TEOLOGIA EM FOCO: dezembro 2024

quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

A BELEZA DO SERVIÇO CRISTÃO

  


1ª Co 15.58 “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.” 

INTRODUÇÃO. É com amor altruísta e desinteressado que devemos servir ao Senhor Jesus e ao próximo. No Reino de Deus, o serviço só tem valor quando o amor divino está presente no coração daqueles que professam servir a Jesus (1ª Co 13.3). Por conseguinte, servir ao próximo, como Jesus ensinou, equivale a servir a Deus.

Libertos da servidão do pecado, trabalhemos com alegria e ação de graças para o nosso Senhor e Rei (Mt 20.28). Auxiliemos ao nosso próximo como gostaríamos de ser auxiliados (Mc 12.31; Lc 10.25-37; 1ª Jo3.16). Esta é a mais perfeita lei do amor. 

I. AS CARACTERÍSTICAS DO SERVO DE CRISTO 

Amor. 1ª Co 13.13 “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.” 

O amor, a disposição em servir a Deus e ao próximo, a abnegação e a diligência são marcas registradas do servo que realmente ama a Cristo. Ele está sempre disposto a apoiar e ajudar ao próximo, sem esperar nada em troca. Como Isaías — “Eis-me aqui” (Is 6.8) — é sua filosofia de vida. O servo fiel não tem preferência por tarefa, pois seu desejo é ajudar ao necessitado. Para o servo de Cristo não há tarefas boas ou ruins, pois o amor a Deus e ao próximo faz com que todos os obstáculos sejam transpostos (1ª Jo 4.18). 

2. Compromisso. Servir a Deus é um grande privilégio.

A. Como servos do Altíssimo temos um compromisso com Ele e com o próximo.

Mc 12.30,31 “Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. 31- E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.” 

B. Temos uma missão a cumprir. Devemos executá-la com excelência. Lc 9.62) “E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus.” 

O verdadeiro servo procura sempre dar o seu melhor. Ef 6.5-9 “Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo. 6- Não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus. 7- Servindo de boa vontade como ao Senhor, e não como aos homens. 8- Sabendo que cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer, seja servo, seja livre. 9- E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo também que o Senhor deles e vosso está no céu, e que para com ele não há acepção de pessoas.” 

Com zelo e cuidado o servo deve demonstrar o amor divino por intermédio de suas ações e palavras, exaltando sempre o nome do Senhor. O seu alvo e a sua meta são: “darei o melhor de mim”. 

3. Humildade. Aquele que serve ao Senhor não deve jamais vangloriar-se dos seus feitos, pois nossa capacidade e recursos vêm de Deus.

2ª Co 3.5 “⁵ Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus.” 

Todo o sucesso na obra de Deus deve ser atribuído tão-somente ao Todo-Poderoso. Fp 2.13 “Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.” 

Reconhecer esta verdade ajuda-nos a blindar a alma contra o orgulho, a vaidade, o egoísmo, a hipocrisia e outras armadilhas do coração.

Pv 4.23 “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.”

Mt 15.19 “¹⁹ Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, fornicação, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.” 

Manter um caráter íntegro no exercício do serviço cristão tem de ser o nosso objetivo. 

II. O SERVIÇO CRISTÃO 

1. Ordenado pelo Senhor. Jesus, nosso Mestre, deu-nos o inigualável exemplo de serviço.

Mt 20.28 “Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.” 

A Bíblia Sagrada faz alusão às palavras de Cristo sobre a honra que o Pai Celestial concederá àqueles que o servem:

Jo 12.26 “Se alguém me serve, siga-me, e, onde eu estiver, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará”.

Servir a Cristo requer um compromisso pessoal com Ele, guardando os seus ensinamentos, negando a nós mesmos e seguindo-o incondicionalmente.

Mc 8.34 “E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me.” 

2. Em relação a Deus. Também servimos ao Senhor mediante a nossa adoração. A palavra adoração, no grego, é um termo que designa ministério ou serviço; é o culto ao Supremo Criador.

Lc 1.23 “E sucedeu que, terminados os dias de seu ministério, voltou para sua casa.”

Hb 10.11 “E assim todo o sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar os pecados;”

Jo 4.23,24 “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. 24- Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” 

O termo também é usado para indicar o culto da Igreja Primitiva (At 2.42). Portanto, o culto cristão é celebração, é vida, é entrega, é serviço para e a Deus. 

3. Em relação ao próximo. O livro de Atos dos Apóstolos mostra que a Igreja Primitiva possuía um cuidado singular para com os necessitados (2.42-47).

Ela estabeleceu, inclusive, um fundo social para ampará-los (2.45; 4.34,35).

Este comportamento está consoante ao ensino de Cristo (Mc 12.31) e ao dos apóstolos:

Gl 6.10 “Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos”.

Precisamos seguir o exemplo dos crentes da Igreja Primitiva, promovendo o Evangelho e o alívio do sofrimento alheio. 

At 6.1-7 “Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano. 2- E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas. 3- Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio. 4- Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra. 5- E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia; 6- E os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos. 7- E crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.” 

III. A MISSÃO DA IGREJA NESTE MUNDO 

1. Proclamar a Palavra de Deus. A Igreja precisa, com urgência, levar o Evangelho de Cristo até aos confins da terra. Para cumprir plenamente a sua missão, ela deve utilizar-se de todos os meios disponíveis: rádio, jornais, culto ao ar livre, campanhas evangelísticas, etc. A mídia, quando utilizada com eficiência, ética e sabedoria, tem um papel preponderante na proclamação da mensagem cristã. 

2. Viver em comunhão. O amor e a comunhão entre os irmãos são a prova do fervoroso amor da Igreja ao Senhor. Onde há contendas e divisões, a igreja esfria-se em seu amor a Cristo e ao próximo. O amor e a comunhão são características que evidenciam o tipo de relação que tem de haver entre nós e o Senhor Jesus. 

Tais características servem de testemunho aos não-crentes, pois demonstram, na prática, a mensagem que pregamos (Jo 13.34,35; At 2.42,47; 2 Co 8.4; 1ª Jo 1.7).

A comunhão dos santos pode ser vista na experiência da conversão (1ª Jo 1.3), na participação da Ceia do Senhor (1ª Co 10.16), nos sofrimentos alheios (Fp 3.10; Tg 5.16) e no relacionamento com nossos irmãos em Cristo (Rm 12.18; Ef 2.14; Hb 12.14). 

3. Servir a Deus e ao próximo. Salvos em Cristo, temos a responsabilidade e o compromisso de servir a Deus e ao próximo (Mc 10.43; 2ª Co 8.13,14; Hb 6.10). A dedicação do servo de Deus (gr. diakonia) para com o necessitado é uma expressão de fé e espiritualidade por expressar o amor de Deus (1ª Jo 3.16). Não podemos esquecer-nos de que a fé e a ação devem caminhar juntas. A Palavra de Deus assegura-nos que a “fé sem obras é morta” (Tg 2.7). Infelizmente, muitos confessam a Cristo como Salvador, mas não servem a Deus e nada fazem em favor do seu semelhante. 

CONCLUSÃO. A pregação da Palavra de Deus, a comunhão e a prática do serviço formam o tripé da Missão Integral da Igreja. O homem é um ser integral. Portanto, o Evangelho de Cristo também é integral. Eis porque temos de pregar o Evangelho a toda criatura, amenizar o sofrimento do enfermo, matar a fome ao faminto e amparar aqueles que precisam de um ombro amigo. Quando os crentes colocam-se à disposição de Deus para realizar a sua obra integralmente, a igreja local também cumpre, integralmente, o serviço cristão (Mt 28.19,20; Gn 1.26,28). 

Pr. Elias Ribas

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

A ATUAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NA VIDA DE JESUS

 


ESBOÇO DE PREGAÇÃO

 I. ATUAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NO NASCIMENTO VIRGINAL DE JESUS 

Mt 1.8 “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Que estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo. 19 Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente. 20 E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo.” 

Lc 1.35 “E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.” 

Jesus foi gerado pelo Espírito, aqui podemos ver a união do divino com o humano. 

II. ATUAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NO CRESCIMENTO DE JESUS 

Lc 2.52 “E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens.”

Lc 1.80 “E o menino crescia, e se robustecia em espírito. E esteve nos desertos até ao dia em que havia de mostrar-se a Israel.” 

III. ATUAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NO BATISMO DE JESUS 

Lc 3.21-22 “E aconteceu que, como todo o povo se batizava, sendo batizado também Jesus, orando ele, o céu se abriu. 22 E o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como pomba; e ouviu-se uma voz do céu, que dizia: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo.” 

Mt 3.16-17 “E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele. 17 E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.” 

IV. ATUAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NO MINISTÉRIO DE JESUS 

Lc 4.1, 14 “E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto. 14 Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galileia, e a sua fama correu por todas as terras em derredor.” 

Lc 4.17-21 “E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito:18 O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração. 19 A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor. 20 E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. 21 Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos.  

O Espírito Santo estava sobre Jesus, Ele curava, libertava os encarcerados e fazia muitas maravilhas. 

V. O ESPÍRITO SANTO NA MORTE DE JESUS 

Jo 7.39 “E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado.” 

Lc 10.21 “Naquela mesma hora se alegrou Jesus no Espírito Santo, e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste às criancinhas; assim é, ó Pai, porque assim te aprouve.” 

V. ATUAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NA RESSUREIÇÃO DE JESUS 

Rm 8.11 “E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita.” 

VI. ATUAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NA ASCENÇÃO DE JESUS 

1ª Co 6.19 “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?” 

Paulo diz que nós somos o templo do Espirito Santo e Ele habita em nós.

O Espírito Santo habita em Cristo.

No dia de Sua Ascenção Jesus subiu com Espirito Santo. 

O Espírito Santo, habitando em nós, somente é uma realidade pela ação divina de glorificar a Cristo. O Pai somente envia o Espírito, pois Cristo, que está com ele, cumpriu sua missão, e aguarda o desfecho de todas as coisas. 

Pr. Elias Ribas - Dr. em Teologia

Assembleia de Deus

Blumenau - SC

 

domingo, 1 de dezembro de 2024

A ARCA DA ALIANÇA NO CORAÇÃO

 

ESBOÇO DE PREGAÇÃO

Hebreus 9.4 “Que tinha o incensário de ouro, e a arca da aliança, coberta de ouro toda em redor; em que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha florescido, e as tábuas da aliança.” 

INTRODUÇÃO. A arca da aliança era uma caixa de madeira de acácia revestida de ouro com duas argolas laterais (Êx 25.10-22). A parte de cima, ou tampa, onde estavam os dois querubins onde a presença do Senhor se manifestava era chamada propiciatório (Levíticos 16.12). Dentro da arca ficavam as tábuas da lei, a vara de Arão e um pote com maná que chovia no deserto (Êx 16.31). Quando o povo caminhava a Arca ia adiante (Nm 10.33-35) sendo levada pelos sacerdotes levitas (Dt 10.8). 

Ninguém sabe onde está a Arca da Aliança hoje. Certamente não existe mais, pois teria sido destruída quando Nabucodonosor saqueou o templo de Jerusalém. Profecias anunciavam que a arca deixaria de ser o símbolo do povo por causa de sua desobediência (Jr 3.16). O apóstolo João viu a Arca no céu (Ap 11.19), mostrando que o seu significado espiritual continua. Hoje nós somos o templo do Espírito Santo (1ª Co 3.16) e lugar da manifestação de Deus como Corpo de Cristo (1ª Co 12.27). Aliança de Deus hoje está em nossos corações e não em tábuas (Hb 8.10). 

O que precisa estar em seu coração?

Vamos comparar o que estava dentro da Arca da Aliança com o que devemos levar em nossos corações: 

I. TÁBUAS DA LEI - Palavra de Deus 

Deuteronômio 10.2 “Nessas tábuas escreverei as palavras que estavam nas primeiras tábuas, que quebraste, e as porás na arca”. 

1. O que estava dentro da Arca da Aliança. A primeira coisa que foi colocada dentro da Arca da Aliança foram as duas tábuas da lei que eram cópias das primeiras recebidas por Deus, mas que Moisés quebrou quando ficou irado ao ver a idolatria do povo (Êx 32.16-19). 

- Depois Moisés lavrou outras duas tábuas de pedra e subiu o monte onde jejuou durante quarenta dias recebendo novamente os dez mandamentos inscritos nas novas tábuas (Êx 34.1-4 e 28). 

- Estas tábuas da lei foram colocadas dentro da Arca da Aliança (Deuteronômio 10.5). Primeiramente estas duas tábuas foram as únicas coisas que estiveram na Arca da Aliança (1º Rs 8.9; 2º Cr 5.10). 

2. O que as Tabuas da Aliança representam para nós? As tábuas da lei representam a Palavra de Deus que precisa estar em nossos corações.

Dt 6.6 “E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração.” 

Quando guardamos a Palavra em nossos corações somos fortalecidos para vencer o pecado.

Sl 119.11 “Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti. 

Esta Palavra penetra em nossas vidas. Hebreus 4.12 “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.” 

Não foi escrita com tinta. 2ª Co 3.3 “Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração. 

Quando a Palavra preenche o coração, logo falamos com a boca, ou seja, confessamos que Jesus é o Senhor. Lc 6.45 “O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca.” 

Rm 10.8-10 “Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos. 9- A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. 10- Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação” 

Deixe a Palavra de Deus ser registrada em seu coração! 

II. VARA DE ARÃO - Ministério 

Números 17.10 “Então o Senhor disse a Moisés: Torna a pôr a vara de Arão perante o testemunho, para se guardar por sinal contra os filhos rebeldes; para que possas fazer acabar as suas murmurações contra mim, a fim de que não morram”. 

1. Porque a vara de Arão estava na Arca da Aliança? Por causa da rebeldia (Nm 17.1-10). 

2. O poder da vara. A vara de Arão foi usada para grandes sinais na libertação do povo do Egito. 

Transformou-se em serpente e devorou as varas dos magos do Faraó. Êx 7.12 “Porque cada um lançou sua vara, e tornaram-se em serpentes; mas a vara de Arão tragou as varas deles.” 

Tocou as águas do rio Nilo e se tornaram em sangue. Êx 7.19,20 “Disse mais o Senhor a Moisés: Dize a Arão: Toma tua vara, e estende a tua mão sobre as águas do Egito, sobre as suas correntes, sobre os seus rios, e sobre os seus tanques, e sobre todo o ajuntamento das suas águas, para que se tornem em sangue; e haja sangue em toda a terra do Egito, assim nos vasos de madeira como nos de pedra. 20- E Moisés e Arão fizeram assim como o Senhor tinha mandado; e Arão levantou a vara, e feriu as águas que estavam no rio, diante dos olhos de Faraó, e diante dos olhos de seus servos; e todas as águas do rio se tornaram em sangue.” 

Ergueu a vara sobre o rio e subiram rãs que encheram a terra do Egito.Êxodo 8.5 “Disse mais o Senhor a Moisés: Dize a Arão: Estende a tua mão com tua vara sobre as correntes, e sobre os rios, e sobre os tanques, e faze subir rãs sobre a terra do Egito.” 

Feriu a terra e surgiram enxames de piolhos. Êx 8.17 “E fizeram assim; e Arão estendeu a sua mão com a sua vara, e feriu o pó da terra, e havia muitos piolhos nos homens e no gado; todo o pó da terra se tornou em piolhos em toda a terra do Egito.” 

Ergueu para o céu a vara e choveu pedras e fogo. Êx 9.23 “E Moisés estendeu a sua vara para o céu, e o Senhor deu trovões e saraiva, e fogo corria pela terra; e o Senhor fez chover saraiva sobre a terra do Egito.” 

Com a vara estendida fez que surgissem uma enorme nuvem de gafanhotos que devorou as plantações. Êx 10.13 “Então estendeu Moisés sua vara sobre a terra do Egito, e o Senhor trouxe sobre a terra um vento oriental todo aquele dia e toda aquela noite; e aconteceu que pela manhã o vento oriental trouxe os gafanhotos.” 

3. O significado da vara no Novo Testamento. Rm 12.3-8 “Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um. 4-Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação. 5- Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros. 6- De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé. 7- Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; 8-Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.” 

Esta vara, uma ferramenta de trabalho, simboliza para nós hoje o ministério cristão. Como servos do Senhor, temos um chamado ministerial (Recebemos dons do Espírito Santo para exercer na Igreja. 

1ª Co 12.4-6 “Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. 5- E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. 6- E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.” 

No texto de sua Carta aos Efésios, Paulo escreve que os dons ministeriais são resultantes da obra redentora de Cristo, incluindo sua humilhação e exaltação. Nesse sentido, o apóstolo escreve que após sua humilhação, Cristo: 

Efésios 4.11 “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores.” 

Jesus deixou a ordem de pregar o evangelho em todo o mundo. Mt 28.19-20 “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. 20- Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” 

Esta tarefa deve ser exercida por todos os cristãos. Deus quer usar nossas vidas para realizar a sua obra na terra e devemos nos oferecer voluntariamente para servi-lo.

Is 6.8 “Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.” 

Deus tem um ministério para você em sua obra! 

III. MANÁ - Vida Espiritual 

Êxodo 16.33 “Disse também Moisés a Arão: Toma um vaso, mete nele um gômer cheio de maná e põe-no diante do Senhor, a fim de que seja guardado para as vossas gerações”. 

1. O que é o maná? O maná era o alimento que vinha do céu no deserto como o orvalho sobre a terra.

Nm 11.7-9 “E era o maná como semente de coentro, e a sua cor como a cor de bdélio. 8- Espalhava-se o povo e o colhia, e em moinhos o moía, ou num gral o pisava, e em panelas o cozia, e dele fazia bolos; e o seu sabor era como o sabor de azeite fresco. 9- E, quando o orvalho descia de noite sobre o arraial, o maná descia sobre ele.” 

Este foi o alimento providencial para o povo de Deus durante quarenta anos. Êx 16.35 “E comeram os filhos de Israel maná quarenta anos, até que entraram em terra habitada; comeram maná até que chegaram aos termos da terra de Canaã.” 

A quantidade era suficiente para o sustento diário de cada um. Êx 16.4 “Então disse o Senhor a Moisés: Eis que vos farei chover pão dos céus, e o povo sairá, e colherá diariamente a porção para cada dia, para que eu o prove se anda em minha lei ou não.” 

Só parou de cair o maná quando o povo entrou em Canaã e comeram o produto da terra. Josué 5.12 “E cessou o maná no dia seguinte, depois que comeram do fruto da terra, e os filhos de Israel não tiveram mais maná; porém, no mesmo ano comeram dos frutos da terra de Canaã.” 

2. O que o maná representa na vida espiritual do cristão nos desertos deste mundo.

Representa a Palavra de Deus. Mt 4.4 “Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.” 

Em nossa caminhada diária precisamos buscar alimento para o nosso Espírito e não somente o pão material. 

Jesus é o “Pão do Céu” que Deus nos deu e nos satisfaz plenamente. Jo 6.51 “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo.” 

Durante a nossa caminhada nesta vida precisaremos nos alimentar diariamente para fortalecer nosso espírito até o dia em que entraremos em nossa terra prometida ou Canaã Celestial. 

Jesus multiplicou os pães no deserto duas vezes (Mc 6.30-44 e 8.1-10) para que entendesse que Ele é o “pão da vida” (Jo 6.48). 

Quando participamos da Santa Ceia estamos partindo o pão da comunhão com Deus e com nossos irmãos (1ª Co 10.16,17). 

Este é um alimento para nós como Corpo de Cristo (1ª Co 11.23-26). 

O ato de partir o pão era muito importante para o povo de Deus. At 2.42 “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.” 

Deus sustenta sua vida com alimento espiritual! 

Seu coração é o lugar da Aliança com Deus! 

CONCLUSÃO

A Arca da Aliança era o sinal do Pacto com Deus. A presença do Senhor se manifestava ali no momento do sacrifício e adoração (Salmo 99.1). No interior da Arca da Aliança estavam: as tábuas da Lei, significando a Palavra de Deus, o vaso com o Maná, representando a provisão Divina como sustento espiritual e a vara de Arão como símbolo do serviço ministerial.

O significado da Arca da Aliança para nós hoje:

-Compromisso com Deus;

- Adoração;

-Aprender a Palavra;

-Serviço ministerial;

-Vida de oração. 

A Arca da Aliança hoje é o nosso coração quando temos um pacto com Deus e vivemos em adoração. Em nosso coração está a Palavra do Senhor e o desejo de servir à obra e uma vida de oração constante.

A Aliança com Deus está em seu coração! 

FONTE DE PESQUISA 

1. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, Rio de Janeiro, RJ.

2. BÍBLIA SHEDD. Revista Atualizada, 1ª Edição: 1998, Ed. Vida Nova, São Paulo – SP. 

 BEAUMONT, Mike. Enciclopédia Bíblica Ilustrada. Barueri/SP: Sociedade Bíblica do Brasil- SBB, 2012. Página 146.

 BEAUMONT, Mike. Guia Prático da Bíblia. Barueri/SP: Sociedade Bíblica do Brasil- SBB, 2012. Páginas 30 e 67.