TEOLOGIA EM FOCO

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

O QUE É LIMBO

 


Limbo e religião

Na religião católica, o limbo consiste em um lugar para onde iam as crianças que morriam sem terem sido batizadas. De acordo com uma antiga doutrina da Igreja católica estas crianças não iam para o céu porque não possuíam graça batismal, mas também não iam para o Inferno porque não tinham pecado pessoal.

O conceito de limbo só surgiu a partir do século XIII, sendo que antes disso, algumas figuras da Igreja Católica, como Santo Agostinho afirmavam que tais crianças iam para o inferno. Na Idade Média, a expressão limbus infantum se referia às crianças, enquanto a limbus patrum era referente aos santos que tinham nascido antes de Cristo.

O dogma da Igreja Católica diz que o batismo é necessário para a salvação, seja batismo de água, de sangue ou de desejo.

Portanto, o limbo foi abolido em 2007. Atualmente, a igreja católica tem uma posição semelhante a denominações evangélicas, que afirmam que as crianças que morrem antes de chegarem à idade da razão vão para o Céu.

Ao escrever à Igreja em Corinto, o apóstolo Paulo exortou os crentes a não irem além do que está escrito (1ª a Coríntios 4.6). Paulo fez essa admoestação para que os crentes tivessem paz uns com os outros.

Pois João disse: “Todo aquele que vai além do ensino de Cristo e não permanece nele, não tem a Deus...” (2ª Jo 9-11). Guardando-nos limpo de participar de algum “Mal Eclesiástico” – coisas que não é de acordo com a Palavra de Deus (desordem religiosa).

A carta de 2 João tem como tema principal o combate aos falsos mestres que estavam contaminando a igreja de Cristo. João adverte aos leitores sobre esses enganadores que se usam do evangelho para propagar falsos ensinos.

Quando a nossa fé é guiada pela Palavra de Deus, então ela se assemelha à dos demais irmãos, gerando unidade. Quando a fé de alguém é fruto de sua “espiritualidade”, então ela pode divergir da Bíblia, criando divisões no corpo de Cristo.

Conservar-se nos limites das Sagradas Escrituras é atitude prudente, e resulta em segurança e estabilidade para a fé.

Em Maio de 2007, o programa de televisão “Fantástico” da Rede Globo, veiculou a notícia de que o Papa Bento XVI RECONHECEU O ERRO da Igreja ao ensinar, durante muitos anos, que a criança que morresse sem o batismo iria para o Limbo – o lugar de tormento purgatório das crianças.

Importante que a Igreja Romana recolheu mais um erro doutrinário. Contudo, o sofrimento gerado às mães que, ao longo dos anos, viram seus filhos morrerem sem batismo, crendo que iam para o Limbo, teria sido poupado se a igreja tivesse atentado para a instrução: “não ir ALÉM do que está escrito!”.

Ao longo dos anos a Igreja Romana vem criando dogmas e tradições sem base bíblica, levando as pessoas acreditarem mais na tradição criada pelos homens no que a Verdade do Evangelho.

Existem religiões que já pregaram racismos, outras que já mudaram suas doutrinas diversas vezes ao longo dos anos, tudo por querer ensinar o que não estava escrito na Bíblia que é a Palavra de Deus.

Alguns falam que a Bíblia é ultrapassada e acreditam em homens (fábulas ou modismo) e depois de anos esses homens voltam atrás do que ensinaram para os seus doutrinados.

Deus fala na Bíblia, o tempo passa, mas a minha palavra NUNCA PASSARÁ.

A Bíblia nunca estará ultrapassada.

Nunca deixem se iludir que você é ultrapassado por seguir ou tentar seguir as palavras da Bíblia, porque esse é o caminho da verdade e infelizmente as pessoas acreditam em homens que vão além do que está escrito na Bíblia com doutrinas falhas e contraditórias e ainda falam que foram reveladas por Deus.

Por isso, nesse tempo de efervescência da espiritualidade, é bom sempre conferir coisas espirituais com espirituais (1ª Co 2.13).

E isso, não apenas em relação aos outros, mas a nós mesmos; COMO DIZ A ESCRITURA: “Aquele, pois, que pensa estar em pé, olhe não caia” (1ª Co 10.12).

Pr. Elias Ribas

Dr. Em Teologia

Assembleia de Deus

Blumenau -SC

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO



LEITURA BÍBLICA

Lucas 24.49, 52 “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder. 52- E, adorando-o eles, tornaram com grande júbilo para Jerusalém.”

Atos 2.1-4 “Cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; 2- e, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. 3- E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. 4- E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.”

INTRODUÇÃO.

O batismo com o Espírito Santo é um revestimento de poder, com a evidência física inicial das línguas estranhas para o ingresso do crente numa vida de profunda adoração e eficiente serviço a Deus (Lc 24.49; At 1.8; 10.46; 1ª Co 14.15,26).

No entanto, o batismo do Espírito, como vemos em 1ª Co 12.13; Gl 3.27; Ef 4.5, trata-se de um batismo figurado, apesar de real. Todos aqueles que experimentaram o novo nascimento (Jo 3.5) são imersos no corpo místico de Cristo (Hb 12.23; 1ª Co 12.12ss). Nesse sentido, todos os salvos são batizados pelo Espírito Santo, mas nem todos são batizados com o Espírito Santo.

O batismo no Espírito Santo é a experiência subsequente a salvação que capacita o crente:

1. Ao ministério evangelístico (At 1.8; 8.1-40);

2. A falar em outras línguas (At 2.4; 10.45,46);

3. A testemunhar com poder e ousadia (At 4.7-22,31);

4. Agir sobrenaturalmente (At 5.1-11; 13.8-12; 6.8; 16.16-20);

5. A servir a igreja em suas necessidades sociais (At 6.1-7);

6. Atender a chamada ministerial específica (At 13.1-4; 26.29; 10.1-48; At 20.24);

7. A contribuir com o avanço do Reino de Deus (5.14-16,42; 6.7; 8.25; 9.31; 19.20; 28.31);

8. A glorificar e orar a Deus poderosamente (At 10.45,46; 16.15; 4.31; Ef 5.18-20; Cl 3.16; Rm 8.26; Jd v. 20).

Por essas e outras inumeráveis razões o crente deve orar e glorificar intensamente a Deus a fim de que receba a magnífica promessa do batismo no Espírito Santo.

I. A PROMESSA DO BATISMO E O SEU CUMPRIMENTO

Dos cerca de 500 irmãos que viram Jesus ressurreto e ouviram o seu chamado para o cenáculo em Jerusalém (Lc 24.49), apenas 120 deles atenderam (1ª Co 15.6). Que acontecera aos demais que lá foram? Nem todos buscam com sede e perseverança o batismo com o Espírito Santo.

1. Analogia do batismo. Tanto Jesus quanto João Batista empregaram o termo “batismo” para descrever o revestimento de poder do Espírito Santo sobre o crente (At 1.5; 11.16; Mt 3.11; Mc 1.8). Ora, em todo batismo têm de haver três condições para que esse ato se realize: um candidato a ser batizado; um batizador; e um elemento ou meio em que o candidato será imerso. No batismo com o Espírito Santo, o candidato é o crente; o batizador é o Senhor Jesus; e o elemento ou meio em que o filho de Deus é imerso é o Espírito Santo.

2. A promessa do batismo pentecostal. Há várias promessas de Deus no Antigo Testamento a respeito do derramamento do Espírito sobre o povo, mas a principal é a que foi proferida pelo profeta Joel, uns 800 anos antes do advento de Cristo (Jl 2.28-32).

3. Predita por João Batista. João foi o arauto de Jesus; foi homem cheio do Espírito Santo. Em todos os quatro Evangelhos ele confirma a promessa do batismo (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.32,33; At 11.16).

4. Confirmada por Jesus. Em diversas ocasiões Jesus confirmou a promessa do batismo com o Espírito Santo.

4.1. Jesus declarou: “falarão novas línguas”. Marcos 16.17 “E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas.”

4.2. Jesus denominou a promessa como a “promessa de meu Pai”. Lucas 24.49 “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.”

O batismo com o Espírito Santo foi o último assunto de Jesus aos seus, antes da sua ascensão (vv.50,51).

4.3. No dia do pentecoste. At 2.1-4 “E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar. 2- E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. 3- E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. 4- E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” Pedro, após ser batizado com o Espírito Santo e pregar no Dia de Pentecostes, encerrou o seu sermão citando a promessa do batismo, agora cumprida em Jerusalém.

Mas isso é o que foi dito, ou seja, isso é o cumprimento daquilo, ou isso foi previsto. Esta foi a segunda parte do argumento de Pedro, para mostrar que isso estava de acordo com as predições em suas próprias Escrituras.

O sermão de Pedro começa com uma explicação dos fenômenos testemunhados pelos que estavam ali presentes. Depois, Pedro faz um relato do evangelho e de sua mensagem.

Ao ver que as pessoas falavam várias línguas, alguns que estavam por ali acreditavam que estavam bêbados e não falavam coisa com coisa, mas como era muito cedo, por volta das 9h, Pedro teve que ‘dar uma bronca’ nos que pensavam assim. Ainda hoje é comum pessoas não convertidas zombarem ou duvidarem do acontece com os cristãos. Acham que as revelações, curas e outros sinais são causados por ignorância, coincidência ou outros motivos naturais. Naquela época era comum os judeus que participavam das atividades nas sinagogas ficarem sem comer ou beber até às 10h, alguns só comiam ou bebiam após meio-dia.

3. Atualidade das manifestações espirituais. O falar em línguas é importante para a Igreja hoje? O batismo com o Espírito Santo só é válido com a evidência do falar em línguas? Afirmar que as manifestações espirituais foram exclusiva e necessária, tão somente para fortalecer a Igreja emergente, significa confinar o fato à história e desconhecer as dimensões da promessa apresentada por Pedro no seu discurso no dia de pentecostes. Citando Joel 2.23, 28, 29, Atos 2.16-18 “Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: 17- E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; E os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, Os vossos jovens terão visões, E os vossos velhos sonharão sonhos; 18- E também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e as minhas servas naqueles dias, e profetizarão. 38- E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo; 39- Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar.”

O apóstolo Pedro declarou que seu o derramamento do Espírito Santo dava-se naquele momento. A promessa do batismo no Espírito Santo não foi apenas para aqueles presentes no dia de Pentecoste, mas também para todos os que cressem em Cristo durante toda esta era:

1. “Porque a promessa vos diz respeito a vós...” - os ouvintes de Pedro;

2. “a vossos filhos...” - à geração seguinte;

3. “...e a todos os que estão longe – a todas as cidades e nações daquela época;

4. “...a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar.” - as gerações futuras.

O batismo no Espírito Santo com o poder que o acompanha, não foi uma ocorrência isolada, sem repetição, na história da igreja. Não cessou com o Pentecoste (At 8.15; 9.17; 10.44-46; 19.6), nem com o fim da era apostólica. É o direito mediante o novo nascimento de todo cristão buscar, esperar e experimentar o mesmo batismo no Espírito que foi prometido e concedido aos cristãos do NT (At 1.4,8; Jl 2.28; Mt 3.11; Lc 24.49). Por isso não podemos limitar, nem reter a ação do Espírito Santo na história. Ele foi enviado para acompanhar a Igreja até a volta de Jesus.

A passagem de João 7.38,39, deve ser estudada juntamente com Atos 2.32,33.

“Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. 39- E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado.” (Jo 7.38,39).

“Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós somos testemunhas. De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis.” (At 2.32,33).

Os apóstolos, e outros, que tinham acreditado em Cristo, e tinham recebido o Espírito, como um Espírito de regeneração e santificação; como um Espírito de iluminação e conversão; como um espírito de fé e adoção; mas no dia de Pentecostes eles iriam receber uma medida extraordinariamente maior das dádivas e graça dele, para os qualificar para a maior obra e serviço:

“Pois o Espírito Santo ainda não foi dado…”. A versão Árabe verte, “porque o Espírito Santo ainda não tinha vindo”; sendo ele uma pessoa divina, igual ao Pai e Filho, assim Ele é de eternidade; e Ele tinha sido dado em Sua graça nos santos do Antigo Testamento, e estava em suas dádivas sobre os profetas daquela dispensação.

“Por que Jesus ainda não havia sido glorificado…”. Ele ainda não tinha passado pelo Seu estado de humilhação; Ele ainda não tinha sofrido e morrido, e se levantado, e ascendido, e se sentado a direita da mão de Deus; pois o Espírito Santo viria na Sua partida, e em consequência de Seus sofrimentos e morte, e sendo feito carne, e uma cura para Seu povo; e através de Sua mediação e intercessão, e sobre Sua exaltação à mão direita do Pai; quando sendo feito e declarado Senhor e Cristo, isso deveria ser notificado pela efusão do seu Espírito, conforme diz Pedro aos Judeus presente: “De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis.” (Atos 2.33).

5. A promessa divina cumprida. No Antigo Testamento, o privilégio especial do povo de Deus foi receber, preservar e comunicar a revelação divina - as Santas Escrituras (Rm 3.1,2; 9.4; 2ª Co 3.7). O privilégio especial do povo de Deus em o Novo Testamento, entretanto, é receber o Espírito Santo:

5.1. Na conversão (Jo 3.5; 14.16,17; 16.17; 2ª Co 3.8,9; Rm 8.9);

5.2. No batismo com o Espírito Santo (At 2.1-4; At 8.15; 9.17; 10.44-46; 11.16; 19.6);

5.3. Subsequentemente, por meio da vida cristã (At 4.8,31; 9.17; 13.9,52; Ef 5.18).

II. OS CONCEITOS DO BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

Da parte de Deus, o batismo com o Espírito Santo é, a um só tempo:

1. Uma ditosa promessa - “a promessa do Pai” (At 1.4). O batismo com o Espírito Santo procede da vontade, amor e promessa de Deus para os seus filhos.

2. Uma dádiva celestial inestimável - “o dom do Espírito Santo” (At 2.38). O batismo é uma dádiva de Deus aos crentes.

3. Uma imersão do crente no sobrenatural de Deus - “sereis batizados com o Espírito Santo” (At 1.5). A partícula original desta última referência também permite a tradução “batizados no Espírito Santo”.

4. Um revestimento de poder do alto - “até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.49). É como alguém estando vestido espiritualmente, ser revestido de poder do céu.

III. COMO RECEBER O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

1. Sendo a pessoa já salva. O batismo com o Espírito Santo é para quem já é salvo. Os discípulos ao serem batizados no Dia de Pentecostes:

1.1. Tinham seus nomes escritos no céu (Lc 10.20);

1.2. Eram limpos diante de Deus (Jo 15.3);

1.3. Possuíam em si a vida espiritual (Jo 15.4,5,16);

1.4. Haviam sido enviados para o seu trabalho, dotados de poder divino (Mt 10.1; Lc 9.1,2; 10.19).

2. Crendo na promessa divina do batismo. O batismo é chamado “a promessa do Pai” (Lc 24.49; At 1.4; 2.16,32,33).

3. Buscando com sede, em oração (At 1.4,14; Jo 7.37-39; Lc 11.13). A oração é um elemento necessário e indispensável para o crente obter o batismo com o Espírito Santo.

4. Adorando a Deus com perseverança. Louvando sempre a Deus. Assim fizeram os candidatos antes do primeiro Pentecostes (Lc 24.51,52).

5. Perseverando em unidade fraternal. Isso também eles fizeram antes do primeiro Pentecostes (At 1.14).

6. Vivendo em obediência à vontade do Senhor (At 5.32). Para você que busca o batismo, há alguma área da sua vida não submissa totalmente a Cristo?

IV. OS RESULTADOS DO BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

1. Edificação espiritual individual. Mediante o cultivo das línguas recebidas com o batismo, o crente é edificado pessoalmente (1ª Co 14.4,15).

2. Maior dinamismo espiritual. Isto é, mais disposição e maior coragem na vida cristã para testemunhar de Cristo (Mc 14.66-72; At 4.6-20).

3. Maior desejo e resolução para orar e interceder (At 3.1; 4.24-31; 6.4; 10.9; Rm 8.26). O crente cheio do Espírito ora e intercede constantemente a favor dos filhos de Deus.

4. Maior glorificação do nome do Senhor. Isto “em espírito e em verdade”, nos atos e na vida do crente (Jo 16.13,14).

CONCLUSÃO. De acordo com Atos 2.17, o batismo com o Espírito Santo é para qualquer nação: “Toda carne”. Não há qualquer distinção de sexo para receber o batismo, pois está escrito que é para “filhos e filhas” (At 2.17). Também não importa a idade do candidato (“mancebos e velhos”) ou a camada social do indivíduo (“servos e servas”). Portanto, todos podem e devem buscar essa dádiva celeste.

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau - SC

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

BATISMO COM FOGO

Julgamento pelo fogo.

Lucas 3.16 “João respondeu a todos: Eu os batizo com água. Mas virá alguém mais poderoso do que eu, tanto que não sou digno nem de curvar-me e desamarrar as correias das suas sandálias. Ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo.” (NVI).

Salvo pelo Fogo.

1ª Coríntios 3.11-18 “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. 12- E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha. 13- A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. 14- Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. 15- Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo. 16- Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? 17- Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo. 18- Ninguém se engane a si mesmo. Se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para ser sábio.”

INTRODUÇÃO. Esse versículo, encontrado nos Evangelhos de Mateus 3.11, Marcos 1.8 e Lucas 3.16, causam uma grande polêmica no meio Evangélico. Alguns defendem que esse batismo é um simbolismo do fogo purificador, que queima o pecado e as impurezas que contaminam o cristão. Outros concluem que esse batismo se refira ao juízo de Deus sobre os ímpios e, consequentemente, não faz referência aos cristãos.

Não existe unanimidade na definição e por isso, apresento aqui o resultado de uma pesquisa que fiz. Ela não foca no batismo com o Espírito Santo, mas na relação que há entre o batismo com o Espírito Santo e o batismo com fogo.

Algumas pessoas pensam que o batismo com fogo é o mesmo que o batismo com o Espírito Santo, mas outras pessoas pensam que são dois batismos diferentes. De qualquer jeito, os dois estão ligados à obra de Jesus.

Porém, o fogo pode ter duas aplicações: 1. Fogo purificador; 2. Juízo e 3. Julgamento.

Segundo os comentaristas bíblicos, o fogo pode representar juízo e julgamento.

I. O QUE É BATISMO COM FOGO?

A palavra “FOGO”, aparece repetidas vezes no texto sagrado, e esta palavra tem significados variados na Bíblia. A primeira manifestação do fogo na Bíblia aconteceu no livro de Gênesis, quando Deus firma um pacto com Abraão e sela aquela aliança com uma tocha de fogo que passa sobre o altar do sacrifício que Abraão oferecia à Deus. O fogo aqui, significa confirmação, aprovação (Gn 15.7-17). Já o fogo que Deus fez cair sobre as cidades de Sodoma e Gomorra, significa juízo de Deus (Gn 19.24,25). Outra ocasião da manifestação do fogo, foi em sinal de resposta a oração de Elias e reprovação de Deus para a nação de Israel, que estava voltada para idolatria (1º Rs 18.36-39).

O fogo é apresentado, na Bíblia, em três situações específicas, em geral: Juízo, purificação e demonstração de poder.

Assim, a manifestação do fogo de Deus, tanto no Antigo Testamento quanto no Novo, é recheado de símbolos e significados.

A expressão batismo com o Espírito Santo e com fogo nos casos de Mateus e Lucas só aparece no contexto da pregação de João Batista. O contexto dessa pregação é o anúncio do Reino dos Céus e a necessidade de arrependimento (mudança de mente) para ingresso nesse reino. O termo grego metanoia utilizado pelos evangelistas designa a renúncia ao pecado e uma volta à Deus.

Na pregação de João, além do arrependimento como antecipação dessa chegada do reino, eram necessários dois aspectos: o batismo com o Espírito Santo e o com o fogo. Marcos menciona apenas o batismo com o Espírito.

Outro ponto de vista, e que se encaixa melhor no contexto, é a de aquele que estava por vir batizaria os justos com o Espírito Santo e os ímpios com fogo. Ainda que na concepção dos judeus o Messias não seria o concessor do Espírito, Ladd afirmou que “não há razão para que se negue a João um elemento novo na questão”, até porque Deus estava iniciando um novo tempo e que de muitas maneiras estava sendo diferente da compreensão que o povo tinha na época. Mesmo porque, o derramamento do Espírito é amplamente prometido no Antigo Testamento (Is 44.3-5; 32.15; Ez 37.14) como o texto explorado na pregação de Pedro no dia de Pentecostes (Jl 2.28-32).

R. N. Champlin, em sua obra “O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo”, relaciona o texto de Lc 3.16 com o comentário de Mt 3.11, como segue: “...Há várias interpretações dessas palavras: 1. Alguns acham que aqui temos dois batismos, um do Espírito e outro de fogo, e que esse último fala de juízo, provavelmente até de inferno. Assim interpretaram Orígenes e outros pais da igreja..., alguns bons intérpretes reputam esse batismo de fogo como algo que se refere ao juízo.”

II. NSETE SÍMBOLOS E REPRESENTAÇÕES DO FOGO

1. Deus. Porque o nosso Deus é um fogo consumidor (Hb12.29).

2. Jesus. ... E a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu, com os anjos do seu poder, como labaredas de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo (2ª Ts 1.7,8).

3. Espírito Santo. ... Ele vos batizará como o Espírito Santo e com fogo (Mt.3.11).

E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles (At 2.3).

4. Palavra de Deus. Não é a minha palavra como fogo, diz o SENHOR, e como um martelo que esmiúça a penha? (Jr 23.29).

E disseram um para o outro: Porventura, não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava e quando nos abria as Escrituras? (Lc 24.32).

5. A presença de Deus. E, acabando Salomão de orar, desceu fogo do céu e consumiu o holocausto e os sacrifícios; e a glória do SENHOR encheu a casa. E os sacerdotes não podiam entrar na Casa do SENHOR, porque a glória do SENHOR tinha enchido a Casa do SENHOR (2º Cr 7.1,2).

6. Juízo de Deus. Assim como Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas que, havendo-se corrompido como aqueles e ido após outra carne, foram postas por exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno (Judas, vers.7).

7. Purificação. E farei passar essa terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata, e a provarei, como se prova o ouro; ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: É meu povo; e ela dirá: O SENHOR é meu Deus (Zacarias, 13.9).

III. O FOGO SEGUNDO A INTERPRETAÇÃO DOS COMENTARISTAS BÍBLICOS

1. Fogo purificador. A Bíblia de Estudo Plenitude, de orientação pentecostal, no texto de Lc 3.16 remete para um comentário de Mt 3.11 como segue:

“O batismo de João é um tipo de experiência de salvação de ser batizado no Espírito. Como o batismo de João colocava o indivíduo dentro da água, o batismo de Jesus coloca o cristão no Espírito, identificando-o como totalmente ligado ao Senhor. O fogo purifica ou destrói. Portanto, a salvação em Jesus Cristo será purificadora para os verdadeiros judeus que o aceitarem como o Messias, e destruidora para aqueles que o rejeitarem.”

A Bíblia de Estudo Shedd analisa o texto assim: “... Fogo. O contexto (17) parece exigir o sentido de prova, de julgamento (Lc 12.39-53; 1ª Co 3.13).” Ainda a mesma Bíblia comenta Mt 3.11 assim: “Com o Espírito Santo e com fogo. Refere-se ao ministério espiritual de Cristo. Sua obra começou acompanhada pela energia sobrenatural do Espírito Santo, colhendo-se algum ‘trigo’ (os fiéis), e revelando-se quem seria ‘palha’ para julgamento. A doutrina do batismo no Espírito Santo não recebe luzes neste trecho, pois o assunto pertence à época posterior à ressurreição de Jesus (1ª Co 12.13)”.

 

1.1. Puficados em suas provações. “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” (Jo 16.33).

Jesus disse essas palavras no cenáculo quando partilhava sua Última Ceia com Seus discípulos. Ele sabia que sua hora havia chegado e que logo sofreria pelos pecados do mundo. Ao antever o tempo em que não estaria mais ali, sabia que seus discípulos enfrentariam um problema após o outro.

Esse tema surge repetidamente em Seus discursos finais. Jesus falou aos discípulos que os deixaria (Jo 13.33, 36; 16.28). Disse-lhes que o mundo os odiaria tanto quanto odiou a Ele (Jo 15.18–19). Disse-lhes que as pessoas procurariam matá-los (Jo 16.2) e que eles chorariam e lamentariam em tristeza e angústia (Jo 16.20). Disse-lhes que eles o abandonariam e se espalhariam por todo lado (Jo 16.32). Finalmente, resumiu todas as suas tribulações na simples declaração: “Neste mundo vocês terão aflições”.

1.2. Purificação através da repreensão. O Senhor Deus usa a aflição para purificar o crente. O profeta Isaías 48.10 diz: “Eis que já te purifiquei, mas não como a prata; escolhi-te na fornalha da aflição.”

A melhor prata que sai da terra tem escórias nela. Ela precisa do fogo purificador. O melhor dos filhos de Deus tem a escória do pecado habitando em seu coração que precisa ser purgada. Foi o que fez Paulo dizer: “Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado” (1ª Co 9.27).

Ele não queria ser como uma prata reprovada que não é refinada e que é descartada. Há também poluições pecaminosas do mundo que estão em nós (Tg 1.27). Precisamos ser purificados delas.

1.3. O fogo de Deus representa o julgamento. Salmos 66.10,11 “Pois tu, ó Deus, nos provaste; tu nos afinaste como se afina a prata. Tu nos puseste na rede; afligiste os nossos lombos.”

Cristo é tanto o refinador quanto o próprio fogo. Hebreus 12.29 “Porque o nosso Deus é um fogo consumidor.” A igreja será refinado por Ele e nEle. Você apenas se engana se achar que pode ser refinado de qualquer outra forma. O sangue de Jesus não só nos purifica da culpa, mas purifica nossas consciências (Hb 9.14). Mortificar os pecados (Gl 5.24) é possível para todos os que são de Cristo, através de Sua força.

Quando ouro é refinado no fogo, todas as impurezas são destruídas fica apenas o ouro puro. O fogo de Deus faz o mesmo em nossas vidas: destrói o pecado.

O fogo de Deus destrói quem o rejeita e vive no pecado. Mas, para quem ama Jesus, o fogo de Deus limpa. Da mesma maneira como não devemos brincar com o fogo, não devemos brincar com Deus. Deus “é fogo consumidor”, ele merece nosso respeito.

1.4. O fogo da ira e da purificação nos últimos dias. Zacarias 13.8-9 “Na terra toda, dois terços serão ceifados e morrerão; todavia a terça parte permanecerá diz o Senhor. Colocarei essa terça parte no fogo e a refinarei como prata e a purificarei como ouro. Ela invocará o meu nome, e eu lhe responderei. É o meu povo, direi; e ela dirá: 'O Senhor é o meu Deus.”

Dois terços da nação judaica deveriam perecer nas guerras romanas e um terço para sobreviver. Provavelmente do contexto (Zc 14.2-9), que nunca foi cumprido, a destruição dos dois terços (literalmente, “a proporção de dois”, ou “porção de dois”) e a salvação do remanescente, o terço, ainda é futuro e deve ser cumprido sob o Anticristo.

Purificarei. Para sua fundição, o ouro é exposto a um calor intenso, a fim de se separar as impurezas do metal puro.

“Colocarei essa terça parte no fogo e a refinarei....” de provação (Sl 66.10; Am 4.11; 1ª Co 3.15; 1ª Pe 1.6-7). Portanto, parece que a conversão dos judeus não é preceder, mas seguir, seu livramento externo pela interposição especial de Yaweh. Zacarias revela as consequências devastadoras que terão ocorrido quando o Senhor Deus se voltar para o rebanho espalhado. As ovelhas dispersas terão enfrentado um grande juízo do qual somente a terceira parte terá sobrevivido.

O remanescente será, porém, remido, purificado e restabelecido em um relacionamento de nova aliança com Deus.

“Purificarei como ouro.” Uma vez refinado, o metal precioso é analisado para que seu real valor seja estipulado. As expressões é meu povo e o SENHOR é meu Deus reafirmam o concerto de Deus com Seu povo escolhido (Lv 26.12) e falam de renovação da aliança, com que Israel seria espiritualmente restaurado (Ez 36.28; Os 2.23; Rm 11.26,27).

1.5. A aflição é uma prova da nossa fé. 1ª Pedro 1.7 “Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo.”

Prova da vossa fé. Para que a sua fé assim provada seja achada (aoristo; de uma vez por todas, como o resultado de ser provado no dia do julgamento) em louvor, isto é, o louvor a ser concedido pelo Juiz.

“...muito mais preciosa que o ouro que perece (mesmo sendo provado pelo fogo)”. Se o ouro, embora perecendo (1ª Pe 1.18), ainda é provado com fogo para remover a escória e testar sua genuinidade, quanto mais sua fé, que nunca perecerá, precisa passar por uma prova ardente para remover qualquer defeito, e para testar sua genuinidade e pleno valor.

2. Juízo. Lucas 3.16,17 “Respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar a correia das alparcas; esse vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. 17- Ele tem a pá na sua mão; e limpará a sua eira, e ajuntará o trigo no seu celeiro, mas queimará a palha com fogo que nunca se apaga.”

Vamos fazer uma análise correta do texto citado por você, bem como de todo o contexto. Dessa forma conseguiremos esclarecer facilmente o significado dessa expressão usada por João Batista. O texto que você citou é este: “Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mateus 3.11).

João dizia às multidões que saíam para serem batizadas por ele: “Raça de víboras! Quem lhes deu a ideia de fugir da ira que se aproxima?” (Lc 3.7). A ideia transmitida por João aqui é de serpentes fugindo de um incêndio numa floresta.

E acrescenta: “O machado já está posto à raiz das árvores, e toda árvore que não der bom fruto será cortada e lançada ao fogo” (Lc 3.9). Indicando que a punição era iminente.

A Bíblia de Estudo Genebra comenta assim a questão do fogo em Lc 3.16: “O batismo com fogo aponta para o juízo (v. 9). A pá para limpar sua eira’ é outro símbolo para o juízo (v. 17)”.

Fica claro, já no início do capítulo, que a mensagem de João era direcionada a dois grupos de pessoas: Aquelas que realmente estavam arrependidas e queriam o perdão de Deus e aquelas que se auto justificavam por crerem que a obediência á Lei e por serem filhos de Abraão era garantia de Salvação: “Deem frutos que mostrem o arrependimento. E não comecem a dizer a si mesmos: ‘Abraão é nosso pai’. Pois eu lhes digo que destas pedras Deus pode fazer surgir filhos a Abraão.” (Lc 3.8).

Mateus 3.12 “Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará.

“A pá está na sua mão”. O autor tem em mente a pá eólica, muito comum naquele tempo, cujo processo separava o trigo da palha. Era uma ferramenta semelhante a um tridente, usado para levantar o trigo colhido para o ar na direção do vento. O vento soprava a palha mais leve permitindo que os grãos caíssem na eira, uma grande superfície plana.

Este é um símbolo do julgamento, da separação entre os bons e os maus.

Que existe a necessidade absoluta do crente ser batizado com o Espírito Santo é uma verdade inegável nas Escrituras Sagradas. Mas pensar que o batismo com o Espírito Santo é o mesmo batismo de fogo é não compreender o significado real do versículo.

2.1. O fogo como juízo. Sofonias 1.18 “Nem a sua prata nem o seu ouro poderão livrá-los no dia da ira do Senhor. No fogo do seu zelo o mundo inteiro será consumido, pois ele dará fim repentino a todos os que vivem na terra.”

O tratamento dado por Sofonias a esse tema forma dois ciclos que se movem do julgamento divino para a esperança de salvação.

* O primeiro siclo fala sobre o “dia do Senhor” (1.7), o tempo em que Deus devastaria os seus inimigos tanto dentro como fora de Judá (1.2-18) e traria grandes bênçãos ao remanescente fiel (3.16-17).

O dia estava próximo (1.7). Um dia em que a ira e a indignação do Senhor soberano de Israel seriam dirigidas contra os ímpios (1.15,18; 2.2-3).

Em seguida a esse anúncio de julgamento, o profeta conclama Judá e as nações a arrependerem-se e buscarem o Senhor (2.1-3).

O arrependimento era a única esperança de salvar-se do julgamento babilônio que se aproximava.

O segundo ciclo se inicia com o profeta acrescentando pormenores sobre o julgamento por vir (2.4-3.8). Ele esclarece que muitas outras nações seriam destruídas junto com Judá. Então, o profeta retorna ao tema da esperança de salvação (3.9-20).

Com alegria, ele anuncia que, após o julgamento, Deus purificaria o seu povo e restauraria a sorte de Jerusalém.

2.2. O fogo na vinda de Jesus. Malaquias 3.1-3 “Eis que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim; e de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais; e o mensageiro da aliança, a quem vós desejais, eis que ele vem, diz o SENHOR dos Exércitos. Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros. E assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; e purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e como prata; então ao Senhor trarão oferta em justiça.”

O meu mensageiro (v. 1). Refere-se a João Batista (Is 40.3; Mc 1.2,3), que preparará o caminho para a chegada do Messias.

Mas quem pode suportar o dia da sua vinda? Os judeus que tinham transgredido a aliança, como também os pagãos, achariam o Dia do Senhor um dia de terrível juízo (Sf 1.17,18).

“Como o fogo do ourives.” Tudo o que não tinha valor seria consumido. A potassa dos lavandeiros. Uma segunda metáfora simbolizando a mesma verdade terrível. Lixívia ou potassa eram usadas na lavagem de roupas.

“Assentar-se-á, como purificador.” A vinda do Senhor é agora representada como a de um Fundidor, que executaria o processo do refinamento. Purificará os filhos de Levi. O sacerdócio mesmo seria o primeiro objeto das atividades do Refinador. Refinará, isto é, “'filtrará”. Aquilo que tinha valor sobreviveria ao processo da filtração.

“Justas ofertas.” No processo do refinamento, alguns sacerdotes apareceriam com os corações puros, de modo que o seu culto seria aceitável diante do Senhor; outros seriam peneirados como refugo.

Então me lembrei do que o Senhor tinha dito: ‘João batizou com água, mas vocês serão batizados com o Espírito Santo” (At 11.15,16).

Além disso, podemos traçar um paralelo entre os versículos, para que a conclusão fique ainda mais clara e óbvia:

“... ele vos batizará com os Espírito Santo.”

IV. O JULGAMENTO PELO GOGO

Observe que o fogo é usado aqui com o sentido de julgamento. O fogo aplicado no ouro, prata e pedras preciosas causaria pouco dano. Mas na madeira, feno e palha causaria muito dano. A ideia é que o julgamento mostrará de verdade qual é a obra de cada um, se durável ou não, se edificada sobre fundamentos que agradam a Deus ou não.

1. O fundamento da construção (1ª Co 3.10-11). Paulo se comparou a um prudente construtor. Trabalhava como um experiente e habilidoso mestre de obras, distribuindo as tarefas a cada operário. Mas a obra que realizava tinha o fundamento certo. Só existe um fundamento sobre o qual se pode erigir o edifício espiritual – Jesus Cristo (1ª Pe 2.4-8). Cada obreiro, porém, é responsável quanto ao modo como realiza a obra.

2. A revelação da qualidade da obra (1ª Co 3.12-17). Paulo tem em mente a chegada daquele dia (1ª Co1.8), quando se tornará manifesta a verdadeira natureza das obras dos cristãos.

3. O rigor do teste. O teste se fará “pelo fogo”, o que dá a ideia de uma prova rigorosa. O valor das obras poderá ser comparado ao ouro, à prata e às pedras preciosas – materiais valiosos que, quando submetidos ao fogo, têm expurgadas as impurezas; ou à madeira, feno e palha – materiais que não resistem ao fogo (1ª Co 3.12-13).

4. O resultado final do teste será determinar se o obreiro receberá ou não galardão (1ª Co 3.14-15). “Sofrerá ele dano” (1ª Co 3.15) não significa perda da salvação. Isso se confirma com a expressão que segue: “mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo”. O crente, cuja obra será comparada a material que o fogo extingue, não receberá galardão, embora seja “salvo”. Para que os cristãos entendam a seriedade com que os obreiros devem construir, Paulo introduz uma pergunta que já inclui em si mesma a resposta (1ª Co 3.16). A igreja é santuário de Deus – Ele está pessoalmente presente, pelo Seu Espírito, em todos os membros da igreja, que juntos constituem o corpo de Cristo. Eis a razão pela qual se deve encarar a obra de Deus com muita responsabilidade.

A advertência contida no versículo 17 demonstra a gravidade da existência das divisões na igreja de Corinto. Por ser santuário de Deus, o homem que não age corretamente na sua relação com a igreja é culpado de grave pecado. O ofensor haverá de receber o castigo na proporção em que o comete, porque o “santuário de Deus, que sois vós, é sagrado”.

5. Coríntios para hoje. Deus vai pedir conta daquilo que fizemos em Sua igreja. De que maneira essa verdade impacta você? Quão cuidadoso você tem sido com suas atitudes e serviço em relação à sua igreja local? Faça uma auto avaliação. Em seguida, ore pedindo o Senhor que o ajude a ser autêntico no exercício do serviço cristão.

CONCLUSÃO. O fogo, portanto, possui muitos significados na Bíblia. Pode ser a proteção para o povo de Deus, como um “muro de fogo” (Zc 2.5), e também o juízo de Deus sobre os rebeldes (Nm 16.35). Pode ser um instrumento de purificação, como com o ouro (Ml 3.2,3; Zc 13.9) ou a penetrante visão de Cristo, que possui olhos “como chama de fogo” (Ap 1.14). Também é símbolo da Palavra de Deus (Jr 23.29).

Em segundo lugar o fogo Consumidor é um fogo de julgamento.

OBS. Poder. o fogo é forte e emite luz e calor; por isso muitas vezes representa o grande poder de Deus, que deve ser respeitado (Hb 12.28-29).

Destruição. O fogo queima e pode causar muita devastação; da mesma forma, o julgamento divino é devastador (Is 66.15-16).

Purificação. O fogo era usado para refinar metais, queimando todas as impurezas e deixando apenas metal puro; o fogo de Deus purifica dos pecados (1ª Co 3.13-15).

Paulo ainda continua a considerar o problema das divisões em Corinto. Mas agora nos remete a uma reflexão sobre como o Senhor considerará as obras dos crentes, quando Ele regressar.

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau -SC

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

JESUS CRISTO É A PEDRA PRINCIPAL DA IGREJA

Mt 16.18-19 Também Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus: o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.

Foi com referência a esta solene assembleia que Jesus disse: “Edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.

INTRODUÇÃO. Jesus Cristo é a pedra basilar da Igreja, que está edificada por meio dos ensinamentos dos apóstolos e do testemunho dos profetas.

“Sobre esta pedra edificarei a minha igreja”. Na primeira leitura do texto se depreende que o apóstolo Pedro seria a pedra fundamental sobre a qual a igreja haveria de ser erguida, porém, como toda a Bíblia depõe contra esta primeira leitura, certo é que este é o caso de uma análise na regra da hermenêutica, pois o apóstolo Pedro não era a pedra fundamental (pedra de esquina), antes o próprio Cristo, como o próprio apóstolo atesta em uma de suas epístolas. Jesus refere-se a Si como Pedra Principal, e Rocha não a Pedro.

I. O SIGNIFICADO DA PALAVRA PEDRO E CEFAZ

1. O significado da palavra Pedro. A palavra Pedro no grego é um substantivo masculino, “Petros”, que significa pedra pequena e móvel, ou fragmento de rocha. Pedra no grego é um substantivo feminino, “Petra” que é Rocha Grande e Firme.

2. O significado de Cefas. Cefas é o outro nome pelo do qual o apostolo Pedro é chamado na Escritura (Jo 1.42; 1ª Co 1.12; Gl 2.9; etc.).

No texto bíblico do Novo Testamento em português, o nome Cefas traduz a transliteração grega Kephas do aramaico Kepa, uma palavra que significa “pedra” ou “rocha”.

A Bíblia registra que o nome Cefas foi dado ao apóstolo Pedro pelo próprio Senhor Jesus Cristo. Na verdade, o nome hebraico de Pedro era Simão, provavelmente uma variação do nome hebraico Simeão que vem de uma raiz cujo significado é “ouvir”.

O texto bíblico diz que quando o apóstolo André levou o seu irmão Simão até Jesus, o nosso Senhor olhou para ele e disse: “Tu és Simão, filho de Jonas; tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro). (João 1.42). Portanto, Pedro ou Cefas tem o mesmo significado que é pedra pequena ou rocha.

II. PEDRO É A PEDRA REPRESENTATIVA, PORQUE OUTROS APÓSTOLOS TAMBÉM O SÃO

Várias interpretações se têm dado ao vocábulo “pedra” registrado no versículo 18 do cap. 16 de Mateus.

Os romanistas, por exemplo, costumam afirmar que a pedra é o próprio Pedro, sobre o qual é edificada a Igreja de Cristo. O Novo Testamento se opõe a esse gravíssimo erro. Pedro é apenas uma das pedras do fundamento. Jesus é a Rocha e Pedra de esquina do Cristianismo.

1. Oficio profético dado por Jesus a Pedro. “...e sobre esta pedra edificarei a minha igreja...” Essa atribuição de um novo nome a Simão estava diretamente relacionada à grande obra que Deus haveria de realizar em sua vida. Ao dizer que Simão seria chamado Cefas, Jesus agiu em seu ofício profético, ou seja, olhando para o futuro o Senhor Jesus Cristo viu a grande transformação que ocorreria em Simão. Essa transformação seria tão profunda que o impulsivo Simão se tornaria uma rocha sólida, e ficaria conhecido por toda a história como Cefas; especialmente pela forma grega desse nome, Petros, isto é, “Pedro”.

Isso quer dizer que quando Jesus deu a Simão o nome Cefas, Ele estava predizendo o que a graça divina haveria de realizar no coração e na vida daquele discípulo (Hendriksen, 1953).

2. Os apóstolos e profetas são fundamentos. Ef 2.20 “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo Ele mesmo, Cristo Jesus, a Pedra Angular”.

3. Todos os cristãos são “pedras vivas”. 1ª Pe 2.4-8 “E, chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa.”

4. Pedro apenas é um líder proeminente entre os apóstolos. Lucas 22.24-27 “E houve também entre eles contenda, sobre qual deles parecia ser o maior. 23- E ele lhes disse: Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores. 24- Mas não sereis vós assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve. 25- Pois qual é maior: quem está à mesa, ou quem serve? Porventura não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve.”

Qual deles deveria ser o maior. Os apóstolos, em comum com os judeus em geral, supunham que o Messias viria como um príncipe temporal, e à maneira de outros príncipes da terra – é claro, que ele teria oficiais de seu governo, ministros de estado, etc. O argumento deles foi fundamentado nessa expectativa, e eles estavam disputando qual deles deveria ser levado ao mais alto cargo. Eles já tiveram uma disputa semelhante. Ver Mateus 18.1; Mateus 20.20-28. Nada pode ser mais humilhante do que o fato de os discípulos terem tido “tais” contendas, e em tal tempo e lugar. Que, assim como Jesus estava contemplando sua própria morte e trabalhando para prepará-los para isso, eles deveriam se esforçar e disputar cargos e posições, mostra quão profundamente está o amor pelo poder; como a ambição encontrará seu caminho nos lugares mais secretos e sagrados; e como até os discípulos do manso e humilde Jesus são às vezes atuados por esse sentimento mais baixo e perverso.

5. Pedro foi enviado por outros apóstolos, e obedeceu. “Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João (At 8.14).

Chegando lá os apóstolos oraram para que as pessoas recebessem o Espírito Santo, pois isso não havia acontecido ainda.

6. Pedro não é vigário de Cristo na terra. 1ª Pe 5.1 “Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar.”

“...que sou também presbítero...”. Pedro se via no mesmo patamar que o resto dos presbíteros. Participante é a palavra-chave da epístola aos Hebreus (Hb 3.1,14). Ela nos mostra que faremos parte do Reino de Cristo quando Ele voltar (Rm 8.17; Ap 2.26-28; 5.9,10). Pedro já sentia que em parte estava participando da glória que um dia ele experimentaria totalmente.

7. O Espírito Santo é o Vigário de Cristo na terra. João 14.16,17 “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; 17- O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós. 26- Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.”

III. JESUS É QUEM EDIFICA A IGREJA

1. Qual é a identidade da verdadeira Igreja apresentada por Jesus? Quais suas principais características? Quem é seu fundador? A verdadeira Igreja do Senhor não conhece outro legislador além de Cristo e descobre que seu gozo mais elevado na terra consiste em saber sua vontade e fazê-la. Sua maior glória no futuro será tornar-se semelhante a seu Senhor (1ª Jo 3.1-3). Vestida da justiça de Cristo, cheia de seu amor, revestida de seu Espírito e cumprindo sua vontade, a Igreja eleva os seus olhos ao céu, esperando a volta daquEle a quem ama (1ª Ts 1.9,10).

2. É Jesus quem edifica a igreja. Ele disse “Eu edificarei a minha igreja...” Nenhum líder espiritual tem capacidade ou talentoso para edificar a Igreja. Às vezes fico impressionado com alguns que dizem que Pedro é o líder da Igreja. Deveríamos ficar impressionados/as com Jesus. É ele quem edifica a Igreja.

3. A Igreja pertence a Jesus. Ele disse “a minha igreja”. Logo, se for minha ou sua, então não é igreja. Se for igreja, pertence a Jesus. Lembre-se de que foi Jesus que morreu pela igreja, não foi o pastor, bispo ou papa!

4. Jesus é a Cabeça da igreja. Efésios 5.23 “Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo.”

Efésios 1.20-23 “Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus. 21- Acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro; 22- E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, 23- Que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.”

O apóstolo Paulo afirmou que a igreja pertence a Deus e que ela está sujeita a Cristo, sendo a igreja o seu corpo. O apóstolo Paulo demonstrou que faz parte do corpo de Cristo na condição de servo.

“Á igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso.” (1º Coríntios 1.2).

IV. JESUS É PEDRA PRINCIPAL

1. O que significa Pedra angular principal. No grego é akrogoniaios Pedra angular da fundação.

2. A pedra é Cristo. Na resposta de Jesus (v. 18), podemos ver que Ele próprio é a pedra sobre a qual a Igreja está assentada. Quando Ele disse: “Tu és Pedro”, usou a palavra petros que quer dizer “pedrinha” ou “fragmento de pedra”, que pode ser removida. De fato, Pedro demonstrou certa fragilidade, em sua personalidade. Numa ocasião, deixou-se usar pelo inimigo (Mc 8.33); num momento crucial, negou Jesus três vezes (Mt 26.69-75). Por isso, quando Jesus disse: “sobre esta pedra edificarei a minha igreja”, Ele utilizou a palavra petra que tem o significado de rocha inamovível, e não petros que é “fragmento”.

3. Jesus é pedra angular. Lucas, o médico amado, registrou um discurso do apóstolo Pedro em que é demonstrado que Jesus é a pedra angular:

“Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” (At 4.11 -12).

Na arquitetura antiga, a construção de um edifício requeria uma pedra angular. Ela é traduzida como a “pedra mais importante” ou “pedra principal”. Ela era posta no canto do prédio para sustentar o alicerce, firmar e unir toda a estrutura e manter as paredes em linha certa. Para que se tenha uma ideia dessa dimensão, em uma das escavações no local do templo em Jerusalém, foi encontrado um monólito com cerca de 12 metros de comprimento.

A pedra angular é o elemento essencial que dá existência àquilo que se chama de fundamento da construção.

No cristianismo, a Pedra Angular é simbolicamente representada por Jesus Cristo, o filho de Deus. Em diversas passagens da Bíblia Sagrada há referências sobre a pedra angular.

No Livro dos Salmos, capítulo 118, versículo 22, há uma metáfora sobre os construtores (a nação judaica) rejeitarem o mais importante elemento na construção do templo espiritual (Jesus Cristo, o Messias), conforme se lê: “A pedra que os edificadores rejeitaram, essa foi posta como pedra angular”. A Pedra Angular escolhida por Deus para edificar a Igreja, conforme a planta divina, foi Jesus Cristo.

Portanto, uma pedra angular na construção de um edifício é a base sólida que ele necessita para conseguir chegar à altura programada, sem cair. Para um cristão, Jesus Cristo é essa base fundamental na qual se assenta toda a construção da Igreja, formada por todos aqueles que acreditam na Palavra de Deus. 

4. Jesus a pedra Viva. Quando surge uma dúvida, o melhor é perguntar à pessoa envolvida. Pedro, quem é a Pedra?” Ele (Cristo). O apóstolo Pedro descreveu Jesus como uma pedra viva:

1ª Pd 2.4-8 “E, chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa. 5- Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo. 6- Por isso também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido. 7- E assim para vós, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, a pedra que os edificadores reprovaram, essa foi a principal da esquina. 8- E uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, para aqueles que tropeçam na palavra, sendo desobedientes; para o que também foram destinados.”

Por falta de beleza ou tamanho, ela foi deixada de lado ou considerada imprópria como pedra angular. Isso representa o Senhor Jesus, proposto aos judeus como fundamento ou pedra angular sobre a qual construir a igreja, mas rejeitado por eles – os construtores – por causa de sua falta de beleza ou beleza; isto é, do que eles consideravam agradável ou desejável (Isaías 53.2-3).

5. A Pedra que os construtores rejeitaram. Lucas 20.17 “Mas ele, olhando para eles, disse: Que é isto, pois, que está escrito? A pedra, que os edificadores reprovaram, essa foi feita cabeça da esquina.”

Jesus Cristo nosso Senhor e salvador, é a ‘pedra viva’ conforme citou o apóstolo Pedro e conforme escreveu o salmista Davi: “A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a pedra angular” (Sl 118.22). Embora os homens tenham reprovado a Cristo, a pedra viva aprovada por Deus, para Deus Ele é a pedra eleita e preciosa.

Jesus mesmo diz nos Seu evangelho que Ele é a pedra principal. Mt 21.42 “Nunca leste nas Escrituras; A pedra que os edificadores rejeitaram, essa se tornou a Pedra Angular; o Senhor fez isto, e é maravilhoso aos nossos olhos”.

A pedra. A figura é tirada da construção de uma casa. A principal pedra para o tamanho e a beleza é a que geralmente é colocada como a pedra angular.

6. Nossa Rocha é Jesus Cristo. Romanos 9.33 “Como está escrito: Eis que eu ponho em Sião uma pedra de tropeço, e uma ROCHA de escândalo.”

É isso que Jesus Cristo representa para os dois tipos de pessoas do mundo, os que creem e os que não creem: Uma pedra de tropeço/de escândalo ou uma rocha de segurança.

Rocha de tropeço/escândalo para todos os que não aceitam as verdades sobre Ele e não admitem sua divindade e missão como Filho de Deus. Jesus é uma pedra de tropeço para os céticos, para os ateus, para os de outras religiões e até mesmo para certas áreas do conhecimento humano.

Cristo é uma rocha de escândalo para os que querem viver suas vidas sem prestar contas a Deus de seus atos, para os obstinados, rebeldes, imorais e idólatras. Um escândalo para espiritualistas, para os enganados por vãs filosofias.

Disse o salmista: “O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador; o meu Deus é o meu rochedo, em quem me refúgio. Ele é o meu escudo e o poder que me salva, a minha torre alta” (Salmo 18.2).

Os dois fundamentos. Mateus 7.24-27 “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; 25- E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. 26- E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia; 27-E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.”

Quero demonstrar esta verdade de uma forma que evidencia como podemos ser enriquecidos pela leitura da Palavra de Deus.

Jesus usa a palavra “ROCHA” para estimular seus ouvintes a serem leitores e praticantes de suas palavras. Fez apenas uma comparação, sem dar qualquer sentido especial à palavra rocha.

No Antigo Testamento, há um episódio doloroso para Arão, Moisés e seu povo. Deus disse a Moisés para falar à rocha e teriam água para beber. No entanto, obedecendo a si mesmo e não a Deus: “Moisés ergueu o braço e bateu na rocha duas vezes com a vara. Jorrou água, e a comunidade e os rebanhos beberam” (Nm 11.20). Por não terem confiado publicamente em Deus, ele e Arão foram impedidos de entrar na terra prometida.

Só entendemos plenamente a gravidade do ato de Moisés quando lemos no Novo Testamento o que Paulo escreve: os hebreus “E bebiam da rocha espiritual que os acompanhava, e essa rocha era Cristo” (1ª Co 10.4).

A rocha da qual saiu água para matar a sede dos israelitas (Êx 17.6; Nm 20.7-11; Sl 78.15-16). Alguns mestres judeus diziam que essa rocha acompanhou o povo durante as viagens pelo deserto. Segundo Paulo, a rocha era espiritual, ou seja, foi através dela que Deus preservou a vida de seu povo. Nesse sentido, era a presença do próprio Cristo entre o povo de Deus daquele tempo.

Somos convidados, então, a construir nossas vidas sobre a ROCHA (com letra maiúscula), que é o próprio Cristo. Construir nossas vidas sobre a Rocha é reconhecer que Ele é o Salvador e desejar ser salvo por Ele, o que demanda arrependimento dos pecados e fé n’Ele como Salvador. Construir nossas vidas sobre a Rocha é reconhecer que Ele é o Senhor e desejar ser conduzido e protegido por Ele.

Indo ao Antigo Testamento, ficamos surpresos. Deus é chamado de Rocha (com letra maiúscula) 24 vezes, desde Gênesis, onde lemos uma promessa de vitória “pela mão do Poderoso de Jacó, pelo nome do Pastor, a Rocha de Israel” (Gn 49.24).

Os poetas se admiram: Deus “é a Rocha, as suas obras são perfeitas, e todos os seus caminhos são justos. É Deus fiel, que não comete erros; justo e reto ele é” (Dt 32.4). “Quem é Deus além do Senhor? E quem é Rocha senão o nosso Deus?” (2º Sm 22.32). “Venham! Cantemos ao Senhor com alegria! Aclamemos a Rocha da nossa salvação” (Sl 95.1).

Um profeta garante: “Não tremam, nem tenham medo. Não anunciei isto e não o predisse muito tempo atrás? Vocês são minhas testemunhas. Há outro Deus além de mim? Não, não existe nenhuma outra Rocha; não conheço nenhuma” (Is 44.8).

Somos convidados, portanto, a construir nossas vidas sobre a rocha (com letra minúscula). A rocha é o conjunto das palavras de Cristo. Seguindo os seus ensinos, somos capacitados a enfrentar as enxurradas da vida.

7. Jesus é a pedra vaticinada pelo profeta Isaias. Is 28.16 “Portanto assim diz o Senhor Deus: Vede, assentai em Sião uma pedra, uma já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme e fundada; aquele que crer não será confundido.”

Isaías era também chamado profeta Messiânico, porque o alvo de suas profecias era o Messias, aquele tão aguardado pelo povo de Israel.

Colocar uma pedra angular em Sião significa que seu reino seria fundado em uma rocha e estaria seguro em meio a todas as tempestades que pudessem cair sobre ela.

O Targum (do Hebraico תרגום, no plural targumim) são as traduções, comentários em aramaico da Bíblia hebraica (Tanakh), processa isso: “Eu nomeio em Sião um rei, um rei forte, poderoso e terrível. Que a passagem diante de nós se refere ao Messias, não há dúvida. Ou seja, eu ponho uma base firme que nada pode mover. Eu a construo sobre uma rocha para que as tempestades e tempestades da calamidade não possam varrê-la: “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha” (Mt 7.24-25).

De acordo com a passagem de Isaías, a pedra não serve somente como tropeço. Trata-se também de “uma pedra aprovada, uma preciosa pedra angular, solidamente assentada”, a saber, sobre Sião. O apóstolo Paulo continua dizendo aos Romanos 10.11 “Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido.”

Jesus Cristo mesmo vai dizer que que ouve e pratica as Suas Palavras serão comparados aquele que construiu a casa sobre a Rocha e vindo o vento e a tempestade não puderam destruí-la. (Mt 7.24-25).

E embora muitos tenha falhado e caído ao querem impor suas próprias ideias aos textos bíblico, o que não é permitido, ao examinarmos as Escrituras e mesmo como nossas limitações humanas vejo uma única mensagem cruzando de Genesis ao Apocalipse: Jesus Cristo, a Pedra Principal, Pedra Angular, Pedra de Tropeço e uma Rocha.

Daí a necessidade de conhecermos as Escrituras mais e mais.

V. JESUS É O FUNDAMENTO DA IGREJA

1ª Coríntios 3.11 “Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele. 11- Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.”

Paulo se comparou a um prudente construtor. Trabalhava como um experiente e habilidoso mestre de obras, distribuindo as tarefas a cada operário. Mas a obra que realizava tinha o fundamento certo. Só existe um fundamento sobre o qual se pode erigir o edifício espiritual – Jesus Cristo (cf. 1ª Pe 2.4-8). Cada obreiro, porém, é responsável quanto ao modo como realiza a obra.

Jesus é o fundamento da Igreja somente por Ele é que o mundo deve ser salvo (At 4.10-12).

VI. JESUS É A BASE DA CONSTRUÇÃO

1. A edificação. Ef 2.20 “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo Ele mesmo, Cristo Jesus, a Pedra Angular”.

O apóstolo Paulo ilustra a maneira pela qual os efésios e todos os outros cristãos são admitidos à honra de serem concidadãos dos santos e da casa de Deus. Eles são construídos sobre o fundamento – eles são baseados na doutrina dos apóstolos e profetas. Assim, somos habilitados a distinguir entre uma igreja verdadeira e uma igreja falsa. Isso é da maior importância; pois a tendência ao erro é sempre forte e as consequências do erro são perigosas ao extremo. Nenhuma igreja se vangloria do nome mais alto do que aquelas que têm um título falso e vazio; como pode ser visto em nossos próprios tempos. Para nos proteger do erro, é assinalada a marca de uma igreja verdadeira.

Veja que o texto fala que fomos edificados sobre o Fundamento dos Apóstolos e Profetas. Ou quando vejo isso vejo a história da humanidade ser escrita e vivida para que o Propósito Eterno de Deus de salvar o homem se cumpra.

A nomeação de Jesus de Nazaré para ser o fundamento da Igreja é provada por milagre e profecia como obra de Deus.

O próprio Cristo, a única Fundação verdadeira, foi o grande assunto de seu ministério e a fonte de sua vida. Como um com Ele e Seus companheiros de trabalho, eles também, em um sentido secundário, são chamados de “fundamentos” (Ap 21.14). Os “profetas” estão unidos a eles de perto; pois a expressão é aqui não “fundamentos dos apóstolos e dos profetas”, mas “fundamentos dos apóstolos e profetas”.

O fundamento é um só, logo, os responsáveis por revelar este fundamento são uma unidade (TAYLOR, 2000, p. 203-204), são os agentes divinos da revelação do evangelho, que trata de Jesus, a pedra de esquina, a pedra angular ou a pedra fundamental.

Os Profetas já anunciavam a necessidade de nos voltarmos para Deus, de nos arrependermos e de nos mantermos firmes com o Senhor.

O Apóstolos. Que nos transmitiram a mensagem e o Evangelho de Jesus Cristo. Retratados no NT.

Essa referência também se adequa exatamente à conexão. A estabilidade do reino de Deus na terra repousa sobre o Messias. Deus havia decidido mandá-lo; e, consequentemente, em meio a todas as agitações e revoluções que poderiam ocorrer entre seu povo antigo, essa promessa era certa, e certa que Ele viria e que sua igreja seria preservada.

VII. O REINADO DE CRISTO JESUS

Daniel 2.44,45 “Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre. Da maneira que viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro; o grande Deus fez saber ao rei o que há de ser depois disto. Certo é o sonho, e fiel a sua interpretação.

1. O sonho de Nabucodonosor. Nabucodonosor viu, em seu sonho, uma Pedra vindo do céu e atingindo a estátua nos pés. Mas o que ela representa? O Reino de Deus, através de Jesus Cristo, que será implantado em breve, cuja capital será Jerusalém. Em várias partes da Bíblia Jesus é comparado a uma Rocha, uma Pedra para edificação e proteção do seu povo, mas também para destruição dos seus inimigos.

2. Este reino é proveniente do céu. O versículo 34 diz: “Uma pedra foi cortada sem auxílio de mãos” No evangelho segundo Mateus 21.42-44, temos a explanação da profecia da Pedra, dada por Jesus, que é a própria Pedra. A Pedra rejeitada por Israel (At 4.11; Lc 19.14; 1ª Co 10; 1ª Pe 2.4; Ef 2.20).

A Pedra esmiuçará as nações (2.44): “aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó”. Isto é futuro, e refere-se ao Senhor Jesus na Sua vinda em glória, com os santos (a Igreja) e os anjos para esmiuçar (quebrar) as nações e estabelecer o seu reino.

O salmista já fazia suas predições dizendo: “Tu os esmigalharás com vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro. Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra servi ao Senhor com temor, e alegrai-vos com tremor” (Sl 2.9-11).

Uma montanha nada mais é do que barro e pedra sob diferentes formas. Isto fala de Jesus que nasceria como homem aqui na terra (Is 53.3), sem intervenção humana, isto é, sendo gerado pelo Espírito Santo, e não pelo homem. Algo idêntico ocorrerá quando o Reino de Deus for estabelecido aqui brevemente, ou seja, sem auxílio humano. Sua conquista não será efetuada por armas carnais: “E então será revelado o iníquo (Anticristo), a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor de sua vinda” (2ª Ts 2.8).

Quanto à expressão “sem o auxílio de mãos” quer dizer, sem o auxílio de mãos humanas (cf. Dn 8.25). A pedra bateu violentamente nos pés da estátua e esmiuçou-a. Quatro vezes está dito que a pedra esmiuçou a imagem (Dn 2.34, 40, 44, 45). Portanto, o mundo não findará convertido pela pregação do Evangelho, e sim destruído com violência sobrenatural na vinda de Jesus. Isto ocorrerá em Armagedom, no tempo do domínio mundial das nações confederadas sob o governo do Anticristo (Ap 17.11-13; 19.11-21).

A pedra que feriu a estátua nos pés, e em seguida destruiu a cabeça, o peito, o ventre e as pernas (2.34). Isto indica que todas as formas de governo representadas por estas partes da estátua, existirão sob a Besta, no futuro que será destruída por Cristo onde será implantado Seu governo por mil anos. Ainda que o Império do Anticristo se reerga, Cristo o destruirá. Nosso Senhor é Aquela pedra que, sem esforço humano, abateu-se sobre a estátua vista por Nabucodonosor.

Hoje a Nova Ordem Mundial está montando o palco para o Anticristo. Note que A estatuado sonho de Nabucodosor começou como uma obra grandiosa e fina, e terminou em pó (2.35). A pedra começou com uma pedra diminuta, mas depois encheu o mundo inteiro: “encheu toda a terra”. Isto mostra a magnitude e poder de Cristo.

A profecia de Daniel afirma: “Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais fizeram-se como a pragana das eiras no estio, e o vento os levou, e não se podia achar nenhum vestígio deles; a pedra, porém, que feriu a estátua tornou-se uma grande montanha, e encheu toda a terra” (Dn 2.35).

Os reinos do mundo (e todos os seus súditos) serão destruídos e soprados para muito longe, porém o reino da Pedra (e seus súditos) encherão a terra e reinarão para sempre.

O rei Nabucodonosor viu esta Pedra em seu sonho. A Pedra caiu do céu, atingia a grande estátua nos pés e transformava tudo em pó. Isto representa a Segunda Vinda de Cristo para estabelecer o Seu Reino na terra, após julgar e destruir seus inimigos.

O rei Nabucodonosor ficou estarrecido ao ouvir do profeta Daniel as revelações contidas em seu sonho. Tudo cumpriu-se exatamente como Deus planejou. Cabe a cada pessoas receber a mensagem do Reino e permitir que Ele se estabeleça em Sua vida.

“Nos dias desses reis...”, isto é, na época da unificação deste reino dividido, no tempo de formação deste último império, em outras palavras: em nossa própria época. O nosso tempo é a formação do reino dos dedos da estátua. Isto já está acontecendo. Agora só falta a pedra.

Portanto, desde Babilônia, está sendo cumprido hoje e será justamente neste período que se levantará o Anticristo (6 é o número do homem rebelde). O 7.º período (O REINO DE JESUS CRISTO) está aproximando-se velozmente. A Profecia é perfeita e a Matemática de Deus também.

VII. A CHAVE DO REINO ESTÁ COM CRISTO

1. A chave segundo a hermenêutica bíblica. “E Eu te darei as chaves do Reino dos céus” (Mt 16.19). Este versículo é aplicado de maneira, similares. Primeiro: a chave é sinal de autoridade concedida aos apóstolos e a Igreja e não somente ao Pedro.

Neste versículo Jesus não está dando a Pedro a chave da igreja ou do reino dos céus, e sim, Jesus está lhe dando poder em Seu nome. Chave é sinal de autoridade”.

1.1. Todo poder emana no nome de Jesus. “É me dado todo o poder nos céus e na terra” (Mt 28.18). Todo o poder nos céus e na terra, está nas mãos d’Aquele que venceu o império da morte e do inferno e ressuscitou ao terceiro dia para glória de Deus Pai. Este poder Ele dá para aqueles que creiam em Seu nome.

“Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada, absolutamente, vos causará dano” (Lc 10.19). Serpentes no judaísmo simbolizam os demônios; esta autoridade é uma proteção contra o poder satânico.

1.2. Esta autoridade é concebida a todos os cristãos. “E estes sinais seguirão aos que crerem: E em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas. Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão ao mãos sobre os enfermos, e os curarão” (Mc 16.17).

Jesus não prometeu autoridade somente para os apóstolos. Todavia, Ele disse que os sinais seguirão aos que creem, e, em Seu nome receberão poder, autoridade (chave) para operar essas maravilhas.

“E estes, porém foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais, vida em seu nome” (Jo 20.31). “Na verdade, vos digo que aquele que crê em Mim também fará as obras que Eu faço, e as farás maiores do que estas, porque, Eu vou para meu Pai. 13- E tudo quanto pedires em meu nome Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho” (Jo 14.12-13).

A chave representa a mensagem e o poder do evangelho e do nome de Jesus diante do mundo pecador. Evangelho no gr. significa “as boas novas de salvação”.

Para os cristãos receberem a promessa e o revestimento de poder, era necessário ficar em Jerusalém, pois esta era a ordem de Cristo para Sua Igreja. “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.49). Antes de Jesus ser assunto ao céu repetiu a mesma ordenança aos Seus discípulos dizendo: “Porém, quando o Espírito Santo descer sobre vocês, vocês receberão poder e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judia e Samaria e até nos lugares mais distantes da terra” (At 1.8; NTLH).

No dia do pentecoste, 120 pessoas (a Igreja) estavam reunidos no mesmo lugar aguardando descida do Espírito Santo que era a promessa de Jesus.

“Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem” (At 2.1-4).

Ao descer o Espírito Santo no dia do pentecoste, a Igreja foi revestida do poder e da autoridade do Espírito Santo, para que em nome de Jesus fosse pregado o Evangelho de salvação a toda criatura. Sem este poder, eles não poderiam cumprir o “Ide de Jesus” (Mt 28.19-20).

Foi nesse poder que o apóstolo Paulo disse: “Mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus” (1ª Co 1.24).

Sem está chave deixada por Cristo nem os apóstolos poderiam usá-los. O apóstolo Pedro representa a essencial honra que lhe foi concedida: a de ser o primeiro a anunciar o Evangelho aos judeus (no pentecoste) e aos gentios (na casa de Cornélio), tendo sido o Espírito Santo dado do céu em cada uma dessas ocasiões. Pedro mesmo descreve seu privilégio assim: “Deus me elegeu dentre vós, para que os gentios ouvissem da minha boca a palavra do Evangelho, e cressem” (At 15.7). Assim ele anunciou o perdão de pecados a todos os que creem. Deus confirmou do céu o perdão que todos os seus servos podem declarar sobre a terra (v. 19; 18.18; Jo 20.23). Curou muitos enfermos e operou muitas maravilhas”.

Pedro e João foram os primeiros apóstolos a usarem autoridade do nome de Jesus: “Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho te dou. Em nome de Jesus Cristo, o nazareno, levanta-te e anda” (At 3.6).

Mediante a fé e o poder do nome de Jesus, a Igreja está autorizada a usar está poderosa arma contra as hóstias infernais da maldade.

2. O ministério da absolvição dos pecados “é o poder especial que Cristo. A interpretação mais coerente que se pode fazer desta questão é aquela que diz que qualquer ministro do evangelho, ao pregar, cria com isso circunstâncias que levam os pecados das pessoas a serem perdoados ou retidos. Ou seja, Jesus diz: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.” (Mc 16.15,16).

Assim sendo, todos os creem e são batizados, que exercem o sacerdócio geral, tornaram-se instrumentos de Cristo; porém, de alguma maneira, isso teve base no ministério original dos apóstolos. O perdão de pecados não pertence ao indivíduo, em si mesmo, mas Cristo outorga essa autoridade àqueles que observam seus ensinamentos, atuam na sua causa e pregam a Palavra de Deus. A aceitação ou rejeição dessa mensagem pelas pessoas que a ouvem é que determina o perdão ou ausência de perdão dos pecados.

A igreja tem a incumbência de pregar o evangelho aos perdidos e às pessoas que se arrependem e não os perdoar a quem não se arrepende”. Esse poder vem do Espírito Santo e não é exclusividade dos líderes da Igreja. João 16.7,8, “Todavia, digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei. 8- E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.”

Do pecado porque ele revela ao mundo que o pior de todos os erros é rejeitar a Cristo. Sem Cristo não há oportunidade de salvação e nem esperança verdadeira. Da justiça porque somos pecadores e não há justiça real em nós. Se tornamos justos depois que o Espírito Santo aplica a justiça de Cristo em nós (Rm 4.25). Do juízo porque Cristo recebeu em nosso lugar o juízo devido e assim venceu a Satanás (1ª Jo 5.4).

3. O Batismo nos integra no sacerdócio geral. “Quem crer e for batizado será salvo...” Nele somos presenteados com o Espírito Santo e, portanto, empoderados para essa missão. Anunciar a graça de Deus é da competência de todo o cristão batizado. Afinal, somos justificados por graça, mediante a fé.

O batismo é uma ordenança clara de Jesus para todo aquele que n’Ele crê. O batismo é um ato público de fé.

“Esta é a razão porque não batizamos e nem tampouco validamos o batismo de crianças; é necessário crer primeiro e então se batizar. Obedecemos o princípio bíblico de consagrar os filhos ao Senhor, mas só os batizamos depois que puderem crer e professar sua fé.

O batismo segue a fé que nos leva à salvação, mas ele em si não é um meio de salvação. Que o diga aquele ladrão que foi crucificado com Cristo e a quem Jesus disse que estaria com ele ainda aquele dia no paraíso (Lc 23.39 a 43); ele somente creu e nem pôde ser batizado, mas não deixou de ser salvo por isto. O batismo, portanto, não salva, mas nem por isso deixa de ser importante e necessário; aquele ladrão não tinha condições de passar pelo batismo, mas alguém que crê deve obedecer à ordenança de Cristo e ser batizado, caso contrário estará em deliberada desobediência a Deus, o que poderá impedir-lhe de entrar para a vida eterna.” [Luciano Subirá. http://www.orvalho.com/ministerio/estudos-biblicos/o-batismo-nas-aguas-por-luciano-subira/ - Acesso dia 16/06/2021].

4. Quem tem a chave do Reino dos Céus. Jesus é quem vai responder está pergunta: “E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.” (Ap 1.18).

A palavra traduzida por “inferno” no grego é “αδης” “hades” e se refere apropriadamente ao submundo; a morada dos espíritos, a região dos mortos.

Jesus é que tem a chave da morte e do inferno, em outras palavras da morada dos mortos. Aqui se fala do poder de Jesus sobre todas as coisas criadas e que Jesus tem o poder sobre a própria morte, que ele venceu pela ressurreição. Para todo o ser humano a morte parece ter poder amedrontador para o ser humano. O texto quer dizer que a vitória sobre a morte vem por Jesus e Dele vem a vida que dura para toda a eternidade. Se os seguidores de Cristo Jesus nele acreditarem, não terão mais motivos para temer nada, mesmo a morte que os perseguidores espalham nas comunidades. João 5.24 “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.”

Porque Jesus usou este termo figurativo? A imagem das chaves da morte, é expressão corrente nos escritos judaicos e encontramos nos textos targúmicos assim expressos: falam de um personagem glorioso que possui poder e exercita o domínio: mas o alcance deste domínio caracteriza o poder de Deus (conforme Doglio Claudio, Apocalisse, San Paolo Milano, pág.46). Ter as chaves do hades representava ter o poder sobre o mundo invisível. Era o termo mais adequado para que o Salvador deve representar a Si mesmo como tendo esta autoridade, como Ele próprio tinha sido ressuscitado dentre os mortos pela Sua própria força (cf. Jo 10.18), mostrando assim que o domínio sobre este mundo escuro foi confiado a Ele.

5. A chave é símbolo de Poder. “É me dado todo o poder nos céus e na terra. Todo o poder está nas mãos daquele que venceu o império da morte e dos infernos, e este poder Ele dá a qualquer um que com fé deseja usar o seu nome.” (Mt 28.18).

Todo poder é dado a mim no céu e na terra. O “Filho de Deus”, como “Criador”, tinha o direito original de todas as coisas, de controlá-las e eliminá-las. (Ver Jo 1.3; Cl 1.16-17; Hb 1.8). Mas o universo é colocado sob Ele mais particularmente como Mediador e Remidor de Seu povo; para que Ele possa reunir uma igreja e defender Seus escolhidos; para que Ele subjugue todos os seus inimigos e os derrube dos vencedores e mais do que dos vencedores (Ef 1.20-23; 1ª Co 15.25-27; Jo 5.22-23; Filemom 2.6-11. É com referência a isso, sem dúvida, que ele fala aqui poder ou autoridade comprometida com ele sobre todas as coisas, para que Ele possa resgatar, defender e salvar a igreja comprada com seu próprio sangue. Seu governo mediador se estende, portanto, ao mundo material, aos anjos, aos demônios, aos homens maus e ao seu próprio povo.

6. Este poder Ele deus a Sua Igreja. Mc 16.17 “E estes sinais seguirão aos que crerem: E em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas. 18- Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão às mãos sobre os enfermos, e os curarão.

A palavra “seguirão” aos que creem, está no Aoristo do grego, que significa continuo até os confins dos séculos. Portanto, Ele mandou ficar em Jerusalém: “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.49).  Com a finalidade de evangelizar o mundo perdido: Atos 1.8 “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.”

O texto escrito por Lucas foi pronunciado por Jesus entre sua ressurreição e sua ascensão. Jesus subiria para o céu e derramaria o seu Espírito sobre a igreja. A igreja não deveria sair para cumprir a grande comissão sem antes ser capacitada com poder. Mas no dia do pentecoste cumpriu-se a profecia de Jesus (At 2.1-5).

VIII. AS PORTAS DO INFERNO NÃO PREVALECERÃO

1. “...e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mt 16.18). É uma figura de linguagem que aponta para a morte, para a condenação. Jesus está falando aqui da Sua vitória sobre a morte. Sendo Ele um vitorioso, aqueles que O seguem também serão vitoriosos com Ele. Isso nos indica que apesar da morte física ser uma realidade que o pecado trouxe ao mundo, que os crentes em Jesus podem até ser mortos por perseguições do maligno (como de fato acontece muitas vezes), temos que a obra realizada por Jesus vence a morte em todos os sentidos: “Fiel é esta palavra: Se já morremos com ele, também viveremos com ele; se perseveramos, também com ele reinaremos; se o negamos, ele, por sua vez, nos negará;” (2ª Timóteo 2.11-12). Por isso, as portas do inferno (todo o poder da morte) não têm vitória definitiva contra os servos de Deus. Assim como Jesus, os servos do Senhor morrem fisicamente, mas não eternamente!

As portas do inferno representam Satanás e a totalidade do mal no mundo, lutando para destruir a igreja de Jesus Cristo.

Quando dizemos que a edificação da Igreja depende de levarmos o ataque até as portas do inferno, significa que somos nós que devemos nos mover, espiritualmente falando, através de orações e jejuns e, sobretudo, através da nossa adoração, que será sempre o nosso maior instrumento de batalha espiritual, e não apenas ficarmos na defensiva aguardando as investidas do inferno.

A bíblia declara que as portas do inferno não prevalecerão contra uma igreja que é ativa, e não omissa. Por isso, entendemos que devemos nos mover em direção a essas portas, e exercermos sobre elas o poder soberano de Cristo.

A igreja edificada por Cristo é vitoriosa. Não por méritos próprios, mas pelos méritos do Senhor Jesus! Ele a comprou com seu próprio sangue (At 20.28). Das mãos dele ninguém pode arrebatar os que fazem parte da Igreja verdadeira (Jo 10.29). Ele entregou a si mesmo para quitar a dívida do pecado (Gl 1.4). Todas essas verdades apontam para a realidade de que a Igreja fundamentada por Cristo, não pode ser derrotada nem pelo maligno, nem pela morte, nem por nada. Ainda que possa sofrer nesta terra, a Igreja de Cristo triunfa com Ele na vitória que Ele teve! É por isso que Apocalipse narra a derrota final de todos os inimigos: “Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo” (Ap 20.14). Apocalipse 20.10 também narra a derrota final do diabo!

CONCLUSÃO. Concluímos que Jesus é a Pedra Principal o fundamento de nossa vida, e que o Seu nome é uma chave poderosa para abrir as correntes e romper as cadeias que o diabo coloca sobre as pessoas; ele concede uma procuração para aqueles que fazem parte de Sua Igreja possam usar com ousadia. Amém.

O nome do senhor Jesus é uma chave poderosa que abre portas onde homem não pode abrir. Em Seu nome podemos abrir as correntes e romper as cadeias que o diabo coloca sobre as pessoas; Você como filho de Deus também pode usar está chave. Precisa apenas receber e crer neste maravilhoso nome. Ele concede uma procuração para eu e você, usar esse precioso nome. Jesus! Amém. Portanto devemos usar com fé e mediante Sua palavra.

Sobre a Cruz: Para o madeiro Jesus foi levado, por amor foi elevado aos olhos de todos e demonstrou mais uma vez a misericórdia. “A Cruz não foi uma eventualidade, mas uma necessidade.” Levado para o madeiro não ia para uma condenação, mas para uma construção, de nossa vida, de nossa fé.

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau -SC