O estado final dos crentes é descrito como Vida
Eterna, isto é, não apenas uma vida sem fim, mas a vida em toda a sua
plenitude, sem nenhuma das imperfeições e dos distúrbios da presente vida (Rm
2.7). Os justos são destinados à vida eterna na presença de Deus. Quando o céu
e a Terra forem despovoados (no Juízo Final), o Universo será submetido a uma
transformação (2ª Pe 3.7, 10-13). João teve uma visão dessa nova criação em Ap
21.1-5.
As Escrituras apresentam o céu como um lugar.
Cristo corporalmente ascendeu ao céu, o que significa que Ele foi de um lugar
para outro (Lc 24.39, 51). O céu é descrito como a casa de nosso Pai, onde há
muitas moradas (Jo 14.1). A vida eterna é desfrutada na comunhão com Deus, o
que é realmente a essência da vida eterna (Ap 21.3). Os Justos verão a Deus (1ª
Jo 3.2), encontrarão plena satisfação n’Ele e O glorificarão eternamente. As
melhores palavras da linguagem humana são inadequadas para descrever as
gloriosas realidades da vida eterna com Deus. Quando chegarmos ao céu, em meio
ao seu esplendor, com certeza, exclamaremos como a rainha de Sabá: “Eis que não
me contaram a metade” (1º Rs 10.7). O céu é lugar de descanso e alívio para os
cansados (Ap 14.13; 21.4); é também a realização plena da vida. É lugar de luz
e beleza (Ap 21.23; 22.5); lugar da plenitude de conhecimento (1ª Co 13.12);
lugar de serviço (Ap 22.3); lugar de gozo (Ap 21.4); lugar de culto, louvor e
adoração, exaltação (Ap 21.22). Iremos honrar, o engrandecer o Senhor, é o
lugar onde haverá eterna comunhão entre Deus e todos os santos ou sua Igreja.
Atividade principal no Novo Céu será a de louvor e
adoração ao nosso Criador, Redentor, Senhor e Rei. Será um culto eterno a Deus
que nunca se tornará tediosos ou simplesmente repetições orações, mas, de
aleluias, glórias e “Tu és digno, Cordeiro de Deus”, pois a majestade, a beleza
e magnificência do Senhor nos levarão achar mais e mais motivos para
glorificar. Os atrativos da Sua glória produzirão em nós eternas razões para
exaltar.
Haverá atividades no Céu, entre elas música e
canções. Para que não dizer que, também, haverá outros meios de cultuar a Deus.
Quem sabe demonstraremos o nosso amor e gratidão a Ele através de dotes,
criatividades, habilidades especiais etc. Não encontramos referências bíblicas
específicas sobre essa possibilidade, mas o nosso louvor a Deus na Terra não
deve apenas consistir do que praticamos num ambiente eclesial, mas, sim,
através de outras demonstrações variadas do nosso ser a Ele.
[...] John Mac Arthur
complementa: Biblicamente, a vida eterna não é apenas a promessa da vida na
eternidade, mas é também a qualidade de vida característica das pessoas que
vivem na eternidade. Tem a ver com qualidade tanto quanto duração (Jo 17.3).
Não é apenas viver para sempre. A vida eterna é ser participante do reino onde
habita Deus. É andar com o Deus vivo, em comunhão infindável.
Termino este tópico com a exclamação do apóstolo
Paulo “oh profundidade das riquezas, tanto da sabedoria como da ciência de Deus!
Quão insondáveis são os seus juízos, quão inescrutáveis os seus caminhos! Quem
compreendeu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem lhe deu
primeiro a ele para que lhe seja recompensado? Porque dele e por ele e para ele
são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (Rm 11.33-36).
Pr. Elias Ribas
Assembleia de Deus
Blumenau - SC
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