I. DEPOIS DA MORTE VEM O JUÍZO
O termo “ordenado” empregado no texto grego é “apokeimai”
e significa “ser guardado”, “colocado à parte”, “ser reservado”, “estar à
espera de” (Lc 19.20; Cl 1.5; 2ª Tm 4.8).
“Está ordenado [a mim] morrer uma só vez”. A menção é
ilustrar o fato de que Cristo morreu apenas uma vez pelo pecado, que também as
pessoas morrem uma só vez nesta terra. Por causa do pecado de Adão, a morte
passou a todos os homens (Rm 5.12).
Duas coisas são certo para o ser humano. 1º Todos sem
exceção irão passar pela morte. 2º Todos passarão por um julgamento para
prestar contas de suas obras.
O pecado trouxe consequências individual e coletiva que se estendeu até nós. As principais consequências do pecado original são a morte (Rm 6.23) e o afastamento de Deus (Rm 3.23). Tornamos inimigos de Deus (Rm 8.7). Não existe remédio para o pecado, a única maneira de tratar com o pecado é pela morte e ressurreição de Cristo Jesus.
I. AS DUAS RESSUREIÇÃO
João 5.28,29 “Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.”
A Bíblia Sagrada afirma que haverá duas ressurreições: a primeira ocorrerá por ocasião da segunda vinda de Cristo e está reservada para os salvos que receberão a vida eterna ao lado do Senhor Jesus; Esse é o destino final dos crentes. Porém, os ímpios, vão ressuscitar para o desprezo eterno. Seu destino final é o inferno, onde haverá dor, vergonha e tristeza.
1. A primeira ressureição. 1ª Tessalonicenses 4.16,17 “Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.”A primeira ressureição é para os salvos, os que morreram em
Cristo Jesus e acontecerá na vinda de Cristo. Segundo a teologia paulina, os
mortos ressuscitarão primeiro e depois os vivos serão transformados em um corpo
glorificado e subirão juntamente com ele, a encontrar com o Senhor nos ares.
Após o Arrebatamento, os salvos irão para o Tribunal de
Cristo (1ª Co 3.12-15), um julgamento para receber um galardão pelo seu
trabalho prestado a Cristo e também sua fidelidade.
Em 2ª Coríntios 5.10, Paulo dá uma ilustração do Tribunal de
Cristo à Igreja de Corinto: “Porque todos devemos comparecer perante o tribunal
de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio de corpo,
ou bem, ou mal.”
Paulo nos ensina que todos os cristãos vão estar perante o
Tribunal de Cristo. No Tribunal de Cristo, os crentes serão recompensados de
acordo com a fidelidade com que serviram, seguiram e obedeceram a Cristo e “...estaremos
para sempre com o Senhor.”
O Tribunal de Cristo não é um julgamento de pecados, é para crentes cuja salvação já está assegurada pela fé em Jesus Cristo (Jo 3.16; Rm 10.9-10), mas será um julgamento em que que Deus nos recompensará de acordo como vivemos as nossas vidas.
2. A segunda ressureição. “... e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.” (Jo 5.29b).
Na consumação dos séculos haverá então o julgamento final
para aqueles que rejeitarão a graça de Cristo Jesus, e viverão uma vida de
pecado.
Satanás astuto e inteligente levou o homem a
ruína. O homem ficou destituído da glória de Deus (Rm 3.23) e caiu no caminho
de morte. O pecado se alastrou a toda humanidade levando o homem para destruição.
O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em
Cristo Jesus, nosso Senhor. “(Rm 6.23).
O Juízo Final será um julgamento na consumação dos séculos,
onde os mortos no pecado, ressuscitarão em seus corpos terrenos para prestar
conta ao Todo Poderoso, pelas suas obras durante a sua vida terrena. Essa é a
segunda ressureição.
O homem vai para o inferno por uma escolha pessoal. Dizia Santo Agostinho: “Em inúmeras passagens do Evangelho, o céu e o inferno são tratados como o “prêmio” e o “castigo” eternos devidos a nossas obras boas ou más.”
II. OS DOIS CAMINHOS
“Entrai pela
porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a
perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e
apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com
ela.” (Mt 7.13,14).
No Antigo Testamento, vemos Moisés dizendo ao povo: “Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência.” (Dt 30.19).
Ao profeta Jeremias o Senhor Deus disse: “A este povo dirás: Assim diz o Senhor: Eis que ponho diante de vós o caminho da vida e o caminho da morte” (Jr 21.8).
Josué, o sucessor de Moisés, disse para o povo: “Porém, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor.” (Js 24.15).
Elias, disse ao povo no Monte Carmelo: “Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu.” (1º Rs 18.21).
A vida do ser humano consiste em apenas duas formas, ou servimos a Deus, ou servimos ao diabo. Não existe meio termo. O Mestre Jesus nos ensinou que “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. (Mt 6.24).
Nos ensinamentos de Jesus Ele foi claro dizendo que existem apenas dois caminhos: “Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela.” (Mt 7.13,14).
Esses caminhos são distintos, separados, e em direções opostas. Um leva à vida eterna, o outro à morte eterna. O largo e suave; o outro, estreito e apertado e “poucos entram por ele.”
O ser humano pode escolher em obedecer a Deus, obedecendo e seguindo a sua palavra, ou vive em uma vida sem compromisso com Deus e vivendo segundo suas próprias vontades e deleites, isto é, ele tem livre escolha.
2. O caminho largo é o caminho da perdição. “...larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela...” (Mt 7.13).
Esses caminhos
são distintos, separados, e em direções opostas. Um leva à vida eterna, o outro
à morte eterna. O largo e suave; o outro, estreito e apertado e “poucos entram
por ele.”
Mesmo com a diferença entre esses dois caminhos muitos optam em seguir os desejos que provem da carne, isto é, o caminho largo.
2.1. O
caminho largo. Caminho largo é o caminho que leva à perdição, ou seja, para
longe de Deus. Poucos o almejam, mas a maioria anda nele, pois se trata de um
caminho largo em sua entrada (porta) e também em seu trajeto (caminho). É o
mais confortável e atraente.
Jesus diz que o
caminho é espaçoso, de forma fácil dá para entender que este caminho é o que
conduz aos deleites da vida, aonde estão aqueles que não se preocupam em
caminhar na vontade de Deus, quantos não estão entrando nessa porta, o próprio
Jesus nos diz que: “muitos entram por ela”, e mesmo assim não percebem. Jesus deixa
claro que a maioria não pensa além da vida vivida na Terra.
Todos que andam
por ele estão preocupados em apenas curtir a vida e seus prazeres efêmeros.
Entregam-se livremente aos desejos carnais e não pensam no fim da viagem nem na
destruição certa que os aguarda lá.
Muitos que estão
nesse caminho, até conhecem a Deus, falam de Deus, mas não querem um
compromisso com Ele. Na sua consciência, conhecer a Deus é suficiente, ou seja,
eles acham que estão no caminho certo. Provérbios já nos diz algo relacionado:
“Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da
morte”. (Pv 14.12).
O que valia à
época do Antigo Testamento vale ainda para nós, hoje: “... Deixem os seus caminhos
e as suas más obras...” (Zc 1.4). Abandonem a pista da perdição e mudem para o
bom caminho de Deus. Ou, como diz o Novo Testamento: abandonem o caminho largo,
que conduz à perdição, e andem no caminho estreito que conduz à vida eterna (Mt
7.13-14). Há um caminho estreito com uma porta estreita. Um caminho largo com
uma porta larga. Um é o céu, e o outro é o inferno. Um é espaçoso e o apertado.
Há duas classes de pessoas: os muitos e os poucos; E há também dois destinos: a
condenação ou a vida eterna.
O homem sem Jesus está em numa encruzilhada, ele precisa tomar uma decisão em sua vida (Rm 12.2). Após a morte não existe probabilidade de mudar de lugar. Céu ou inferno.
O Lázaro e o
homem rico.
Uma vez que
alguém morre, sua decisão foi feita. Se ele aceitou Jesus Cristo como seu
Senhor e Salvador e O obedeceu aqui na terra, eles irão viver com Ele no céu
por toda a eternidade. Mas se alguém optar por não obedecer a Deus e continuar
a fazer as coisas do seu modo, eles irão onde Satanás, o pai da mentira também
está indo – para o inferno por toda a eternidade.
Deus é um Deus
amoroso e Ele nos dá muitas oportunidades, mas se você continuar se
desculpando, mais tarde Senhor, eu vou te ouvir e obedecer mais tarde, agora eu
quero me divertir e fazer o que eu quero fazer, então você pode ter um grande
surpresa se o tempo acaba e você não fez a decisão certa. Isso é muito sério.
Pense bem e decida sua vida para Jesus, enquanto a tempo, porque não sabemos o dia
de amanhã, apenas o que está ao alcance dos nossos olhos.
3. O caminho
estreito - o caminho da salvação. Jesus disse que “a porta é estreita e
apertado o caminho... e são poucos os que acertam com ela. A palavra estreito
significa também: “apertado, de pouca folga” (V. 14).
Apesar de ser o
que todos almejam, poucos conseguem andar nele, pois é apertado tanto em sua
entrada (porta) quanto em seu trajeto (caminho). Por ser apertado costuma tirar
o “conforto” de quem está andando por ele. (Mt 7.13-14).
O caminho da
vida é o caminho com Deus. Quem o abandona estará automaticamente andando na
pista contrária no caminho da perdição e do agente de perdição, no caminho de
Satanás.
Para entrar pela
porta estrei precisa deixar a bagagem do pecado, porque na porta não passa.
Nesse caminho o homem precisa viver uma vida abnegada e humildade, mas o mais importante,
morrer para o mundo. Vejo hoje muitos cristãos professos que não estão mortos
para o mundo. Mas eles desejam ser o máximo possível semelhantes ao mundo e, no
entanto, querem ser considerados cristãos. Esses sobem por outro caminho.
Então, quais são
os pré-requisitos para entrar pela porta estreita? O próprio Jesus delineou as
condições para seguir as pisadas que Ele deixou no caminho estreito: “Assim,
pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu
discípulo.” (Lc 14.33).
Mateus 10.38,39, “E
quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim. Quem acha a sua
vida perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por minha causa achá-la-á.”
Em primeiro
lugar, nosso Senhor ensina que é preciso negar-se a si mesmo, e em segundo
lugar ele ensina que é preciso tomar a cruz.
A crucificação
do Senhor Jesus, Ele não foi forçado a sofrê-la, antes a escolheu. Ele tomou
voluntariamente a cruz e foi crucificado para o cumprimento do propósito de
Deus. Em outras palavras, Ele não foi forçado a morrer como se fosse um
criminoso; antes, estava pronto a ser crucificado para que, pela sua morte, sua
vida divina pudesse ser liberada a fim de produzir a igreja.
Quando Jesus
disse “quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim”, isso
significa que também nós, os cristãos, não somos forçados a carregá-la, mas que
devemos toma-la voluntariamente. Devemos perceber que o Senhor Jesus não disse
assim: “...a si mesmo se negue e seja crucificado”, e, sim: “... a si mesmo se
negue e tome a sua cruz” (Mt 16.24). Em outras palavras: não deveríamos ser
crucificados (forçosamente), mas, sim, deveríamos, dia-a-dia, tomar a cruz. Ser
crucificado indica que alguém está nos forçando a isso, enquanto “tomar a cruz”
indica que nós mesmos nos voluntariamos a tal fato.
A expressão
“tomar a cruz” ganhará sentido em nossas vidas a partir do momento em que,
voluntariamente, negarmos a nós mesmos em função da edificação do corpo de
Cristo. Negar-se a si mesmo é amar ao Senhor acima de todas as coisas, e ser
fiel à causa do Evangelho acima de qualquer aspiração pessoal.
Negar-se a si
mesmo é dizer não a natureza humana decaída, ou seja, o velho “eu” que tenta
nos desviar para as concupiscências das obras da carne.
Negar-se a si mesmo
é renunciar toda confiança em sua própria natureza, religiosidade, capacidade e
obras, e entender que a salvação depende exclusivamente de Deus, e que os
méritos pertencem tão somente a Cristo.
Em ouras
palavras, no ensino de Jesus aquele que nega-se a sim mesmo é alguém capaz de
dizer: Jesus é o primeiro em todas as áreas da minha vida.
Não é um caminho
confortável, por isso só andam por ele aqueles que amam a Deus de verdade;
aqueles que estão dispostos a abrir mão de tudo por Jesus, como fizeram o
apóstolo Paulo e outro.
Assim, vos
apresento os dois caminhos com a intenção de chamar a vossa atenção: O caminho
estreito que conduz a salvação, ou o caminho largo que conduz a condenação
eterna.
Pr. Elias Ribas - Dr. em teologia
Assembleia de Deus
Blumenau - SC
Glória a Deus. Mas nós que estamos esperando o arrebatamento não passaremos pela morte.
ResponderExcluirDeus abençoe seu trabalho pastor esse texto é um alerta
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