Lições Bíblicas do 3° trimestre de 2018
- CPAD | Classe: Adultos
TEXTO
ÁUREO
“Portanto, ofereçamos sempre, por ele, a
Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu
nome.” (Hb 13.15).
VERDADE
PRÁTICA
O crente oferece sacrifícios pacíficos a
Deus quando pratica e semeia a paz do Senhor Jesus Cristo no poder do Espírito
Santo.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Levítico
7.11-21:
E esta é a lei do “sacrifício pacífico que se oferecerá ao SENHOR. 12 - Se o
oferecer por oferta de louvores, com o sacrifício de louvores, oferecerá bolos
asmos amassados com azeite e coscorões asmos amassados com azeite; e os bolos
amassados com azeite serão fritos, de flor de farinha. 13 - Com os bolos
oferecerá pão levedado como sua oferta, com o sacrifício de louvores da sua
oferta pacífica. 14 - E de toda oferta oferecerá um deles por oferta alçada ao
SENHOR, que será do sacerdote que espargir o sangue da oferta pacífica. 15 -
Mas a carne do sacrifício de louvores da sua oferta pacífica se comerá no dia
do seu oferecimento; nada se deixará dela até ŕ manhã. 16 - E, se o sacrifício
da sua oferta for voto ou oferta voluntária, no dia em que oferecer o seu
sacrifício se comerá; e o que dele ficar também se comerá no dia seguinte. 17 -
E o que ainda ficar da carne do sacrifício ao terceiro dia será queimado no
fogo. 18 - Porque, se da carne do seu sacrifício pacífico se comer ao terceiro
dia, aquele que a ofereceu não será aceito, nem lhe será imputado; coisa
abominável será, e a pessoa que comer dela levará a sua iniquidade. 19 - E a
carne que tocar alguma coisa imunda não se comerá; com fogo será queimada; mas
da outra carne qualquer que estiver limpo comerá dela. 20 - Porém, se alguma
pessoa comer a carne do sacrifício pacífico, que é do SENHOR, tendo ela sobre
si a sua imundícia, aquela pessoa será extirpada dos seus povos. 21 - E, se uma
pessoa tocar alguma coisa imunda, como imundícia de homem, ou gado imundo, ou
qualquer abominação imunda, e comer da carne do sacrifício pacífico, que é do
SENHOR, aquela pessoa será extirpada dos seus povos.”
OBJETIVO
GERAL
Compreender que o crente oferece
sacrifícios pacíficos a Deus quando pratica e semeia a paz do Senhor Jesus
Cristo no poder do Espírito Santo.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos
referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o
objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I.
Mostrar a excelência da oferta
pacífica;
II.
Discutir a respeito da oferta pacífica na história sagrada;
III.
Compreender a oferta pacífica na vida diária.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
Professor (a), na lição de hoje
estudaremos as ofertas pacíficas. Veremos a beleza desse sacrifício no culto
levítico, os tipos e o objetivo de tais ofertas. Em geral tais sacrifícios eram
realizados como forma de gratidão por algum favor recebido, como por exemplo, a
cura de alguma enfermidade. Mediante a gratidão a comunhão com Deus era
fortalecida e renovada. Sejamos gratos a Deus pelo que Ele é e por tudo que tem
feito por nós, oferecendo nossas vidas como sacrifício vivo, santo e agradável.
INTRODUÇÃO
Adoramos a Deus com ofertas pacíficas
quando nos apresentamos diante dEle com o propósito de render-lhe graças por
todas as bênçãos recebidas. Com tal atitude, honramos o Senhor com um culto
racional, agradável e vivo.
Nesta lição, veremos que, das cinco
ofertas prescritas no livro de Levítico, a mais excelente em voluntariedade era
a pacífica, pois tinha como objetivo aprofundar a comunhão entre Israel e Deus.
Ao aproximar-se do Senhor, com tal oferta, o crente do Antigo Testamento
manifestava-lhe, em palavras e gestos, que o seu único almejo era agradecê-lo
por todos os benefícios recebidos (Sl 103.1,2).
Em Levítico 7.11-21, estão as instruções
para sacerdotes a respeito dos sacrifícios pacíficos, citados em Levítico 3).
As ofertas pacíficas eram acompanhadas de expressões de gratidão. Esta oferta
enfatizava a comunhão da aliança. A oferta de paz é a única oferta na qual o
adorador tem permissão de participar. Depois que o sacerdote havia completado o
sacrifício, uma parte considerável da carne ficava para ele, mas o resto era
entregue ao ofertante, que podia, desse modo, desfrutar um banquete com sua
família e amigos. Uma vez que os israelitas não abatiam seus valiosos animais
com frequência para usar a carne, uma refeição de carne bovina ou de cordeiro
era uma ocasião especial. Na consagração do templo de Salomão, 142 mil animais
foram sacrificados como ofertas pacíficas, e o povo banqueteou por duas semanas
(1º Rs 8.62-66).
I.
AS OFERTAS PACÍFICAS (Lv 3.1-17; 7. 11-21)
1.
O conceito de oferta pacífica.
A oferta pacífica simboliza a paz e a
comunhão entre o verdadeiro adorador e Deus. Simbolizava o fruto de
reconciliação redentora entre o pecador e Deus (2º Co 5.10).
·
Essas ofertas eram chamadas “ofertas de comunhão” porque eram oferecidas
por aqueles que estavam em paz com Deus e queriam expressar sua gratidão,
obrigações e/ou comunhão com ele. Não havia regulamento que especificasse um
momento para essa oferta, exceto no Pentecoste (Lv 23.20), por isso eram
apresentadas espontaneamente, de acordo com a motivação do adorador (Lv 19.5).
O ritual era o
mesmo que o das ofertas pelo pecado (Lv Lv 4.1-5.13; 6.24-30; 8.14-17;
16.3-22), exceto pelo fato de que todo o sangue tinha de ser derramado sobre o
altar, como na oferta pela culpa e na oferta queimada.
A gordura era
queimada; o peito e as coxas eram guardados pelos sacerdotes, para consumo
próprio; o restante da carne era comido no santuário pelo sacrificador, seus
amigos e família (7.15,16,30-34; Dt 12.1,17-18). Sempre acompanhava esse
sacrifício uma oferta de carne e líquido. A refeição denotava a comunhão
existente entre o adorador e Deus e era símbolo e garantia de amizade e paz com
ele.
2.
Havia três tipos de ofertas pacíficas (de comunhão)
As ofertas de
louvor, as ofertas oferecidas em cumprimento de um voto e as ofertas
voluntárias. Para todos os três tipos, bois, ovelhas e cabritos de qualquer
espécie poderiam ser oferecidos (Lv 3.1,6,12).
a) Oferta pacífica como um ato de
gratidão (ação de graças) (Lv 7.12-15; 22.29; 2º Cr 29.31; Jr 17.26).
·
Gratidão
por livramentos.
·
Resposta
de oração.
·
Curas.
Era oferecido
por benefícios recebidos de Deus. O Salmo 107.22 fala de tal sacrifício feito
depois da libertação de situações de perigo.
b) Oferta pacífica associada a um voto
(Lv 11.16,17).
·
Referente
a um favor passado ou futuro, ou seja, “em cumprimento a uma promessa feita a
Deus em troca de algum favor especial solicitado em oração; por exemplo,
proteção durante uma viagem perigosa”.
c) Oferta voluntária (Lv 7.16) - Esse
tipo de oferta exprimia devoção, agradecimento e dedicação. E também podia ter
a forma de uma oferta queimada (Lv 22.17-20). Ver Lv 7.16 e 22.18-23 quanto às
ofertas voluntárias, com esse propósito.
·
Os animais não podiam ter defeito, exceto no caso da oferta voluntária,
em que animais com um membro mais curto ou mais comprido eram permitidos (Lv
22.23). As ofertas de comunhão também eram oferecidas em ocasiões de grande
solenidade e alegria pública.
A refeição da
sacrifício pacífico, era mais do que só desfrutar boa comida e comunhão com
pessoas queridas. Também expressava com alegria as ações de graça do adorador
pelo fato de estar em paz com Deus e em comunhão com o Senhor.
SUBSÍDIO
BÍBLICO-TEOLÓGICO (Levítico 7) 1
A oferta
pacífica era feita por meio do sacrifício de animais (Lv 3). Porém, aqui o
texto esclarece que essa oferta vinha acompanhada de certos tipos de bolos (ou
pães) apresentados nos versículos 12 e 13. 0 ofertante deveria trazer um bolo
por oferta a ser entregue ao sacerdote oficiante (v. 14).
A carne do
sacrifício de ação de graças tinha de ser consumida no mesmo dia (v. 15), ao
passo que a carne da oferta por voto e da oferta voluntária poderiam ser
consumidas naquele dia e no dia seguinte (v. 16). O que sobrasse após o segundo
dia deveria ser queimado (v. 17). Comer as sobras no terceiro dia era coisa
abominável, e o indivíduo que fizesse isso não seria “aceito”, isto é, seria
excomungado da comunidade, ou seus privilégios como participante do povo de
Deus seriam revogados. “Isso nos mostra”, “que a comunhão com Deus deve ser
sempre renovada.
II.
CRISTO, O NOSSO SACRIFÍCIO PARA UM DEUS DE PAZ
Apesar de os
sacrifícios dos animais não terem poder para remover o pecado nem para mudar o
coração humano, apontavam para o sacrifício perfeito, Jesus Cristo (Hb
10.1-15). Ele é o sacrifício por nossos pecados (Is 53.4-6, 12; Mt 26.28; 2ª Co
5.21; 1ª Pe 2.24).
1.
Cristo fez a pai entre o homem e o seu criador
“E que, havendo
feito a paz quer sobre a terra, quer nos céus. E a vós outros também que outrora
éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras malignas” (Cl
1.20,21). Ele também proclamou a paz, conforme Efésios 2.17: “E, vindo,
evangelizou paz a vós outros que estáveis longe, e paz também aos que estavam
perto". “Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um, tendo derrubado
a parede da separação que estava no meio, a inimizade” (Ef 2.14).
2.
O preço da paz (Levítico 3.2.3).
“Imporá a mão
sobre a cabeça da vítima e imolará à entrada da tenda da reunião”. Depois os
sacerdotes derramarão o sangue em torno do altar. O sangue e a gordura eram
ofertados ao Senhor e jamais deviam ser usados como alimento comum. A nossa paz
custou o sangue de Jesus.
Na cruz, Jesus
Cristo pagou o preço pela reconciliação com Deus (2ª Co 5.16-21) e pela paz com
Deus (Cl 1.20) por todos aqueles que crerem nele, e podemos ter comunhão com
Deus e com os outros cristãos por causa do sangue que ele derramou (1ª Jo
1.5-2.2).
3.
Os resultados da paz com Deus.
Como resultado
do sacrifício pacífico de Cristo, temos acesso às ricas provisões divinas: “O
sacerdote queimará a gordura no altar, e o peito ficará para Arão e seus
filhos. Dareis também ao sacerdote a coxa direita, como tributo de vossos
sacrifícios pacíficos” (Lv 7.31,32).
·
O
peito indica provisão de amor. Uma das mais belas descrições do amor de Jesus
por seus discípulos temos em João 13.1: “Ora, antes da festa da páscoa, sabendo
Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado
os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”.
·
A
coxa indica provisão de poder para o crente: “Jesus, aproximando-se,
falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra”. O
apóstolo Paulo afirma: "Tudo posso naquele que me fortalece” (Mt 28.18: Fl
4.13). Em nossa comunhão com o Pai nos alimentamos dos afetos e do poder de
Jesus Cristo.
4.
O crente e o seu sacrifício pacífico diário.
Em vez de trazer
animais, nos apresentamos diante de Deus por meio de Jesus (Hb 4.14-16) para
lhe oferecer “sacrifícios de ações de graças” (SI 116.17) e o "sacrifício
de louvor'' (Hb 13.15) com um coração puro e grato por suas misericórdias.
Ø Salmos 116.17: “Oferecerei a
ti um sacrifício de ação de graças e louvarei o nome do Senhor”( NVT).
Ø Hebreus 13.15: “[...] por
intermédio dele (ou seja Cristo), oferecemos continuamente a Deus um sacrifício
de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu Nome (BKJ)”.
Ø Romanos 12.1: “Portanto,
irmãos, suplico-lhes que entreguem seu corpo a Deus, por causa de tudo que ele
fez por vocês. Que seja um sacrifício vivo e santo, do tipo que Deus considera
agradável. Essa é a verdadeira forma de adorá-lo (NVT)”.
SUBSÍDIO
BÍBLICO-TEOLÓGICO 2
Em todas as
ofertas de animais, o sangue era derramado e tirava-se a vida, o que
significava que, sem derramamento de sangue, não há remissão de pecado (17.11;
Mt 26.28; Cl 1.20; Hb 2.9-18; 9.11-28; 1ª Pe 1.18-23; 2.24).
AS
OFERTAS DE ALIMENTOS
Nas ofertas de
alimento não se podia oferecer nem fermento nem mel junto com o alimento, pois
ambos provocam fermentação, o primeiro estágio da deterioração (2.11; 1ª Co
5.8).
O sal era
permitido porque, sendo o oposto do fermento, era símbolo de pureza,
permanência e conservação da vida. Também se usava o sal para selar uma
aliança, significando que ela deveria promover união e ser permanente.
Jesus supre
todas as nossas necessidades. Ele é nosso holocausto, e devemos nos entregar
inteiramente a ele. Ele é nossa oferta de manjares, o grão moído e queimado
para que possamos ter o pão da vida, sendo que devemos nos alimentar dele. Ele
é nossa libação derramada em sacrifício e serviço, por isso devemos derramar
nossa vida por ele e por outros. Ele é nosso sacrifício pacífico, tornando a
vida um banquete de alegria em vez de dolorosa fome. Ele é nosso sacrifício
pelos pecados e nossa oferta de culpa, pois carregou nossos pecados em seu
corpo (1ª Pe 2.24) e pagou todo o preço por nossas transgressões (1ª Pe 1.18,
19).
Voto
-
Uma promessa feita a Deus para ser cumprida em um momento posterior, em geral
no contexto de adoração ou prática religiosa. Não havia exigências para que os
israelitas fizessem votos, todavia, uma vez feitos, eles eram uma obrigação e
deviam ser mantidos.
Gênesis 28.20-22; Deuteronômio 23.21-23;
Salmos 22.25; 50.14; Provérbios 20.25; Naum 1.15.