TEXTO
ÁUREO
“Eu sou a porta; se alguém entrar por mim,
salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.” (Jo 10.9)
VERDADE
PRÁTICA
Para entrar à presença de Deus, no Lugar
Santíssimo, o pecador deve passar por uma única porta: Jesus.
LEITURA
BÍBLICA
Êxodo
27.9-19
“Farás também o pátio do tabernáculo, ao lado meridional que dá para o sul; o
pátio terá cortinas de linho fino torcido; o comprimento de cada lado será de
cem côvados. 10 Também as suas vinte colunas e as suas vinte bases serão de
cobre; os colchetes das colunas e as suas faixas serão de prata. 11 Assim
também para o lado norte as cortinas, no comprimento, serão de cem côvados; e
as suas vinte colunas e as suas vinte bases serão de cobre; os colchetes das
colunas e as suas faixas serão de prata, 12 E na largura do pátio para o lado
do ocidente haverá cortinas de cinquenta côvados; as suas colunas dez, e as
suas bases dez. 13 Semelhantemente a largura do pátio do lado oriental para o
levante será de cinquenta côvados. 14 De maneira que haja quinze côvados de
cortinas de um lado; suas colunas três, e as suas bases três. 15 E quinze cavados
das cortinas do outro lado; as suas colunas três, e as suas bases três. 16 E à
porta do pátio haverá uma cortina de vinte cavados, de azul, e púrpura, e
carmesim, e de linho fino torcido, de obra de bordador; as suas colunas quatro,
e as suas bases quatro. 17 Todas as colunas do pátio ao redor serão cingidas de
faixas de prata; os seus colchetes serão de prata, mas as suas bases de cobre. 18
O comprimento do pátio será de cem cavados, e a largura de cada lado de cinquenta,
e a altura de cinco cavados, as cortinas serão de linho fino torcido; mas as
suas bases serão de cobre. 19 No tocante a todos os vasos do tabernáculo em
todo o seu serviço, até todos os seus pregos, e todos os pregos do pátio, serão
de cobre.”
INTRODUÇÃO. Nesta lição
veremos um dos espaços que pertencia ao Tabernáculo – o pátio; elencaremos
algumas considerações a respeito desse local, bem como a sua simbologia à luz
das Escrituras; por fim, destacaremos também a porta de acesso ao átrio, e
quais os seus significados espirituais.
O Tabernáculo representa um grande símbolo
espiritual para o povo de Israel. Ali, Deus se centralizava no meio de seu
povo. E Ele esperava que essa nação reconhecesse isso. Nessa perspectiva,
estudaremos acerca da posição do Pátio do Tabernáculo entre as Tribos de
Israel, descreveremos a construção da cerca do Pátio e conheceremos mais sobre
o sentido da Porta Principal do Pátio. Cada imagem nos revelará um valor
espiritual edificante concernente à Obra Expiatória de Jesus Cristo.
I. O
PÁTIO DO TABERNÁCULO
1.
Definição do termo pátio. A palavra pátio ou átrio é procedente do termo: “hãstser” que refere-se a: “pátio, átrio,
cercado, uma área cercada, residência estabelecida, vila, cidade”. Esta palavra
está relacionada a um verbo que tem dois significados: “estar presente” no
sentido de viver em certo lugar (acampamento, residência, pátio), e ainda:
“incluir, encerrar, apertar”. A primeira ocorrência bíblica desse termo está em
Gn 25.16, onde se é traduzido por “vilas”. O uso predominante de “hãtser” é com o sentido de: “pátio, quer
de casa, palácio ou do Templo” (VINE, 2002, p. 216). Quando se refere ao Tabernáculo,
o pátio servia de recinto cercado para os israelitas que iam adorar a Deus nos
limites do santuário (Sl 96.8; 100.4).
2.
Dimensão do pátio.
O pátio era em formato retangular com cerca de 45 metros de comprimento (100
côvados) por aproximadamente 22,5 metros de largura (50 côvados). Em cada lado,
no Sul e no Norte, havia vinte colunas com as bases feitas de cobre ou bronze
(Êx 27.9-11). O lado do ocidente precisava de dez colunas (Êx 27.12). Estas
colunas eram firmadas no chão em suas bases por meio de cordas fixas ao chão
com pregos, ou seja, estacas (Êx 27.19). Entre as colunas havia faixas
confeccionadas em prata (Êx 27.11). Tratavam-se de barras entre as colunas
sobre as quais a cortina era pendurada pelos colchetes feitos de prata (Êx
27.17). Uma cortina de linho fino torcido, provavelmente na cor branca, medindo
2,25 metros de altura (Êx 27.18), estendia-se pelos lados, por trás e na
frente, onde havia três colunas de cada lado da porta (Êx 27.14,16) (BEACON,
2010, p. 213).
3.
Propósito do pátio.
Esse espaço reservado conferia santidade na aproximação à presença de Deus, e
ensinam passos sucessivos na aproximação a Senhor. Assim, a função do pátio era
impedir qualquer aproximação indevida ao santuário de Deus. O pátio era aberto
para todos os israelitas que quisessem prestar culto, porém, havia uma maneira
apropriada de se aproximar, embora o pátio fosse aberto. O átrio, portanto, servia
a um tríplice propósito:
3.1. Para os que estavam do lado de fora,
ele agia como uma barreira e um muro de separação. As cortinas de linho fino
restringiam a entrada daqueles que se aproximavam, agindo como uma separação
entre o mundo exterior e o lugar onde se revelava a glória de Deus.
3.2. Para aquele que verdadeiramente se
aproximava do Tabernáculo, essas cortinas serviam como uma indicação, ou seja, apontavam
para a porta, o caminho de aproximação pelo qual as pessoas poderiam entrar e
desfrutar dos benefícios do Tabernáculo.
3.3. Do lado de dentro, contudo, as
cortinas agiam como uma cerca ou escudo contra o mundo exterior.
3.4. Para todos aqueles que estavam do
lado interno, ali seria o lugar de proteção e segurança, eis a razão de
encontrarmos frequentemente expressões de anelo e alegria dos servos de Deus em
relação ao átrio (Sl 65.4; 84.2,10; 92.13; 96.8; 100.4); (CONNER, 2004, pp.
99,100).
4.
Móveis pertencentes ao pátio. Vários são os móveis pertencentes ao
Tabernáculo, dois deles especificamente estavam situados no átrio
4.1.
O altar do holocausto. Na perspectiva de quem entrava no tabernáculo,
inicialmente se deparava com o altar do holocausto, situado perto da porta do
concerto (Êx 27-1-8; 38.1-7), também conhecido como altar de cobre por ser
feito de madeira de acácia e revestido de cobre, sobre esse móvel eram oferecidos
os sacrifícios, essa era a sua finalidade (HOFF, 2007, pp.144,145).
4.2.
Pia de bronze.
Este importante móvel também estava colocado no pátio, entre a tenda do
Tabernáculo e o altar de bronze (Êx 40.7), estando assim, alinhada com o altar
do holocausto. Tinha como finalidade proporcionar aos sacerdotes um local para
lavar as mãos (Êx 30.18,19).
II.
O PÁTIO ENTRE AS TRIBOS DE ISRAEL
Quando Moisés distribuiu as tribos em
torno do Pátio do Tabernáculo, estava revelado nesse ato um senso de organização
divino. O Pátio do Tabernáculo ficava no centro de todas as tribos de Israel.
Era o símbolo de que Deus estaria no meio de seu povo (Is 8.14).
1.
As montagens provisórias do Tabernáculo.
A Palavra de Deus mostra que a construção
do Pátio teve como primeira etapa a montagem da estrutura do Tabernáculo no
Sinai. Isso ocorreu no primeiro dia do primeiro mês do segundo ano, após a
saída do povo judeu do Egito (Êx 40.2,17), isto é, quatorze dias antes da
celebração da Páscoa.
Do Sinai até Canaã passaram-se muitos
anos. Antes de Israel entrar em Canaã, Moisés orientou que um lugar fixo
deveria ser estabelecido para o Tabernáculo. Inicialmente, a estrutura foi
montada em Gilgal (Js 4.19; 5.10; 9.6; 10.6,43). Depois a transferiram para
Siló (Js 18.1), que ficava no território de Efraim. Tempos mais tarde, nos
períodos de Saul e Davi, e por causa das guerras internas e externas, a Arca da
Aliança ficava alojada em lugares diversos, o que demonstrava que o Tabernáculo
já não tinha localização fixa. Finalmente, Jerusalém foi conquistada por Davi
e, no reinado de Salomão, o Tabernáculo deu lugar ao Templo de Jerusalém, onde
o próprio Deus confirmou o lugar e o aprovou com a manifestação de sua glória
(1ª Rs 8.10,11).
2. A
posição do Pátio do Tabernáculo.
Para entender a organização das tribos em
torno do Pátio do Tabernáculo é preciso compreender o propósito divino resumido
em Êxodo 25.8: “E me farão um santuário, e habitarei no meio deles” (cf.
29.45,46). Aqui está expressa a vontade de Deus em ser o centro de seu povo. A
localização geográfica do Tabernáculo, o centro do acampamento e de frente para
o Oriente, isto é, voltado para o levante do Sol, revela exatamente a vontade
de Deus em habitar no coração do povo de Israel. Ora, Ele é quem deve estar no
centro do nosso coração. Deus é quem deve dominar a nossa mente e vida.
3. A
posição do Exército de Israel em torno do Tabernáculo.
Os exércitos das tribos judaicas estavam
localizados em torno do santuário divino.
3.1.
De frente para a porta principal de acesso ao Tabernáculo. Os exércitos de
Judá, Issacar e Zebulom estavam posicionados na porta principal do Pátio do
Santuário. Juntos, esses exércitos somavam 186.400 homens (Nm 2.3-9);
2.2.
Aos fundos, do Oeste para o Ocidente. Na retaguarda do Pátio do Tabernáculo
estavam as tropas de Efraim, Manassés e Benjamim que, juntas, somavam 108.100
homens (Nm 2.18-23);
3.3.
Ao norte.
Na lateral do Tabernáculo, encontravam-se as hostes de Naftali, Dã e Aser.
Juntas, somavam 157.600 homens (Nm 2.25-30);
3.4.
Ao Sul.
Na outra lateral do Tabernáculo, estabeleceram-se os exércitos de Ruben, Simeão
e Gade. Ambos somavam 151.450 homens (Nm 2.12-19).
Ao todo eram 603.550 homens acima de vinte
anos de idade que estavam entorno do Pátio do Tabernáculo. Isso passava a mensagem
de que Israel reconhecia a centralidade de Deus na vida espiritual e social da
nação. Assim, devemos tê-Lo como o centro de todas as esferas da vida.
III.
A CONSTRUÇÃO DA CERCA DO PÁTIO
1. O
cortinado de linho branco da cerca do Pátio.
Uns cerca de 45 metros de comprimento com
aproximadamente 22,5 centímetros de largura separavam o Tabernáculo das Tribos
ao redor. As sessenta colunas de bronze, sobre as quais havia um cortinado de
linho branco torcido de aproximadamente 2,25 metros de altura, sustentavam
acerca do Pátio. Assim, não se podia ver o que se passava no interior do pátio,
senão a cobertura do Tabernáculo.
2.
Colunas, cortinas e varais do Pátio (Êx 27.10-12).
As colunas de bronze foram feitas de
madeira de acácia e ficavam presas na parte interior da cortina por bases ou
placas de bronze colocadas sobre o solo. Já as cortinas eram costuradas uma a
outra até formarem uma tela bem firme. Por sua vez, os varais encaixavam-se às
colunas e ao cortinado da cerca. Tudo era metricamente encaixado. Assim, as
colunas, as cortinas e os varais são elementos que didaticamente podem
simbolizar a segurança, a estabilidade e a comunhão na vida cristã, produzidas
pela Obra Expiatória de Cristo.
Ora, em Cristo toda a justiça de Deus foi
satisfeita na obra expiatória; por isso temos a segurança da salvação (Rm
8.33-39). Estamos seguros em Cristo (Jo 10.28-30)! Depois, a partir dessa obra,
temos acesso às promessas de Deus, as quais nos dão estabilidade na vida cristã
(Rm 14.4; Cl 3.3). Por fim, a Expiação de nosso Senhor não apenas salvou-nos,
mas abriu-nos a porta da comunhão cristã (1ª Co 12.12,13; Ef 2.1216). Portanto,
à semelhança das colunas, cortinas e varais do Tabernáculo, a Obra Expiatória
de Cristo nos traz segurança, estabilidade e comunhão na vida cristã.
3. A
cerca de linho: a santidade e a justiça de Deus.
A parte reservada na esfera interna do
Pátio, separada pelo “linho branco torcido”, revelava a santidade de Deus. Ali,
os sacerdotes ministravam os cerimoniais de sacrifícios pelos pecados do povo.
Nesse sentido, o Pátio do Tabernáculo revelava que o pecador não tinha acesso
ao Deus Santo, senão por meio do sacerdote.
Deus é Santo e Justo. O homem carece de
santidade e de justiça. No entanto, em Cristo, o pecador é justificado e
santificado para a salvação. Esse é o maior milagre que o pecador pode
desfrutar de seu encontro com Jesus. Só quem pode justificá-lo e santificá-lo é
Jesus!
IV.
A SIMBOLOGIA DO PÁTIO
1. A
separação entre o homem e Deus devido ao pecado. A demarcação do
pátio por meio da cerca de linho fino, indicava de forma prefigurada dentre
outras coisas, a separação entre o homem e seu Criador como resultado da Queda
(Is 59.2; Rm 3.9,23; 5.12; Ef 2.1,13). Devido à pecaminosidade humana (Rm
3.10-12), jamais seria possível o homem atingir o padrão exigido por Deus: “Mas
todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da
imundícia” (Is 64.6), para a expiação do pecado (Rm 3.19). Como afirma Rodman
(2011, p. 307): “O homem é um pecador em escravidão. Ele é de fato escravo do
pecado, sujeito a seus ditames e incapaz de se libertar do seu domínio”; por
essa razão, Cristo Jesus, veio em forma humana com o propósito de fazer a
reconciliação entre Deus e os homens: “Porque há um só Deus, e um só Mediador
entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo em preço
de redenção” (1ª Tm 2.5,6; ver 2ª Co 5.19).
2. A
santidade e justiça divina. As paredes do pátio eram constituídas por cortinas
externas de linho fino, e esse linho refere-se à justiça e santidade de Deus
(Lv 11.43-45). Quando alguém se aproximava do lado externo do Tabernáculo, a única
coisa que podia ver era esta cortina branca. Esta é a primeira coisa que o
homem não regenerado que se aproxima de Deus precisa notar, o linho branco
representa, acima de tudo, a justiça perfeita de Cristo (Jr 33.15; 1ª Tm 2.5; 1ª
Jo 4.17; 1ª Co 1.30). A justiça de Cristo deve tornar-se a justiça do crente,
uma vez que para Deus, não há valor as nossas obras carnais de justiça (Is
64.6). Deus não está interessado na justiça que provém da Lei, pois se trata de
justiça própria (Rm 10.1-6; Fp 3.7-9). Deus está procurando um povo que é
mantido pela fé na justiça de Cristo. É a justiça de Cristo que Deus aceita, e quando
nos revestimos do Senhor nos tornamos justos. Aqueles que se revestiram de
Cristo constituem o seu corpo, a sua Igreja. São estes os santos aos quais as
Escrituras se referem quanto à justificação (Ap 19.7-9; 2Co 5.17-21; Hb 2.11;
Sl 132.9,16,17; Rm 8.4). É a este corpo que a justiça de Cristo é imputada e que
está adornada como uma noiva (1ª Co 1.30; Is 61.10). “Ele é a nossa justiça” (Jr 23.6;
Ap 3.4).
3. A
responsabilidade humana quanto ao recebimento das bênçãos de Deus. Quando olhamos
para a ordem da construção do Tabernáculo, percebemos que a descrição começa
com a arca da aliança (Êx 25.10) e segue-se até a porta do pátio (Êx 27.18), ou
seja, de dentro do Tabernáculo para fora, isto é, Deus em busca do homem, uma
vez que o projeto de salvação tem como fonte a pessoa Divina (Is 45.22; Jn 2.9;
Tt 2.11). Na condição de pecador, o homem jamais por si só produziria a sua
salvação (Rm 3.10,11; Tt 3.5), por essa razão vemos partindo sempre de Deus a
iniciativa de restauração humana (Gn 3.9;15,21; Jo 3.16,17; 2ª Co 5.18,19; Tt
2.11). No entanto, ao estabelecer a porta que dá acesso ao Tabernáculo, fica
claro a responsabilidade do homem em resposta a ação inicial do Senhor quanto
aos benefícios pertencentes a sua entrada no santuário. No plano da salvação,
Deus em Sua soberania incluiu a responsabilidade do homem em crer no seu Filho
(Mc 16.15,16; Jo 3.16-18; Rm 10.11-14). Fé e arrependimento são necessários
para a salvação, precedendo a regeneração, ou seja, cremos para ser regenerados
e não o inverso (Mc 1.15; Jo 20.31; At 2.38; 10.43; Rm 1.16; 10.9; 1ª Co 1.21;
Ef 1.13,14). A fonte da salvação humana é a graça de Deus e o meio de recebê-la
é a fé n’Ele, como afirma o apóstolo Paulo (Ef
2.8).
IV.
A PORTA DO PÁTIO E A SUA SIMBOLOGIA
1. O
único acesso. Qualquer
um que se aproximasse do Tabernáculo por outro lugar que não fosse a entrada,
encontraria uma parede de linho como já vimos. A porta era a única maneira de
chegar ao pátio, todos tinham que passar por ela. Todo o povo de Israel, de
qualquer tribo, e todos os estrangeiros em Israel, vindos dos quatro cantos do
acampamento, distantes ou próximos, tinham que se submeter aos critérios de
Deus (Nm 15.14-16). O Senhor colocou somente uma entrada no Tabernáculo, pois
há somente um caminho para o homem se aproximar de Deus, e este passa pela
entrada, sendo assim, a porta é uma clara figura do Senhor Jesus, que assim
afirmou: “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e
sairá, e achará pastagens” (Jo 10.9); sendo o único caminho de acesso ao Pai
(Jo 14.6); as Escrituras ainda declaram que Ele é:
1.1. O único nome que pode salvar (At
4.12).
1.2. O único mediador entre Deus os homens
(1ª Tm 2.5).
1.3. Crer nele é a única forma de o homem
ser salvo (Rm 10.12,13).
2. A
abrangência do acesso. A porta do pátio possuía nove metros de largura e
ficava no lado leste, no meio da frente do Tabernáculo (Êx 27.16). Era composta
por uma cortina de pano azul, púrpura, carmesim e também de linho fino torcido,
sustentada por quatro colunas centrais cingidas de faixas de prata (Êx 27.17.
Essa entrada era larga o suficiente para permitir a entrada de qualquer pessoa
que quisesse e se submetesse aos critérios necessários para entrar. Isso aponta
claramente para a abrangência da salvação e as bênçãos do Senhor decorrentes
dela. Desde o início, a proposta divina sempre foi estender a bênção da
salvação a todos os homens indiscriminadamente o que deixou claro por meio da
promessa feita a Abraão: “e em ti serão benditas todas as famílias da terra”
(Gn 12.3; Gl 3.8). Destacamos ainda Deus deu garantia e extensão de salvação a
todas as pessoas (Is 45.22), como também na descrição do alcance da ação messiânica
(Is 49.6; Is 53.6). Sua graça alcança os judeus e os gentios (Rm 3.29; 9.24,30;
Gl 3.14; Ef 3.6; Tt 2.12), não é limitado a um grupo seleto de pessoas, pois as
Escrituras afirmam que Jesus se deu como resgate por todos (1ª Tm 2.6); e, que
provou a morte por todos (Jo 7.37; Hb 2.9; 1ª Tm 4.10; 2ª Pd 3.9; 1Jo 1.9 –
2.2; 4.14).
3.
As cores da cortina de entrada: diversos tipos (Êx 27.16).
Azul, púrpura, carmesim e branco eram as
cores da cortina de entrada ao Pátio. Nas Sagradas Escrituras, as cores sempre
simbolizaram aspectos importantes da fé. Muitas igrejas de tradições cristãs
distintas (como as episcopais, as reformadas e, até mesmo, algumas
pentecostais) observam o que se convencionou chamar de Calendário Litúrgico.
Nele, os dias comemorativos são inspirados por cores. Essa prática está
ancorada nas comemorações litúrgicas do povo de Deus do Antigo Testamento.
Nesse aspecto, podemos destacar, por
exemplo, que o azul lembra o céu. A púrpura lembra a ideia de realeza. O
carmesim lembra a ideia de humilhação e sofrimento. O branco lembra a ideia de
justiça, perfeição (Rm 5.18). O Senhor Jesus remonta essas cores: Ele veio e
foi para o céu, Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores, Ele é justo e
perfeito, e foi humilhado e moído pelos nossos pecados (Is 42.1; Fp 2.5-9).
CONCLUSÃO.
Assim
como todos os compartimentos do Tabernáculo, o pátio representava verdades
espirituais que apontavam para Cristo e a sua obra, n’Ele a justiça divina foi
saciada, podendo então nos conduzir à presença do Pai celestial.
Nesta lição, estudamos a centralidade de
Deus em nossa vida por meio da posição do Tabernáculo. Fomos estimulados a
termos uma base e segurança espiritual por meio da construção do Pátio do
Tabernáculo. E concluímos que o Senhor é o único meio de acesso a Deus através
da imagem da porta do pátio. Portanto, sejamos conscientes de que Jesus Cristo
se revelou ao seu povo como o único caminho para o pecador alcançar a salvação.
Ele é o único caminho que conduz ao Céu!
FONTE
DE PESQUISA
1. CABRAL Elienai. Lições Bíblicas do 2°
trimestre de 2019 – CPAD.
2. CONNER, Kevin J. Os segredos do
Tabernáculo de Moisés. (Trad. Célia Chazanas). Atos, 2004.
3. HOFF, Paul. O Pentateuco. VIDA, 2010.
4. HOWARD, R.E, et al. Comentário Bíblico
Beacon. CPAD, 2010.
5. RODMAN, J. Williams. Teologia
Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. VIDA, 2009.
6. STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo
Pentecostal. CPAD, 1995.
7. VINE, W.E, et al. Dicionário Vine.
CPAD, 2010.
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