TEOLOGIA EM FOCO: ONDE VOCÊ IRÁ PASSAR A ETERNIDADE – 2ª PARTE

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

ONDE VOCÊ IRÁ PASSAR A ETERNIDADE – 2ª PARTE


Desejo dar continuidade na segunda parte do estudo “onde você vai passa a eternidade”. No estudo anterior falamos sobre os dois caminhos, porém agora desejo especificar mais a finco sobre o tema: “o caminho que leva para o céu” e o “caminho que leva para o inferno”.

A eternidade iniciará quando você descer a sepultura, seu corpo ficará ali e apodrecerá, mas a sua alma seguirá adiante e apenas dois caminhos a espera: o céu ou o inferno! Quais os preparativos você tem feito para um período tão extenso assim? Período este que terá apenas começo, mas não terá fim!

A decisão de onde passar a eternidade não será depois que você morrer, mas sim hoje! Agora! Não podemos esperar pelo último minuto, pois qual será o último minuto? Pode ser que você nem termine de ler este texto. 

I. O CAMINHO PARA O CÉU 

Deus mesmo, em Seu imenso amor, se dirige a nós nos conduzindo para a vida plena. Ele nos mostra o caminho que vai para o céu, pois não há em Deus interesse maior que não seja a felicidade de cada um dos seus. 

1. O pecado não pegou Deus de surpresa. Sabendo que o homem iria ceder ao pecado, Deus já havia preparado um plano de salvação para humanidade antes da fundação do mundo: “Assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor.” (Ef 1.4).

Para a igreja Tessalônica Paulo vai dizer: “...porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade. (2ª Ts 2.13b). 

2. Um sacrifício de amor. João 3.16-17 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.”

A grande prova de Seu amor, Deus fez enviando Seu Filho, para sacrifício por causa do pecado, por isso João Batista disse: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29).

“Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado.” (Rm 8.3).

O propósito da Lei de Moisés era mostrar o pecado, porém essa Lei não poderia libertar-se do pecado e condenação. Em vez de condenar o homem, Deus enviou o Seu Filho amado em forma de carne para condenar o pecado e libertar o homem do juízo vindouro.

O apóstolo do amor vai dizer em sua carta: “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros.” (1ª Jo 4.10,11).

Nós fomos justamente os objetos da ira divina, “mas por causa de seu grande amor por nós, “...Deus, que é rico em misericórdia, nos deu vida com Cristo mesmo quando estávamos mortos em transgressões, nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos.” (Ef 2.4,5).

Quando Paulo diz: “Deus... nos deu vida com Cristo”, ele está se referindo ao milagre da conversão. Deus através da Palavra operou a fé em nossos corações, criando vida onde antigamente não havia nenhum. Desta forma, Ele “nos deu vida com Cristo, mesmo quando estávamos mortos em transgressões”.

E enviou Seu Filho para ser a propiciação pelos nossos pecados: 1ª João 2.2 “E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro.” “A quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos.” (Rm 3.25).

Jesus levou a culpa pelos nossos pecados, sacrificou a Sua vida por nós quando morreu na cruz. Isso era necessário: os pecados só podiam ser removidos pelo derramamento de sangue de um homem justo (Hb 9.22). Cristo derramou Seu sangue na cruz do Calvário como a única e perfeita base para o perdão dos nossos pecados. Somente Jesus Cristo pode remover seus pecados.

Desde a cruz, Deus oferece o Seu amor, a salvação dos pecados e a vida eterna a todos. Mas o homem precisa tomar uma decisão. 

3. Jesus é a porta. Jesus disse que a porta é estreita, mas Ele dá um comando: “Entrai pela porta estreita” (Mt 7.13). Precisamos entender que a porta para céu não está fachada, ela se encontra ainda aberta. Talvez você pergunte: onde está a porta? Quem é a porta? 

A porta que nos conduz para o céu é Jesus. João 10.7,9, “Em verdade, em verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas. Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem.”

Ao afirmar ser a porta, Jesus está dizendo que é a via de acesso e a oportunidade de salvação é Ele. Note que, nesse sentido, Ele não diz ser uma das portas. Sua afirmação é exclusivista: “Eu sou a porta; Eu sou o único acesso a Deus”. No verso primeiro Ele diz: “Eu sou a Porta, se alguém tentar vir de qualquer outra maneira, ele é ladrão e assaltante”.

Jesus fala do reino de Deus como de uma grande casa que tem uma porta: uma só e estreita. Essa casa tem dono, mas um dia vai a porta vai fechar.

Reconhecer que Jesus é a porta não é suficiente. Isso não faz com que acessemos a Deus e tenhamos a salvação. O evangelho sempre vem como um comando para obedecer. Não basta estudar sobre a porta estreita e admirar o que Jesus disse, porque o inferno vai estar literalmente cheio de pessoas que admiravam Jesus e Seus ensinamentos, mas não o seguiram. Para isso, é necessário dar um passo e entrar pela porta por meio da fé.

4. Jesus é o Caminho. “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Jo 14.6). 

Por onde você tem andado, sua vida tem rumo?

Ao dizer “eu sou o caminho, a verdade, e a vida”, Jesus não apenas indica qual é o caminho para a casa do Pai, mas se revela explicitamente como sendo Ele próprio esse caminho. A expressão “eu sou o caminho” significa que Ele, Cristo, é o único e verdadeiro Senhor e Salvador.

Muitas pessoas acreditam que todos os caminhos levam a Deus e, nesse engano, alguns caem nas armadilhas das religiões e seitas que buscam mais e mais adeptos que serão enganados e desviados completamente do verdadeiro caminho que é Cristo Jesus.

Não é a religião, não é a denominação religiosa, não é o budismo, não é o catolicismo, não é o espiritismo, não é o hinduísmo, não é o judaísmo, nenhum destes caminhos leva a Deus. O único e genuíno caminho que leva a Deus é Cristo. Nenhuma vida religiosa, boas ações ou qualquer outra coisa pode fazer isso: Somente por Jesus e apenas por Ele temos acesso ao Pai.

Ninguém sabe a hora da partida para a outra vida. Podemos, a qualquer momento, entrar na presença de Deus e a pergunta é: Você está preparado? Já creu em Cristo como seu único e suficiente salvador? Pois esta deve ser sua maior preocupação. 

5. Sem Jesus não há salvação. Atos 4.12 lemos: “Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos.”

Jesus, cujo o nome significa salvação; Cristo, no grego significa ungido, e no hebraico é Messias, que significa enviado. Jesus veio à terra para cumprir pessoalmente uma missão dada por Deus para resgatar toda a humanidade de um fim que seria tenebroso. Há somente uma maneira de ser salvo, há apenas uma Pessoa que é o Salvador, por isso, a fé N’ele e a obediência é necessária para a salvação. Sem Jesus não há salvação, pois Ele é a base para a salvação.

1ª João 5.11,12 “E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida.” 

6. Jesus é o único mediador. 1ª Timóteo 2.5 “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.”

Deus nos criou para vivermos em união com Ele e sob a sua orientação, mas, infelizmente, o pecado separou o homem de Deus (Rm 3.23). Ele não tinha como ter acesso a Deus, mas, entretanto, Ele não desiste de nós, portanto, Ele providenciou um mediador e sumo sacerdote, Jesus Cristo-homem.

O mediador é aquele que está no meio, o intermediário que pode ficar no meio de dois e comunicar-se com ambos. Por meio de Cristo, Deus pôde aproximar os homens do perdão dos pecados. Consequentemente, qualquer pobre pecador pode se aproximar de Deus, e não será rejeitado de nenhum modo.

O único Deus vivo deseja que todos sejam salvos. Ele é o Único a quem nossas orações devem ser dirigidas e a mais ninguém.

Mediador é um conceito oriundo da adoração cerimonial prescrita no Antigo Testamento. No tabernáculo e, mais tarde, no templo, os sacerdotes mediavam entre Deus e o povo, oferecendo sacrifícios animais para expiar os pecados de todos e intercedendo pela nação. Na posição de mediador, o sacerdote era o único que podia entrar no Santo Lugar, onde Deus manifestava Sua presença.

Agora nosso único Mediador é Jesus Cristo, homem (Hb 9.11-15). Há um só Deus, em quem se encontra a salvação. Há um só caminho que leva a Ele, por meio do Mediador, Cristo Jesus, que tem a natureza plena de Deus e a natureza plena do homem. Cristo se identificou conosco; Ele nos entende perfeitamente e representa-nos à destra de Deus, o Pai (Rm 8.34). 

7. O que eu preciso fazer para me salvar? Na verdade, você não precisa fazer nada, a não se arrepender dos teus pecados, crer e obedecer.

A última palavra de nosso Senhor na cruz foi: “Está consumado!” (Jo 19.30). A palavra “consumado” no grego é “tetélestai” que significa: está concluído, está completo, acabou, como quem cumpre e completa a sua missão. 

7.1. Precisa arrepender de seus pecados. O primeiro mandamento do evangelho é: “arrependei-vos e crede no evangelho.” (Mc 1.15).

At 3.19 “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados.”

Podemos definir o arrependimento como “a mudança produzida na vida consciente do pecador, pela qual ele abandona o pecado”. É uma mudança de mente; é um estado de contrição profunda do coração humano, pela culpa do pecado, e o desejo de abandoná-lo.

Mudança de mente. Romanos 12.1,2 “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”

O apóstolo Paulo explica sobre princípios de romper com o pecado, manter nossa vida centrada em Cristo e buscar como também experimentar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

Não vos conformeis com este mundo significa, não entrar na forma desse mundo, não se acomodar com a situação, não se deixar levar por qualquer ideologia, resistir e se manter focado.

Vivemos numa cultura onde a corrupção se tornou algo normal, o pecado está sendo legalizado, como aborto, drogas e homossexualismo etc... Porém, o cristão verdadeiro é aquele que entrega sua vida para Deus como oferta animada, sincera e verdadeira e não se conformamos com esta sociedade que está em deterioração e com suas práticas destrutivas, mas nos modificamos pela renovação do nosso entendimento. 

7.2. Precisa ter fé. Aquele que crê no Filho tem a vida eterna, mas aquele que não no filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece.” (Jo 3.36).

É necessário fé, pois sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6). Portanto, salvação é uma escolha pessoal, por meio da fé.

Crer no evangelho de Jesus Cristo. Crer na Sua morte expiatória. Crer que Ele nasceu, viveu e morreu para tornar possível a salvação do ser humano. Crer que isso é de graça e não nos custa nada. Crer que a salvação é unicamente pela fé em Jesus.

Ef 2.8, “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus.”

A palavra graça no grego é “Charis que significa: “favor imerecido, “cuidado ou ajuda graciosa”, “benevolência”. Há um grande tesouro inserido na graça de Deus: a justificação (Rm 5.1). 

7.3. Fé e batismo. Marcos 16.16 Jesus disse: “Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado.”

Aquele que crê, isto é, crê no evangelho. O homem é um pecador. Ele deve agir com base na crença nesta verdade e se arrepender. 

7.4. “For batizado”. O batismo é um testemunho da nossa fé e uma declaração pública de que cremos em Jesus Cristo. As Escrituras nos dizem que temos a vida eterna no momento em que cremos (Jo 5.24), e a crença sempre vem antes de ser batizado.

Crer aponta para a aceitação do evangelho pela fé. Batizado aponta para o testemunho exterior da conversão de uma pessoa. Estes elementos estão intimamente relacionados na pregação apostólica (At 2.38; At 8.36-38; At 16.30-33).

O “batismo” ensinado por Jesus e os apóstolos, é de muita importância. Ele não disse, que um homem não poderia ser salvo sem o batismo, mas Ele sugeriu fortemente que onde isso é negligenciado “sabendo que é um mandamento do Salvador”, põe em risco a salvação da alma. 

7.5. Precisa obedecer. Filipenses 2.8 “a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.”

A obediência a Deus é uma parte essencial da fé cristã. O próprio Jesus foi obediente até à morte, a morte numa cruz.

A Bíblia diz que mostramos nosso amor por Jesus, obedecendo a Ele em todas as coisas: “Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos” (João 14.15). E para aqueles que não obedeceram, Ele perguntou: “Por que vocês me chamam ‘Senhor, Senhor’ e não fazem o que eu digo?” (Lucas 6.46).

A obediência é definida como “cumprimento respeitoso ou submisso aos comandos de um em autoridade”. E quando examinamos essa definição em maior detalhe, vemos os elementos da obediência bíblica.

Não basta apenas crer porque os demônios também creem. Tiago 2.19” Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios creem e tremem”.

Eles creem, mas não obedecem. Da mesma forma, muitas pessoas creem, mas não obedecem às ordenanças de Jesus. A verdadeira crença é a fé comprometida com o Senhor Jesus, uma vida de renúncia, uma mudança de conduta e transformação de caráter. 

7.6. O homem precisa abrir seu coração para o evangelho. “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.” (Ap 3.20).

Jesus bate em nossos corações através do evangelho. Ao contrário do inimigo, que vem tão somente para matar roubar e destruir, Ele vem promover a vida abundante (Jo 10.10). Aquele que abre a porta e O recebe torna-se seu filho e um relacionamento de bênçãos é gerado nesse coração, que é transformado pela graça de Cristo.

João 1.12, “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome.”

Quando as verdades bíblicas atingem o coração, criam em nós o desejo de nos separarmos do mundo. Aqueles que se aproximam de Jesus andarão de modo a honrá-Lo.

No coração do homem não há maçaneta do lado de fora, mas somente do lado de dentro. Quando Jesus bate, apenas o homem pode abri-la para Ele entrar.” Jesus não entra em coração fechado. E você, já abriu a porta do seu coração para Cristo entrar? 

7.7. Confessar. Filipenses 2.11, “E toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai”. Esta declaração enfatiza a universalidade da confissão de Jesus como Senhor e o futuro reconhecimento de sua soberania por toda a humanidade.

Nos tempos do Novo Testamento, a palavra “senhor” somente era usada para as pessoas em autoridade. O escravo, quando se referia ao seu dono, dizia: “meu Senhor”. Os súditos, quando se referiam aos seus superiores, empregavam a mesma palavra.

Quando a Bíblia afirma que Jesus Cristo é o Senhor, torna explícito que tem toda a autoridade, e é o dono de nossas vidas. O verdadeiro cristão tem Jesus Cristo como Senhor.

A Bíblia explica que Jesus é o Senhor porque comprou a nossa vida, e se Ele é Senhor, nós somos seus escravos: “Pois aquele que, sendo escravo foi chamado pelo Senhor, é liberto, e pertence ao Senhor, semelhantemente, aquele que era livre quando foi chamado, é escravo de Cristo” (1 Co 7.22,23). Se Ele comprou é o dono e pode fazer o que quiser conosco, e nós como escravos devemos obedecê-lo em tudo.

O apóstolo Paulo deixou isto claro quando afirmou: “Porém que se diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos. 9. Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. 10. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação.” (Rm 10.8-10).

Aquele que confessar com sua boca que Cristo Jesus é o Senhor de sua vida será salvo. A confissão de fé é um elemento central na vida cristã, pois expressa publicamente nossa crença e aceitação de Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador. Esta confissão pública é uma demonstração da nossa identidade cristã e uma forma de testemunho aos que nos rodeiam.

Na teologia paulina, ele nos encoraja a confessar Jesus como Senhor com nossa boca. Esta confissão vai além de uma simples declaração de palavras; é uma afirmação solene de total submissão e devoção a Jesus. Ao reconhecer Jesus como Senhor, reconhecemos sua autoridade sobre nossas vidas e nos rendemos à sua vontade. 

II. O CAMINHO PARA O INFERNO 

Ninguém gosta de falar do inferno. Se você perguntar para uma pessoa se ela quer ir para o inferno ou para o céu, com certeza ela vai dizer que quer ir para o céu morar com Deus. Porém, ele é real e precisamos examinar a nossa vida pela Palavra de Deus e saber para onde iremos quando formos chamados para a eternidade.

Segundo a Bíblia a vida futura do homem seria feliz ou infeliz, conforme o bem ou o mal praticado neste mundo. A vida pós morte depende a escolha que ele fizer em vida. Depois não há possibilidade de mudar. 

Opções oferecidas para o destino final são bíblicas. Não parece ser uma boa opção alguém passar a eternidade em sofrimento. É isto que se deduz da palavra “inferno” e das expressões usadas por Jesus: tormento e sofrimento. No entanto, têm-se oferecido outras opções sobre o destino eterno dos homens. Quero avaliá-las nesse momento, pois elas respondem à pergunta: o que acontece conosco quando morremos?

Deus não criou nenhum ser humano com a intenção de condená-lo ao inferno. Deus não tem prazer na morte do pecador (Ez 18.31,32), “Deus quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (1ª Tm 2.4).

A Palavra de Deus é uma luz em nosso caminho; uma bússola que indica o caminho da vida, para que ele não venha desviar-se do caminho.

No livro da revelação, Jesus disse para João: “O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho. 8. Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte.” (Ap 21.7,8).

O apóstolo Paulo em sua carta aos Romanos ele escreve dizendo “Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis.” (Rm 8.13).

Viver segundo a carne é satisfazer os desejos carnais, é o que o que a teologia paulina nos ensina.

Gálatas 5.16-21 “Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. 17. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer. 18. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei. 19. Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, 20. idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, 21. invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.”

Quem anda no Espírito, não necessita satisfazer a concupiscência da carne. Age como um cidadão dos céus e investe no céu, não necessitando da lei (5.16). Carne e espírito são dois extremos existentes em nós e satisfazer a carne significa egoísmo, satisfazer o espírito é altruísmo (5.17). Guiar-se pelo Espírito é desfrutar da plena liberdade, é esquecer-se que há lei (5.18).

Romanos 8.5-11 “Porque as pessoas que vivem de acordo com a natureza humana têm a sua mente controlada por essa mesma natureza. Mas as que vivem de acordo com o Espírito de Deus têm a sua mente controlada pelo Espírito. 6. As pessoas que têm a mente controlada pela natureza humana acabarão morrendo espiritualmente; mas as que têm a mente controlada pelo Espírito de Deus terão a vida eterna e a paz. 7. Por isso as pessoas que têm a mente controlada pela natureza humana se tornam inimigas de Deus, pois não obedecem à lei de Deus e, de fato, não podem obedecer a ela. 8. As pessoas que vivem de acordo com a sua natureza humana não podem agradar a Deus. 9. Vocês, porém, não vivem como manda a natureza humana, mas como o Espírito de Deus quer, se é que o Espírito de Deus vive realmente em vocês. Quem não tem o Espírito de Cristo não pertence a ele. 10. Mas, se Cristo vive em vocês, então, embora o corpo de vocês vá morrer por causa do pecado, o Espírito de Deus é vida para vocês porque vocês foram aceitos por Deus. 11. Se em vocês vive o Espírito daquele que ressuscitou Jesus, então aquele que ressuscitou Jesus Cristo dará também vida ao corpo mortal de vocês, por meio do seu Espírito, que vive em vocês. 12. Portanto, meus irmãos, nós temos uma obrigação, que é a de não vivermos de acordo com a nossa natureza humana. 13. Porque, se vocês viverem de acordo com a natureza humana, vocês morrerão espiritualmente; mas, se pelo Espírito de Deus vocês matarem as suas ações pecaminosas, vocês viverão espiritualmente. 14. Pois aqueles que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.” (NTLH - Nova Tradução na Linguagem de Hoje).

As obras da carne, significa o conjunto de impulsos pecaminosos que dominam o homem natural. Da mesma maneira a palavra grega pneuma, “espírito” que se aplica ao Espírito Santo, espírito humano, aos anjos e aos espíritos imundos.

Aquele que desejam entrar no reino de Deus crucifica as paixões carnais. Gálatas 5.24 “E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências.”

1ª Coríntios 6.9,10 “Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, 10. nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus.”

E Jesus complementa dizendo: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom” (Mt 6.24). O coração que segue a avareza, as riquezas (Mamom), é um coração idólatra, e a sua obstinação em permanecer no erro do seu coração enganoso é feitiçaria.

Qualquer que ama a mentira é anátema, pois Cristo é a verdade: “Se alguém não ama ao Senhor Jesus Cristo, seja anátema. Maranata!” (1ª Co 16.22).

O lago de fogo será para todos os pecadores o lugar final de separação de Deus. Para este lugar será removido para sempre a morte e o Hades. O universo será purificado da presença de todo o mal e a justiça prevalecerá na terra e no céu, que serão renovados. 

CONCLUSÃO

A salvação foi estendida para todo a humanidade (1ª Jo 2.2). Embora os homens sendo pecadores, o caminho da salvação não está fechado para ele, mas precisa tomar uma decisão na Sua vida e escolher qual o caminho a seguir.

Após a morte há dois destinos: aqueles que creem e obedecem às ordenanças de Cristo irão para o paraíso, mas os que negaram a seguir a Jesus irão para o um lugar de tormento no inferno.

Cabe a você escolher onde quer passar sua eternidade. A Palavra de Deus nos orienta: “tenho te proposto a vida e a morte, a benção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas.”

O destino de tua alma depende da tua escolha hoje, amanhã pode ser muito tarde.

P r. Elias Ribas - Dr. em teologia

Assembleia de Deus

Blumenau - SC


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