TEXTO
ÁUREO
“Mas um só e o mesmo Espírito opera todas
essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.” (1ª Co 12.11).
VERDADE
PRÁTICA
O Criador dotou cada homem de talentos
individuais para a sua honra e glória.
LEITURA
BÍBLICA
Êxodo
31.1-11
“Depois, falou o SENHOR a Moisés, dizendo: 2 - Eis que eu tenho chamado por
nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, 3 - e o enchi do
Espírito de Deus, de sabedoria, e de entendimento, e de ciência em todo
artifício, 4 - para inventar invenções, e trabalhar em ouro, e em prata, e em
cobre, 5 - e em lavramento de pedras para engastar, e em artifício de madeira,
para trabalhar em todo lavor. 6 - E eis que eu tenho posto com ele a Aoliabe,
filho de Aisamaque, da tribo de Dã, e tenho dado sabedoria ao coração de todo
aquele que é sábio de coração, para que façam tudo o que te tenho ordenado, 7 -
a saber, a tenda da congregação, e a arca do Testemunho, e o propiciatório que
estará sobre ela, e todos os móveis da tenda; 8 - e a mesa com os seus
utensílios, e o castiçal puro com todos os seus utensílios, e o altar do
incenso; 9 - e o altar do holocausto com todos os seus utensílios e a pia com a
sua base; 10 - e as vestes do ministério, e as vestes santas de Arão, o
sacerdote, e as vestes de seus filhos, para administrarem o sacerdócio; 11 - e
o azeite da unção e o incenso aromático para o santuário; farão conforme tudo
que te tenho mandado.
INTRODUÇÃO
Nesta
lição, veremos que Deus chama pessoas especiais para realizar obras especiais.
Estudaremos a respeito da importância de ser cheios do Espírito para realizar
uma grande obra. E concluiremos a lição com um chamado à consciência a respeito
do uso do talento dado por Deus para a glória d’Ele. Ora, o Criador concedeu a
Moisés instruções e capacitou pessoas para construir o Tabernáculo e executar
obras especiais. Não é diferente hoje, pois Ele continua a capacitar os
escolhidos para a sua obra e espera que a façamos.
I. O
SIGNIFICADO DOS NOMES DOS CONSTRUTORES DO TABERNÁCULO
Veremos os significados dos nomes Bezalel
e Aoliabe; analisaremos alguns aspectos da escolha de Deus em relação aos
artesões do tabernáculo; e por fim, pontuaremos algumas lições práticas que
aprendemos com Bezalel e Aoliabe para nossa vida.
1.
Bezalel.
O primeiro a ser escolhido por Deus era um descendente da tribo de Judá, ou
seja, um judeu: “Eu escolhi Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de
Judá” (Êx 31.2). Bezalel significa: “à sombra de Deus” ou “Deus é a minha
proteção”. O nome o pai de Bezalel é “Uri” significa: “luz, resplendor”. Já o
nome do seu bisavô “Hur” significa: “livre”. Bezalel era da tribo de Judá, que
significa “louvor” (CONNER, 2004, p. 18).
2
Aoliabe.
O outro homem envolvido na edificação do Tabernáculo foi um descendente da
tribo de Dã, ou seja, um danita: “E eis que eu tenho posto com ele a Aoliabe,
filho de Aisamaque, da tribo de Dã” (Êx 31.6; 35.34,35).
Aoliabe significa: “tabernáculo ou tenda
de meu pai”. O nome do pai de Aoliabe que é “Aisamaque” significa: “aquele que
apoia ou auxilia”. Aoliabe era da tribo de Dã, que significa “juiz”. Hirão, que
foi o artesão chefe na construção do templo de Salomão também pertencia à tribo
de Dã (2º Cr 2.13,14) (CONNER, 2004, p. 18 – grifo nosso).
II.
HOMENS ESPECIAIS PARA SERVIÇOS ESPECIAIS (31.1,2,6)
1. A
prerrogativa de Deus (Êx 31.1,2).
O texto bíblico mostra que Deus chama a
quem Ele quer para executar sua obra. Ele conhece a natureza de cada filho, e
de acordo com ela, distribui talentos conforme a capacidade de cada um. Não por
acaso, para construir o Tabernáculo, o Criador chamou pessoas inclinadas às
artes e às ciências, capacitando-as para potencializar essas habilidades. Essa
forma de Deus chamar está registrada ao longo das Escrituras. Pedro foi
convocado para exercer seu ministério entre os judeus (Gl 2.8); e Paulo, com os
gentios (Rm 11.13). Tratava-se de pessoas estratégicas para fazer obras
estratégicas. É assim que Deus age.
Ao longo da história da Igreja, o Pai
Celestial capacitou pessoas e deu-lhes sabedoria para edificarem o Corpo de
Cristo. Ele pode falar ao seu coração agora acerca de um chamado. Seja sensível
a voz d’Ele! Deus é quem chama!
2. A
pluralidade do serviço cristão (Rm 12.4-8; 1 Co 12.8-10,28).
Muitas são as necessidades da igreja
local, tanto de ordem espiritual quanto material (At 6.14). Elas manifestam-se
na manutenção da comunhão cristã entre os irmãos, bem como na organização dos
elementos funcionais do culto cristão. Para isso, na obra do Senhor, há lugar
para diversidades de dons e talentos que envolvam liderança espiritual,
musical, ação social e muitas outras esferas que exponham a necessidade da
obra. Que você aplique o seu talento na obra de Deus!
III.
OS ARTESÃOS DO TABERNÁCULO E A ESCOLHA DE DEUS
A descrição detalhada do Tabernáculo,
incluídos os numerosos acessórios e mobiliário exigia um toque hábil.
Deus revelou o tabernáculo a Moisés (Êx
25.9), e através dele convocou Bezalel e Aoliabe e outros artífices, imbuídos
de devoção e sabedoria e dotados de inteligência e habilidades para elaborar o
santuário, cumprindo o que fora ordenado pelo Senhor no monte Sinai (Êx 26.36).
1.
Deus falou quem seria os construtores. Para fazer com precisão os muitos
detalhes exigidos na construção do Tabernáculo e de todas as suas mobílias e
acessórios, Moisés precisava de trabalhadores especializados. Deus até poderia produzir
este lugar de adoração mediante um ato milagroso do seu poder, mas, escolheu
fazer por meio de homens capacitados para o trabalho: “Depois, falou o Senhor a
Moisés” (Êx 31.1).
2.
Deus revelou quem seria os construtores. Foi o próprio Deus quem revelou a Moisés
os nomes de quem seria os artesões: “Eis que o Senhor tem chamado por nome a
Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá” (Êx 35.30). Bezalel
deveria ser o arquiteto, ou o artesão mestre (Êx 35.34), e pertencia à tribo de
Judá uma tribo que Deus se alegrava em honrar. Era neto de Hur, provavelmente o
mesmo Hur que tinha ajudado a manter erguidas as mãos de Moisés (Êx 17.12), e
que nesta ocasião estava trabalhando com Arão no governo do povo, na ausência
de Moisés (Êx 24.14). A tradição dos judeus diz que este Hur era o marido de
Miriã irmã de Moisés. E, caso isto seja verdade, era necessário que Deus o
indicasse a este serviço, para que, se Moisés o tivesse feito, não fosse
julgado parcial para com seus próprios parentes, uma vez que seu irmão Arão
também tinha sido colocado no sacerdócio. Deus honrou os parentes de Moisés, mas
mostrou que esta honra não vinha de Moisés, mas sim, do próprio Deus (HENRY,
2010, p. 325).
3.
Deus chamou os construtores. O Tabernáculo era um projeto divino e
Deus precisava de pessoas habilidosas para construí-lo. Por isso, Ele chamou
pessoas e as usou de maneira graciosa: “Eis que eu tenho chamado” (Êx 31.2-a; e
36.1). Bezalel e seu assistente, Aoliabe, foram chamados para dar beleza às
formas materiais do Tabernáculo. Os homens aqui foram chamados por Deus para
fazer trabalhos artísticos específicos com ouro, prata, cobre (bronze),
madeira, e pedras (Êx 31.4,5). Eles seguiriam as instruções detalhadas dadas a
Moisés: “conforme tudo que te tenho mandado” (Êx 31.11). Estes homens usariam
sua perícia e orientariam os outros no desempenho da obra de Deus: “todo aquele
que é sábio de coração” (Êx 31.6).
4.
Deus capacitou os construtores. Neste texto, não estão em vista a
capacitação natural que pode ser treinada e aperfeiçoada, mas o dom da graça
recebido pelo Espírito Santo (Êx 36.2). Os dons do Espírito são em grande parte
estas capacitações naturais dedicadas a Deus e inspiradas pelo Espírito. Estes
dons são achados nas expressões vocais e no intelecto, mas também em trabalhos
manuais e na percepção visual. Para esta tarefa, houve o enchimento do
“Espírito de Deus, de sabedoria, e de entendimento, e de ciência em todo
artifício” (Êx 31.3). Podemos então dizer que neste texto:
4.1. Espírito de Deus fala da capacitação dada
exclusivamente pelo Senhor.
4.2. Sabedoria denota o alcance de mente e
força de capacidade; é o poder de julgar a melhor coisa a fazer.
4.3. Entendimento é a capacidade de
compreender as partes diferentes de um trabalho e sua forma completa.
4.4. Ciência indica o conhecimento de
materiais pela prática e experiência. É possível dedicar as habilidades
pessoais a Deus para serem usadas diretamente na obra do Senhor.
5.
Deus ordenou os construtores. Todos somos alvo pelo amor de Deus quanto
a salvação, pois seu desejo é que todos os homens indistintamente cheguem ao
pleno conhecimento da verdade e sejam salvos (1ª Tm 2.3,4). No entanto, para realização
de Sua obra em algumas funções especificas, há uma ordenação particular: “E eis
que eu tenho posto com ele a Aoliabe... para que façam tudo o que te tenho
ordenado” (Êx 31.6).
IV.
CHEIOS DO ESPÍRITO, SABEDORIA, ENTENDIMENTO E CIÊNCIA (Êx 31.3-5)
1.
Cheios do Espírito para realizar a obra (v.3).
O texto bíblico diz: “o enchi do Espírito
de Deus”. Essa afirmativa vai ao encontro do que nós, pentecostais, sempre
afirmamos: não há nada que possamos fazer na vida sem a direção e a ação
poderosa do Espírito Santo. O texto em destaque declara que toda a
criatividade, sabedoria, entendimento e ciência para construir o Tabernáculo e
talhar cada peça em ouro, prata, bronze e madeira promanavam do Espírito de
Deus. Aqui, há uma verdade maravilhosa para nós: para realizarmos uma obra
espiritual, precisamos estar capacitados pelo Espírito Santo. Nessa perspectiva
colocamos todas as nossas habilidades aprendidas nos bancos das escolas, das
faculdades e da jornada da vida a serviço do Rei Jesus. Assim, Deus nos usará
poderosamente!
Portanto, a simbologia da capacitação
espiritual para a construção do Tabernáculo se constitui figura de realidade
espiritual do povo de Deus no ministério cristão (At 6.3; Ef 5.18).
2.
Habilidades especiais para obras especiais (vv. 4,5).
A Bíblia mostra uma diversidade de dons
relacionados ao serviço cristão (Rm 12.3-8; 1ª Co 12.4-6).
- Dons esses que foram distribuídos pelo
Espírito Santo, segundo o apóstolo Paulo - na mesma perspectiva do processo de
escolha de Bezalel e Aoliabe para a construção do Tabernáculo (vv.4,5).
Na igreja local, muitos trabalhos requerem
habilidades especiais. Por exemplo, quem escreve precisa ser habilidoso no
ofício da escrita; quem canta precisa ser habilidoso no ofício do canto; quem
toca precisa ser habilidoso no ofício instrumental; quem prega precisa ser
habilidoso no ofício da interpretação de texto e da retórica. Enfim, as
necessidades de habilidades especiais para realizar obras especiais são
inúmeras. Por isso que o Espírito Santo capacita pessoas para atividades bem
específicas. É verdade que os dons de Deus não dependem de habilidades
naturais. No entanto, o Senhor chama pessoas que tenham habilidades especiais
para potencializá-las e, assim, executarem serviços complexos na igreja local.
V.
USANDO OS TALENTOS PARA A GLÓRIA DE DEUS
1.
Os talentos (habilidades) de Bezalel e Aoliabe.
Já vimos que Bezalel e Aoliabe eram
artesãos altamente capacitados para trabalhar com ouro, prata e cobre, além de
outros materiais como madeira. Mas algo devemos destacar: ambos se submeteram à
revelação de Deus para executar com maestria as peças dos altares, colunas,
cortinas e cores. Assim, revestidos do Espírito de Deus, Bezalel e Aoliabe
passaram a ser especialistas para fazer tudo quanto fosse necessário para
construir a estrutura do Tabernáculo de maneira esteticamente bela. Eles
primeiro submeteram-se! Por isso o que faziam era para a glória de Deus!
Para fazermos alguma tarefa que glorifique
a Deus precisamos ter a consciência profunda de que foi Ele quem nos chamou.
Esse é o passo fundamental para que o nosso trabalho glorifique a Deus. Depois,
é preciso admitir que, embora você tenha a mais importante capacitação secular,
Deus sempre é quem dá a última instrução. Experimente submeter-se a Deus e
fazer qualquer tarefa para a glória d’Ele!
2.
Os talentos revelados na Igreja (Mt 25.14,15).
Embora Mateus 25 seja uma passagem bíblica
que trata acerca da volta de Jesus, ela é uma bela ilustração para mostrar o
que Deus espera que nós façamos com a nossa vocação. O que Ele exigiu de
Bezalel e Aoliabe também está contemplado na Parábola dos Talentos. Nessa
parábola a palavra grega talanton,
que significa “talento”, ganha destaque. O termo refere-se à moeda de alto
valor. Nesse contexto, o homem rico distribuiu vários talentos aos servos de
acordo com a capacidade de cada um para negociar. Naturalmente, o homem rico
esperava receber retorno dos servos. A mensagem aqui é clara: quando o Senhor
voltar, Ele deseja nos encontrar trabalhando de acordo com as habilidades que
Ele nos capacitou para o seu reino. Desenvolver os talentos simboliza
perseverar na fé e o comprometer-se em colocar a serviço do Corpo de Cristo
tudo o que o Senhor nos concedeu.
VI.
LIÇÕES PRÁTICAS QUE APRENDEMOS COM BEZALEL E AOLIABE
Seja para construir o tabernáculo no
Antigo Testamento, a igreja no Novo Testamento o Espírito Santo de Deus nos
fala, revela, chama, capacita e nos ordena para realizar a Sua obra.
1. A
escolha de Deus para a obra é soberana. É Deus que nos escolhe, nos chama, nos
capacita e nos envia. Foi o Senhor quem elegeu, chamou, capacitou e enviou
Bezalel e Aoliabe para todas as obras relacionadas ao Tabernáculo a fim de que
fosse construído exatamente conforme o modelo que fora mostrado. Não está
dentro das atribuições unicamente do homem selecionar, chamar, qualificar ou
nomear. Tal é a sã doutrina que nos é sugerida pelas palavras do próprio Deus,
pois os obreiros para esta construção foram:
1.1. Divinamente escolhidos: “eu tenho
posto” (Êx 31.2-a).
1.2. Divinamente chamados: “eu tenho
chamado” (Êx 31.6-a).
1.3. Divinamente qualificados: “eu tenho
dado” (Êx 31.6-b).
1.4. Divinamente nomeados: “eu tenho
ordenado” (Êx 31.6-c).
Demais, ninguém podia presumir de se
nomear a si próprio para esta obra; nem tampouco ninguém pode nomear-se a si
próprio para a obra do ministério, pois tudo, é e deve ser, absolutamente da
competência divina: “E subiu ao monte e chamou para si os que ele quis; e
vieram a ele” (Mc 3.13).
2.
Nossa capacidade na obra vem de Deus. A declaração de que Bezalel e Aoliabe
receberam suas aptidões do “Espírito de Deus” prefigura os dons do Espírito que
o Senhor concede a todos os crentes consagrados à obra do Senhor (Rm 12.4-8; 1ª
Co 12.1-31; Ef 4.7-13). No caso dos artesões do tabernáculo não foi diferente:
“e o enchi do Espírito de Deus, de sabedoria, e de entendimento, e
de ciência em todo artifício” (Êx 31.3). Devemos nos lembrar sempre que nossa capacidade
vem do Senhor: “não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como
de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus” (2ª Co 3.5). Todos nascemos
com diferentes aptidões dadas por Deus e, quando nos convertemos, recebemos
diferentes dons do Espírito Santo que devem ser usados para o bem da igreja e
para a glória do Senhor. Paulo nos diz ainda: “O qual nos fez também capazes de
ser ministros” (2ª Co 3.6-a).
3.
Deus capacita de maneira especial para a obra quem Ele chama. Deus chamou
Moisés e nomeou Bezalel e Aoliabe para dirigir a obra da construção do
Tabernáculo, pois sem líderes a obra não avançaria, e o Senhor também chamou artífices
voluntários para auxiliá-los (Êx 31.6; 35.10). Bezalel e Aoliabe foram
capacitados para fazer os móveis do tabernáculo: “Assim, trabalharam Bezalel, e
Aoliabe, e todo homem hábil a quem o SENHOR dera habilidade e inteligência” (Êx
36.1). Todos os homens são chamados para serem salvos, mas, nem todos os salvos
são chamados para serem líderes. Por isso, o apóstolo Paulo disse: “Porque Deus
é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade”
(Fp 2.13). Uma vez escolhidos e chamados, seremos agora capacitados por Deus.
Devemos lembrar das palavras de João Batista: “O homem não pode receber coisa
alguma, se lhe não for dada do céu” (Jo 3.27).
4.
Deus capacita aqueles que são obedientes e submissos na sua obra. O Senhor chamou
Moisés diretamente pelo nome (Êx 3.1-10), mas Bezalel e Aoliabe foram chamados
indiretamente, ou seja, através de Moisés. Embora Deus escolhesse por nome a
Bezalel e Aoliabe (Êx 31.2-a, 6-a), logicamente coube a Moisés nomeá-los e
apresentá-los (Êx 35.30; 36.2). Não há nenhuma passagem mostrando Deus falando
diretamente com eles como fez com seu líder. É inspirador ser chamado por nome
direta ou indiretamente por Deus, mas também é importante ser nomeado por quem Deus
autoriza a escolher obreiros (BEACON, 2010, p. 222). Bezalel, Aoliabe e os
outros auxiliares tiveram o privilégio de participar destas obras e foram
fiéis, submissos e obedientes em seguir as orientações divinas dadas ao seu líder:
“Fez Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, tudo quanto o
Senhor ordenara a Moisés” (Êx 38.22).
5.
Deus capacita aqueles que estão dispostos a glorificar ao Senhor e não a si
mesmo.
Apesar das grandes importantes contribuições, Bezalel e Aoliabe são
praticamente esquecidos depois do tabernáculo concluído. Tem gente que seu nome
aparece, mas a sua obra não, e tem gente que o seu nome não aparece, mas a sua
obra se eterniza: “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória”
(Sl 115.1). O apóstolo Pedro também entendeu assim: “A ele seja a glória, tanto
agora como no dia eterno” (2ª Pd 3.18). Paulo também compreendeu desta forma:
“Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele
eternamente. Amém!”. João na ilha corrobora com esta visão: “Digno és, Senhor, de
receber glória, e honra, e poder, porque tu criaste todas as coisas, e por tua
são e foram criadas” (Ap. 4.11).
CONCLUSÃO.
No
Reino de Deus muitas habilidades poderão ser utilizadas, não somente as de
caráter espiritual, mas também as de caráter social, educacional e material. Por
exemplo, quem escreve precisa ser habilidoso no ofício da escrita; quem canta
precisa ser habilidoso no ofício do canto; quem toca precisa ser habilidoso no
ofício instrumental; quem prega e ensina precisa ser habilidoso no ofício da
interpretação de texto e da retórica. Enfim, as necessidades de habilidades
especiais para realizar obras especiais são inúmeras. Por isso que o Espírito
Santo capacita pessoas para atividades bem específicas na obra do Senhor. A
recompensa dos que dão o melhor de suas vidas será dada por Deus aos que forem
fiéis em toda boa obra. Esforce-se com esmero e amor!
FONTE DE PESQUISA
1. CABRAL Elienai. Lições Bíblicas do 2°
trimestre de 2019 – CPAD.
2. HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua
Portuguesa. OBJETIVA. 2001.
3. CONNER, Kevin J. Os segredos do
Tabernáculo de Moisés. (Trad. Célia Chazanas). Atos, 2004.
4. HENRY, Matthew. Comentário Bíblico do
AT: Gênesis a Deuteronômio. CPAD. 2010.
5. STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo
Pentecostal. (Trad. Gordon Chown). CPAD, 1995.
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