TEOLOGIA EM FOCO

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

PORQUE CRISTO SE FEZ HOMEM


O estudo sobre a humanidade de Cristo seria incompleto se não nos dirigíssemos à questão fundamental: “Porque Ele se fez homem?”.

Cristo se fez homem para tornar-se o sacrifício perfeito para remissão do pecado humano.

I. JESUS RECONHECEU SUA MISSÃO
Mc 10.45 Jesus diz: “O próprio Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”. Em Jo 1.29 João Batista diz: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.

Cristo foi a realização, o antípodo, dos sacrifícios transitórios do AT. Estes se repetiam constantemente, mas o sacrifício de Cristo no Calvário satisfez uma vez para sempre a justiça de Deus com relação aos que iriam crer n’Ele. Em Hb 7.27 diz que Jesus Cristo “não tem a necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifício primeiro por seus próprios pecados, depois pelo do povo; por que fez isto uma vez por todos, quando a si mesmo se ofereceu”.

II. PARA SER NOSSO MEDIADOR
1ª Tm 2.5 “Há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus Homem”. Cristo se fez homem para ser o perfeito mediador entre Deus e os homens. Nós temos tal mediador, digno de se aproximar de Deus e de se compadecer de nossa aflição! Sendo Deus, Ele pode interceder junto ao Pai; sendo homem, Ele pode sentir nossas fraquezas e enfermidades. Vejo que muitas pessoas estão sofrendo porque estão pedindo para o mediador errado, somente Jesus é que pode nos ajudar.

II. PARA DESTRUIR A MORTE

Hb 2.14-15 “Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também Ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse a todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida”.

Cristo se fez homem para vencer a morte. A morte é consequência do pecado (cf. G 2.17), sentença decretada para toda a humanidade. Só Cristo passou por esta vida sem pecar, por isso a morte não exerceu domínio permanente sobre o Seu corpo. Por isso que o apóstolo Paulo declarou em 1ª Co 15.15 dizendo: “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?”. Para o crente em Jesus, morrer é dormir em Cristo. Já que Cristo venceu a morte em nosso lugar, não devemos lamentar a morte dos crentes como fazem os incrédulos, que não têm esperança na vida eterna. Por haver Jesus vindo a este mundo como homem, vencendo a morte no calvário e por meio da sua ressurreição, sabemos que nós também ressuscitaremos e seremos congregados com nossos entes queridos que dormiram em Cristo. É por isso que Paulo exorta os tessalonicenses, dizendo: “Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não tem esperança. Pois se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará justamente em sua companhia os que dormem” (1ª Ts 4.13-14).


Pr. Elias Ribas

pr.eliasribas2013@gmail.com.br

sábado, 4 de janeiro de 2014

GOLPEANDO BIBLICAMENTE A HERÉTICA PROSPERIDADE

“...o amor ao dinheiro é raiz de todos os males” (1ª Timóteo 6.10)

Não me parece que haja qualquer dificuldade interpretativa nas palavras do apóstolo Paulo, que claramente condena a iniciativa de qualquer pessoa que se diga cristã no sentido de acumular riquezas terrenas e ainda acrescenta que todos quantos almejam se enriquecer dessa forma, estão propensos a cair em laços e ciladas. A vontade de Deus é que tenhamos o necessário para viver, e que estejamos tranquilos e confiantes nele para o nosso sustento (Mateus 6.33). Todavia, o discurso dos marqueteiros da falsa prosperidade, os quais maculam milhares de púlpitos com sua sanha de ambição infecciosa e epidêmica, segue numa direção muito diferente.

Durante sua história, a Igreja envolveu-se com as riquezas deste mundo de tal forma que viu impedido o verdadeiro estabelecimento do Reino de Deus. A Igreja Católica, na Idade Média, chegou a concorrer com as maiores fortunas da época. Possuía riquezas de tal magnitude que dominava vidas de reis e imperadores. Essas riquezas eram adquiridas de diversas formas: vendas de indulgências; saques feitos durante as Cruzadas; posse por confisco das terras de pessoas amaldiçoadas por ela... (o que era tristemente comum).

Alguma coisa mudou?

Nos métodos, talvez. Na essência, bem pouco. Em nossos dias uma restauração e ruptura devem são urgentemente necessárias, pois a herança que recebemos desceu muito fundo em nossos hábitos religiosos e em nossa formação. Muitos protestantes e evangélicos condenam os excessos e desvios da Igreja Católica, enquanto caminham cegos perante as práticas e motivações que movem seus próprios ministérios e movimentos.

A vida financeira da igreja foi tocada somente em sua superfície, assim como outras áreas tais como: a forma de culto, a adoração individual, o cuidado das ovelhas e o discipulado. O Senhor, todavia, deseja nos levar para os seus padrões, para uma restauração de todas as verdades anunciadas por seus santos profetas (Atos 3.19-21). A humanidade está mergulhada num materialismo insano que domina toda sua forma de vida, suas ações, e seus ideais, e isso não deixou os cristãos ilesos.

A igreja assumiu uma mentalidade materialista de tal forma que sua maneira de agir não tem muita diferença dos padrões e alvos do mundo sem Deus. Seus cultos, seus ideais, sua forma de administração dos recursos — tudo está marcado pelo materialismo.

Como definiríamos o materialismo?

É uma forma de pensar, segundo a qual as premissas espirituais são abstratas, difusas e sem base, e as naturais são concretas e dignas de confiança. Porém, a Bíblia ensina diferente: "Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas" (2ª Coríntios 4.18).

A maior parte da vida humana é dedicada à busca das conquistas temporais como se fossem eternas. Entretanto, tudo que há na terra se desgasta minuto a minuto e somente não o percebemos porque estamos na mesma dimensão e na mesma velocidade dessas coisas.

O materialismo invadiu a vida da igreja e até sua doutrina e expectativa escatológica, pois a visão da eternidade futura está carregada de cobiça material. Os crentes estão sendo encorajados a interpretarem as promessas e bênçãos bíblicas como aquisições materiais e terrenas, o que vai muito além do mero equívoco e chega a ser diabólico e herético.

Nossos pais nos passaram a visão de que sua grande expectativa era a glória da presença de Deus. Ansiavam por estar com o Senhor. A lembrança dessas verdades precisa ser valorizada pelo cristianismo atual, pois elas procedem dos que viveram antes de nós e foram estabelecidas como referência para a igreja de ontem e de hoje.

Cristãos como aqueles enumerados em Hebreus 11. Homens e mulheres que descobriram riquezas espirituais em Deus, e que por causa dessa descoberta desprezaram as posses terrenas, morando em cavernas, sendo perseguidos, vestindo-se de peles de animais, vendo o invisível, vivendo muito acima da maior dignidade desse mundo.

Qual é a nossa verdadeira busca?

Hoje muitos buscam na igreja a solução de problemas seculares e lutam pelo pão que perece, sem experimentar o contentamento por ter o que comer, o que beber e o que vestir. Os alvos são ligados ao TER e não ao SER, como se o ter constituísse a vida do homem.

Estamos envolvidos por uma teia de propaganda de insegurança no futuro, e por isso nos mergulhamos numa busca inglória por bens materiais como se estes fossem confiáveis e nos trouxessem paz e felicidade.

O povo cristão está sendo enganado, em grande parte, por um evangelho que anuncia BOAS COISAS e não BOAS NOVAS. Anuncia a busca da satisfação do coração, sem leva-lo a experimentar o poder transformador da cruz de Cristo. O evangelho da prosperidade fala em vida (e vida boa), mas o evangelho de Cristo fala de morte.

Você se congrega numa igreja ou numa empresa?

Os modelos de igreja hoje, em grande parte, são diferentes da igreja do livro dos Atos. O povo era ensinado a dar generosamente, servindo aos necessitados. Hoje se ensina que ser rico seria sinal da bênção de Deus e ser pobre seria indício de maldição.

De acordo com os padrões atuais o próprio Jesus teria dificuldade em ser pastor de algumas igrejas. O atual padrão de sucesso no ministério é estabelecido por número de crentes, construção de prédios e saldo bancário. Quando um pastor tem um grupo pequeno e faz esse grupo crescer, ele é considerado relativamente bem sucedido. Se construir novos prédios é um realizador. Se faz o saldo bancário subir, é bom administrador. Isso lhe confere o status de “abençoado”.

Creio que essas medidas são boas para empresas, pois apontam para uma realização natural e comercial. Se a empresa aumenta seu número de empregados, seus lucros e seu patrimônio, então podemos dizer que é uma empresa bem sucedida. No entanto, não vejo como aplicar essas medidas para a igreja, pois o nosso modelo é o Senhor Jesus, o qual no seu ministério aqui na terra, em nenhum momento preocupou-se com esses indicadores.

Quantos seguidores o Senhor Jesus tinha? Não podemos contar na hora da distribuição dos pães. Somente devemos contar os discípulos, pois é nas horas de agonia que se revela o irmão e não nas horas de festa. Na cruz estava somente um discípulo!

Como eram as finanças de Jesus? Nasceu num lugar que não lhe pertencia, um lugar sujo, fétido e insalubre. Tinha uma profissão bem simples e usou um jumento emprestado na sua entrada em Jerusalém. Vestia-se com roupas doadas e fez um milagre para pagar o imposto. Para concluir, o tesoureiro era ladrão!

Quantos templos Jesus edificou? Quando foi levado por seus seguidores para que pudesse admirar as construções do Templo, falou em derrubá-lo. Hoje, construímos palácios e os chamamos de igrejas.

Desmascarando a herética prosperidade

Precisamos nos transformar pela renovação do nosso entendimento, sob pena de ter as nossas obras rejeitadas pelo Senhor, por completa incompatibilidade entre o seu exemplo e a nossa conduta.

A glória de Deus não pertence ao requinte terreno. Igrejas cheias podem ser apenas um curral de lobos vazios e bolsos lotados podem ser somente um sinal de corações miseráveis.

A verdade nós sabemos qual é. Ela não paga. Ela cobra. E o seu preço é um coração puro, humilde e sincero diante de Deus!

FONTE DE PESQUISA:

http://www.reinaldoribeiro.net/news/golpeando-biblicamente-a-heretica-prosperidade/

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

JESUS TINHA APARÊNCIA DE HOMEM

Hb 2.17 “Visto, pois que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também Ele, igualmente, participou... Por isso mesmo convinha que, em todas as cousas, se tornasse semelhante aos irmãos”.

Notamos que Cristo apresentava aspecto físico normal de um homem. No versículo acima diz que Jesus se tornou carne e sangue, como seus irmãos em todos os aspectos. Cristo despiu-se de Sua glória, tornou-se homem conforme Fl 2.7-8 que diz: “Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; 8 E achando na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte de cruz”.


I. SENTIU CANSADO

Muitos são os exemplos nos evangelhos, onde Jesus era visto como um humano cansado e faminto. Certa vez Ele pediu aos discípulos que saíssem com Ele a fim de descansar. Mt 26.48 “E Ele lhes disse: vinde repousar um pouco a parte num lugar deserto; porque eles não tinham tempo nem para comer, visto serem numerosos os que iam e vinham”. Muitas vezes Cristo sentia cansaço no Seu corpo físico. No capítulo 4 de João, lemos que os discípulos o deixaram junto à fonte de Jacó para descansar. Cansado, após intenso dia de trabalho, Cristo adormeceu no barco em que Ele e Seus discípulos atravessaram o Mar da Galiléia. Nem mesmo a violenta tormenta o fez acordar, e dormiu profundamente até ouvir os gritos apavorados dos discípulos (Mt 8.24,25).

II. SENTIU TRISTEZA
Jesus sentiu profundamente a dor humana, e em pelo menos duas ocasiões. Ele chorou abertamente. Em Lc 19.41 Pranteou a indiferença de Jerusalém, e acompanhou em lágrimas o luto de Maria e Marta na ocasião da morte do seu irmão Lázaro.

III. IDENTIFICOU-SE CONOSCO
Uma vez que Cristo se identifica tão completamente conosco, carregando nossas iniquidades e enfermidades, podemos aproximar-nos do Seu trono de Graça, pois que Ele sente os nossos problemas e se compadece de nós. Quão glorioso sumo Sacerdote é o nosso, que se humilha para cuidar das nossas fraquezas! Hb 4.15-16 “Porque não temos Sumo Sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, antes foi Ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Achemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da Graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna”.

Pr. Elias Ribas
pr.eliasribas2013@gmail.com.br