TEOLOGIA EM FOCO: AS FALSAS DOUTRINAS

terça-feira, 11 de maio de 2021

AS FALSAS DOUTRINAS

 


 Estamos vivendo dias em que muitos ensinos diabólicos e absurdos têm surgido, situações que nada têm a ver com a simplicidade da fé, com caráter, com vida. Com isso tem produzido igrejas heréticas que tira o foco do Evangelho na vida das pessoas; tendo em vista que são promovidos ensinamentos de acordo com a necessidade pessoal de cada homem pecar e não sentir culpas pelos seus atos.

Podemos dizer que Jesus é “tolerante”, no sentido de receber as pessoas; Ele ia à casa de pecadores, deixou uma ex-prostitutas lavar seus pés, mas depois daquele encontro com Jesus, as suas vidas nunca mais foram as mesmas. A tolerância de Jesus é para a aceitação, Ele não faz acepção de pessoas, porque o propósito do Senhor é salvar, transformar vidas em nova criatura. Jesus é tolerante com o pecador, mas não com o pecado.

I. FALSA DOUTRINA - ENSINO

1ª Timóteo 6.3-5 “Se alguém ensina alguma outra doutrina, e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, 4- É soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas, 5- Perversas contendas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais.”

A Palavra de Deus é muito clara com relação ao falso ensino. Alertando aos cristãos contra os falsos profetas, que pregam inverdades e, na maioria das vezes, em benefício próprio. É necessário ficar alerta contra esse tipo de líder, porque eles distorcem a verdade do Evangelho introduzindo falsas doutrinas. E o pior é que muitos crentes acabam se deixando levar, sofrendo as consequências dessas heresias que são introduzidas no meio cristão.

Paulo relaciona as falsas doutrinas à essas discussões inúteis e intermináveis. Ele diz que esses líderes que traziam essas falsas doutrinas tinham a pretensão de serem mestras Lei. Isso nos leva a crer que havia um pano de fundo judaico e gnóstico nas falsas doutrinas. No versículo 4, Paulo coloca que esses falsos mestres que gostavam de fábulas e genealogias intermináveis. Isso também parece ser uma referência à tendências judaizantes.

II. QUE TODOS VOCÊS FALEM A MESMA COISA

1ª Coríntios 1.10 “Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer.”

1. Que mantenham a mesma doutrina. Paulo exorta os cristãos de Corintos que falem a mesma coisa, ou seja, falem a mesma língua, tenham o mesmo sentimento e a mesma opinião, sem disputa e conflito e mantenha a unidade e o mesmo pensamento como igreja de Cristo.

“Falar a mesma coisa” se opõe a falar coisas diferentes e conflitantes; ou controvérsia, e embora não seja de esperar uma perfeita uniformidade de opinião entre as pessoas sobre o assunto da religião, mais do que sobre outros assuntos, ainda assim, nas grandes e fundamentais doutrinas do cristianismo, os cristãos podem concordar; em todos os pontos em que diferem, podem demonstrar um bom espírito; e em todos os assuntos, eles podem expressar seus sentimentos na linguagem da Bíblia e, assim, “falam a mesma coisa”.

Devemos ter todo cuidado, especialmente com as que dizem ser a igreja certa, e detentora da verdade absoluta. A Palavra de Deus contém toda a verdade portanto só ela serve como parâmetros para a igreja de Cristo.

III. A PALAVRA DE DEUS NOS INSTRUI A TOMAR CUIDADO COM OS FALSOS ENSINAMENTOS

Cl 2.8 “Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo.”

Nesse versículo Paulo estava advertindo os cristãos a não se deixarem levar por nenhum que não estivesse de acordo com um conhecimento adequado de Cristo. Os falsos mestres em Colossos haviam combinado pensamentos mundanos com o evangelho, os quais são mencionados por Paulo como os rudimentos do mundo, que alguns interpretam como espíritos, ou anjos, que, supostamente, controlam a vida de alguém (Gl 4.3,9). É mais provável que o termo rudimentos se refira às regras e ordenanças elementares que determinados mestres procuravam impor aos cristãos de acordo com os ditames de filosofias e dogmas humanas. A acusação mais séria de Paulo contra os hereges foi que o ensino deles não era segundo Cristo e, portanto, eles não estavam andando em Cristo (Cl 2.6,7).

IV. ABUSO NAS IGREJAS

1. Purificação do templo. Mateus 21.12,13 “E entrou Jesus no templo de Deus, e expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas; 13- E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; mas vós a tendes convertido em covil de ladrões.”

Duas vezes em três anos, Jesus expulsou do templo os vendedores e os cambistas (Jo 2.13-16; Mt 21.12-13). Sua explicação foi simples: “Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a transformais em covil de salteadores.”

Um exemplo da firmeza de Jesus está em Mateus, 21.12, quando, entrando no templo, viu que os comerciantes o transformaram em um local onde vendiam suas mercadorias, transtornando o momento de oração e adoração a Deus.

1.2. Jesus foi ao templo. Ele não subiu à corte, nem ao palácio, apesar de ter entrado como rei; mas ao templo; pois o seu reino é espiritual, e não deste mundo. É nas coisas sagradas que Ele governa, e no templo de Deus que Ele exerce autoridade. E expulsou os que vendiam e compravam pombas e bois para sacrifício. Ele os expulsara três anos antes (Jo 2.14), pedindo-lhes que não fizessem daquela casa uma casa de mercadorias: com a repetição da ofensa, ele usa palavras mais aguçadas.

Quando Jesus entra no templo, mas vê o que se praticava na parte externa, onde os gentios costumavam adorar. Todavia, os cambistas, os trocadores de dinheiro estrangeiro em moedas atuais, que aqueles que vieram de partes distantes podem querer oferecer pelo serviço do templo. Todavia, Jesus condena a prática daqueles que fazem a casa de Deus fonte de lucro. Ou seja, um lugar consagrado para a realização do culto religioso, Jesus diz: “...mas vós o fizestes um covil de ladrões.”

Jesus vê em seus corações a avareza, coberta com o véu da religião, é uma daquelas coisas sobre as quais Cristo olha com a maior indignação em Sua Igreja. Mercadejam as coisas sagradas, trocas fraudulentas, espírito mercenário em funções sagradas; empregos eclesiásticos obtidos por lisonja, serviço ou comparecimento, ou por qualquer coisa que seja em vez de dinheiro; colações, nomeações e eleições feitas por qualquer outro motivo que não a glória de Deus; são todas as profanações fatais e condenáveis, das quais as do templo eram apenas uma sombra.

2. Cuidado com os falsos mestres gananciosos. 2ª Pedro 2.3 “E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.”

O apóstolo Pedro alerta os cristãos sobre a presença de falsos mestres que se infiltram de maneira disfarçada no meio da igreja para negociar a fé dos incautos.

Esta mensagem está tratando do perigo das riquezas, pois, o amor do dinheiro afasta o homem de Deus e atrai para si uma série de males: “Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1ª Tm 6.10).

A ganancia produz avareza; avareza é idolatria (Cl 3.5); idolatria é pecado (Êx 20.4); pecado gera morte (Rm 6.23). Por ganancia, milhares de pessoas não dão crédito à verdade e procuram exatamente a estes falsos mestres, somente com o intuito de se enriquecerem, não se importando nem um pouco com a sua salvação, já que salvação não faz parte das suas pregações. Até porque, a salvação exige renúncias, arrependimento e não acúmulo de riquezas (Mt 6.19-21; Lc 18.22-25).

Os falsos mestres faziam tudo isso com objetivo de enriquecer sobre os seus seguidores. Eram gananciosos e inescrupulosos no meio do povo de Deus. Mas também o apóstolo Pedro descreve o destino deles. O juízo de Deus sobre eles não tarda para destruí-los.

V. APOSTASIA E SINCRETISMO RELIGIOSO

2ª Pedro 2.15 “Os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça.”

Como exemplo do desvio do caminho da verdade, Pedro traz à memória o profeta Balaão, o controverso mensageiro do Antigo Testamento (Nm 22-26).

Balaão amou tanto a riqueza, fama e a honra que, para obtê-las, agiu contrariamente à sua consciência. Seguir seu caminho, portanto, deve ser guiado por paixões carnais, pois amam o salário da injustiça. Quando Balaão foi enviado pela primeira vez para amaldiçoar os israelitas, os mensageiros de Balaque levavam apenas as recompensas da adivinhação em suas mãos (Nm 22.7), e, portanto, quando Deus o proibiu de ir, ele concordou facilmente, e recusou-se a ir (2ª Pe 2.13).

Apesar de ter aparentemente resistido à proposta de Balaque, de amaldiçoar Israel, seu coração ambicionava a recompensa prometida pelo rei moabita. Atribui-se a ele o fato de os israelitas terem sido seduzidos a adorar baal e levados a se prostituírem com as mulheres pagãs (Nm 25; Jd 11; Ap 2.14). Tornou-se, assim, um péssimo exemplo de apostasia e sincretismo religioso, que tenta misturar a fé cristã com outras religiões. A tentativa de conciliar diferentes dogmas religiosos é uma marca da presente era, sob o falso argumento de que as várias religiões do mundo são nada mais que aspectos diferentes de uma mesma divindade. Esse argumento tem tirado muitos cristãos do caminho da verdade.

VI. FALSAS INTERPRETAÇÕES

1. Todas as religiões nos levam a Deus. Você provavelmente já deve ter ouvido aquela famosa frase dita em nosso mundo: todos os caminhos levam a Deus. Essa frase é repetida por aqueles que não conhecem completamente a Bíblia e que, por algum motivo, têm medo de se posicionar diante do que é verdade e do que não é verdade. Jesus, em uma de Suas falas, declarou algo interessante: “Disse Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida, ninguém vem ao Pai, senão por mim.” (João 14.6).

1.1. Jesus é o caminho. Quando Jesus diz “eu sou o caminho” está reforçando a ideia de que Ele era o messias que representava o acesso pleno a Deus. Após a morte de Cristo o véu do santuário se rasgou, dando livre acesso a Deus. Jesus é o caminho que nos leva a Deus. Não existem outros caminhos.

1.2. Jesus é a verdade absoluta. Quando Jesus diz que Ele é a verdade está dizendo claramente que Ele não é “uma verdade” como muitos por aí costumam pregar, dizendo que há muitas verdades e que cada um tem a sua verdade. Jesus é a verdade absoluta, pois é Deus. Ele é a verdade plena em que não há engano. Sendo Ele a verdade, podemos trilhar, sem medo, pelo caminho correto, o caminho em que não há engano ou sombra de dúvida.

1.3. Jesus é a vida. A vida é a bênção maior criada por Deus. Deus nos criou para a vida. Quando Jesus diz que Ele é a vida está deixando claro que Ele é a fonte da vida. Ele mesmo iria mais tarde vencer a morte e ressuscitar cheio de vida. Jesus é a vida plena, Ele é quem nos deu a vida eterna com Deus, a vida eterna vivendo no caminho e na verdade. Somente através Dele a vida é possível. Sem Ele não há vida: “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5).

1.4. Ninguém vem ao Pai se não for por mim. Por fim, Jesus finaliza sua resposta deixando claro que não há atalhos para chegarmos a Deus. Ele é o caminho verdadeiro que nos leva ao Pai, que nos leva à vida plena e eterna. Não existem santos, nem grandes homens, nem deuses, nem nada que os homens possam criar que possa levar alguém até Deus. Jesus tomou para si esse papel único e deixa isso muito claro: “ninguém vem ao Pai senão por mim”.

Temos agora a verdade absoluta de Deus, que não pode mudar por nenhuma criatura no universo. De maneira que é bem clara quanto a salvação em Jesus. João 3.17 “Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele.

O maior problema da humanidade, é que as pessoas criam valores insignificantes em relação à salvação que não tem amparo bíblico; mas, de ensinamento humano; pecam, e querem dar um jeitinho brasileiro de entrar no céu.

VII. JESUS O ÚNICO FUNDAMENTO

1ª Coríntios 3.11 “Porque ninguém pode colocar outro fundamento além do que está posto, o qual é Jesus Cristo.”

Paulo diz em Efésios 2.20 que Jesus é, na verdade, “a pedra angular”. Jesus é chamado de fundamento porque ele é o elemento-chave de todo o fundamento. O fundamento, Paulo nos diz, consiste dos profetas e dos apóstolos (Efésios 2.18-21).

1. Mas há outras pedras nessa fundação. Nos dias atuais, no tempo em que vivemos, não há apenas um fundamento sobre o qual a Igreja que se diz de Jesus Cristo está sendo edificada. Ficará compreendido que existem outros fundamentos, falsos fundamentos, usando o nome do Senhor Jesus Cristo, sobre os quais estão sendo edificados, não um único povo (edifício, obra) que se diz ou se intitula povo de Deus, mas vários povos que pretendem (?) ser de Deus, cada qual dizendo ser ele o Corpo de Cristo ou verdadeira Igreja. Mesmo que alardeiem que “maior é quem os une”, ficará provado, também, que essa frase de efeito é uma grande dissimulação, ajustada convenientemente para momentos oportunos.

2. Os materiais precisam estar certos. “Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará” (1ª Co 3.12-13).

Um templo de madeira, feno e palha pode ser construído rápido e barato. Apelos aos apetites carnais para comida de graça, recreação, divertimento, baladas cristãs com som e fumaça para alegrar os seguidores, etc., ajuntarão tais materiais em grandes quantidades. Aqueles que buscam materiais mais caros, limitando-se a pregar “Cristo, e este crucificado”, parecerão ser lentos e improdutivos, mas o tempo dirá. Homens de fé não julgam nada “antes do tempo, até que venha o Senhor, o qual não somente trará a plena luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações e, então, cada um receberá o seu louvor da parte de Deus” (1ª Co 4.5).

Pr. Elias Ribas

Igreja Assembleia de Deus

Blumenau - SC


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