Mt 16.18-19 Também Eu te digo que tu és
Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus: o que ligares
na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado
nos céus.
Foi com referência a esta solene
assembleia que Jesus disse: “Edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno
não prevalecerão contra ela”.
INTRODUÇÃO. Jesus Cristo é a
pedra basilar da Igreja, que está edificada por meio dos ensinamentos dos
apóstolos e do testemunho dos profetas.
“Sobre esta pedra edificarei a minha
igreja”. Na primeira leitura do texto se depreende que o apóstolo Pedro seria a
pedra fundamental sobre a qual a igreja haveria de ser erguida, porém, como
toda a Bíblia depõe contra esta primeira leitura, certo é que este é o caso de
uma análise na regra da hermenêutica, pois o apóstolo Pedro não era a pedra
fundamental (pedra de esquina), antes o próprio Cristo, como o próprio apóstolo
atesta em uma de suas epístolas. Jesus refere-se a Si como Pedra Principal, e
Rocha não a Pedro.
I. O SIGNIFICADO DA PALAVRA PEDRO E
CEFAZ
1. O significado da palavra Pedro. A palavra Pedro
no grego é um substantivo masculino, “Petros”, que significa pedra pequena e
móvel, ou fragmento de rocha. Pedra no grego é um substantivo feminino, “Petra”
que é Rocha Grande e Firme.
2. O significado de Cefas. Cefas é o outro
nome pelo do qual o apostolo Pedro é chamado na Escritura (Jo 1.42; 1ª Co 1.12;
Gl 2.9; etc.).
No texto bíblico do Novo Testamento em
português, o nome Cefas traduz a transliteração grega Kephas do
aramaico Kepa, uma palavra que significa “pedra” ou “rocha”.
A Bíblia registra que o nome Cefas
foi dado ao apóstolo Pedro pelo próprio Senhor Jesus Cristo. Na verdade, o nome
hebraico de Pedro era Simão, provavelmente uma variação do nome hebraico Simeão
que vem de uma raiz cujo significado é “ouvir”.
O texto bíblico diz que quando o apóstolo
André levou o seu irmão Simão até Jesus, o nosso Senhor olhou para ele e disse:
“Tu és Simão, filho de Jonas; tu serás chamado Cefas (que quer dizer
Pedro). (João 1.42). Portanto, Pedro ou Cefas tem o mesmo significado
que é pedra pequena ou rocha.
II. PEDRO É A PEDRA REPRESENTATIVA,
PORQUE OUTROS APÓSTOLOS TAMBÉM O SÃO
Várias interpretações se têm dado ao
vocábulo “pedra” registrado no versículo 18 do cap. 16 de Mateus.
Os romanistas, por exemplo, costumam
afirmar que a pedra é o próprio Pedro, sobre o qual é edificada a Igreja de
Cristo. O Novo Testamento se opõe a esse gravíssimo erro. Pedro é apenas uma
das pedras do fundamento. Jesus é a Rocha e Pedra de esquina do Cristianismo.
1. Oficio profético dado por Jesus
a Pedro.
“...e sobre esta pedra edificarei a minha igreja...” Essa atribuição de um novo
nome a Simão estava diretamente relacionada à grande obra que Deus haveria de
realizar em sua vida. Ao dizer que Simão seria chamado Cefas, Jesus agiu em seu
ofício profético, ou seja, olhando para o futuro o Senhor Jesus Cristo viu a
grande transformação que ocorreria em Simão. Essa transformação seria tão
profunda que o impulsivo Simão se tornaria uma rocha sólida, e ficaria
conhecido por toda a história como Cefas; especialmente pela forma grega desse
nome, Petros, isto é, “Pedro”.
Isso quer dizer que quando Jesus deu a
Simão o nome Cefas, Ele estava predizendo o que a graça divina haveria de
realizar no coração e na vida daquele discípulo (Hendriksen, 1953).
2. Os apóstolos e profetas são
fundamentos.
Ef 2.20 “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo Ele
mesmo, Cristo Jesus, a Pedra Angular”.
3. Todos os cristãos são “pedras
vivas”.
1ª Pe 2.4-8 “E, chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos
homens, mas para com Deus eleita e preciosa.”
4. Pedro apenas é um líder
proeminente entre os apóstolos. Lucas 22.24-27 “E houve também entre eles
contenda, sobre qual deles parecia ser o maior. 23- E ele lhes disse: Os reis
dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados
benfeitores. 24- Mas não sereis vós assim; antes o maior entre vós seja como o
menor; e quem governa como quem serve. 25- Pois qual é maior: quem está à mesa,
ou quem serve? Porventura não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós sou como
aquele que serve.”
Qual deles deveria ser o maior. Os
apóstolos, em comum com os judeus em geral, supunham que o Messias viria como
um príncipe temporal, e à maneira de outros príncipes da terra – é claro, que
ele teria oficiais de seu governo, ministros de estado, etc. O argumento deles
foi fundamentado nessa expectativa, e eles estavam disputando qual deles
deveria ser levado ao mais alto cargo. Eles já tiveram uma disputa semelhante.
Ver Mateus 18.1; Mateus 20.20-28. Nada pode ser mais humilhante do que o fato
de os discípulos terem tido “tais” contendas, e em tal tempo e lugar. Que,
assim como Jesus estava contemplando sua própria morte e trabalhando para
prepará-los para isso, eles deveriam se esforçar e disputar cargos e posições,
mostra quão profundamente está o amor pelo poder; como a ambição encontrará seu
caminho nos lugares mais secretos e sagrados; e como até os discípulos do manso
e humilde Jesus são às vezes atuados por esse sentimento mais baixo e perverso.
5. Pedro foi enviado por outros
apóstolos, e obedeceu. “Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém,
ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João
(At 8.14).
Chegando lá os apóstolos oraram para que
as pessoas recebessem o Espírito Santo, pois isso não havia acontecido ainda.
6. Pedro não é vigário de Cristo na
terra.
1ª Pe 5.1 “Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também
presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da
glória que se há de revelar.”
“...que sou também presbítero...”. Pedro se via no
mesmo patamar que o resto dos presbíteros. Participante é a palavra-chave da
epístola aos Hebreus (Hb 3.1,14). Ela nos mostra que faremos parte do Reino de
Cristo quando Ele voltar (Rm 8.17; Ap 2.26-28; 5.9,10). Pedro já sentia que em
parte estava participando da glória que um dia ele experimentaria totalmente.
7. O Espírito Santo é o Vigário de
Cristo na terra. João
14.16,17 “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique
convosco para sempre; 17- O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber,
porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e
estará em vós. 26- Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará
em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo
quanto vos tenho dito.”
III. JESUS É QUEM EDIFICA A IGREJA
1. Qual é a identidade da
verdadeira Igreja apresentada por Jesus? Quais suas principais características?
Quem é seu fundador? A verdadeira Igreja do Senhor não conhece outro legislador
além de Cristo e descobre que seu gozo mais elevado na terra consiste em saber
sua vontade e fazê-la. Sua maior glória no futuro será tornar-se semelhante a
seu Senhor (1ª Jo 3.1-3). Vestida da justiça de Cristo, cheia de seu amor,
revestida de seu Espírito e cumprindo sua vontade, a Igreja eleva os seus olhos
ao céu, esperando a volta daquEle a quem ama (1ª Ts 1.9,10).
2. É Jesus quem
edifica a igreja. Ele disse “Eu
edificarei a minha igreja...” Nenhum líder espiritual tem capacidade ou
talentoso para edificar a Igreja. Às vezes fico impressionado com alguns que
dizem que Pedro é o líder da Igreja. Deveríamos ficar impressionados/as com
Jesus. É ele quem edifica a Igreja.
3.
A Igreja pertence a Jesus. Ele disse “a
minha igreja”. Logo, se for minha ou sua, então não é igreja. Se for igreja,
pertence a Jesus. Lembre-se de que foi Jesus que morreu pela igreja, não foi o
pastor, bispo ou papa!
4.
Jesus é a Cabeça da igreja. Efésios 5.23
“Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja,
sendo ele próprio o salvador do corpo.”
Efésios
1.20-23 “Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o
à sua direita nos céus. 21- Acima de todo o principado, e poder, e potestade, e
domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no
vindouro; 22- E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o
constituiu como cabeça da igreja, 23- Que é o seu corpo, a plenitude daquele
que cumpre tudo em todos.”
O
apóstolo Paulo afirmou que a igreja pertence a Deus e que ela está sujeita a
Cristo, sendo a igreja o seu corpo. O apóstolo Paulo demonstrou que faz parte
do corpo de Cristo na condição de servo.
“Á
igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados
santos, com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus
Cristo, Senhor deles e nosso.” (1º Coríntios 1.2).
IV. JESUS É PEDRA PRINCIPAL
1. O que significa Pedra angular
principal.
No grego é akrogoniaios Pedra angular da fundação.
2. A pedra é Cristo. Na resposta de
Jesus (v. 18), podemos ver que Ele próprio é a pedra sobre a qual a Igreja está
assentada. Quando Ele disse: “Tu és Pedro”, usou a palavra petros que quer
dizer “pedrinha” ou “fragmento de pedra”, que pode ser removida. De fato, Pedro
demonstrou certa fragilidade, em sua personalidade. Numa ocasião, deixou-se
usar pelo inimigo (Mc 8.33); num momento crucial, negou Jesus três vezes (Mt
26.69-75). Por isso, quando Jesus disse: “sobre esta pedra edificarei a minha
igreja”, Ele utilizou a palavra petra que tem o significado de rocha
inamovível, e não petros que é “fragmento”.
3. Jesus é pedra angular. Lucas, o médico
amado, registrou um discurso do apóstolo Pedro em que é demonstrado que Jesus é
a pedra angular:
“Ele é a pedra que foi rejeitada por vós,
os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. E em nenhum outro há
salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há dado entre os
homens, pelo qual devamos ser salvos.” (At 4.11 -12).
Na arquitetura antiga, a construção de um
edifício requeria uma pedra angular. Ela é traduzida como a “pedra mais
importante” ou “pedra principal”. Ela era posta no canto do prédio para
sustentar o alicerce, firmar e unir toda a estrutura e manter as paredes em
linha certa. Para que se tenha uma ideia dessa dimensão, em uma das escavações
no local do templo em Jerusalém, foi encontrado um monólito com cerca de 12
metros de comprimento.
A pedra angular é o elemento essencial que
dá existência àquilo que se chama de fundamento da construção.
No cristianismo, a Pedra Angular é
simbolicamente representada por Jesus Cristo, o filho de Deus. Em diversas
passagens da Bíblia Sagrada há referências sobre a pedra angular.
No Livro dos Salmos, capítulo 118,
versículo 22, há uma metáfora sobre os construtores (a nação judaica)
rejeitarem o mais importante elemento na construção do templo espiritual (Jesus
Cristo, o Messias), conforme se lê: “A pedra que os edificadores rejeitaram,
essa foi posta como pedra angular”. A Pedra Angular escolhida por Deus para
edificar a Igreja, conforme a planta divina, foi Jesus Cristo.
Portanto, uma pedra angular na construção
de um edifício é a base sólida que ele necessita para conseguir chegar à altura
programada, sem cair. Para um cristão, Jesus Cristo é essa base fundamental na
qual se assenta toda a construção da Igreja, formada por todos aqueles que
acreditam na Palavra de Deus.
4. Jesus a pedra Viva. Quando surge uma
dúvida, o melhor é perguntar à pessoa envolvida. Pedro, quem é a Pedra?” Ele
(Cristo). O apóstolo Pedro descreveu Jesus como uma pedra viva:
1ª Pd 2.4-8 “E,
chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas
para com Deus eleita e preciosa. 5- Vós também, como pedras vivas, sois
edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios
espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo. 6- Por isso também na Escritura
se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e
preciosa; e quem nela crer não será confundido. 7- E assim para vós, os que
credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, a pedra que os edificadores
reprovaram, essa foi a principal da esquina. 8- E uma pedra de tropeço e rocha
de escândalo, para aqueles que tropeçam na palavra, sendo desobedientes; para o
que também foram destinados.”
Por falta de beleza ou tamanho, ela foi
deixada de lado ou considerada imprópria como pedra angular. Isso representa o
Senhor Jesus, proposto aos judeus como fundamento ou pedra angular sobre a qual
construir a igreja, mas rejeitado por eles – os construtores – por causa de sua
falta de beleza ou beleza; isto é, do que eles consideravam agradável ou
desejável (Isaías 53.2-3).
5. A Pedra que os construtores
rejeitaram.
Lucas 20.17 “Mas ele, olhando para eles, disse: Que é isto, pois, que está
escrito? A pedra, que os edificadores reprovaram, essa foi feita cabeça da
esquina.”
Jesus Cristo nosso Senhor e salvador, é a
‘pedra viva’ conforme citou o apóstolo Pedro e conforme escreveu o salmista
Davi: “A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a pedra angular” (Sl
118.22). Embora os homens tenham reprovado a Cristo, a pedra viva aprovada por
Deus, para Deus Ele é a pedra eleita e preciosa.
Jesus mesmo diz nos Seu evangelho que Ele
é a pedra principal. Mt 21.42 “Nunca leste nas Escrituras; A pedra que os
edificadores rejeitaram, essa se tornou a Pedra Angular; o Senhor fez isto, e é
maravilhoso aos nossos olhos”.
A pedra. A figura é tirada
da construção de uma casa. A principal pedra para o tamanho e a beleza é a que
geralmente é colocada como a pedra angular.
6. Nossa Rocha é Jesus Cristo. Romanos 9.33 “Como está escrito: Eis que eu ponho em Sião
uma pedra de tropeço, e uma ROCHA de escândalo.”
É
isso que Jesus Cristo representa para os dois tipos de pessoas do mundo, os que
creem e os que não creem: Uma pedra de tropeço/de escândalo ou uma rocha de
segurança.
Rocha
de tropeço/escândalo para todos os que não aceitam as verdades sobre Ele e não
admitem sua divindade e missão como Filho de Deus. Jesus é uma pedra de tropeço
para os céticos, para os ateus, para os de outras religiões e até mesmo para
certas áreas do conhecimento humano.
Cristo
é uma rocha de escândalo para os que querem viver suas vidas sem prestar contas
a Deus de seus atos, para os obstinados, rebeldes, imorais e idólatras. Um
escândalo para espiritualistas, para os enganados por vãs filosofias.
Disse
o salmista: “O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador; o
meu Deus é o meu rochedo, em quem me refúgio. Ele é o meu escudo e o poder que
me salva, a minha torre alta” (Salmo 18.2).
Os dois fundamentos. Mateus 7.24-27
“Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica,
assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; 25- E
desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa,
e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. 26- E aquele que ouve estas
minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que
edificou a sua casa sobre a areia; 27-E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram
ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.”
Quero demonstrar esta verdade de uma forma
que evidencia como podemos ser enriquecidos pela leitura da Palavra de Deus.
Jesus usa a palavra “ROCHA” para estimular
seus ouvintes a serem leitores e praticantes de suas palavras. Fez apenas uma
comparação, sem dar qualquer sentido especial à palavra rocha.
No Antigo Testamento, há um episódio
doloroso para Arão, Moisés e seu povo. Deus disse a Moisés para falar à rocha e
teriam água para beber. No entanto, obedecendo a si mesmo e não a Deus: “Moisés
ergueu o braço e bateu na rocha duas vezes com a vara. Jorrou água, e a
comunidade e os rebanhos beberam” (Nm 11.20). Por não terem confiado
publicamente em Deus, ele e Arão foram impedidos de entrar na terra prometida.
Só entendemos plenamente a gravidade do
ato de Moisés quando lemos no Novo Testamento o que Paulo escreve: os hebreus
“E bebiam da rocha espiritual que os acompanhava, e essa rocha era Cristo” (1ª
Co 10.4).
A rocha da qual saiu água para matar a
sede dos israelitas (Êx 17.6; Nm 20.7-11; Sl 78.15-16). Alguns mestres judeus
diziam que essa rocha acompanhou o povo durante as viagens pelo deserto.
Segundo Paulo, a rocha era espiritual, ou seja, foi através dela que Deus
preservou a vida de seu povo. Nesse sentido, era a presença do próprio Cristo
entre o povo de Deus daquele tempo.
Somos convidados, então, a construir
nossas vidas sobre a ROCHA (com letra maiúscula), que é o próprio Cristo.
Construir nossas vidas sobre a Rocha é reconhecer que Ele é o Salvador e
desejar ser salvo por Ele, o que demanda arrependimento dos pecados e fé n’Ele
como Salvador. Construir nossas vidas sobre a Rocha é reconhecer que Ele é o
Senhor e desejar ser conduzido e protegido por Ele.
Indo ao Antigo Testamento, ficamos
surpresos. Deus é chamado de Rocha (com letra maiúscula) 24 vezes, desde
Gênesis, onde lemos uma promessa de vitória “pela mão do Poderoso de Jacó, pelo
nome do Pastor, a Rocha de Israel” (Gn 49.24).
Os poetas se admiram: Deus “é a Rocha, as
suas obras são perfeitas, e todos os seus caminhos são justos. É Deus fiel, que
não comete erros; justo e reto ele é” (Dt 32.4). “Quem é Deus além do Senhor? E
quem é Rocha senão o nosso Deus?” (2º Sm 22.32). “Venham! Cantemos ao Senhor
com alegria! Aclamemos a Rocha da nossa salvação” (Sl 95.1).
Um profeta garante: “Não tremam, nem
tenham medo. Não anunciei isto e não o predisse muito tempo atrás? Vocês são
minhas testemunhas. Há outro Deus além de mim? Não, não existe nenhuma outra
Rocha; não conheço nenhuma” (Is 44.8).
Somos convidados, portanto, a construir
nossas vidas sobre a rocha (com letra minúscula). A rocha é o conjunto das
palavras de Cristo. Seguindo os seus ensinos, somos capacitados a enfrentar as
enxurradas da vida.
7. Jesus é a pedra vaticinada pelo
profeta Isaias. Is
28.16 “Portanto assim diz o Senhor Deus: Vede, assentai em Sião uma pedra, uma
já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme e fundada; aquele que
crer não será confundido.”
Isaías era também chamado profeta Messiânico,
porque o alvo de suas profecias era o Messias, aquele tão aguardado pelo povo
de Israel.
Colocar uma pedra angular em Sião
significa que seu reino seria fundado em uma rocha e estaria seguro em meio a
todas as tempestades que pudessem cair sobre ela.
O Targum (do Hebraico תרגום, no plural
targumim) são as traduções, comentários em aramaico da Bíblia hebraica
(Tanakh), processa isso: “Eu nomeio em Sião um rei, um rei forte, poderoso e
terrível. Que a passagem diante de nós se refere ao Messias, não há dúvida. Ou
seja, eu ponho uma base firme que nada pode mover. Eu a construo sobre uma
rocha para que as tempestades e tempestades da calamidade não possam varrê-la:
“Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica,
assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; E
desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa,
e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha” (Mt 7.24-25).
De acordo com a passagem de Isaías, a
pedra não serve somente como tropeço. Trata-se também de “uma pedra aprovada,
uma preciosa pedra angular, solidamente assentada”, a saber, sobre Sião. O
apóstolo Paulo continua dizendo aos Romanos 10.11 “Porque a Escritura diz: Todo
aquele que nele crer não será confundido.”
Jesus Cristo mesmo vai dizer que que ouve
e pratica as Suas Palavras serão comparados aquele que construiu a casa sobre a
Rocha e vindo o vento e a tempestade não puderam destruí-la. (Mt 7.24-25).
E embora muitos tenha falhado e caído ao
querem impor suas próprias ideias aos textos bíblico, o que não é permitido, ao
examinarmos as Escrituras e mesmo como nossas limitações humanas vejo uma única
mensagem cruzando de Genesis ao Apocalipse: Jesus Cristo, a Pedra Principal,
Pedra Angular, Pedra de Tropeço e uma Rocha.
Daí a necessidade de conhecermos as
Escrituras mais e mais.
V. JESUS É O FUNDAMENTO DA IGREJA
1ª Coríntios 3.11 “Segundo a graça de Deus
que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica
sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele. 11- Porque ninguém pode
lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.”
Paulo se comparou a um prudente
construtor. Trabalhava como um experiente e habilidoso mestre de obras,
distribuindo as tarefas a cada operário. Mas a obra que realizava tinha o
fundamento certo. Só existe um fundamento sobre o qual se pode erigir o
edifício espiritual – Jesus Cristo (cf. 1ª Pe 2.4-8). Cada obreiro, porém, é
responsável quanto ao modo como realiza a obra.
Jesus é o fundamento da Igreja somente por
Ele é que o mundo deve ser salvo (At 4.10-12).
VI. JESUS É A BASE DA CONSTRUÇÃO
1. A edificação. Ef 2.20
“Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo Ele mesmo,
Cristo Jesus, a Pedra Angular”.
O apóstolo Paulo ilustra a maneira pela
qual os efésios e todos os outros cristãos são admitidos à honra de serem
concidadãos dos santos e da casa de Deus. Eles são construídos sobre o
fundamento – eles são baseados na doutrina dos apóstolos e profetas. Assim,
somos habilitados a distinguir entre uma igreja verdadeira e uma igreja falsa.
Isso é da maior importância; pois a tendência ao erro é sempre forte e as
consequências do erro são perigosas ao extremo. Nenhuma igreja se vangloria do
nome mais alto do que aquelas que têm um título falso e vazio; como pode ser
visto em nossos próprios tempos. Para nos proteger do erro, é assinalada a
marca de uma igreja verdadeira.
Veja que o texto fala que fomos edificados
sobre o Fundamento dos Apóstolos e Profetas. Ou quando vejo isso vejo a
história da humanidade ser escrita e vivida para que o Propósito Eterno de Deus
de salvar o homem se cumpra.
A nomeação de Jesus de Nazaré para ser o
fundamento da Igreja é provada por milagre e profecia como obra de Deus.
O próprio Cristo, a única Fundação
verdadeira, foi o grande assunto de seu ministério e a fonte de sua vida. Como
um com Ele e Seus companheiros de trabalho, eles também, em um sentido
secundário, são chamados de “fundamentos” (Ap 21.14). Os “profetas” estão
unidos a eles de perto; pois a expressão é aqui não “fundamentos dos apóstolos
e dos profetas”, mas “fundamentos dos apóstolos e profetas”.
O fundamento é um só, logo, os
responsáveis por revelar este fundamento são uma unidade (TAYLOR, 2000, p.
203-204), são os agentes divinos da revelação do evangelho, que trata de Jesus,
a pedra de esquina, a pedra angular ou a pedra fundamental.
Os Profetas já anunciavam a necessidade de
nos voltarmos para Deus, de nos arrependermos e de nos mantermos firmes com o
Senhor.
O Apóstolos. Que nos transmitiram a
mensagem e o Evangelho de Jesus Cristo. Retratados no NT.
Essa referência também se adequa exatamente
à conexão. A estabilidade do reino de Deus na terra repousa sobre o Messias.
Deus havia decidido mandá-lo; e, consequentemente, em meio a todas as agitações
e revoluções que poderiam ocorrer entre seu povo antigo, essa promessa era
certa, e certa que Ele viria e que sua igreja seria preservada.
VII. O REINADO DE CRISTO JESUS
Daniel 2.44,45 “Mas, nos dias desses reis,
o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino
não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele
mesmo subsistirá para sempre. Da maneira que viste que do monte foi cortada uma
pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata
e o ouro; o grande Deus fez saber ao rei o que há de ser depois disto. Certo é
o sonho, e fiel a sua interpretação.
1. O sonho de Nabucodonosor. Nabucodonosor
viu, em seu sonho, uma Pedra vindo do céu e atingindo a estátua nos pés. Mas o
que ela representa? O Reino de Deus, através de Jesus Cristo, que será
implantado em breve, cuja capital será Jerusalém. Em várias partes da Bíblia
Jesus é comparado a uma Rocha, uma Pedra para edificação e proteção do seu
povo, mas também para destruição dos seus inimigos.
2. Este reino é proveniente do céu.
O
versículo 34 diz: “Uma pedra foi cortada sem auxílio de mãos” No evangelho
segundo Mateus 21.42-44, temos a explanação da profecia da Pedra, dada por
Jesus, que é a própria Pedra. A Pedra rejeitada por Israel (At 4.11; Lc 19.14;
1ª Co 10; 1ª Pe 2.4; Ef 2.20).
A Pedra esmiuçará as nações (2.44):
“aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó”. Isto é futuro, e refere-se
ao Senhor Jesus na Sua vinda em glória, com os santos (a Igreja) e os anjos
para esmiuçar (quebrar) as nações e estabelecer o seu reino.
O salmista já fazia suas predições
dizendo: “Tu os esmigalharás com vara de ferro; tu os despedaçarás como a um
vaso de oleiro. Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos instruir,
juízes da terra servi ao Senhor com temor, e alegrai-vos com tremor” (Sl
2.9-11).
Uma montanha nada mais é do que barro e
pedra sob diferentes formas. Isto fala de Jesus que nasceria como homem aqui na
terra (Is 53.3), sem intervenção humana, isto é, sendo gerado pelo Espírito
Santo, e não pelo homem. Algo idêntico ocorrerá quando o Reino de Deus for estabelecido
aqui brevemente, ou seja, sem auxílio humano. Sua conquista não será efetuada
por armas carnais: “E então será revelado o iníquo (Anticristo), a quem o
Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor de sua
vinda” (2ª Ts 2.8).
Quanto à expressão “sem o auxílio de mãos”
quer dizer, sem o auxílio de mãos humanas (cf. Dn 8.25). A pedra bateu
violentamente nos pés da estátua e esmiuçou-a. Quatro vezes está dito que a
pedra esmiuçou a imagem (Dn 2.34, 40, 44, 45). Portanto, o mundo não findará
convertido pela pregação do Evangelho, e sim destruído com violência
sobrenatural na vinda de Jesus. Isto ocorrerá em Armagedom, no tempo do domínio
mundial das nações confederadas sob o governo do Anticristo (Ap 17.11-13;
19.11-21).
A pedra que feriu a estátua nos pés, e em
seguida destruiu a cabeça, o peito, o ventre e as pernas (2.34). Isto indica
que todas as formas de governo representadas por estas partes da estátua,
existirão sob a Besta, no futuro que será destruída por Cristo onde será
implantado Seu governo por mil anos. Ainda que o Império do Anticristo se
reerga, Cristo o destruirá. Nosso Senhor é Aquela pedra que, sem esforço
humano, abateu-se sobre a estátua vista por Nabucodonosor.
Hoje a Nova Ordem Mundial está montando o
palco para o Anticristo. Note que A estatuado sonho de Nabucodosor começou como
uma obra grandiosa e fina, e terminou em pó (2.35). A pedra começou com uma
pedra diminuta, mas depois encheu o mundo inteiro: “encheu toda a terra”. Isto
mostra a magnitude e poder de Cristo.
A profecia de Daniel afirma: “Então foi
juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais
fizeram-se como a pragana das eiras no estio, e o vento os levou, e não se
podia achar nenhum vestígio deles; a pedra, porém, que feriu a estátua
tornou-se uma grande montanha, e encheu toda a terra” (Dn 2.35).
Os reinos do mundo (e todos os seus
súditos) serão destruídos e soprados para muito longe, porém o reino da Pedra
(e seus súditos) encherão a terra e reinarão para sempre.
O rei Nabucodonosor viu esta Pedra em seu
sonho. A Pedra caiu do céu, atingia a grande estátua nos pés e transformava
tudo em pó. Isto representa a Segunda Vinda de Cristo para estabelecer o Seu
Reino na terra, após julgar e destruir seus inimigos.
O rei Nabucodonosor ficou estarrecido ao
ouvir do profeta Daniel as revelações contidas em seu sonho. Tudo cumpriu-se
exatamente como Deus planejou. Cabe a cada pessoas receber a mensagem do Reino
e permitir que Ele se estabeleça em Sua vida.
“Nos dias desses reis...”, isto é, na época
da unificação deste reino dividido, no tempo de formação deste último império,
em outras palavras: em nossa própria época. O nosso tempo é a formação do reino
dos dedos da estátua. Isto já está acontecendo. Agora só falta a pedra.
Portanto, desde Babilônia, está sendo
cumprido hoje e será justamente neste período que se levantará o Anticristo (6
é o número do homem rebelde). O 7.º período (O REINO DE JESUS CRISTO) está
aproximando-se velozmente. A Profecia é perfeita e a Matemática de Deus também.
VII. A CHAVE DO REINO ESTÁ COM
CRISTO
1. A chave segundo a hermenêutica
bíblica.
“E Eu te darei as chaves do Reino dos céus” (Mt 16.19). Este versículo é
aplicado de maneira, similares. Primeiro: a chave é sinal de autoridade concedida
aos apóstolos e a Igreja e não somente ao Pedro.
Neste versículo Jesus não está dando a
Pedro a chave da igreja ou do reino dos céus, e sim, Jesus está lhe dando poder
em Seu nome. Chave é sinal de autoridade”.
1.1. Todo poder emana no nome de
Jesus.
“É me dado todo o poder nos céus e na terra” (Mt 28.18). Todo o poder nos céus
e na terra, está nas mãos d’Aquele que venceu o império da morte e do inferno e
ressuscitou ao terceiro dia para glória de Deus Pai. Este poder Ele dá para
aqueles que creiam em Seu nome.
“Eis aí vos dei autoridade para pisardes
serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada, absolutamente,
vos causará dano” (Lc 10.19). Serpentes no judaísmo simbolizam os demônios;
esta autoridade é uma proteção contra o poder satânico.
1.2. Esta autoridade é concebida a
todos os cristãos.
“E estes sinais seguirão aos que crerem: E em meu nome expulsarão os demônios;
falarão novas línguas. Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa
mortífera, não lhes fará dano algum; e porão ao mãos sobre os enfermos, e os
curarão” (Mc 16.17).
Jesus não prometeu autoridade somente para
os apóstolos. Todavia, Ele disse que os sinais seguirão aos que creem, e, em
Seu nome receberão poder, autoridade (chave) para operar essas maravilhas.
“E estes, porém foram escritos para que
creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais,
vida em seu nome” (Jo 20.31). “Na verdade, vos digo que aquele que crê em Mim
também fará as obras que Eu faço, e as farás maiores do que estas, porque, Eu
vou para meu Pai. 13- E tudo quanto pedires em meu nome Eu o farei, para que o
Pai seja glorificado no Filho” (Jo 14.12-13).
A chave representa a mensagem e o poder do
evangelho e do nome de Jesus diante do mundo pecador. Evangelho no gr. significa
“as boas novas de salvação”.
Para os cristãos receberem a promessa e o
revestimento de poder, era necessário ficar em Jerusalém, pois esta era a ordem
de Cristo para Sua Igreja. “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai;
ficai, porém na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de
poder” (Lc 24.49). Antes de Jesus ser assunto ao céu repetiu a mesma ordenança
aos Seus discípulos dizendo: “Porém, quando o Espírito Santo descer sobre
vocês, vocês receberão poder e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a
Judia e Samaria e até nos lugares mais distantes da terra” (At 1.8; NTLH).
No dia do pentecoste, 120 pessoas (a
Igreja) estavam reunidos no mesmo lugar aguardando descida do Espírito Santo
que era a promessa de Jesus.
“Ao cumprir-se o dia de Pentecostes,
estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som, como de
um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram,
distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um
deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras
línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem” (At 2.1-4).
Ao descer o Espírito Santo no dia do
pentecoste, a Igreja foi revestida do poder e da autoridade do Espírito Santo,
para que em nome de Jesus fosse pregado o Evangelho de salvação a toda
criatura. Sem este poder, eles não poderiam cumprir o “Ide de Jesus” (Mt
28.19-20).
Foi nesse poder que o apóstolo Paulo
disse: “Mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a
Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus” (1ª Co 1.24).
Sem está chave deixada por Cristo nem os
apóstolos poderiam usá-los. O apóstolo Pedro representa a essencial honra que
lhe foi concedida: a de ser o primeiro a anunciar o Evangelho aos judeus (no
pentecoste) e aos gentios (na casa de Cornélio), tendo sido o Espírito Santo
dado do céu em cada uma dessas ocasiões. Pedro mesmo descreve seu privilégio
assim: “Deus me elegeu dentre vós, para que os gentios ouvissem da minha boca a
palavra do Evangelho, e cressem” (At 15.7). Assim ele anunciou o perdão de
pecados a todos os que creem. Deus confirmou do céu o perdão que todos os seus
servos podem declarar sobre a terra (v. 19; 18.18; Jo 20.23). Curou muitos
enfermos e operou muitas maravilhas”.
Pedro e João foram os primeiros apóstolos
a usarem autoridade do nome de Jesus: “Não tenho prata nem ouro, mas o que
tenho te dou. Em nome de Jesus Cristo, o nazareno, levanta-te e anda” (At 3.6).
Mediante a fé e o poder do nome de Jesus,
a Igreja está autorizada a usar está poderosa arma contra as hóstias infernais
da maldade.
2. O ministério da absolvição dos
pecados “é o poder especial que Cristo. A interpretação mais coerente que se pode
fazer desta questão é aquela que diz que qualquer ministro do evangelho, ao
pregar, cria com isso circunstâncias que levam os pecados das pessoas a serem
perdoados ou retidos. Ou seja, Jesus diz: “Ide por todo o mundo, pregai o
evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não
crer será condenado.” (Mc 16.15,16).
Assim sendo, todos os creem e são
batizados, que exercem o sacerdócio geral, tornaram-se instrumentos de Cristo;
porém, de alguma maneira, isso teve base no ministério original dos apóstolos.
O perdão de pecados não pertence ao indivíduo, em si mesmo, mas Cristo outorga
essa autoridade àqueles que observam seus ensinamentos, atuam na sua causa e
pregam a Palavra de Deus. A aceitação ou rejeição dessa mensagem pelas pessoas
que a ouvem é que determina o perdão ou ausência de perdão dos pecados.
A igreja tem a incumbência de pregar o
evangelho aos perdidos e às pessoas que se arrependem e não os perdoar a quem
não se arrepende”. Esse poder vem do Espírito Santo e não é exclusividade dos
líderes da Igreja. João 16.7,8, “Todavia, digo-vos a verdade, que vos convém
que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu
for, vo-lo enviarei. 8- E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da
justiça e do juízo.”
Do pecado porque ele revela ao mundo que o
pior de todos os erros é rejeitar a Cristo. Sem Cristo não há oportunidade de
salvação e nem esperança verdadeira. Da justiça porque somos pecadores e não há
justiça real em nós. Se tornamos justos depois que o Espírito Santo aplica a
justiça de Cristo em nós (Rm 4.25). Do juízo porque Cristo recebeu em nosso
lugar o juízo devido e assim venceu a Satanás (1ª Jo 5.4).
3. O Batismo nos integra no
sacerdócio geral.
“Quem crer e for batizado será salvo...” Nele somos presenteados com o Espírito
Santo e, portanto, empoderados para essa missão. Anunciar a graça de Deus é da
competência de todo o cristão batizado. Afinal, somos justificados por graça,
mediante a fé.
O batismo é uma ordenança clara de Jesus
para todo aquele que n’Ele crê. O batismo é um ato público de fé.
“Esta é a razão porque não batizamos e nem
tampouco validamos o batismo de crianças; é necessário crer primeiro e então se
batizar. Obedecemos o princípio bíblico de consagrar os filhos ao Senhor, mas
só os batizamos depois que puderem crer e professar sua fé.
O batismo segue a fé que nos leva à
salvação, mas ele em si não é um meio de salvação. Que o diga aquele ladrão que
foi crucificado com Cristo e a quem Jesus disse que estaria com ele ainda
aquele dia no paraíso (Lc 23.39 a 43); ele somente creu e nem pôde ser
batizado, mas não deixou de ser salvo por isto. O batismo, portanto, não salva,
mas nem por isso deixa de ser importante e necessário; aquele ladrão não tinha
condições de passar pelo batismo, mas alguém que crê deve obedecer à ordenança
de Cristo e ser batizado, caso contrário estará em deliberada desobediência a
Deus, o que poderá impedir-lhe de entrar para a vida eterna.” [Luciano Subirá.
http://www.orvalho.com/ministerio/estudos-biblicos/o-batismo-nas-aguas-por-luciano-subira/
- Acesso dia 16/06/2021].
4. Quem tem a chave do Reino dos
Céus.
Jesus é quem vai responder está pergunta: “E o que vivo e fui morto, mas eis
aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do
inferno.” (Ap 1.18).
A palavra traduzida por “inferno” no grego
é “αδης” “hades” e se refere apropriadamente ao submundo; a morada dos
espíritos, a região dos mortos.
Jesus é que tem a chave da morte e do
inferno, em outras palavras da morada dos mortos. Aqui se fala do poder de
Jesus sobre todas as coisas criadas e que Jesus tem o poder sobre a própria
morte, que ele venceu pela ressurreição. Para todo o ser humano a morte parece
ter poder amedrontador para o ser humano. O texto quer dizer que a vitória
sobre a morte vem por Jesus e Dele vem a vida que dura para toda a eternidade.
Se os seguidores de Cristo Jesus nele acreditarem, não terão mais motivos para
temer nada, mesmo a morte que os perseguidores espalham nas comunidades. João
5.24 “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê
naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas
passou da morte para a vida.”
Porque Jesus usou este termo figurativo? A
imagem das chaves da morte, é expressão corrente nos escritos judaicos e
encontramos nos textos targúmicos assim expressos: falam de um personagem
glorioso que possui poder e exercita o domínio: mas o alcance deste domínio
caracteriza o poder de Deus (conforme Doglio Claudio, Apocalisse, San Paolo
Milano, pág.46). Ter as chaves do hades representava ter o poder sobre o mundo
invisível. Era o termo mais adequado para que o Salvador deve representar a Si
mesmo como tendo esta autoridade, como Ele próprio tinha sido ressuscitado
dentre os mortos pela Sua própria força (cf. Jo 10.18), mostrando assim que o
domínio sobre este mundo escuro foi confiado a Ele.
5. A chave é símbolo de Poder. “É me dado todo o
poder nos céus e na terra. Todo o poder está nas mãos daquele que venceu o
império da morte e dos infernos, e este poder Ele dá a qualquer um que com fé
deseja usar o seu nome.” (Mt 28.18).
Todo poder é dado a mim no céu e na terra.
O “Filho de Deus”, como “Criador”, tinha o direito original de todas as coisas,
de controlá-las e eliminá-las. (Ver Jo 1.3; Cl 1.16-17; Hb 1.8). Mas o universo
é colocado sob Ele mais particularmente como Mediador e Remidor de Seu povo;
para que Ele possa reunir uma igreja e defender Seus escolhidos; para que Ele
subjugue todos os seus inimigos e os derrube dos vencedores e mais do que dos
vencedores (Ef 1.20-23; 1ª Co 15.25-27; Jo 5.22-23; Filemom 2.6-11. É com
referência a isso, sem dúvida, que ele fala aqui poder ou autoridade
comprometida com ele sobre todas as coisas, para que Ele possa resgatar,
defender e salvar a igreja comprada com seu próprio sangue. Seu governo
mediador se estende, portanto, ao mundo material, aos anjos, aos demônios, aos
homens maus e ao seu próprio povo.
6. Este poder Ele deus a Sua
Igreja.
Mc 16.17 “E estes sinais seguirão aos que crerem: E em meu nome expulsarão os
demônios; falarão novas línguas. 18- Pegarão nas serpentes; e, se beberem
alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão às mãos sobre os
enfermos, e os curarão.
A palavra “seguirão” aos que creem, está
no Aoristo do grego, que significa continuo até os confins dos séculos.
Portanto, Ele mandou ficar em Jerusalém: “E eis que sobre vós envio a promessa
de meu Pai; ficai, porém na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais
revestidos de poder” (Lc 24.49). Com a
finalidade de evangelizar o mundo perdido: Atos 1.8 “Mas recebereis a virtude
do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em
Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.”
O texto escrito por Lucas foi pronunciado
por Jesus entre sua ressurreição e sua ascensão. Jesus subiria para o céu e
derramaria o seu Espírito sobre a igreja. A igreja não deveria sair para
cumprir a grande comissão sem antes ser capacitada com poder. Mas no dia do
pentecoste cumpriu-se a profecia de Jesus (At 2.1-5).
VIII. AS PORTAS DO INFERNO NÃO
PREVALECERÃO
1. “...e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela.” (Mt 16.18). É uma figura de linguagem que aponta para
a morte, para a condenação. Jesus está falando aqui da Sua vitória sobre a
morte. Sendo Ele um vitorioso, aqueles que O seguem também serão vitoriosos com
Ele. Isso nos indica que apesar da morte física ser uma realidade que o pecado
trouxe ao mundo, que os crentes em Jesus podem até ser mortos por perseguições
do maligno (como de fato acontece muitas vezes), temos que a obra realizada por
Jesus vence a morte em todos os sentidos: “Fiel é esta palavra: Se já morremos
com ele, também viveremos com ele; se perseveramos, também com ele reinaremos;
se o negamos, ele, por sua vez, nos negará;” (2ª Timóteo 2.11-12). Por isso, as
portas do inferno (todo o poder da morte) não têm vitória definitiva contra os
servos de Deus. Assim como Jesus, os servos do Senhor morrem fisicamente, mas
não eternamente!
As portas do inferno representam Satanás e
a totalidade do mal no mundo, lutando para destruir a igreja de Jesus Cristo.
Quando dizemos que a edificação da Igreja
depende de levarmos o ataque até as portas do inferno, significa que somos nós
que devemos nos mover, espiritualmente falando, através de orações e jejuns e,
sobretudo, através da nossa adoração, que será sempre o nosso maior instrumento
de batalha espiritual, e não apenas ficarmos na defensiva aguardando as
investidas do inferno.
A bíblia declara que as portas do inferno
não prevalecerão contra uma igreja que é ativa, e não omissa. Por isso,
entendemos que devemos nos mover em direção a essas portas, e exercermos sobre
elas o poder soberano de Cristo.
A igreja edificada por Cristo é vitoriosa.
Não por méritos próprios, mas pelos méritos do Senhor Jesus! Ele a comprou com
seu próprio sangue (At 20.28). Das mãos dele ninguém pode arrebatar os que
fazem parte da Igreja verdadeira (Jo 10.29). Ele entregou a si mesmo para
quitar a dívida do pecado (Gl 1.4). Todas essas verdades apontam para a
realidade de que a Igreja fundamentada por Cristo, não pode ser derrotada nem
pelo maligno, nem pela morte, nem por nada. Ainda que possa sofrer nesta terra,
a Igreja de Cristo triunfa com Ele na vitória que Ele teve! É por isso que
Apocalipse narra a derrota final de todos os inimigos: “Então, a morte e o
inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o
lago de fogo” (Ap 20.14). Apocalipse 20.10 também narra a derrota final do
diabo!
CONCLUSÃO. Concluímos que
Jesus é a Pedra Principal o fundamento de nossa vida, e que o Seu nome é uma
chave poderosa para abrir as correntes e romper as cadeias que o diabo coloca
sobre as pessoas; ele concede uma procuração para aqueles que fazem parte de
Sua Igreja possam usar com ousadia. Amém.
O nome do senhor Jesus é uma chave
poderosa que abre portas onde homem não pode abrir. Em Seu nome podemos abrir
as correntes e romper as cadeias que o diabo coloca sobre as pessoas; Você como
filho de Deus também pode usar está chave. Precisa apenas receber e crer neste
maravilhoso nome. Ele concede uma procuração para eu e você, usar esse precioso
nome. Jesus! Amém. Portanto devemos usar com fé e mediante Sua palavra.
Sobre a Cruz: Para o madeiro Jesus foi
levado, por amor foi elevado aos olhos de todos e demonstrou mais uma vez a
misericórdia. “A Cruz não foi uma eventualidade, mas uma necessidade.” Levado
para o madeiro não ia para uma condenação, mas para uma construção, de nossa
vida, de nossa fé.
Pr. Elias Ribas
Assembleia de Deus
Blumenau -SC