uma nova fase do quarto império. O o pequeno chifre simboliza o aparecimento do anticristo (2ª Ts 2.3-4,8). Também a simbologia usada sugere que esse chifre se refere a um indivíduo e não a um reino. Nesse chifre havia olhos como os de homem e uma boca que proferia palavras insolentes. 


4.3. Pequeno chifre.
Desejo ser sucinto neste quesito, pois no estudo do último Império mundial, desejo elucidar com mais clareza.

Segundo a visão de Daniel a ponta pequeno se eleva após sua ascensão, a princípio “pequeno” (Dn 7.8); mas depois de destruir três dos dez, ele se torna maior que todos (Dn 7.20; Dn 7.21). Para entendermos este mistério precisamos nos reportar para o livro apocalíptico onde o anjo explica para o apóstolo João dizendo: “o mistério da mulher e da besta e tem sete cabeças e dez chifres.” (Ap 17.7); “E a besta, que era e já não é, é ela também o oitavo, e é dos sete, e vai à perdição. (Ap 17.11).

Esta visão nos traz ao fim dos tempos dos gentios. Quando a quarta besta com dez chifres e o chifre pequeno, a última coisa falada sobre este império mundial, está em pleno andamento, então chega o fim.

Os três desaparecidos, ele é o oitavo (cf. Ap 17.11); uma cabeça distinta, e ainda “dos sete”. Como os reinos mundiais anteriores tinham suas cabeças representativas, vejamos:

1º O primeiro império mundial na história, conforme a Bíblia foi o Egito, na época de José no Egito, e da fome generalizada sobre a terra; quando também os israelitas permaneceriam escravos no Egito por aproximados 400 anos. (Livro de Êxodos – Bíblia). E o Egito, nessa época chegava a ter sob seu comando mais de um milhão de escravos hebreus a servir-lhe.

2º Segundo império mundial na história conforme a história é a Assíria. No tempo dos reis de Israel e Judá. São exatamente os reis da Assíria que deportam os judeus (do norte em Israel) transportando-os a outras nações, destruindo Israel (reino do norte) em cumprimento ao castigo da lei de Moisés; e, ao mesmo tempo, os reis da Assíria levariam povos estrangeiros p/ habitarem Israel, em lugar dos hebreus (por toda a Galileia e Samaria). (Isaías e 2º Reis e 2º Crônicas).

3º Terceiro império mundial na história – Babilônia – Daniel 1 e 2.

4º Quarto império mundial – Medos e Persas – Daniel 6 – Esdras e Neemias.

5º Quinto império mundial – Grécia –  Daniel 2.32c – Daniel 7.6 – Daniel 11  – Livro de Macabeus.

6º Sexto império mundial na história – Roma – Daniel 2.33a – Daniel 7.7 – os Evangelhos.

7º E o Sétimo e último império mundial. O sétimo reino (ONU), surgira com dez reis e entregarão o poder ao Anticristo no final dos tempos.

8º O oitavo império mundial. O governo único através do Anticristo.

Desde Antíoco Epífanes, o anticristo do terceiro reino em Daniel 8.1 e Daniel 8.27 era o inimigo pessoal de Deus; assim será o anticristo final do quarto reino, seu antítipo.

“O anticristo que já se manifestou na pessoa de Atíoco Epifânio (Dn 8.9,22), reaparecerá em forma ainda mais forte e global”. [Comentário Russel Shedd].

A Igreja sempre sofreu perseguições por vários anticristos no decorrer da história, porém, após seu arrebatamento da terra, levantar-se-á um que receberá poder de satanás no final dos tempos (Ap 13.2); será diferente dos outros reis (Dn 7.24); falará coisas espantosas (Dn 7.7); vai blasfemar contra Deus, caluniar Seu nome, (Dn 7.25; 11.36; Ap 13.5); irá perseguir o povo de Deus (Israel – Ap 12.3), fará guerra contra os santos (Dn 7.21,25; Ap 13.6-7), irá oprimir os santos e será́ bem sucedido por 3 anos e meio (Dn 7.25; Ap 13.7). Ele Mudará os tempos e as leis. Ele vai tentar mudar o calendário, talvez para definir uma “nova era” Nova ordem mundial, relacionada a si mesmo (Dn 7.25). 

Pr. Elias Ribas

Dr. em teologia

Assembleia de Deus

Blumenau - SC

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

O SÉTIMO IMPÉRIO MUNDIAL - CAPÍTULO V

 



As profecias (de Daniel) muito nos dizem sobre os impérios mundiais desde a Babilônia ao último império, neste mundo (que, em tese, seria o 5º reino na estátua mostrada, em sonhos, a Nabucodonosor – rei da Babilônia – Daniel 2), mas o sétimo império mundial na história, a contar-se primeiramente do Egito (no tempo que Israel era escravo no Egito), e o império Assírio (tempo dos reis em Israel e Judá), os quatro impérios (Babilônia, Medo-Persa, grego e Romano (Dn 2; 7)), e por fim o último império comandado pelo Anticristo nos tempos finais da Grande Tribulação.

Para entendermos como se dará o aparecimento do último Império mundial é necessário sabermos o que a ONU representa e qual o seu papel preponderante entre as nações. A ONU (Organização das Nações Unidas) é o organismo internacional que surge no final da II Guerra Mundial em substituição à Liga das Nações. Tem como objetivos manter a paz, defender os direitos humanos e as liberdades fundamentais e promover o desenvolvimento dos países em escala mundial.

Com o surgimento da epidemia do corona-vírus, certamente trará uma transformação em escala global, ou seja, ordem mundial mudará. O mais notável é que muitos especialistas concordam que uma nova ordem mundial surgirá.

Obviamente, não há dúvida de que entraremos em um novo processo em escala global. A reforma da ONU, como afirmam alguns comentaristas políticos, é inevitável. O mundo não gira mais em torno de EUA e EUROPA. Hoje os Países emergentes têm se tornado cada vez mais participativos e fortes, isso tanto politicamente quanto economicamente, e esta pressão da potencialidade dos emergentes tem sugerido e levado a ONU para uma reforma.

Se a reforma da ONU se configurar nos moldes como tem exigido o bloco do G20, teremos consequentemente um cumprimento profético exato. Se comenta muito sobre uma reforma onde os permanentes que no momento são 5 passariam para 10. Dentro deste contexto entre tantas ideias e discussões, a probabilidade maior caso a reforma se confirme é que os números dos permanentes passariam para 10.

1. O projeto da Nova Ordem Mundial. Os líderes mundiais já têm um projeto de uma moeda única, e uma única religião como forma de pacificação do mundo e evitar conflitos futuros. Já temos um exemplo de moeda forte além do dólar, o euro, que funciona em 95% da Europa. Primeiro unificam-se os Megablocos comerciais com o amplo apoio da ONU e depois caminhamos para a unificação total da economia.

Segundo é adotar um governo único mundialmente sob o prisma da agenda da ONU. A Bíblia relata que durante a Grande Tribulação (quem tem a duração de sete anos), o anticristo governará o mundo a partir da Nova Ordem Mundial, e através da Marca da Besta, exercerá um controle econômico total sobre todo o planeta. Hoje, podemos ver com os exemplos citados neste estudo, que a economia está convergindo exatamente para o que está previsto em Apocalipse.

Assim será também a religião mundial implantada pelo Anticristo e o Falso Profeta. Em Apocalipse 17.5 menciona-se “Babilônia, mãe das meretrizes”. Em Apocalipse 17.3 a Bíblia diz que esta meretriz (religião mundial) está montada em uma besta escarlate.

A nova ONU a besta, o Anticristo, será o último império mundial, é um dos sete, ou seja, seis impérios mundiais passados na história, que são: Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Persa Grécia e Império Romano. A Nova ONU pode ser o sétimo (o novo rei escolhido pela ONU), será o império do Anticristo, que significa que o anticristo pertença ao mesmo sistema mundano, que os sete primeiros impérios pertenceram também.

2. Proposta a criação da 'organização das religiões unidas' em Roma. Cidade do Vaticano, 15 fev 2008 (RV) - O líder do Partido Democrático italiano, Walter Veltroni, propôs a criação de uma “Organização das Religiões Unidas”, com sede em Roma, e assegurou que a ideia agradou muito ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e ao papa Bento XVI.

3. Planos para uma “paz mundial”. O apóstolo Paulo ao escrever a Igreja de Tessalônica deixa-nos alguns sinais de advertência: “Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão.” (1ª Ts 5.3).

Perceba que o texto não se refere a uma paz mundial sendo praticada, mas apenas ao anúncio dela. Na verdade, nunca houve paz no mundo. Após a corrupção humana, no jardim do Éden, tudo o que vemos é desequilíbrio. A Bíblia relata histórias de guerra, períodos intensos de fome, pragas e doenças, injustiças e maldades de todo tipo, e em todo lugar. Como poderia haver paz num ambiente assim?

E quando ouviremos falar emPaz e Segurança é o sinal com precisão e que antecede a tribulação e o governo do Anticristo.

Dentro da agenda 2030 da ONU, há 17 objetivos e 169 metas que visam transformar o mundo inteiro, entre eles está a “paz universal”. Os planos “ousadíssimos” da Organização das Nações Unidas visam erradicar a pobreza, acabar com a fome e oferecer saúde, educação e até justiça. Será que os seres humanos seriam capazes de fazer justiça a nível mundial? Quais seriam os critérios?

De acordo com informações da própria ONU, a “liderança política” precisa ser mais determinada e ousada. E para “defender as normas”, os líderes devem usar todos os mecanismos de rastreamento, investigação e denúncia para se manifestar contra as violações e condená-las. A questão é “quais seriam essas normas” e “quem seria condenado por não cumpri-las”?

Perceba que estamos falando de uma “paz” produzida e arquitetada para transformar e controlar a humanidade. Uma “falsa paz” que quer aniquilar a liberdade. Só as pessoas livres podem sentir paz. As que são monitoradas e rastreadas não vivem em paz, elas vivem com medo. Elas não praticam a paz, elas são obrigadas a seguir as regras.

Logo, o foco deles não é a paz, mas o “controle” mundial. O anúncio de “paz e segurança” é somente uma publicidade que vai chamar muito a atenção das pessoas, pois é o que elas mais almejam e necessitam. Na verdade, isso está totalmente fora do contexto bíblico.

4. Unificados e uniformizados. Ativistas cristãos têm feito vários alertas sobre tudo o que está por trás da agenda da ONU, o que eles descrevem como “causas não-cristãs”. O jornalista e blogueiro Júlio Severo aponta para a promoção do aborto, apoio total à homossexualidade e ataque à família tradicional.

Outro jornalista cristão, Bernardo Kuster, acredita que a agenda 2030 serve para um propósito de uniformização das políticas dos países, da economia e tudo mais, para transformar a coisa num bloco só, para ficar tudo mais administrável.

Será nesta época que a doutrina terrível da Nova Ordem Mundial, vai atuar na terra assustadoramente, quando o casamento deixará de existir, quando as mulheres tiverem tantos parceiros e a criança pertencerá ao estado, por não saberá dizer quem é o pai. Estará bem claro que a prostituição passou a ser como se fosse uma religião.

Há uma passagem bíblica que transcreve um discurso de Jesus sobre o futuro. Futuro esse que nós vivemos hoje. “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. (Mt 24.12).

Se olharmos para a sociedade, veremos a iniquidade que está sendo legalizada pelas autoridades mundiais. O casamento gay, a droga, o aborto a prostituição e a pedofilia já está sendo legalizada em muitos países. Estamos vivendo em uma sociedade relativista: “O relativismo é o conceito de que os pontos de vista não têm uma verdade absoluta ou validade intrínsecas, mas eles têm apenas um valor relativo, subjetivo, e de acordo com diferenças na percepção e consideração.” [Wikipédia, a enciclopédia livre].

5. Nova Ordem Mundial Autoritária. Outro jornalista que faz um alerta sobre esse assunto é Michelson Borges. Em seu canal no Youtube, traduziu e postou um documentário com o seguinte tema: “A ONU e a agenda secreta”, onde aponta para uma “Sociedade Sintética” com o objetivo de criar uma única religião mundial, através da unificação de todas as crenças, além de estabelecer um governo único.

A questão é que os modelos seguidos pelos secretários-gerais da ONU são baseados no Manifesto Comunista. Isso fica claro quando suas ideologias são conhecidas.

Da criação da ONU até os dias atuais, não houve um só líder que não estivesse ligado ao comunismo, socialismo, marxismo e até nazismo.

Inclusive este último, o português António Gutérrez, que assumiu o cargo em 2017, atuou como secretário-geral do Partido Socialista em seu país. Ele é conhecido por sua militância em organizações marxistas que reúnem partidos e movimentos de esquerda do mundo inteiro.

Essa paz e essa segurança que, um dia, serão anunciadas, são apenas um sinal do tempo do fim. Depois do anúncio, não virá a paz, mas a destruição e o juízo de Deus sobre os maus. Mas, os justos serão protegidos e guardados. E viverão em paz, mesmo em meio à guerra. [Haverá uma paz mundial? Canal gospel. https://exibirgospel.com.br/2020/10/07/havera-uma-paz-mundial/ - Acesso dia 12/12/2020].

6. Será o último império. Ap 17.12 “Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam reino, mas recebem autoridade como reis, com a besta, durante uma hora.”

Os quais ainda não receberam um reino, isto é, eles não existiam quando João escreveu. Está implícito que, durante o período em análise, eles surgiriam e se conectariam, em um sentido importante com a besta e o falso profeta.

“...durante uma hora.” A ONU o sétimo império terá o domínio mundial por um pouco de tempo, ou seja, breve e temporário.

Quando o cenário estiver montado pela ONU, surgirá o Anticristo: “Os dez chifres são dez reis que sairão desse reino. Depois deles um outro rei se levantará, e será diferente dos primeiros reis.”

Assim como ele enganou Eva no Jardim do Éden (Gn 3), sairá para enganar as nações.

A descrição da primeira besta (com sete cabeças, dez chifres e dez diademas) é muito parecida com aquela do grande dragão (que é Satanás) descrito em Apocalipse 12.3. Apesar de os diademas estarem nas cabeças do dragão, eles estão nos chifres da besta de mar. A besta de sete cabeças pode referir-se ao poder do mundo gentílico em relação a Israel, principalmente no fim dos tempos. As cabeças são identificadas tanto como montes como com reis (Ap 17.9,10).

E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade: Há uma ligação fundamental entre o poder do império romano e o diabo. O poder do grande e irreverente perseguidor na terra vem de Satanás. O governo romano (ressurgido nos tempos do fim) se tornou um instrumento na mão do dragão quando este foi pelejar com os descendentes da mulher (12.17). Nos aspectos espirituais de sua batalha, ele teve o apoio de seus gafanhotos e anjos. Na batalha terrestre, ele conta com o apoio do poder governante, o próprio império romano. Em qualquer situação, ele age na esfera limitada pelo domínio absoluto de Deus.

Ap 17.9 “Aqui está o sentido, que tem sabedoria: as sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete reis.”

Aqui está o sentido, que tem sabedoria... A explicação do anjo ao apóstolo João revela o significado e chama a atenção de João aos pontos principais.

A mulher está sentada numa besta (v. 3). A visão do Apocalipse revela que a falsa igreja estará montada numa Besta (cf. Dn 7.4; Ap 13.1-2)). Compreende-se que haverá um pacto amistoso da ONU (Império Romano ressuscitado (a besta)) ao poder religioso que dominará na época. Isto prova que na Grande Tribulação a mulher (falsa igreja) estará unida a um sistema político. Trata da confederação de nações sob o governo do Anticristo. Neste tempo a igreja falsa conduz à Besta, mas depois, esta se virará contra àquela e a destruirá: “E os dez chifres que viste na besta são os que odiarào a prostituta, e a colocarão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão no fogo.” (Ap 17.16).

As sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher (meretriz) está sentada... Várias cidades foram conhecidas, ao longo da história, como cidades de sete montanhas ou colinas. A aplicação natural desta expressão no contexto do Apocalipse é à cidade de Roma, bem conhecida na época de João como a cidade de sete colinas. Esta interpretação se ajusta aos outros aspectos da descrição desta cidade que dominava “sobre os reis da terra” (17.18).

O oitavo império mundial é uma espécie de império romano revitalizado sobre o qual o Anticristo estabelece a autoridade imperial de um ditador. Ele vencerá três chifres, ou nações (Dn 7.20) e exigirá autoridade universal.

São também sete reis... Na linguagem simbólica da Bíblia, duas imagens diferentes podem representar uma ideia ou personagem. Por exemplo, Jesus é um Cordeiro e um Leão (5.5-6) e o diabo é um dragão e uma serpente (12.9). Aqui uma imagem representa duas ideias diferentes. As sete cabeças são sete montes, e também são sete reis. Nos versículos seguintes, torna-se evidente que são sete reis específicos. Esta mensagem comunica aos santos na época de João informações sobre o passado e o futuro, identificando a conjuntura histórica em que eles se encontraram.

Os dez reis que reinam por último sob a autoridade da besta (v. l2) cooperam completamente e entregam de volta seu poder e autoridade à besta. Os dez reis são uma confederação de dez nações (ONU), o império romano atual restaurado (Dn 7.7,19,20,23,24).

“Porque Deus tem posto em seus corações, que cumpram o seu intento, e tenham uma mesma ideia, e que deem à besta o seu reino, até que se cumpram as palavras de Deus.” (Ap 17.17).

“...deem à besta o seu reino...” Os dez chifres (os reis do versículo 12) após receberem o poder odiarão a falsa igreja, a prostituta. Como resultado, eles irão destruí-la totalmente. Como essa descrição é parecida com a do juízo de Deus sobre a Babilônia em Apocalipse 18.8, parece que o Senhor usa soberanamente os exércitos da besta como Seu instrumento de juízo sobre o reino do Anticristo (cap. 18) antes que eles mesmos sejam destruídos (Ap 19.19-21).

Com o advento da besta como um rei supremo devido ao auto endeusamento (Dn 11.36; Mt 24-15; 2ª Ts 2), Satanás começou uma ordem completamente nova, a qual é tão radicalmente diferente da grande prostituta, que a besta, ou talvez o sistema político desse mega império, volta-se contra a prostituta destruindo o aspecto religioso da Babilônia.

Continue lendo para compreender o contexto Apocalipse 17: https://pastoreliasribas.blogspot.com/2015/05/a-grande-meretriz-apocalipse-17.html

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau - SC


O IMPÉRIO DO ANTICRISTO - CAPÍTULO VI

 


Daniel 7.7 “Depois disto eu continuei olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres.”

1. O Novo Império Romano na Era Escatológica. O Império Romano na Era Escatológica já chegou. E uma de suas maiores evidências é o ressurgimento do Império Romano através da ONU.

O renascimento do Império Romano não é uma hipótese. Se ao término da Segunda Guerra Mundial, parecia ele utopia numa Europa humilhada e destruída, hoje mostra-se mais real do que nunca. Não importa o nome que se lhe dê: União Europeia ou Novo Império Romano. O terrível animal, visto por Daniel no capítulo 7, acha-se prestes a pisar e a despedaçar a quantos se lhe opuserem. Esse reino, que não terá paralelo na história dos grandes impérios, devido a sua maldade, dará todo o suporte político, econômico e religioso ao Anticristo, a fim de que este venha a dominar o mundo todo.

2. Apesar das aparências, estarão divididos. “E, como os artelhos eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte e por outra será frágil. Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão com semente humana, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro se não mistura com o barro” (Dn 2.42-43).

“...misturar-se-ão com semente humana”. O presente texto pode ser interpretado de várias maneiras; mas a última, se coaduna muito bem com o argumento principal.

1. Um governo monárquico com suas características democráticas. Fala-se de democracia, mas será ditatorial. Isso já aconteceu com Roma no passado, e pode, também, acontecer no futuro.

2. O comunismo ateu mesclado de um certo sistema de religião alienada de Deus, e inteiramente secularizado. (Comparar com Ap cap. 17).

3) O presente versículo tem em seu conteúdo, um caráter escatológico, e, como tal, aponta para o “ tempo do fim ”, isto é, para os dias sombrios da Grande Tribulação (de que falou o mestre jesus no sermão profético) em que o mundo terá como líder, o Anticristo, “ o filho da perdição”. Seu governo “ será segundo a eficácia (energia interna, ou operação interna) de Satanás, com poder, e sinais e prodígios d a mentira, e com o engano da in justiça”.

Mesmo assim, o seu governo será desenvolvido também por agentes humanos. Portanto, a frase: “misturar-se-ão com semente humana ” do texto em foco, pode ter esse sentido.

“No final, Satanás conseguirá uma união temporária de todas as nações (Ap 17.12-18; cf Ap 16.14), mas esta será breve, e num curto período os elementos que a compõem se votarão um contra o outro” [GC, 656; PE, 290). CBASD, vol. 4, pg. 853, 854].

3. O objetivo do Novo Império Romano. Terá o Novo Império Romano, por objetivo, sustentar o governo que Satanás, através da Besta e do Falso Profeta irão implantar no mundo durante a Grande Tribulação. De acordo com Apocalipse 13, o domínio do Anticristo abrangerá tanto a economia e a política como a religião. Todavia, este reino não subsistirá; Cristo fará dele um monturo.

4. A formação do Novo Império Romano. Tanto Daniel com João mostram o Novo Império Romano constituído a partir de dez unidades:

“O quarto animal será o quarto reino da terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços” (Dn 7.23).

Começando no versículo 19, a profecia avança muito além do sonho de Nabucodonosor, para dar detalhes de predição ao Anticristo final e o relacionamento que o povo de Deus terá com ele no período escatológico.

Pensava-se de início, que seria formado por apenas dez nações. Hoje, porém, já são 27 os países que formam a União Europeia. Amanhã poderá aumentar ou diminuir de acordo com os intercâmbios com os países.

Na verdade, não são dez países, e sim dez blocos ou dez regiões administradas pelo Anticristo, que abrangerão um território maior do que o Antigo Império Romano. Logo o Novo Império Romano ocupará não só a Europa, mas todos os continentes. Por conseguinte, cada região administrativa será composta por mais de um país.

Os dez chifres do versículo 7 correspondem a dez futuros reis, interpretação no verso 24 que diz: “E quanto às pontas, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros e abaterá a três reis”.

Os dez chifres, correspondem aos dez dedos dos pés da estátua do capítulo (2.41-42), e aos dez chifres da besta do Apocalipse 13.1; 17.12, que serão dez reinos ou dez reis que se levantarão no fim para entregar o mundo ao Anticristo.

Quando esta reforma ganhar força, poderemos saber que estaremos chegando no limiar dos grandes acontecimentos que aguardamos a tanto tempo. Veja abaixo a descrição profética:

5. Os dez reis ou reinos são os dez chifres da Besta. “…quis saber sobre os dez chifres da sua cabeça e sobre o outro chifre que surgiu para ocupar o lugar dos três chifres que caíram, o chifre que era maior do que os demais e que tinha olhos e uma boca que falava com arrogância” (Daniel 7.20).

O outro chifre pequeno que surgiu entre os dez que já existiam, ocasionou a retirada de três chifres (Dn 7.8).

Chifre na Bíblia representa poder, liderança e governo. As cabeças simbolizam nações ou reinos. Então, tudo indica que estamos falando de governantes que, naquela época, eram chamados de reis e, hoje em dia, são mais conhecidos como presidentes.

O cumprimento da profecia sobre o pequeno chifre, para aquela época, pode ter sido cumprida na figura de Antíoco Epifânio, que chegou a sacrificar porcos no Templo em Jerusalém.

Mas, sabemos que o capítulo 7 do livro de Daniel está falando também sobre o fim dos tempos. E, como sempre devemos relembrar, as profecias podem ser cumpridas na época em que foram anunciadas e também num futuro distante.

5.1. Veja que Daniel dá mais explicações sobre a profecia dos 10 chifres: “O quarto animal é um quarto reino que aparecerá na terra. Será diferente de todos os outros reinos e devorará a terra inteira, despedaçando-a e pisoteando-a. Os dez chifres são dez reis que sairão desse reino. Depois deles um outro rei se levantará, e será diferente dos primeiros reis. Ele falará contra o Altíssimo, oprimirá os seus santos e tentará mudar os tempos e as leis. Os santos serão entregues nas mãos dele por um tempo, tempos e meio tempo.” (Dn 7.23-25)

Perceba que os 10 chifres estão relacionados ao quarto animal, que representa o Império Romano. E como vamos entender essa profecia para o tempo do fim, se esse reino não atua mais?

5.2. Império romano nos dias de hoje. Segundo o professor Luiz Sayão, embora o mundo não seja mais controlado pelo Império Romano, como antigamente, ele ainda vive sob a influência dele, pois o mundo jaz no maligno.

Nenhum outro grande império foi levantado desde então. Dizemos que o mundo é globalizado, mas ainda existem vários poderes. A Bíblia diz que vai chegar o tempo em que o poder estará novamente nas mãos de um único reino e que tudo será centralizado num único líder, que as Escrituras chamam de anticristo – o pequeno chifre que cresceu (Dn 7.8).

Além disso, no livro de Apocalipse, existem profecias com as mesmas informações sobre o tempo do fim:

“Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam o reino, mas receberão autoridade, como reis, por uma hora, juntamente com a besta.” (Ap17.12) “São também sete reis, dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou; e quando chegar, tem de durar pouco” (Ap 17.10).

“São também sete reis...”. Entendemos que os cinco reinos que existiram antes dos dias do apóstolo João, falam dos sucessivos impérios mundiais que abrigaram, apoiaram e praticaram as falsas religiões organizadas em oposição aberta a Deus, começando por Ninrode, na primeira Babilônia.

A. “Cinco caíram...” Desses sete reinos, cinco são hoje passados: Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Persa, Grécia.

B. “Um ainda existe”. João refere-se ao Império Romano que na época estava em evidência.

C. O sétimo é ainda futuro. Será uma forma antiga do Império Romano, constituído de dez reinos confederados, equivalentes aos dez dedos das duas pernas deste antigo Império Romano e dez chifres da besta conforme Apocalipse 17.12 “Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam o reino, mas receberão autoridade, como reis, por uma hora, juntamente com a besta. 13 - Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta.”

O apóstolo João e o profeta Daniel têm a mesma revelação do anticristo (a besta) governando dez outros líderes mundiais. Por isto, há um fortíssimo indício de que o anticristo despontará como líder mundial de dentro da ONU.

O governo do anticristo (embora seja o oitavo rei – que procede dos 7 reis – Apocalipse 17) é na verdade o ápice e complemento ao 7º império mundial (ONU). Ou seja, o 7º império mundial se completa pelo governo do anticristo: ele é o resultado e a conclusão do 7º império mundial.

Então, o 7º império mundial – conforme Daniel 2 – formado pelos pés em parte de ferro e em parte de barro da estátua compõem um império dividido – e conforme Apocalipse 17 – o 7º rei (a 7ª cabeça da besta) representa esse 7º império mundial; o qual ainda não era vindo na época de João, mas quando viesse haveria de durar-se um pouco de tempo.

6. A besta, será o derradeiro império mundial unificado. “E a besta, que era e não é, também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e caminha para a perdição” (vs. 3, 7, 10, 11).

De acordo com a explicação acima, o oitavo rei é a besta (o Anticristo), procede de um dos sete, e caminha para destruição.

É um dos sete, mas também é o oitavo. Isto pode significar que pertence ao mesmo sistema mundano ímpio, ao qual pertenciam os sete primeiros, ou seja, procede dos sete.

“Os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão a autoridade como reis, por uma hora, juntamente com a besta” (Ap 17.12).

São os dez reis que estarão unidos à besta no seu governo. Isto, no entanto, não significa que somente dez países formarão o Novo Império Romano nesta última fase; ele terá proporções mundiais. Significa somente que estes estarão no comando do governo, tendo, porém, o Anticristo como o cabeça do império.

A profecia fala de tempos futuros, e por isto eles aqui, ainda não tinham recebido o reino. Eles reunirão com o anticristo por uma hora, e como todos eles são anticristãos, acatarão as instruções de como deverão agir em perseguição aos santos. Os dez formarão um acordo. Esta reunião decisória marcará o ponto de partida da estruturação das ações da besta.

Conforme Apocalipse 13, a besta será o anticristo o oitavo rei ou reino mundial. Este reino emergira do anterior, diz este versículo em outras palavras: “quando assumir o controle dos dez reinos, isto será o oitavo reino”. Revelação idêntica que Deus deu ao profeta Daniel em 7.24 que diz: “Dez reis que se levantarão daquele mesmo reino”. É, pois uma forma daquele antigo Império. É claro que não poderá ser o mesmo, porque aquele era regido por um único soberano, e o futuro será por dez reis com suas capitais. Eles formaram uma confederação de nações durante a grande tribulação. Dizemos confederações porque num pé os dedos são ligados (Dn 2.42-44). Com a formação destes dez Estados estará pronto o palco para formação do reino do anticristo que durará sete anos.

7. As nações entregarão o poder (comando), ao anticristo. “Têm estes um só pensamento e oferecem à Besta o poder e a autoridade que possuem” (17.13).

Este texto das Escrituras é um versículo-chave das profecias para os fins dos tempos. A diferença entre o sétimo e oitavo reinos seja a seguinte: o sétimo é constituído de países independentes (ONU - confederações de nações). E o oitavo é composto dos mesmos países (o mesmo intuito), porém sob o governo do anticristo.

As palavras um só pensamento referem-se à síntese da unidade mundial. Devemos notar bem que os “dez reis” não são forçados a entregar o poder ao maligno, à besta, mas que eles “oferecerão à besta o poder e a autoridade que possuem”.

8. O chifre pequeno. “Estando eu considerando as pontas, eis que entre elas subiu outra ponta pequena, diante da qual três das pontas primeiras foram arrancadas; e eis que nesta ponta havia olhos, como olhos de homem, e uma boca que falava grandiosamente” (Dn 7.8).

O chifre pequeno, que abateu (arrancou) fora três pontas que já havia no terrível animal, representa o futuro Anticristo que ao emergir entre os dez reinos, abaterá três reis.

No livro Apocalipse o anjo diz para o apóstolo João: “A besta que viste foi e já não é, e há de subir do abismo” (Ap 17.8).

O terrível animal que Daniel viu, o anjo o chama de besta; “e há de subir do abismo”. Esta expressão diz com respeito ao Império Romano, que ressurgirá no tempo do fim, comandado pelo Anticristo e o falso profeta, junto com as confederações mundiais (dez reinos). É claro que o Império Romano não será o mesmo, mas será terrível, espantoso e brutal como era. Portanto, os fatos proféticos do v. 8 são ainda futuros.

Hoje as confederações mundiais (Mercado Comum Europeu, Alca, Mercado Asiático Mercosul, etc.), já trabalham numa forma de globalização, moeda única, religião única e de um governo único, ou seja, um governo mundial, ou um líder mundial. E este líder mundial é a ponta pequena que Daniel descreve (7.8), dizendo que nesta ponta havia olhos, como olhos de homem, e boca que falava grandiosamente, diz com respeito ao Anticristo.

9. A Besta Terrível. Daniel 7.7-8 “Depois disto eu continuei olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres. 8 - Estando eu a considerar os chifres, eis que, entre eles subiu outro chifre pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava grandes coisas.”

No sentido figurado como será esta besta? Na visão de Daniel no capítulo sete, ele vê quatro terríveis animais (leão, urso e leopardo e o quarto animal que era terrível, espantoso e muito forte). Apocalipse 13, João vê a besta com aparência de todos os animais juntos. Entretanto no verso dois, João vê o retrato da besta: “Era semelhante ao leopardo, com pés de urso e boca de leão” (v. 2).

O leopardo fala de rapidez; o urso de força e o leão de soberba. Certamente isso significa a rapidez, a força e a soberba desse monstro dos últimos tempos. Aboca de leão fala da autoridade que ele irá receber de Satanás para guerrear contra os santos na Grande Tribulação. Esta besta será uma pessoa cruel como uma fera, que conseguirá o governo político e religioso do mundo naqueles dias.

O último animal que emergiu do mar era “terrível, espantoso, e sobremodo forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; ... e tinha dez chifres” (Dn 7.7). Sem possuir nenhum equivalente no mundo animal, esse monstro simboliza “um poder mundial singularmente voraz, cruel e também vingativo”.

Notem que, em Daniel 7.8, o chifre menor representa o anticristo governando os outros dez reis, que aparecem após o último dos impérios mundiais. Em Daniel 7.24, o Espírito Santo revela ao profeta Daniel que o Anticristo governará estes dez reis e ainda arrancara três reis que se rebelarão contra ele.”

Daniel 7.24 “E, quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis.”

Apocalipse 17.12 “E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão poder como reis por uma hora, juntamente com a besta.”

Nada na história até hoje equivale à descrição: “Os dez chifres correspondem a dez reis que se levantarão daquele mesmo reino” (v. 24). Como os artelhos no sonho de Nabucodonosor, os dez chifres indicam uma futura coalizão de governadores que existirão contemporaneamente.

Enquanto Daniel olhava, ele viu “que, entre eles subiu outro chifre pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava com insolência” (v. 8). Não devendo ser confundido com o “pequeno chifre” associado ao Império Grego, o chifre de Daniel 7.8 emerge depois de haver deposto três governadores e representa o ditador mundial final (cf. Dn 7.24-25; Dn 11.36-45; 2 Ts 2.3-8; Ap 13.1-8). Sob sua liderança, o Império Romano ressurge refletindo seu caráter enganoso, blasfemo e implacável.

10. “Falava Grandiosamente”. Será um ditador, inteligente e com poder para enganar o mundo e persuadir as nações com seus discursos inflamados e mentirosos no tempo do fim.

A Besta que subiu do mar (Ap 13), diz o apóstolo João que era semelhante ao leopardo, e os pés como de urso e a boca como de leão; esta besta é o Anticristo, e será o animal mais terrível e maldoso que já existiu na face da terra, maior que todos os impérios que já existiram, ou seja, a maldade de todos os animais estará incorporada neste império. Jamais o mundo teve alguém como este, subversivo e impostor. A crueldade da besta será tal que nem juntando Nero, Mussolini e Hitler, pode se explicar, tamanha a fúria da besta.

Terá todo poder maligno: “A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira” (2ª Ts 2.9; Ap 13.2). O anticristo, ainda que se pareça sobrenatural, será um ser humano como outro qualquer (Ap 13.12). Entretanto um representante do próprio Lúcifer na Terra.

11. Assentará no templo de Deus. E o anticristo – a 11ª primeira ponta se sentará no templo de Deus, querendo ser Deus, e por 42 meses ou um tempo, tempos e metade de um tempo (mais precisamente durante 1290 dias) pisará a cidade santa.

E Jerusalém será pisada pelos gentios, e os judeus serão dispersos.

Até se cumprir o tempo da volta de Cristo: o Senhor retorna 1290 dias após estabelecida a abominação da desolação no lugar santo.

12. O filho da perdição. “Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição.” (2ª Ts 2.3).

O termo grego traduzido por apostasia normalmente significava uma rebelião militar. Mas, nas Escrituras, a palavra é usada para se referir à rebelião contra Deus. Portanto, alguns interpretam esse versículo como uma referência a um abandono geral da verdade. Essa apostasia rebelde prepararia o caminho para o Anticristo. Outros traduzem o termo como partida e entendem que seja uma referência ao Arrebatamento. Isto é, o homem do pecado não poderá ser revelado até que Cristo venha com o intuito de levar sua Igreja para estar com Ele. No que diz respeito à palavra propriamente dita, ela poderia referir-se a uma partida (apostasia) espiritual ou poderia referir-se a uma partida física (o Arrebatamento). Independente do modo como o termo seja entendido, trata-se de um evento que ocorre antes de o homem do pecado ser revelado. Paulo não usa o título Anticristo para esse homem, mas a descrição que faz dele forma um paralelo com a descrição do Anticristo feita por João (1ª Jo 2.18; Ap 13). O homem do pecado levará o mundo à rebelião contra Deus (v. 10), realizará milagres por meio do poder de Satanás deus para ser adorado (v. 4).

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau - SC