I. O ÚLTIMO IMPÉRIO MUNDIAL
A Bíblia relata a
ascensão e a queda de grandes impérios, principalmente por causa de sua relação
com os reinos bíblicos de Israel e Judá.
As profecias de Daniel e as revelações do apóstolo apocalptica, fornecem a prova da precisão da Bíblia. O apóstolo João escreveu as palavras, e elas ampliam uma profecia do Livro de Daniel, o qual apresenta o esboço da progressão da história humana, que culmina no mesmo glorioso evento. As profecias de Daniel revelam informações sobre os impérios mundiais, desde a Babilônia até ao último império.
II. A FORMAÇÃO DO IMPÉRIO DO ANTICRISTO
1. O dragão
vermelho.
“Viu-se, também, outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com
sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas.” (Ap 12.3).
Antes de estudarmos o surgimento do último império mundial devemos começar com uma referência a Apocalipse 12.3, onde João viu um dragão vermelho que simboliza Satanás a antiga serpente (Ap 12.9), ameaçar a mulher e seu filho que simbolizam Israel e o Messias. As tentativas de Satanás de destruir os descendentes da mulher. João escreveu sobre a Guerra no Céu e sobre os reinos deste mundo, que lutariam contra os seguidores de Deus.
2. A diferença
entre Satanás e o Anticristo. “Vi emergir do mar uma besta que tinha
dez chifres e sete cabeças e, sobre os chifres, dez diademas e, sobre as
cabeças, nomes de blasfêmia.” (Ap 13.1).
Apocalipse 13, é
um texto simbólico profético que faz menção às duas bestas: uma besta que sobe
do mar que representa o Anticristo (um líder político) e a besta que surge da
Terra que representa o falso profeta (um líder religioso). São dois poderes
que, aliados ao dragão, irão se unir com o objetivo de dizimar o povo de Deus
da Terra. Besta ou animal, em profecia, significa reino ou poder deste mundo
(Dn 7.17).
O dragão (Pai),
que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas (Ap
12.3), mas no capítulo 13 e verso 1, João vê uma besta (Anticristo) com sete
cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres, dez diademas.
Vamos analisar a diferença entre Satanás (o pai) e o Anticristo (o filho). Note que ambos possuem sete cabeças e dez chifres. A diferença é que o Dragão (Satanás) usa sete diademas sobre a cabeça e a besta (Anticristo) possui dez” diademas sobre os seus chifres. Isso mostra que quem governa é, na verdade, o dragão que deu o seu poder a besta.
As sete cabeça. A besta quer se
faz parecer com Deus (2ª Ts 2.4). O dragão com sete cabeças fala de sua
plenitude de astúcia. As sete cabeças referem-se a sete reinos ou sete impérios
que também simbolizam sete montes (Ap 17.9), porém vou dar ênfase aos sete
reinos começando pelo Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Pérsia, Grego e Roma que
somam seis e já passaram, mas o sétimo está por vir, ou seja, está para surgir
no governo da Besta.
As diademas. Já vimos que a
única diferença entre eles está na quantidade de diademas. O dragão tem sete e
a besta tem dez.
Os diademas indicam que a besta é investida de autoridade pelo dragão (cf. Ap 13.4). O dragão tem sete diademas que é o número simbólico da santidade de e da perfeição de Deus, isto é, quer ser deus. A besta tem dez diademas, uma para cada chifre, portanto, ele terá autoridade máxima durante seu governo.
3. Os dez chifres
da besta.
Vamos analisar de forma distinta os dez chifres da besta, bem como o ambiente
em que eles estão inseridos.
“...era diferente
de todos os animais que apareceram antes dele e tinha dez chifres.” (Daniel
7.7).
A besta também tem
dez chifres que são dez reis (Ap 17.12) que irão governar com ela. Portanto, os
dez chifres representam os governantes, que recebem inspiração de Satanás e
cumprem suas ordens. Em uma aplicação direta ao período do Anticristo, a
referência aos dez reis nos mostra como os governos mundiais se unirão para
oferecerem suporte, poder e autoridade ao governo da besta.
Os dez chifres correspondem a dez futuros reis, interpretação no verso 24 que diz: “E quanto às pontas, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros e abaterá a três reis”. (Dn 7.24).
3.1. O chifre
pequeno.
“Estando eu considerando as pontas, eis que entre elas subiu outra ponta
pequena, diante da qual três das pontas primeiras foram arrancadas; e eis que
nesta ponta havia olhos, como olhos de homem, e uma boca que falava
grandiosamente” (Dn 7.8).
No capítulo 7 de
Daniel, ele apresenta uma sequência de quatro reinos, sendo o último o reino de
Cristo. Sendo dividido o capítulo em duas seções, uma é a visão (Dn 7.1-14) e,
a outra, sua interpretação (Dn 7.17-27).
Os dez chifres são
dez reis (ou reinos) que surgem do quarto reino. O chifre pequeno é um rei que
surge dentre os dez e se torna diferente de todos e devorava tudo que via (Dn
7.8).
O caráter singular
da besta que agora aparece; o número dos chifres; o surgimento de um novo
chifre (a ponta pequena); o poder e o terror da besta, e a longa duração de seu
domínio sobre a terra, atraíram e fixaram a atenção de Daniel, o levaram a uma
descrição mais minuciosa da aparência do animal e o induziram particularmente a
pedir uma explicação para o anjo.
“Então, tive
desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal...” (Dn 7.19). “e
também a respeito dos dez chifres que tinha na cabeça e do outro que subiu,
diante do qual caíram três, daquele chifre que tinha olhos e uma boca que
falava com insolência e parecia mais robusto do que os seus companheiros. (Dn
7.20).
E o mensageiro lhe
respondeu: “Os dez chifres correspondem a dez reis que se levantarão daquele
mesmo reino” (Dn 7.24), ou seja, os dez reis ou reinos que se originaram do
Império Romano ressurgido no tempo do fim (v. 24).
O chifre pequeno,
isto é, o Anticristo que surge dentre os dez e se torna diferente de todos e
devorava tudo que via (Dn 7.8).
Os dez chifres, está
ligado ao sonho de Nabucodonosor no capítulo 2, representado pelas duas pernas
e dez dedos em parte barro e parte ferro da estátua, e aos dez chifres da besta
do Apocalipse 13.1; 17.12, que serão dez reinos ou dez reis que se levantarão
no fim para entregar o mundo ao Anticristo.
Como o ferro não
se liga com o barro, assim esses reinos não se ligarão um ao outro. O barro
representa o poder democrático e o ferro o poder ditatorial, o poder comunista.
Eu vejo o
cumprimento desta profecia ligada aos países do BRICS, que hoje é constituído
por 11 países como membros plenos: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul,
Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. Esses
países se reuniram formalmente pela primeira vez após a decisão de expandir o
grupo.
Embora o Brasil faça parte deste governo ditatorial, vejo a mão de Deus usando o presidente Donald Trump, agindo de uma forma milagrosa para tirar o Brasil deste grupo. Isso quando acontecer, ficará os dez países do Brics que entregarão o governo ao Anticristo.
3.2. Subiu um
“pequeno chifre”, o qual arranca três deles. Aqui está uma segunda fase do
quarto império, um “império romano revivificado” que aparecerá no senário
mundial nos últimos tempos. Nos últimos dias da história, surgirá o poder
chamado de chifre pequeno que simboliza o aparecimento do Anticristo (2ª Ts
2.3-4,8).
Se os dez chifres
representam a divisão do Império Romano, o chifre pequeno representa um poder
que se levantaria entre esses dez, diante do qual três deles seriam
completamente destituídos (Dn 7.8).
Daniel vê que
surgiu entre os chifres que já existiam, outro chifre pequeno e distinto dos
dez chifres, e de constituição diferente.
O chifre pequeno
que surgiu entre os dez que já existiam, ocasionou a retirada de três chifres
(Dn 7.8), ou seja, esse chifre pequeno, arrancou fora três pontas que já havia
no terrível animal, representa o futuro império do Anticristo que ao emergir
entre os dez reinos.
Nesse chifre
pequeno havia olhos, como os olhos humanos, indicam a perspicácia, previsão e
astúcia desse poder; e a boca que fala coisas grandes ou presunçosas não é
diferente do homem do pecado, descrito pelo apóstolo Paulo, “cuja vinda deve
ser depois da operação de Satanás com toda a ilusão de injustiça” (2ª Ts
2.9-10; ver também Ap 13.5-6). Também a simbologia usada sugere que esse chifre
se refere a um indivíduo e não a um reino.
O cumprimento da profecia sobre o quarto animal para aquela época, pode ter sido cumprida em parte quando surgiu o Império Romano. Mas, sabemos que o capítulo 7 do livro de Daniel está falando também sobre o fim dos tempos. E, como sempre devemos relembrar, as profecias podem ser cumpridas na época em que foram anunciadas e também num futuro distante.
III. O SURGIMENTO DO IMPÉRIO DO ANTICRISTO
1. O império romano nos dias de João. “A besta que viste, era e não é, está para emergir do abismo e caminha para a destruição” (Ap 17.8).
“A besta que era”.
Isto tem a ver com os impérios mundiais passado (Dn 7), porém, estava atuado
nos dias de João por isso o anjo diz “era”. Este império, digo, o Império
Romano que era e durou até ano de 476 d.C. “e não é”. É o intervalo que vai do
fim do Império Romano até o surgimento do Anticristo. “mas está para emergir do
abismo” A besta que era e não é, mas irá ressurgir novamente no governo do
Anticristo na Grande Tribulação.
O terrível animal que Daniel viu (Dn 7.7), o anjo o chama de besta (Ap 13); “e há de subir do abismo”. Esta expressão diz com respeito ao Império Romano, que ressurgirá no tempo do fim, comandado pelo Anticristo e o falso profeta, junto com dez reis. É claro que o Império Romano não será o mesmo, mas será terrível, espantoso e brutal como era. Portanto, os fatos proféticos do v. 8 são ainda futuros.
2. Na visão de João como será o último império. Ap 17.12 “Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam reino, mas recebem autoridade como reis, com a besta, durante uma hora.”
Note que há um
paralelismo entre o apóstolo João e o profeta Daniel 7.7,24 Apocalipse 13. Os
dez chifres, são os dez reinos que hão de receber autoridade para governar nos
últimos dias. Os quais ainda não receberam um reino, isto é, eles não existiam
quando João escreveu. Está implícito que, durante o período em análise, eles
surgiriam e se conectariam, em um sentido importante com a besta e o falso
profeta.
Entendo que esses
dez reinos ou dez reis que irão surgir, são governos comunistas que hoje
detestam o povo judeu.
Observe que o Irã tem feito de tudo para destruir os judeus, portanto, na Grande Tribulação os dez reis irão se unir na liderança do Anticristo, para destruir os judeus.
3. O tempo de duração deste reino. “...durante uma hora”. Os dez reis reinarão com a besta por período breve. O sétimo império quando surgir terá o domínio mundial por um pouco de tempo, ou seja, breve e temporário. O reinado de uma hora significa que surgirão de repente e durarão pouco conforme a visão de Daniel 7.25.
4. Entregarão o seu poder e autoridade à besta. “Porque Deus tem posto em seus corações, que cumpram o seu intento, e tenham uma mesma ideia, e que deem à besta o seu reino, até que se cumpram as palavras de Deus.” (Ap 17.17).
“...que deem à
besta o seu reino...”. Com o advento da besta como um rei supremo devido ao
auto endeusamento (Dn 11.36; Mt 24-15; 2ª Ts 2), Satanás começará uma ordem
completamente nova, a qual é tão radicalmente diferente de todos os reinos que
já existiram.
Estes futuros reis
têm a mesma intenção, entregar o governo mundial ao Anticristo. Eles irão
apoiar e obedecer às diretrizes da burocracia centralizada dominada deste
governo chamado besta.
Uma parte do plano de Deus para vencer a besta foi o aumento do poder dela. Deus a deixou crescer cada vez mais forte, dominando os reis das nações, enquanto preparava o castigo dela. Nas décadas depois de João escrever o Apocalipse, o poder romano foi aumentando, chegando ao seu auge no final do reinado de Trajano. A partir daquela época, perdeu território e poder aos poucos.
5. O oitavo reino. “E a besta, que
era e não é, também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e caminha para a
destruição.” (Ap 17.11 – ver também os versos 3, 7 e 10).
A besta, o
Anticristo, será o último império mundial, é um dos sete, ou seja, sete
impérios mundiais passados na história, que são: 1. Egito; 2. Assíria; 3.
Babilônia; 4. Medo-Persa; 5. Grécia 6. Império Romano. 7. O sétimo reino está
surgindo através de Nova Ordem Mundial (através do BRICS), entregando o governo
mundial ao Anticristo durante a Grande Tribulação na última semana de Daniel
9.24-27. 8. O oitavo reino será governado pelo Anticristo, significa que a
besta pertença ao mesmo sistema mundano, que os sete primeiros impérios
pertenceram também.
A besta que era”
(no passado), “já não é “(no tempo de João), mas aparecerá, ou seja, será
escolhido dentre os reis e receberá autoridade para reinar nos últimos dias da Grande
Tribulação. Literalmente procede dos sete e será o oitavo e último império
mundial comandado pela besta.
São os dez reis
que estarão unidos à besta no seu governo. Ele irá levantar-se contra o povo
judeu para exterminá-los. O Irã e os países muçulmano vivem em guerra para
destruir o estado de Israel. Isto mostra que no final estarão na liderança de
um governo ditatorial para devastar o povo judeu da terra.
A profecia fala de
tempos futuros, e por isto eles aqui, ainda não tinham recebido o reino. Eles
reunirão com o Anticristo por uma hora, e como todos eles são anticristãos,
acatarão as instruções de como deverão agir em perseguição aos santos. Os dez
formarão um acordo. Esta reunião decisória marcará o ponto de partida da
estruturação das ações da besta.
Revelação idêntica que Deus deu ao profeta Daniel em 7.24 que diz: “Dez reis que se levantarão daquele mesmo reino”. É, pois uma forma daquele antigo Império. Eles formaram uma confederação de nações durante a Grande Tribulação. Dizemos confederações porque num pé os dedos são ligados (Dn 2.42-44). Com a formação destes dez países estará pronto o palco para formação do reino do Anticristo que durará sete anos.
Qual o propósito
deste governo.
1º Criar uma moeda
única; e isso já está acontecendo através do BRICS.
2º Desestabilizar o
dólar como moeda referencial. Assim que o Brics se fortalecer, outros países
irão migrar para esta moeda única. Futuramente o dólar se desvalorizará e os
EUA se enfraquecerá.
3º Destruir o povo judeu na segunda fase da Grande Tribulação. Isto é, no Armagedom (Ap 16.16).
6. O grupo do BICS. Embora hoje são 11 países e todos tem o mesmo intento entregar o seu poder a um governo único e ditatorial. Assim nascerá o novo Império Romano governado pelo Anticristo o homem do pecado.
O auge de seu
império.
O Homem do Pecado, no auge de seu poder, dominará tanto a economia quanto a
religiosidade humana, agrupando todas as coisas sob o seu comando (Ap
13.7,8,16-18). O seu governo, a princípio, será aceito por todos sem qualquer
contestação (Ap 13.4).
Depois que o
Anticristo receber o poder dos dez reis, se tornará ditador do mundo inteiro.
Mas não conseguirá impedir a queda do sistema mundial babilônico e o total
colapso econômico do mundo (Ap 18.1-24). E depois, no fim da Grande Tribulação,
comandará exércitos de muitas nações arregimentados por Satanás, em Armagedom
(Ap 16.16; 19.19). É então que Jesus o ‘desfará pelo assopro de sua boca e o
aniquilará pelo esplendor de sua vinda’ (2ª Ts 2.8). Seu destino final será “no
ardente lago de fogo e de enxofre” (Ap 19.20).
A Besta que subiu
do mar (Ap 13), e será o animal mais terrível e maldoso que já existiu na face
da terra, maior que todos os impérios que já existiram, ou seja, a maldade de
todos os animais estará incorporada nesse império. Jamais o mundo teve alguém
como este, subversivo e impostor. A crueldade da besta será tal que nem
juntando Nero, Mussolini e Hitler, pode se explicar, tamanha a fúria da besta.
Para concluir, o
antigo império romano (o reino de ferro de Daniel 2.33-35; Dn 2.40-44; Dn 7.7,
terá dez chifres (ou seja, reis, Ap 17.12) correspondendo aos dez dedos da
imagem. Como Daniel considera esta visão dos dez reis, surge entre eles um
“chifre pequeno” (rei), que subjuga três dos dez reis tão completamente que a
identidade separada de seus reinos é destruída. Restam sete reis dos dez, e o
“chifre pequeno”. Ele é o “rei do semblante feroz”, tipificado por aquele outro
“rei do semblante feroz”, Antíoco Epifânio, Daniel 8.23-25, o “príncipe que
virá” de Daniel 9.26; Daniel 9.27 o “rei” de Daniel 11.36-45 a “abominação” de;
Daniel 12.11 e Mateus 24.15 o “homem do pecado” de 2ª Tessalonicenses 2.4-8 e a
“besta” de Apocalipse 13.4-10.
Pr. Elias Ribas - Professor de Teologia
Assembleia de Deus
Blumenau SC
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